quinta-feira, 23 de junho de 2016

Mais um aniversário do Blog Perspectiva Crítica: 6 anos de notícias verdadeiras!!

Com felicidade vimos compartilhar com os seguidores e leitores o 6º ano de aniversário do Blog Perspectiva Crítica!!

É um caminho sem volta. São mais de 221.000 acessos desde o início das publicações em 21/06/2010. Os acessos mensais que estrearam no montante de 900 no mês de julho de 2010, em grande parte advindos da Alemanha, hoje estão na média de 4.500 a 5 mil acessos mensais provenientes de mais de 40 países. Hoje, ao meio dia, por exemplo, os acessos provinham em sua maioria da França, consideradas as últimas 24 horas até meio dia de hoje, 23/06/2016.

São mais de 850 artigos à disposição do público, todos inovando na pauta de discussão social e/ou criticando artigos de jornais e revistas desinformativas, apontando os erros que cremos encontrar em tais publicações da grande mídia e apontando nossas fontes que nos autorizam a afirmar em tal sentido.

Para ilustrar origens de acessos e artigos mais acessados, separamos os gráficos do Google Analytics para os períodos "Dia" (ultimas 24 horas contadas de meio dia do dia 23/06/2016), "Semana" (últimos sete dias desde meios dia do dia 23/06/2016), "Mês" (últimos 30 dias desde meio dia de 23/06/2016) e "Tudo" (todo o período de acessos, desde 21/06/2010 até o meio dia do dia 23/06/2016).

Observe:

Origens de Acessos por

Dia


Semana


  Mês


Tudo



E agora, fornecemos os dados analíticos de acessos por postagem em tais períodos, para que se possa observar a variedade de perfil de acesso a artigos por tais períodos já determinados, quais sejam, por dia, por semana, por mês e em todo o período de vida do Blog. Vejamos:

Dia


Semana



Mês

Tudo



Nesses dados, pelo que pudemos observar, somente há uma correção a fazer: na lista de artigos mais acessados em todo o período de vida do Blog, ou seja, este último acima, não consta o artigo "OCDE comprova: países de maior IDH têm até três vezes mais servidores do que o Brasil", que já possui mais acesso do que o artigo "CGU cassa 53 aposentadorias (...)". Mas nada é perfeito, não é mesmo? Rsrs. Já reclamamos do erro para a administração do Google.

O Blog Perspectiva Crítica se recusa a publicar a mesmice. Se o artigo publicado pela grande mídia é normal, não comentamos ou criticamos. Só são comentados artigos ótimos ou ruins e péssimos, explicando nossos motivos para entender em tal ou qual sentido. Nós temos a missão de fazer diferença na comunicação social brasileira.

E todas essas informações e todos esses acessos só nos encorajam a continuar esta vereda. Construímos juntos esse canal de comunicação que sem você não existiria.

Obrigado pela sua confiança e obrigado pelas críticas, comentários e elogios.

Acessem ainda nosso canal do Youtube e nossa Fan Page. Repliquem os artigos que entendam dignos de seu compartilhamento e valorosos para serem noticiados e sabidos por seus familiares e amigos. A notícia que beneficia e enriquece o cidadão somente chegará a ele por nossas pequenas, mas numerosas, mãos.

Nossa omissão cria um mundo que privilegia a perspectiva de bancos e grandes empresas e menospreza nossa qualidade de vida.. a qualidade de vida que nossos filhos, sobrinhos, primos e netos viverão. Não se omita!

Criemos um mundo melhor para as pessoas. Critiquemos a realidade dos fatos políticos, sociais e econômicos sob a perspectiva do cidadão. Usemos o Estado para o bem das pessoas, assim como os bancos e empresas sempre o usaram para seu próprio, e muitas vezes exclusivo, bem. Apoderemo-nos do orçamento público, como políticos vagabundos e grandes empresários e banqueiros sempre o fizeram, destinando recursos para o que nós entendermos que melhora nossa vida e de nossos filhos.

Empresários e bancos não fizeram mal. Fizeram legitimamente e legalmente o que lhes cabia como parcela de suas liberdades em atuar em seus favores e benefícios. Mas eles não votam. E melhor ainda, agora não podem mais financiar campanhas de políticos, segundo recente decisão do STF já aplicável ao pleito municipal deste ano de 2016. O voto é só das pessoas como você.

Cabe a nós nos organizarmos, debatermos e encontrarmos a forma para que, ajustando a máquina pública e descobrindo quais servidores dão mais retorno social por remuneração paga, possamos garantir os investimentos precisos em áreas públicas, assim como a exclusão do Estado onde realmente não seja necessário, para obtermos a maior eficiência da atuação do Estado a favor do mercado, a favor da produção, mas principalmente a favor do cidadão e sua família.

Qual o retorno social do policial? E do professor? E do médico? E do auditor? E do Juiz? E do Promotor? Não há esses dados. Mas nós tentamos produzir esses dados para que você possa ver que esse ou aquele servidor, nesta ou naquela quantidade gera retorno social por salário pago!!! E com esses dados poderemos concluir realmente qual o tamanho que o Estado deve ter ao invés de ficar repetindo mantra liberal de Estado Mínimo ou mantra socialista de Estado Máximo.

Sejamos inteligentes. Pensemos. Critiquemos. É isso que fazemos: nós do Blog Perspectiva Crítica e você. E quanto maior for esse nosso grupo, mais rápido o Brasil poderá chegar ao nível sócio-econômico da Suécia, Alemanha, França e Inglaterra.

Não faça isso por você. Faça isso por seus queridos amigos, por seus familiares e pelos seus concidadãos brasileiros, todos eles os únicos que realmente se preocupam com você nesse mundo em que vivemos. Um Brasil forte é bom para todos nós e até para o mundo.

Grande abraço

Blog Perspectiva Crítica

p.s. de 24/06 - texto revisto e ampliado.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Comentário ao artigo "Desanuviou", de George Vidor

Como sempre, é possível encontrar o equilíbrio e a verdade econômica nas palavras de George Vidor, um dos únicos jornalistas econômicos que acompanhamos e de quem nunca pudemos discordar em suas avaliações, críticas e apontamentos sobre economia.

Em seu mais novo artigo, intitulado "Desanuviou" ele comenta, como nós já comentamos, sobre o fato de que o horizonte econômico está se abrindo para ao Brasil. Ou seja, não há caos econômico à frente.

Observe o trecho selecionado:

"A política continua complicada, mas ao menos na economia o clima já melhorou.

Os problemas continuam os mesmos, mas a mudança da equipe econômica promovida pelo presidente em exercício Michel Temer parece que desanuviou o país. Ao menos no que que se refere à economia. A política permanece complicada, com revelações quase diárias na operação Lava Jato. No entanto, todo esse tumulto não tem impedido o Congresso de aprovar medidas necessárias para que as finanças públicas comecem a entrar nos eixos, entre elas a que desvincula parte das receitas da União dos percentuais de gastos obrigatórios.

(...)

A mudança de ambiente sem dúvida ajudará a economia a respirar um pouco no segundo semestre. A diferença em relação ao ano passado é que nessa fase de 2015 a velocidade com que o país estava descendo a ladeira acelerava. Alguns indicadores já começam agora a ser positivos, embora outros ainda estejam deteriorando, o que deixa os analistas financeiros confusos sobre se já batemos no fundo do poço ou não. Ainda que tímida, a sensação de recuperação da economia será maior dependendo da trajetória da inflação no segundo semestre. Se der uma trégua, o Banco Central terá condições de reduzir as taxas básicas de juros (simbolicamente, apenas como um sinal de que a “fera” está de fato controlada).  É o sinal que os bancos esperam para destravar o crédito. Com os juros no nível em que estão, não há quem deseje tomar empréstimos, e nem banco que queira emprestar, com receio de calote."  
Veja a íntegra em http://blogs.oglobo.globo.com/george-vidor/post/desanuviou.html

Naturalmente ele deu mais ênfase ao reflexo de confiança a partir das decisões políticas de nomeação de expoentes conhecidos do mercado a cargos-chave na estrutura governamental referente ao setor econômico (o que foi importante mesmo e fundamental), mas comenta que o horizonte do segundo semestre é no sentido oposto do que ocorreu no segundo semestre de 2015, ou seja, de melhora, de recuperação e não de piora e imersão em mais caos.

Não houve abordagem d a incongruência informativa em torno do fato de que ao enfatizar o caos nos últimos dois meses, não se atentava para o crescimento do IED (investimento direto estrangeiro de US$80 bilhões nos últimos dois meses, contra média de 60 bilhões de dólares nos últimos cinco anos), nem recordes de exportação (ultrapassando um bilhão de toneladas/ano), nem para o fato de que desemprego com juros altíssimo gerariam decréscimo evidente da inflação, bem como decréscimo do dólar.. o mercado chegou a dizer que comparar dólar a R$4,00 era pechincha e houve os que dissessem que o dólar chegaria a R$7,00!!!

Pois é.. nada disse parece mais estar no horizonte do mercado para o Brasil.. nem a queda do PIB em 4,8% e inflação a 7,5%.. mas os erros do governo anterior, que não desfez as medidas anticíclicas desde ao mesmo segundo semestre de 2013 (medida que seria a correta), aliada ao azar econômico internacional para o Brasil de desde 2013 o minério de ferro e o petróleo atingirem as mais baixas cotações históricas (minério - de US$138,00 a tonelada para US$38,00 a tonelada / petróleo - de US$ 120,00 o barril brent para US$ 28,00 o barril brent), aliada ainda à estagnação do crescimento dos EUA e Europa e à queda do crescimento econômico da China, deixaram um resultado bem negativo: em dois anos houve aumento da relação dívida/pib de 54% para 68%, desemprego de quase 10%, déficit fiscal de 8% e juros de 14,5%, com perda de PIB de 3,3% em 2015 e provavelmente 1,5% este ano de 2016.

Não se observa, no entanto, que o prejuízo dos Europeus e americanos com a crise internacional de 2008 foi muito mais intensa e pior do que esses números e por período muito maior.

Então, ficamos satisfeitos que mais essa notícia, vinda de um jornalista econômico de respeito e bem avaliado por este Blog, venha no sentido de indicar para os brasileiros com certa antecedência de que não há caos econômico. Há fatos econômicos desfavoráveis que, em meio à situação atual, vêm apresentando condicionalidades e fatos que favorecem a economia brasileira para que ela se recupere e continue a se recuperar durante esse ano e os próximos.

Em breve falaremos do mercado imobiliário que continua fraco, em movimento de continuidade de esvaziamento da bolha imobiliária que tanto apontamos por anos antes de ela ser reconhecida e atingir a manchete do Jornal O Globo, bem como para entender e explorar os limites dessa tendência de baixa de valores de imóveis e seus aluguéis, que já dura mais de dois anos, com ênfase a partir do segundo semestre de 2015.

Agora é ver onde se encontra o fundo do poço. Para nós, será o fim do ano de 2016, com estabilidade de preços por mais uns 12 meses a dois anos, período em que dívidas de longo prazo das famílias diminuirão e em que, aguarda-se, o crescimento econômico mundial será retomado.

Por enquanto é só. Parabéns ao George Vidor. É bom contar com outros cidadãos brasileiros que se preocupam em noticiar fatos e a verdade e não os distorcer a serviço de sabe-se lá quem ou de uma visão de mundo que, a nós, é evidentemente artificiosa. 


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Mentira de teoria de caos econômico em 2016 já começa a ser revelada

Como o Blog Perspectiva Crítica já falara desde o início do ano e  antes, o segundo semestre de 2016 e, em especial, o fim do ano não iria repetir os péssimos números do final de 2015.

À medida em que a realidade bate às portas, a previsão do caos começa a se adaptar para as "surpresas dos analistas com a recuperação da economia".. rsrsrsr.

Esse é o teor da publicação de hoje, 10/06/2016, do artigo do Jornal O Globo On Line intitulado

"Analistas começam a prever reação mais rápida da economia

Confiança maior, estoque baixo na indústria e setor externo explicam revisões "


Veja o trecho que selecionamos:

"Os bancos começam a ver uma recuperação mais rápida da economia brasileira, com recessão em 2016 menor que aquela até então estimada. Ontem, Itaú Unibanco e BNP Paribas divulgaram previsões melhores para o Produto Interno Bruto (PIB). A do Itaú Unibanco passou de queda de 4% para recuo de 3,5%, enquanto o BNP Paribas mudou de perda de 4% para 3%. Na semana passada, o Bradesco já tinha alterado a estimativa de recessão de 3,5% para 3%."

Acesse a íntegra em em http://oglobo.globo.com/economia/analistas-comecam-prever-reacao-mais-rapida-da-economia-19477823#ixzz4BC38OQtL

Que interessante, não é? Há uma semana a publicação era do caos, com queda do PIB em 4,8%!!! Agora, uma semana depois é a previsão de melhora desta previsão em quase 40%, ou seja, para 3% de queda do PIB do Brasil em 2016. É uma palhaçada.

Nós alertamos isso em nosso artigo intitulado "A exploração da teoria do caos econômico, o quanto antes. A destruição do Estado. O maior roubo do orçamento da história do país.", acessível em http://www.perspectivacritica.com.br/2016/06/a-exploracao-da-teoria-do-caos.html, bem como em vários outros artigos econômicos anteriores.

A previsão do início do ano também era de inflação em torno de 7,8% e previsões até superiores, mas já admitem 6,8%. Nós já dissemos que aparentemente a inflação ficaria entre 7% e 6,5%, provavelmente em 6,5%, porque com juros em 14,5% ao ano e desemprego em quase 10%, realmente grandes inflações ficam difíceis de se vislumbrar em um mundo normal.

E o dólar tem que arrefecer mesmo, o que arrefece a inflação mais uma vez, porque, apesar de pouco publicado pela mídia, o investimento direto estrangeiro (IED) bate recorde e em 12 meses está além de 80 bilhões de dólares, sendo que a média dos últimos 5 anos tem sido 60 bilhões de dólares anuais para o Brasil, mantendo-nos entre os cinco a nove países de maior destino desses investimentos saudáveis na economia em todo o mundo, o qual tem pouco mais de 200 países e 33 países mais industrializados e ricos, integrantes da OCDE.

E por que investem assim, desde os últimos dados de novembro de 2015 que flagraram investimentos de 72 bilhões de dólares em IED, mesmo durante o governo Dilma? Porque o Brasil tem bons fundamentos (de longo prazo). Porque nosso mercado consumidor é gigante. Porque há trabalhadores de bom nível e a preços baixos (baixos salários). Porque, apesar do problema orçamentário e econômico, temos reservas de 380 bilhões de dólares. E porque o dólar estava e está caro e isso aumenta o poder de compra e de retorno por dólar investido no Brasil, além, claro, das taxas de juros sem igual em lugar nenhum no mundo.

A exportação brasileira baterá recordes. Esse ano não teve problema de energia elétrica porque choveu e chove. Então, tudo o que botaram na conta do governo, se desfaz naturalmente com o desenrolar da vida do mercado. Nós já havíamos dito isso nos artigos econômicos anteriores. Mas por que a grande mídia não o fez e não o faz?

Primeiramente, há um interesse político-mercadológico em desconstituir um governo de esquerda, mas que realmente cometeu gafes econômicas e até republicanas e federativas. Até agora não acredito no Decreto 8.243/2014, praticamente bolchevique. Triste. Foi quando o Blog Perspectiva Crítica se viu obrigado a romper com apoios maiores e adotar postura mais crítica, porque não há avanço econômico e social que justifique retrocesso na democracia. E em seguida houve a lama de desvios de verbas públicas, Operação Lava Jato e toda a lama que pega PT, PMDB, PP, PSDB... Enfim.

Mas muito pegou o PT. Então o governo e o PT deram margem para serem atacados. Isso era bom para o mercado e a oposição e a grande mídia, que estão juntos em defesa de mesmos valores liberais de mercado, Estado Mínimo, contra servidores públicos, contra estabilidade de servidores públicos, a favor da regulamentação da terceirização, a favor do fim do emprego e direitos trabalhistas e previdenciários. Não à toa, houve publicação recente do Edmar Bacha nesta linha, inclusive falando de diminuição de gastos (reajustes inflacionários de servidores) e da estabilidade do servidor. Esse o grande interesse: desconstrução do Estado de forma a termos Estado Mínimo que não existe na Suécia, na França, Alemanha e nem nos EUA.

Então, a grande mídia viu a oportunidade de ouro: explorar o fim do mundo, o caos econômico, não dimensionar  a queda do petróleo e minério de ferro no mercado internacional e o impacto para as contas dos Estados e da União. Não dimensionar o retorno do capital estrangeiro para os EUA e Europa depois do fim dos piores momentos da crise financeira internacional. Não publicar a manipulação do preço do petróleo internacional pela Arábia Saudita como forma de diminuir a concorrência pelo petróleo de xisto americana, afetando o nosso pré-sal e as contas da Petrobrás em cheio. Não. Nada disso foi falado. E houve publicação sobre o fato de que parte do problema da alta da energia elétrica se deu por causa da maior seca que acometeu o Brasil nos últimos 89 anos? Também não.

A culpa tinha que ser toda do governo. E assim foi publicado. A Dilma, infelizmente, foi açodada e nomeou o Lula ilicitamente (obstrução da justiça denunciada pelo Blog Perspectiva Crítica antes de o PGR formar convicção neste sentido) e ainda pegou avião da Presidência para ver o Lula (improbidade administrativa), quando ele foi conduzido coercitivamente meramente para testemunhar em inquérito criminal, ainda como testemunha. E, enfim, a situação e ambiente criado pelas burrices do governo e pela roubalheira de grandes figuras do PT criaram o clima para a aprovação do pedido de impeachment, por um presidente da Câmara acuado por inquérito tramitante no STF. Ele também quis pressionar a presidente a salvá-lo.

Agora vejam, tudo isso criou excelente oportunidade para retirar um governo de esquerda e não importa como os fatos se deram, o que até aqui, institucionalmente é completamente legítimo (impeachment legítimo, segundo o STF e nossa análise), o fato para o nosso artigo é que a grande mídia mentiu sobre a economia e agora está mostrando para você um link para dizer que a economia no fim do ano não será tão ruim como prevista no início do ano. Como sempre faz, inclusive, porque todo período de dezembro a março é de pressão inflacionária por causa das festas de fim de ano, ano novo e carnaval, além de aumento de custos escolares e de muitos contratos na sociedade.

Esses argumentos que antes eram só de cunho econômico, sempre para legitimar a manutenção dos extorsivos juros básicos da economia brasileira, em grande parte responsáveis pela queda da economia (o que também não é publicado), agora, entre 2015 e 2016 tomam ares de grande importância e interesse político na retirada de um governo de esquerda, não sem muita razão e mediante procedimento constitucional legítimo. Então, a grande mídia não pode falar a verdade para você.

Mas nós temos interesse somente na verdade passível de ser alcançada com os dados reais da economia e por isso publicamos como publicamos. O que dissemos em janeiro de 2016 é igual ao que é dito agora, ou, se não é idêntico porque alguns dados de mercado alteram no tempo, é na mesma linha: inexistência de caos econômico.

Essa nossa linha informativa, como sempre dissemos, cria menos surpresas ao leitor e vende menos jornal, se fosse adotada pela grande mídia. Então aí temos outro motivo para a grande mídia explorar sobes e desces constantes e tão impressionantes como uma montanha russa: o interesse comercial. Uma pena. O compromisso com a boa informação deve perder espaço para a exploração comercial da produção e venda de notícia. Lamentável.

Mas nós estamos aqui para mostrar a você porque e como isso ocorre. E fazemos isso. Nosso maior objetivo é que você se conscientize deste método de produzir informação da grande mídia, torne-se mais crítico e, quiçá, num mundo futuro, a grande mídia veja que não engana mais ninguém, que suas publicações enviesadas são lidas e desveladas pelo leitor e que sua credibilidade acabará abalada caso não passe a publicar de forma mais comprometida com a realidade mais fria dos fatos.

Será um sonho? Pode ser. Mas continuaremos nessa missão. E em seu curso realizamos nossa mais grata e valorosa missão cívica: informar o cidadão com o que há de melhor, garantindo um porto seguro, ou pelo menos muito mais seguro do que proporciona a grande mídia, para o conhecimento, debate e dissecação dos fatos políticos, econômicos e sociais do Brasil e do mundo, sob uma perspectiva do cidadão e não só de empresas e bancos; uma Perspectiva Crítica.

É sempre um grande prazer quando podemos mostrar para você a prova de que informamos com mais qualidade e menos sobressaltos e que a grande maioria de nossas previsões se confirmam ao longo do ano e dos anos, enquanto a grande mídia publica "surpresas e sobressaltos", de três em três meses, e, às vezes, mensalmente, quando não diariamente.

Grande abraço.

p.s. de 15/06/2016 - Texto revisado e com alteração de redação em alguns trechos para garantir maior clareza do texto.

p.s. 2 - Observe que publicar determinadas coisas sob determinada perspectiva e não publicar outras é uma opção da grande mídia que é legítimo para ela exercer a atividade dela segundo o que ela entende melhor para ela, mas não é o melhor para você e para sua ciência sobre a realidade que te cerca. Neste sentido, publicamos, por exemplo, sobre a falta de abordagem e embate da mídia acerca do nível de juros da dívida pública que pagamos e como isso prejudica valores que poderiam ir para a saúde, educação e outros serviços públicos que restam, assim, negados ao cidadão. Acesse: http://www.perspectivacritica.com.br/2014/03/a-prova-do-roubo-de-qualidade-de-vida.html

p.s. 3 - Há uma depressão econômica? Há. Isso é agudo? É. É um problema? Sim, com certeza. Mas nos insurgimos contra a falta de informação sobre as reais causas desse problema, já abordado por nós em artigos econômicos anteriores, em especial na última "Análise Econômica Interna e Externa". Sem entender que este momento é reflexo de uma situação maior econômica mundial também, somos manipulados pela grande mídia a achar que o problema é meramente político ou de governo e isso não ajuda a defender as melhores soluções para nossa crise. Não há caos. as causas são conhecidas e devem ser dimensionadas e ainda não afetaram irreversivelmente a estrutura econômica brasileira. Aliás, os problemas externos se dissipam (petróleo, minério de ferro aumentam e a economia europeia e americana não estão tão ruins) e, assim, a luz no fim do túnel fica cada vez mais clara, o que justifica o aumento alto de IED aplicado no Brasil entre 2015 e 2016. Eles, os estrangeiros, sempre à frente... para nossa mídia publicar que "tudo mudou", de repente, quando você não puder mais se posicionar para melhorar aproveitar a mudança de maré. É contra isso que nos insurgimos.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Uma das maiores palhaçadas dos EUA e da grande mídia: doação de bilionários à filantropia

Eu não aguento. Quero que vocês vejam como a grande mídia participa de um sistema que faz você de palhaço.

Acesse este artigo publicado no Jornal o Globo On Line: http://oglobo.globo.com/economia/compromisso-valioso-bilionarios-que-planejam-doar-fortuna-filantropia-19464795

O título do artigo é "Compromisso valioso: bilionários que planejam doar a fortuna à filantropia". Isso é verdade? Isso é inspirador? Que bonito, não? Bilionários preocupados com o bem do mundo. Que legal. Isso é verdade?

Não, gente. Ninguém fica bilionário dando dinheiro aos outros. E depois de juntar o objetivo de suas vidas é que não sairiam por aí distribuindo. Pelo amor de Deus. Esse é um dos vários mitos de mercado que a grande mídia gosta de publicar, criando uma realidade que não existe para você bater palma para super ricos e apoiar tudo o que ajude a manter um mundo de super ricos.

A verdade é que nos EUA o imposto de herança chega a 77% para bilionários. 77%!!! Não são 4% do Brasil que não quer regulamentar o Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF), não. São 77%!

Então, vejam, se o Bill Gates morrer, como tem US$ 75 bilhões (ver: http://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2016/03/01/bill-gates-e-o-homem-mais-rico-do-mundo-segundo-revista-forbes.htm), ele teria de pagar de imposto para os EUA US$57,75 bilhões, deixando "meros" US$19,25 bilhões para seus herdeiros. No Brasil, ele pagaria US$3,08 bilhões de imposto (ICMD) e seus herdeiros receberiam US$71,92 bilhões. Para muitos, portanto, o Brasil é Paraíso Fiscal, ao menos no quesito herança.

Então veja, para não pagar US$57,75 bilhões de imposto, Bill Gates faz o quê? Retira 99% de seu patrimônio de seu nome e cria uma fundação filantrópica. Assim quando morrer, nenhum centavo dos US$ 74 bilhões destinados à "filantropia" sofrerá incidência de imposto de herança. Mas quem administrará a instituição filantrópica? Seus parentes, recebendo gordas remunerações mensais que podem equivaler à aplicação desses valores em títulos da dívida americana.

Vejam, não somos contra isso. Queremos que no Brasil isso exista também. Por isso apoiamos a regulamentação do IGF ou o aumento do imposto sobre herança (ICMD) no Brasil para pessoas com patrimônio superior a 50 milhões de reais.

Essa previsão faz com que os super ricos contratem seguros de vida que devolvam os valores que serão pegos pelo Fisco ou criem instituições filantrópicas. Nos dois casos, que ocorrem nos EUA, o dinheiro acumulado pelos super ricos acabam gerando serviços e bens para a sociedade muito mais do que ocorre no Brasil, em que tais patrimônios viram somente renda para os herdeiros.

Mas não me venham com a ideia de que os bilionários americano são bonzinhos e que dão tudo o que arrecadaram durante suas vidas para a "filantropia"... que palhaçada. Os leitores do Blog Perspectiva Crítica não ficarão cegos à realidade dos fatos. Aqui não tem mi mi mi de mercado e "babação" surreal de bilionários. Eles são ótimos? Sim. Fizeram grandes fortunas? Sim. O Blog os aplaude por isso? Sim. Mas que a grande mídia diga realmente o motivo do "investimento" de bilionários em "instituições filantrópicas".

Somente assim é possível discutir outros temas com propriedade e fundamentos, como uma reforma tributária que exija mais de super ricos em sua contribuição à sociedade, criando, inclusive, oportunidades sociais de novos investimentos (seguro de vida e criação de instituições filantrópicas) ao mesmo tempo em que se põem esses valores enormes acumulados a produzir melhor para a sociedade da qual esses valores se originaram.

Essa é a verdade.

p.s. de 10/06/2016 - Texto revisado.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Dois recordes mensais de acesso ao Blog desde o ano de 2010: janeiro (8.082) e maio (6.731) do mesmo ano de 2016

Compartilhamos esta boa novidade. Os dois meses de maior acesso do Blog encontram-se neste mesmo ano corrente de 2016.

Desde o ano de 2010, quando em junho começamos com 900 acessos mensais, a maior parte da Alemanha, já atingimos uma média mensal recente de 4 mil acessos e média histórica de 3.039 acessos mensais, considerando-se 72 meses de vida e mais de 218.878 acessos gerais oriundos de mais de 40 países.

Neste universo, o mês de janeiro de 2016 bateu todos os recordes de acesso mensal, produzindo 8.082 acessos gerais, sendo o mês de maio de 2016 o segundo mês de maior acesso geral, computando 6.731 acessos gerais.

Observe o gráfico retirado do Google Analitics sobre o Blog:



A cada seis meses a média de acessos vem subindo e isso demonstra consistência e acréscimo de acessos e atenção despendida ao Blog Perspectiva Crítica que hoje possui acervo de 848 artigos à disposição do público de leitores que não se satisfaz com a unicidade de pensamento e interpretação de fatos sociais, econômicos e políticos como é procedida pela grande mídia brasileira.

Hoje, a lista dos dez artigos mais acessados é a que segue:

Procuramos manter a qualidade das publicações e isso exige tempo. Por outro lado, muitas vezes a grande mídia publica temas com pouco compromisso com a verdade sob a perspectiva do cidadão, e temos de responder o quanto antes no afã de garantir um contraditório social que possa criar uma dinâmica dialética informativa com o objetivo de impedir que a desinformação em massa se concretize e se sedimente.

Desvelar os mitos midiáticos ou de mercado para garantir e assegurar posicionamento crítico da sociedade em relação a fatos publicados ou não no Brasil. Este é o nosso objetivo.

Sabemos que não é possível acertar sempre, mas é necessário ter boa fé e compromisso com a verdade ao resolver publicar algo a ser lido pela população. Cremos que executamos um trabalho digno e a resposta é o aumento constante da quantidade de acessos, perguntas, críticas. Comentamos e criticamos publicações da mídia, mas nunca deixamos de inovar na pauta de discussão social e nunca deixamos de nos posicionar sobre os fatos mais importantes.

Assim seguiremos, até que a mídia publique melhor e cada vez melhor. Quem sabe então, poderemos simplesmente sentar para ler um jornal, sem sentir a adaga do surrealismo cortar nosso córtex sem dó nem piedade? Difícil... a grande mídia é uma empresa e sempre publicará segundo o prisma de grandes empresas ou bancos. Só nos resta dividir, portanto, essa tarefa com você, leitor. Somente esta simbiose é capaz de nos proteger da condução autômata da sociedade que, algumas vezes explicitamente, muitas vezes subliminarmente, a grande mídia tenta impor ao cidadão.

O cidadão não tem tempo para se dedicar a produzir e processar informações do cotidiano. Ele tem que se preocupar em trabalhar, cuidar de seus filhos, dormir, se alimentar, fazer algum exercício, estudar, cuidar do carro, recolher impostos.. ele não tem muito tempo para produzir e comparar informações para produzir a sua original perspectiva sobre fatos políticos, sociais e econômicos. Ele consome, então a informação processada pela mídia.

Mas essa produção de informação não está processada sob o prisma da perspectiva do cidadão, mas de empresas e bancos. E a realidade que a mídia informa e tenta concretizar leva a um mundo melhor.. para grandes empresas e bancos e seu grupo de pessoas integrantes, um círculo pequeno, muito pequeno.

Daí deriva, portanto, o maior objetivo do blog: assimilar a informação disponível publicado pela grande mídia e outros meios de comunicação como Blogs Sociais, Insitutos de Pesquisa e Universidades, Sindicatos e instituições públicas, processar essa informação sob a perspectiva do cidadão, pessoa física, pai, mãe de família, trabalhador e servidor público brasileiro, e apresentar uma informação real que permita a defesa dos interesses deste cidadão.

Acreditamos que assim, garantindo uma verdadeira dialética informativa, influenciaremos bem a grande mídia e proporcionaremos um posicionamento mais claro e firme das pessoas em relação a esses fatos publicados tão erroneamente em sociedade, potencializando a condição dos nossos leitores de entender quais interesses seus , de empresas, da mídia e dos bancos estão em jogo e, a partir daí, podendo este mesmo cidadão entender e concluir o que seria melhor para si, ao analisar cada ato ou fato social, político e econômico ocorrente e noticiado.

Sigamos em frente.

p.s. de 07/06/2016 - Texto revisado.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

A exploração da teoria do caos econômico, o quanto antes. A destruição do Estado. O maior roubo do orçamento da história do país.

Quem ler o Jornal O Globo de hoje, inclusive o Globo On Line, terá a impressão de que vive o fim do País. Mas pode ver a incongruência imediatamente.

Veja esta matéria:

"Brasil repete década perdida de 1980 e já vive ‘depressão’, diz economista"

Acesse na íntegra o artigo em http://oglobo.globo.com/economia/brasil-repete-decada-perdida-de-1980-ja-vive-depressao-diz-economista-19414899#ixzz4AMSn5N7r

Agora Veja o subtítulo desta mesma matéria:

"Analista para América Latina do Goldman Sachs prevê estabilização na 2ª metade do ano"

Senhores e senhoras, há muitos mais artigos nesta linha. Mas por quê? Porque não há mais tempo para publicar este tipo de matéria. A estabilização da eco0nomia já está aí às portas e nós só teremos sofrido menos de dois anos, enquanto Europa e EUA sofreram 7 a 8 anos.

Observe que comparam menos de dois anos recentes com o acumulado de dez anos entre 1980 e 1990. Pode isso? Não. 7% de queda em média de 10 anos é muito pior do que 7% em média de dois anos. E eles ainda contam com previsão de queda de 4,3% de PIB para 2016. Isso ocorrerá? Não parece (ver p.s. de 06/06/2016 abaixo). E se isso ocorresse, não deveríamos estar pagando 14,5% de juros, pois a inflação seria muito menor do que 7%. Veem a incongruência?

Mas tem mais. Se estamos em incrível depressão, em ciclo desfavorável e negativo, como se estabiliza no segundo semestre? Que palhaçada.

Isso é para ajudar o governo a arrochar o que puder no orçamento de 2016. Com esse ambiente, será impossível criar clima para reconstituir valores de salários defasados de servidores, porque eles serão os criminalizados do "orçamento", não havendo uma linha sobre o nababesco lucro bancário com os juros de 14,5% em inflação decrescente em nosso país.

Se a inflação for menor do que 7%, beirando a 6,5%, o que deve ocorrer esse ano, o lucro real que os juros bancários proporcionarão aos aplicadores será de 8% reais. A média dos emergentes é pagar 2,5%. Os juros reais da Europa e EUA está em negativos 1,5%. Alguém publica isso? Não. Serão mais de 200 bilhões de reais concedidos a investimentos em dívida brasileira totalmente desnecessários e que poderiam tornar o déficit de 170 bilhões do orçamento em superávit de 30 bilhões de reais, sem se mexer em um programa social, sem se impedir o investimento de um centavo para hospitais e escolas, e concedendo todos os reajustes a servidores acordados e previstos no orçamento.

Estamos diante do maior roubo do orçamento público da história do País. E não há uma linha publicada sobre isso.

Onde colocar a conta? Nos servidores e no Judiciário, que prende todo o Congresso com base em provas irrefutáveis.

E assim, o Jornal O Globo, em sua perene função de diminuir o Estado, consegue publicar ambiente de caos econômico, enquanto, "analistas do Goldman Sachs preveem estabilidade para o segundo semestre". Ora, é caos, década perdida, ou estabilidade? Veja você!!!

O objetivo é obter ambiente para diminuir o Estado e, nesse esteio, o Judiciário também será prejudicado. Concessões, privatizações, perda de estabilidade de servidores, transferências de serviços públicos par cooperativas e Ong´s, regulamentação da terceirização, fim do concurso público, fim de correção inflacionária das remunerações dos servidores públicos. Tudo porque o "momento é de caos econômico e devemos ser conscientes com os gastos públicos". Que gastos? Juros nababescos a bancos? Não. Com gastos da previdência social, saúde, educação e que gera prestação de serviço à população: servidores públicos.

Veja esta outra matéria:

"Brasil fica na lanterna do crescimento mundial e perde até para Grécia"

Acesse a íntegra do artigo em http://oglobo.globo.com/economia/negocios/brasil-fica-na-lanterna-do-crescimento-mundial-perde-ate-para-grecia-19416205#ixzz4AMXnard1

Agora o subtítulo:

"Retração de 5,4% na comparação anual é a pior entre 31 países, segundo Austin Rating"

Pergunto: Ok, em um ano o Brasil perdeu par a Grécia. Mas e em 7 a 8 anos? A Grécia chegou a perder 25% de seu pib, gente!!!!!!! Durante quase todo esse tempo a taxa de desemprego chegou a 25% da população economicamente ativa, contra o pico de 10% do Brasil em um único ano. Mais de 50% dos jovens gregos esteve e está desempregada!!!!!!

A comparação beira as raias do ridículo.

E chegamos ao fim do poço. Esse é o problema da direita, dos banqueiros e da grande mídia. Daqui para frente, se a Dilma não voltar, será só notícia boa, então a hora de publicar o caos alimentado midiaticamente que só durou 2 anos e não se alimentará mais para a frente, é agora. A hora de influir par diminuir o Estado de vez, é agora! E é agora, quando se votam no Congresso as matérias de gastos públicos, que são votadas todos os anos em função da lei orçamentária. Mas nunca terão a oportunidade de esfaquear a estrutura do Estado como agora, porque o fim do poço chegou. Entende?

E assim, mais do que cortar programas sociais, o que faz sentido nesta nova ordem que se quer implantar, para irmos muito além do que é a estrutura "liberal e enxuta"dos EUA, que conta com, ironicamente, 50% mais servidores públicos do que o Brasil para prestar serviços a seus ricos habitantes, é cortar estabilidade de servidor público, seus reajustes remuneratórios e desestimular a população de ter como opção de emprego o serviço público, bem como retirar as bases para que auditores, por exemplo, condenem empresas, juízes, por exemplo, condenem empresas e políticos, policiais não investiguem políticos e empresários, porque isso é o que acontecerá, a longo prazo, com o fim da estabilidade dos servidores públicos e o fim da remuneração digna.

Por que um policial vai investigar a Odebrecht, se o dono é amigo do Presidente da República e ele, o policial, pode ser demitido, quando estiver sem estabilidade? Por que um juiz os condenaria, sob risco de demissão? E o Auditor? Por que levaria à frente as investigação e condenação de contas podres da empresa e do Estado, se tem contas de luz, gás, telefone, plano de saúde e escola de filhos para pagar e correria o risco de ser demitido?

Mas a sociedade, quando se compara aos servidores públicos, não vê isso. Vê, egoísta, unilateral e umbilicalmente, que ela mesmo não tem estabilidade no emprego. Vê que ela mesmo não ganha bom salário, apesar de muitas vezes não ter o nível educacional dos servidores públicos com as quais se compara. E não vê que tudo o que existe em estrutura para o serviço público é para atuar em seu benefício, sem saber inclusive como quantificar isso, pois a mídia sobre isso nada publica. Quanto vale para o bolso do contribuinte a prisão do presidente da Odebrecht, do presidente do Banco Bradesco, da investigação sobre o Lula, Renan, Eduardo Cunha, Dilma, Aécio, PT, Mensalão do PT, mensalão do PSDB, Trensalão de São Paulo, obstrução da justiça por Dilma ao nomear Lula Ministro? São bilhões e bilhões de reais dos cofres públicos que se protege e tudo isso só é possível com servidores públicos de nível, bem pagos, e com estabilidade.

Está em curso a destruição do Estado como o conhecemos. A área privada quer tudo privatizado, até escolas e hospitais públicos. Querem tudo prestado por Ong's, talvez até pago pelo cidadão que vai ser atendido, como o é nos EUA. Querem destruir os quadros públicos dos poucos serviços que ainda existem com qualidade: Polícia Federal, Universidades Públicas, Hospitais Públicos de Emergência, Ministério Público, Judiciário, para assim, sob o manto do discurso do "caos econômico, mas que está para se estabilizar no segundo semestre de 2016", ou seja, inicialmente daqui a dois meses, possam se assenhoriar de todos os cargos públicos, não sofrerem pressões do Estado, fiscalização, investigações e condenações, e conseguir em pouco tempo (até o fim do caos econômico) o que não obtiveram décadas a fio e que talvez não tenham outra oportunidade de ceifar e obter como agora, porque a recuperação está à vista e chegando junto com a melhora da economia internacional esperada para estes próximos dois a três anos.

Alimentando esta mentira, sem apontar as várias variantes e condicionantes que permitem os "analistas da Goldman Sachs" afirmarem que a economia brasileira se estabilizará no segundo semestre de 2016, é que o mercado, com seu arauto, O Jornal O Globo, pretendem seguir a marcha de seus desígnios: fim do funcionalismo público, diminuição do Estado ao mínimo que não existe em qualquer país do mundo, e destituir a classe média e pobre de uma opção de emprego digno, que é o funcionalismo público, para aumentar as filas de buscadores de emprego na área privada e poder diminuir os salários dos atuais empregados privados, "a bem do mercado".

Não contem com o nosso silêncio. Como dissemos antes no Blog Perspectiva Crítica à mídia de mercado e ao mercado: "I see you". E continuaremos denunciando. Toda a onda de diminuição do Estado como se apresenta que, além de desnecessária (por haver outras medidas para salvar o orçamento público sem diminuir programas sociais e ignorar o direito de reajuste inflacionário de remuneração de servidores públicos), é ineficiente e nos deixa mais longe da estrutura existente em países avançados como França, Inglaterra, Alemanha e países nórdicos e, inclusive, atrás dos EUA e Chile. Em todos esses lugares o salário mínimo é maior do que no Brasil, o serviço público de educação e saúde é melhor do que o nosso, e todos eles têm mais servidores públicos do que nós, em proporção ao total de trabalhadores em seus países, garantindo maior qualidade de vida a seus cidadão. E todos esses servidores públicos têm estabilidade. Não é fazendo diferente deles que atingiremos o mesmo status. Isso, desfazer um Estado e querer mais dele, é que é incongruente.

Neste momento vemos o pagamento fácil de desnecessários 200 bilhões de reais a bancos, através de juros que não existem em local algum no mundo, mesmo se considerando países sem democracia e em guerra, enquanto se tiram, em primeiro momento direitos trabalhistas, previdenciários, reajuste inflacionário de servidores, ou seja, vai a conta só na pessoa física, no contribuinte e trabalhador brasileiro. Isso é a maior transferência de valores das pessoas par bancos. Isso é o maior roubo do orçamento do país: a despesa de mais de R$200 bilhões desnecessários com juros excessivos da dívida. Qual é o total pago nesta rubrica? mais de 600 bilhões de reais. Mais do que tudo o que é gasto com a Previdência, com a saúde, com a educação, com todas as remunerações de todos os servidores públicos federais dos três Poderes. Saiba disso.

p.s. de 02/06/2016 - Texto revisado e ampliado.

p.s. de 06/06/2016 - É importante notar que a previsão de PIB negativo para o ano de 2016 em 4,3% já não é mais uma previsão que se confirma. O mercado já fala, desde 02/06/2013, em queda de 3,8% e até 3%!! Observe o teor do artigo intitulado "Projeções para o PIB apontam queda inferior aos 3,8% de 2015 - Indicadores de maio já apontam melhora na confiança", cujo endereço eletrônico é http://oglobo.globo.com/economia/projecoes-para-pib-apontam-queda-inferior-aos-38-de-2015-19420898#ixzz4ApJqEVT1

p.s. 2 - É importante notar, ainda, que a comparação de períodos econômicos já foi muito criticada. Tem apelo retórico e de manchete para vender jornal, mas não garante fidelidade técnica ínsita em relação aos fatos e declarações que se publicam. Veja, sem apresentar os dados a que se refere sobre a queda de pib na década de 80, houve a comparação imediata de um número (7%), que seria alcançado de perda de pib na década de 80 e entre os anos 2015/2016. Mas observe que, primeiro, se pegássemos os oito anos para trás, esse número de perda de pib não ocorreria e, provavelmente, se pegarmos mais oito anos para frente, também não ocorreria a perda de 7%.Então, a comparação imediata já é ruim per si. Mas não só. Observe que a década de 80, mesmo tendo experimentado algumas crises de petróleo, (1979 , 1981 e 1983), foi a crise de 2008/2013, com reflexos até hoje, que foi rotulada de a maior crise financeira mundial desde a histórica crise de 1929. Então, seria de se esperar um reflexo econômico pior ao pib do Brasil do que o reflexo da crise do petróleo entre 1979 a 1983. Então, como a maioria das notícias econômicas publicadas pela grande mídia, a informações foi ruim e causou desinformação em massa, como se essa crise de 2 anos, já ao fim, segundo analistas de mercado e segundo nossa opinião desde o início do ano. O fim da crise bate às portas, como noticia o artigo comentado no post script acima.

p.s. de 15/06/2016 - Para verificar como as contas do Estado Brasileiro estão mal encaminhadas e como grande parte do que produzimos são pagos a bancos através da conta "juros da dívida", sem qualquer questionamento social sobre isso, acesse nosso artigo em