segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Memória política: Edson Santos, Nelson Bournier, Adilson Pires e Brizola Neto e o Pré-sal

Senhores, compartilho a memória de que esses quatro representantes do Rio de Janeiro em Brasília de alguma forma prejudicaram interesse do Rio de Janeiro votando a favor ou da tramitação de Projeto de royalties (Brizola Neto - PDT) ou a favor do projeot de lei de Ibsen, como foi o caso de Nelson Bournier (PMDB), Adilson Pires (PR) e parece que Edson Santos (PT), para ficarem bem com o Governo Federal.

Acesse:  http://www.gterra.com.br/empresarial/pre-sal-prejuizo-imediato-para-o-servidor-27231.html

Veja o trecho que selecionei:
"Apesar da revolta, nem todos os deputados federais do Rio estiveram lá para defender nossos interesses. A Câmara registrou 369 deputados a favor da emenda. Um deles é Adilson Soares (PR), nascido no Espírito Santo, mas eleito pelo Rio. Consultor econômico que faz aniversário em 11 de setembro, ele concordou em tirar R$ 7,55 bilhões do Rio. O voto de Nelson Bournier, ex-prefeito de Nova Iguaçu, também havia sido registrado contra, mas foi retificado. Assim, 368 deputados foram contra o Rio, 73 a favor e 2 se abstiveram.


Deputados do Rio fugiram da raia
Mais quatro deputados federais da bancada do Rio fugiram da raia e não compareceram à votação de quarta-feira. Presidente do DEM e filho do ex-prefeito Cesar Maia, Rodrigo Maia está na Alemanha, participando de evento da União Democrata Cristã. Marina Maggessi (PPS) disse ter passado mal ao constatar que o Rio levaria ‘lavada’ na votação: “Já sabia que seria uma grande sacanagem com o Rio. Meu médico recomendou ficar em casa”. Os deputados Vinícius Carvalho e Senhorita Suely (PR) não foram encontrados para justificar a ausência. A bancada do Rio chegou a apresentar requerimento para tirar de pauta o projeto. Foi derrotada, e com a ajuda dos deputados Brizola Neto (PDT), Eduardo Lopes (PRB) e novamente Adilson Soares. “Se não fosse votada emenda, ia paralisar a mudança do marco regulatório, que é importante para o Brasil”, disse Brizola Neto, que votou contra Ibsen."
É importante gravarmos o que as pessoas fizeram, poios demonstra quem são para o povo que os elegeu. Fica aqui a memória.

p.s.: não achei o artigo que falava da posição prejudicial de Edson Santos nas votações sobre o Pré-sal. Fica o alerta da falta imediata da prova de que Edson Santos (PT) votou contra o Rio de Janeiro na questão do Pré-sal.

 


Concurso Público para professor no Município do Rio de Janeiro: salário de R$4.000,00

Pessoal, deparei-me com a seguinte informação no Jornal O Globo On Line de hoje, 29/10/2012:

"SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO/RJ - A Secretaria Municipal de Educação do Rio divulgou os editais dos concursos para professores de português e história. São oferecidas 200 vagas, sendo 100 para cada uma das disciplinas. Serão reservadas 20% das vagas para negros e índios (40 vagas), conforme a lei de cotas sancionada pelo prefeito Eduardo Paes este ano, além de 20 para portadores de deficiência. As inscrições podem ser feitas a partir de amanhã, dia 30, até 12 de novembro, pelo site da Prefeitura do Rio. A taxa de inscrição é de R$ 70. Para concorrer, é necessário ter licenciatura plena específica na área. A remuneração inicial é de R$ 4.097,05, sendo salário-base de R$ 3.597,34, mais R$ 121 de auxílio-transporte, R$ 114,71 de bônus-cultura e R$ 264 de benefício-alimentação. Os candidatos serão avaliados por meio de provas objetiva, discursiva,de caráter eliminatprio e classificatório, além de análise de títulos, apenas classificatória."
O artigo completo está acessível em http://oglobo.globo.com/emprego/calendario-com-25-concursos-preve-abertura-de-6900-vagas-6572652

Parabenizo a Prefeitura por oferecer salário inicial mínimo compatível com a atividade de professor, seguindo o entendimento deste Blog. Até hoje eu sabia que o melhor salário de professor era o de Duque de Caxias no valor de R$1.800,00.

Somente parabenizo a Prefeitura se o valor for para contratação de professor na qualidade de servidor público, o que demonstrará compromisso com a perenidade e qualidade de prestação de serviço públio de educação no tempo. Infelizmente, como todos que acompanham o Blog sabem, a opção do atual prefeito, Eduardo Paes, seja em Saúde Pública seja em Educação, vem sendo ocupar o espaço de cargos de professores, que não são preenchidos em função da histórica baixa remuneração, falta de inventivos e falta de perspectivas de carreira, através de contratação de serviços de educação e saúde prestados por Organizações Sociais e ONGs, o que gera aumento de valores pagos a particulares, desestímulo à carreira pública, diminuição de fiscalaizção pelo TCE e Ministério Público das verbas pagas a estas entidades, descumnprimento de teto constitucional para o salário desses contratados privados e risco de locupletamento do dinheiro público e desvio de vaerbas para financiamento de campanhas eleitorias de políticos que apóiam a terceirização e privatização da Educação e Saúde Públicas.

Mas, pelo anúncio, aparenta que os cargos oferecidos são de professores públicos, ou seja, para preenchimento de cargos públicos de professores. Se a remuneração de R$4.000,00 é para cargos efetivos de professores públicos, a PRefeitura tem nossos aplausos.

p.s. de 15/08/2014 - Leia também http://www.perspectivacritica.com.br/2013/09/eduardo-paes-e-sergio-cabral-negam.html

p.s. 2 de 15/08/2014 - Não temos aqui a informação do plano de carreira que foi definitivamente arpovado para o Município do RJ. Parece que o plano finalmente aprovado garantiria uma remuneração que se aproximaria de 6 mil no início de carreira, a qual finalizaria com pouco mais de R$9mil. Sobre a proposta do plano de carreira paresentado pelo Município e que estava sendo rechaçado pelos prefessores do RJ em 2013, antes da aprovação do texto final, acesse http://capitalismoemdesencanto.wordpress.com/2013/10/12/entendendo-o-plano-de-carreira-proposto-pela-prefeitura-do-rio-de-janeiro/

Manchetes sobre Faltas de Empresas de ônibus para com a sociedade do RJ

Está ocorrendo uma série de artigos sobre empresas de ônibus e a má prestaçaõ de serviço público por elas ao cidadão do RJ.

Quero felicitar o Jornal O Globo por isso. Tudo bem que nós já tocamos nesse assunto há pelo menos um ano, apontando que as empresas de ônibus nunca têm cobradas suas multas de trânsito, que reinam isentas de multas de trânsito e de tributos no Estado e na cidade do Rio de Janeiro e que o candidato Marcelo Freixo, como já foi Gabeira, era uma esperança contra a dominação da política do Estado e do Munícípio por estas empresas.

Além de causar desordem na cidade, a falta de fiscalização dessas empresas, a falta de punição, e o tratamento diferenciado e anti-isonômico criam um círculo vicioso de poder-continuidade de tratamento anti-isonômico que agiganta essas empresas na agenda política dos candidatos a governo do Município e Estado do Rio de Janeiro, prejudicando arrecadação, investimento dos valores arrecadados em saúde, educação ou previdência municipal e estadual, e prejudica a solução definitiva do transporte público na Cidade do Rio de Janeiro, que passa obrigatoriamente por mais trilhos e trens do que ônibus.

Não sei por quanto tempo continuará a publicação deste tipo de informação, mas quanto mais tempo demorar a sair das manchetes, maiores as chances de se elucidar essa proximidade figadal da Fetranspor e os Governos Estadual e Municipal do RJ em detrimento das contas públicas, da ordem no trânsito, da mobilidade social e da própria sociedade em termos gerais.  

Comentário ao artigo "Capitalização do BNDES: mais uma dúvida fiscal", da Miriam Leitão

Pessoal,

está muito bom o artigo de hoje da Miriam intitulado "Capitalização do BNDES: mais uma dúvida fiscal", acessível em

Estou fazendo somente comentário ao artigo, pois sua abordagem foi muito equilibrada e sem viés político-partidário-ideológico. A preocupação com o equilíbrio das contas públicas é importantíssimo e a atenção a meios de o governo escamotear eventuais aumentos de dívida pública é muito salutar e a Míriam está sempre atenta a isso. Isso é bom.

Ela alerta para o fato de que já são R$300 bilhões de reais colocados no BNDES para emprestar a empresas a custos inferiores àqueles pagos pelo governo em captação via títulos de dívida pública. O governo, desde 2008, por causa da crise financeira mundial e da restrição a captações no exterior, vem tomando valores empresatados da sociedade, pagando juros selic e dando ao BNDES que os empresta a juros de longo prazo mais baixo, gerando um "déficit" ou prejuízo financeiro que repercute no tesouro em aumento de dívida pública que não é contabilizado porque "empréstimos" não são computados para efeito de conta de dívida fiscal.

Compartilho com vocês a minha mensagem a ela em seu Blog:

"Importante alerta Miriam! Explicou os motivos das transferências, falou do montante, explicou um canal e procedimentos de segurança duvidosa para a governança do BNDES e da dívida pública e chamou os especialistas. Perfeito. Tem que haver proteção da economia. Foram necessárias as transferências para girar a economia na crise de 2008 que ainda perdura. Mas não pode haver captação do Banco no mercado nacional e internacional? As inversões de valores do governo no BNDES deve continuar? e em que medida? Até onde isso é seguro? Da última vez que vi, estava muito interessante ao Brasil esse procedimento. Veja que com 300 bi de reais, estamos garantindo 4 trilhões de economia e ainda está descendo a relação dívida/pib. EUA, Europa e Japão dobraram  ou triplicaram déficit e relação dívida/pib para ainda ter queda de PIB!! Mas, sim, devemos acompanhar o em que medida continuaria efeiciente esta prática e não escamotear efetivo efeito na relação dívida/pib."

É muito importante entendermos que não computar os "empréstimos" como dívida pública para efeito de composição da relação dívida/pib é ruim, pois diminui transparência de dados. Mas acho que isto é computado para efeito dde cálculo de dívida bruta sim. Pode não contar para efeito de dívida pública líquida. Se tivermos um leitor que entenda mais do assunto, por favor fique à vontade.

Agora, é mais importante ainda vermos que se por um lado os mercados já estão admitindo uma captação maior de valores para o Brasil e para empresas brasileiras (o que diminui a necessidade de o governo colocar valores no BNDES, a priori), é preciso ver que as nossas atuais necessidades de investimentos são gigantescas (gargalos de infraestrutura, Copa 2014, Olimpíadas 2016 e Pré-sal).

Os outros países (EUA, Europa e Japão) dobraram ou triplicaram seus déficits fiscais e suas relações dívida/PIB (negativamente) para salvarem suas economias, aplicando valores em empresas falidas, títulos podres, etc.. Nós aumentamos nosso endividamento durante todo esse período em quanto? 15% do PIB? e a relação dívida pib continuou decrescendo, já que o PIB continuou crescendo... E nossos empréstimos são para empresas nacionais viáveis crescerem negócios e não para que não fechem, como ocorre nos EUA, Europa e Japão.

Por enquanto está tudo tranquilo, normal e palatável, ao meu ver.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Aposentadoria e salário de professores. Um artigo interessante do Moreno.

Senhores, não leio sempre o Moreno, jornalista do GLOBO, mas gostei deste artigo cujo endereço compartilho com vocês: http://oglobo.globo.com/pais/moreno/posts/2012/10/26/a-aposentadoria-dos-professores-472177.asp


Veja os trechos que selecionei do artigo:

"Assim, por um lado, o Estado deixa de fazer o que se espera que faça em uma sociedade que funcione adequadamente e por outro o professor, mal pago, se aposenta precocemente por qualquer parâmetro de comparação internacional, podendo garantir um fluxo assegurado de rendimentos, no limite, aos 45 anos, tendo ainda mais 35 ou 40 anos de vida pela frente. Enquanto isso, quem enfrentará o ônus de ter professores desmotivados durante 12 anos é o aluno — que pagará as consequências pela vida toda.


A solução para as mazelas da educação passa, entre outras coisas, por romper esse círculo vicioso. O professor precisa ter melhores condições de trabalho — e para isso é importante que os salários melhorem —, mas, em contrapartida, ele deveria ter as mesmas regras de aposentadoria que as demais profissões. Permitir aposentadorias com 48 ou 50 anos de idade simplesmente não faz sentido."



Está na linha principal do Blog Perspectiva Crítica no sentido de que o mais importante para motivar professores, e assim todo o serviço público, está em melhorar salário, carreira  e condições de trabalho. Sim, ele sugere que em contrapartida haja aumento de limite de idade do professor para se aposentar, mas isso por si só não é o fim do mundo. Fim do mundo é a falta de salário digno ao professor para que exerça seu munus publico e eduque nossas crianças.

O mais importante para o Blog é a noção de que não haverá nunca grandes melhoras de serviço público através de pura privatização, terceirização, precarização de emprego público, retirada de estabilidade (que existe na Alemanha, França, Suécia, Inglaterra e EUA, bom que se diga..) ou qualquer outra medida que não seja aumento de salário do servidor compatível com a complexidade de seu cargo e capaz de motivar o servidor a permanecer no cargo, sentir-se prestigiado em sociedade, e não ver sentido, portanto, em trabalhar em outra coisa para se manter e à sua família.

Assim, será possível acabar com todas as regras de exceção que existem por causa simplesmente de inexistir carreira a ser seguida e remuneração adequada para o exercício das atribuições do cargo público. Assim, poderá se exigir metas, qualidade de serviço prestado, retirar direito de incorporação de funções (já retirada na área federal), enfim normalizar a prestação de serviço do lado das obrigações, já que se terá normalizado do lado dos direitos dos servidores.

A coisa é simples assim. Mas nunca se publica dessa forma. Por isso parabenizo o Moreno que finlamente abordou o tema de forma lúcida e eficaz, segundo a perspectiva deste Blog. Quanto mais abordagens houver deste tipo, mais estaremos próximos da solução definitiva para a prestação de serviço público de qualidade em todo o setor público brasileiro.

É assim na Alemanha, é assim na França.. não pode ser diferente no Brasil.

p.s. de 29/10/2012 - Deixo claro que na minha maneira de ver a aposentadoria precoce de professores é justificada porque é extremamente desgastante o cotidiano desses profissionais que devem não somente dar aulas, mas delinear provas e corrigi-las fora do horário de aula, bem como devem educar crianças e adolescentes por todo o País. É diferente dos atendimentos a públicos ou de realizar palestras em que a interação com pessoas normalmente é muito menor e muitas vezes de pessoas já educadas, de mesmo nível de informação... enfim, vida de professor é dura e é essencial à educação de nossas crianças. Por isso acho que o aumento de valores salariais devam ser dados de forma incondicional, somente (e isso não é só e é muito) por adoção de princípio de valorizaçao do Magistério, consoante a importância que ele realmente tem para o País e que hoje não é reconhecida na seara estipendial/remuneratória. Mas a abordagem do Moreno já admite essa defasagem salarial e isso é que é importante. A forma como ele sugere legitimar o aumento seria abrindo mão de aposentadoria diferenciada, com o que não concordo, mas mesmo assim, admite que se deva aumentar salário para melhorar a situação da educação. É neste último e importante sentido que concordamos e aplaudimos o Moreno: é necessário aumentar o salário do professor.

p.s. de 15/04/2013 - texto revisto.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

O Jornalismo da Globo está mudando? Será em favor do contribuinte e cidadão?

O Globo, assim como a grande mídia brasileira, sempre foi favorável à perspectiva empresarial e financeira da realidade a ser publicada. Tem jornalismo profissionla, todos sabemos, mas era focado em apagar realizações de governo petista, aliado ferrenho a uma atividade partidária psdbista, defensor do Estado Mínimo e da tendência de terceirização e privatização de todo quanto possível setor público.

Por estar mais próximo aos bancos do que às próprias empresas, sempre defendeu juros básicos brasileiros nas alturas sob quaisquer circunstâncias econômicas: se a inflação subiu por pressão de demanda, suba-se juros básicos (mesmo podendo usar medidas macroprudenciais menos gravosas para o déficit público e aumento de dívida pública) e se a inflação subiu por choque de oferta (queda de produção e falta de produtos no mercado), suba-se juros básicos (sem atacar a causa do problema inflacionário que é a falta de produtos e que deveria ser atacado com mais investimento ou importação, por exemplo). Tudo isso levando ao enriquecimento de bancos, contra o setor produtivo, contra empregos e contra a dívida pública e o cidadão.

Também sempre defendeu o não aumento de salário mínimo (elemento que pode causar inflação, segundo ela e a ala financista e empresarial), diminuição de direitos previdenciários e principalmente contribuição empresarial à previdência social (para diminuir carga tributária e custo Brasil, claro.. o objetivo nunca foi maximizar lucros..), e diminuição de direitos trabalhistas (mais combate ao custo Brasil e à carga tributária para incentivar a produção, claro..).

Então, o Globo sempre esteve do lado da grande mídia, do setor privado, e principalmente dos bancos, publicando notícias com vetor que empobreceria cidadãos, aumentaria a dívida do Estado e enriqueceria o setor empresarial do Brasil, mas muito principalmente bancos. A causa pode ser de mera cooptação ideológica da grande mídia pelo setor financeiro, não precisamos tomar como uma conspiração contra o País e o cidadão, lógico.

Mas acho que depois de muita crítica de Blogs Sociais, como este e tantos outros, e principalmente após um grande Fórum comemorativo de tantos anos da Rede Globo, algumas coisas podem estar mudando.

Dia 16/10/2012 houve entrevista de James Galbraith, filho de John Kenneth Galbraith no Progrma Milênio do canal Globosat. As perguntas eram críticas, objetivas e duras sobre o capitalismo atual, a falta de punição e processo de banqueiros que prejudicaram a economia americana na crise do subprime em 2008, a realidade do mercado de trabalho, com vetor crítico mesmo, tanto é que as respostas de Galbraith eram até sofridas... ele pensava bem antes de responder. Interessante. Em outra época eu imaginaria entrevista de banqueiros e seus entrepostos intelectuais defensores de todo o status quo ou mesmo abordagem ao Galbraith de forma mais doce em relação ao mundo financeiro e em prol de medidas de austeridade e coisas do gênero, que enriquecem banqueiros. Mas não foi o que vi.

Recentemente, aliás, ontem , dia 23.10.2012, na página 25 do Jornal O Globo, ao invés de sair notícia recriminando o País e o Judiciário de não condenar, não punir e não prender ninguém (o que é em grande parte culpa de falta de Juízes, falta de servidores do Judiciário, falta de Promotores de Justiça, falta de servidores do Ministério Público, falta de policiais bem remunerados e de falta de investimento em polícia técnica que produza as provas que gerarão condenação criminal), foi publicado na primeira página do caderno de Economia a prisão de "mais um banqueiro", no caso Luis Octavio Índio da costa, um dos controladores e ex-diretor superintendente do Banco Cruzeiro do Sul, que teve sua liquidação decretada pelo Banco Central no mês passado.

Nesse caso, publicou a prisão do banqueiro (o que deveria acontecer também nos EUA mas não ocorre, notem bem!!!) e ainda informou sobre os outros casos de prisão de banqueiros ocorridos: Salvatore Cacciola, Edemar Cid Ferreira e Daniel Dantas. Expôs banqueiros. Não apresentou viés de recriminação ao Judiciário, e foi informativo quanto á conclusão de processos anteriores. A prática anterior era de enxovalhamento do Judiciário, culpa somente sobre o judiciário (sem ver reais causas de falta de estrutura para julgar a quantidade de casos que chegam ao Judiciário e sem ver que não existe polícia técnica suficiente no Brasil para produzir provas de qualidade que gerem condenações) por falta de condenações e nunca informava adequadamente sobre conclusões de processos. O resultado era a população sempre descrente e pré-disposição automática contra o Judiciário.

E hoje, dia 24/10/2012, publicou opinião editorial a favor de facilitação de recolhimento e resgate de FGTS de empregados domésticos. Tudo bem que isto não gera aumento de custo para empresas, mas mesmo assim é medida justa que enriquece o cidadão.

Esse é o ponto. A pergunta é: será que há uma aproximação atual do Jornalismo da Globo em prol do cidadão? Em prol da perspectiva do cidadão? Incentivando ações, questionando a realidade de forma a proporcionar possibilidades de avanços do cidãdão na riqueza do PIB brasileiro? O Globo está atuando de forma a proporcionar ao cidadão brasileiro ficar mais rico em sociedade?

O incentivo a boas ações públicas, a explicação da realidade econômica e institucional de forma verdadeira, o questionamento sobre eficiência da administração de recursos humanos na área pública (que não é sinônimo de terceirização e privatização, por favor..), a defesa de direitos previdenciários, de equilíbrio das contas previdenciárias para garantir sua viabilidade no futuro, a defesa de direitos trabalhistas e de política de aumento de salário mínimo justo, digno ao trabalhador e compatível com nossa economia são atos que enriquecem o cidadão. Enriquecem em seguida as empresas e bancos, pois com cidadãos mais ricos, a economia cresce de forma sustentável, mas tais abordagens enriquecem imeditamente o cidadão brasileiro e fazem com que ele avance sobre a riqueza nacional, aumentando sua participação no PIB.

É claro que o Jornalismo do Globo ainda é de direita, ainda é conservador e é defensor de privativismo, de americanização da economia e política brasileira (e até de nossa sociedade), mas qualquer passo na direção certa deve ser enaltecido. As publicações e reportagens aqui apontadas, aliado à abordagem recente em reportagem sobre o crescimento da demanda por justiça no Brasil e do grande número de processos, sem foco em causar danos à imagem do Judiciário, e a maior publicidade que vem dando às conclusões do IPEA, são práticas que geram bom jornalismo, que informam a população e que contribuem para os avanços de nossa sociedade.

Queremos ver o jornalismo do Globo neste sentido, pesquisando números, mostrando, quiçá, que em países ricos o salário de professores públicos é alto. Que funcionário público em país rico também tem estabilidade. Que o salário de policiais também é bom. Que as principais capitais no mundo andam de metrô e não de ônibus (gostei de publicação recente sobre a falta de cobrança das autoridades sobre as atrocidades cometidas pelos motoristas de ônibus no RJ, nunca punidos sejam os motoristas sejam as empresas). Que há controle da inflação via medidas macroprudenciais e incentivo ao investimento e não somente via aumento de juros Selic. Enfim, desejo que o Jornalismo da Globo deixe de ser meramente defensor da perspectiva empresarial e principalmente financeira da realidade brasileira e passe a prestigiar também a perspectiva do cidadão quando falar sobre organização do Estado, orçamento público, previdência, direitos trabalhistas, adminitração de recursos humanos no Estado Brasileiro etc..

Não custa nada torcer.. quem sabe somos surpreendidos. Enquanto não formos, estaremos aqui apontando erros do jornalismo da mídia (ainda de mercado) e aplaudindo os acertos. Mídia de mercado é um fato mundial, existe em toda a sociedade capitalista democrata ocidental. Sonhamos com uma mídia nacional, ou seja, uma mídia do País Brasil, que esteja voltada para os interesses de todas as classes importantes em sociedade, ou seja, para as indústrias, para os comerciants/empresários, para os cidadãos contribuintes individuais e, também (e menos), para os bancos. Queremos uma mídia para todos, o que facilitará chegarmos a um País rico, com cidadãos ricos e felizes, como na Dinamarca e Suécia.   

p.s.: Só uma coisa me deixa chateado... o Globo se mostrou ativo no debate sobre diminuição de tributação sobre a energia elétrica. Foi um artigo já antigo do Globo que mostrou que oito tributos incidiam sobre a energia elétrica e que muitos não deveriam incidir. Ela trouxe o problema à pauta de discussão social. A mídia também trouxe à pauta as privatizações, muitas cabidas, outras não. E foi pioneira em colocar esse debate em sociedade como saída para a necessidad de investimentos públicos em divcersas áreas e diminuição de dívida pública. Só que quando passou a falar de educação e saúde pública, ela veio à reboque da defesa do governo petista que foi pioneiro em colocar esses dois temas na ordem do dia. Quando publicou recriminação recente às empresas de ônibus no RJ, foi a reboque de uma intitulada "Norma de conduta" a ser imposta pelo Prefeito Eduardo Paes às empresas de ônibus. Então, fico triste em constatar que quando são publicados artigos bons e na perspectiva do cidadão, a grande mídia não está colocando o tema em pauta, mas sendo obrigado a tratar do mesmo por iniciativa de políticos que adotam medidas em tais áreas. Quando o jornal coloca tema na ordem do dia? Quando publica manchete ou manchetes sobre determinado tema. Esse é o parâmetro que adoto para exigir a iniciativa da grande mídia. Não adianta publicar sem destaque e querer que se diga que já havia publicado sobre o tema. Nota de rodapé também é publicação. Em privatização e diminuição de carga tributária a grande mídia teve iniciativa. Em Educação, Saúde, controle de inflação via medidas macroprudenciais e melhora de administração de recursos humanos na Administração Pública, nunca teve.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Lula deve ser caçado após o mensalão?

Este tema é interessante e está "na hora do dia". Estimulado por um email de um amigo que cobrava a denúncia de Lula por ser "evidentemtente" o chefe dod chefes no caso do mensalão, respondi o seguinte:

"Eu acho que punir Lula será meio difícil, pois toda a investigação policial de anos, mais as provas produzidas na investigação policial e do Ministério Público Federal à época resultaram na denúncia dos tais 28 reús, sem o Lula... E hoje ainda há a questão de prescrição, que não sei se ocorreu e depende dos crimes de que se o acusaria, mas acho que a sociedade deveria ver que está havendo condenação de caso complexo, de mais de 50 mil folhas, que a maioria foi condenada, inclusive estrelas do PT, e exigir agora a condenação dos ooutros dois mensalinhos: o do PSDB (Eduardo Azeredo) e o do DEM. O importante recado de que corrupção e projeto de poder serão punidos foi dado aos políticos, mas se nós ficarmos só em cima de um caso (que é gravíssimo e importantíssimo) não se distribui a noção de justiça aos outros corruptos do PSDB, do DEM e da VEJA, no caso Cachoeira, cuja CPI estão querendo concluir..."

Com certeza a Procuradoria Geral da República verificará o que fazer com as provas e documentos e decisões em relação ao Mensalão do PT para efetio de eventual denúncia criminal contra Lula... isso já até foi dito pelo Procurador Geral da República.

Então o que é importante para nós? Ainda mais nesse período de segundo turno eleitoral? Minha resposta é: Exigir o julgamento dos mensalinhos do PSDB e do DEM e o aprofundamento da investigação na CPI do Cachoeira, pois se encontrará muito podre da Revista Veja. Todos estes três casos foram peremptoriamente "esquecidos" pela mídia... não é interessante?

Muito importante a elucidação desses casos a bem da verdade, a bem da justiça e a bem do fortalecimento da democracia brasileira.




terça-feira, 16 de outubro de 2012

Socialismo de François Hollande e a ineficiência sócio-econômica de caça aos ricos. Cotas em Universidades Públicas.

Dois casos que eu queria abordar, pessoal. França e a taxação de 75% sobre imposto de renda de ricos e a questão das cotas recém aprovadas. Serei breve.

Exagerado e contraproducente a taxação de 75% de imposto de renda de ricos ou super-ricos. Naturalmente a Europa passa por período econômico agudo e procurar-sedistribuir o peso arrecadatório de forma mais equânime, aumentando a contribuição de quem ganha mais é compreensível e normal.

Mas o que o presidente francês fez não foi o melhor, a meu ver. Normalmente as coisas muito fáceis não são as melhores ou mais eficientes.  É emblemático, mas não é eficiente. Vejam. Segundo o artigo publicado no Globo e acessível em http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2012/9/29/franca-socialista-corta-20ac-30-bi-e-taxa-ricos, somente seriam alcançados 1.500 franceses que ganham acima de um milhão de euros. Os outros que ganhem abaixo disso continuarão pagando 45% de imposto de renda, o que já é alto.

Então, o que fez Hollande com essa medida? Só assustou os muito ricos e estes estão aumentando a corrente de alteração do domicílio fiscal que já existia. Há vários milionários franceses que têm domicílio fiscal em Mônaco e na Inglaterra. Então, esta não é uma solução inteligente. O melhor seria manter o Imposto de renda em 45% como está (ricos no EUA pagam somente 14% de imposto de renda, como Mitt Romney ou 17% como Warren Buffet) e focar em herança.

Nos EUA a alíquota de imposto pago sobre a transmissão de herança varia de 3% a 77%, dependendo do montante. Quanto maior o valor da herança, maior a líuota de imposto pago. Warren Buffet e Bill gates pagarão 77%, mas só quando morrerem. Então você cria várias coisas positivas: (a) a pessoa tem tempo de se organizar para compensar seus familiares por esta perda patrimonial; (b) o super-rico não muda seu domicílio fiscal (claro que há outros motivos para que não faça isso..); (c) incentiva-se o mercado de seguros que receberá por anos e anos para dar à família dos ricos o que o Fisco lhes tomará na herança; (d) incentiva-se o mercado de fundações privadas, já que para fugir do Fisco os milionários criam fundações privadas para seus familiares dirigirem e delas receberem pró-labore, executando finalidade social da fundação que mais tarde continuará a existir, mesmo que toda a família do fundador deixe de existir.

É isso que eu queria para nós brasileiros e assim é que eu queria que fosse regulamentado nosso imposto sobre grandes fortunas. Naturalmente deveria se verificar se coincidiria com fato gerador do imposto estadual sobre transmissão causa mortis e doação (ITD ou ITCMD), mas seria importante ter este equalizador entre gerações que existe nos EUA, já que traz tantos benefícios e não desestimula a permanência de ricos e super-ricos em seus países.

François Hollande exagerou a meu ver.

Quanto às cotas para universidades públicas, já me manifestei sobre o caso. Não sou contra cotas de 10% para ações afirmativas e por prazo determinado, mas abusos, a meu ver, alimentam uma segregação e a imagem negativa de incapacidade aos representantes de minorias sociais, prejudicando até mesmo os capazes que entraram em faculdades concorridas por mérito. Complicado.

Mas o fato de a lei ter sido aprovada como temporária por 10 anos, é mais confortante, pois cria a ação afirmativa mas designa tempo para fim desta "segregação social", a bem da imagem dos próprios representantes/integrantes de minorias. Mercadologicamente não adianta obrigar universidades públicas a cederem espaço para quem venha de escola pública, pois os departamentos de recursos humanos passarão a verificar se quem vem de universidade pública de elite estudou antes em escola pública ou privada.

A solução definitiva é contratar professores públicos no Ensino Médio e Primário, dar-lhes altos salários, cobrar-lhes dedicação exclusiva (com altos salários) e metas. É claro que demora mais. Mas é isso que resolve. Não é fazer cursinho de reforço para os estudantes despreparados de escola pública que terão preferência em universidades públicas.

Mas sendo temporário, menos mal. Há uma grande vantagem desse acesso forçado de estudantes de escolas públicas (refiro-me às fracas, claro) à universidade pública (refiro-me às boas, claro) que me foi apontado por uma professora: insere-se no meio acadêmico a visão de pessoas que não são do círculo convencional da academia, o que multiplica a visão sobre a realidade. Isso é fantástico e acho que é o mais interessante a par do resgate de dívida social imediata que parece (parece mais do que é) ser paga.

Para nossa sociedade, nos termos em que foi aprovada, principalmente por ser temporária (o que não quer dizer que não ampliem, não é mesmo?) a lei não foi ruim (não foi ruim porque contemplou pobres, portanto incluiu agora os brancos que haviam sido renegados na versão original). Ela satisfaz a sanha das bandeiras sociais fáceis e que exigem "soluções imediatistas". Mas cota só existe porque a sociedade é desigual. Portanto, cota não é solução. É remédio. É paliativo. O correto é não ter desigualdade. No nosso caso, a igualdade a acesso à universidade pública é possível com o nivelamento por ciuma do ensino primário e médio público.

O problema é que quando isso ocorrer, a família de classe média e rica passará a frequentar mais essa escola e poderá empurrar os filhos dos mais pobres para escolas particulares, como já foi uma vez no Brasil de 1960. Então, é como digo... a solução é acesso a todos que quiserem a escolas públicas de qualidade em todo o país. Isso só se faz com investimento pesado.

As particulares não acabarão, lógico. Não acabarão as que são boas, não acabarão porque possibilitam a esolha de meio social que você queira que seu filho frequente, não acabarão porque o país é gigante e precisa de escola privada como complemento da educação pública de qualidade.. de qualidade, repito.

É isso.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Importante: há um bilhão de reais no fundo 157. Algo pode ser dos seus pais. Acesse já e confira!

Pessoal, há 1 bilhão de reais no fundo 157 que foi criado em 1967 para estimular o mercado de capitais. Ao invés de se pagar integralmente o imposto de renda os contribuintes podiam optar em parte do imposto a ser pago ser investido em mercado de capitais através do Fundo 157.

O objetivo do governo era estimular o desenvolvimentodo mercado de capitais. Os investimentos ocorreram até 1983. Com o passar do tempo os valores foram esquecidos e hoje integram fundos de investimentos em vários bancos e adminsitradoras de fundos no valor de 1 bilhão de reais em nom de três milhões de cotistas.

Já verifiquei o caso do meu pai e eloe tem duas cotas. Então, verifique o des seus pais e os avisem. Você só precisa acessar o endereço da CVM abaixo e inserir o CPF. O dinheiro está em um fundo de investimento e portanto não há tempo definido para resgate, podendo inclusive ser deixado investido.

Acesse http://cvmweb.cvm.gov.br/SWB/Sistemas/SCW/CPublica/FormBuscaCota157.aspx

Para mais informações sobre a questão, acesseo o artigo do Jonrla O Globo On Line http://oglobo.globo.com/defesa-do-consumidor/cerca-de-1-bi-do-extinto-fundo-157-aguarda-resgate-de-investidores-6390612

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

O novo e alto nível da finalidade de greve no setor público e a continuidade de greve da Polícia Federal Brasileira

Muito importante este tema. Nossa sociedade está em reforma silenciosa. Muitas coisas estão mudando. Uma coisa que ainda não mudou foi a visão maniqueísta, retrógrada e preconceituosa em relação às greves no serviço público e em relação à forma como se encara o serviço público de maneira geral.

O salário durante décadas ficou defasado, após as crises de petróleo que assolaram o orçamento público brasileiro, já que ficou sem acesso a financiamento externo farto e barato antes daquelas crises. Durante muito tempo, portanto, o funcionalismo passou por empobrecimento e isso desestimulou os servidores da época, obrigou-os a buscarem outros empregos para manter nível de vida familiar, transformando-se o emprego público de sustento principal em "bico".

Isso também acabou não atraindo pessoas mais interessadas e comprometidas por décadas e, pior ainda, também não havia dinheiro para repor quadros ou aumentá-los de acordo com o aumento da popuçlação e da demanda social por estes serviços públicos. Sem palnos de cargos e salários, sem carreiras definidas, sem aumentos ou devidos reajustes salariais, a adminstração pública fez o que pode para manter e estimular funcionários: afrouxou fiscalização de serviços (em horário e quantidade e qualidade), não adotou metas cobráveis mês a mês, criou meios de aumentar a remuneração de forma oblíqua (diminuição de horário sem perda de remuneração - comum nos casos de médicos, p. ex. - e incorporação de funções e diminuição de tempo de carreira). Fez-se de tudo para compensar falta de disponibilidade de verba para investir no funcionalismo, sem maiores atenções com a qualidade de serviço prestado ao contribuinte, pois o risco era de colapso da máquina pública.  Naturalmente instalou-se o caos no serviço público, no que se refere à quantidade e qualidade de prestação de serviço público.

Após a organização do Estado brasileiro, com a Constituição Federal de 1988 e, melhor ainda, depois da normalização monetária, econômica e fiscal, com o sucesso do Plano Real e a aprovação da Lei de Responsabilidade Fiscal, o governo Lula desde o ano de 2002 passou a reestruturar o funcionalismo público. Passou a existir verbas para investir no funcionalismo e vontade política para tanto. Carreiras foram reestruturadas, aprovados vários planos de carreira, a classe média voltou a se interessar maciçamente por ingressar em cargos públicos, os quadros renovaram-se em grandes medidas, os serviços melhoraram a olhos vistos em todas as áreas, INSS, Receita Federal, serviço de identificação pública, crescimento da Petrobras, BNDES, Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, FINEP, EMBRAPA, FIOCRUZ, INPI, rapidez em emissão de passaporte pela Polícia Federal, inúmeros inquéritos bem feitos com consequência efetiva em condenaçãoes pela Justiça Federal.. uma revolução silenciosa e alheia às publicações negativas da grande mídia ocorre.

É um momento auspicioso que se continuar pode elevar o padrão de vida do brasileiro a níveis europeus, bastantdo para isso investir-se maciçamente em quantidade e qualidade de prestação de serviços de educação e saúde pública e gratuita no Brasil. E dentro dessa nova situação do funcionalismo, nunca publicada adequadamente pela grande mídia há a própria alteração da consciência dos servidores públicos e a evidente melhoria na qualidade de suas exigências em movimentos de greve. Não se quer apenas salário, mas planos de carreira, aquisição de material próprio aos fins a que se destinam seu trabalho, ~efetuação de mais concursos para contratar mais funcionários par a garantia de realização adequada de prestação de serviço público consoante a deamanda social atual. O servidor em greve exige estrutura para entregar serviço ao cidadão. E melhor ainda.. começou a comunicar melhor isso à sociedade.

Neste sentido, trago o ótimo artigo de um jonrnalista da Revista A Época Negócios que publicou em setembro seu positivo espanto e surpresa com o alto nível das exigências dos grevistas da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal. Veja os termos de sua surpresa e a constatação de que a greve de servidores é pode ser considerado um alarme sobre as necessidades do serviço público. Ele publicou:

"O que chamou muito a minha atenção foi o conteúdo de algumas reivindicações e da natureza da análise realizada. Acostumado a greves que pedem mais recursos, como salários, benefícios etc., para seus funcionários, o movimento da Polícia Federal focaliza muito nos processos de trabalho, nas formas de funcionamento, em suas políticas de investimento, suas prioridades e missão, entre outras.


Uma das reivindicações é "a reestruturação de processos de trabalho ineficientes, a exemplo da maior parte das investigações, com o aproveitamento pleno das competências dentro do órgão, quebrando a centralização burocrática”. Ou seja, o movimento grevista demanda um melhor aproveitamento da capacidade das pessoas do órgão em realizar o trabalho de uma maneira melhor do que está sendo feito atualmente.

E outra demanda trata da "criação de um modelo de auditoria por parte do governo, preferencialmente o Ministério do Orçamento e Gestão, de modo a verificar os resultados práticos dos inquéritos policiais em curso, em que a medida de produtividade deverá ser dada por caso elucidado e não por caso 'relatado'”."
Senhores, esse tem sido o tom durante os últimos três anos da greve na Justiça Federal, recentemente e parcialmente satisfeito com o acordo de reposição inflacionária dos últimos 5 anos no percentual de 33%. O espanto do jornalista é porque realmente essa nova abordagem dos servidores é porque eles mesmos estão ficando chateados com cobranças impossíveis de serem responsdidas sem a adequada melhora de estrutura para prestação do serviço público.

Todos os movimentos há uns 7 anos pelo menos vêm, pedindo mais contrataçaõ de servidores por concurso público, melhores estruturas físicas e tecnológicas para modernizar e melhorar prestaçõ de serviço público à população e claro.. reposição de inflação, o que é tratado deturpadamente pela grande mídia como requerimento por  "mais verbas".

Mas ao menos houve alguma publicação desse reconhecimento. Assim, parabenizo o colunista José Roberto Ferro, por ser o primeiro a fazer esse tipo de abordagem sobre as greves dos funcionários públicos. Parabenizo a Revista "A Época Negócios" por permitir a publicação em tais termos. E parabenizo os policiais federais e policiais rodoviários federais que conseguiram produzir material de campanha de greve que transmitisse os altos níveis de suas preocupações à população, tendo chegado a um cidadão que compreendeu a importância do movimento para além de mera exigÊncia salarial e que se mobilizou para tornar pública a essência de um movimento de greve que tem evidente compromisso com a melhorais de prestação de serviço público de segurança à populaçaõ brasileria, ao contribuinte.

Segue abaixo o link para acesso deste artigo único e o primeiro do gênero, principalmente em uma mídia de direita.

Acesse: http://epocanegocios.globo.com/Informacao/Visao/noticia/2012/09/greve-por-mais-eficiencia-no-setor-publico.html

Agradeço à minha amiga Roberta Araújo por ter mandado o link de acesso a este importante artigo.

abs a todos e força e reconhecimento aos nossos valorosos policiais federais e policiais rodoviários federais em seu movimento de greve em prol da melhoria da segurança de todos os brasileiros.

p.s.: acesse ainda o artigo correlato do Blog em http://www.perspectivacritica.com.br/2010/07/reconstruindo-o-brasil-reconstruindo-o.html

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Consequência de enfraquecimento do mercado imobiliário - Moody's rebaixa grau de risco da Brooksfield

Acesse o artigo do Golobo On Line http://oglobo.globo.com/economia/moodys-poe-rating-da-brookfield-em-revisao-para-rebaixamento-6362301

Não há informação precisa no artigo sobre as causas específicas do rebaixamento. Apenas é dito que o rebaixamento ocorrerá por diminuição de rentabilidade. Também não informa se o rebaixamento será no risco internacional, nacional brasileiro ou nos dois.

O fato é que há pouco tempo as ações desta e das outras contrutoras civis caíram; que desde fins de 2011 prejuízos estão presentes nos balanços destas empresas; que negócios se desfizeram; que imóveis vendidos tiveram de ser retomados, que o endividamento familiar brasileiro continua o mesmo e que o valor dos imóveis no Brasil atingiu níveis astronômicos incompatíveis com a renda do brasileiro.

Eu leio esta notícia sobre rebaixamento de grau de risco de uma grande construtora com atuação no Brasil como mais um indício de que se aproxima nova fase de correção de imóveis residenciais no Brasil.

A primeira fase começou em fins de 2011 com encalhe de estoque de imóveis residenciais e necessidade de adoção de liquidações e promoções para venda de imóveis pelo primeiro semestrede 2012. Em seguida, as construtoras prometeram rever métodos de concessão de financiamentos para compra de tais imóveis e pararam/diminuíram os lançamentos em claro movimento para manter preços.

Agora, pressionados para efetuar vendas e realizar operações (queda de valor em bolsas de valores, respingando na capacidade de investimento), estão tentando lançar imóveis de forma concentrada no útlimo trimestre de 2012.  Mas toda a configuração econômica nacional e internacional não está ajudando projeções de retorno a curto e médio prazo para as empresas construtoras de imóveis residenciais no Brasil, portanto, as agências estão rebaixando seus riscos.

A única forma de reverter isso é vendendo imóveis. E a única maneira de isso ocorrer é baixando preço ao nível da renda do brasileiro. Então, talvez o próprio crescimento do setor e sua participação no mercado acionário seja um grtande elemento contra a especulação imobiliária. Se quiserem permanecer com ações negociadas em Bolsa de Valores terão de efetuar operações de construção e venda de imóveis, aumentando oferta de imóveis residenciais mesmo com estoque alto, ou, o que é mais inteligente, baixar preços para vender o estoque atual e poder construir mais e vender mais.

A opção a isto seria sair da Bolsa de Valores, fechar capital. Mas como equalizar os prejuízos em balanços? Só com venda de ativos e nada melhor do que vender os imóveis encalhados. Vejo próxima a segunda fase de  correção de preços de imóveis. Uma fase que atinge o preço dos imóveis mesmo e não apenas em promoções e liquidações.

Seguimos acompanhando.

Comissão Trilateral domina Fóruns e Instituições Econômicas Internacionais - A ditadura dos bancos de investimentos - confirmação de toda a informação estratégico-político-econômica que trazemos a você!

Os bancos de investimentos, em especial o Goldman Sachs, "já submetem  as Nações Unidas, o FMI, a Comissão Européia e o Banco Central Europeu à sua lógica e visam submeter o direito internacional ao direito empresarial". Esta é uma das claras, diretas e graves informações contidas no Editorial do Jornal Le Monde Diplomatique Brasil de setembro de 2012, cuja aquisição já sugeri a todos.

Outra informação grave e que confirma a informação acima é o fato de que os principais envolvidos em resolver a Crise da Europa são egressos do Golman Sachs e da Comissão Trilateral. Veja que interessante. Segundo o mencionado e benvindo editorial deste jornal que publica para você a verdade que você não verá publicada em lugar nenhum, a não ser nesse e outros Blogs Sociais, "Mario Graghi, atual presidente do Banco Central Europeu, foi vice-presidente para a Europa do Goldman Sachs, de 2002 a 2006. Mario Monti, atual primeiro-ministro da Itália, foi conselheiro do Goldman Sachs e diretor europeu da Comissão Trilateral, um lobby neoliberal fundado por Rokefeller". Os leitores do Blog Perspectiva Crítica já tiveram informações e fontes de leitura indicadas sobre a Comissão Trilateral (ver artigo "bibliografia e cinematografia do Blog"). E mais, segundo o mesmo editorial "Papademos, atualprimeiro-ministro da Grécia, é também membro da Comissão Trilateral desde 1998 e foi presidente  do Banco Central Europeu  de 2002 a 2010. Eles são um time que atua de maneira articulada".

Informações únicas e exclusivas. Informações que você nunca verá  publicadas na grande mídia brasileira que reforça esses acontecimentos no exterior e não são autônomos e/ou não enfocam a realidade dos fatos segundo o interesse do cidadão, indivíduo, seja estrangeiro seja brasileiro. Mas nós do Perspectiva Crítica fazemos isso para você.

O que você vai ler no Editorial que copiei integralmente e transcrevo abaixo é a confirmação de que o que dizemos para você é a mais pura verdade. É a confirmação de que bancos articulam-se para impor suas perspectiva de organização social, que bancos usam a verba pública para socializar prejuízos de investimentos arriscados que fazem e que fazem de tudo para se apropriar da riqueza que estiver a seu alcance, sem qualquer pena ou consciência social. É a confirmação de que a Comissão Trilateral existe (muitos duvidam..) e de que pessoas e empresas no mundo têm este Fórum próprio para discutir e implementar políticas internacionais que favoreçam o enriquecimento do eixo Europa-EUA-Japão (daí Comissão "Trilateral") em detrimento ao desenvolvimento e enriquecimento das outras partes do mundo.

Argumentos de defesa de direitos humanos e direito e defesa ambiental são deturpados por estes organismos para instituir fina política de impedimento de desenvolvimento de países emergentes (estão com muita dificuldade aí) e de países pobres e se não conseguirem impedir o desenvolvimento, entrarem em suas econommias e dominá-las para que a riqueza de cada país transforme-se em mais riqueza para o eixo trilateral. A sugestão de acordos de livre comércio regionais ALCA, NAFTA e Mercado Comum Europeu (agora União Européia), têm este objetivo. Com regras de acesso livre a mercados regionais, as empresas dos países ricos que são mais fortes compram e dizimam as empresas nacionais, apoderando-se da economia local. O Mercosul é uma reação a este movimento, criando oportunidade de crescimento econômico e respeito às políticas nacionais dos países envolvidos para desenvolvimento econômico e autônomo de cada país integrante, sem subordinação política-comercial-econômica.

O mundo é muito diferente do que publicam, meus caros amigos. E nós não sabemos de nada o que realmente ocorre. Sabendo disso, você já está muito à frente de qualquer cidadão que llê jornal e acha que está ciente do que ocorre em sociedade e no mundo.

Quanto mais curiosos e céticos houver em nossa sociedade, masi chance o Brasil tem na defesa de seus interesses nacionais e os cidadãos brasileiros têm na defesa de seus interesses pessoais e familiares em sociedade. O mais novo movimento das empresas avançando sobre os cidadãos hoje são: (a) defesa de diminuição de carga tributária (que nunca redunda em queda de preços como preconizado, mas "recomposição" de margens de lucros e apropriação do valor de tributo renunciado), (b) diminuição de valores pagos à previdência social (com fins a aumentar lucros e criar quebra do sistema público de previdência para obter sua futura privatização), (c) parcerias público-privadas na prestação de serviços públicos essenciais em especial em educação e saúde (assim avançam sobre estes gastos públicos, apropriando-se deles e assenhoreando-se da estrutura  de prestação de serviço público de saúde e educação, apropriando-se das verbas públicas, dos cargos públicos de professores e médicos, burlando o princípio do concurso público para preenchimento de vagas de professores e médicos e fugindo à fiscalização do Ministério Público e Tribunal de Contas de valores pagos a professores e médicos), (d) defesa de revisão de leis e direitos trabalhistas e previdenciários (com objetivo de aumentar lucros e diminuir despesas empresarias exclusivamente), assim como (e) trabalhar arduamente na formulação de leis nacionais e internacionais para facilitar a participação empresarial na estrutura estatal, diminuir carga tributária, facilitar comérico e negócios através de desregulamentação de mercados e diminuição de fiscalização (que geraram pro exemplo a liberdade total de bancos para negociar sub-primes imobiliários que geraram a crise financeira mundial de 2008). A apropriação e negociação de bens naturias também estão em mira.

Assim, para que você veja que não é bricadeira... transcrevemos o editorial de Silvio Caccia Bava abaixo, com a tranquilidade de que com certeza ele próprio entenderá como um agradecimento à luz que ele traz a nossos cidadãos brasieliros e que temos de ajudar a refeleitr em nossa sociedade.

"A ditadura dos bancos de investimentos 

por Silvio Caccia Bava - Editorial do Le Monde Diplomatique acessível em http://www.diplomatique.org.br/editorial.php?edicao=62

Para além das crises alimentar, energética, climática e financeira, as discussões mais aprofundadas no âmbito do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (FSM) identificam três crises, uma embutida na outra: a crise do neoliberalismo, fase atual da globalização financeirizada do capitalismo; a crise do próprio sistema capitalista; e a crise da civilização ocidental, que precisa repensar seus valores e a relação entre a espécie humana e a natureza.


As desigualdades sociais, o desemprego e a precarização do trabalho reduziram a capacidade de consumo popular, levando a uma situação de “superprodução”. O endividamento encontrou seus limites, ultrapassou a capacidade de pagamento das famílias e comprometeu as instituições financeiras. Estas foram socorridas pelos governos, com dinheiro público. Com isso, os governos se endividaram para atender aos bancos privados, gerando dívidas públicas também impagáveis. Agora, os planos de ajuste impostos aos governos nacionais que não conseguem mais pagar suas dívidas aprofundam a crise e obrigam a população a perder direitos para pagar a conta.

Entre as saídas possíveis, a mais provável é o fortalecimento da ditadura financeira sob novas roupagens, com a inclusão da natureza como commodity nos circuitos financeiros. As outras duas identificadas pelo FSM são a rearticulação do capitalismo com base em uma nova forma de regulação pública e uma modernização social com redistribuição de renda; ou uma ruptura que abra caminho para a superação do capitalismo.

Abre-se um novo ciclo de lutas sociais que clamam por justiça social, pelo enfrentamento das desigualdades, a erradicação da miséria, o fim da corrupção. Isso requer a construção de novos sistemas democráticos, que garantam as liberdades individuais e coletivas, assim como a dignidade de cada indivíduo. Não se trata de uma mudança em relação ao político, mas um processo de redefinição do que é o político. A resistência dos povos, nas praças e nas ruas, desafia o sistema democrático e aprofunda a crise do neoliberalismo.

Uma ofensiva está em marcha para eliminar toda referência aos direitos fundamentais que venham a se opor à voracidade dos grandes bancos de investimento. Estes já submetem as Nações Unidas e mesmo organismos multilaterais como o FMI, a Comissão Europeia (CE) e o Banco Central Europeu (BCE) à sua lógica e visam submeter o direito internacional ao direito empresarial.

Podemos reconhecer no currículo dos principais dirigentes europeus sua passagem pelo Goldman Sachs, um dos mais agressivos e importantes bancos de investimento, e pelo núcleo ideológico do neoliberalismo. Mario Draghi, atual presidente do Banco Central Europeu, foi vice-presidente para a Europa do Goldman Sachs, de 2002 a 2006. Mario Monti, atual primeiro-ministro da Itália, foi conselheiro do Goldman Sachs e diretor europeu da Comissão Trilateral, um lobby neoliberal fundado por Rockfeller. Papademos, atual primeiro-ministro da Grécia, é também membro da Comissão Trilateral desde 1998 e foi vice-presidente do Banco Central Europeu de 2002 a 2010. Eles são um time que atua de maneira articulada. Não importam as consequências sociais de suas políticas; elas operam submetendo governos nacionais aos seus interesses, impondo uma ditadura financeira e expandindo seu campo de operações para a mercantilização da natureza, transformando recursos naturais em commodities.

Mesmo agora, com a situação-limite da Grécia, à beira de convulsões sociais, a Troika (FMI, BCE e CE) impõe cortes ainda mais rigorosos nas políticas sociais como condição para liberar uma nova parcela do empréstimo do Banco Central Europeu, que com isso irá pagar aos próprios bancos os juros dos empréstimos anteriores.

Esses bancos, nesta segunda fase da crise que se abre em 2007, ao se aproveitarem das altas taxas de juros impostas a governos como os da Grécia, Espanha e Itália, compraram títulos da dívida pública desses países e ficaram expostos a um eventual calote dos governos. Daí que lutam com unhas e dentes para receber o que emprestaram e os ganhos embutidos nas operações. Uma inadimplência cada vez mais possível leva esses bancos a uma situação crítica, podendo chegar à insolvência. Atualmente, todos os esforços estão sendo feitos para que os riscos dessas operações sejam absorvidos pelos governos, ou mesmo pelo BCE, que continuam transferindo recursos públicos para a capitalização dos grandes bancos, considerados grandes demais para quebrar.

Para enfrentar esses gigantes do mercado financeiro, existem propostas concretas: acabar com o mercado de derivativos (papéis que especulam com a oscilação dos preços), pôr fim aos paraísos fiscais e jurídicos, separar bancos comerciais de bancos de investimento, criar um imposto sobre as transações financeiras, ou mesmo estatizar o setor financeiro privado.

É evidente que as forças dominantes não vão renunciar sem enfrentamentos a seus gigantescos privilégios. As propostas estão na mesa, mas ao que parece ainda teremos novas crises até que se criem as condições sociais e políticas para que se enfrente a ditadura dos grandes bancos.

Silvio Caccia Bava "

É senhores e senhoras. Esse avanço do privado sob o público está indo muito bem (ou melhor dizer muito mal) em São Paulo e agora no Rio de Janeiro de Eduardo Paes. Organizações Sociais prestam serviços médicos e de educação e há avanço sobre a segurança pública com terceirização do serviço de organização de trânsito e poder de lavrar multas de trânsito em São Paulo. Já se debate a terceirização da arrecadaçaõ de tributos. E, claro, as desonerações tributárias prejudicando o INSS já foram publicadas como algo ótimo e fantástico, seguido de editorial do Globo dizendo que "agora faltam as reformas na vetusta legilslação trabalhista" e a reforma tributária foi aprovada no Senado com curto e eficiente parágrado EXTINGUINDO O IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS.

Enquanto a população lê a grande mídia, enquanto vê a novela Avenida Brasil, e curte o que não altera sua vida, empresas e pessoas influentes no Brasil e no mundo trabalham dia-e-noite para empobrecê-la e empobrecer sua família. O único antídoto é acesso a este tipo de informação publicada aqui e no Le Monde Diplomatique.

Parabéns mais uma vez ao jornalista Silvio Caccia Bava. Parabéns a você leitor e pesquisador social econômico do Blog Perspectiva Crítica. Nós estamos fazendo algo contra a aproriação de nossas vidas, das garantias de nossas famílias e do futuro do nosso País.


 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Análise sobre o resultado das eleições para Prefeito do RJ 2012 - Vitória do Utilitarismo sobre o Idealismo

Eduardo Paes ganhou em primeiro turno com 60% dos votos. Marcelo Freixo ficou com pouco mais de 12% dos votos, com 400 mil. Os demais candidatoas ficaram com pouco expressiva votação.

Senhores, a minha análise é a seguinte. Do ponto de vista eleitoral, o crescimeno do Marcelo Freixo não foi grande mas foi muito bom, pois sem apoio de mídia, sem máquina do Estado, sem nenhuma realização concreta (já que nunca preencheu cargo do executivo - mas relizou a CPI das milícias), sem tempo de televisão, conseguiu manter a intenção de voto inicial e crescer na campanha. Chegou a ter 9% de intenção de voto e terminou com 12%.

Não houve segundo turno muito por causa da falta de crescimento da intenção de voto em Aspásia, Otávio Leite e Rodrigo Maia. Se eles tivessem conseguido entusiasmar seus eleitores e parte dos eleitores de Eduardo Paes, um aumento de 7 pontos percentuais em cada um geraria segundo turno. Mas não foi o que ocorreu.

Politicamente há bônus e ônus. Como bônus enuncio que Eudardo Paes não é, nem de longe, bobo, portanto, assim como o fez no governo atual, ele analisará a proposta dos opositores e tentará satisfazê-las no próximo governo, esvaziando os argumentos de oposição para próximo pleito. O mesmo que Lula fez quanto a política econômica, por exemplo. Mas sob a perspectiva da população isso seria bom. Seria bom.. se não soubéssemos que o Governo de Eduardo Paes foi uma opção utilitarista do povo e assim ele se comportará, a princípio, de forma utilitária. Isso significa que deveremos ter atenção ao que estará sendo feito para que não somente se satisfaça necessidades da população pelo aspecto formal das ações políticas, mas para que garantamos que as ações de governo resolverão realmente, materialmente os problemas da cidade.

Por outro lado, o ônus é não se mudar tudo de errado que está ocorrendo. O governo de Eduardo Paes se apresenta como realizador: constrói, cria BRT e BRS e contrata professores e médicos.

Mas quando constrói não tem foco em diminuir especulção imobiliária, o que seria possível se todas as contruções prevessem, além de acesso a transporte público, a contrução de centros comerciais e de lazer perto das moradias e espaço para criação, portanto, de emprego para tentar descentralizar a criação de empregos na cidade do Rio de Janeiro, assim como o acesso a lazer e comérico. Isso aumenta o valor das áreas em que essa estrutura existe, como na Zona Sul, por exemplo. Mas se no Plano Diretor, que será objeto de discussão na Câmara dos Vereadores nesses 4 anos, não prestigiar esta forma de ver a cidade, descentralizando acesso a parques, lazer, cinemas, centros comerciais, shoppings, escola pública, postos de saúde, aos meios de transportes públicos (essas previsões são obrigatórias em construções de imóveis na Espanha, Holanda e Alemnha, segundo um artigo sobre o tema no Le Monde Diplomatique - é o planejamento do crescimento da cidade e da ocupação de espaço urbano), você não cria ambientes que concorram com os outros espaços da cidade que já têm tudo isso e você facilita a especulação imobiliária. Então, parece que o povo, infelizmente, votou na continuidade da especulação imobiliária, mesmo que inconscientemente. Espero que Eduardo Paes mostre que minha avaliação está errada.

A construção de BRTs e BRSs não é ruim, a princípio. Mas sob a liderança de Paes o Rio de Janeiro perde a oportunidade de desenvolver projetos de metrô de superfície, como existe na Holanda e Alemanha, o que leva dúzias e dúzias de vezes mais cidadãos do que ônibus. Sendo assim, o povo votou em manter perda de pistas de rolamento para ônibus ao invés de metrô de superfície, não contribuindo mais eficientemente para o esvaziamneto das ruas, para a tranquilidade e muito maior pontualidade de tranporte sobre trilhos, privilegiando o trasnporte coletivo de ônibus sobre o transporte comprovadamente melhor sobre trilhos, que é a opção de Moscou, Roma, Paris, Londres e Nova York. Ficamos com a opção da Índia e de países pobres, prejudicando a qualidade de vida, principalmente, dos cidadãos que vivem no subúrbio e que acham (tadinhos) que estão muito bem com as opções de BRT simplesmente, as quais melhoraram o que existia, realmente.

Por fim, as contratações em saúde e educação ocorreram, mas houve intenso e amplo avanço de ONGs e Organizações Sociais nestas áreas e, portanto, com Eduardo Paes, optou-se por continuar não se valorizando as carreiras públicas de médicos e professores municipais. Continuarão as contratações de médicos e professores por contratos administrativos de prestação de serviços com essas entidades do chamado terceiro setor, que gera diferença salarial com a estrutura pública (paga-se mais aos privados e menos aos servidores públicos), desestimula os professores e médicos públicos e ainda frustra a fiscalização das verbas públicas e do princípio do concurso público, pois estas organizações têm fiscalizado somente o dinheiro que recebem do Estado em relação à prestação do serviço contratado, mas não há limite para a remuneração do profissional que presta o serviço, o qual é contratado segundo o interesse das organizações sociais. Mas tudo é pago com verbas públicas. Então você tem o Estado pagando os médico e professores de Organizações sociais, mas sem limite de teto, como há na Administração Pública, e sem respeitar o princípio de concurso público, criando feudos de influência e privilégio de escolha de pessoas para prestarem esses serviços pagos com dinheiro público.

Essas Organizações Sociais, inclusive, como já foram identificadas como sucessoras do Estado em suas áreas, ao invés de meras complementadoras do serviço público prestado diretamente pelo Estado através de servidores públicos, já são alvo de estruturação e criação por grandes empresas e inclusive empresas de mídia, havendo hoje em curso uma organização empresarial para aproriação das verbas públicas destinadas à educação e saúde, alijando a população do concurso públicos para as vagas de professores e médicos públicos e assenhorando-se das verbas públicas destinadas a estas áreas, gerando caixa para futuras campanhas eleitorais que possam manter e crescer essa invasão da iniciativa privada sobre a prestação de serviços públicos permanentes. A segurança também está sendo privatizada nestes mesmos termos pelos meninos de jaleco azul... tudo como já está ocorrendo em São Paulo...

Portanto, estas foram as traduções da escolha do povo do Rio de Janeiro, ao meu ver, infelizmente. Claro que não foi com base nisso que o povo o elegeu. O povo viu que ele fez benfeitorias no subúrbio, investiu em recapeamento (operação de qualidade duvidosa), viram a criação de clínicas da família, viram que melhorou o transporte de ônibus parcialmente e outras coisas mais, mas a atuação do Paes, a meu ver, é utilitarista e mais formal, não resolvendo pelos princípios corretos e de forma material e definitiva os problemas da cidade. O povo fez opção utilitarista e terá um político que segue esta filosofia. O idealismo ficou para outra vez.

Mas a continuidade de parceria com os Governos Estaduaius e Federal podem render frutos. Espero. Infelizmente depois de mais de 4 anos com esta bandeira na área estadual e depois de quatro anos na área municipal, o anel rodoviário prometido pelo governo federal não está concluído e assim outras várias promessas de melhorias que viriam com esta parceria. Mas realmente o Rio de Janeiro obteve atenção do governo federal que não via há tempos e tempos, havendo investimento (apesar de com eficiência questionável) em metrô e construções populares.

Vamos ver o que nos aguarda no futuro. E espero (e tenho certeza de que não me surpreenderei) a continuidade da atuação combativa de Freixo denunciando os equívocos do governo e a apropriação da coisa pública.

Que um dia o idealismo vença. Mas enquanto não ocupar cadeiras de cargos políticos majoritários, que ocupe as plenárias legislativas para manter a mínima fiscalização do Estado-Adminstração e tentar impedir o alijamento da população da realidade dos interesses por trás dos feitos políticos assim como impedir o alijamento da população de ocupar cargos públicos e de participar concretamente da prestação de serviço público e do desenho da atividade do Estado. Isto está com a semente lançada, através de contratação indiscriminada de Organizações Sociais para prestarem serviço público diretamente à população. Hoje é a educaçõ e saúde... amanhã será segurança e fiscalização. Ao povo sobrará alijamento da estrutura pública e migalhas remuneratórias, principalmente com o ocaso do Estado como fornecedor de cargos públicos que competem pela mão-de-obra brasileira com a área privada e, assim, obrigam a área privada a valorizar seus contratados nos dias atuais.

Este movimento de apropriação dos espações públicos por Organizações é identificada por mim como o movimento de "romanização da administração pública brasileira". Mas sobre isto tratarei em outro artigo.

Bom futuro a todos nós.

p.s.: texto revisado e ampliado



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Le Monde Diplomatique de Setembro de 2012!! Compre!!

Pessoal, muito importante a edição do Le Monde Diplomatique de Setembro de 2012, ano 06/número 62. Compre antes que saia de circulação. Se tiver saído, peça por site ou a seu jornaleiro.

Se o Blog fosse um jornal, ele seria o Le Monde Diplomatique. Eu nunca poderia imaginar que um jornal sério, de conteúdo mais científico do que jornalístico e abordando temas do cotidiano, especialmente pinçados dentre os verdadeiros temas importantes para a qualidade de vida da população brasileira, se transformasse em algo real e acessível. Mas isto aconteceu e esse Jornal se chama Le Monde Diplomatique Brasil.

Eu já havia visto que os temas aboraddos eram importantes, em regra, por este preriódico mensal. Eu já havia notado que a abordagem era crítica e mais profunda e científica. E já´havia elencado como fonte permanente do BLOG, mas esta edição de setembro mostra a que veio (ou confirma) esta mídia.

A abordagem sobre o risco que as desonerações tributárias estão causadno ao equilíbrio da PrevidÊncia Social dos brasileiros, ou seja (deixem-me trocar em miúdos), o risco trazido a milhões de aposentadorias de todos os brasileiros nos próximos 20 anos, é uma benção!! Isto porque somente eu havia publicado artigo neste sentido neste nosso Blog. Eu não havia esbarrado com nenhuma publicação da grande mídia ou de sites e blogs sociais neste sentido.

Fico muito feliz de poder constatar que minhas análises contam com corroboração de altos funcionários públicos da Receira Federal, como Álvaro Sólon de França, presidente da Associação nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e de acadêmicos como Eduardo Fagnani, professor do Instituto de Economia da Unicamp, ambos membros do núcleo Plataforma Política Social - Agenda para o Brasil do Século XXI.

Suas idéias estão expostas  nos dois artigos de fls. 04 e 05 da edição de setembro do Le Monde Diplomatique, cujos títulos são "Ameaça à seguridade Social - Estima-se que as desonerações já concedidas em 2012 implicarão redução de R$7 bilhões da receita previdenciária. As consequências políticas são evidentes: em breve, as forças do mercado voltarão com o mantra apocalíptico de que "sem uma nova reforma da Previdência, o país será ingovernável" (Por Eduardo Fagnani) e "Os trabalhadores subsidiam a indústria - As metas do mercado nem sempre são as mesmas da sociedade. As regras que regem a adminstração de uma grande indústria - voltadas para a redução máxima das despesas e o aumento expoinencial do lucro - não podem ser aplicadas na gestão da Seguridade Social. Aqui, muito mais do que valores, tratamos de vidas" (por Álvaro Sólon de França).

A leitura do perídódico mencionado irá corroborar a você o cerne principiológico e, mais, praticamente 100% de toda a nossa sustentação sobre a penetração dos bancos na formulação de política econômica e retirada de perspectiva humana (e o que se refere à melhora de vida do cidadão) na política, reflexos negativos da desoneração tributária da produção essencialmente sobre receitas previdenciárias, uso do juros selic (sempre seu aumento a qualque fato e argumento) e justificativa de juros bancários altos como forma de prejudicar o cidadão e o consumidor e manter uma realidade de mercado (assim percebida pela população e criada e alimentada pela mídia) que sempre favoreça financeiramente bancos e instituições financeiras em detrimento da população, do consumidor e do país (via aumento ou administração de aumento de dívida pública) e tudo o mais que em centenas de artigos já defendemos no Blog.

Faço um resumo dos títuloe e subtítulos da edição de setembro par que voc^}e tenha idéia de que os temas que abordo e a forma como abordo não estão desacompanhados de pessoas de alto nível e de jornalismo científico sério:

Editorial - pg. 03 - "A ditatdura dos bancos de investimentos" por Silvio Caccia Bava

Pág. 04 - "Ameaça à seguridade Social - Estima-se que as desonerações já concedidas em 2012 implicarão redução de R$7 bilhões da receita previdenciária. As consequências políticas são evidentes: em breve, as forças do mercado voltarão com o mantra apocalíptico de que "sem uma nova reforma da Previdência, o país será ingovernável" por Eduardo Fagnani.

Pág 05 - "Os trabalhadores subsidiam a indústria - As metas do mercado nem sempre são as mesmas da sociedade. As regras que regem a adminstração de uma grande indústria - voltadas para a redução máxima das despesas e o aumento expoinencial do lucro - não podem ser aplicadas na gestão da Seguridade Social. Aqui, muito mais do que valores, tratamos de vidas" por Álvaro Sólon de França.

Pág. 06 - "Dilma e o desenvolvimento - O ponto estratégico a ser considerado é que , para dizer de modo direto e sintético, a experiência internacional e nacional revela que "alívios" fiscais e tributários não necessariamente estimulam de forma efetiva a ampliação dos investimentos" por José Carlos Braga, professor titular do Instituto de Economia da Unicamp.

Pág. 07 - "Tirar o pé do freio - É fundamental estimular o consumo e o investimento, mas mais importante é remover o potente conjunto de freios ao crescimento que o governo ainda mantém por medo do fantasma da inflação. São eles: taxa Selic, juros bancários e carga tributária sobre o consumo, cujos índices estão entre os mais altos do mundo e cuja liquidez é uma das mais baixas" por Amir Khair, mestre em finanças públicas pela FGV.

Pág. 08 - "A elite dirigente dos negócios - Demissões em massa para uns, remunerações estratosféricas para outros (refere-se à área privada, ok? nota do blogger): duplamente lucrativa para seus defensores, a globalização justifica ao mesmo tempo a concorrência que comprime os salários e os privilégios desfrutados por um jet-set apresentadfo como supranacional. Porém, um estudo minucioso mostrra que as bases dessa elite permanecem nacionais." por Michael Hartmann, sociólogo da universidade de Darmstadt.

Estes são os artigos que destaco desta edição fantástica cujo título de manchete é "Ameaça às Aposentadorias". A leitura deste períódico te colocarão a par de fatos reais, não divulgados pela mídia, com a mesma leitura deste Blog, com grande profundidade científica, com foco no que realmente afeta a sua vida como cidadão brasileiro, desmascarando as perspectivas de publicação dominante na grande mídia que escondem sua intenção de empobrecer o cidadão e de enriquecer um pequeno grupo de brasilerios e estrangeiros.

A publicação é apenas mensal. Leia e tenha acesso ao mundo real. entenda a manipulação de fatos pela mídia. Entenda os fatos pela ótica de quem se preocupa com a distribuição de riqueza entre empresas, bancos, indústrias e também os cidadãos trabalhadores. Saia da condição de ovelha e entre para o grupo dos que influenciam a evolução dos fatos sociais a bem da sociedade, a bem das famílias brasileiras, a bem da sua família.

Leia Le Monde Diplomatique.

Análise do Debate de candidatos à Prefeitura do RJ 2012 realizado pela GLOBO

Na minha forma de ver, o debate realizado pela Rede Globo foi ótimo, informativo e organizado. Mas manteve-se o quadro de fatos enunciados por este BLOG para o primeiro debate ocorrido na BAND e cujas conclusões estão acessíveis no endereço: http://www.perspectivacritica.com.br/2012/08/analise-do-debate-de-candidatos.html

Houve o reforço do mesmo debate, com alguns pequenos aditivos que reforçaram as conclusões da análise do debate ocorrido na BAND. Um exemplo foi a informação do Rodrigo Maia de que denúncia sua à Justiça Eleitoral retirou de propagandas de empresas de ônibus menção a site das empresas que ao ser acessado mostrava primeiramente e antes de qualquer coisa uma foto do candidato à re-eleição a Prefeito, ou seja, Eduardo Paes. Não preciso tecer muitos comentários sobre isso não é mesmo.

Ficou evidente que a opção de transporte público de Eduardo Paes é por meio rodoviário, em especial ônibus. Houve finalmente o debate, apesar de em pequena escala, do problema da educação inclusiva, com denúnica de Freixo de que mais de 100 classes especiais foram fechadas à revelia dos pais de crianças com deficiência que estavam nestas classes, durante o goverbno de Eduardo Paes; e q1ue sua inclusão automática gera exclusão da criança com deficiência, devendo ser implantado um sistema de inclusão não automática, mas individual, com avaliação criança a criança, com oitiva real dos pais e com preparação dos professores para educá-las e recebê-las nas turmas regulares, quando isso fosse possível, aconselhável e o melhor para a criança. Isso foi bom. Infelizmente pelo tempo curto, não foi dito desta forma que especifico em miúdos consoante conversas que tive pessoalmente com Marcelo Freixo, junto das outras componentes do Movimento MIL, sobre o tema. Neste tema, Otávio Leite e Freixo são os melhores, com certeza.

Aspásia deixou claro que estava ali para pontuar a necessidade de debate social sobre desenvolvimento de economia sustentável com maior foco em indústria da informação e produção artística. Aspásia também tentou entusiasmar os jovens, chamando-os à participação eleitoral. Gostei tambvém de ela ter dito que obras de Copa e Olimpíadas são importantes, mas que se não houver ´política para desenvolver recusros humanos, atletas e não se criar meios de garantir acesso aos jovens a todos estes bens, de nada adiantará a construção de todo o aparato desportivo. Ainda disse que o governo atual foca muito em obras e pouco em pessoas. Pediu ainda que se vote com o coração no primeiro turno. Rodrigo Maia manteve sua postura que já foi objeto de análise como indicado acima, na época do debate da BAND, ou seja, foco no servidor, idosos e comunidades. Otávio também foi bem e no mesmo sentido e foco que foi objeto de análise anterior, por ocasião do Debate na Band.

A grande novidade mesmo é o fato de que somente Marcelo Freixo tem chance de ir a segundo turno e ele insistiu tudo o que pôde para que isso fosse garantido pelo cidadão carioca, pois quem ganha é o debvate democrático, já que o poder cooptativo do atual Prefeito em relação a quase duas dezenas de partidos, assim como o poder econômico por trás de Eduardo Paes fica anulado pela obrigatoriedade de divisão de tempo de televisão entre os dois candidatos.

Eu apóio totalmente o segundo turno e peço para que os eleitores de todos os candidatos que não têm chance, e até mesmo os eleitores mais esclarecidos do Eduardo Paes votem em Freixo para garantir o segundo turno. Não só para melhorar a qualidade do debate eleitoral neste escrutínio, mas para até mesmo pressionar o Eduardo Paes a, caso seja eleito, dar atenção às propostas e denúnicas de Freixo, com vistas a melhorar a qualidade de vida do cidadão carioca.

Muito do que Eduardo Paes fez foi por conta do grande risco que correu de perder a Prefeitura para o Gabeira. E aí? Com esse risco o que ocorreu? A atenção ao meio ambiente aumentou e Eduardo Paes acabaou com Gramaxo e ainda investiu no subúrbio e nos transportes. Três grandes temas de Gabeira. Temos de garantir segundo turno para pressionar o Prefeito a dar atenção aos problemas apontados por Freixo, caso Eduardo Paes seja eleito!!!

Isto é o que a crítica política, na ótica do cidadão, exige e aponta como sendo o melhor, sob a perspectiva do Blog.

O BLOG Perspectiva Crítica apóia Marcelo Freixo (50) para Prefeito e Eliomar Coelho (50.000) para Vereador.

Outros Vereadores de nível são Andrea Gouvea do PSDB, Paulo Pinheiro (50111) do PSOL, Carlos Caiado do PMDB, Vinícius (13013) do PT e Reimont do PT. Thereza Berger do PSDB também é interessante.

 

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Interessante capítulo da bolha imobiliária no RJ - Jornal da Globo de 03/10 - Publicidade de oportunidades de compra de imóveis

Muito interessante o Jornal da Globo de quarta para quinta de 03/10/2012 para 04/10/2012, dia em que o jogo do Brasil e Argentina não aconteceu.

Vocês viram um representante do ramo imobiliário informando que "os valores alcançaram patamares irreais" no Rio de Janeiro? E disse que "entretanto agora já está estabilizando e havendo melhores oportunidades"?

Senhores, isso é mais um elemento forte de que imóveis residenciais não podem estar vendendo como deveriam. Fiquem certos disso. Reunirei as informações neste artigo em uma visão retrospectiva para mostrar que mais correção de valores devem estar em curso.

No útlimo semestre de 2011, a Gafisa apontou prejuízo de 1,094 bilhão de reais com falta de vendas, atrasos de pagamentos e retomada de 70% de imóveis residenciais da classe média baixa e 30% da classe média alta por falta de pagamento. No primeiro semestre de 2012 é publicado na Revista Exame, senão me engano, capa com fundo preto, 50 páginas sobre o mercado imobiliário. Com aspecto e roupagem de artigo informativo, mas com viés favorável ao mercado de imóveis, indicando que, na minha leitura sobre o artigo, investir e imóveis continuava a ser bom negócio (com o que não concordo, deixo claro). Em abril de 2012 houve publicação no Wall Street Journal dizendo que imóveis no Brasil estavam sobrevalorizados em 50%. Em seguida temos queda de preços de construtoras de imóveis residenciais nas bolsas ainda no fim do segundo semestre de 2012. Todas as construtoras, bom que se diga. Depois temos no domingo passado, 30/09/2012, um grupo grande de informações em mais de um caderno do Jornal O Globo sobre mercado imobiliário. Dentre estas informações, temos a de que 49% dos lançamentos imobiliários residenciais ocorreriam no último trimestre de 2012 (o correto seria que 25% dos lançamentos ocorressem no último semestre).  E agora, ontem, temos esta abordagem do tema indicando e confirmando que representantes de construtores acham que os preços estão muito altos e que o mercado "estabilizou" e vai apresentar "oportunidades" (se eles concordam hoje com isso que dizemos há tempos, é porque o preço já chegou no ápice há algum bom tempo).

Senhores, já houve uma queda de preço de imóveis durante o primeiro semestre de 2012, via liquidações e promoções. As quedas chegaram a 25% e 30%, nestes casos. Mas lançamentos imobiliários ainda estão sendo apresentados em valores altos. Um grande colaborador nosso, Felipe Conti, chegou a comentar que não via a queda realizada em 25% e 30%. Informei que não era generalizado ainda, mas que ocorria. E que os preços nunca chegariam ao que ocorreu nos EUA, claro.

O mercado também acenava com menos construções residenciais e focava mais em imóveis para serem alugados (um quarto, loft, no máximo dois quartos - de metragem pequena) e comerciais, tentando contornar o problema de encalhe de estoque de imóveis residenciais; o qual realmente existe, já foi noticiado no primeiro semestre de 2012 e tem grande motivo no endividamento das famílias brasileiras.

Para mim, este contexto todo está indicando, posso estar errado (mas não creio), novo momento de queda e acomodação de preços de imóveis residenciais, em um segundo momento de esvaziamento da bolha imobiliária brasileira.

Agora, vejam, estes dados todos juntos estão me dando a impressão de que as construtoras estão investindo na publicidade de uma "oportunidade" de compra, que hoje ainda não existe. Tem que baixar para isto ocorrer. O momento é de venda pois está caro pra caramba! Ninguém em seus respectivos bairros vê possibilidades de vender e comprar no mesmo bairro. O patrimônio imóvel está muito valorizado e isto não indica oportunidade de compra, por definição. Isso indica oportunidade de venda! E foi o que uma senhora estava anunciando no Jornal da Globo, ou seja, comprou mansão por 3 milhões e queria vender por seis milhões. Ela está certa. Vender nesse momento é interessante. Então, comprar não é. É simples assim.

Outra coisa... artigo de 50 páginas na Revista Exame sobre mesmo tema? Isso, senhores, é publicidade. Isto não é artigo. Isso é matéria paga!! As matérias de domingo passado e de ontem também me parecem assessoria de imprensa para construtoras de imóveis residenciais. Para mim, configura-se a não venda de imóveis residenciais, e estamos vendo a pressão publicitária para estimular compra de imóveis, ou seja... aproxima-se nova correção de valores de imóveis. Isso estaria de acordo com nossa previsão de ajustes até ao menos junho de 2013.

É o que acho.

p.s.: texto revisto e ampliado

terça-feira, 2 de outubro de 2012

45.186 acessos em 27 meses! Proposta de profissionalização do Blog!

É.. nos aproximando dos primeiros 50 mil acessos!!! Dedico a vocês seguidores, amigos e leitores o crescimento do acesso e a manutenção e constância dos acessos e desta evolução numérica de acessos.

Tive uma proposta de profissionalização do Blog! já estou com o domínio www.perspectivacritica.com.br e você já pode acessar o Blog por este endereço eletrônico também. Com site eu teria mais liberdade para criar lista de Blogs de acesso do blogger, disponibilizar links e criar outros tipos de acessos e visualização das informações do Blog para facilitar suas pesquisas ou buscas no conteúdo do Blog.

Vamos ver como a coisa evolui... com mais recursos ou com menos recursos, nossa caminhada será longa,.. e cada vez em mais companhia!! Naturalmente mais em aumento numérico, pois em termos qualitativos os acréscimos de acesso só podem almejar manter o nível, porque vocês são demais!!! rsrsrsrs

Absssssssss


O Mercosul e o xadrez geopolítico das Américas

Pessoal, importantíssimo este texto escrito por Samuel Pinheiro Guimarães para a Carta Maior e reproduzido pela Revista "Idéias em Revista" do Sisejufe/RJ (Sindicato dos Servidores das Justiças Federais do Rio de Janeiro).

Samuel Pinheiro Guimarães  é Diplomata. Foi designado Alto-Representante Geral do Mercosul tendo como funções a articulação política, formulação de propostas e representação das posições comuns do bloco. Na função, Samuel Pinheiro coordenava a implementação das metas previstas no Plano de Ação para um Estatuto de Cidadania do Mercosul, aprovado em Foz do Iguaçu, em 16 de dezembro de 2010. Renunciou ao cargo, contudo em 28 de junho de 2012 (apresentação copiada integralmente da Revista Idéias em Revista, ano V, n.º 38, setembro e Outubro de 2012, fl. 19).

Este texto é incrível e você não pode deixar de ler. Pelo rigor de seu conteúdo e clareza de sua informação, passa de ser um texto a que você tem direito de ler e, na qualidade de cidadão e responsável por você, seus familiaree, amigos e pelo País, torna-se um dever sua leitura e a tradução do real embate político internacional que existe em torno da questão do golpe de Estado no Paraguai, inclusão da Venezuela no Mercosul e a consequência para o fortalecimento de um projeto de América Latina autônoma e enfraquecimento de pretensões norteamericanas sobre o território e mercado sulamericano. O texto é uma jóia rara a que você nunca terá acesso a não ser pela Carta Maior, site Sisejufe/RJ e, agora, pelo Blog Perspectiva Critica (dentre outros reprodutores da notícia através de sites e blogs autônomos), com muito orgulho.

Segue o texto abaixo reproduzido pela Revista Idéias em Revista, do Sisejufe/RJ, publicado originalmente no peíódico Carta Maior e acessível em http://ponto.outraspalavras.net/2012/07/19/paraguai-xadrez-geopolitico-das-americas/

"Processo para incorporação da Venezuela surpreendeu Washington e direita sul-americana e abre novas perspectivas para região. Por isso, será bombardeado pela mídia.


Por Samuel Pinheiro Guimarães, em Carta Maior


1. Não há como entender as peripécias da política sul-americana sem levar em conta a política dos Estados Unidos para a América do Sul. Os Estados Unidos ainda são o principal ator político na América do Sul e pela descrição de seus objetivos devemos começar.


2. Na América do Sul, o objetivo estratégico central dos Estados Unidos, que apesar do seu enfraquecimento continuam sendo a maior potência política, militar, econômica e cultural do mundo, é incorporar todos os países da região à sua economia. Esta incorporação econômica leva, necessariamente, a um alinhamento político dos países mais fracos com os Estados Unidos nas negociações e nas crises internacionais.


3. O instrumento tático norte-americano para atingir este objetivo consiste em promover a adoção legal pelos países da América do Sul de normas de liberalização a mais ampla do comércio, das finanças e investimentos, dos serviços e de “proteção” à propriedade intelectual através da negociação de acordos em nível regional e bilateral.


4. Este é um objetivo estratégico histórico e permanente. Uma de suas primeiras manifestações ocorreu em 1889 na I Conferência Internacional Americana, que se realizou em Washington, quando os EUA, já então a primeira potência industrial do mundo, propuseram a negociação de um acordo de livre comércio nas Américas e a adoção, por todos os países da região, de uma mesma moeda, o dólar.


5. Outros momentos desta estratégia foram o acordo de livre comércio EUA-Canadá; o NAFTA (Área de Livre Comércio da América do Norte, incluindo além do Canadá, o México); a proposta de criação de uma Área de Livre Comércio das Américas – ALCA e, finalmente, os acordos bilaterais com o Chile, Peru, Colômbia e com os países da América Central.


6. Neste contexto hemisférico, o principal objetivo norte-americano é incorporar o Brasil e a Argentina, que são as duas principais economias industriais da América do Sul, a este grande “conjunto” de áreas de livre comércio bilaterais, onde as regras relativas ao movimento de capitais, aos investimentos estrangeiros, aos serviços, às compras governamentais, à propriedade intelectual, à defesa comercial, às relações entre investidores estrangeiros e Estados seriam não somente as mesmas como permitiriam a plena liberdade de ação para as megaempresas multinacionais e reduziria ao mínimo a capacidade dos Estados nacionais para promover o desenvolvimento, ainda que capitalista, de suas sociedades e de proteger e desenvolver suas empresas (e capitais nacionais) e sua força de trabalho.


7. A existência do Mercosul, cuja premissa é a preferência em seus mercados às empresas (nacionais ou estrangeiras) instaladas nos territórios da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai em relação às empresas que se encontram fora desse território e que procura se expandir na tentativa de construir uma área econômica comum, é incompatível com objetivo norte-americano de liberalização geral do comércio de bens, de serviços, de capitais etc que beneficia as suas megaempresas, naturalmente muitíssimo mais poderosas do que as empresas sul-americanas.


8. De outro lado, um objetivo (político e econômico) vital para os Estados Unidos é assegurar o suprimento de energia para sua economia, pois importam 11 milhões de barris diários de petróleo sendo que 20% provêm do Golfo Pérsico, área de extraordinária instabilidade, turbulência e conflito.


9. As empresas americanas foram responsáveis pelo desenvolvimento do setor petrolífero na Venezuela a partir da década de 1920. De um lado, a Venezuela tradicionalmente fornecia petróleo aos Estados Unidos e, de outro lado, importava os equipamentos para a indústria de petróleo e os bens de consumo para sua população, inclusive alimentos.


10. Com a eleição de Hugo Chávez, em 1998, suas decisões de reorientar a política externa (econômica e política) da Venezuela em direção à América do Sul (i.e. principal, mas não exclusivamente ao Brasil), assim como de construir a infraestrutura e diversificar a economia agrícola e industrial do país viriam a romper a profunda dependência da Venezuela em relação aos Estados Unidos.


11. Esta decisão venezuelana, que atingiu frontalmente o objetivo estratégico da política exterior americana de garantir o acesso a fontes de energia, próximas e seguras, se tornou ainda mais importante no momento em que a Venezuela passou a ser o maior país do mundo em reservas de petróleo e em que a situação do Oriente Próximo é cada vez mais volátil.


12. Desde então desencadeou-se uma campanha mundial e regional de mídia contra o Presidente Chávez e a Venezuela, procurando demonizá-lo e caracterizá-lo como ditador, autoritário, inimigo da liberdade de imprensa, populista, demagogo etc. A Venezuela, segundo a mídia, não seria uma democracia e para isto criaram uma “teoria” segundo a qual ainda que um presidente tenha sido eleito democraticamente, ele, ao não “governar democraticamente”, seria um ditador e, portanto, poderia ser derrubado. Aliás, o golpe já havia sido tentado em 2002 e os primeiros lideres a reconhecer o “governo” que emergiu desse golpe na Venezuela foram George Walker Bush e José María Aznar.


13. À medida que o Presidente Chávez começou a diversificar suas exportações de petróleo, notadamente para a China, substituiu a Rússia no suprimento energético de Cuba e passou a apoiar governos progressistas eleitos democraticamente, como os da Bolívia e do Equador, empenhados em enfrentar as oligarquias da riqueza e do poder, os ataques redobraram orquestrados em toda a mídia da região (e do mundo).


14. Isto apesar de não haver dúvida sobre a legitimidade democrática do Presidente Chávez que, desde 1998, disputou doze eleições, que foram todas consideradas livres e legítimas por observadores internacionais, inclusive o Centro Carter, a ONU e a OEA.


15. Em 2001, a Venezuela apresentou, pela primeira vez, sua candidatura ao Mercosul. Em 2006, após o término das negociações técnicas, o Protocolo de adesão da Venezuela foi assinado pelos Presidentes Chávez, Lula, Kirchner, Tabaré e Nicanor Duarte, do Paraguai, membro do Partido Colorado. Começou então o processo de aprovação do ingresso da Venezuela pelos Congressos dos quatro países, sob cerrada campanha da imprensa conservadora, agora preocupada com o “futuro” do Mercosul que, sob a influência de Chávez, poderia, segundo ela, “prejudicar” as negociações internacionais do bloco etc. Aquela mesma imprensa que rotineiramente criticava o Mercosul e que advogava a celebração de acordos de livre comércio com os Estados Unidos, com a União Européia etc, se possível até de forma bilateral, e que considerava a existência do Mercosul um entrave à plena inserção dos países do bloco na economia mundial, passou a se preocupar com a “sobrevivência” do bloco.


16. Aprovado pelos Congressos da Argentina, do Brasil, do Uruguai e da Venezuela, o ingresso da Venezuela passou a depender da aprovação do Senado paraguaio, dominado pelos partidos conservadores representantes das oligarquias rurais e do “comércio informal”, que passou a exercer um poder de veto, influenciado em parte pela sua oposição permanente ao Presidente Fernando Lugo, contra quem tentou 23 processos de “impeachment” desde a sua posse em 2008.


17. O ingresso da Venezuela no Mercosul teria quatro consequências: dificultar a “remoção” do Presidente Chávez através de um golpe de Estado; impedir a eventual reincorporação da Venezuela e de seu enorme potencial econômico e energético à economia americana; fortalecer o Mercosul e torná-lo ainda mais atraente à adesão dos demais países da América do Sul; dificultar o projeto americano permanente de criação de uma área de livre comércio na América Latina, agora pela eventual “fusão” dos acordos bilaterais de comércio, de que o acordo da Aliança do Pacifico é um exemplo.


18. Assim, a recusa do Senado paraguaio em aprovar o ingresso da Venezuela no Mercosul tornou-se questão estratégica fundamental para a política norte americana na América do Sul.


19. Os líderes políticos do Partido Colorado, que esteve no poder no Paraguai durante sessenta anos, até a eleição de Lugo, e os do Partido Liberal, que participava do governo Lugo, certamente avaliaram que as sanções contra o Paraguai em decorrência do impedimento de Lugo, seriam principalmente políticas, e não econômicas, limitando-se a não poder o Paraguai participar de reuniões de Presidentes e de Ministros do bloco.


Feita esta avaliação, desfecharam o golpe. Primeiro, o Partido Liberal deixou o governo e aliou-se aos Colorados e à União Nacional dos Cidadãos Éticos – UNACE e aprovaram, a toque de caixa, em uma sessão, uma resolução que consagrou um rito super-sumário de “impeachment”.


Assim, ignoraram o Artigo 17 da Constituição paraguaia que determina que “no processo penal, ou em qualquer outro do qual possa derivar pena ou sanção, toda pessoa tem direito a dispor das cópias, meios e prazos indispensáveis para apresentação de sua defesa, e a poder oferecer, praticar, controlar e impugnar provas”, e o artigo 16 que afirma que o direito de defesa das pessoas é inviolável.


20. Em 2003, o processo de impedimento contra o Presidente Macchi, que não foi aprovado, levou cerca de 3 meses enquanto o processo contra Fernando Lugo foi iniciado e encerrado em cerca de 36 horas. O pedido de revisão de constitucionalidade apresentado pelo Presidente Lugo junto à Corte Suprema de Justiça do Paraguai sequer foi examinado, tendo sido rejeitado in limine.


21. O processo de impedimento do Presidente Fernando Lugo foi considerado golpe por todos os Estados da América do Sul e de acordo com o Compromisso Democrático do Mercosul o Paraguai foi suspenso da Unasur e do Mercosul, sem que os neogolpistas manifestassem qualquer consideração pelas gestões dos Chanceleres da UNASUR, que receberam, aliás, com arrogância.


22. Em consequência da suspensão paraguaia, foi possível e legal para os governos da Argentina, do Brasil e do Uruguai aprovarem o ingresso da Venezuela no Mercosul a partir de 31 de julho próximo. Acontecimento que nem os neogolpistas nem seus admiradores mais fervorosos – EUA, Espanha, Vaticano, Alemanha, os primeiros a reconhecer o governo ilegal de Franco – parecem ter previsto.



23. Diante desta evolução inesperada, toda a imprensa conservadora dos três países, e a do Paraguai, e os líderes e partidos conservadores da região, partiram em socorro dos neogolpistas com toda sorte de argumentos, proclamando a ilegalidade da suspensão do Paraguai (e, portanto, afirmando a legalidade do golpe) e a inclusão da Venezuela, já que a suspensão do Paraguai teria sido ilegal.



24. Agora, o Paraguai procura obter uma decisão do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul sobre a legalidade de sua suspensão do Mercosul enquanto, no Brasil, o líder do PSDB anuncia que recorrerá à justiça brasileira sobre a legalidade da suspensão do Paraguai e do ingresso da Venezuela.


25. A política externa norte-americana na América do Sul sofreu as consequências totalmente inesperadas da pressa dos neogolpistas paraguaios em assumir o poder, com tamanha voracidade que não podiam aguardar até abril de 2013, quando serão realizadas as eleições, e agora articula todos os seus aliados para fazer reverter a decisão de ingresso da Venezuela.


26. Na realidade, a questão do Paraguai é a questão da Venezuela, da disputa por influência econômica e política na América do Sul e de seu futuro como região soberana e desenvolvida."

É uma análise autônoma. Trata-se de uma explicação de engenhos de diplomacia internacional feita por um diplomata de carreira brasileiro encarregado de altas funções no Mercosul. É chocante. Mas repetir somente as versões publicadas em jornal da grande mídia brasileira, que é amplamente favorável a proximidade umbilical com o captial estrangeiro e em especial norteamericano, pode até ser mais fácil, já que repetido por todos (o que facilita sensação de aceitação social), mas não é o que corresponde melhor à realidade, nem o que lhe mais beneficia como cidadão brasileiro, futuro cidadão mercosulista, nem garantirá futuro independente e autônomo e respeitável ao nosso país no mundo.

p.s.: É importante que você leia este texto como uma perspectiva da realidade internacional a que você não tem acesso. Depois reflita por você mesmo sobre o que acontece. Compare as ionformações. O que a mídia te sonega é que essa informação existe, entende? E você concordar com as premissas apresentadas aqui, com as quais concordo plenamente, não quer dizer que você apóia Chávez, o governo de Chávez ou os resultados medíocres de sua política econômica para a sociedade venezuelana (se é que há política econômica venezuelana). Entender e/ou concordar com o que está escrito é entender o que ocorre por detrás dos fatos políticos (a) destituição de Lugo, de forma inconstitucional ao próprio Paraguai, (b) entrada da Venezuela no Mercosul e (c) forças e interesses internacionais em conflito. É só isso... só não, porque é muito.