Pessoal, fico extremamente feliz e até um pouco surpreso, confesso, mas atingimos a marca de 3.705 acessos hoje, 30/12/2010, 18:18h!!!
É lógico que não tendo fotos, mapas, mas somente artigos sobre política, economia e sociedade, além dos comentários dos próprios leitores, discutindo as matérias, criticando, trazendo novas informações, e sugerindo temas, o único mérito é da qualidade do que estamos fazendo juntos.
Vejam os nossos números até hoje:
3.705 acessos desde 27 de junho de 2010 até o dia 30/12/2010, ou seja, em seis meses. Histórico: 967 acessos em julho, 45 em agosto, 317 em setembro, 328 em outubro, 869 em novembro e 1.179 em dezembro!! Divididos em 2530 acessos do Brasil, 735 da Alemanha, 271 dos EUA, 29 da Rússia, 26 de Portugal, 20 da Holanda, 15 da Croácia, 13 do Canadá, 12 da França e 10 do Reino Unido (o servidor do Blog só dá os dez maiors acessos)!! Ainda houve acessos da Suíça, Venezuela, Angola, Cabo Verde, Argentina, Estônia, Espanha e Austrália, se não me esqueci de ninguém!
Onde pode chegar isso? Não sei. O que queremos? Queremos informação digna. Queremos respeito à nossa inteligência. Queremos que a mídia persiga a imparcialidade. Queremos que haja projeto de País Brasil e que não haja projeto de criação de entreposto comercial com o nosso País Brasil. O que não queremos? Nâo queremos ser confundidos com massa de manobra política. Não queremos aplicação direta de qualquer sistema econômico, político e social de outro país ao nosso.
Queremos o desenvolvimento do processo político, econômico e social brasileiro de forma autenticamente brasileira para todos os cidadão deste País. Queremos a satisfação do artigo 3º da Constituição da República. Queremos que o brasileiro tenha orgulho de sua cidadania e que no exterior seja reconhecido como integrante de uma sociedade e nação autônoma, soberana, amiga, pacífica, respeitadora dos direitos e princípios internacionais, não importa o que ou quem se oponha a isso.
Queremos capitalismo (á falta de qualquer outro sistema melhor), com dignidade social, sustentabilidade social, ambiental e financeiro-orçamentária. Queremos empregos para quem quiser trabalhar, educação até onde cada brasileiro puder ou quiser seguir, saúde pública gratuita a todos, igualdade social e regional, estratégia diplomática e capacidade dissuasória e de defesa dos nossos interesses brasileiros ou seja, um País, o nosso País: Brasil.
Isso só é possível quando não admitimos que alguém formule as metas brasileiras por nós. Isso só é possível quando discutimos as verdades do nosso próprio País a partir de nossas próprias perspectivas. Não é repetindo inverdades de jornais pretenciosos e descomprometidos com os interesses do cidadão brasileiro que ajudaremos a construir o Brasil que nos interessa.
Critiquem os artigos de jornal. Critiquem a mídia. Leiam desconfiados (no sentido construtivo, claro). Comparem informações de mesmo tema mas apresentados por mídias diferentes. Tirem suas próprias conclusões. Com a internet sua opinião tem um calibre muito maior do que antes. Com a internet a pauta de discussões para o País pode ser feita por você, por mim, por todos nós, brasileiros, verdadeiros e únicos donos do nosso País.
Vez por vez, 3.705 vezes, pessoas estão participando da criação de um canal autônomo em que as verdades publicadas são criticadas, debatidas. Deste debate tiramos nossas próprias conclusões sobre o que é melhor para o País ao mesmo tempo em que nos desenvolvemos como crítcos, seres humanos e cidadãos brasileiros.
Você que já faz parte disso, muito obrigado irmão e concidadão. VocÊ é brasileiro e tem 190 milhões de irmãos para tomar conta. Não se omita. Quem ganha com a sua participação é a família brasileira em geral e cada uma em particular, incluindo a sua própria. E vocÊ que ainda não participa? Venha agora! Junte-se a nós. Aguardamos suas perguntas, críticas e respostas!!
Um abraço a todos!
Feliz Natal atrasado!
Próspero, Digno e Informativo Ano Novo com Perspectiva Crítica para todos nós!!!
Mário César Pacheco
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Saldo do Governo Lula, segundo Folha de São Paulo
Pessoal, quero apresentar a vocês, no fim do ano e para tentarmos virar uma página da história do País (se a Globo deixar) com justiça e dignidade informativa. Trago a vocês um editorial com o qual concordo 99,9% e que, para meu próprio espanto e obrigatoriedade de revisão de opinião quanto a esta mídia, foi publicado pelo Editorial da Folha de São Paulo, em 19/10/2010, matéria integralmente publicada na Capa do Jornal.
Tomarei a liberdade de publicar no blog na íntegra, por ser altamente informativo, justo, ponderado, indicando os prós e os contras do Governo Lula, realmente informando a população e o leitor, atingindo seu objetivo de bem informar a população sobre um fato e um capítulo da história do País.
Passarei a ler mais a Folha de São Paulo, porque depois dessa, é óbvio que o Jornal é mais sério e menos à direita do que eu pensava. Pode até não ser menos à direita, mas ser de direita não significa deturpar informação ao leitor. Mídia que faz isso é partido político e não imprensa. Parabéns à Folha de São Paulo.
Segue o texto:
A verdade, senhores, é essa. Estas conclusões estão estritamente em consonância com o que venho escrevendo e compartilhando com vocÊs desde junho de 2010. Eu gostei tanto e concordo com quase a totalidade do artigo que não farei algumas correções a este editorial, o qual, por si só, permite vislumbrar o que ocorreu a grosso modo durante oito anos do governo federal.
É importante a verdade, porque só assim podemos entender o que funcionou e o que não funcionou. O que deve continuar (e em que medida) e o que não deve continuar. Do contrário, com mídias parciais e defensoras de teses falando “A”, quando na verdade ocorreu “B”, não dá para aprofundarmos debate, pois não se fala sobre a mesma coisa.
Parabéns mais uma vez à Folha de São Paulo. Isso é estar “a serviço do Brasil” como está escrito na capa do dia 19/12/2010.
Abraço a todos.
Tomarei a liberdade de publicar no blog na íntegra, por ser altamente informativo, justo, ponderado, indicando os prós e os contras do Governo Lula, realmente informando a população e o leitor, atingindo seu objetivo de bem informar a população sobre um fato e um capítulo da história do País.
Passarei a ler mais a Folha de São Paulo, porque depois dessa, é óbvio que o Jornal é mais sério e menos à direita do que eu pensava. Pode até não ser menos à direita, mas ser de direita não significa deturpar informação ao leitor. Mídia que faz isso é partido político e não imprensa. Parabéns à Folha de São Paulo.
Segue o texto:
"Saldo Favorável
Prestes a encerrar seus oito anos de mandato, o Presidente Lula apresentou quarta-feira um extenso balanço da gestão. Como era de esperar, o relato contém abundantes autoelogios, algumas fantasias e nenhuma autocrítica.
No entanto, ao observador isento, o exame dos resultados durante os dois governos consecutivos indicam um saldo muito favorável.
Político intuitivo, Lula descartou a tentação do manejo demagógico da economia. Manteve a política econômica responsável iniciada por seu antecessor e colheu os frutos desta sávia decisão.
No período, a economia cresceu 37,3% (média anual de 4%). As exportações do País mais do que triplicaram, a inflação caiu de 12,5% para 5,6% ao ano. A taxa básica de juros reais também cedeu, de 15% para 6%. O desemprego foi reduzido pela metade. A dívida externa foi paga.
Seu governo foi beneficiado, é verdade, por um contexto internacional favorável. Apesar da crise financeira de 2009, o formidável dinamismo da China puxou o crescimento das principais economias emergentes, que nestes oito anos se expandiram até mais do que o Brasil.
Ainda assim notável, o progresso obtido não é imune a críticas. Lula não soube aproveitar a imensa popularidade acumulada para promover reformas que tornassem a economia mais competitiva e o Estado mais eficiente.
Impondo à sociedade uma carga tributária superior a um terço do produto interno bruto, o Estado presta serviços em educação, saúde e infraestrutura que, apesar de avanços, continuam a ostentar má qualidade. Houve uma incrustação maciça de militantes na máquina federal, bastando ressaltar neste sentido que os cargos de confiança aumentaram 50%.
Quanto aos costumes políticos, o desempenho foi deplorável. Para garantir hegemonia no Congresso , o governo utilizou expedientes escusos sob evidente beneplácito presidencial. O mais notório do escândalos, o mensalão – revelado pela Folha em junho de 2005-, foi a ponta visível de um iceberg de ilegalidades impunes.
A política externa foi orientada pelo elogiável intento de ampliar a autonomia do País e sua influência no mundo. Sua consecução, porém, pecou por desnecessária proximidade com autocracias como Cuba e Irã e pela complacência para com outros violadores de direitos humanos.
Tais ressalvas não empanam o maior êxito do governo Lula, expresso numa relevante melhora nas condições de vida dos mais pobres. Isso deveu-se ao próprio crescimento econômico, mas também à expansão dos programas da transferência de renda, do crédito popular e do aumento real do salário mínimo. Em resultado, o estrato mais carente da população, aquele que recebe até R$140 mensais per capita, diminuiu de33,3% do total em 2001 para 15,5% em 2008.
Apesar das ressalvas, o presidente Lula deixa o governo como estadista democrático que honrou boa parte dos compromissos assumidos numa trajetória épica.”
A verdade, senhores, é essa. Estas conclusões estão estritamente em consonância com o que venho escrevendo e compartilhando com vocÊs desde junho de 2010. Eu gostei tanto e concordo com quase a totalidade do artigo que não farei algumas correções a este editorial, o qual, por si só, permite vislumbrar o que ocorreu a grosso modo durante oito anos do governo federal.
É importante a verdade, porque só assim podemos entender o que funcionou e o que não funcionou. O que deve continuar (e em que medida) e o que não deve continuar. Do contrário, com mídias parciais e defensoras de teses falando “A”, quando na verdade ocorreu “B”, não dá para aprofundarmos debate, pois não se fala sobre a mesma coisa.
Parabéns mais uma vez à Folha de São Paulo. Isso é estar “a serviço do Brasil” como está escrito na capa do dia 19/12/2010.
Abraço a todos.
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Secretária Municipal de Educação responde ao Blog sobre Educação Especial
Senhoras e Senhores, a Secretária Municipal de Educação Cláudia Costin, que tem mantido canal aberto com as mãesde crianças especiais, respondeu ao artigo publicado neste blog, intitulado "Ataque do Município do RJ à Educação Especial".
Eu fui autorizado a publicar sua resposta, que foi direcionada a mim, pela própria Secretária, esclarecendo que os termos foram informais e em caráter estritamente pessoal, pois foi um email enviado a mim pessoalmente. Este detalhe sobre publicizar o caráter pessoal dos termos do email foi pedido por ela.
No artigo anterior nós expressávamos os problemas que vemos com a implantação de um sistema equivocado de "inclusão social", adotado pelo Município do RJ, que era determinado em Portaria do MEC, mas que também não estava sendo aplicado por Paraná e São Paulo, por prejudicar o enfoque da educação especial no que é essencial: garantir condições para o desenvolvimento pleno psico-pedagógico das crianças especiais. Segundo essa nova visão de educação especial e "inclsão social", as cirnaças especiais têm de ser "incluídas" em turmas regulares e isso, feito de maneira açodada e sem maior enfoque no desenvolvimento da crinça do que na aparÊncia de concretização de uma "igualdade social de tratamento", vinha prejudicando crianças e pais, com o desfazimeno de um sistema de classes especiais e grupos de alunos especiais e professores que prejudicam o cotidiano dessas crianças, essencial par se sentirem seguras e poderem se concentrar em seu desenvolvimento e até, mais à frente, poderem ser incluídas em turmas regulares de forma responsável e concernente à suas capacidades reais e desenvolvidas.
Segue o texto de resposta:
Agradecemos a atenção pessoal da Secretária, que dentre milhares de afazeres consegue incluir entrevistas ao Boechat, organização e reuniões com os pais do GT (grupo de trabalho que analisa a questão da inclusão social e educação especial) e ainda responde a seus emails, mostrando-se realmente aberta a dialogar com a sociedade.
Mas ainda ficam algumas perguntas:
1 - É verdade que o Governo Federal sempre pagou uma ajuda/subsídio de custo aos Governos Municipais por cada criança Especial em rede escolar especial? E é verdade que recentemente esse valor foi dobrado para o caso de crianças especiais serem "incluídas" em turmas regulares?
2 - É verdade que desde 2008 estão desfazendo classes especiais, sem aviso prévio aos pais (na maior parte de origem humilde e dificuldade de deslocamento)? É verdade que estas crianças que ficam sem classes especiais estão sendo redistribuindo por faixa etária em turmas regulares (muitas vezes para escolas mais longínquas que a escola de origem ou da casa de seus pais)? É verdade que a Secretaria de Educação do Município do RJ até hoje não respondeu ao Ministério Público Estadual, em sede de Inquérito Civil Público quantas classes especiais havia em 2008 e quantas há hoje, em 2010?
3 - É verdade que uma criança "incluída" cortou com tesoura a própria língua dentro de sala de aula? É verdade que outra "incluída" fugiu da Escola em direção à Avenida Brasil sendo resgatada antes de uma tragédia? É verdade que estes fatos ocorreram no período em que está se realizando essas "inclusões" em turmas regulares?
4 - É verdade que os professores de classes regulares não têm preparação para atender crianças especiais? É verdade que não há comissões fixas e determinadas de pessoas que façam análise psico-pedagócica para concluir qual criança especial pode ser "incluída" em calsse regular ou não? E quando são "incluídas" não há esta mesma comissão que faça o acompanhamento da evolução psico-pedagógica dessas crianças ou mesmo da mera adaptabilidade à mudança de rotina, o que é grave para essas crianças?
5 - É verdade que uma grande segurança para essas crianças é a rotina obtida pelo acompnhamento individual por um professor com especialização no tratamento pedagógico de crainaçs especiais, além do convívio com outras crianças com dificuldades semelhantes com quem possa se identificar e torcar experiências sem se sentir inferiorizado estar sujeito a bulling?
6 - É verdade que muitas escolas públicas tinham classes especiais e classes regulares e que seus alunos conviviam pacificamente com verdadeira inclusão social, nas horas recreativas? Isso não pode ser entendido como inclusão social? Respeitando o momento e o progresso de cada criança especial?
7 - É verdade que algumas crianças especiais, mesmo atingindo 18 anos de idade não conseguem desenvolver plenitude de autonomia intelectual e de capacidade de trabalho? O que é feito com estas crianças? Podem continuar na rede educativa pública?
8 - É verdade que o IBDD ganhou ação civil pública condenando os três entes (União, Estado RJ e Município RJ) a adaptar fisicamente as estruturas das escolas para portadores de deficiência e até hoje não há cunmprimento dessa decisão legal?
9 - É verdade que o Estado de São Paulo e do Paraná não estão fazendo inclusões genéricas e estão discutindo a Portaria do MEC que dá a entender existir uma meta de "incluir" em massa crianças especiais em turmas regulares, como forma de apresentar um pretenso projeto revolucionário de inclusão social para inglês ver, consoante uma interpretação equivocada do Estatuto Internacional dos Direitos da Criança Portadora de Deficiência, do qual o Brasil é signatário?
Se nada disso é verdade, senhores, então, não há motivo de preocupações, claro, para pais, alunos, e principalmente para as autoridades. Então autoridades, podem responder ao Ministério Público Estadual?
Quem souber de algo sobre o tema e quiser contar ou fazser perguntas, por favor, é só copiar os endereços eletrônicos da Band NEws que estão dentre os destinatários. Boechat já fez uma entrevista e a Secretária se dispôs a responder a todas as perguntas e a receber denúncias e reclamações, na entrevista de hoje.
Pelo que soube, pelo menos a Secretária mudou a presidente do IHA. Parece ter parado o processo de desestruturação de outras classes especiais. Pelo menos não estou sabendo de novas desestruturações desde outubro de 2010. Mas soube que pais ainda tem problemas com a matrícula em classes especiais este ano para o próximo ano letivo, assim como as classes anteriormente desfeitas não foram reestruturadas, ou seja, teria diminuído o número de vagas na Rede Escolar Especial, enquanto a demanda por elas cresce.
De qualquer forma, estar a Secretária Claúdia Costin aberta a receber questões da sociedade e a respondê-las faz-me ter outro tipo de esperança na melhora do processo educacional das crianças especiais no RJ. Vamos acompanhando.
Abraços a todos e especial às mães e pais e crianças especiais do RJ
Mário César
Eu fui autorizado a publicar sua resposta, que foi direcionada a mim, pela própria Secretária, esclarecendo que os termos foram informais e em caráter estritamente pessoal, pois foi um email enviado a mim pessoalmente. Este detalhe sobre publicizar o caráter pessoal dos termos do email foi pedido por ela.
No artigo anterior nós expressávamos os problemas que vemos com a implantação de um sistema equivocado de "inclusão social", adotado pelo Município do RJ, que era determinado em Portaria do MEC, mas que também não estava sendo aplicado por Paraná e São Paulo, por prejudicar o enfoque da educação especial no que é essencial: garantir condições para o desenvolvimento pleno psico-pedagógico das crianças especiais. Segundo essa nova visão de educação especial e "inclsão social", as cirnaças especiais têm de ser "incluídas" em turmas regulares e isso, feito de maneira açodada e sem maior enfoque no desenvolvimento da crinça do que na aparÊncia de concretização de uma "igualdade social de tratamento", vinha prejudicando crianças e pais, com o desfazimeno de um sistema de classes especiais e grupos de alunos especiais e professores que prejudicam o cotidiano dessas crianças, essencial par se sentirem seguras e poderem se concentrar em seu desenvolvimento e até, mais à frente, poderem ser incluídas em turmas regulares de forma responsável e concernente à suas capacidades reais e desenvolvidas.
Segue o texto de resposta:
"Caro Mario Cesar,
Sei que você é do bem e obrigada por me enviar este email. Posso lhe assegurar que não há nenhuma intenção de fechar classes ou escolas especiais. Tivemos uma reunião com 400 mães e pais de crianças com deficiências no fim do ano passado e pactuamos uma conduta: nenhuma criança será incluída em salas regulares contra a vontade dos pais. Criamos também um Grupo de Trabalho de mães de alunos, eleitos por CRE que estão escrevendo o Plano de Educação Inclusiva. A próxima reunião será dia 9.
O que pode ter assustado esta mãe é que como a pré-matrícula para novos alunos é por Internet, há um campo para identificação de se a criança tem deficiência para que o Instituto Helena Antipoff possa conversar com a mãe e não seja o computador que tome a decisão por ela. A inscrição se faz inicialmente no ano apontado pelos pais. Logo em seguida os pais definem sua escolha de sala especial ou regular.
A diretora nova do IHA tem 30 anos de experiência com Educação Especial, sendo 22 na rede municipal de ensino. Tenho confiança no trabalho dela e pude ver como ela é admirada pelos professores da área em evento recente na Câmara de Vereadores, onde ela foi homenageada. Mas, se você tiver uma percepção diferente, por favor me informe.
Na Educação trabalhamos com pessoas, não com máquinas, e pessoas podem falhar, ter preconceitos. Assim, coloco-me também à disposição para, se souber de qualquer atitude errada de professor, diretor ou membro de minha equipe que traga prejuízos a estas crianças, poder procurar-me e ter em mim um elemento de solução.
Estas famílias já sofreram muito. Certamente, boatos não vão ajudá-las. Vamos nos unir para construir uma Inclusão com Qualidade, o que sim, leva tempo, e deve respeitar a realidade e as escolhas de cada família.
Um abraço,
Claudia Costin "
Agradecemos a atenção pessoal da Secretária, que dentre milhares de afazeres consegue incluir entrevistas ao Boechat, organização e reuniões com os pais do GT (grupo de trabalho que analisa a questão da inclusão social e educação especial) e ainda responde a seus emails, mostrando-se realmente aberta a dialogar com a sociedade.
Mas ainda ficam algumas perguntas:
1 - É verdade que o Governo Federal sempre pagou uma ajuda/subsídio de custo aos Governos Municipais por cada criança Especial em rede escolar especial? E é verdade que recentemente esse valor foi dobrado para o caso de crianças especiais serem "incluídas" em turmas regulares?
2 - É verdade que desde 2008 estão desfazendo classes especiais, sem aviso prévio aos pais (na maior parte de origem humilde e dificuldade de deslocamento)? É verdade que estas crianças que ficam sem classes especiais estão sendo redistribuindo por faixa etária em turmas regulares (muitas vezes para escolas mais longínquas que a escola de origem ou da casa de seus pais)? É verdade que a Secretaria de Educação do Município do RJ até hoje não respondeu ao Ministério Público Estadual, em sede de Inquérito Civil Público quantas classes especiais havia em 2008 e quantas há hoje, em 2010?
3 - É verdade que uma criança "incluída" cortou com tesoura a própria língua dentro de sala de aula? É verdade que outra "incluída" fugiu da Escola em direção à Avenida Brasil sendo resgatada antes de uma tragédia? É verdade que estes fatos ocorreram no período em que está se realizando essas "inclusões" em turmas regulares?
4 - É verdade que os professores de classes regulares não têm preparação para atender crianças especiais? É verdade que não há comissões fixas e determinadas de pessoas que façam análise psico-pedagócica para concluir qual criança especial pode ser "incluída" em calsse regular ou não? E quando são "incluídas" não há esta mesma comissão que faça o acompanhamento da evolução psico-pedagógica dessas crianças ou mesmo da mera adaptabilidade à mudança de rotina, o que é grave para essas crianças?
5 - É verdade que uma grande segurança para essas crianças é a rotina obtida pelo acompnhamento individual por um professor com especialização no tratamento pedagógico de crainaçs especiais, além do convívio com outras crianças com dificuldades semelhantes com quem possa se identificar e torcar experiências sem se sentir inferiorizado estar sujeito a bulling?
6 - É verdade que muitas escolas públicas tinham classes especiais e classes regulares e que seus alunos conviviam pacificamente com verdadeira inclusão social, nas horas recreativas? Isso não pode ser entendido como inclusão social? Respeitando o momento e o progresso de cada criança especial?
7 - É verdade que algumas crianças especiais, mesmo atingindo 18 anos de idade não conseguem desenvolver plenitude de autonomia intelectual e de capacidade de trabalho? O que é feito com estas crianças? Podem continuar na rede educativa pública?
8 - É verdade que o IBDD ganhou ação civil pública condenando os três entes (União, Estado RJ e Município RJ) a adaptar fisicamente as estruturas das escolas para portadores de deficiência e até hoje não há cunmprimento dessa decisão legal?
9 - É verdade que o Estado de São Paulo e do Paraná não estão fazendo inclusões genéricas e estão discutindo a Portaria do MEC que dá a entender existir uma meta de "incluir" em massa crianças especiais em turmas regulares, como forma de apresentar um pretenso projeto revolucionário de inclusão social para inglês ver, consoante uma interpretação equivocada do Estatuto Internacional dos Direitos da Criança Portadora de Deficiência, do qual o Brasil é signatário?
Se nada disso é verdade, senhores, então, não há motivo de preocupações, claro, para pais, alunos, e principalmente para as autoridades. Então autoridades, podem responder ao Ministério Público Estadual?
Quem souber de algo sobre o tema e quiser contar ou fazser perguntas, por favor, é só copiar os endereços eletrônicos da Band NEws que estão dentre os destinatários. Boechat já fez uma entrevista e a Secretária se dispôs a responder a todas as perguntas e a receber denúncias e reclamações, na entrevista de hoje.
Pelo que soube, pelo menos a Secretária mudou a presidente do IHA. Parece ter parado o processo de desestruturação de outras classes especiais. Pelo menos não estou sabendo de novas desestruturações desde outubro de 2010. Mas soube que pais ainda tem problemas com a matrícula em classes especiais este ano para o próximo ano letivo, assim como as classes anteriormente desfeitas não foram reestruturadas, ou seja, teria diminuído o número de vagas na Rede Escolar Especial, enquanto a demanda por elas cresce.
De qualquer forma, estar a Secretária Claúdia Costin aberta a receber questões da sociedade e a respondê-las faz-me ter outro tipo de esperança na melhora do processo educacional das crianças especiais no RJ. Vamos acompanhando.
Abraços a todos e especial às mães e pais e crianças especiais do RJ
Mário César
Pão e Circo, Jabor? Dívida/PIB do Brasil x Emergentes, Sardenberg?
Ontem, 23/12/2010, antes de dormir, tentei assistir ao Jornal da Globo. Fico triste de constatar que continuam numa linha factóide e mentirosa, talvez ainda sofrendo pela vitória de Dilma, ao invés de admitir a perda de suas teses e passar a focar sobre as perspectivas reais de governo para frente.
Dois exemplos dessa continuidade absurda de miopia jornalistíca foram as análises de Sardenberg sobre a situação econômica e a do Jabor sobre o Governo Lula.
Sardenberg insiste em comparar a dívida/PIB bruta brasileira, hoje em 60% (a dívida/Pib normal está em 41%), com a dívida/pib bruta média dos emergentes (China, Índia, Rússia, Turquia, México.. - ainda não disse quais são os países que compõem essa média, mas imagino que sejam esses, pois são os comparáveis emergentes de primeira linha como nós, mas me parece que na comparação estão incluídos as Filipinas e a Malásia), hoje em 40%.
Não vou me estender porque já falei sobre isso, mas essa comparação é ridícula e imbecil, gente, simplesmente porque esses países não têm Previdência Pública como a nossa. O Orçamento do INSS, o programa de transferência de renda mínima (Bolsa Família), a assistência social através do LOAS, o financiamento educacional superior como o FIES e o PROUNI, dentre outros programas não existem nesses países, portanto, não dá para comparar os gastos públicos deles diretamente com os nossos como o Sardenberg fez. Comparar somente números diretos assim é irresponsável e enganoso.
Enquanto a relação dívida/pib do Brasil estava pior que a dos países ricos, era essa a comparação feita. Agora que não está, compara-se com a dos emergentes. Só que comparar com os ricos era bom, porque eles têm estrutura semelhante à nossa (relativa a previdência social e assistência social). Comparar com países com renda per capita muito inferior à nossa, sem leis trabalhistas, sem previdência pública e sem assitência soaial para pressionar gastos públicos é uma brincadeira.
A única coisa aproveitável que Sardenberg falou é que precisamos baixar os juros reais, mas ao falar o "como" não tocou no essencial: Mudança de regras de remuneração da poupança. Sem alterar a remuneração da poupança como Lula e Mantega tentaram (e o PSDB e a Globo bancaram que era "mexer na poupança", irresponsável e populistamente), os títulos da dívida pública perdem interesse atrativo como investimento quando a SELIC chega a 8% ao ano. Controle de gastos? OK. Mas ninguém fala que manutenção de crescimento econômico e inflação controlada absorve crescimento de investimento público. Quer dizer, uma palhaçada do nosso amigo Sardenberg. Sem maiores ponderações ele apresenta uma tese que a mim é incompleta e me parece focada em desprestigiar, ainda, o Governo. Espero que o enfoque melhore de nível.
Agora e o Jabor? Disse que o que Lula fez foi "pão e circo" e que a Dilma é séria e deverá fazer diferente e ela sim atacar problemas reais e sérios nuna situação de adversidade e não em céu-de-brigadeiro.
Gente, chega a ser desrespeitoso... pão e circo? 15 milhões de empregos com carteira assinada. Pagamento da Dívida Externa (ou Dívida com o FMI, o mesmo instituto multilateral internacional que agora empresta para europeus). A afirmação de "pagamento da dívida externa" foi usado no excelente Editorial da Folha de São Paulo do dia 19/12/2010. O Lula fez umas quatro revisões/correções da tabela do Imposto de Renda, aumentando faixa de isenção de pagamento de IR e faixa de pagamento de 15% de IR. Instituiu política de aumento contínuo do salário mínimo. Criou acesso efetivo a milhares e milhares de brasileiros ao ensino superior, criou 214 escolas técnicas e quatro universidades. Construiu hidrelétricas e garantiu base energética presente e futura, garantindo que mesmo com o crescimento recorde não haja apagões de grandes proporções no Brasil. Equalizou e incentivou as carreiras de Estado, equilibrando remunerações defasadas. Aumentou valores para Bolsas Científicas... "Pão e Circo", Jabor?
E o "céu-de-brigadeiro"? O governo passou pela maior crise financeira desde 1929, em que todos os países ricos ficaram endividados até o pescoço, com queda de nível de vida (na verdade estavam vivendo um nível superior à sua capaciade econômica em muitos casos, principalmente todos aqueles que usaram os títulos "subprime") e nós continuamos com normalidade de negócios, economia, geração de emprego, arrecadação tributária e crescimento econômico recordes. A manutenção da política econômica do FHC não é mérito? Incentivar o consumo enquanto lá fora todos caíam, e enquanto a Globo falava para não incentivar o consumo, não é mérito do Governo? Investir na economia pelo BNDES, turbinando-o com 180 bilhões de reais, bem combatidos pela Globo, mas o único meio de manter girando o comércio já que os bancos estrangeiros estavam falidos ou em situação de defesa, sem emprestar para ninguém, não é mérito do Governo? Baixar impostos no período de crise, para facilitar a venda, produção e manutenção de empregos no Brasil, não é mérito do Governo? Oferecer e facilitar crédito para compra de imóveis e carros neste mesmo período, para manter nossa economia, não é mérito do Governo... é o cúmulo do ridículo. E depois que o Governo fala e faz, o Presidente não pode falar sobre seus feitos? Não dá, né?
Pelo menos parece que em algum momento irão respeitar a Presidente Dilma, já é alguma coisa.
p.s. 09/08/2011: texto revisto
Dois exemplos dessa continuidade absurda de miopia jornalistíca foram as análises de Sardenberg sobre a situação econômica e a do Jabor sobre o Governo Lula.
Sardenberg insiste em comparar a dívida/PIB bruta brasileira, hoje em 60% (a dívida/Pib normal está em 41%), com a dívida/pib bruta média dos emergentes (China, Índia, Rússia, Turquia, México.. - ainda não disse quais são os países que compõem essa média, mas imagino que sejam esses, pois são os comparáveis emergentes de primeira linha como nós, mas me parece que na comparação estão incluídos as Filipinas e a Malásia), hoje em 40%.
Não vou me estender porque já falei sobre isso, mas essa comparação é ridícula e imbecil, gente, simplesmente porque esses países não têm Previdência Pública como a nossa. O Orçamento do INSS, o programa de transferência de renda mínima (Bolsa Família), a assistência social através do LOAS, o financiamento educacional superior como o FIES e o PROUNI, dentre outros programas não existem nesses países, portanto, não dá para comparar os gastos públicos deles diretamente com os nossos como o Sardenberg fez. Comparar somente números diretos assim é irresponsável e enganoso.
Enquanto a relação dívida/pib do Brasil estava pior que a dos países ricos, era essa a comparação feita. Agora que não está, compara-se com a dos emergentes. Só que comparar com os ricos era bom, porque eles têm estrutura semelhante à nossa (relativa a previdência social e assistência social). Comparar com países com renda per capita muito inferior à nossa, sem leis trabalhistas, sem previdência pública e sem assitência soaial para pressionar gastos públicos é uma brincadeira.
A única coisa aproveitável que Sardenberg falou é que precisamos baixar os juros reais, mas ao falar o "como" não tocou no essencial: Mudança de regras de remuneração da poupança. Sem alterar a remuneração da poupança como Lula e Mantega tentaram (e o PSDB e a Globo bancaram que era "mexer na poupança", irresponsável e populistamente), os títulos da dívida pública perdem interesse atrativo como investimento quando a SELIC chega a 8% ao ano. Controle de gastos? OK. Mas ninguém fala que manutenção de crescimento econômico e inflação controlada absorve crescimento de investimento público. Quer dizer, uma palhaçada do nosso amigo Sardenberg. Sem maiores ponderações ele apresenta uma tese que a mim é incompleta e me parece focada em desprestigiar, ainda, o Governo. Espero que o enfoque melhore de nível.
Agora e o Jabor? Disse que o que Lula fez foi "pão e circo" e que a Dilma é séria e deverá fazer diferente e ela sim atacar problemas reais e sérios nuna situação de adversidade e não em céu-de-brigadeiro.
Gente, chega a ser desrespeitoso... pão e circo? 15 milhões de empregos com carteira assinada. Pagamento da Dívida Externa (ou Dívida com o FMI, o mesmo instituto multilateral internacional que agora empresta para europeus). A afirmação de "pagamento da dívida externa" foi usado no excelente Editorial da Folha de São Paulo do dia 19/12/2010. O Lula fez umas quatro revisões/correções da tabela do Imposto de Renda, aumentando faixa de isenção de pagamento de IR e faixa de pagamento de 15% de IR. Instituiu política de aumento contínuo do salário mínimo. Criou acesso efetivo a milhares e milhares de brasileiros ao ensino superior, criou 214 escolas técnicas e quatro universidades. Construiu hidrelétricas e garantiu base energética presente e futura, garantindo que mesmo com o crescimento recorde não haja apagões de grandes proporções no Brasil. Equalizou e incentivou as carreiras de Estado, equilibrando remunerações defasadas. Aumentou valores para Bolsas Científicas... "Pão e Circo", Jabor?
E o "céu-de-brigadeiro"? O governo passou pela maior crise financeira desde 1929, em que todos os países ricos ficaram endividados até o pescoço, com queda de nível de vida (na verdade estavam vivendo um nível superior à sua capaciade econômica em muitos casos, principalmente todos aqueles que usaram os títulos "subprime") e nós continuamos com normalidade de negócios, economia, geração de emprego, arrecadação tributária e crescimento econômico recordes. A manutenção da política econômica do FHC não é mérito? Incentivar o consumo enquanto lá fora todos caíam, e enquanto a Globo falava para não incentivar o consumo, não é mérito do Governo? Investir na economia pelo BNDES, turbinando-o com 180 bilhões de reais, bem combatidos pela Globo, mas o único meio de manter girando o comércio já que os bancos estrangeiros estavam falidos ou em situação de defesa, sem emprestar para ninguém, não é mérito do Governo? Baixar impostos no período de crise, para facilitar a venda, produção e manutenção de empregos no Brasil, não é mérito do Governo? Oferecer e facilitar crédito para compra de imóveis e carros neste mesmo período, para manter nossa economia, não é mérito do Governo... é o cúmulo do ridículo. E depois que o Governo fala e faz, o Presidente não pode falar sobre seus feitos? Não dá, né?
Pelo menos parece que em algum momento irão respeitar a Presidente Dilma, já é alguma coisa.
p.s. 09/08/2011: texto revisto
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Sobre o aumento do salário de Presidente, Ministros, Deputados e Senadores
É justo? Devo contrariar a nossa psicologia geral e a grita social e dizer o que um raciocínio frio permite: sim é justo.
Vocês acham razoável que o Presidente da República do Brasil ganhe menos do que o Ministro do Supremo Tribunal Federal? Ou que um Deputado Federal ou um Senador da República ganhe menos do que um Ministro do Supremo Tribunal Federal? Se todos são Presentantes (mais do que representante, eles são o próprio Poder da República, assim como Promotores de Justiça em relação ao Ministério Público) dos Poderes da República em mesmo nível hierárquico-institucional, é óbvio que não deveriam ganhar diferentemente.
Continuo, vocês acham justo que o Presidente da República ganhe R$11 mil reais enquanto um analista do Banco Central (e do IPEA e de várias outras instituições públicas) inicia sua carreira com mais do que isso?
VocÊs acham justo que o Presidente da República ganhe menos do que o Presidente de uma empresa privada? Qual cargo é mais complexo e mais importante para o País?
Gente, o problema é que tratamos os políticos todos como incompetentes e ladrões, e assim, não dá para admitir aumento nenhum de salário, porque para vagabundo nenhum salário é devido. Portanto, para pensarmos em como remunerar adequadamente os quadros públicos, sejam políticos ou administrativos, judiciários ou legislativos, precisamos retirar os rótulos e os preconceitos que a história do País, com crises inflacionárias e de moral e ética, terminou por sedimentar em nós.
Temos de fazer isso para o bem do futuro. Veja, além de ser injusto não se equiparar cargos equiparáveis em relação a valor remuneratório (injustiça remuneratória), não fazendo isso não estimulamos pessoas de bem a ver a carreira política como viável. Pois político também é gente e tem família.
O político entra (ou deveria entrar) em conflito com grandes empresas, grandes grupos econômicos, quadrilhas de corruptos e bandidos de todo gênero, e para defenderem o interesse público acabam sofrendo até ameaça de morte (Sérgio Cabral, Marcelo Freixo e muitos outros estão aí para todo mundo ver). É importante ao menos uma previsibilidade de retorno financeiro que possa garantir-lhe a organização financeira de sua família um pouco além de um trabalhador comum, na minha maneira de ver, pois se foi honesto e contrariou interesses de empresas, não poderá contar com essas empresas para trabalhar se tiver de voltar ao mercado de trabalho, concorda? Cada empresa que contraria é um local a menos de opção de emprego.
Agora, fora isso, é um símbolo. São Presentantes de Poderes Republicanos do Brasil. Há que se garantir aos mesmos capacidade financeira para serem reconhecidos mundialmente pelos seus pares como pessoas autônomas e de prestígio. Ninguém respeita miseráveis. E infelizmente na sociedade humana, em todas as épocas, a busca da distinção é uma realidade e a aparência conta muito para estimular o respeito alheio. Eu me lembro que em 1996 um diplomata russo ganhava 200 dólares... pessoas de altíssimo nível educacional... como vocÊ reage em relação à idéia de sua importÂncia e à idéia do País Rússia quando você ouve isso?
O Presidente dos EUA ganha 750 mil dólares por ano. Os parlamentares irlandeses ganham 250 mil euros por ano e este agora é o teto do funcionlismo lá, depois de cortes e reestruturas por causa da crise. E o Presidente da República brasileira tem que ganhar R$121 mil por ano?
POr fim, acho que poderíamos discutir como esses aumentos ocorreriam, se parcelados para que o crescimento da economia absorvesse o impacto dos aumentos, principalmente porque o auemnto dos parlamentares gera efeito cascata nos Estados e Municípios. E deverímaos pensar em um redutor de remuneração em função do Orçamento de cada Estado e Município, para que o auento não pese no Orçamento de Estados e Municípios ainda muito pobres, mas devemos aproveitar esse momento para discutir toda a remuneração do funcionalismo público. Devemos encontrar remunaração justa condinzente com as reais atribuições de cada cargo. E assim estimular a todos e obter o máximo comprometimento e o melhor da classe política e do funcionalismo.
Boa estrutura remuneratória atrai melhores integrantes para estas classes e o benefício é de todos. Pensemos em uma estrutura perene. Pensemos que a remuneração é para os honestos e competentes. É a única maneira de chegar à estruturação permanente correta. Os indignos que entrarem serão afastados pelo voto ou pela Justiça. Acreditem no sistema político e adminstrativo brasileiro. Até hoje ele nos garantiu o Brasil do tamanho que nós somos, produção e conservação de riqueza incalculável, e perspectiva de futuro sem delimitação de horizontes... algum crédito merecem.
Por fim, pondero que quem exige salário são os honestos, pois viverão desses valores. Um ladrão não faz questão de salário, pois obtém remuneração extra por outras vias. Ele quer só o cargo. Pensem nisso. Salários são transparentes e auditáveis, propina não.
Sejamos sérios com o tema. Não sejamos emotivos.
p.s.: Sugiro a leitura complementar do artigo "Reconstruindo o Brasil, Reconstruindo o serviço público", no arquivo deste blog, em julho de 2010. Demoraram anos e anos para que eu reunisse as informações que me habilitassem a escrever aquele artigo. Tem tudo a ver com o tema acima abordado e eu considero a perspectiva histórica de fatos primordial para entender problemas políticos e do serviço público brasileiro e mundial e sugerir soluções realmente eficazes e definitivas, ou o mais próximo disso. O link do artigo é http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/07/reconstruindo-o-brasil-reconstruindo-o.html
p.s. em 19/01/2011: Em uma revisão recente, está informado em artigo publicado neste blog, intitulado "O "Gasto" Público e a Valorização da Cidadania Brasileira", de julho de 2010, que, segundo artigo de "20/07/2010, no GLOBO, pg. 06, escrito por Gil Castelo Branco", Barack Obama ganha R$ 59,3 mil mensais. Portanto, seu salário não é de 750 mil dólares, como informei no presente artigo, mas de mais ou menos 400 mil dólares (equivalente a R$720 mil reais). Nada que altere a evidência do baixo salário do Presidente do Brasil à época questionado, de R$11 mil mensais, ou seja, R$132 mil anuais ou cento e quarenta e três mil reais contando com o 13º salário. Corrijo também estes valores, pois apresentamos, neste presente artigo, valor global do Presidente ddo Brasil em R$121 mil anuais. Não houve, como se vê, qualquer perda no sentido da informação. Aproveitamos para depurá-la em detalhe para você. É sempre o nosso compromisso de informar corretamente. Os valores remuneratórios para Barack Obama a que chegamos com base na informação do jornalista mencionado conferem com a informação do wikipedia em http://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_dos_Estados_Unidos
Vocês acham razoável que o Presidente da República do Brasil ganhe menos do que o Ministro do Supremo Tribunal Federal? Ou que um Deputado Federal ou um Senador da República ganhe menos do que um Ministro do Supremo Tribunal Federal? Se todos são Presentantes (mais do que representante, eles são o próprio Poder da República, assim como Promotores de Justiça em relação ao Ministério Público) dos Poderes da República em mesmo nível hierárquico-institucional, é óbvio que não deveriam ganhar diferentemente.
Continuo, vocês acham justo que o Presidente da República ganhe R$11 mil reais enquanto um analista do Banco Central (e do IPEA e de várias outras instituições públicas) inicia sua carreira com mais do que isso?
VocÊs acham justo que o Presidente da República ganhe menos do que o Presidente de uma empresa privada? Qual cargo é mais complexo e mais importante para o País?
Gente, o problema é que tratamos os políticos todos como incompetentes e ladrões, e assim, não dá para admitir aumento nenhum de salário, porque para vagabundo nenhum salário é devido. Portanto, para pensarmos em como remunerar adequadamente os quadros públicos, sejam políticos ou administrativos, judiciários ou legislativos, precisamos retirar os rótulos e os preconceitos que a história do País, com crises inflacionárias e de moral e ética, terminou por sedimentar em nós.
Temos de fazer isso para o bem do futuro. Veja, além de ser injusto não se equiparar cargos equiparáveis em relação a valor remuneratório (injustiça remuneratória), não fazendo isso não estimulamos pessoas de bem a ver a carreira política como viável. Pois político também é gente e tem família.
O político entra (ou deveria entrar) em conflito com grandes empresas, grandes grupos econômicos, quadrilhas de corruptos e bandidos de todo gênero, e para defenderem o interesse público acabam sofrendo até ameaça de morte (Sérgio Cabral, Marcelo Freixo e muitos outros estão aí para todo mundo ver). É importante ao menos uma previsibilidade de retorno financeiro que possa garantir-lhe a organização financeira de sua família um pouco além de um trabalhador comum, na minha maneira de ver, pois se foi honesto e contrariou interesses de empresas, não poderá contar com essas empresas para trabalhar se tiver de voltar ao mercado de trabalho, concorda? Cada empresa que contraria é um local a menos de opção de emprego.
Agora, fora isso, é um símbolo. São Presentantes de Poderes Republicanos do Brasil. Há que se garantir aos mesmos capacidade financeira para serem reconhecidos mundialmente pelos seus pares como pessoas autônomas e de prestígio. Ninguém respeita miseráveis. E infelizmente na sociedade humana, em todas as épocas, a busca da distinção é uma realidade e a aparência conta muito para estimular o respeito alheio. Eu me lembro que em 1996 um diplomata russo ganhava 200 dólares... pessoas de altíssimo nível educacional... como vocÊ reage em relação à idéia de sua importÂncia e à idéia do País Rússia quando você ouve isso?
O Presidente dos EUA ganha 750 mil dólares por ano. Os parlamentares irlandeses ganham 250 mil euros por ano e este agora é o teto do funcionlismo lá, depois de cortes e reestruturas por causa da crise. E o Presidente da República brasileira tem que ganhar R$121 mil por ano?
POr fim, acho que poderíamos discutir como esses aumentos ocorreriam, se parcelados para que o crescimento da economia absorvesse o impacto dos aumentos, principalmente porque o auemnto dos parlamentares gera efeito cascata nos Estados e Municípios. E deverímaos pensar em um redutor de remuneração em função do Orçamento de cada Estado e Município, para que o auento não pese no Orçamento de Estados e Municípios ainda muito pobres, mas devemos aproveitar esse momento para discutir toda a remuneração do funcionalismo público. Devemos encontrar remunaração justa condinzente com as reais atribuições de cada cargo. E assim estimular a todos e obter o máximo comprometimento e o melhor da classe política e do funcionalismo.
Boa estrutura remuneratória atrai melhores integrantes para estas classes e o benefício é de todos. Pensemos em uma estrutura perene. Pensemos que a remuneração é para os honestos e competentes. É a única maneira de chegar à estruturação permanente correta. Os indignos que entrarem serão afastados pelo voto ou pela Justiça. Acreditem no sistema político e adminstrativo brasileiro. Até hoje ele nos garantiu o Brasil do tamanho que nós somos, produção e conservação de riqueza incalculável, e perspectiva de futuro sem delimitação de horizontes... algum crédito merecem.
Por fim, pondero que quem exige salário são os honestos, pois viverão desses valores. Um ladrão não faz questão de salário, pois obtém remuneração extra por outras vias. Ele quer só o cargo. Pensem nisso. Salários são transparentes e auditáveis, propina não.
Sejamos sérios com o tema. Não sejamos emotivos.
p.s.: Sugiro a leitura complementar do artigo "Reconstruindo o Brasil, Reconstruindo o serviço público", no arquivo deste blog, em julho de 2010. Demoraram anos e anos para que eu reunisse as informações que me habilitassem a escrever aquele artigo. Tem tudo a ver com o tema acima abordado e eu considero a perspectiva histórica de fatos primordial para entender problemas políticos e do serviço público brasileiro e mundial e sugerir soluções realmente eficazes e definitivas, ou o mais próximo disso. O link do artigo é http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/07/reconstruindo-o-brasil-reconstruindo-o.html
p.s. em 19/01/2011: Em uma revisão recente, está informado em artigo publicado neste blog, intitulado "O "Gasto" Público e a Valorização da Cidadania Brasileira", de julho de 2010, que, segundo artigo de "20/07/2010, no GLOBO, pg. 06, escrito por Gil Castelo Branco", Barack Obama ganha R$ 59,3 mil mensais. Portanto, seu salário não é de 750 mil dólares, como informei no presente artigo, mas de mais ou menos 400 mil dólares (equivalente a R$720 mil reais). Nada que altere a evidência do baixo salário do Presidente do Brasil à época questionado, de R$11 mil mensais, ou seja, R$132 mil anuais ou cento e quarenta e três mil reais contando com o 13º salário. Corrijo também estes valores, pois apresentamos, neste presente artigo, valor global do Presidente ddo Brasil em R$121 mil anuais. Não houve, como se vê, qualquer perda no sentido da informação. Aproveitamos para depurá-la em detalhe para você. É sempre o nosso compromisso de informar corretamente. Os valores remuneratórios para Barack Obama a que chegamos com base na informação do jornalista mencionado conferem com a informação do wikipedia em http://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_dos_Estados_Unidos
sábado, 11 de dezembro de 2010
Análise dos fatos econômicos da semana e os efeitos e perspectivas para o ano 2011 na economia e repercussão no mercado imobiliário brasileiro
Pessoal, de forma simples, posso dizer que vários fatos importantes ocorreram nesta última semana (06/12 a 10/12/2010) e um quadro econômico interessante se apresenta para 2011.
O Banco Central dificultou e encareceu os empréstimos de longo prazo para o consumo, não proibindo prazos longos para tomada de empréstimo ainda. Não houve aumento do juros básico (SELIC). O crescimento do terceiro trimestre de 2010 foi maior do que o anterior somente 0,5%, ante um anterior (do segundo trimestre em relação ao primeiro) em torno de 1,5%. As famílias estão com limites na capacidade de endividamento, sem haver grandes problemas com os pagamentos de dívidas.
As medidas do Banco Central foram extremamente inteligentes (aumento do depósito compulsório dos bancos e do nível de valores próprios dos bancos em empréstimos, como anteriormente comentado – de 11% para 16,5%). Os bancos estão aumentando as taxas cobradas dos tomadores de empréstimo a longo prazo, desestimulando tomada desenfreada de empréstimo. Assim, com menos crédito fácil disponível, a perspectiva de compras e encomendas diminuem e a perspectiva inflacionária também, o que torna desnecessário aumento de juros básico (Selic), e por isso, a dívida pública também é beneficiada, porque não aumenta por este fundamento (aumento de taxas de juros).
A indicação de que este trimestre esfriou em relação ao segundo trimestre evidencia que a atividade econômica brasileira está arrefecendo, o que mais uma vez demonstra desnecessidade de aumentar Selic para controlar inflação.
Importante salientar que há duas semanas os juros futuros vêm sendo avaliado para baixo. Contratos de juros futuros estão sendo fechados em patamares menores do que os juros de curto prazo avaliados pelo mercado. Mas os juros futuros sempre indicam o curso dos juros, mesmo que estejam em sentido contrário à avaliação de curto prazo. Mais uma vez, então temos a indicação de arrefecimento da atividade econômica.
O nível de endividamenteo alto das famílias indicam que as compras diminuirão em 2011 e mais uma vez temos indicativo de arrefecimento de pressão inflacionário. E tudo isso junto inclusive evidencia que é desnecessário aumentar Selic na próxima reunião do Copom em 2011.
Aumentar juros Selic hoje, com seu patamar em 10,75% enquanto em toda a Europa e nos Estados Unidos se aproxima de 0% é um absurdo porque atrai dólares para o País e prejudica ainda mais câmbio e o desempenho das exportações e prejudica a dinâmica da dívida pública, repercutindo sobre a perspectiva de inflação de novo gerando ciclo vicioso negativo.
Portanto, fará bem o novo Presidente do Banco Central se continuar a fazer mais do mesmo ao invés de ficar ele e o COPOM dando aumentos de juros Selic que é o que o mercado financeiro quer para ganhar dinheiro fácil à custa do endividamento do País. Se precisar descer mais o consumo em 2011, é só diminuir prazos de empréstimos, exigir mais compulsório e exigir mais dinheiro próprio dos bancos em cada operação de empréstimo. Vamos trabalhar para manter uma taxa de câmbio saudável e não elevar desnecessariamente o custo da dívida pública.
Por fim, pergunto: com todos esses indicadores em mesmo sentido de arrefecimnto da atividade econômica, com o nível alto de endividamento familiar e com as dificuldades e encarecimento das operções de empréstimos, vocês estão vendo margem para muitas mais compras e explosões de procura de imóveis? Eu não vejo.
Vejo diminuição de valores disponíveis para compras, vejo menores condições de endividamento, vejo dificuldades e encarecimento de financiamentos e vejo diminuição de atividade econômica. Isso indica arrefecimento do mercado imobiliário.
O grande “x” da questão é : A Europa e EUA vão se recuperar em 2011? Porque sua recuperação dá melhores horizontes ao mercado de capitais e ao mercado financeiro e com estes mercados tranqüilos, as perspectivas de retorno em investimentos financeiros e em ações aumentam o que atrai capitais que foram direcionados para imóveis.
É fato a diminuição do desemprego americano e há perspectiva de crescimento ainda para o ano de 2010 (em torno de 2% do PIB dos EUA). Para a Europa eu vejo que há 750 bilhões de euros separados em um fundo continental pra suporte aos problemas pelos quais Irlanda, Portugal e, em menor grau, a Espanha e Itália estão passando (A Grécia já foi ajudada e os números ruins da Espanha e Itália ainda não evidenciaram que não se saiam sozinhos da crise). Sem contar que o parque industrial e econômico da Europa é diversificado e gigantesco, além de eficiente. A dívida em relação ao PIB dobrou, em média, para todos, mas estamos falando de uma economia de 16 trilhões de dólares. Vejo que a Europa está administrando bem e as perspectivas são boas de recuperação para 2011.
Concluindo: vejo valores indo para mercado de capitais. Portanto, vejo arrefecimento de procura e preços de imóveis em 2011 no Brasil.
Fiquem à vontade para comentários
abraços
p.s.1:Arrefecimento da atividade consiste no abrandamento da produção e consumo. As previsões de crescimento para 2011, como dito neste e em outros artigos, é de entre 4,5% e 5,5% (mas pode ser superior a 6%). E a previsão/meta de criação de empregos para o ano de 2011 é de três milhões de empregos, o que, a meu ver não acontecerá, justamente por diminuição do ritmo de crescimento da economia. Serão menos do que três milhões, mas serão muitas pois a economia está crescendo.
p.s.2: Para fundamentar este artigo e para compartilhar alguns textos fontes com os quais concordo e acho que são muito bons, deixo a sugestão de leitura dos seguintes artigos no Jornal O GLOBO, de 11/10/2010: "Voo da águia?", de Paulo Nogueira Batista Junior, pg. 07; "Indústria não contrata pelo 3º mês seguido - Emprego no setor ficou estável em outubro, diz o IBGE", pg. 33; "Ritmo moderado do PIB é salutar", Editorial, pg. 06; e "Vai desacelerar", coluna da Miriam Leitão, pg. 32.
O Banco Central dificultou e encareceu os empréstimos de longo prazo para o consumo, não proibindo prazos longos para tomada de empréstimo ainda. Não houve aumento do juros básico (SELIC). O crescimento do terceiro trimestre de 2010 foi maior do que o anterior somente 0,5%, ante um anterior (do segundo trimestre em relação ao primeiro) em torno de 1,5%. As famílias estão com limites na capacidade de endividamento, sem haver grandes problemas com os pagamentos de dívidas.
As medidas do Banco Central foram extremamente inteligentes (aumento do depósito compulsório dos bancos e do nível de valores próprios dos bancos em empréstimos, como anteriormente comentado – de 11% para 16,5%). Os bancos estão aumentando as taxas cobradas dos tomadores de empréstimo a longo prazo, desestimulando tomada desenfreada de empréstimo. Assim, com menos crédito fácil disponível, a perspectiva de compras e encomendas diminuem e a perspectiva inflacionária também, o que torna desnecessário aumento de juros básico (Selic), e por isso, a dívida pública também é beneficiada, porque não aumenta por este fundamento (aumento de taxas de juros).
A indicação de que este trimestre esfriou em relação ao segundo trimestre evidencia que a atividade econômica brasileira está arrefecendo, o que mais uma vez demonstra desnecessidade de aumentar Selic para controlar inflação.
Importante salientar que há duas semanas os juros futuros vêm sendo avaliado para baixo. Contratos de juros futuros estão sendo fechados em patamares menores do que os juros de curto prazo avaliados pelo mercado. Mas os juros futuros sempre indicam o curso dos juros, mesmo que estejam em sentido contrário à avaliação de curto prazo. Mais uma vez, então temos a indicação de arrefecimento da atividade econômica.
O nível de endividamenteo alto das famílias indicam que as compras diminuirão em 2011 e mais uma vez temos indicativo de arrefecimento de pressão inflacionário. E tudo isso junto inclusive evidencia que é desnecessário aumentar Selic na próxima reunião do Copom em 2011.
Aumentar juros Selic hoje, com seu patamar em 10,75% enquanto em toda a Europa e nos Estados Unidos se aproxima de 0% é um absurdo porque atrai dólares para o País e prejudica ainda mais câmbio e o desempenho das exportações e prejudica a dinâmica da dívida pública, repercutindo sobre a perspectiva de inflação de novo gerando ciclo vicioso negativo.
Portanto, fará bem o novo Presidente do Banco Central se continuar a fazer mais do mesmo ao invés de ficar ele e o COPOM dando aumentos de juros Selic que é o que o mercado financeiro quer para ganhar dinheiro fácil à custa do endividamento do País. Se precisar descer mais o consumo em 2011, é só diminuir prazos de empréstimos, exigir mais compulsório e exigir mais dinheiro próprio dos bancos em cada operação de empréstimo. Vamos trabalhar para manter uma taxa de câmbio saudável e não elevar desnecessariamente o custo da dívida pública.
Por fim, pergunto: com todos esses indicadores em mesmo sentido de arrefecimnto da atividade econômica, com o nível alto de endividamento familiar e com as dificuldades e encarecimento das operções de empréstimos, vocês estão vendo margem para muitas mais compras e explosões de procura de imóveis? Eu não vejo.
Vejo diminuição de valores disponíveis para compras, vejo menores condições de endividamento, vejo dificuldades e encarecimento de financiamentos e vejo diminuição de atividade econômica. Isso indica arrefecimento do mercado imobiliário.
O grande “x” da questão é : A Europa e EUA vão se recuperar em 2011? Porque sua recuperação dá melhores horizontes ao mercado de capitais e ao mercado financeiro e com estes mercados tranqüilos, as perspectivas de retorno em investimentos financeiros e em ações aumentam o que atrai capitais que foram direcionados para imóveis.
É fato a diminuição do desemprego americano e há perspectiva de crescimento ainda para o ano de 2010 (em torno de 2% do PIB dos EUA). Para a Europa eu vejo que há 750 bilhões de euros separados em um fundo continental pra suporte aos problemas pelos quais Irlanda, Portugal e, em menor grau, a Espanha e Itália estão passando (A Grécia já foi ajudada e os números ruins da Espanha e Itália ainda não evidenciaram que não se saiam sozinhos da crise). Sem contar que o parque industrial e econômico da Europa é diversificado e gigantesco, além de eficiente. A dívida em relação ao PIB dobrou, em média, para todos, mas estamos falando de uma economia de 16 trilhões de dólares. Vejo que a Europa está administrando bem e as perspectivas são boas de recuperação para 2011.
Concluindo: vejo valores indo para mercado de capitais. Portanto, vejo arrefecimento de procura e preços de imóveis em 2011 no Brasil.
Fiquem à vontade para comentários
abraços
p.s.1:Arrefecimento da atividade consiste no abrandamento da produção e consumo. As previsões de crescimento para 2011, como dito neste e em outros artigos, é de entre 4,5% e 5,5% (mas pode ser superior a 6%). E a previsão/meta de criação de empregos para o ano de 2011 é de três milhões de empregos, o que, a meu ver não acontecerá, justamente por diminuição do ritmo de crescimento da economia. Serão menos do que três milhões, mas serão muitas pois a economia está crescendo.
p.s.2: Para fundamentar este artigo e para compartilhar alguns textos fontes com os quais concordo e acho que são muito bons, deixo a sugestão de leitura dos seguintes artigos no Jornal O GLOBO, de 11/10/2010: "Voo da águia?", de Paulo Nogueira Batista Junior, pg. 07; "Indústria não contrata pelo 3º mês seguido - Emprego no setor ficou estável em outubro, diz o IBGE", pg. 33; "Ritmo moderado do PIB é salutar", Editorial, pg. 06; e "Vai desacelerar", coluna da Miriam Leitão, pg. 32.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Sensacional: aprovados Ortotanáisa e fornecimento de filtro solar FPS 12 pelo SUS
Senhoras e senhores, não sei como esse tipo de notícia não foi manchete em jornais de grande circulação.
A Comissão de Seguridade Social da Câmara aprovou o projeto do Senador Gerson Camata que descriminaliza e regulamenta a prática da ortanásia. O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça.
Através do procedimento de ortotanásia os médico poderão interromper "procedimentos médicos para pacientes terminais", segundo a artigo no Jornal Extra, pg. 18, datado de 09/12/2010. O procedimento só poderia ocorrer a pacientes terminais e irrecuperáveis, após consentimento do paciente e/ou seus familiares e após aval de uma junta médica.
Sensacional. É a garantia de dignidade humana para pacientes em fase terminal e seus familiares, ao meu modo de ver. Só quem já viu ou já passou por isso sabe o sofrimento que o paciente e sua família passam, sabendo que não há esperança e piorando ou definhando dia após dia, até a ocorrência do falecimento que todos já sabem que ocorrerá.
Quem sofre o drama, já desenganado pelos médicos, deveria poder escolher entre alimentar esperanças ou despedir-se com dignidade e altivez de seus familiares. Aprovo cem por cento, com a regulamentação adequada e total segurança dos procedimentos para o paciente e garantia de que somente seria possível com autorização do próprio paciente e/ou parentes, após o aval de junta médica.
Quanto ao Protetor Solar Fator de Proteção Solar (FPS) 12 a ser distribuído gratuitamente à população pelo SUS e obrigatoriamente pelos empregadores que exigem exposição ao sol de seus empregados, acho excelente também.
Primeiro, com a alteração sabida da camada de ozônio (e constatável a qualquer um que vá à praia), nada mais civilizado do que proteger a população que não pode pagar pelo protetor solar mas precisa trabalhar ao sol, como ambulantes, pedreiros, mestres de obras e prestadores de serviços em geral.
O projeto foi aprovado dia 08/12 pela Comissão de Constituição e Justiça e, segundo o artigo no Jornal Extra, de 09/12/2010, pg. 18, também foi aprovado simbolicamente pela Câmara e aguarda regulamentação pelo Poder Executivo.
É óbvio que a justificativa apresentada sobre a economia que esse investimento proporcionará, ao impedir surgimento de câncer de pele a ser tratado posteriormente na rede pública de saúde, é mais do que legítima. Mas, .. pode ser que alguns colunistas econômicos entendam que isso aumenta o "gasto público" e deveria ser contingenciado também, não é mesmo?
Parabéns à Câmara dos Deputados e ao Parlamento em geral pelos dois excelentes projetos que melhoram a qualidade de vida do brasileiro e satisfazem o princípio da dignidade humana prevista em nossa Carta Maior.
A Comissão de Seguridade Social da Câmara aprovou o projeto do Senador Gerson Camata que descriminaliza e regulamenta a prática da ortanásia. O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça.
Através do procedimento de ortotanásia os médico poderão interromper "procedimentos médicos para pacientes terminais", segundo a artigo no Jornal Extra, pg. 18, datado de 09/12/2010. O procedimento só poderia ocorrer a pacientes terminais e irrecuperáveis, após consentimento do paciente e/ou seus familiares e após aval de uma junta médica.
Sensacional. É a garantia de dignidade humana para pacientes em fase terminal e seus familiares, ao meu modo de ver. Só quem já viu ou já passou por isso sabe o sofrimento que o paciente e sua família passam, sabendo que não há esperança e piorando ou definhando dia após dia, até a ocorrência do falecimento que todos já sabem que ocorrerá.
Quem sofre o drama, já desenganado pelos médicos, deveria poder escolher entre alimentar esperanças ou despedir-se com dignidade e altivez de seus familiares. Aprovo cem por cento, com a regulamentação adequada e total segurança dos procedimentos para o paciente e garantia de que somente seria possível com autorização do próprio paciente e/ou parentes, após o aval de junta médica.
Quanto ao Protetor Solar Fator de Proteção Solar (FPS) 12 a ser distribuído gratuitamente à população pelo SUS e obrigatoriamente pelos empregadores que exigem exposição ao sol de seus empregados, acho excelente também.
Primeiro, com a alteração sabida da camada de ozônio (e constatável a qualquer um que vá à praia), nada mais civilizado do que proteger a população que não pode pagar pelo protetor solar mas precisa trabalhar ao sol, como ambulantes, pedreiros, mestres de obras e prestadores de serviços em geral.
O projeto foi aprovado dia 08/12 pela Comissão de Constituição e Justiça e, segundo o artigo no Jornal Extra, de 09/12/2010, pg. 18, também foi aprovado simbolicamente pela Câmara e aguarda regulamentação pelo Poder Executivo.
É óbvio que a justificativa apresentada sobre a economia que esse investimento proporcionará, ao impedir surgimento de câncer de pele a ser tratado posteriormente na rede pública de saúde, é mais do que legítima. Mas, .. pode ser que alguns colunistas econômicos entendam que isso aumenta o "gasto público" e deveria ser contingenciado também, não é mesmo?
Parabéns à Câmara dos Deputados e ao Parlamento em geral pelos dois excelentes projetos que melhoram a qualidade de vida do brasileiro e satisfazem o princípio da dignidade humana prevista em nossa Carta Maior.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Site para pesquisa patrimonial de candidatos eleitos 2010
Galera, essa é demais!
Neste site há várias informações pessoais dos candidatos eleitos em 2010 para a Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, que não são privadas porque são informações oficialmente prestadas à Justiça Eleitoral de acesso público.
Naturalmente não tenho como conferir o conteúdo, mas me pareceu idôneo. Você pode ainda conferir o nível de escolaridade de todos eles e conhecer um pouco mais nossos representantes.
O link é:
http://noticias.uol.com.br/politica/politicos-brasil/2010/deputado-federal/09121948-henrique-eduardo-alves.jhtm
Está Henrique Eduardo Alves porque cheguei ao site pesquisando sua história e se for retirado seu nome não se acessa o endereço eletrônico (falha minha admito). Mas depois de acessar este link assim mesmo há opção de mudar o parlamentar, bem como fazer pesquisa por diversos filtros.
Divirtam-se.
Neste site há várias informações pessoais dos candidatos eleitos em 2010 para a Câmara dos Deputados e ao Senado Federal, que não são privadas porque são informações oficialmente prestadas à Justiça Eleitoral de acesso público.
Naturalmente não tenho como conferir o conteúdo, mas me pareceu idôneo. Você pode ainda conferir o nível de escolaridade de todos eles e conhecer um pouco mais nossos representantes.
O link é:
http://noticias.uol.com.br/politica/politicos-brasil/2010/deputado-federal/09121948-henrique-eduardo-alves.jhtm
Está Henrique Eduardo Alves porque cheguei ao site pesquisando sua história e se for retirado seu nome não se acessa o endereço eletrônico (falha minha admito). Mas depois de acessar este link assim mesmo há opção de mudar o parlamentar, bem como fazer pesquisa por diversos filtros.
Divirtam-se.
Um site interessante: o melhor do Wikileaks
Pessoal, achei este endereço eletrônico de um blog criado no portal Globo.com chamado "o melhor do wikileaks".
O objetivo é divuldar o conteúdo dos documentos publicados pelo wikileaks e achei muito interessante, porque te passam o texto mastigado, enquanto no wikileaks você teria mais trabalho em traduzir os documentos oficiais.
O blog é recente, de dezembro, mas está interesante. Pelo que li da petição internacional em defesa de Assange, dos 250 mil documentos somente foram publicados 800 por enquanto, pois há processo de averiguação de autenticidade e tal, mas se o blog passasse tudo seria muito mais do que o satisfatório.
Deixo o link aqui:
http://oglobo.globo.com/blogs/melhorwikileaks/
Aproveito para dizer que é claro que se alguém fizesse isso com documentos brasileiros eu ficaria muito surpreso e me sentiria traído, fosse nacional (muito principalmente) ou estrangeiro, mas não seria quem publicou, na qualidade de jornalista ou blogger, quem deveria pagar, mas sim quem permitiu o vazamento de documentos oficiais, óbvio. O dever da imprensa e da mídia (e blogs integram a mídia) é de publicar para possibilitar e efetivar o controle do Estado e dos atos políticos pela sociedade na persecução do bem comum.
Abraços
O objetivo é divuldar o conteúdo dos documentos publicados pelo wikileaks e achei muito interessante, porque te passam o texto mastigado, enquanto no wikileaks você teria mais trabalho em traduzir os documentos oficiais.
O blog é recente, de dezembro, mas está interesante. Pelo que li da petição internacional em defesa de Assange, dos 250 mil documentos somente foram publicados 800 por enquanto, pois há processo de averiguação de autenticidade e tal, mas se o blog passasse tudo seria muito mais do que o satisfatório.
Deixo o link aqui:
http://oglobo.globo.com/blogs/melhorwikileaks/
Aproveito para dizer que é claro que se alguém fizesse isso com documentos brasileiros eu ficaria muito surpreso e me sentiria traído, fosse nacional (muito principalmente) ou estrangeiro, mas não seria quem publicou, na qualidade de jornalista ou blogger, quem deveria pagar, mas sim quem permitiu o vazamento de documentos oficiais, óbvio. O dever da imprensa e da mídia (e blogs integram a mídia) é de publicar para possibilitar e efetivar o controle do Estado e dos atos políticos pela sociedade na persecução do bem comum.
Abraços
Apoie o Wikileaks você também!!
Pessoal,
assinei a petição da AVAAZ.ORG de apoio ao Julian Assande para parar a perseguição política a um cidadão que meramente publicou documento que chegou a suas mãos e foi verificada por um grupo de jornalistas sobre a autenticidade antes de publicação.
Abaixo a mensagem que recebi em resposta e indicações de link tanto para assinatura em apoio como links com informações sobre o tema em texto padrão direcionado ao público mundial.
Engraçado que os meios comuns de comunicação, quando os documentos oficiais e as ações de reprimenda vêm da Europa ou Estados unidos, não se posicionm, não defendem a liberdade de imprensa. POrque não vai me dizer que essa caçada toda foi por crime sexual, o qual se tiver ocorrido tem que ser julgado e passível de pena, mas nos EUA há quem defenda o assassinato de Julian e seu staff, acusando-o de terrorismo!!
Se a divulgação fosse de documentos da Venezuela ou China e estes Estados tivessem preso o divulgador de documentos oficiais venezuelanos ou chineses eu duvido que ocorreria esta caçada... é bom que fique visto e anotado o sistema de dois pesos e duas medidas dos canais oficiais de comunicação na Europa, Estados Unidos e no Brasil, inclusive no Brasil. A primeira autoridade a defender Assange, é senhores, partiu de Lula... pelo menos nós, brasileiros, através do ainda Presidente da República, podemos ter uma participação no lado da defesa da liberdade mundial de imprensa.
Mas faça mais. Faça você mesmo. Assine a lista no link acima.
abraços
assinei a petição da AVAAZ.ORG de apoio ao Julian Assande para parar a perseguição política a um cidadão que meramente publicou documento que chegou a suas mãos e foi verificada por um grupo de jornalistas sobre a autenticidade antes de publicação.
Abaixo a mensagem que recebi em resposta e indicações de link tanto para assinatura em apoio como links com informações sobre o tema em texto padrão direcionado ao público mundial.
"Obrigado por assinar a petição pelo WikiLeaks! O seu nome foi acrescentado.
Quanto mais pessoas participarem hoje, mais poderoso será o nosso chamado para acabar com os ataques.
Por favor, divulgue esta campanha e depois encaminhe o link abaixo para os seus amigos e familiares. Depois divulgue nas redes sociais:
http://www.avaaz.org/po/wikileaks_petition/97.php
Muito obrigado,
A equipe Avaaz
PS. Encaminhe o alerta original da Avaaz abaixo.
----------------------
Caros amigos,
A campanha de intimidação massiva contra o WikiLeaks está assustando defensores da mídia livre do mundo todo.
Advogados peritos estão dizendo que o WikiLeaks provavelmente não violou nenhuma lei. Mas mesmo assim políticos dos EUA de alto escalão estão chamando o site de grupo terrorista e comentaristas estão pedindo o assassinato de sua equipe. O site vem sofrendo ataques fortes de países e empresas, porém o WikiLeaks só publica informações passadas por delatores. Eles trabalham com os principais jornais (NY Times, Guardian, Spiegel) para cuidadosamente selecionar as informações que eles publicam.
A intimidação extra judicial é um ataque à democracia. Nós precisamos de uma manifestação publica pela liberdade de expressão e de imprensa. Assine a petição pelo fim dos ataques e depois encaminhe este email para todo mundo – vamos conseguir 1 milhão de vozes e publicar anúncios de página inteira em jornais dos EUA esta semana!
http://www.avaaz.org/po/wikileaks_petition/97.php
O WikiLeaks não age sozinho – eles trabalham em parceria com os principais jornais do mundo (NY Times, Guardian, Der Spiegel, etc) para cuidadosamente revisar 250.000 telegramas (cabos) diplomáticos dos EUA, removendo qualquer informação que seja irresponsável publicar. Somente 800 cabos foram publicados até agora. No passado, a WikiLeaks expôs tortura, assassinato de civis inocentes no Iraque e Afeganistão pelo governo, e corrupção corporativa.
O governo dos EUA está usando todas as vias legais para impedir novas publicações de documentos, porém leis democráticas protegem a liberdade de imprensa. Os EUA e outros governos podem não gostar das leis que protegem a nossa liberdade de expressão, mas é justamente por isso que elas são importantes e porque somente um processo democrático pode alterá-las.
Algumas pessoas podem discordar se o WikiLeaks e seus grandes jornais parceiros estão publicando mais informações que o público deveria ver, se ele compromete a confidencialidade diplomática, ou se o seu fundador Julian Assange é um herói ou vilão. Porém nada disso justifica uma campanha agressiva de governos e empresas para silenciar um canal midiático legal. Clique abaixo para se juntar ao chamado contra a perseguição:
http://www.avaaz.org/po/wikileaks_petition/97.php
Você já se perguntou porque a mídia raramente publica as histórias completas do que acontece nos bastidores? Por que quando o fazem, governos reagem de forma agressiva, Nestas horas, depende do público defender os direitos democráticos de liberdade de imprensa e de expressão. Nunca houve um momento tão necessário de agirmos como agora.
Com esperança,
Ricken, Emma, Alex, Alice, Maria Paz e toda a equipe da Avaaz
Fontes:
Fundador do site WikiLeaks é preso em Londres:
http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/fundador+do+site+wikileaks+e+preso+em+londres/n1237852973735.html
Hackers lançam ataques em resposta a bloqueio de dinheiro do Wikileaks:
http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5g5_1RyqwzqqSdcdkuXSkRwc3OCbA?docId=CNG.3ee5f70f5e1bc38f749f897810be5a31.6a1
Conheça o homem por trás do site que revelou documentos secretos americanos:
http://www.correio24horas.com.br/noticias/detalhes/detalhes-1/artigo/conheca-a-historia-do-site-que-revelou-documentos-secretos-americanos/"
Engraçado que os meios comuns de comunicação, quando os documentos oficiais e as ações de reprimenda vêm da Europa ou Estados unidos, não se posicionm, não defendem a liberdade de imprensa. POrque não vai me dizer que essa caçada toda foi por crime sexual, o qual se tiver ocorrido tem que ser julgado e passível de pena, mas nos EUA há quem defenda o assassinato de Julian e seu staff, acusando-o de terrorismo!!
Se a divulgação fosse de documentos da Venezuela ou China e estes Estados tivessem preso o divulgador de documentos oficiais venezuelanos ou chineses eu duvido que ocorreria esta caçada... é bom que fique visto e anotado o sistema de dois pesos e duas medidas dos canais oficiais de comunicação na Europa, Estados Unidos e no Brasil, inclusive no Brasil. A primeira autoridade a defender Assange, é senhores, partiu de Lula... pelo menos nós, brasileiros, através do ainda Presidente da República, podemos ter uma participação no lado da defesa da liberdade mundial de imprensa.
Mas faça mais. Faça você mesmo. Assine a lista no link acima.
abraços
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
A importância de Diplomatas Brasileiros de Carreira e a defesa dos reais interesses Brasileiros
Quero parabenizar o jornalista Elio Gaspari pelo seu artigo intitulado "O Wikileaks lavou a alma do Itamaraty", publicado em 05/12/2010, no Jornal o Globo, pg.12.
Ele dá notícia de que o vazamento dos documentos oficiais e secretos americanos deixou patnte que "o governo americano é inimigo do Itamaraty". Segundo os documentos vazados, na forma do artigo comentado do Elio Gaspari, o Embaixador americano Clifford Sobel teria conversado com nosso Ministro da Defesa Nelson Jobim e concluído que ele seria um homem decidido a "desafiar a supremacia histórica do Itamaraty em todas as áreas da política externa".
O próprio Gaspari considera que "o que incomoda o Departamento de Estado (americano) é uma diplomacia capaz de impedir que sua embaixada negocie no varejo dos ministérios assuntos que envolvam relações internacioanais". Dentre eles, ficaria facilitado o ALCA, venda de armamentos americanos ao Brasil, tarifas de importação/exportação e, claro, talvez nunca tivéssemos processado os EUA por subsídios ao algodão e outros.
Essa é a importância de funcionários públicos de carreira que sejam de alto nível, bem remunerados e tenham uma boa estrutura de trabalho para defender nossos reais interesses. O Brasil é respeitado por não ser entreposto comercial de interesses nacionais e internacionais. O Itamaraty tem personalidade resultante de dezenas de décadas de anos de prática e experiência.
No fim, para ser visto como a política externa americana é falsa, apesar de apoiarem o Governo de Direita que depõs Manuel Zelaya (Honduras), tendo praticamente o Brasil ficado isolado em defendê-lo acusando o ato de golpe de Estado, ficou evidente dos documentos vazados, segundo Gaspari, que em telegrama da embaixada do EUA em Tegucigalpa, trÊs semanas depois da deposição de Manuel Zelaya "na visão da embaixada, os militares, a Corte Suprema e o Congresso armaram um golpe ilegal e inconstitucional contra o Poder Executivo". Ou seja, é muito importante termos nossas próprias referências. Quem somente segue cegamente não influencia o mundo ou faz valer seus valores.
Parabéns ao Itamaraty e a nossos diplomatas de carreira, parabéns ao Presidente do Wikileaks, Julien Assenge, herói internacional pela liberdade de imprensa que está sendo caçado, parabéns ao Elio Gaspari e parabéns ao Jornal O Globo, por ter permitido a publicação deste tipo de artigo, quando a minha impressão à época foi a de que, como normalmente ocorre, a posição do Jornal foi endossar a polítca norte-americana de reconhecer o governo golpista em Honduras e ter deixado nosso Governo Brasileiro valente e solitário na defesa da soberania e autodeterminação dos povos.
Nos EUA, organizado por uma sociedade inicialmente composta por pequenos burgueses e comerciantes, artesãos e tecelães que não tinham oportunidades na Europa com o surgimento da Revolução Industrial, a visão de Estado e de carreiras de Estado é muito diferente. É comum Promotores de Justiça serem eleitos, Delegados de Polícia e muitos cargos diplomáticos e embaixadas americanas são ocupados por remanescentes da área privada, de empresas privadas.
Assim, prejuízos ao interesse público podem ter marcha. E ao meu ver, o maior exemplo disso foi a invasão do Iraque, contra a opinião da ONU, com base em argumentos falsos, mas com excelentes retornos financeiros em contratos de extração de petróleo, obras para empresas americanas (inclusive do Vice-Presidente americano Dick Cheney), vendas de armas e aço ao governo americano pelas empreas americanas, a um custo altíssimo das finanças públicas americanas, que hoje, sem o gastos de trilhões na guerra, poderiam estar muito melhores e terem absorvido melhor o impacto da crise financeira de 2008.
Hoje, os EUA têm déficit público de 9,9%, relação dívida/PIB de mais de 90% (já foi de 25%), desemprego em 9,2% (quando já teve 4% com Clinton)... mas as empresas de armas, petróleo e aço estão muito satisfeitas.
Autonomia na condução de interesses públicos de uma nação tem custos: quadro próprio de funcionários públicos de alto nível e bem remunerados. Mas o retorno é maior do que entregar tudo para área privada e ver interesses privados predominarem ao público ao custo muito maior para a economia e a população (e menos fiscalizável e muito menos transparente).
Ele dá notícia de que o vazamento dos documentos oficiais e secretos americanos deixou patnte que "o governo americano é inimigo do Itamaraty". Segundo os documentos vazados, na forma do artigo comentado do Elio Gaspari, o Embaixador americano Clifford Sobel teria conversado com nosso Ministro da Defesa Nelson Jobim e concluído que ele seria um homem decidido a "desafiar a supremacia histórica do Itamaraty em todas as áreas da política externa".
O próprio Gaspari considera que "o que incomoda o Departamento de Estado (americano) é uma diplomacia capaz de impedir que sua embaixada negocie no varejo dos ministérios assuntos que envolvam relações internacioanais". Dentre eles, ficaria facilitado o ALCA, venda de armamentos americanos ao Brasil, tarifas de importação/exportação e, claro, talvez nunca tivéssemos processado os EUA por subsídios ao algodão e outros.
Essa é a importância de funcionários públicos de carreira que sejam de alto nível, bem remunerados e tenham uma boa estrutura de trabalho para defender nossos reais interesses. O Brasil é respeitado por não ser entreposto comercial de interesses nacionais e internacionais. O Itamaraty tem personalidade resultante de dezenas de décadas de anos de prática e experiência.
No fim, para ser visto como a política externa americana é falsa, apesar de apoiarem o Governo de Direita que depõs Manuel Zelaya (Honduras), tendo praticamente o Brasil ficado isolado em defendê-lo acusando o ato de golpe de Estado, ficou evidente dos documentos vazados, segundo Gaspari, que em telegrama da embaixada do EUA em Tegucigalpa, trÊs semanas depois da deposição de Manuel Zelaya "na visão da embaixada, os militares, a Corte Suprema e o Congresso armaram um golpe ilegal e inconstitucional contra o Poder Executivo". Ou seja, é muito importante termos nossas próprias referências. Quem somente segue cegamente não influencia o mundo ou faz valer seus valores.
Parabéns ao Itamaraty e a nossos diplomatas de carreira, parabéns ao Presidente do Wikileaks, Julien Assenge, herói internacional pela liberdade de imprensa que está sendo caçado, parabéns ao Elio Gaspari e parabéns ao Jornal O Globo, por ter permitido a publicação deste tipo de artigo, quando a minha impressão à época foi a de que, como normalmente ocorre, a posição do Jornal foi endossar a polítca norte-americana de reconhecer o governo golpista em Honduras e ter deixado nosso Governo Brasileiro valente e solitário na defesa da soberania e autodeterminação dos povos.
Nos EUA, organizado por uma sociedade inicialmente composta por pequenos burgueses e comerciantes, artesãos e tecelães que não tinham oportunidades na Europa com o surgimento da Revolução Industrial, a visão de Estado e de carreiras de Estado é muito diferente. É comum Promotores de Justiça serem eleitos, Delegados de Polícia e muitos cargos diplomáticos e embaixadas americanas são ocupados por remanescentes da área privada, de empresas privadas.
Assim, prejuízos ao interesse público podem ter marcha. E ao meu ver, o maior exemplo disso foi a invasão do Iraque, contra a opinião da ONU, com base em argumentos falsos, mas com excelentes retornos financeiros em contratos de extração de petróleo, obras para empresas americanas (inclusive do Vice-Presidente americano Dick Cheney), vendas de armas e aço ao governo americano pelas empreas americanas, a um custo altíssimo das finanças públicas americanas, que hoje, sem o gastos de trilhões na guerra, poderiam estar muito melhores e terem absorvido melhor o impacto da crise financeira de 2008.
Hoje, os EUA têm déficit público de 9,9%, relação dívida/PIB de mais de 90% (já foi de 25%), desemprego em 9,2% (quando já teve 4% com Clinton)... mas as empresas de armas, petróleo e aço estão muito satisfeitas.
Autonomia na condução de interesses públicos de uma nação tem custos: quadro próprio de funcionários públicos de alto nível e bem remunerados. Mas o retorno é maior do que entregar tudo para área privada e ver interesses privados predominarem ao público ao custo muito maior para a economia e a população (e menos fiscalizável e muito menos transparente).
O preconceito das agências de rating com o Brasil
Artigo no Jornal o Globo de hoje, 07/12/2010, deixa patente que mais do que mera comparação de números e contas influenciam os ratings concedidos a países.
No artigo da pg. 24, intitulado "Para Presidente do BC, agências deveriam melhorar nota do Brasil", Henrique Meirelles informa que o Brasil tem números melhores que muitos países europeus que atualmente se encontram com melhor rating, o que é uma total incongruência a exigir em breve elevação do rating do Brasil.
Esses ratings são importantes pois melhoram a imagem do país melhor avaliado e diminui os juros cobrados pelo mercado a tais países. Inclusive muitos estatutos de sociedades de investimentos exigem formalmente a consideração destes ratings para admissão de mais ou menos investimentos em títulos de dívida dos países avaliados.
Meirelles falou que enquanto "Irlanda, Portugal e Itália, que têm, respectivamente, relação dívida bruta/PIB de 65%, 77% e 116% e notas de risco da S&P (agÊncia de rating Stand & Poors) A, A- e A" o Brasil tem 60% de dívida bruta/PIB e é classificado como BBB.
Sabem a resposta da representante da S&P? Que o Brasil não pode se comparar com as economias européias, que estão sob avaliação negativa, mas deve se comparar com os emergentes como China, Coréia do Sul e Índia e em relação a estes a dívida brasileira está alta com necessidade de rolagem de dívida de 25% ao ano.
Agora, senhores, qual é o custo da Previdência Pública da China, Índia e Coréia do Sul? Qual é a estabilidade social e institucional da Índia, China e Coréia do Sul? Se nossa sociedade brasileira, instituições políticas e nossa previdência pública e economia têm estruturas idênticas às européias, como não podemos nos comparar com os países europeus para efeito de rating? E se eles estão piores, como podem permanecer com rating melhor e obtendo aval formal para pagamento de juros internacionais menores do que nós brasileiros?
Isso, senhores, é para nós aprendermos que ninguém está aqui para colocar azeitona na empadinha de ninguém. As agências de rating que existem são européias e americanas. Temos de criar agências de rating brasileiras, latino-americanas e asiáticas, para haver real justiça na distribuição de ratings.
No artigo da pg. 24, intitulado "Para Presidente do BC, agências deveriam melhorar nota do Brasil", Henrique Meirelles informa que o Brasil tem números melhores que muitos países europeus que atualmente se encontram com melhor rating, o que é uma total incongruência a exigir em breve elevação do rating do Brasil.
Esses ratings são importantes pois melhoram a imagem do país melhor avaliado e diminui os juros cobrados pelo mercado a tais países. Inclusive muitos estatutos de sociedades de investimentos exigem formalmente a consideração destes ratings para admissão de mais ou menos investimentos em títulos de dívida dos países avaliados.
Meirelles falou que enquanto "Irlanda, Portugal e Itália, que têm, respectivamente, relação dívida bruta/PIB de 65%, 77% e 116% e notas de risco da S&P (agÊncia de rating Stand & Poors) A, A- e A" o Brasil tem 60% de dívida bruta/PIB e é classificado como BBB.
Sabem a resposta da representante da S&P? Que o Brasil não pode se comparar com as economias européias, que estão sob avaliação negativa, mas deve se comparar com os emergentes como China, Coréia do Sul e Índia e em relação a estes a dívida brasileira está alta com necessidade de rolagem de dívida de 25% ao ano.
Agora, senhores, qual é o custo da Previdência Pública da China, Índia e Coréia do Sul? Qual é a estabilidade social e institucional da Índia, China e Coréia do Sul? Se nossa sociedade brasileira, instituições políticas e nossa previdência pública e economia têm estruturas idênticas às européias, como não podemos nos comparar com os países europeus para efeito de rating? E se eles estão piores, como podem permanecer com rating melhor e obtendo aval formal para pagamento de juros internacionais menores do que nós brasileiros?
Isso, senhores, é para nós aprendermos que ninguém está aqui para colocar azeitona na empadinha de ninguém. As agências de rating que existem são européias e americanas. Temos de criar agências de rating brasileiras, latino-americanas e asiáticas, para haver real justiça na distribuição de ratings.
domingo, 5 de dezembro de 2010
Renovação alta na Câmara e no Senado - Boa Notícia
Pessoal, quero chamar a atenção para um fato extremamente positivo: a Câmara dos Deputaos sofreu uma renovação de 40% e dos 54 Senadores em fim de mandato, apenas 12 permanecerão, ou seja, renovação de maiso ou menos 73% dos cargos em disputa no Senado. Notícia de hoje, 05/12/2010, Jornal O Globo, artigo "Renovação esvazia Câmara e Senado", das jornalistas Adriana Vasconcelos e Isabel Braga, à pg. 13.
Aliado ao fato de que o cidadão conseguiu criar as duas únicas punições graves políticas palpáveis, em sede infraconstitucional, quais sejam, previsão de crime à compra de voto e barragem à eleição de "fichas sujas" (duas previsões legais de iniciativa popular), vemos que o cerco aos maus políticos realmente está fechando.
É um momento de esperança real. Uma nova classe de representantes, para cidadãos críticos e mais bem informados, mesmo os mais pobres (grupo que vem diminuindo). Prisões de políticos e figurões por anos, escola aos mais pobres por anos e anos, a mídia publicando as atrocidades políticas há anos, iniciativas populares e estamos vendo resultados.
Vamos ver o que o futuro nos reserva, mas tendo em vista que muitos amigos meus, e praticamente todos com quem falo, sabem em quem votou, porque votou, e até mesmo em quem tinha votado nas últimas eleições, e isso está cada vez mais comum... creio que o futuro é auspicioso. As pessoas se interessam mais por política hoje e querem influir em seus futuros.
Aliado ao fato de que o cidadão conseguiu criar as duas únicas punições graves políticas palpáveis, em sede infraconstitucional, quais sejam, previsão de crime à compra de voto e barragem à eleição de "fichas sujas" (duas previsões legais de iniciativa popular), vemos que o cerco aos maus políticos realmente está fechando.
É um momento de esperança real. Uma nova classe de representantes, para cidadãos críticos e mais bem informados, mesmo os mais pobres (grupo que vem diminuindo). Prisões de políticos e figurões por anos, escola aos mais pobres por anos e anos, a mídia publicando as atrocidades políticas há anos, iniciativas populares e estamos vendo resultados.
Vamos ver o que o futuro nos reserva, mas tendo em vista que muitos amigos meus, e praticamente todos com quem falo, sabem em quem votou, porque votou, e até mesmo em quem tinha votado nas últimas eleições, e isso está cada vez mais comum... creio que o futuro é auspicioso. As pessoas se interessam mais por política hoje e querem influir em seus futuros.
sábado, 4 de dezembro de 2010
Relação Dívida/PIB Brasil x Mundo - Comparação - capacidade e planejamento de Investimentos/Gastos Públicos
Pessoal, vou apresentar uns dados para que vocês tenham uma idéia clara sobre nossas finança públicas, para que vocês tenham alguns parâmetros e avaliem por si sós a nossa situação em comparação ao mundo e às nossas necessidades de capital e possibilidades de investimentos em obras, contratações de funcionários públicos e pagamento de salários e aposentadorias.
Acho que essa informação em bloco é melhor do que essas notícias homeopáticas de jornais que não comparam e não te municiam a tirar suas próprias conclusões, mas somente usam informações parciais para manipular sua perspectiva sobre fatos políticos e ações de governo.
Entendo que estas noções serão particularmente interessantes na medida em que a Globo, por exemplo, não adaptar sua conduta de somente bater no Governo mesmo apelando para informações parciais. Dá para criticar dando a informação total. É só isso que peço à Globo e à grande mídia.
Os valores são aproximados e válidos para o ano de 2010 e as fontes são jornais e sites especializados, especialmente o Globo. Alguns parâmetros estão faltando e sugiro e peço que quem puder complete, de preferência indicando fonte ou informando ser estimativa. Valor que eu não tiver certeza de ordem de grandeza virá com "?" ou acompanhado de "?". Tenho certeza da ordem de grandeza afirmada e por mais que não seja exato, dá total dimensão real da comparação da situação entre esses países e o Brasil.
País................. Relação Dívida/PIB..... Déficit/Superávit fiscal....Desemprego
Estados Unidos .............>100%................... 10% déficit ...............9,9%
Inglaterra .................>150% .....................15%déficit ...............12%
Espanha .....................56% .....................15,4% déficit ..............20%
Irlanda .....................93% (final de 2010).......32% déficit .................?
Japão .......................210% .....................? déficit ...................?
Brasil ......................41% .....................3,1% superávit ............6,2%
França ......................80% .......................8% déficit................ 9%
Itália ......................140% (ver p.s. abaixo)......? déficit .................?
Alemanha .....................80%..................... 3,5% déficit..............7,2%
Grécia ......................>80% .......................15,4% déficit ...........12%
Portugal .....................77%....................9,5% déficit ..................?
Em uma lista publicada no Globo este ano que perdi, somente Brasil e Arábia Saudita estavam com previsão de superávit fiscal.
Outras informações importantes sobre finanças públicas brasileiras:
Nosso PIB é de 3,5 trilhões de reais ou 1,9 trilhão de dólares. O peso dos tributos na economia é de 34,4% do PIB (publicado hoje no Globo - pg. 03). Significa que o Estado Brasileiro, incluindo União Estados e Municípios dispõem anualmente de 1,35 trilhão de reais. Essa divisão,em termos grossos, ficam entre 40 a 55% com a União Federal, logo, pelo menos 650 bilhões de reais por ano para a União investir (entrega de bens e serviços públicos) e pagar seus custeios (salários de funcionários civis e militares da ativa e aposentados, despesas correntes, taxas por serviços de luz, gás telefone.. - o que também garante entrega de serviços públicos prestados pelos funcionários públicos).
O aumento da arrecadação da União este ano cresceu à taxa de 10% ao mês. Significa que com o crescimento da economia à razão de 7,5% este ano, como prevê o mercado, a arrecadação cresce no mínimo à mesma proporção, e no máximo, 10% no ano, tendo em vista o aumento mensal de arrecadação. Ou seja, o Estado brasileiro terá disponível mais 135 bilhões de reais a mais no fim do ano de 2010, no geral, e somente para a União seriam uns 60 bilhões, mais ou menos. A diferença entre o crecimento do PIB e da arrecação está no fato de que são várias variáveis e vários tributos, alguns inclusive podendo ser alterados no curso do ano pela União (IOF, IPI, Imposto de Importação e Imposto de Exportação).
Se houver crescimento da economia no ano que vem, como previsto aliás para os próximos 10 anos, em torno de 4,5% (a previsão é de 5,5 a 6,5% de crescimento de PIB para 2011), a arrecadação crescerá, à taxa de juros progressivos na mesma razão (a não ser que haja reforma tributária). Ou seja, poderíamos contar com acréscimo de arrecadação do Estado Brasileiro da ordem geral de uns 50 bilhões por ano, pelos próximos 10 anos. Isso de forma conservadora, pois só esse ano o crescimento de arrecadaçaõ foi de 135 bilhões de reais. É bom ter esta visão dinâmica contra a visão estática que os jornais passam. Você pode avaliar melhor impactos de custos de programas de governo, investimentos e de reestruturação remuneratória do funcionalismo, concluindo por custo/benefício.
Assim senhores, este quadro é o que existe para imaginarmos o que fazer com essa capacidade financeira do nosso Estado Brasileiro. Temos dinheiro. Temos previsão de continuidade de arrecadação positiva. Temos relação dívida/pib controlada e decrescente (Dilma declarou interesse em terminar mandato com relação dívida/pib de 30%). Temos superávit fiscal enquanto todos os países ricos têm déficit fiscal.
Por outro lado temos professores públicos mal remunderados e médicos públicos mal remunerados. Temos filas em hospitais e escolas públicas sem qualidade. Temos Bolsas de Pesquisa científica pagando entre R$1.200,00 e R$3.000,00 (Isso depois do aumento de quase 100% que o Lula promoveu). Temos um Instituto Nacional de Registro de Patentes Industriais (INPI) com poucos técnicos para avaliar os pedidos de patentes, o que nos faz perder patentes brasileiras para os EUA e Europa (e Lula aumentou o salário e contratou para o INPI). Quem faz o quê no Estado? Qual a relação de complexidade das atribuições do cargo e qual a remuneração destes cargos? E a defesa das fronteiras por militares bem armados e pelas Polícias bem equipadas e bem remuneradas? E o déficit habitacional? O que pode ser resolvido através de estímulo da área privada? E o que pode ser resolvido através de Parceria Público Privada (PPP), com parte de dinheiro particular e do Estado, e o que só pode ser resolvido com dinheiro público?
Pergunto a você: o que vocÊ faria com esse dinheiro, para o bem de todo o País? Qual o seu plano de governo pessoal para o nosso País?
p.s. em 07/12: artigo de 07/12/2010, pg. 24, Jornal O Globo informa Dívida bruta/PIB da Itália em 116%, Portugal em 77% e Irlanda 65%, além de Brasil 60%. Relação Dívida Bruta/PIB é um pouco diferente do que relação Dìvida/PIB comumente informada, pois desconsidera uma consideração mais apurada das contas. Por exemplo,no caso do Brasil alguns investimentos públicos podem estar considerados como dívida bruta, mas para a relação dívida/pib normal eles são descontados, e por isso a previsão de relação dívida/pib do Brasil em 41% em 2010, segundo admitem regras internacionais para estas contas. Por outro lado A dívida da Irlanda em 65% o seu PIB não está considerando o empréstimo que terá de fazer junto à União Européia, que elevará sua dívida a 93% do PIB no final de 2010, segundo o comentado artigo da Miriam.
Acho que essa informação em bloco é melhor do que essas notícias homeopáticas de jornais que não comparam e não te municiam a tirar suas próprias conclusões, mas somente usam informações parciais para manipular sua perspectiva sobre fatos políticos e ações de governo.
Entendo que estas noções serão particularmente interessantes na medida em que a Globo, por exemplo, não adaptar sua conduta de somente bater no Governo mesmo apelando para informações parciais. Dá para criticar dando a informação total. É só isso que peço à Globo e à grande mídia.
Os valores são aproximados e válidos para o ano de 2010 e as fontes são jornais e sites especializados, especialmente o Globo. Alguns parâmetros estão faltando e sugiro e peço que quem puder complete, de preferência indicando fonte ou informando ser estimativa. Valor que eu não tiver certeza de ordem de grandeza virá com "?" ou acompanhado de "?". Tenho certeza da ordem de grandeza afirmada e por mais que não seja exato, dá total dimensão real da comparação da situação entre esses países e o Brasil.
País................. Relação Dívida/PIB..... Déficit/Superávit fiscal....Desemprego
Estados Unidos .............>100%................... 10% déficit ...............9,9%
Inglaterra .................>150% .....................15%déficit ...............12%
Espanha .....................56% .....................15,4% déficit ..............20%
Irlanda .....................93% (final de 2010).......32% déficit .................?
Japão .......................210% .....................? déficit ...................?
Brasil ......................41% .....................3,1% superávit ............6,2%
França ......................80% .......................8% déficit................ 9%
Itália ......................140% (ver p.s. abaixo)......? déficit .................?
Alemanha .....................80%..................... 3,5% déficit..............7,2%
Grécia ......................>80% .......................15,4% déficit ...........12%
Portugal .....................77%....................9,5% déficit ..................?
Em uma lista publicada no Globo este ano que perdi, somente Brasil e Arábia Saudita estavam com previsão de superávit fiscal.
Outras informações importantes sobre finanças públicas brasileiras:
Nosso PIB é de 3,5 trilhões de reais ou 1,9 trilhão de dólares. O peso dos tributos na economia é de 34,4% do PIB (publicado hoje no Globo - pg. 03). Significa que o Estado Brasileiro, incluindo União Estados e Municípios dispõem anualmente de 1,35 trilhão de reais. Essa divisão,em termos grossos, ficam entre 40 a 55% com a União Federal, logo, pelo menos 650 bilhões de reais por ano para a União investir (entrega de bens e serviços públicos) e pagar seus custeios (salários de funcionários civis e militares da ativa e aposentados, despesas correntes, taxas por serviços de luz, gás telefone.. - o que também garante entrega de serviços públicos prestados pelos funcionários públicos).
O aumento da arrecadação da União este ano cresceu à taxa de 10% ao mês. Significa que com o crescimento da economia à razão de 7,5% este ano, como prevê o mercado, a arrecadação cresce no mínimo à mesma proporção, e no máximo, 10% no ano, tendo em vista o aumento mensal de arrecadação. Ou seja, o Estado brasileiro terá disponível mais 135 bilhões de reais a mais no fim do ano de 2010, no geral, e somente para a União seriam uns 60 bilhões, mais ou menos. A diferença entre o crecimento do PIB e da arrecação está no fato de que são várias variáveis e vários tributos, alguns inclusive podendo ser alterados no curso do ano pela União (IOF, IPI, Imposto de Importação e Imposto de Exportação).
Se houver crescimento da economia no ano que vem, como previsto aliás para os próximos 10 anos, em torno de 4,5% (a previsão é de 5,5 a 6,5% de crescimento de PIB para 2011), a arrecadação crescerá, à taxa de juros progressivos na mesma razão (a não ser que haja reforma tributária). Ou seja, poderíamos contar com acréscimo de arrecadação do Estado Brasileiro da ordem geral de uns 50 bilhões por ano, pelos próximos 10 anos. Isso de forma conservadora, pois só esse ano o crescimento de arrecadaçaõ foi de 135 bilhões de reais. É bom ter esta visão dinâmica contra a visão estática que os jornais passam. Você pode avaliar melhor impactos de custos de programas de governo, investimentos e de reestruturação remuneratória do funcionalismo, concluindo por custo/benefício.
Assim senhores, este quadro é o que existe para imaginarmos o que fazer com essa capacidade financeira do nosso Estado Brasileiro. Temos dinheiro. Temos previsão de continuidade de arrecadação positiva. Temos relação dívida/pib controlada e decrescente (Dilma declarou interesse em terminar mandato com relação dívida/pib de 30%). Temos superávit fiscal enquanto todos os países ricos têm déficit fiscal.
Por outro lado temos professores públicos mal remunderados e médicos públicos mal remunerados. Temos filas em hospitais e escolas públicas sem qualidade. Temos Bolsas de Pesquisa científica pagando entre R$1.200,00 e R$3.000,00 (Isso depois do aumento de quase 100% que o Lula promoveu). Temos um Instituto Nacional de Registro de Patentes Industriais (INPI) com poucos técnicos para avaliar os pedidos de patentes, o que nos faz perder patentes brasileiras para os EUA e Europa (e Lula aumentou o salário e contratou para o INPI). Quem faz o quê no Estado? Qual a relação de complexidade das atribuições do cargo e qual a remuneração destes cargos? E a defesa das fronteiras por militares bem armados e pelas Polícias bem equipadas e bem remuneradas? E o déficit habitacional? O que pode ser resolvido através de estímulo da área privada? E o que pode ser resolvido através de Parceria Público Privada (PPP), com parte de dinheiro particular e do Estado, e o que só pode ser resolvido com dinheiro público?
Pergunto a você: o que vocÊ faria com esse dinheiro, para o bem de todo o País? Qual o seu plano de governo pessoal para o nosso País?
p.s. em 07/12: artigo de 07/12/2010, pg. 24, Jornal O Globo informa Dívida bruta/PIB da Itália em 116%, Portugal em 77% e Irlanda 65%, além de Brasil 60%. Relação Dívida Bruta/PIB é um pouco diferente do que relação Dìvida/PIB comumente informada, pois desconsidera uma consideração mais apurada das contas. Por exemplo,no caso do Brasil alguns investimentos públicos podem estar considerados como dívida bruta, mas para a relação dívida/pib normal eles são descontados, e por isso a previsão de relação dívida/pib do Brasil em 41% em 2010, segundo admitem regras internacionais para estas contas. Por outro lado A dívida da Irlanda em 65% o seu PIB não está considerando o empréstimo que terá de fazer junto à União Européia, que elevará sua dívida a 93% do PIB no final de 2010, segundo o comentado artigo da Miriam.
Ação do BC fortalece tese de bolha de preços em imóveis e na economia em geral
A Miriam Leitão comenta na coluna de hoje do Jornal O Globo, pg. 34, que "o Banco Central deu claros sinais ontem de que teme o risco de formação de bolhas pelo excesso de crescimento de crédito". O BC aumentou o compulsório dos bancos, retirando 61 bilhões de reais do mercado, o que equivale a retirar, hoje, uns 500 bilhões em potencial empréstimo já que bancos precisam ter R$16,5 para cada R$100,00 (ou seja 16,5%) que emprestam. Além disso, a garantia de empréstimo exigida pelo BC aos bancos, como mencionado é agora de 16,5% e antes era de 11%. Diminuindo potendcial de empréstimo mais uma vez e por fim dá impressão de aumento de juros breve, o que esfria toda a economia.
Alguns dados que ela passa são ótimos e interessantes. A relação crédito/PIB no Brasil subiu de 25% no Governo Lula para 47%. Nos países desenvolvidos, o que ela não informou especificamente apesar de dar a entender, esses índices chegam a 70% e até 100%. Mas, ela bem coloca que lá os juros são muito menores e esse turbinamento de crédito fica menos pesado para os tomadores de empréstimo.
Mas o importante é perceber-se que, primeiramente, o perfil do País em relação ao crédito, sob o Governo Lula, também avançou em direção à aproximação dos países desenvolvidos. O que é ótimo. E em segundo lugar, e objeto deste artigo, os níveis ainda não são tão elevados em comparação ao tamanho de nossa economia e em relação aos demais países ricos, e o BC está atuando antecipadamente para impedir bolhas de crédito, o que, portanto. evidencia que não há, ainda, bolhas de crédito!!
Veja este trecho da mesma coluna a confimar a atual inexistÊncia de bolhas (durante toda a culna a discussão era sobre bolhas de crédito):
Observem: porque não temos bolha de crédito não significa que a população não está com endividamento crescente e que não haja, como há especialmente no mercado de imóveis nas capitais brasileiras, bolha de preço.
É o que eu disse, o crédito no Brasil ainda está concedido em bases reais da capacidade de pagamento, mas pelas facilidades todas durante 2009 e 2010, para proteger a economia de sofrer com a crise mundial de 2008/2010, aqueceu-se a economia, muitos se endividam e poderia, se continuasse tudo igual, vir uma crise de crédito, em que crédito é dado em bases irreais de capacidade de pagamento.
Como não é isso o que aconteceu até agora, não há bolha de crédito. Aumento de crédito não é bolha. Bolha é o que cresce de foram irreal, sem sustento. Mas se há bolha no mercado imobiliário, não sendo de crédito, somente pode ser de preço, como sempre sustentei.
Agora, uma notícia que a Miriam informou na mesma coluna é preocupante:
Perfeito. Concordo inteiramente com ela. Se as financeiras passarem a emprestar para pessoas sem capaciade de pagamento e repassarem esses títulos, estará se iniciando a bolha de crédito. Isso é o que tem de ser proibido. A bolha de preço só prejudica quem comprou mal. A bolha de crédito põe em risco a saúde financeira de bancos e empresas e tem que ser resgatada pelo Estado, no final das contas, para evitar colapso, gerando aumento de dívida pública, corte de investimentos públicos e até corte de salários de servidores públicos e aposentados ou mesmo de cargos públicos. Isso decresce a economia e aumenta desemprego, ou seja, entraríamos na situação dos EUA e Europa hoje.
Alguns dados que ela passa são ótimos e interessantes. A relação crédito/PIB no Brasil subiu de 25% no Governo Lula para 47%. Nos países desenvolvidos, o que ela não informou especificamente apesar de dar a entender, esses índices chegam a 70% e até 100%. Mas, ela bem coloca que lá os juros são muito menores e esse turbinamento de crédito fica menos pesado para os tomadores de empréstimo.
Mas o importante é perceber-se que, primeiramente, o perfil do País em relação ao crédito, sob o Governo Lula, também avançou em direção à aproximação dos países desenvolvidos. O que é ótimo. E em segundo lugar, e objeto deste artigo, os níveis ainda não são tão elevados em comparação ao tamanho de nossa economia e em relação aos demais países ricos, e o BC está atuando antecipadamente para impedir bolhas de crédito, o que, portanto. evidencia que não há, ainda, bolhas de crédito!!
Veja este trecho da mesma coluna a confimar a atual inexistÊncia de bolhas (durante toda a culna a discussão era sobre bolhas de crédito):
"O economista Carlos Thadeu Freitas da Confederação Nacional disse que já esperava um anúncio assim.
- As medidas já eram esperadas porque o Acordo da Basiléia (Basiléia é a cidade suíça onde são realizados os acordos sobre regras financeiras mundiais - este foi o terceiro acordo, estimulado pela crise de 2008 com sub-prime - grifo meu) está exigindo regras macroprudenciais de todos os países para evitar bolhas. No Brasil ainda nao temos sinais de bolhas, mas a decisão é bem-vinda porque se o ritmo de concessão de crédito continuasse forte, poderíamos ter problemas no futuro."
Observem: porque não temos bolha de crédito não significa que a população não está com endividamento crescente e que não haja, como há especialmente no mercado de imóveis nas capitais brasileiras, bolha de preço.
É o que eu disse, o crédito no Brasil ainda está concedido em bases reais da capacidade de pagamento, mas pelas facilidades todas durante 2009 e 2010, para proteger a economia de sofrer com a crise mundial de 2008/2010, aqueceu-se a economia, muitos se endividam e poderia, se continuasse tudo igual, vir uma crise de crédito, em que crédito é dado em bases irreais de capacidade de pagamento.
Como não é isso o que aconteceu até agora, não há bolha de crédito. Aumento de crédito não é bolha. Bolha é o que cresce de foram irreal, sem sustento. Mas se há bolha no mercado imobiliário, não sendo de crédito, somente pode ser de preço, como sempre sustentei.
Agora, uma notícia que a Miriam informou na mesma coluna é preocupante:
"Há financeiras fazendo anúncios oferecendo dinheiro para quem está "negativado" no mercado, e até para quem já estourou seu limite no consignado. Excessos assim são o primeiro passo para a formação do subprime."
Perfeito. Concordo inteiramente com ela. Se as financeiras passarem a emprestar para pessoas sem capaciade de pagamento e repassarem esses títulos, estará se iniciando a bolha de crédito. Isso é o que tem de ser proibido. A bolha de preço só prejudica quem comprou mal. A bolha de crédito põe em risco a saúde financeira de bancos e empresas e tem que ser resgatada pelo Estado, no final das contas, para evitar colapso, gerando aumento de dívida pública, corte de investimentos públicos e até corte de salários de servidores públicos e aposentados ou mesmo de cargos públicos. Isso decresce a economia e aumenta desemprego, ou seja, entraríamos na situação dos EUA e Europa hoje.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
PEC 300, a criação de piso salarial dos policiais - método
Pessoal, uma grande amiga me perguntou o que eu achava sobre o fato exposto por um email possivelmente escrito pelo Deputado Marcelo Itagiba, em que se noticiava a incongruência de em meio à solução do tráfico no Complexo do Alemão, após a tomada do Morro, em complexa operação integrada entre as Polícias, estaria o Governador Do RJ Sérgio Cabral indo a Brasília para tentar barrar a aprovação da PEC 300.
Primeiro, o email era assinado por um "Itagiba", mas não posso assegurar a origem. Segundo, não soube dessa pretensa viagem do Sérgio Cabral a Braília com tal intuito. Mas o importante é que essa questão é excelente pretexto para se analisar a legitimidade de pleitos dos servidores públicos em geral por aumentos e os limites orçamentários de Estados, Municípios e da União. É um excelente pretexto para discorrermos sobre como deve ser analisado esse tipo de pleito, quais os parâmetros objetivos e subjetivos devem ser ponderados e satisfeitos, para que a Adminstração pública de Recursos Humanos seja eficiente.
Assim, publico minha resposta, como se o fato em comento fosse verdadeiro, para trabalhar a hipótese de conflito entre o interesse da classe de servidores que requer reestruturação remuneratória e a preocupação possível de um governador, explicitando o método para legitimação de pleito e a forma de analisar a legitimidade. Naturalmente vocÊ nunca verá isso em Jornalzinho.
Segue abaixo o texto, adaptado:
Somente para finalizar. Eu acho que sempre que os jornais (leia-se O Globo) falam sobre o tema, nunca ponderam que o gasto imediato é em determinado valor, mas que esse valor é diluído no tempo por conta do crescimento econômico e do consequente crescimento da arrecadação.
Nosso PIB é de 3,5 trilhões de reais. O peso de impostos está em torno de 34% (alguns falam 37%) do PIB, ou seja, a arrecadação gira em torno de 1,2 trilhão? Não sei exatamente quanto fica para Estado, Município e União, mas a parte da União deve ser maior do que 50%. Eu acredito que possa ficar com a União uns 600 bilhões? O crescimento da arrecadação este ano foi da ordem de 10% ao mês, logo mais 120 bilhões ao ano (ver p.s. errata abaixo) no geral ou mais 60 bilhões ao ano (ver p.s. errata abaixo) para a União?
Vamos pesquisar esses números e vocês verão que o pleito dos policiais cabe no Orçamento e é um bem definido, palpável e imediato, pois se reflete em melhora de segurança pública geral, ao contrário de programas e programas de governo em que milhares de empresários de terceirizados, ONGs, políticos e empresários em geral acabam metendo a mão.
Reestruturação salarial de funcionário público é o mais simples, certo, determinado, e fiscalizável programa de governo com retorno imediato à economia e à população.
Só é necessário que se veja se é responsável, se satisfaz as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal, se a área tem carência e se é prioritária a medida de reestruturação.
Com nossas fronteiras sem segurança, com o tráfico como está em várias regiões do País, não vejo nada mais urgente do que estimular e criar ordem na carreira dos nossos policiais e funcionários da área de segurança pública. Em seguida somente faltarão, de urgente, a estruturação das carreiras públicas de médicos e professores. E estaremos em outro País.
p.s. errata 17/08/2011 - a afirmação de que o aumento de arrecadação brasileira a 10% ao ano em 2010 gera aumento de "mais 120 bilhões ao mês no geral ou mais 60 bilhões ao mês para a União", no segundo parágrafo anterior ao antepenúltimo parágrafo do artigo, erra ao informar que o aumento de arrecadação á ao mês. O aumento de 120 bilhões no geral, assim como o de 60 bilhões para a União é anual, como o contexto deixa entender. Se a arrecadação podia ser calculada em 1,2 trilhão ao ano, naturalmente o aumento mensal de arrecadação em dez porcento somente poderia gerar 120 bilhões a mais ao ano, igualmente, assim como a parte da União teria de ser apresentada em 60 bilhões anuais, claro.
Primeiro, o email era assinado por um "Itagiba", mas não posso assegurar a origem. Segundo, não soube dessa pretensa viagem do Sérgio Cabral a Braília com tal intuito. Mas o importante é que essa questão é excelente pretexto para se analisar a legitimidade de pleitos dos servidores públicos em geral por aumentos e os limites orçamentários de Estados, Municípios e da União. É um excelente pretexto para discorrermos sobre como deve ser analisado esse tipo de pleito, quais os parâmetros objetivos e subjetivos devem ser ponderados e satisfeitos, para que a Adminstração pública de Recursos Humanos seja eficiente.
Assim, publico minha resposta, como se o fato em comento fosse verdadeiro, para trabalhar a hipótese de conflito entre o interesse da classe de servidores que requer reestruturação remuneratória e a preocupação possível de um governador, explicitando o método para legitimação de pleito e a forma de analisar a legitimidade. Naturalmente vocÊ nunca verá isso em Jornalzinho.
Segue abaixo o texto, adaptado:
"Minha querida amiga,
eu entendo ambos, policiais e o Governador.
A PEC 300 cria um piso salarial dos policiais civis e militares para em tornode 3500 a 4000 reais. Acho que é isso. Piso básico. Eu acho justo pelo risco que envolve a profissão, pela complexidade da função que exige conhecimento específico. Mas não posso desconsiderar que o impacto esperado é de 40 bilhões de reais anuais nas contas da união porque os Estados não terão como pagar isso de uma vez (a mídia tá batendo contra o aumento de salário dos servidores do judiciário que impacta em 6 bi as contas públicas, mas que tem origem no orçamento autônomo do Judiciário e está dentro do limite determinado pela Lei de Responsabilidade Fiscal). Esse foi o problema do Governador. Fica feio. Fica parecendo incongruente, mas é uma questão de falta de dinheiro ou perspectiva de limitação de verbas.
Agora veja. A nossa sociedade está com vários problemas de estrutura remuneratória, tanto de servidores públicos, quanto de salário mínimo, quanto de aposentadorias. E ainda tem necessidades de investimentos. O correto seria o salário mínimo ser de R$2.500,00, o policial ganhar 4 mil de piso e os salários de analistas e técnicos de todos os órgãos públicos ganharem salários semelhantes. Um analista do banco Central começa com R$13 mil e termina a carreira com R$18 mil (analista e técnico não são trabalhadores sem especialização a serem comparados a salário mínimo ou mera média de mercado, pois normalmente têm mais formação que a média de mercado - onde trabalho, dentre técnicos e analistas, 40% é pós-graduado). O correto também seria que o Presidente da República ganhasse como o Ministro do STF, ou seja, R$28 mil, mas ganha 12 mil. E os Deputados Federais e Senadores deveriam ganhar igual ou próximo do Ministro do STF também, o que levaria a aumento em cascata para todos os políticos de Estados e Municípios, pois ganham em percentuais vinculados aos políticos de Brasília, assim como os Juízes ganham vinculado ao dos Minsitros do Judiciário e estas vinculações são previstas na Constituição, a qual, em regra, prevê a proibição dessas vinculações.
Agora veja, acho que com o tempo todas essas distorções terão que acabar, a bem da justiça remuneratória no setor público. Acho que o salário mínimo terá que um dia atingir o que hoje seria comparável a 3 mil reais, pois ele deve garantir o mínimo de dignidade de vida a uma família inteira de dois adultos e duas crianças. E as aposentadorias terão de ter o mínimo igual a esse salário mínimo.
Mas tudo isso deve ser atingido à medida em que a sociedade tem verba para tanto. Por isso é muito importante um governo que mantém as contas em ordem e promove o crescimento econômico a longo prazo (o que este governo federal vem fazendo, já que a relação dívida/pib é decrescente e há superávit primário fiscal), pois a arrecadação aumenta e todos esses ajustes vão se tornando possíveis.
Enquanto o mundo ideal não vem, deve haver parcimômia e planejamento no avanço da reestruturação remuneratória dos servidores, de acordo com parâmetros objetivos (origem de verba e respeito à LRF) e subjetivos (importância de precedência em dado momento - opção política). Como principal e essencial parâmetro objetivo, temos que quem quiser aumento remuneratório deve demonstrar de onde viria o dinheiro pra pagar o gasto proposto e deveria demonstrar que as contas do governo satisfariam os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Por exemplo: O aumento proposto para os servidores do Judiciário que traz um impacto de 6 bilhões anuais no orçamento impacta somente o Orçamento do Judiciário, ou seja, os valores que pagam isto são do Judiciário e não podem ser usados para Bolsa Família ou aumento de aposentadoria de trabalhadores (que dependenm do INSS e seu respectivo orçamento). Essa verba também não pode ser usada para aumento de servidores do Executivo ou Legislativo, ativos ou aposentados, civis ou militares. Portanto, objetivamente a origem do dinheiro para aumento dos servidores do Judiciário está clara e definida. Além disso, o Judiciário demonstra no Projeto de Lei 6613 que mesmo com o aumento, o orçamento gasto pelo Judiciário não excede 5,5% do Orçamento da União, portanto, abaixo do limite de responsabilidade fiscal e dos 6%do Orçamento da União que lhe é destinado. Inclusive é respeitado o superávit primário definido pelo Governo Federal que é de 3,3%, já que 3,3% de 6% não excede 0,20%, ou seja ainda sobram 0,3% do orçamento do Judiciário para o Executivo usar. Este aumento é imediatamente possível.
No caso dos policiais, seus aumentos impactam as verbas do Poder Executivo, ou seja, a origem deverá ser do Orçamento do Executivo que é de 90% do Orçamento da União. Só que o Orçamento do Executivo é usado para tudo. Então, o Projeto deveria mostrar de onde sairia a verba e se com esses gasto e rearrumação das contas do Governo, esses gastos seriam comportados pelo orçamento do Executivo de forma a respeitar os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, bem como a previsão de superávit primário de 3,3%.
Neste momento entra o parâmetro subjetivo. Qual a prioridade do Governo? Como os policiais estão pressionando os Deputados e Senadores para fazer valer sua perspectiva de prioridade? A opção em deixar de gastar em algo para gastar com aumento de policiais, nesta proporção é do Governo Federal, respeitando a pressão dos parlamentares e Governadores de Estado. Prioridade ganha quem se organiza, ou quem tem poder de mídia para mostrar que o seu projeto é prioritário para a sociedade. Prioridade não existe por si só, tem que ser demonstrada e construída.
Já houve aumento de servidores civis e militares. Como o crescimento econômico está forte, todos os aumentos não geraram aumento de comprometimento percentual do Orçamento com pagamento de salários e aposentadorias a funcionários públicos, apesar de ter ocorrido aumento nominal de gastos. O gasto com o pagamento de todo o funcionalismo público de todas as esferas e estatais, se não em engano, oscila desde o FHC, ou seja 1994, em torno de 5,0%/5,4% do PIB. Com crescimento econômico, ainda mais com o crescimento da arrecadação à razão de 10% ao mês, como ocorreu em 2010, mesmo um grande aumento de gasto agora pode ser absorvido pela continuidade do crescimento econômico e respectivo crescimento de arrecadação.
Eu sou a favor do aumento dos policiais, pois acho que trará dignidade para os policiais, estimulará que larguem bicos (pois ninguém trabalha em bico porque quer), estimula a dedicação ao serviço público e atrairá melhores profissionais no futuro, melhorando a eficiência da polícia e os serviço prestados à sociedade. Mas é necessário que eles ou demonstrem a satisfação das condições objetivas orçamentárias para seu aumento ou consigam fazer valer a perspectiva de que seu projeto é prioridade em relação a outros.
Pode ainda, haver composição e o aumento ser concedido mas efetuado em parcelas semestrais por quatro anos, por exemplo. Assim, o aumento de despesa virá acompanhado de crescimento econômico e de arrecadação ano a ano. Com certeza o desespero de Cabral é ter de pagar tudo de uma vez.
Vamos ver e torcer."
Somente para finalizar. Eu acho que sempre que os jornais (leia-se O Globo) falam sobre o tema, nunca ponderam que o gasto imediato é em determinado valor, mas que esse valor é diluído no tempo por conta do crescimento econômico e do consequente crescimento da arrecadação.
Nosso PIB é de 3,5 trilhões de reais. O peso de impostos está em torno de 34% (alguns falam 37%) do PIB, ou seja, a arrecadação gira em torno de 1,2 trilhão? Não sei exatamente quanto fica para Estado, Município e União, mas a parte da União deve ser maior do que 50%. Eu acredito que possa ficar com a União uns 600 bilhões? O crescimento da arrecadação este ano foi da ordem de 10% ao mês, logo mais 120 bilhões ao ano (ver p.s. errata abaixo) no geral ou mais 60 bilhões ao ano (ver p.s. errata abaixo) para a União?
Vamos pesquisar esses números e vocês verão que o pleito dos policiais cabe no Orçamento e é um bem definido, palpável e imediato, pois se reflete em melhora de segurança pública geral, ao contrário de programas e programas de governo em que milhares de empresários de terceirizados, ONGs, políticos e empresários em geral acabam metendo a mão.
Reestruturação salarial de funcionário público é o mais simples, certo, determinado, e fiscalizável programa de governo com retorno imediato à economia e à população.
Só é necessário que se veja se é responsável, se satisfaz as determinações da Lei de Responsabilidade Fiscal, se a área tem carência e se é prioritária a medida de reestruturação.
Com nossas fronteiras sem segurança, com o tráfico como está em várias regiões do País, não vejo nada mais urgente do que estimular e criar ordem na carreira dos nossos policiais e funcionários da área de segurança pública. Em seguida somente faltarão, de urgente, a estruturação das carreiras públicas de médicos e professores. E estaremos em outro País.
p.s. errata 17/08/2011 - a afirmação de que o aumento de arrecadação brasileira a 10% ao ano em 2010 gera aumento de "mais 120 bilhões ao mês no geral ou mais 60 bilhões ao mês para a União", no segundo parágrafo anterior ao antepenúltimo parágrafo do artigo, erra ao informar que o aumento de arrecadação á ao mês. O aumento de 120 bilhões no geral, assim como o de 60 bilhões para a União é anual, como o contexto deixa entender. Se a arrecadação podia ser calculada em 1,2 trilhão ao ano, naturalmente o aumento mensal de arrecadação em dez porcento somente poderia gerar 120 bilhões a mais ao ano, igualmente, assim como a parte da União teria de ser apresentada em 60 bilhões anuais, claro.
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