Robert Schiller, prêmio Nobel em Economia por apresentar tese sobre evolução de preço de ativos a partir de análises empíricas, conhecido por antecipoar a Bolha Imobiliária (subprime) dos EUA e a bolha da Bolsa americana de empresas de tecnologia (Nasdaq), acredita que há bolha imobiliária no Brasil.
Acesse: http://oglobo.globo.com/economia/em-recente-visita-ao-brasil-robert-shiller-alertou-para-possivel-bolha-no-mercado-imobiliario-do-pais-10357107
Pois é... é bom ver que após três anos, ou seja, desde 2010 o Blog Perspectiva Crítica aponta motivos pelos quais o aumento meteórico de valores de imóveis no Brasil deveria ser encarado como Bolha e além de muitas de nossas análises virem a se concretizar (decréscimo de velocidade de valorização antes do que a maioria de analaista s de mercado diziam; diminuição de compras e vendas e início de diminuição de valores de imóveis antes da Copa de 2014, enquanto o mercado apostava em correção somente após 2016), agora a opinião do Blog, depois de cinco anos de valorização imobiliária e de em agosto de 2013 ter ocorrido a primeira queda de valores de imóveis e de aluguel em bairros nobres do RJ, ganha a companhia de um Prêmio Nobel em Economia justamente reconhecido por teses de análise de irracionalidade de mercado!!!
Schiller não tem certreza sobre se há a Bolha Imobiliária no Brasil, mas após saber de valorização imobiliária aqui de meros 127% em média após cinco anos, afirmou que parece que há sim. Digo meros 127% porque sabemos que no RJ há casosode valorizção de 400% nesses cinco anos.
E a pergunta dele é a seguinte: "Qual a razão para isso (valorização nestes termos)?" E nós do Blog já falamos: não houve crescimento da renda neste nível!! É por isso que se chama bolha. O preço, em tese, não poderia se sustentar por não haver dinheiro que mantivesse esses valores indefinidamente altos. A renda per capita européia é de 48 a 56 mil dóares. Aqui é de 13 mil dólares. Como o imóvel pode ser mais caro aqui do que lá? É especulação. Essa a conclusão possível. Todos os outros motivos nós já analisamos nos quase vinte artigos sobre este tema publicados neste Blog.
É importante essa informação de que o Blog Perspectiva Crítica tem mais esse acompanhante de nível. Nossa companhia permanece junto das melhores cabeças e que nos ajudam a pensar a realidade com firmeza. Robert Schiller entra no rol dos que têm opiniões semelhantes às do Blog Perspectiva Crítica, junto com George Vidor, Paul Krugman, PauloNogueira Baptista Junior, Mantega e outros. Nós ainda devemos citar como boas fontes de análises econômicas Antonio Machado e Allon Feuewerker do Jornal do Commercio, Delfim Neto e Joseph Stiglitz.
Estes são economistas e jornalistas que você pode ler sem medo de ser enganado. É com estes que nos identificamos e com cujas idéias econômicas nos alinhamos naturalmente, apesar de também lermos outros. Essa é a linha de análise que você tem no Blog Perspectiva Crítica.
O aumento de limite de FGTS, como dissemos, ainda põe mais um pouco de lenha na fogueira dos preços irrazoáveis de imóvel. Mas como Schiller disse, pode ser que o caso brasileiro sja mais parecdio com o Japonês, que depois de uma bolha imobiliária nos anos 80, só teve a correção de preços terminada após 30 anos de desvalorização. Esse seria o modo de esvaziamento lento da bolha, a que já nos referimos. Mas creio que a correção pode ser em menos tempo. Para acelerar esse processo, somente a retomada da econmia internacional e o retorno da atratividade das bolsas de valores em todo o mundo. Mas de toda forma, se os imóveis estão caros, é o melhor investimento comprá-los? Financeiramente, a resposta é não. Outros valores, como sonho da casa própria e outras coisas do gênero são outra coisa.
Isso não quer dizer que você não deva comprar um imóvel de que tenha gostado e que caiba no seu bolso. Mas é importante ter essa noção crítica do que ocorre para não cair em falácias de corretores de imóveis e se endividar para obter bem que pode ficar 10 anos sem correção ou ter correção de preço. Se a compra era por causa da casa, não há problema. Se a compra pressupunha valorização.. aí há problema.
Continuamos acompanhando e informando.
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