Quem viu o programa Conta Corrente de ontem, dia 27/02/2013? Corroborou o que o Blog Perspectiva Crítica vem enfatizando sobre índices econômicos.
Mencionou que a tendência é de arrefecimento da inflação (que atualmente está alta), por causa da grande safra ocorrida. Os agrícolas pressionarão a inflação para baixo, ao que tudo indica, tendo sido ano passado o grande vilão inflacionário.
Otimismo na produção industrial para o ano de 2013 e possibilidade de crescimento melhor do PIB do que 2012, tanto por questões internas (continuidade de criação de emprego, mesmo que em menor ritmo, continuidade de crescimento de renda e diminuição ou estabilização de dívidas das famílias) como externas, em que a crise mundial se apresenta melhor debelada (perspectivas melhores para EUA, Europa e estabilização do crescimento chinês em torno de 8% para 2013).
Em função disso, desfaz-se quadro de pressão para aumento de juros selic e apresenta-se cenário de manutenção de juros a 7,25%, quiçá até o fim do ano. Reconhecimento de impacto positivo na inflação da grande queda de custo da energia elétrica (o que obviamente era certo!), puxando o índice de fevereiro para baixo fortemente.
Ainda foi noticiado o maior resultado de superávit histórico no mês de janeiro, em R$30,2 bilhões de reais, o que sozinho garantiu 1/5 de todo o superávit fiscal definido como meta para o ano de 2013. Esse valor só precisava ser atingido em meados de março!! Ou seja, total controle fiscal com, mais uma vez, pressão positiva sobre a inflação e, mais uma vez, indicando desnecessidade de aumento de juros selic para controle inflacionário.
Pois é, senhores, o quadro apresentado pelo Conta Corrente ontem não poderia ser mais favorável, a meu ver. Foi verdadeiro para o que vemos e corroborou o que dissemos sobre juros e inflação muito antes, já em janeiro, quando criticávamos as posturas mentirosas da mídia convencional que noticiavam sensacionalistamente descontrole inflacionário, racionamento energético (isto foi um crime contra a verdade.. tsc, tsc, tsc), necessidade de aumento de juros selic (é sempre assim,.. a primeira medida exigida pela mídia financeira.. e única na verdade.. atrás de garantir lucros dos bancos.. tsc, tsc, tsc) e descontrole fiscal e maquiagem da situação fiscal.
Só para vocês que ainda não sabem, a contabilização tardia de importações de derivados de petróleo da Petrobrás, que se fossem realizados todos em dezembro de 2012 prejudicariam números da balança comercial, ocorre porque a Receita Federal não aceita mais o registro dessas importações com cópias de documentos, mas exige a juntada de originais dos documentos das transações, o que demora um pouco mais. Pode ter sido manobra? Sim. Mas não foi maquiagem como exercício de voluntarismo da Petrobrás ou autoritarismo do Governo.
É isso. Perspectivas do Blog se confirmando sempre de forma atrasada na mídia convencional.
E recentemente (dois ou três dias) um economista de uma grande instituição financeira, que acertou PIB, inflação e juros dos últimos dois anos, mesmo contra as previsões de mercado e do governo (em especial as previsões do ano passado de pib ruim e inflação mais alta), teve sua posição publicada no Jornal O Globo no sentido noticiado ontem no Conta Corrente: inflação controlada e dentro da meta cheia de inflação, PIB forte em 4% e juros, parece, que inalterados ou no máximo com mais 0,25% no fim do ano.
Ótimas notícias. É o que vemos. E é pelo que torcemos também. Às vezes torcemos por algo e vemos outra coisa. Mas ainda bem que o quadro que se apresenta é o mesmo que se deseja.., desde que não haja uma surpresa dantesca, claro. A confirmar.
p.s. de 06/03/2013 - texto revisto. O analista que acertou nos últimos dois anos a inflação, juros e PIB, mesmo contra as previsões de mercado e do Governo é o Economista-Chefe Nilson Teixeira do Credit Suisse.
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Brasil e o Acordo de Livre Comércio EUA e União Européia - parte 2
É importante ainda, senhores, em complemento ao artigo anterior, mencionar que o eixo EUA-UE resume 1/3 do comércio mundial. Então existem 2/3 que ficarão de fora!! Por que não corrermos atrás desses 2/3?
Outra coisa, o acordo EUA-UE ainda não é realidade. Será interessante ver como eles vão admitir a concorrência franca entre seus produtos agrícolas super-subsidiados e ainda entre suas produções manufaturadas. Não será fácil esse acordo. Será interessante ver as soluções adotadas. Mas a mídia está trantando como fato consumado. Não é bem assim.
Veja, a construção da União Européia vige sob o pressuposto de que a indústria alemã, um pouco menos a francesa e um pouco menos a italiana vendam seus manufaturados para os outros 27 países que não têm tais indústrias e capacidade de produção. Os EUA, que faz o mesmo com o Nafta, portanto, em um acordo de livre comércio, entraria em conflito comercial aberto com a indústria alemã, francesa e italiana e com concorrência também na área de serviços... como seria resolvido? Ninguém quer perder mercado. Todos querem ganhar mercado. Não é nada de livre comércio.. quem repete isso é no mínimo ingênuo ou é mal intencionado.
É importante deixar claro aqui que o argumento de defesa de livre comércio só tem sentido em três grandes e principais momentos: (1) com o nascimento do liberalismo de Locke e depois Adam Smith, ao lutarem contra a intromissão do Estado na atuação das empresas que prejudicava mesmo as empresas e a sociedade (esse período se estende até 1858, quando nasce o marxismo e a idéia de socialismo); (2) já após a segunda guerra como uma forma característica menor da defesa do capitalismo para não ser suplantado pelo comunismo/socialismo como filosofia político-sócio-econômica na Europa e na Ásia (Rússia, Japão e China e respectivas áreas de influência) e por fim (3) fortemente nos anos 90 (neoliberalismo) como receita propagandeada de sucesso capitalista do eixo trilateral como argumento real de impor filosofia político-sócio-econômica aos países periféricos (Ásia, África, Leste Europeu e Américas Latina e Central) do capitalismo de maneira a dominar seus mercados internos.
Por isso, estou interessado em como o acordo vai se dar. Ele não me parece ser simples, a não ser que a ruína geral que ocorreu com a crise financeira de 2008/2010 que se estende até agora, tenha gerado investimentos, compras mútuas de participações entre tais economias ao ponto de descaracterizar a nacionalidade de empresas e mercados, o que posso dizer que não chegou a ser o caso com certeza.
Nós no Mercosul, para compensarmos a falta de indústria dos países da América do Sul, fazemos inúmeras parcerias, considerando o perfil de cada país, tentando aumentar o fluxo de comércio mútuo com cada um para que o crescimento seja mais equânime entre nós. Por exemplo: exportamos peças de automóveis para a Argentina e compramos deles o carro pronto. Em relação aos quatro países, cada um tinha um perfil econômico e a complementariedade de nossas economias já era histórica e o acordo somente acentuou a facilidade de comércio e plantou uma semente de aproximação institucional além do comércio.
Nós incentivamos a complementariedade, inclusive com políticas públicas. Não é como EUA e México em que empresas americanas usam o México de plataforma de produção explorando os mexicanos e o Nafta vem a ajudar esse movimento trazendo aumento estatístico econômico. No Nafta mexicanos não são tratados em relação aos americanos como chilenos e argentinos e paraguaios o são em relação ao Brasil. O Nafta institucionaliza uma predação americana de mercado privado mexicano.
Mas o que temos a dizer aqui é que o argumento de que acordos de liberalização do comércio existem para "melhorar a economia mundial e trazer riqueza para todos os envolvidos" é uma total palhaçada e sempre se pretende enriquecer predando o mercado de alguém.
Alemanha, França, Itália (menos) e EUA podem estar em pé de semi-igualdade e podem discutir a abertura de seus mercados industriais e de serviços. Mesmo assim não será fácil compor esses setores e pior ainda o agrícola em que os EUA levam vantagem.
E nós? Nós temos de analisar o que pode ser feito para melhorar nossa situação para poder discutir em pé de igualdade, obtendo acesso a mercados, seja na região EUA-UE, seja em qualquer outra região, mas que seja vantajoso para nós e não gere a predação de nosso mercado pura e simplesmente.
Panamá pode fazer o que quiser, pois não tem indústria. Peru pode fazer o que quiser, pois não tem indústria. Chile pode fazer o que quiser pois não tem indústria. É duro ver a grande mídia enaltecer esses casos como se fossem de sucesso em relação à sua inserção na economia mundial e nesses acordos de abertura de comércio e, pior, comparando com nossa economia e nossa tipo de inserção econômica. Nós não podemos sair correndinho para participar de algo do que poderemos sair escalpelados.
O acordo EUA-UE não é tudo, pois há 2/3 de comércio mundial fora dele. E mais, o acordo em questão não é realidade e nem é fácil de ser acordado. Além disso os emergentes juntos devem ser 50% do PIB mundial em 2050. Fiquemos atentos aos movimentos em torno do Acordo EUA-UE, mas não deixemos de ver os interesses brasileiros, do Mercosul, os riscos de acordos mal feitos, a proteção de nosso mercado, com foco na realização de acordos vantajosos para o País e as pessoas e não somente para um punhado de empresas brasileiras que ganharão muito dinheiro com a realização de acordo que não contemple acesso real brasileiro a uma multiplicidade de setores na EUA e UE.
E claro, não vamos dizer que esses acordos têm o interesse benigno de concretizar a liberalização da economia mundial e que isso será tranquila e indiscutivelmente bom para todos os envolvidos... por favor.
O senso de urgência que a grande mídia imprime no sentido de dever o Brasil fazer algo para participar dessa "onda benfazeja de oportunidades e negócios fantásticos trazidos pelo início da discussão do acordo EUA-UE" simplesmente não existe. Não é um trenzinho que temos de entrar para não perder. Essa abordagem dessa forma é desinformativa e sensacionalista em prejuízo ao interesse verdadeiramente nacional.
P.s. de 06/03/2013 - texto revisto e ampliado.
Outra coisa, o acordo EUA-UE ainda não é realidade. Será interessante ver como eles vão admitir a concorrência franca entre seus produtos agrícolas super-subsidiados e ainda entre suas produções manufaturadas. Não será fácil esse acordo. Será interessante ver as soluções adotadas. Mas a mídia está trantando como fato consumado. Não é bem assim.
Veja, a construção da União Européia vige sob o pressuposto de que a indústria alemã, um pouco menos a francesa e um pouco menos a italiana vendam seus manufaturados para os outros 27 países que não têm tais indústrias e capacidade de produção. Os EUA, que faz o mesmo com o Nafta, portanto, em um acordo de livre comércio, entraria em conflito comercial aberto com a indústria alemã, francesa e italiana e com concorrência também na área de serviços... como seria resolvido? Ninguém quer perder mercado. Todos querem ganhar mercado. Não é nada de livre comércio.. quem repete isso é no mínimo ingênuo ou é mal intencionado.
É importante deixar claro aqui que o argumento de defesa de livre comércio só tem sentido em três grandes e principais momentos: (1) com o nascimento do liberalismo de Locke e depois Adam Smith, ao lutarem contra a intromissão do Estado na atuação das empresas que prejudicava mesmo as empresas e a sociedade (esse período se estende até 1858, quando nasce o marxismo e a idéia de socialismo); (2) já após a segunda guerra como uma forma característica menor da defesa do capitalismo para não ser suplantado pelo comunismo/socialismo como filosofia político-sócio-econômica na Europa e na Ásia (Rússia, Japão e China e respectivas áreas de influência) e por fim (3) fortemente nos anos 90 (neoliberalismo) como receita propagandeada de sucesso capitalista do eixo trilateral como argumento real de impor filosofia político-sócio-econômica aos países periféricos (Ásia, África, Leste Europeu e Américas Latina e Central) do capitalismo de maneira a dominar seus mercados internos.
Por isso, estou interessado em como o acordo vai se dar. Ele não me parece ser simples, a não ser que a ruína geral que ocorreu com a crise financeira de 2008/2010 que se estende até agora, tenha gerado investimentos, compras mútuas de participações entre tais economias ao ponto de descaracterizar a nacionalidade de empresas e mercados, o que posso dizer que não chegou a ser o caso com certeza.
Nós no Mercosul, para compensarmos a falta de indústria dos países da América do Sul, fazemos inúmeras parcerias, considerando o perfil de cada país, tentando aumentar o fluxo de comércio mútuo com cada um para que o crescimento seja mais equânime entre nós. Por exemplo: exportamos peças de automóveis para a Argentina e compramos deles o carro pronto. Em relação aos quatro países, cada um tinha um perfil econômico e a complementariedade de nossas economias já era histórica e o acordo somente acentuou a facilidade de comércio e plantou uma semente de aproximação institucional além do comércio.
Nós incentivamos a complementariedade, inclusive com políticas públicas. Não é como EUA e México em que empresas americanas usam o México de plataforma de produção explorando os mexicanos e o Nafta vem a ajudar esse movimento trazendo aumento estatístico econômico. No Nafta mexicanos não são tratados em relação aos americanos como chilenos e argentinos e paraguaios o são em relação ao Brasil. O Nafta institucionaliza uma predação americana de mercado privado mexicano.
Mas o que temos a dizer aqui é que o argumento de que acordos de liberalização do comércio existem para "melhorar a economia mundial e trazer riqueza para todos os envolvidos" é uma total palhaçada e sempre se pretende enriquecer predando o mercado de alguém.
Alemanha, França, Itália (menos) e EUA podem estar em pé de semi-igualdade e podem discutir a abertura de seus mercados industriais e de serviços. Mesmo assim não será fácil compor esses setores e pior ainda o agrícola em que os EUA levam vantagem.
E nós? Nós temos de analisar o que pode ser feito para melhorar nossa situação para poder discutir em pé de igualdade, obtendo acesso a mercados, seja na região EUA-UE, seja em qualquer outra região, mas que seja vantajoso para nós e não gere a predação de nosso mercado pura e simplesmente.
Panamá pode fazer o que quiser, pois não tem indústria. Peru pode fazer o que quiser, pois não tem indústria. Chile pode fazer o que quiser pois não tem indústria. É duro ver a grande mídia enaltecer esses casos como se fossem de sucesso em relação à sua inserção na economia mundial e nesses acordos de abertura de comércio e, pior, comparando com nossa economia e nossa tipo de inserção econômica. Nós não podemos sair correndinho para participar de algo do que poderemos sair escalpelados.
O acordo EUA-UE não é tudo, pois há 2/3 de comércio mundial fora dele. E mais, o acordo em questão não é realidade e nem é fácil de ser acordado. Além disso os emergentes juntos devem ser 50% do PIB mundial em 2050. Fiquemos atentos aos movimentos em torno do Acordo EUA-UE, mas não deixemos de ver os interesses brasileiros, do Mercosul, os riscos de acordos mal feitos, a proteção de nosso mercado, com foco na realização de acordos vantajosos para o País e as pessoas e não somente para um punhado de empresas brasileiras que ganharão muito dinheiro com a realização de acordo que não contemple acesso real brasileiro a uma multiplicidade de setores na EUA e UE.
E claro, não vamos dizer que esses acordos têm o interesse benigno de concretizar a liberalização da economia mundial e que isso será tranquila e indiscutivelmente bom para todos os envolvidos... por favor.
O senso de urgência que a grande mídia imprime no sentido de dever o Brasil fazer algo para participar dessa "onda benfazeja de oportunidades e negócios fantásticos trazidos pelo início da discussão do acordo EUA-UE" simplesmente não existe. Não é um trenzinho que temos de entrar para não perder. Essa abordagem dessa forma é desinformativa e sensacionalista em prejuízo ao interesse verdadeiramente nacional.
P.s. de 06/03/2013 - texto revisto e ampliado.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Yoani, Ditadura Política, Escravidão e Embargo Econômico - por Fábio Parada, seguido de comentário do Blog
Pessoal, o caso Yoani Sanchez está em voga e alguns leitores e seguidores do Blog perguntaram a principio a opinião do BLOG no caso.
Abro com o email de Fábio Parada, para em seguida tecer curtas linhas sobre o caso, sob a ótica do Blog Perspectiva Crítica.
Dito isto opinamos.
Senhores, o Blog tem mais interesse em política e economia sob o prisma de o que pode ser feito para aumentar o percentual de participação do cidadão no PIB brasileiro e do Brasil no mercado internacional (atingir crescimento econômico maior do que o dos outros países). O objetivo maior do Blog é aumentar a qualidade de vida do cidadão brasileiro. Aumentar a renda, aumentar o patrimônio das famílias brasileiras.
Assim, o tema Yoani está um pouco menos direto em relação à principal preocupação do Blog, mas como o tema está muito em voga, com repercussão, ao meu ver grande em demasia, e amigos e leitores estão interessados, teço as seguintes considerações.
As perguntas feitas à Yoani pelo site (?) "Pragmatismo Político" são interessantes. Mas quem também está por trás do Pragmatismo Político. Ninguém está certo ou errado no caso. Ou talvez todos estejam.
Alguém financia a Yoani. Nisso eu acredito. Mas se forem os EUA? Não seria natural? Ora, se ela fala mal de Cuba, parece natural. Interessante, claro, seria que a nós fosse dito tudo para não sermos manipulados em relação ao que a senhora Yoani pretende ao dizer suas opiniões sobre seu país natal e sobre o comunismo.
Mas mais importante é que ela fale livremente aqui e lá. Jovens partidários de esquerda impedirem-na de falar aqui é um absurdo semelhante ao de ela não poder falar de Cuba! Ela pode ser um instrumento de propaganda contra o sistema comunista cubano? Sim. E daí?
O comunismo é uma idéia fantástica, mas infelizmente não há um exemplo bem sucedido, no sentido de garantir serviços públicos básicos e conforto obtidos em países capitalistas... infelizmente. Talvez por atuação dos capitalistas boicotando os sistemas comunistas? Pelo que já vi e li, não é só isso. Infelizmente o sistema de consumo de massa e o interesse individual em diferenciar-se do outro é algo arraigado na sociedade e desde sempre. O capitalismo só exacerba, mas ele não violenta esse ímpeto humano básico e não honrado, não admirável de nós seres humanos.
Ao nosso ver, o que se pode fazer é trazer o capitalismo, que é mais eficiente em produzir bens que servirão aos humanos, para uma seara mais humana como as sociedades sociais-democratas da Europa e, melhor ainda, as nórdicas.
Então, achei ótimo que Yoani tenha conseguido sair de Cuba sem maiores problemas. Isso indica uma aparente melhora na abertura do regime comunista cubano. Entendo que Cuba não estaria nessa miséria de hoje se não fosse o embargo econômico norte-americano, e talvez tivéssemos um exemplo de comunismo bem desenvolvido e com mais acesso à qualidade de vida material que vemos nos países capitalistas. O Brasil sempre defendeu a suspensão do embargo econômico.
Acho que países financiarem cidadão e Ongs, como ocorre, não deve ser proibido, mas deve ser noticiado, pois evidentemente faz o que se pensar sobre os objetivos de quem está sendo financiado. Isenções políticas, nestes casos são menores. Mas uma blogueira receber divisas para continuar fazendo o que acha correto não é problema algum.
Não sei se o caso de Yoani é de exercício de uma vocação pessoal, em prol da melhoria de seu País ou se ela foi criada e financiada pela CIA, mas aparentemente isso não altera de imediato a vida do cidadão brasileiro, e é de maior interesse do cidadão cubano.
É interessante que Madre Teresa de Calcutá não teve apoio financeiro do governo americano, que eu saiba. E Ongs que cuidam de aids na África também não (inclusive os EUA foram o único país a ficar contra a possibilidade de quebra de patente ou fornecimento gratuito de medicamentos para cuidar de Aids na África - Brasil, França e Alemanha toparam mas EUA não). Se tiveram não ficamos sabendo. Seria interessante que governos apoiassem movimentos positivos em torno do globo.
O fato é que não se pode provar se Yoani é sincera ou não, mas há muitos indícios de que a vida material em Cuba é de penúria. Tive pessoas próximas que foram lá e disseram que todos têm sorrisos lindos e parecem saudáveis, mas que é evidente que são pobres em sua absoluta maioria. Ficaram penalisados.
Então o que Yoani fala não é novidade e não precisaria que os EUA pagasse. Sua notoriedade foi rápida, mas esses booms de internet também são. Pode ter ocorrido um apoio político e institucional de quem não gosta do governo de Cuba? Acredito. Mas e daí?
Deixem-na falar. Contrastem-na. Que os jornais façam debates entre ela e outros que apóiam o governo cubano. Liberdade de imprensa e liberdade de opinião é o que interessam nesse tema.
É claro que me ressinto de não haver quem banque blogueiro norteamericano pobre que fale mal do sistema norteamericano... que mostre fotos de mendigos abandonados pelas ruas de Nova Iorque como eu vi, ou que discuta as causas de meninos americanos regularmente executarem amiguinhos.. mas a mídia não apoiaria, e não daria essa dimensão... é claro que há interesse em volta, mas deixem a moça falar.
Essa é a posição do Blog: parabenizamos o governo cubano por deixá-la sair. Achamos que o escândalo esquerdista no Brasil está exagerado e até anti-democrático um pouco. E somos a favor da liberdade de opinião e de imprensa.
p.s. de 26/02/2013 - texto revisto e ampliado.
Abro com o email de Fábio Parada, para em seguida tecer curtas linhas sobre o caso, sob a ótica do Blog Perspectiva Crítica.
"Ditadura política, Escravidão e embargo economômico.Primeiramente, vale a pena acessar o endereço eletrônico do pragmatismo político, no item 1 indicado pelo Fábio, para que você tenha a noção de contraponto sobre a Yoani.
Inspirado no seu POST os Donos do Brasil.
Com a vinda de Yoani Sánchez a mídia impinge um sentimento de pejoração à resistência cubana após a Guerra Fria entre os dois grandes mundos como se ainda houvesse divisão. É evidente que governos perpétuos ferem o paradigma na acreditação da democracia, porém, depois de ler um POST de um amigo no Facebook me fez lembrar de um documentário canadense de 2003, baseado no livro de Joel Bakan intitulado "The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power" em português apenas "A Corporação" e subtítulo "A busca patológica por lucro e poder" que faz uma análise não somente político economica mas psicológica.
Achei pertinente, pois vejo a mídia assim como os "hackers" que realizam seus ataques ativando milhares de "zumbis" na grande rede. Basta em uma semana a mídia massificar uma idéia com apenas um lado, com resenhas e editoriais apoiando a visitante e, também, milhares de "zumbis" repetem como foram alimentados com a programação.
Prefiro não discutir as políticas do Fidel, pois não concordo com todas elas, mas Cuba não é Alcatraz, e, certamente a maioria ainda deve acreditar em Cuba (prefiro falar no país).
Contudo, Mário taí uma boa reflexão de um contexto sobre Ditaduras tanto capitalistas como socialistas, sobre a semi-escravidão socialista e da escravidão econômica capitalista e os embragos economicos que são claros e os que são obscuros:
1 - As 40 perguntas que Yoani Sancez não irá responder:
http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/02/as-40-perguntas-que-yoani-sanchez-nao-ira-responder.html
e em segunda análise a política macropsico-econômica do neoliberal:
2- "A CORPORAÇÃO". São 2:24:04 Hs (reserve seu tempinho):
http://www.youtube.com/watch?v=H8wwyIpvOtM
[]s,
Fábio F. Parada"
Dito isto opinamos.
Senhores, o Blog tem mais interesse em política e economia sob o prisma de o que pode ser feito para aumentar o percentual de participação do cidadão no PIB brasileiro e do Brasil no mercado internacional (atingir crescimento econômico maior do que o dos outros países). O objetivo maior do Blog é aumentar a qualidade de vida do cidadão brasileiro. Aumentar a renda, aumentar o patrimônio das famílias brasileiras.
Assim, o tema Yoani está um pouco menos direto em relação à principal preocupação do Blog, mas como o tema está muito em voga, com repercussão, ao meu ver grande em demasia, e amigos e leitores estão interessados, teço as seguintes considerações.
As perguntas feitas à Yoani pelo site (?) "Pragmatismo Político" são interessantes. Mas quem também está por trás do Pragmatismo Político. Ninguém está certo ou errado no caso. Ou talvez todos estejam.
Alguém financia a Yoani. Nisso eu acredito. Mas se forem os EUA? Não seria natural? Ora, se ela fala mal de Cuba, parece natural. Interessante, claro, seria que a nós fosse dito tudo para não sermos manipulados em relação ao que a senhora Yoani pretende ao dizer suas opiniões sobre seu país natal e sobre o comunismo.
Mas mais importante é que ela fale livremente aqui e lá. Jovens partidários de esquerda impedirem-na de falar aqui é um absurdo semelhante ao de ela não poder falar de Cuba! Ela pode ser um instrumento de propaganda contra o sistema comunista cubano? Sim. E daí?
O comunismo é uma idéia fantástica, mas infelizmente não há um exemplo bem sucedido, no sentido de garantir serviços públicos básicos e conforto obtidos em países capitalistas... infelizmente. Talvez por atuação dos capitalistas boicotando os sistemas comunistas? Pelo que já vi e li, não é só isso. Infelizmente o sistema de consumo de massa e o interesse individual em diferenciar-se do outro é algo arraigado na sociedade e desde sempre. O capitalismo só exacerba, mas ele não violenta esse ímpeto humano básico e não honrado, não admirável de nós seres humanos.
Ao nosso ver, o que se pode fazer é trazer o capitalismo, que é mais eficiente em produzir bens que servirão aos humanos, para uma seara mais humana como as sociedades sociais-democratas da Europa e, melhor ainda, as nórdicas.
Então, achei ótimo que Yoani tenha conseguido sair de Cuba sem maiores problemas. Isso indica uma aparente melhora na abertura do regime comunista cubano. Entendo que Cuba não estaria nessa miséria de hoje se não fosse o embargo econômico norte-americano, e talvez tivéssemos um exemplo de comunismo bem desenvolvido e com mais acesso à qualidade de vida material que vemos nos países capitalistas. O Brasil sempre defendeu a suspensão do embargo econômico.
Acho que países financiarem cidadão e Ongs, como ocorre, não deve ser proibido, mas deve ser noticiado, pois evidentemente faz o que se pensar sobre os objetivos de quem está sendo financiado. Isenções políticas, nestes casos são menores. Mas uma blogueira receber divisas para continuar fazendo o que acha correto não é problema algum.
Não sei se o caso de Yoani é de exercício de uma vocação pessoal, em prol da melhoria de seu País ou se ela foi criada e financiada pela CIA, mas aparentemente isso não altera de imediato a vida do cidadão brasileiro, e é de maior interesse do cidadão cubano.
É interessante que Madre Teresa de Calcutá não teve apoio financeiro do governo americano, que eu saiba. E Ongs que cuidam de aids na África também não (inclusive os EUA foram o único país a ficar contra a possibilidade de quebra de patente ou fornecimento gratuito de medicamentos para cuidar de Aids na África - Brasil, França e Alemanha toparam mas EUA não). Se tiveram não ficamos sabendo. Seria interessante que governos apoiassem movimentos positivos em torno do globo.
O fato é que não se pode provar se Yoani é sincera ou não, mas há muitos indícios de que a vida material em Cuba é de penúria. Tive pessoas próximas que foram lá e disseram que todos têm sorrisos lindos e parecem saudáveis, mas que é evidente que são pobres em sua absoluta maioria. Ficaram penalisados.
Então o que Yoani fala não é novidade e não precisaria que os EUA pagasse. Sua notoriedade foi rápida, mas esses booms de internet também são. Pode ter ocorrido um apoio político e institucional de quem não gosta do governo de Cuba? Acredito. Mas e daí?
Deixem-na falar. Contrastem-na. Que os jornais façam debates entre ela e outros que apóiam o governo cubano. Liberdade de imprensa e liberdade de opinião é o que interessam nesse tema.
É claro que me ressinto de não haver quem banque blogueiro norteamericano pobre que fale mal do sistema norteamericano... que mostre fotos de mendigos abandonados pelas ruas de Nova Iorque como eu vi, ou que discuta as causas de meninos americanos regularmente executarem amiguinhos.. mas a mídia não apoiaria, e não daria essa dimensão... é claro que há interesse em volta, mas deixem a moça falar.
Essa é a posição do Blog: parabenizamos o governo cubano por deixá-la sair. Achamos que o escândalo esquerdista no Brasil está exagerado e até anti-democrático um pouco. E somos a favor da liberdade de opinião e de imprensa.
p.s. de 26/02/2013 - texto revisto e ampliado.
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
Brasil e o Acordo de Livre Comércio EUA-União Européia
Interessante o programa da Miriam Leitão hoje de manhã, na GloboNews. Não tinha ninguém do Itamaraty para explicar a política de alianças comerciais brasileiras, mas mesmo os representantes da área privada presentes, ávidos de que o Brasil participasse de alguma forma do Acordo EUA-União Européia admitiram algumas coisas interessantes: (a) acordos com a Europa não saem também por intransigência deles em não abrir mercados principlamente de agrícolas e commodities para o Brasil, no que somos fortes; (b) um grande problema de competitividade do Brasil para aproveitar eventual acordo com EUA e Europa para venda de manufaturados só seria possível com mais ferrovias, portos, aeroportos e reforma tributária, para dar mais competitividade a nossos produtos; (c) o Brasil se acostumou a vender para o mercado interno, e o País cria barreiras para uma abertura incentivando isso ao mesmo passo em que as indústrias nacionais não investem em inovação, perdendo competitividade frente a semi-faturados e manufaturados europeus e americanos; (d) o pacto do Nafta admite que os países façam acordos bilaterias independentemente e o do Mercosul não; e (e) estamos vendo "o barco passar", perdendo mercado para a China na Argentina, em risco de vender agrícolas para Europa caso o acordo EUA-Europa saia e nós não participemos de alguma forma e que o Itamaraty não está dando atenção urgente e "afobada" ao caso como deveria ser.
Senhores, o caso é importante, mas primeiro eu diria que a atuação do Itamaraty nos últimos dez anos, fazendo acordos Sul-Sul, mantendo o Mercosul, estreitando laços com o Oriente, China, Índia e Rússia, duplicou ou mais do que isso o nosso comérico, desde a época de FHC. A meta de FHC era chegar a R$100 bilhões de dólares de transações em seus oito anos o que foi alcançado, fechando 2002 em 107 bilhões de dólares nosso intercâmbio (exportações mais importações - veja http://www.brasilglobalnet.gov.br/ARQUIVOS/IndicadoresEconomicos/ComExtBrasileiroABR2012.pdf), mas hoje nosso volume no ano de 2011 já estava em 422 bilhões de dólares. Houve crescimento em participação no mercado mundial e houve crescimento mesmo nos anos de crise internacional. Portanto, primeiro acho que se deveria respeitar o trabalho do Itamaraty.
Isto posto, devo mencionar que a preocupação em nos posicionarmos em relação a este acordo EUA-UE é importante, mas não adianta querermos simplesmente participar de acordo comercial entre EUA-UE, porque é um acordo entre eles e não nós. Não adianta querer entrar na conversa do vizinho. E não adianta ficar triste porque não te chamaram.
EUA, Europa e Japão desde o fim da segunda guerra constituem a institucionalizada Trilateral. Têm interesses em comum, têm interesse em se aproximarem, têm interesse em aprofundarem laços comerciais, políticos e econômicos e a OTAN é o mais visível exemplo disso, além de triolhões de dólares de suas economias que circulam exclusivamente neste cinturão de riqueza!!
É patético observar a mídia apoiando que o Brasil "entre" ou "se mexa" por conta do fato de que União Européia e EUA estejam querendo fazer acordo. Ridículo porque não considera que que o que eles têm entre si não é comparável em relação ao que temos com eles. A mídia também diz que Chile e Peru estão entrando neste acordo, mas esses países não têm as indústrias que temos e nem os serviços bancários e de toda natureza que temos. É fácil para eles admitirem por exemplo abrir completamente serviços bancários, participação em licitações públicas e em tudo o mais, porque não há essa indústria que proveja esses serviços a contento e em quantidade no Peru e Chile. No Brasil isso é diferente.
Nós temos muito a perder abrindo nossa economia, ainda mais sem que eles abram a deles em troca do que abriremos a eles. Eles não abrem o setor agrícola americano e europeu ao Brasil porque senão nós invadiremos e ganharemos o mercado lá, pois somos mais competitivos do que eles nesse setor. Neste e de minério de ferro e outras commodities. Mas eles querem que abramos os setores de manufaturados, licitações públicas de obras e serviços, e semi-manufaturados e de serviços financeiros dentre outros, ou seja, naquilo em que eles são mais fortes do que nós e em que ganharão mercado aqui, falindo empresas brasileiras que dão empregos a brasileiros, arrecadação no Brasil.. é justo? É interessante?
Os debatedores informaram que não somos muito competitivos em amplos setores da área privada, exceto commodities e agrícolas, e que essa competitividade depende de mais ferrovias, portos, rodovias, hidrovias e reforma tributária... pergunto, se não temos nada disso e se isso vai demorar para termos, çquanbdo só então seremos competitivos, para quê abrir mercado brasileiro em setores que não poderão competir com os estrangeiros e quebrarão se nem ao menos teremos a contrapartida de fazer o mesmo com eles nas áreas em que somos fortes e eles fracos? Não vejo sentido nessa urgência em participar de algo a que não nos chamam e do que só podemos participar se aceitarmos entrar em condições desvantajosas.
Vejo que a resposta do Brasil deve ser melhorar o Mercosul, não sei se dando a liberdade de negociação de acordo bilateral (o que me parece que ruiria com um importante interesse da constituição do próprio bloco), e realizar mais acordos Sul-Sul, eis que projeções econômicas indicam que em 2050 os emergentes podem ter metade do PIB mundial!! Ou seja, realizando acordos com estes países, em condições mais igualitárias, estaremos nos posicionando previamente em relação a um grande percentual do PIB mundial e mais concentrado do que existe hoje no Eixo trilateral EUA-EUROPA-JAPÃO.
Depois, ou quando estivermos fortes, com ferrovias, hodrovias, reforma tributária (não feita por FHC também), e formos competitivos nos setores que EUA e Europa querem que abramos, aí sim poderemos abri-los à competição, pois somnete aí haverá competição. Antes disso, abrir mercados a estrangeiros para participar de grupinhos não me parece vantajoso, mas me parece um risco ao emprego e à arrecadação braileiros.
Para quem é a favor de mero e puro livre mercado eu entendo... mas se EUA e Europa são realmente a favor de livre mercado, por que não abrem os deles a nossos produtos agrícolas e nossas commodities?
Senhores, o caso é importante, mas primeiro eu diria que a atuação do Itamaraty nos últimos dez anos, fazendo acordos Sul-Sul, mantendo o Mercosul, estreitando laços com o Oriente, China, Índia e Rússia, duplicou ou mais do que isso o nosso comérico, desde a época de FHC. A meta de FHC era chegar a R$100 bilhões de dólares de transações em seus oito anos o que foi alcançado, fechando 2002 em 107 bilhões de dólares nosso intercâmbio (exportações mais importações - veja http://www.brasilglobalnet.gov.br/ARQUIVOS/IndicadoresEconomicos/ComExtBrasileiroABR2012.pdf), mas hoje nosso volume no ano de 2011 já estava em 422 bilhões de dólares. Houve crescimento em participação no mercado mundial e houve crescimento mesmo nos anos de crise internacional. Portanto, primeiro acho que se deveria respeitar o trabalho do Itamaraty.
Isto posto, devo mencionar que a preocupação em nos posicionarmos em relação a este acordo EUA-UE é importante, mas não adianta querermos simplesmente participar de acordo comercial entre EUA-UE, porque é um acordo entre eles e não nós. Não adianta querer entrar na conversa do vizinho. E não adianta ficar triste porque não te chamaram.
EUA, Europa e Japão desde o fim da segunda guerra constituem a institucionalizada Trilateral. Têm interesses em comum, têm interesse em se aproximarem, têm interesse em aprofundarem laços comerciais, políticos e econômicos e a OTAN é o mais visível exemplo disso, além de triolhões de dólares de suas economias que circulam exclusivamente neste cinturão de riqueza!!
É patético observar a mídia apoiando que o Brasil "entre" ou "se mexa" por conta do fato de que União Européia e EUA estejam querendo fazer acordo. Ridículo porque não considera que que o que eles têm entre si não é comparável em relação ao que temos com eles. A mídia também diz que Chile e Peru estão entrando neste acordo, mas esses países não têm as indústrias que temos e nem os serviços bancários e de toda natureza que temos. É fácil para eles admitirem por exemplo abrir completamente serviços bancários, participação em licitações públicas e em tudo o mais, porque não há essa indústria que proveja esses serviços a contento e em quantidade no Peru e Chile. No Brasil isso é diferente.
Nós temos muito a perder abrindo nossa economia, ainda mais sem que eles abram a deles em troca do que abriremos a eles. Eles não abrem o setor agrícola americano e europeu ao Brasil porque senão nós invadiremos e ganharemos o mercado lá, pois somos mais competitivos do que eles nesse setor. Neste e de minério de ferro e outras commodities. Mas eles querem que abramos os setores de manufaturados, licitações públicas de obras e serviços, e semi-manufaturados e de serviços financeiros dentre outros, ou seja, naquilo em que eles são mais fortes do que nós e em que ganharão mercado aqui, falindo empresas brasileiras que dão empregos a brasileiros, arrecadação no Brasil.. é justo? É interessante?
Os debatedores informaram que não somos muito competitivos em amplos setores da área privada, exceto commodities e agrícolas, e que essa competitividade depende de mais ferrovias, portos, rodovias, hidrovias e reforma tributária... pergunto, se não temos nada disso e se isso vai demorar para termos, çquanbdo só então seremos competitivos, para quê abrir mercado brasileiro em setores que não poderão competir com os estrangeiros e quebrarão se nem ao menos teremos a contrapartida de fazer o mesmo com eles nas áreas em que somos fortes e eles fracos? Não vejo sentido nessa urgência em participar de algo a que não nos chamam e do que só podemos participar se aceitarmos entrar em condições desvantajosas.
Vejo que a resposta do Brasil deve ser melhorar o Mercosul, não sei se dando a liberdade de negociação de acordo bilateral (o que me parece que ruiria com um importante interesse da constituição do próprio bloco), e realizar mais acordos Sul-Sul, eis que projeções econômicas indicam que em 2050 os emergentes podem ter metade do PIB mundial!! Ou seja, realizando acordos com estes países, em condições mais igualitárias, estaremos nos posicionando previamente em relação a um grande percentual do PIB mundial e mais concentrado do que existe hoje no Eixo trilateral EUA-EUROPA-JAPÃO.
Depois, ou quando estivermos fortes, com ferrovias, hodrovias, reforma tributária (não feita por FHC também), e formos competitivos nos setores que EUA e Europa querem que abramos, aí sim poderemos abri-los à competição, pois somnete aí haverá competição. Antes disso, abrir mercados a estrangeiros para participar de grupinhos não me parece vantajoso, mas me parece um risco ao emprego e à arrecadação braileiros.
Para quem é a favor de mero e puro livre mercado eu entendo... mas se EUA e Europa são realmente a favor de livre mercado, por que não abrem os deles a nossos produtos agrícolas e nossas commodities?
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
Novo caminho para os Bancos: Banco do Brasil lucra 33% mais com baixa de juros bancários
Sensacional!!
Acessem excelente matéria hoje no Globo: http://oglobo.globo.com/economia/bb-registra-lucro-recorde-de-122-bilhoes-no-ano-7635757
Este é um fantástico exemplo de que a experiência de baixa de juros bancários, que ajuda pessoas, empresas, inflação, aumenta a competitividade das empresas e ajuda o País, dá certo como política empresarial!!
O Banco do Brasil, segundo o mencionado artigo, após baixar juros bancários (fato não muito alarmado no mencionado artigo), avançou em todos os seus índices de performance de 2012 em relação a 2011, apresentando crescimento de 17,2% dos ativos totais, alcançando 1,15 trilhão de reais; carteira de crédito expandiu 24,9%; marketshare do crédito nacional avançou de 19,2% para 20,4%; lucro líquido em 2012 foi de 12,2 bilhões de reais, o maior da história do Banco e o crescimento do lucro líquido do quarto trimestre de 2012 em relação ao de 2011 cresceu 33,5% para R$3,967 bilhões.
Agora só para humilhar a área privada que fugiu da raia e deixou a sociedade a ver navios quando houve a crise internacional entre 2008 e 2010 e que somente abaixou seus juros após Banco do Brasil e CEF diminuírem os seus em 2011 e 2012, adivinhem o que ocorreu com a inadimplência do Bacno do Brasil? Encerrou dezembro de 2012 em 2,05% enquanto que a média da inadimplência bancária, em grandessíssima parte privada e que cobra juros altíssimos e extorsivos, está em 3,64%!!!
AHUAHUAHUHAUHUAHUAHUAHUHAUAHUAHUAH
O que significa isso, senhores e senhoras? Significa que baixar juros bancários cobrados dos clientes aumenta apetitie dos mesmos por mais crédito, aumenta a carteira de créditos do banco, aumenta lucros, rouba clientes da concorrência, aumenta lucro líquido e resultados do banco, e ainda diminui a inadimplência!!!!
Isto significa que baixar juros bancários foi não somente boa política para o consumidor, mas boa política corporativa alavancando resultados empresariais!!
Isto significa que baixar juros ajuda a conter a inadimplência melhor do que o cadastro positivo sobre o que os bancos não mais falam, pois já que aprovado, não pode mais ser apontada a falta dessa informação como causa de cobrança de juros altos pelos riscos de inadimplentes.
Em suma, estes resultados do Banco do Brasil, alcançados por servidores públicos (empregados públicos, na verdade), mostram que é possível cobrar menos e ganhar mais, com resultados positivos e contribuições para queda da inflação (peso das despesas financeiras para o consumidor), aumento da competitividade de nossas empresas e crescimento econômico do País.
Enquanto os bancos públicos, geridos sob presidências que seguem objetivos empresariais mas sintonizados com objetivos sociais do governo, dão crédito ao povo e às empresas brasileiras e facilitam suas vidas, com resultados corporativos históricos e positivos, a área privada, autointulada fantástica, inovadora, eficiente e que deveria "liderar o empreendedorismo, a governança corporativa e a sustentabilidade" está aí, perdendo marketshare, espoliando seus clientes com juros mais altos, impedindo acesso a crédito mais barato a cidadãos e às empresas brasileiras, não contribuindo com queda de juros para arrefecimento da inflação nem aumento de competitividade das empresas brasileiras... ou seja, explorando o mercado como pode, sem qualquer consciência social, sem qualquer comprometimento com o País, com ganância e pequenez de visão de lucros a curto prazo a serem apresentados em assembléia de acionistas no fim de cada ano e, inclusive, privandos os acionistas dos lucros maiores e diminuição de inadimpência resultantes da adoção de política de diminuição de cobrança de juros bancários... é patético, ridículo e pior.. é verdade!
Vejam bem para que serve um banco público. Vejam bem para que serve um governo comprometido com a população e empresas e não só com o "mercado" e com bancos.
Mercado, senhores, não tem comprometimento com a melhoria da qualidade de vida do cidadão e nem tem consciência social. Mercado age de acordo com a liberdade possível dentro de parâmetros legais e de forma a garntir o mairo retorno possível a si e seus investidores. Isto está correto. Mas é bom retirar a imagem de mercado lindo e maravilhosos que tudo faz pelo bem da humanidade.
O mercado bancário no País poderia já estar muito mais eficiente, aumentando lucros e diminuindo inadimplência, enquanto ajudaria cidadãos e empresas a tocarem suas vidas e o País a crescer, se tivessem adotado a mesma política de baixa de juros como o Banco do Brasil fez. Mas não foi o que fizeram. Quem fez foi o Banco do Brasil.
E felizmente por causa dessa ousadia do governo e do Banco do Brasil, que foi combatida no início pela mídia de mercado mancomunada com as elites financeiras, agora o Banco do Brasil colhe frutos, mostra resultado e apresenta uma vereda para as instituições financeiras que até então não podiam adotar porque em tese poderia não dar ressultados. Agora sabe-se que dá! E muito! E históricos!
Obrigado e Parabéns ao Banco do Brasil! Obrigado por não faltar com seu apoio aos brasileiros nos momnetos em que o País, seus cidadãos e suas empresas mais precisam. E parabéns por, através de seus empregados públicos, ter feito isso com competência e eficiência, gerando os melhores resultados do mercado, mesmo em competição com a imensa maioria dos "fantásticos, inteligentes e inovadores" bancos e homens e "líderes" da área privada!! Só rindo!! E estou rindo bastante!! AHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAU
Acessem excelente matéria hoje no Globo: http://oglobo.globo.com/economia/bb-registra-lucro-recorde-de-122-bilhoes-no-ano-7635757
Este é um fantástico exemplo de que a experiência de baixa de juros bancários, que ajuda pessoas, empresas, inflação, aumenta a competitividade das empresas e ajuda o País, dá certo como política empresarial!!
O Banco do Brasil, segundo o mencionado artigo, após baixar juros bancários (fato não muito alarmado no mencionado artigo), avançou em todos os seus índices de performance de 2012 em relação a 2011, apresentando crescimento de 17,2% dos ativos totais, alcançando 1,15 trilhão de reais; carteira de crédito expandiu 24,9%; marketshare do crédito nacional avançou de 19,2% para 20,4%; lucro líquido em 2012 foi de 12,2 bilhões de reais, o maior da história do Banco e o crescimento do lucro líquido do quarto trimestre de 2012 em relação ao de 2011 cresceu 33,5% para R$3,967 bilhões.
Agora só para humilhar a área privada que fugiu da raia e deixou a sociedade a ver navios quando houve a crise internacional entre 2008 e 2010 e que somente abaixou seus juros após Banco do Brasil e CEF diminuírem os seus em 2011 e 2012, adivinhem o que ocorreu com a inadimplência do Bacno do Brasil? Encerrou dezembro de 2012 em 2,05% enquanto que a média da inadimplência bancária, em grandessíssima parte privada e que cobra juros altíssimos e extorsivos, está em 3,64%!!!
AHUAHUAHUHAUHUAHUAHUAHUHAUAHUAHUAH
O que significa isso, senhores e senhoras? Significa que baixar juros bancários cobrados dos clientes aumenta apetitie dos mesmos por mais crédito, aumenta a carteira de créditos do banco, aumenta lucros, rouba clientes da concorrência, aumenta lucro líquido e resultados do banco, e ainda diminui a inadimplência!!!!
Isto significa que baixar juros bancários foi não somente boa política para o consumidor, mas boa política corporativa alavancando resultados empresariais!!
Isto significa que baixar juros ajuda a conter a inadimplência melhor do que o cadastro positivo sobre o que os bancos não mais falam, pois já que aprovado, não pode mais ser apontada a falta dessa informação como causa de cobrança de juros altos pelos riscos de inadimplentes.
Em suma, estes resultados do Banco do Brasil, alcançados por servidores públicos (empregados públicos, na verdade), mostram que é possível cobrar menos e ganhar mais, com resultados positivos e contribuições para queda da inflação (peso das despesas financeiras para o consumidor), aumento da competitividade de nossas empresas e crescimento econômico do País.
Enquanto os bancos públicos, geridos sob presidências que seguem objetivos empresariais mas sintonizados com objetivos sociais do governo, dão crédito ao povo e às empresas brasileiras e facilitam suas vidas, com resultados corporativos históricos e positivos, a área privada, autointulada fantástica, inovadora, eficiente e que deveria "liderar o empreendedorismo, a governança corporativa e a sustentabilidade" está aí, perdendo marketshare, espoliando seus clientes com juros mais altos, impedindo acesso a crédito mais barato a cidadãos e às empresas brasileiras, não contribuindo com queda de juros para arrefecimento da inflação nem aumento de competitividade das empresas brasileiras... ou seja, explorando o mercado como pode, sem qualquer consciência social, sem qualquer comprometimento com o País, com ganância e pequenez de visão de lucros a curto prazo a serem apresentados em assembléia de acionistas no fim de cada ano e, inclusive, privandos os acionistas dos lucros maiores e diminuição de inadimpência resultantes da adoção de política de diminuição de cobrança de juros bancários... é patético, ridículo e pior.. é verdade!
Vejam bem para que serve um banco público. Vejam bem para que serve um governo comprometido com a população e empresas e não só com o "mercado" e com bancos.
Mercado, senhores, não tem comprometimento com a melhoria da qualidade de vida do cidadão e nem tem consciência social. Mercado age de acordo com a liberdade possível dentro de parâmetros legais e de forma a garntir o mairo retorno possível a si e seus investidores. Isto está correto. Mas é bom retirar a imagem de mercado lindo e maravilhosos que tudo faz pelo bem da humanidade.
O mercado bancário no País poderia já estar muito mais eficiente, aumentando lucros e diminuindo inadimplência, enquanto ajudaria cidadãos e empresas a tocarem suas vidas e o País a crescer, se tivessem adotado a mesma política de baixa de juros como o Banco do Brasil fez. Mas não foi o que fizeram. Quem fez foi o Banco do Brasil.
E felizmente por causa dessa ousadia do governo e do Banco do Brasil, que foi combatida no início pela mídia de mercado mancomunada com as elites financeiras, agora o Banco do Brasil colhe frutos, mostra resultado e apresenta uma vereda para as instituições financeiras que até então não podiam adotar porque em tese poderia não dar ressultados. Agora sabe-se que dá! E muito! E históricos!
Obrigado e Parabéns ao Banco do Brasil! Obrigado por não faltar com seu apoio aos brasileiros nos momnetos em que o País, seus cidadãos e suas empresas mais precisam. E parabéns por, através de seus empregados públicos, ter feito isso com competência e eficiência, gerando os melhores resultados do mercado, mesmo em competição com a imensa maioria dos "fantásticos, inteligentes e inovadores" bancos e homens e "líderes" da área privada!! Só rindo!! E estou rindo bastante!! AHUAHAUHAUHAUHAUHAUHAU
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Portos, manutenção de juros selic, dólar em baixa, juros futuros em baixa, Marina e a Rede Susutentabilidade... boas notícias
Não adiantou o mercado soluçar tentando pressionar o governo e o Banco Central a aumentar juros selic, sob o argumento de que Mantega indicou que a inflação seria combatida com juros Selic..
Hoje o Jornal do Commercio apresentou um dia de boas notícias.
Antônio Machado informou, como defendemos, que não há no horizonte grandes razões para subir selic, não sendo desprezível a hipótese de cessão do índice inflacionário, como já se viu no caso do IGP e agora está se vendo no caso do IPCA que apresentou a primeira quadrissemana de fevereiro em 0,88% e na segunda marcou 0,58% e cairá ainda mais podendo fechar fevereiro em 0,45%.
Ele também apontou que 0,45% ao mês dá 5,53% ao ano, detrno da meta e que 0,37% ao mês gera 4,5% ao ano, dando-nos parâmetros para podermos ver por nós mesmos quando a inflação mensal está ruim ou não. à muuito tempo mencionamos sobre o número mágico de inflação em 0,45% ao mês para garantirmos o controle de inflação. Nós do Blog entendemos que o centro da meta não precisa ocorrer pois é importante incentivbar o crescimento econômico mais robusto para diminuir nosso atraso econômico em relação aos mais ricos.
Ele mencionou que a inflação de fim de 2012 e do início de janeiro de 2013 foi muito afetada por alimentos, como dissemos. E mencionou, como acreditamos, que a inflação dos últimos 12 meses passar de 6% e cehgar ao teto de 6,5% até junho é um mero "evento estatístico". Nós acreditamos que esse evento estatístico, como chamado por Antonio, não deve ser confundido com descontrole inflacionário e nem deve enevoar a visão de médio prazo de desinflação que se apresenta em geral, devido à boa safra de alimentos, queda grande de taxa de energia elétrica, queda em índices importantes (vestuário etc..) e ainda alto endividamento das famílias brasileiras que diminui pressão de demanda.
Com tudo isso Antonio entende que nem governo nem mercado devem se precipitar e que mexer no juros nesse momento seria indicar não ter certeza do que se faz, gerando, aí sim, desconfiança no mercado e desestimulando projetos de investimentos que estão saindo do papel por conta do evidente baixo retorno financeiro dos tíutulos de dívida brasileiros atualmente com o juros em 7,25%.
Excelente. Tudo de acordo com o que acreditamos.
A notícia de licitação de portos e em breve rodovias é ótimo, pois gera pressão positiva de aumento de investimentos, o que precisamos no momento.O Investimento Estrangeiro Direto (IED) está muito bom (3º maior no mundo, atrás somente de China e EUA), mas temos de abrir frentes de investimentos e concessões de rodovias, portos e aeroportos me parece excelente meio de melhorar a infra-estrutura e conseguir alavancar a taxa de investimento. Licitações de poços de petróleo também seriam muito benvindas!!
A queda do dólar no patamar atual de R$1,95 não prejudica a indústria brasileira e pressiona a inflação para baixo. Ótimo de novo.
E na política, Marina está viabilizando o novo partido Rede Sustentabilidade, criando opção democrática e honesta de termos uma cepa de novos e antigos bons políticos reunidos em uma legenda que junto de PSOL e PPS apresentam-se como quase exclusivos baluartes da moralidade pública.
Esse foi um bom dia de notícias para o País. Dá para ficarmos satisfeitos com o andamento econômico e político...mais com o econômico do que o político, claro... pois Renan para presidência do Senado é mal presságio para projetos de interesse popular e de realce da ética e moralidade públicas.
Hoje o Jornal do Commercio apresentou um dia de boas notícias.
Antônio Machado informou, como defendemos, que não há no horizonte grandes razões para subir selic, não sendo desprezível a hipótese de cessão do índice inflacionário, como já se viu no caso do IGP e agora está se vendo no caso do IPCA que apresentou a primeira quadrissemana de fevereiro em 0,88% e na segunda marcou 0,58% e cairá ainda mais podendo fechar fevereiro em 0,45%.
Ele também apontou que 0,45% ao mês dá 5,53% ao ano, detrno da meta e que 0,37% ao mês gera 4,5% ao ano, dando-nos parâmetros para podermos ver por nós mesmos quando a inflação mensal está ruim ou não. à muuito tempo mencionamos sobre o número mágico de inflação em 0,45% ao mês para garantirmos o controle de inflação. Nós do Blog entendemos que o centro da meta não precisa ocorrer pois é importante incentivbar o crescimento econômico mais robusto para diminuir nosso atraso econômico em relação aos mais ricos.
Ele mencionou que a inflação de fim de 2012 e do início de janeiro de 2013 foi muito afetada por alimentos, como dissemos. E mencionou, como acreditamos, que a inflação dos últimos 12 meses passar de 6% e cehgar ao teto de 6,5% até junho é um mero "evento estatístico". Nós acreditamos que esse evento estatístico, como chamado por Antonio, não deve ser confundido com descontrole inflacionário e nem deve enevoar a visão de médio prazo de desinflação que se apresenta em geral, devido à boa safra de alimentos, queda grande de taxa de energia elétrica, queda em índices importantes (vestuário etc..) e ainda alto endividamento das famílias brasileiras que diminui pressão de demanda.
Com tudo isso Antonio entende que nem governo nem mercado devem se precipitar e que mexer no juros nesse momento seria indicar não ter certeza do que se faz, gerando, aí sim, desconfiança no mercado e desestimulando projetos de investimentos que estão saindo do papel por conta do evidente baixo retorno financeiro dos tíutulos de dívida brasileiros atualmente com o juros em 7,25%.
Excelente. Tudo de acordo com o que acreditamos.
A notícia de licitação de portos e em breve rodovias é ótimo, pois gera pressão positiva de aumento de investimentos, o que precisamos no momento.O Investimento Estrangeiro Direto (IED) está muito bom (3º maior no mundo, atrás somente de China e EUA), mas temos de abrir frentes de investimentos e concessões de rodovias, portos e aeroportos me parece excelente meio de melhorar a infra-estrutura e conseguir alavancar a taxa de investimento. Licitações de poços de petróleo também seriam muito benvindas!!
A queda do dólar no patamar atual de R$1,95 não prejudica a indústria brasileira e pressiona a inflação para baixo. Ótimo de novo.
E na política, Marina está viabilizando o novo partido Rede Sustentabilidade, criando opção democrática e honesta de termos uma cepa de novos e antigos bons políticos reunidos em uma legenda que junto de PSOL e PPS apresentam-se como quase exclusivos baluartes da moralidade pública.
Esse foi um bom dia de notícias para o País. Dá para ficarmos satisfeitos com o andamento econômico e político...mais com o econômico do que o político, claro... pois Renan para presidência do Senado é mal presságio para projetos de interesse popular e de realce da ética e moralidade públicas.
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
Miriam Leitão, Delfim Neto, a realidade econômica e a visão do Blog Perspectiva Crítica
Pessoal, um grande amigo, Paulo Otávio, brincando comigo acabou suscitando um tema interessante. Ele disse que a coluna de hoje da Miriam, elogiando o Delfim Neto, que criticava o Governo, talvez fosse sinal de que Miriam devesse passar a ser considerada amiga da visão do Blog.
Ele estava birncando comigo, naturalmente, mas suscitou uma questão interessante que remete à forma como o Blog encara a visão da Miriam e a do Delfim Neto, dentre, tangencialmente, outros articulistas e jornalistas.
Assim, compartilho com vocês minha visão da postura dessas pessoas púb licas que são esses jornalistas e articulistas de renome, com o objetivo de expor os juízos de valores do Blog e realizar uma relação o mais sincera e aberta possível com os leitores.
Aí vai minha resposta remetida hoje:
"Legal a coluna. Veja, ela escreveu seu fundo convencional de críticas sobre o governo e inseru trechos de uma entrevista com o Delfim Neto. Mas até acredito que não tenha manipulado viés e teor da informação real contida na entrevista do Delfim.
Ele estava birncando comigo, naturalmente, mas suscitou uma questão interessante que remete à forma como o Blog encara a visão da Miriam e a do Delfim Neto, dentre, tangencialmente, outros articulistas e jornalistas.
Assim, compartilho com vocês minha visão da postura dessas pessoas púb licas que são esses jornalistas e articulistas de renome, com o objetivo de expor os juízos de valores do Blog e realizar uma relação o mais sincera e aberta possível com os leitores.
Aí vai minha resposta remetida hoje:
"Legal a coluna. Veja, ela escreveu seu fundo convencional de críticas sobre o governo e inseru trechos de uma entrevista com o Delfim Neto. Mas até acredito que não tenha manipulado viés e teor da informação real contida na entrevista do Delfim.
Primeiro, deixo claro que tirando Merval Pereira que é evidente americanófilo, e não mudará seu perfil pois é seu traço característico, e tirando Diogo Mainardi e a maioria dos jornalistas da Veja, como o Roberto DaMatta que é raivoso contra o governo do PT, não há inimigos. Miriam é um instrumento cooptado intelectualmente pela elite financeira e está onde está porque sua crença no Estado Mínimo é o mesmo da edição do Globo. Mas ela não é a pior com certeza. Ela também gosta de posar de protetora do meio ambiente e foi cooptada na idéia de proteção de índios em Belo Monte e tal e depois que a falta de energia começou a ter reflexos reais, ela aliviou a temática e passou até a admitir que temos de construir usinas hidrelétricas. Ela é nociva, mas não é inimiga da boa informação e da participação da esquerda no governo como Merval, Mainardi e Damatta.
Dito isso, DElfim Neto é um técnico em economia. Gosto de suas posturas porque ele diz o quê, como e quando sobre os problemas econômicos. Seu objetivo nas exposições são claros, coesos e visam sempre à melhoria da economia, do setor produtivo e do País. Ele não tem compromisso com lucros de bancos e não pode ser cooptado intelectualmente pois seu conhecimento técnico é grande, não é como o caso da Miriam que não é economista e não tem imagem técnica de economista a zelar. George Vidor e Paulo Noueira Batista Junior também têm posturas em relação às atitudes do governo mais serenas e objetivas, pois são economistas que zelam por suas reputações de economistas.
Assim, DElfim pode e deve apontar suas divergências em relação à condução da política econômica do Governo. E neste momento é que a Miriam o paludiu. Quando ele aplaudiu milhares de posturas do governo Lula, Miriam não aplaudiu junto. Portanto, Miriam não é amiga do Delfim. Miriam, como cooptada da elite financeira (crê em Estado Mínimo e austeridade com inflação baixa e ponto... para ela o social melhorará sozinho se essas três condições ocorrerem) e instrumento do Globo de crítica de ações de governo que enriqueçam o cidadão ao custo de empresas e bancos (aumento de salário mínimo, reajuste de funcionários, contratação de servidores..), ela apoiará qualquer um que crioticar o governo de esquerda que desenvolve políticas que enriquecem o cidadão. Para ela, todas as ações devem enriquecer empresas e o cidadão será enriquecido naturalmente como consequência, o que é a crença capitalista liberal para política econômica.
Portanto, concluindo, Delfim é amigo do País, não importa o governo. Ele fala de economia real para o bem ou para o mal, independente de quem aplica a política ecnoômica. Isto é o que procuro fazer, apesar de naturalmente eu elogiar qualquer medida governamental que reflita em enriquecimento do cidadão. Miriam é amiga de bancos, mesmo que talvez não saiba (ela sabe...). Mas às vezes ela elogia timidamente avanços sociais gigantescos obtidos pelo governo. Sendo assim, Miriam não é minha amiga nem inimiga, nem nunca será, pois somos de matizes ideológicas opostas (sou social democrata e ela é evidentemente capitalista liberal) e defendemos pessoas distintas na sociedade (eu defendo o cidadão e ela empresas e, muito mais ainda, bancos). Ms ela não me parece internacionalista, como Merval. Ela´me parece brasileira e nacionalista. Parece.
Ela é uma jornalista brasileira que quando falar algo com o que concordo eu elogiarei e quando falar algo com o que discordo, eu apontarei, principalmente quando falar algo que é indutivo de uma realidade que beneficia empresas e bancos contra o interesse do cidadão, o que ocorre em metade de suas colunas.
Selecionei o seguinte trecho da coluna:
"Depois de tudo isso, o que sobrou? Bom, a inflação está sob controle, o Brasil tem boas instituições, e o país reduz a desigualdade. Além do mais, foi correta a redução dos juros, a mudança na poupança e a queda do custo de energia. Delfim tem sido um interlocutor da presidente. É curioso que esteja fazendo públicas críticas tão ácidas - e certeiras - como tem feito."
Miriam foi muito criticada e hoje dá espaço, e suas críticas para a informação antitese de seu vetor de escrita. Depois de muuitoa crítica de quem a lê, inclusive eu. A política do governo tem pecados e equívocos, mas ainda não houve atrocidades e os exageros e equívocos são para impedir manchetes desinbformativas da mídia, controlar inflação, melhorar ambiente econômico para a população e enriquecer o cidadão.
Vamos acompanhando o desenrolar dos fatos sociais, políticos e econômicos. E o governo deveria ouvir o Delfim e corrigir equívocos. O importante é que por enquanto a balança está altamente favorável à equipe econômica com tudo o que Deflim enunciou no trecho acima e mais decréscimo de relação dívida/pib, controle de inflação, crescimento econômico baixo, mas crescimetno econômico, com continuidade de criação de empregos e aumento de salário mínimo e dimininuição de desigualdade social. Estamos vivendo um sonho brasileiro."
Isso dá uma idéia das pessoas de relevo (articulistas e jornalistas) que nos cercam e que tratam dos temas objeto de análise do Blog.
Naturalmente deve ter ficado claro que acho que o governo comete alguns equívocos. Mas ele cria. Ele afronta a realidade. O Governo não repete fórmulas dos europeus e americanos nem fica a reboque dos trilaterais, esperando aplausos e compreensão de EUA, Europa e Japão. E mais: tem sido muito exitoso em vários aspectos.
Temos de criticar o governo, mas sempre com o objetivo de aumentar empregos a brasileiros, aumentar sua renda, garantir diminuição de relação dívida/pib, controle inflacionário, diminuir desigualdade social e garantir ambiente econômico favorável para investimentos e expansão das nossas empresas no Brasil e no exterior, garantindo crescimento econômico e melhora de prestação de serviços públicos à população.
Infelizmente para os neoliberais, que só pensam em inflação baixa, Estado Mínimo, terceirização, privatização e prestação de serviços públicos pela área privada, os governos do PT vêm demonstrando muito mais resultados palpáveis de melhora de vida do brasileiro do que seus partidos de representação, PSDB e DEM a frente.
Mas não demonizo ninguém. Se eles apresentarem projetos melhores do que os do PT, e qualquer um que o faça, tem meu voto para liderar o País. Mas quais são os projetos da oposição? Resposta: silêncio.....
Abaixo o texto da coluna da Miriam Leitão que me foi repassado pelo Paulo Otávio:
"Crítica interna - MIRIAM LEITÃO
O GLOBO - 07/02
A entrevista do ex-ministro Delfim Netto ajuda no debate sobre os erros da política econômica. Ele escolheu a delicada palavra "tropeços" para falar das várias trapalhadas sequenciais do governo, que vão das normas dos leilões de infraestrutura às estranhas operações fiscais, para dar a impressão de cumprimento de metas, até as ambiguidades da política cambial.
A entrevista foi concedida a Érica Fraga, da "Folha de S.Paulo". O ex-ministro, que sempre foi uma voz em defesa das empresas, critica até a política que foi inspirada no governo militar: a escolha de "campeões" pelo BNDES, ou seja, empresas escolhidas para receberem generosos empréstimos subsidiados. O banco acha que a concentração das empresas as farão mais fortes e capazes de competir no mercado internacional. Não é o que pensa Delfim Netto.
"Não é uma política das mais inteligentes, formar oligopsônios e oligopólios com recursos do Tesouro, porque é óbvio que não são instrumentos eficientes no processo competitivo. São contra a competição." (Oligopólios são poucas empresas fornecendo um produto, oligopsônio é a concentração de compradores).
O ex-ministro lembrou que essa política não começou no governo Dilma, vem do governo Lula. A crítica tem endereço certo: o presidente Luciano Coutinho, que assumiu em 2007 convicto de que é preciso induzir, financiar e virar sócio na concentração de setores.
Na política cambial, o ex-ministro criticou a mudança recente de tendência. O dólar tinha subido até R$ 2,13, o ministro da Fazenda ainda dizia que havia defasagem, mas o BC entrou derrubando a cotação para atenuar o impacto inflacionário. Esse mudança brusca de tendência espalhou prejuízos. Inúmeras empresas com dívidas em dólar, diante da alta da moeda americana, compraram proteção contra o risco de elevação ainda maior da moeda, ou seja, fizeram hedge. Como o BC deu o sinal oposto e derrubou a cotação, elas estão amargando enorme prejuízo. "Quando o governo faz uma intervenção intempestiva no câmbio, aquelas pessoas que tomaram risco de acreditar na política de desoneração e de câmbio entraram em estado de estresse". Acha que isso não só não ajudou a inflação, como "produziu uma dificuldade na credibilidade do governo". Segundo Delfim, "não se pode estressar mais o setor industrial".
Delfim sempre teve nos industriais paulistas seu apoio, quando ministro, e sua base política, quando conquistou mandato. O que se pode entender do que está falando é que não há convencimento, por enquanto, do setor empresarial para investir, o que torna mais difícil a volta do crescimento.
Em um dos pontos de crítica, o governo deu sinal de mudar. É a forma do leilão de investimento em infraestrutura. Delfim disse que o governo não pode fixar alta qualidade e um preço baixo, porque do contrário "o mercado vai responder com a porcaria que cabe dentro da taxa do retorno". Ontem, o governo elevou a taxa.
Durante algum tempo, o discurso oficial era que estava fazendo uma privatização - não se usa essa palavra - melhor do que outros governos porque os preços seriam baixos. Agora, o governo está numa situação em que as obras não saem, houve aumento de subsídio e de presença estatal. Mesmo assim, teve que rever a taxa de retorno para viabilizar algum investimento.
Delfim criticou a "operação quadrangular" entre Tesouro-BNDES-Caixa Econômica, para esconder o não cumprimento da meta fiscal. Disse que isso foi "exagerado", "diminui a credibilidade do governo" e "passou a ideia de que o governo não sabe o que está fazendo".
Depois de tudo isso, o que sobrou? Bom, a inflação está sob controle, o Brasil tem boas instituições, e o país reduz a desigualdade. Além do mais, foi correta a redução dos juros, a mudança na poupança e a queda do custo de energia. Delfim tem sido um interlocutor da presidente. É curioso que esteja fazendo públicas críticas tão ácidas - e certeiras - como tem feito."
A entrevista do ex-ministro Delfim Netto ajuda no debate sobre os erros da política econômica. Ele escolheu a delicada palavra "tropeços" para falar das várias trapalhadas sequenciais do governo, que vão das normas dos leilões de infraestrutura às estranhas operações fiscais, para dar a impressão de cumprimento de metas, até as ambiguidades da política cambial.
A entrevista foi concedida a Érica Fraga, da "Folha de S.Paulo". O ex-ministro, que sempre foi uma voz em defesa das empresas, critica até a política que foi inspirada no governo militar: a escolha de "campeões" pelo BNDES, ou seja, empresas escolhidas para receberem generosos empréstimos subsidiados. O banco acha que a concentração das empresas as farão mais fortes e capazes de competir no mercado internacional. Não é o que pensa Delfim Netto.
"Não é uma política das mais inteligentes, formar oligopsônios e oligopólios com recursos do Tesouro, porque é óbvio que não são instrumentos eficientes no processo competitivo. São contra a competição." (Oligopólios são poucas empresas fornecendo um produto, oligopsônio é a concentração de compradores).
O ex-ministro lembrou que essa política não começou no governo Dilma, vem do governo Lula. A crítica tem endereço certo: o presidente Luciano Coutinho, que assumiu em 2007 convicto de que é preciso induzir, financiar e virar sócio na concentração de setores.
Na política cambial, o ex-ministro criticou a mudança recente de tendência. O dólar tinha subido até R$ 2,13, o ministro da Fazenda ainda dizia que havia defasagem, mas o BC entrou derrubando a cotação para atenuar o impacto inflacionário. Esse mudança brusca de tendência espalhou prejuízos. Inúmeras empresas com dívidas em dólar, diante da alta da moeda americana, compraram proteção contra o risco de elevação ainda maior da moeda, ou seja, fizeram hedge. Como o BC deu o sinal oposto e derrubou a cotação, elas estão amargando enorme prejuízo. "Quando o governo faz uma intervenção intempestiva no câmbio, aquelas pessoas que tomaram risco de acreditar na política de desoneração e de câmbio entraram em estado de estresse". Acha que isso não só não ajudou a inflação, como "produziu uma dificuldade na credibilidade do governo". Segundo Delfim, "não se pode estressar mais o setor industrial".
Delfim sempre teve nos industriais paulistas seu apoio, quando ministro, e sua base política, quando conquistou mandato. O que se pode entender do que está falando é que não há convencimento, por enquanto, do setor empresarial para investir, o que torna mais difícil a volta do crescimento.
Em um dos pontos de crítica, o governo deu sinal de mudar. É a forma do leilão de investimento em infraestrutura. Delfim disse que o governo não pode fixar alta qualidade e um preço baixo, porque do contrário "o mercado vai responder com a porcaria que cabe dentro da taxa do retorno". Ontem, o governo elevou a taxa.
Durante algum tempo, o discurso oficial era que estava fazendo uma privatização - não se usa essa palavra - melhor do que outros governos porque os preços seriam baixos. Agora, o governo está numa situação em que as obras não saem, houve aumento de subsídio e de presença estatal. Mesmo assim, teve que rever a taxa de retorno para viabilizar algum investimento.
Delfim criticou a "operação quadrangular" entre Tesouro-BNDES-Caixa Econômica, para esconder o não cumprimento da meta fiscal. Disse que isso foi "exagerado", "diminui a credibilidade do governo" e "passou a ideia de que o governo não sabe o que está fazendo".
Depois de tudo isso, o que sobrou? Bom, a inflação está sob controle, o Brasil tem boas instituições, e o país reduz a desigualdade. Além do mais, foi correta a redução dos juros, a mudança na poupança e a queda do custo de energia. Delfim tem sido um interlocutor da presidente. É curioso que esteja fazendo públicas críticas tão ácidas - e certeiras - como tem feito."
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Política de Combustíveis, liberdade de imprensa e comparação com Mèxico - Bom dia 1º de fevereiro para o Jornal O GLobo
A edição do Jornal O Globo de 1º de fevereiro de 2013 é o tipo de edição que eu gostaria de ler todos os dias. Bom dia de informação. Não deixou de ser crítica ao governo. Ótimo. Espero que mantenha esta linha em governo do PSDB também. Mas não omitiu, não desinformou, publicou verdades.
Gostei particularmente de três artigos: "Ladeira Abaixo" de fl. 23, de Luiz Garcia; "Comédia de erros", da Miriam Leitão, fl. 26 e "México ameaça desbancar o Brasil" (o que criticarei), Opinião, fl. 22.
Serei sucinto, pois concordo com os artigos, exceto o sobre o México, e quero apontar que o Globo pode criticar, sem induzir e ser parcial ao noticiar.
O "Ladeira Abaixo" conta a intenção do governo em "denunciar" um conluio entre Mídia e o Ministério Público com fins de prejudicar o governo de esquerda e com base nisso lançar ofensivas que controlem a publicação da mídia e a atuaçãodo Ministério Público.
Total apoio ao Luiz Garcia. Não é possível, em Estado Democrático de Direito, limitar a imprensa. Ponto e não se discute. É claro que a imprensa no Brasil muitas vezes defende perspectiva do partido de oposição oa governo hoje e seria melhor que durante as eleições ela declarasse explicitamente apoio a um candidato e não defendesse sua candidatura atrás do véu de mídia isenta e neutra, como faz.
Mas o que se pode fazer contra isso é garantir mais liberdade de expressão, como ocorre hoje com a profusão de Blogs Sociais (a mídia social), denunciar o apoio implícito à oposição e educar a população com melhores colégios e escolas, professores mais bem pagos e em quantidade suficiente, pois aí sim o leitor terá senso crítico e poderá filtrar o que a imprensa publica.
Impedir liberdade de imprensa é querer manipular a opinião pública. A grande mídia tenta manipular a opinião pública, mas no Brasil há muitos veículos de comunicação de todas as matizes que equilibra a opinião publicada pela grande mídia e relativiza a tentativa de manipulação. O Estado não pode querer manipular a opinião pública pois isso é movimento autoritário e proto-ditatorial.
O mesmo se diga sobre tentar limitar o Ministério Público. Isso é atentado à democracia. Se houver abuso do Promotor de Justiça ele poderá ser responsabilizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público. É só juntar fatos expondo como houve abuso ou outra ilegalidade e apresentar ao Conselho. Isso já aconteceu. Mas mordaça ao Ministério Público ou impedimento de investigar e coisas do gênero é medida de quem tem medo de que o MP descubra algo contra si. É medo da Justiça.
O Brasil de hoje tem instituições fortes e Judiciário forte e não deixará ocorrer cerceamento à liberdade de imprensa e nem limitação ao Ministério Público. Mas há que se ficar de olho a este tipo de intenção por parte de algumas alas do Governo, mas não só do Governo como de alguns partidos. E no fim, quem deixaria isso passar seria o Congresso, o qual não é composto somente por PT, não é mesmo?
A coluna da Míriam e toda a parte econômica centraram fogo na política de combustíveis e no prejuízo à Petrobrás que a contenção de reajuste de gasolina está causando.
Certíssimo. A política de combustíveis do Governo não está nada boa. A PEtrobrás, bom que se diga, continua com 66% do seu lucro normal. Já teve o pico de R$35 bilhões há poucos anos e em 2012 chegou a 20 bilhões. Mas deve haver ajuste mais adequado ao combustível e garantir mais lucratividade à nossa galinha dos ovos de outro, assim como normalidade ao mercado de combustíveis. Também deveria o governo encontrar solução para o problema de comercialização de etanol brasileiro. Está péssimo nisso também. Deveria ainda a Petrobrás terminar ao menos uma refinaria de petróleo que produzisse gasolina para diminuir a necessidade de importação do produto.
Mas não sou contra o parcelamento de aumentos de petróleo e gasolina para impactar menos a inflação. Nós podemos fazer isso porque a Petrobrás é estatal. O petróleo lá fora varia por guerras na África e no Oriente Médio e nós aqui e a Petrobrás não é impactada por esse custo. Nós produzimos petróelo cru suficiente, mas não gasolina, diesel e derivados suficientes.
Temos de retomar leilões (assim que a novela dos royalties e essa palhaçada terminar, mas até antes), temos de terminar uma refinaria para produção de derivados, ao menos, e temos de ajudar a indústria do etanol!! O Governo não está fazendo isso bem. Isso é verdade e o Globo está certo, mais uma vez, em bater nisso.
E a compração com o México? Gente, a comparação somente sobre destinos de investimentos é interessante, mas não indica o que queremos para o País. Houve até lista publicada ontem pelo JOrnal das dez, da Globonews elencando lista de emergentes mais interessantes para investir e a China ficou em primeiro, seguido de Coréia do Sul, Tailândia, Cingapura, passando por México, Chile e por útlimo, em 17º lugar, o Brasil.
Vejam, também poderia ser o ranking de países com menos direitos trabalhistas, inexistência de sistema previdenciário, menor salário mínimo e inexistente assistência social!! Vejam se não é verdade. Assim, se o capital quer isso, o que fazer? Acabar com nossa previdência, baixar salário mínimo, acabar com assistência social, acabar com indústria nacional e deixar estrangeiros dominarem a economia? Só pra ficar em primeiro nesta lista? Está maluco?!?!?!
Quero que venham para cá, como estão vindo, para ajudar e não explorar. Quero que venham para compartilhar dos benefícios de crescimento econômico e da melhora de IDH. O BRasil foi o terceiro destino de investimentos estrangeiros no ano de 2012, atrás de China e EUA, somente.
Eu espero muito que o México cresça, mas que desenvolva autonomia, que diminua a desigualdade de seu povo e que consiga suplantar o tráfico, garantindo segurança a seus cidadãos. Se empresas querem mandar seus executivos para o México para correrem risco de vida, o que podemos fazer? Desejo boa sorte.
Nesse sentido, a comparação do México com Brasil não foi das melhores. Mas o Globo acertou na produção de boa informação em 1º de fevereiro de 2013.
Parabéns Globo!
Gostei particularmente de três artigos: "Ladeira Abaixo" de fl. 23, de Luiz Garcia; "Comédia de erros", da Miriam Leitão, fl. 26 e "México ameaça desbancar o Brasil" (o que criticarei), Opinião, fl. 22.
Serei sucinto, pois concordo com os artigos, exceto o sobre o México, e quero apontar que o Globo pode criticar, sem induzir e ser parcial ao noticiar.
O "Ladeira Abaixo" conta a intenção do governo em "denunciar" um conluio entre Mídia e o Ministério Público com fins de prejudicar o governo de esquerda e com base nisso lançar ofensivas que controlem a publicação da mídia e a atuaçãodo Ministério Público.
Total apoio ao Luiz Garcia. Não é possível, em Estado Democrático de Direito, limitar a imprensa. Ponto e não se discute. É claro que a imprensa no Brasil muitas vezes defende perspectiva do partido de oposição oa governo hoje e seria melhor que durante as eleições ela declarasse explicitamente apoio a um candidato e não defendesse sua candidatura atrás do véu de mídia isenta e neutra, como faz.
Mas o que se pode fazer contra isso é garantir mais liberdade de expressão, como ocorre hoje com a profusão de Blogs Sociais (a mídia social), denunciar o apoio implícito à oposição e educar a população com melhores colégios e escolas, professores mais bem pagos e em quantidade suficiente, pois aí sim o leitor terá senso crítico e poderá filtrar o que a imprensa publica.
Impedir liberdade de imprensa é querer manipular a opinião pública. A grande mídia tenta manipular a opinião pública, mas no Brasil há muitos veículos de comunicação de todas as matizes que equilibra a opinião publicada pela grande mídia e relativiza a tentativa de manipulação. O Estado não pode querer manipular a opinião pública pois isso é movimento autoritário e proto-ditatorial.
O mesmo se diga sobre tentar limitar o Ministério Público. Isso é atentado à democracia. Se houver abuso do Promotor de Justiça ele poderá ser responsabilizado pelo Conselho Nacional do Ministério Público. É só juntar fatos expondo como houve abuso ou outra ilegalidade e apresentar ao Conselho. Isso já aconteceu. Mas mordaça ao Ministério Público ou impedimento de investigar e coisas do gênero é medida de quem tem medo de que o MP descubra algo contra si. É medo da Justiça.
O Brasil de hoje tem instituições fortes e Judiciário forte e não deixará ocorrer cerceamento à liberdade de imprensa e nem limitação ao Ministério Público. Mas há que se ficar de olho a este tipo de intenção por parte de algumas alas do Governo, mas não só do Governo como de alguns partidos. E no fim, quem deixaria isso passar seria o Congresso, o qual não é composto somente por PT, não é mesmo?
A coluna da Míriam e toda a parte econômica centraram fogo na política de combustíveis e no prejuízo à Petrobrás que a contenção de reajuste de gasolina está causando.
Certíssimo. A política de combustíveis do Governo não está nada boa. A PEtrobrás, bom que se diga, continua com 66% do seu lucro normal. Já teve o pico de R$35 bilhões há poucos anos e em 2012 chegou a 20 bilhões. Mas deve haver ajuste mais adequado ao combustível e garantir mais lucratividade à nossa galinha dos ovos de outro, assim como normalidade ao mercado de combustíveis. Também deveria o governo encontrar solução para o problema de comercialização de etanol brasileiro. Está péssimo nisso também. Deveria ainda a Petrobrás terminar ao menos uma refinaria de petróleo que produzisse gasolina para diminuir a necessidade de importação do produto.
Mas não sou contra o parcelamento de aumentos de petróleo e gasolina para impactar menos a inflação. Nós podemos fazer isso porque a Petrobrás é estatal. O petróleo lá fora varia por guerras na África e no Oriente Médio e nós aqui e a Petrobrás não é impactada por esse custo. Nós produzimos petróelo cru suficiente, mas não gasolina, diesel e derivados suficientes.
Temos de retomar leilões (assim que a novela dos royalties e essa palhaçada terminar, mas até antes), temos de terminar uma refinaria para produção de derivados, ao menos, e temos de ajudar a indústria do etanol!! O Governo não está fazendo isso bem. Isso é verdade e o Globo está certo, mais uma vez, em bater nisso.
E a compração com o México? Gente, a comparação somente sobre destinos de investimentos é interessante, mas não indica o que queremos para o País. Houve até lista publicada ontem pelo JOrnal das dez, da Globonews elencando lista de emergentes mais interessantes para investir e a China ficou em primeiro, seguido de Coréia do Sul, Tailândia, Cingapura, passando por México, Chile e por útlimo, em 17º lugar, o Brasil.
Vejam, também poderia ser o ranking de países com menos direitos trabalhistas, inexistência de sistema previdenciário, menor salário mínimo e inexistente assistência social!! Vejam se não é verdade. Assim, se o capital quer isso, o que fazer? Acabar com nossa previdência, baixar salário mínimo, acabar com assistência social, acabar com indústria nacional e deixar estrangeiros dominarem a economia? Só pra ficar em primeiro nesta lista? Está maluco?!?!?!
Quero que venham para cá, como estão vindo, para ajudar e não explorar. Quero que venham para compartilhar dos benefícios de crescimento econômico e da melhora de IDH. O BRasil foi o terceiro destino de investimentos estrangeiros no ano de 2012, atrás de China e EUA, somente.
Eu espero muito que o México cresça, mas que desenvolva autonomia, que diminua a desigualdade de seu povo e que consiga suplantar o tráfico, garantindo segurança a seus cidadãos. Se empresas querem mandar seus executivos para o México para correrem risco de vida, o que podemos fazer? Desejo boa sorte.
Nesse sentido, a comparação do México com Brasil não foi das melhores. Mas o Globo acertou na produção de boa informação em 1º de fevereiro de 2013.
Parabéns Globo!
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