Pessoal, com grande satisfação encerramos o oitavo ano do Blog Perspectiva. 2018 foi um ano duro para todos e muito mais para o nosso Brasil. Esses dois anos de Temer consolidaram o combate à inflação a partir da disposição do governo de manter quadro de recessão. Isto é muito mais fácil do que combater inflação considerando e trabalhando pelo crescimento econômico e de empregos.
Em nenhum momento a grande mídia tratou da influência da bolha imobiliária sobre a crise econômica brasileira, mesmo sabendo-se que que todo o excesso de valorização imobiliária é sucedido de estagnação econômica como ocorreu com a Europa e EUA na crise do subprime de 2008/2013 e como já ficou provado com o Japão quando teve grande valorização de seus imóveis em 1980 seguido de trinta anos de baixo crescimento enquanto os preços dos imóveis se corrigiam no tempo.
Houve pouquíssimos artigos explicando que o fechamentos de vários negócios também se deveu ao aumento do custo das empresas e lojas de comércio com os aluguéis comerciais pagos, eis que a bolha imobiliária fez com que os proprietários aumentassem exorbitantemente os aluguéis para tentar justificar a manutenção de tais imóveis em carteira ao invés de vendê-los a altos valores de mercado e aplicar no mercado financeiro brasileiro, tendo a Selic ficado por pouco tempo abaixo de 10% durante quase 10 anos, tendo variado de 11,18% em abril d 2008 a 14,5% nesse período e somente muito tardiamente tendo descido do patamar de 10% em julho de 2017. Acima de 14% a Selic ficou de julho de 2015 a agosto de 2016. Criminoso.
Teve de haver, após nossa veemente crítica durante a maior parte desse tempo todo, desde que estivemos ativos em 2010, uma crítica da grande mídia e do próprio mercado para pedir que fossem baixados os juros porque nem o mercado mais via sentido no "conservadorismo excessivo do Banco Central".
A letargia do Governo Temer em debelar a crise pelo lado da receita cobrou caro ao país em falta de empregos. Não foram efetuados grandes leilões de petróleo, não foram efetuadas grandes concessões de aeroportos, ferrovias, hidrovias e muito mais. Tudo isso poderia ter ajudado a debelar a crise que vinha de uma complexa rede de erros econômicos do governo Dilma, em especial a partir do segundo semestre de 2013 e diante, bem como em virtude de baixo crescimento econômico mundial, como reflexo da crise de 2008/2013, esgotamento da poupança e capacidade de endividamento das famílias brasileiras dentre outras questões graves como mal gerenciamento do preço do petróleo, da gasolina, do gás e a questão do prejuízo da alteração de política de energia elétrica, muito por causa de o Brasil ter enfrentado no período a maior seca em mais de 89 anos.
Com ambiente ruim econômico e sem adotar medidas que incentivassem a economia, a reforma trabalhista e a da previdência foram apresentadas à população como a solução para a crise. Uma mentira escancarada. Entendemos que parte da letargia do governo Temer foi proposital para manter ambiente ruim econômico e chantagear a socieade para que aceitasse reformas draconianas que somente atingiam pessoas físicas: trabalhadores, servidores públicos, aposentados e pensionistas.
Em nenhum momento, ou em poucos, a grande mídia e o mercado deram espaço para que a informação do excesso de isenções fiscais e subsídios pusessem ser compreendidos pela população como causa do déficit fiscal brasileiro e mesmo da previdência. A verdade não foi propalada pela grande mídia.
Só no Estado do Rio de Janeiro a corrupção do governo Cabral e Pezão criou um rombo fiscal, via isenções fiscais para empresas, no valor de 180 bilhões de reais, hoje discutidos judicialmente em ação civil pública, sendo que o déficit fiscal do Estado não passa de 30 bilhões de reais!! Isso era para ser manchete. Mas a mídia calou-se.
Na União, o déficit fiscal é de de 159 bilhões de reais, mas as concessões e subsídios passam de 280 bilhões de reais anualmente. Quem está com déficit pode abdicar de receita? Claro que não. Mas a mídia e o mercado não criticam esse absurdo. A culpa é do gasto com a previdência. A culpa é do salário e do reajuste inflacionário do servidor público e de seus pensionistas. A culpa é da existência de direitos trabalhistas. Tsc, tsc.
A reforma trabalhista foi feita. Tiraram vários direitos de trabalhadores prometendo 2,5 milhões de empregos. Cadê esses empregos? Não vieram...como avisamos à época.. emprego só vem com crescimento econômico e não com menos direitos a trabalhadores.
Bom, na linha econômica, continuaremos criticando e denunciando a mentira propalada pela grande mídia de mercado.
Na área política, tivemos uma reviravolta: o brasileiro votou por opções antissistema. Ótimo. Mostra que o brasileiro é crítico e não quer mais político de maracutaias e "toma lá dá cá" clássico de nossas oligarquias históricas e das oligarquias empresariais e financeiras.
Mas temos aí o Bolsonaro. Sua entrada já está sendo com turbulências informativas. Mas a grande mídia está contra o Bolsonaro porque uma das coisas comentadas por ele é que as propagandas estatais, incluindo as do governo e das estatais, diminuirá. Só a Globo fatura 5 bilhões por ano com essa propaganda!
Estaremos atentos para denunciar erros do governo Bolsonaro assim como para elogiar medidas corretas adotadas pelo mesmo seja no tocante ao social, economia ou política interna ou externa.
Vemos como auspicioso mencionar-se que toda a tributação sobre a renda de pessoas físicas deve ser alinhada em torno de 20%. Só a taxação de lucros e dividendos pode gerar mais de 24 bilhões de reais anuais. A grande mídia, que é constituída por grandes empresas que distribuem lucros e dividendos, nunca apontou esse caminho como uma saída para diminuir o déficit fiscal brasileiro! auhauahuahuahauhah.
Reclama muitas vezes do impacto anula de 4 bilhões de reais que o reajuste ao funcionalismo federal causará, mas não acha interessante explicar para o seu leitor que somente a taxação de lucros e dividendos traria 25 bilhões de reais por ano!! Não é interessante? Só o Brasil e a Estônia não taxam lucros e dividendos, mas essa nunca foi uma "jabuticaba" criticada pelos colunistas econômicos ou pela opinião/editorial do Jornal O Globo! Não é demais? Rsrs.
Também nunca é publicado que o Brasil é considerado paraíso fiscal com sua taxa de 4% sobre a herança. Na França chega a 40% e nos EUA a 70%, dependendo do montante da herança, lógico.
E sobre a sanha para aprovar uma reforma draconiana da Previdência? Ninguém expõe direito o prejuízo que o INSS tem em receita que não existe porque não se cobram agricultores e seus empregadores para que contribuam com a Previdência. Dentre muitas outras receitas que não são respeitadas e nõa chegam ao INSS e criam o tal "déficit" que deve ser combatido.
Enfim, há muita coisa para acompanharmos, criticarmos e denunciarmos em 2019! Estaremos atentos.
Fiquem atentos também ao lançamento do primeiro livro do Blog Perspectiva Crítica!!! Já está quase saindo! Avisaremos em tempo.
DE resto, senhores e senhoras leitores e seguidores, obrigado pela confiança!
Nós do Blog Perspectiva Crítica desejamos um Feliz e Próspero Ano Novo a todos os cidadãos brasileiros e desejamos que cada vez mais a verdade surja de letras responsáveis dos colunistas da Grande Mídia... a vida seria melhor e mais fácil para os brasileiros. Enquanto isso não ocorre, fazemos a nossa parte.
Felicidades a todos e um excelente 2019!!! Afinal, nós merecemos! Rsrsrsrs.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2018
quarta-feira, 5 de dezembro de 2018
Agora, há privilegiados até na Previdência destinada oas trabalhadores privados: 3% da Previdência vai para pobres e 41% para os mais ricos, segundo O Globo.
Vejam como quando se aceitam determinados pressupostos retóricos, a desgraça vai se disseminando até que a injustiça do argumento atinja a todos!! No artigo intitulado "Apenas 3% dos benefícios pagos pela Previdência Social vão para os mais pobres" o que é falado? Qual é o objetivo? Quais os pressupostos da informação? Recrimina-se o sistema previdenciário de ser desigual para em breve dizer que é melhor que seja privatizado.
Veja o trecho que selecionamos:
Primeiramente, o grupo da Fazenda que realizou o estudo respondia ao Eduardo Guardia. Eduardo Guardia é homem do mercado financeiro, Ministro da Fazenda do Governo Temer, o mesmo que apresentou a Reforma draconiana da Previdência Social que foi barrada pelo Congresso. Seria natural que viesse um viés crítico da Previdência.
Agora veja, é normal que uma massa percentual menor de benefícios seja paga a uma parcela de pessoas mais pobres que é a maioria da população? Sim, é. Por quê? Porque a maioria da população desconta sobre o salário mínimo enquanto só as pessoas que têm mais educação e salários melhores recolhem sobre valores maiores até o teto da Previdência que são cinco salários mínimos.
Se 100 pessoas recebem 1.000,00, o gasto do pagamento de benefícios para estas 100 pessoas é de 100mil reais para a previdência. Mas se 20 pessoas recolheram sobre o teto, por exemplo, essas 20 pessoas exigirão um pagamento de R$5 mil, arredondando, para cada um do INSS, o que gerará uma despesa de 100 mil reais. Nessa conta, o mesmo valor pago a 100 pessoas foi destinado "desigualmente" para meros 20 outros "igualmente" contribuintes. E foi injusto?
Senhores e senhoras, a continuar esse raciocínio, e é assim que fazem, condenam-se todos os que contribuem acima do valor mais baixo do INSS, ou seja, se você contribui acima do salário mínimo, você é um PRIVILEGIADO!!! AHUAHUAHUAHUAHAA
Veja que nessas contas, os servidores que contribuem sobre o total de seus salários atuais, que variam, de R$3mil a R$33.900, naturalmente são pessoas privilegiadíssimas!!! Mas todos esses que contribuem acima da base do salário mínimo passarão a ser elemento que "desvia a política de maior igualdade para os benefícios pagos pelo INSS e pelo sistema previdenciário brasileiro".
Hoje, o estudo não diz, mas foram criados três fundos de previdência complementar fechada para os servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário, que tenta implantar o sistema de capitalização na previdência dos servidores públicos. A grande mídia quase não fala deles. No Judiciário chama-se Funpresp-Jud (acesse em http://www.funprespjud.com.br/) e comemorou recentemente 5 anos.
Esse sistema é adequado à alteração constitucional que determinou que no serviço público o máximo do salário pago pelo Fisco a título de benefício previdenciário seja o teto pago pelo INSS, complementado por Fundo próprio composto pela contribuição dos servidores novos que foram contratados a partir de quando o Fundo ficou ativo, no caso em exemplo, em 2013.
Agora veja, o importante é você perceber como é feita a "conta da desigualdade no destino dos valores pagos pela previdência social (pública e privada)" pela Grande Mídia: pagou acima do teto, você não tem direito de receber pelo que contribuiu, porque vira elite do sistema previdenciário.
Aí só tem um jeito de "barrar" essa discriminação": baixar ao máximo o limite pago a título de teto a ser pago pela previdência social privada ou pública e empurrar a todos para a previdência complementar. Onde está a previdência complementar? Na área privada!!!! À medida em que se recrimina quem contribui mais sobre um salário maior para a Previdência pública ou privada, empurra-se esse cidadão para contribuir o mínimo para a Previdência Social e recolher valores na Previdência privada, a qual aufere lucros extravagantes dos valores que você investe.
O Funpresp-Jud, se você verificar suas tabelas de rendimento, são maiores do que os mais conhecidos investimentos da área privada e muito maiores do que os de Fundos de Previdência Privada, provavelmente, porque revertem o lucro em investimento para os próprios servidores.
Veja:
As informações que estão nessa tabela do Funpresp-Jud estão acessíveis em http://www.funprespjud.com.br/participante/rentabilidade/
Então, veja bem, o que se quer é acabar com o sistema previdenciário público porque ele retira todo esse investimento e lucro dos bancos e instituições financeiras. Ao invés do lucro ser revertido em benefício dos seus contribuintes, irá para bancos.
Assim que acabarem como o INSS e com o Servidor Público e sua previdência, em seguida ocorrerá o mesmo para a PREVI, para a PETROS, para a FUNCEF e todos os programas de complementação de aposentadorias de estatais, com a nivelação cada vez mais por baixo do pagamento de todos os benefícios previdenciários para que tudo vá para bancos.
O canal para isso ocorrer é desprestigiar o sistema previdenciário. Deve ser dito que ele é meramente deficitário, que há privilégios, que ele discrimina os mais pobres. Não se pode dizer que quem recolhe por valores maiores deve receber benefícios maiores. Não se deve contextualizar historicamente a receita do regime dos servidores e estatais para que a população entenda como há fundos bilionários estatais que são o acúmulo de décadas de parte do salário desses servidores e funcionários de estatais e nem como se chegou a um déficit grande no Regime de Previdência dos Servidores Públicos (RPPS).
O importante é, por todo meio, descredenciar os sistema público de previdência social que gera riqueza para todo o brasileiro, renda, que tem lucros do sistema revertidos para o benefício do próprio contribuinte, para que todos paguem o mínimo para o sistema público e todo o capital gerado com essa economia e investimento do cidadão, trabalhador privado (RGPS), trabalhador de estatais (fundos complementares próprios de previdência - PREVI e similares), bem como o servidor público (RPPS) seja revertido para bancos e instituições financeiras para que os lucros que revertem em seu benefício, trabalhador contribuinte de RGPS, RPPS ou Fundos de Previdência Complementar de Estatais, seja lucro a ser auferido por eles, as instituições financeiras.
Fica aqui nossa denúncia.
Como estamos em momento de sanha do mercado para aprovar a Reforma da Previdência esse ano, antes de o Bolsonaro entrar, veremos mais artigos escabrosos e infames desta natureza. Estaremos atentos para denunciar.
A seguir sem obstáculos essa retórica de que "há privilégios de todos os que contribuem acima de salário mínimo para o INSS", o mercado conseguirá legar para o Brasil o que o Chile sofre no momento com a privatização de seu sistema previdenciário ocorrido há trinta anos atrás: 93% dos beneficiários recebem um salário mínimo e estão pressionando o orçamento público agora porque não conseguem comer e se medicar normalmente. Mas os lucros dos bancos alcançados com a medida foi ótimo no Chile e o "déficit público" baixou muito à época da privatização. Por quê? Porque não havia mais sistema público de previdência, nem benefícios a serem pagos e os lucros que revertiam para os beneficiários foram para os bancos.
É para se pensar.
p.s. de 10/12/2018 - Texto revisto.
Veja o trecho que selecionamos:
"O documento mostra, por exemplo, que 41% dos benefícios pagos pela Previdência Social beneficiam os 20% mais ricos da sociedade. Ao mesmo tempo, apenas 3% dos recursos vão para os mais pobres. Os dados foram antecipados pela colunista Míriam Leitão, em seu blog .
“Por isso, reformar a Previdência, com foco na redução de privilégios, é uma medida de redução da desigualdade”, diz o texto.
Os técnicos da Fazenda apontam que um programa como o Bolsa Família, por outro lado, tem o efeito inverso. “Os grupos mais pobres recebem parcela maior do benefício. Este sim é um programa público distributivo. Infelizmente é a exceção, pois a ampla maioria das políticas públicas do governo federal não chega nos mais pobres e acaba acentuando a desigualdade de renda”."
Primeiramente, o grupo da Fazenda que realizou o estudo respondia ao Eduardo Guardia. Eduardo Guardia é homem do mercado financeiro, Ministro da Fazenda do Governo Temer, o mesmo que apresentou a Reforma draconiana da Previdência Social que foi barrada pelo Congresso. Seria natural que viesse um viés crítico da Previdência.
Agora veja, é normal que uma massa percentual menor de benefícios seja paga a uma parcela de pessoas mais pobres que é a maioria da população? Sim, é. Por quê? Porque a maioria da população desconta sobre o salário mínimo enquanto só as pessoas que têm mais educação e salários melhores recolhem sobre valores maiores até o teto da Previdência que são cinco salários mínimos.
Se 100 pessoas recebem 1.000,00, o gasto do pagamento de benefícios para estas 100 pessoas é de 100mil reais para a previdência. Mas se 20 pessoas recolheram sobre o teto, por exemplo, essas 20 pessoas exigirão um pagamento de R$5 mil, arredondando, para cada um do INSS, o que gerará uma despesa de 100 mil reais. Nessa conta, o mesmo valor pago a 100 pessoas foi destinado "desigualmente" para meros 20 outros "igualmente" contribuintes. E foi injusto?
Senhores e senhoras, a continuar esse raciocínio, e é assim que fazem, condenam-se todos os que contribuem acima do valor mais baixo do INSS, ou seja, se você contribui acima do salário mínimo, você é um PRIVILEGIADO!!! AHUAHUAHUAHUAHAA
Veja que nessas contas, os servidores que contribuem sobre o total de seus salários atuais, que variam, de R$3mil a R$33.900, naturalmente são pessoas privilegiadíssimas!!! Mas todos esses que contribuem acima da base do salário mínimo passarão a ser elemento que "desvia a política de maior igualdade para os benefícios pagos pelo INSS e pelo sistema previdenciário brasileiro".
Hoje, o estudo não diz, mas foram criados três fundos de previdência complementar fechada para os servidores do Executivo, Legislativo e Judiciário, que tenta implantar o sistema de capitalização na previdência dos servidores públicos. A grande mídia quase não fala deles. No Judiciário chama-se Funpresp-Jud (acesse em http://www.funprespjud.com.br/) e comemorou recentemente 5 anos.
Esse sistema é adequado à alteração constitucional que determinou que no serviço público o máximo do salário pago pelo Fisco a título de benefício previdenciário seja o teto pago pelo INSS, complementado por Fundo próprio composto pela contribuição dos servidores novos que foram contratados a partir de quando o Fundo ficou ativo, no caso em exemplo, em 2013.
Agora veja, o importante é você perceber como é feita a "conta da desigualdade no destino dos valores pagos pela previdência social (pública e privada)" pela Grande Mídia: pagou acima do teto, você não tem direito de receber pelo que contribuiu, porque vira elite do sistema previdenciário.
Aí só tem um jeito de "barrar" essa discriminação": baixar ao máximo o limite pago a título de teto a ser pago pela previdência social privada ou pública e empurrar a todos para a previdência complementar. Onde está a previdência complementar? Na área privada!!!! À medida em que se recrimina quem contribui mais sobre um salário maior para a Previdência pública ou privada, empurra-se esse cidadão para contribuir o mínimo para a Previdência Social e recolher valores na Previdência privada, a qual aufere lucros extravagantes dos valores que você investe.
O Funpresp-Jud, se você verificar suas tabelas de rendimento, são maiores do que os mais conhecidos investimentos da área privada e muito maiores do que os de Fundos de Previdência Privada, provavelmente, porque revertem o lucro em investimento para os próprios servidores.
Veja:
As informações que estão nessa tabela do Funpresp-Jud estão acessíveis em http://www.funprespjud.com.br/participante/rentabilidade/
Então, veja bem, o que se quer é acabar com o sistema previdenciário público porque ele retira todo esse investimento e lucro dos bancos e instituições financeiras. Ao invés do lucro ser revertido em benefício dos seus contribuintes, irá para bancos.
Assim que acabarem como o INSS e com o Servidor Público e sua previdência, em seguida ocorrerá o mesmo para a PREVI, para a PETROS, para a FUNCEF e todos os programas de complementação de aposentadorias de estatais, com a nivelação cada vez mais por baixo do pagamento de todos os benefícios previdenciários para que tudo vá para bancos.
O canal para isso ocorrer é desprestigiar o sistema previdenciário. Deve ser dito que ele é meramente deficitário, que há privilégios, que ele discrimina os mais pobres. Não se pode dizer que quem recolhe por valores maiores deve receber benefícios maiores. Não se deve contextualizar historicamente a receita do regime dos servidores e estatais para que a população entenda como há fundos bilionários estatais que são o acúmulo de décadas de parte do salário desses servidores e funcionários de estatais e nem como se chegou a um déficit grande no Regime de Previdência dos Servidores Públicos (RPPS).
O importante é, por todo meio, descredenciar os sistema público de previdência social que gera riqueza para todo o brasileiro, renda, que tem lucros do sistema revertidos para o benefício do próprio contribuinte, para que todos paguem o mínimo para o sistema público e todo o capital gerado com essa economia e investimento do cidadão, trabalhador privado (RGPS), trabalhador de estatais (fundos complementares próprios de previdência - PREVI e similares), bem como o servidor público (RPPS) seja revertido para bancos e instituições financeiras para que os lucros que revertem em seu benefício, trabalhador contribuinte de RGPS, RPPS ou Fundos de Previdência Complementar de Estatais, seja lucro a ser auferido por eles, as instituições financeiras.
Fica aqui nossa denúncia.
Como estamos em momento de sanha do mercado para aprovar a Reforma da Previdência esse ano, antes de o Bolsonaro entrar, veremos mais artigos escabrosos e infames desta natureza. Estaremos atentos para denunciar.
A seguir sem obstáculos essa retórica de que "há privilégios de todos os que contribuem acima de salário mínimo para o INSS", o mercado conseguirá legar para o Brasil o que o Chile sofre no momento com a privatização de seu sistema previdenciário ocorrido há trinta anos atrás: 93% dos beneficiários recebem um salário mínimo e estão pressionando o orçamento público agora porque não conseguem comer e se medicar normalmente. Mas os lucros dos bancos alcançados com a medida foi ótimo no Chile e o "déficit público" baixou muito à época da privatização. Por quê? Porque não havia mais sistema público de previdência, nem benefícios a serem pagos e os lucros que revertiam para os beneficiários foram para os bancos.
É para se pensar.
p.s. de 10/12/2018 - Texto revisto.
domingo, 2 de dezembro de 2018
Solução definitiva do Déficit Fiscal do Brasil e do Estado do RJ. A mentira da Míriam Leitão em seu artigo "Rio de Janeiro e da Dúvida" e o futuro da grande mídia.
Olhem aí, pessoal. É muuito triste. Ontem, a Miriam Leitão publicou em sua coluna uma GRANDE MENTIRA em seu artigo intitulado "Rio de Janeiro e da Dúvida".
p.s. de 04/12/2018: Texto revisto.
p.s. de 12/12/2019: Errata: corrigida a informação de que o déficit público estadual do RJ seria de 180 bilhões de reais ao ano. Esse valor é o total de renúncia fiscal em isenções questionadas pelo Ministério Público no Judiciário. O valor de isenções anuais concedidas e em vigor em 2018/2019 era em torno de R$6 bilhões de reais. Desculpem o equívoco. Corrigimos o terceiro parágrafo.
Ela estava melhorando e indo muito bem. Bateu nos últimos doze meses (vá lá) no ponto certo sobre o absurdo de juros que os bancos cobram de nós no Brasil. Parou de culpar a inflação e a Selic (tadinha de nossa Selic.. mesmo quando estava em 14,5%, como justificaria juros cobrados ao consumidor de 350% ao ano? rsrsrs) pelo absurdo de juros cobrados do brasileiro por bancos brasileiros (diga-se de passagem!!! bancos brasileiros explorando brasileiros e impedindo o crescimento em nível melhor no nosso país). Entretanto, ontem, fez a seguinte pergunta em sua coluna, publicada no Jornal O Globo, 30/11/2018, fl. 20: "A grande dúvida em relação ao Rio de Janeiro é como foi que ele chegou nessa situação?" Responderemos essa pergunta e solucionaremos o déficit fiscal do Brasil e do Estado do Rio de Janeiro de uma só vez.
Gente, pelo amor de Deus. Será mesmo que ela não sabe como o Estado do Rio de Janeiro chegou nessa situação? Ela sabe. Todo mundo que acompanha economia sabe: o Estado do Rio de Janeiro tem uma conta de renúncia fiscal questionada em Varas Judiciais pelo Ministério Público de 150 bilhões de reais (150 bilhões questionados em Juízo no ano de 2016 - fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/10/isencoes-concedidas-pelo-estado-do-rio-beneficiaram-ate-mesmo-termas.html)!!!!!!!!! O Déficit do Estado é de 21,6 bilhões de reais ao ano (última informação dada pela Miriam em seu artigo suso mencionado e intitulado "Rio de Janeiro e da Dúvida"). No máximo é de 30 bilhões de reais ao ano. Faça as contas. A suspensão ou o cancelamento de meros 30 bilhões de isenções fiscais concedidas sob a administração de Sérgio Cabral e Pezão, e questionadas pelo Ministério Público Estadual, retorna aos cofres 30 bilhões de reais e acaba de uma só vez com o déficit fiscal do Rio de Janeiro. E ainda mantém a atual renúncia de 6 bilhões de reais anuais de renúncia fiscal anual (em 2014 a renúncia fiscal do RJ somente em ICMS foi de R$4,97 bilhões de reais - acesse página 28 do Relatório do BID em http://www.gefin.net.br/upload/arquivos/cc16dc55ee89adcd858fff1f6b03e818.pdf), que deveria ser revista e minorada, lógico!!!
E como não se fala nisso? Porque a grande mídia não pode falar a verdade quando disso resulta retirar dinheiro de empresas e bancos. Não é preocupação com "contas públicas equilibradas e sustentáveis", não é comprometimento com o "interesse público e combate ao Déficit Fiscal", é divulgar mentiras, omissões, para que você não exija a solução fácil do Déficit e o mercado e a grande mídia possam culpar o "tamanho do Estado" e "a conta astronômica com os servidores, aposentados e pensionistas".
Por isso dissemos várias vezes que não existe realmente déficit fiscal no Brasil e no Estado do Rio de Janeiro. O Déficit existe porque construíram esses déficits Fiscais e porque não o resolvem porque contrariaria interesses das empresa e bancos. Então tiram arrecadação do Estado e do País, via concessão de isenções fiscais, dão esse dinheiro para empresas e bancos, e aí olham as contas públicas e dizem que a culpa é do salário, aposentadoria e das pensões. Só quem paga a conta são vocês e seus familiares, somos nós e nossos familiares, meus amigos.
E no país? O Déficit é de 159 bilhões de reais? Esse ano diminuiu e fechará o ano em 130 bilhões de reais? É astronômico? Pagar todos os servidors públicos que prestam serviço público para você custa quase 300 bilhões de reais? A conta de previdência é de 700 bilhões de reais (INSS e Previdência de Servidores Públicos civis e militares - é erro juntar essas duas contas, mas a mídia faz isso), com déficit de 250 bilhões de reais?
É, mas a conta de juros é de mais de entre 350 a 500 bilhões de reais ao ano e a conta de renúncia fiscal, ou seja, de isenção tributária concedida a empresas e bancos é de 280 bilhões de reais!!! Some as duas contas sobre as quais a grande mídia pouco publica e temos entre 630 bilhões e 880 bilhões de reais anuais que poderiam entrar rapidamente nas contas públicas e acabar com o déficit fiscal brasileiro e ainda quitar dívida pública sem vender patrimõnio do Estado brasileiro (Paulo Guedes propõe vender quase todo o patrimônio do Estado para arrecadar 800 bilhões de reais, segundo cálculos da Receita Federal).
Mas não. A conta tem que permanecer alta (Déficit construído e mantido) e tem que ser paga por algum bode expiatório: pelo aposentado, trabalhador, pensionista e servidor público. A conta, na perspectiva da grande mídia, nunca irá para empresas e bancos, mesmo que para isso ela tenha de mentir e omitir do povo fluminense e brasileiro as duas "contas secretas" que nunca podem ser ditas ou sobre as quais deve ser publicado o mínimo possível!!!!! Essas são a conta do juros da dívida e a conta da isenção fiscal ou renúncia fiscal no Estado do Rio de Janeiro e no Brasil.
Vejam bem o alarde que teve a correção inflacionária do salário dos Ministros do Supremo Tribunal Federal que aumentará uma classe bem remunerada do serviço público. O salário deles é alto para os termos médios do país? Sim. O reajuste será de 16%? Gerará, descontando o auxílio-moradia que está retirado dos juízes pela suspensão da liminar do Ministro FUX que o garantia, custo de 1,6 bilhões de reais ao ano?!?! Sim. Mas o Michel Temer acabou de conceder isenção às montadoras de automóveis no valor de R$2 bilhões anuais!!! O que você, cidadão acha disso?!!?!
Veja bem, juiz é servidor público. Juiz é cidadão e pessoa física. Concessão de isenção de 2 bilhões de reais a empresas que vendem um produto caro e que apresentam três vezes mais lucro do que as suas matrizes no exterior pode!!! Mas reajuste inflacionário ao juiz não pode. Reajuste inflacionário ao servidor público, não pode. Benefícios previdenciários, cujos valores passarão a observar incremento quando se estabelecer o crescimento econômico no Brasil (há sete trimestres há crescimento econômico no Brasil e vai aumentar), devem ser diminuídos ou cortados. O patrimônio público deve ser vendido e empresas estatais, mesmo lucrativas, devem ser privatizadas.
Não estamos defendendo o "aumento dos juízes". Estamos mostrando para você que a Grande mídia não traz a você a verdade sobre o orçamento público. Ela não fala da conta de juros e nem da conta da isenção fiscal como forma de combater o Déficit Fiscal. E ela não fala por quê? Mas nós falamos. É porque manter o déficit fiscal facilita a defesa de alterações legislativas que retirem salário de servidor público, aposentadoria de aposentados, pensões de pensionistas e direitos trabalhistas de trabalhadores.
Depois que a reforma da Previdência passar, só haverá notícia favorável ao crescimento econômico que já existe, para legitimar perante a sociedade, você e seu familiar, que a perda de benefícios e valores em salário e aposentadoria para todos os brasileiros valeu a pena. Até lá, você deve conviver com a notícia dos Déficits dos quais "não se sabe a origem"!!! Quanta mentira e desfaçatez!!! Que infâmia!A lesão ao cidadão é clara! A lesão aos cofres públicos é clara! Mas nada se publica! A culpa e o bode expiatório são aposentados, trabalhadores, a existência de viúvas, a existência de filhos e dependentes dessa classe que prejudica o país: pessoas físicas, gente, cidadãos, nós e vocês.
Claro que as isenções nacionais em 280 bilhões de reais (muitas delas objeto de investigação em operações da polícia federal) estão num nível mais razoável do que do que as estaduais do Rio de Janeiro de 157 a 180 bilhões de reais. É claro que nem toda a isenção é infame. Mas no RJ ficou provado que parte das isenções concedidas a título de desenvolver o Estado foi destinada a joalherias, bares, restaurantes e prostíbulos, e uma parte ia para o bolso de Cabral e seu séquito de políticos criminosos, investigados e presos, inclusindo o Pezão, gora preso.
Não parece mais razoável que a Miriam e a grande mídia insistissem num meio de cancelar e suspender essas isenções ficais que abalam a receita do Rio de Janeiro?! Isenções essas que são objeto de ação civil pública apresentada pelo Ministério público Estadual do Rio de Janeiro e em tramitação?!? Sim. Retirar 30 bilhões de um conjunto de 180 bilhões e zerar o déficit fiscal do Rio de Janeiro não seria fácil e razoável?
Se um Estado está com déficit fiscal, como ele mantém renúncia de receita no valor de seis vezes o seu déficit fiscal?!?! E se o Brasil não pode conceder reajuste a servidor que gera despesa no valor de 1,6 bilhão de reais ao ano, como concede isenção fiscal a montadoras de veículos no valor de R$2 bilhões?!?! Não tem algo estranho aí??!?!
E se bancos podem dar desconto em dívidas de pessoas físicas, por que não podem o fazer com a conta de juros da dívida do país e dos Estados e Municípios!?! Se você fosse um banco, se um grande cliente teu pedisse desconto na dívida, você não daria?!?! Pois é! Mas isso não pode ser aventado e em hipótese nenhuma mencionado pela grande mídia porque isso tira dinheiro de banco e quem tem que pagar a conta é pessoa física.
É bom que se perceba de que lado a Grande Mídia está. Isso já impacta seu futuro, mas quanto maior for a consciência do cidadão sobre a manipulação de fatos econômicos e orçamentários para a realização de uma ideia de Estado Mínimo sem qualquer compromisso com a melhora da qualidade de vida da sua família, mais o futuro da grande mídia enfrentará um abismo: ou ela passa a publicar a verdade ou ela verá, como vê hoje, minguar cada vez mais sua audiência.
Cada vez mais a mídia social, as redes da internet fazem a diferença na informação de qualidade que deveria ser passada para a sociedade. Blogs Sociais, como este, são cada vez mais o alento de quem quer saber da verdade que existe através das notícias falsas publicadas pela grande mídia.
Resta saber o que ocorrerá à frente, mas parece que se a grande mídia continuar mentindo, talvez as redes sociais virem a grande mídia em um futuro próximo, principalmente à medida em que o nível educacional da população aumentar.
A grande mídia ainda é essencial pois sua estrutura econômico-financeira e de trabalho permite que ela faça levantamento de dados e forneça notícia em massa e necessária à população, mas a continuidade no caminho da mentira pode criar oportunidade para que Blogs recebam investimentos e desenvolvam essa estrutura.
Com a mentira e a omissão informativa, vemos dias negros para a grande mídia à frente. Espero que ela se corrija e se alie ao cidadão brasileiro e ao interesse público do país para que o ocaso da grande mídia nõa se concretize, mas quem escolherá esse final será ela mesma.
p.s. de 04/12/2018: Texto revisto.
p.s. de 12/12/2019: Errata: corrigida a informação de que o déficit público estadual do RJ seria de 180 bilhões de reais ao ano. Esse valor é o total de renúncia fiscal em isenções questionadas pelo Ministério Público no Judiciário. O valor de isenções anuais concedidas e em vigor em 2018/2019 era em torno de R$6 bilhões de reais. Desculpem o equívoco. Corrigimos o terceiro parágrafo.
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