Em mais um exemplo da importância de termos servidores públicos em quantidade suficiente para obtermos o máximo de vantagens e serviços que ajudem o País a crescer, o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) é a mais nova vítima da falta de servidores.
O artigo do Jornal O Globo de hoje, 28/10/2013, intitulado "Déficit recorde no FAT" traz a importante informação de que há incongruência em descer a taxa de desemprego no Brasil e aumentar os repasses do seguro-desemprego de forma a gerar aumento de déficit recorde na FAT de 7,2 bilhões de reais.
Fraudes (trabalhadores pedem para trabalhar sem assinar carteira e depois que têm prazo de trabalho suficiente para pedir seguro-desemprego pedem demissão pra receber mais seguro-desemprego) e 20% de repasse do fundo ao governo através de dispositivo orçamentário previsto legalmente e intitulado DRU (Desvinculação de Receitas da União) encabeçam o problema, mas também a falta de servidores para analisar casos que poderiam não ser pagos está na conta. Veja o trecho do artigo:
"Pelas regras do seguro-desemprego, a recusa por parte do trabalhador de outro emprego condinzente com sua qualificação e remuneração anterior pode resultar no cancelamento do benefício, mas faltam funcionários treinados nas agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine)."
Observe... eles até poderiam ser privados, já que são do sistema Sine, mas a questão é que por falta de pessoas treinadas o FAT sangra. Essa falta de prestação de serviço adequado à população ocorre em todos os setores do funcionalismo público.. menos em Brasília, claro... com excesso de funcionários comissionados (25 mil) em 39 Ministérios, ao custo de 59 bilhões de reais anuais, enquanto todo o funcionalismo público federal que cuida do Brasil inteiro custa 200 bilhões de reais!!
Veja que como dissemos aqui.. a conta-gotas, a mídia noticia falta de servidores e os prejuízos sociais reflexos desta falta de servidores... até quando continuará essa irresponsabilidade informativa? Esse descomprometimento com um serviço público de qualidade e em quantidade ideais para a sociedade se beneficiar integralmente do potencial pleno que o serviço público pode dar ao cidadão e à economia?
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