A edição de fevereiro da "Tribuna do Advogado", revista consagrada no meio jurídico, editada pela Ordem dos Advogados do Brasil, em sua página 46, publicou sobre o livro escrito pelo Blogger Mário César Pacheco Dias Gonçalves, intitulado "O Estado Conformacional - limites possíveis aos atos privados".
O livro propõe uma nova teoria de Estado, única brasileira que se propõe a concretizar um Estado Plástico Ideal em que as intervenções do Estado na economia e na sociedade têm sua eficiência garantida a partir da realização da vontade social, consubstanciada nas normas e princípios constitucionais de um país. A teoria torna obsoletas as teorias liberal e socialista de Estado, avaliados pelo prisma da concreta intervenção do Estado na sociedade e economia.
Essa divulgação em meio sério da envergadura da Revista Tribuna do Advogado reflete e antecipa respeito à tese e acolhida da obra por instituição não apenas de informação, mas de edição pautada por parâmetros técnicos, laureando sobremaneira o trablaho do Blogger e sua proposta de um novo modelo de atuação de Estado.
Compartilhamos a alegria com os leitores.
Acesse a página 46 da revista no endereço: http://www.oabrj.org.br/ver_flip/369.html
quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
CFM propõe ação civil pública para garantir atendimento a mulheres com câncer de 40 anos pelo SUS
Reproduzo Nota aos Médicos enviada aos médicos do Rio de Janeiro sobre medida judidical adotada pelo Conselho Federal de Medicina para garantir acesso a exames e tratamento de câncer a mulheres a partir de 40 anos. O programa do SUS preevia exames e tratamentos bilaterais para mulheres acima de 50 anos, mas o CFM informa que o ideal seria para mulhres a partir de 40 anos.
Observe-se que medidas judiciais ou extrajudiciais adotadas pelo CFM a favor da população e da adequada e integral assistência médica à população são necessárias e esperadas pela sociedade. O Blog Perspectiva Crítica regozija-se com tais medidas.
Médicos próiximos ao Blog informam que outras medidas como essa, judiciais ou extrajudiciais já eram há muito tempo tomadas e informadas ao governo para que providenciassem melhor atendimento à população, mas que eram ignoradas.
Infelizmente essas notícias não gozam de publicidade como a ora anunciada, motivo pelo qual esperamos mais publicidade das medidas ditas tomadas pelo CFM em prol da população.
Temos certeza de que quando o CFM e a classe médica puder demonstrar à sociedade que toma medidas dessa natureza, que produz relatórios sobre necessidades de estrutura para prestaçaõ de serviços médicos por todo o País, a população estará mais propensa a compartilhar visões sobre programas de governo apresentados como solução para a saúde, como o "Mais Médicos". Sem essa publicidade, fica difícil não imaginar que a reclamação da classe médica em torno de medidas do governo que visam a melhorar imediatamente as condições de assistência médica, não sejam somente reclames a partir da constatação de que tais medidas atacam integresses classistas de monopólio infrutífero de prestação de atendimento médico em todo o País, sem benefício para a população.
A perspectiva da população sobre o empenho da classe médica para ajudar nas soluções para se garantir adequada prestação de serviços médicos à população é crucial para que a classe médica tenha a população a seu lado contra medidas do governo nesta área.
Veja a íntegra da notícia veiculada entree médicos transcrita abaixo (original acessível em http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=24489:cfm-entra-na-justica-contra-a-uniao-por-conta-de-restricao-no-acesso-a-mamografia-para-mulheres-com-menos-de-50-anos-&catid=3):
Observe-se que medidas judiciais ou extrajudiciais adotadas pelo CFM a favor da população e da adequada e integral assistência médica à população são necessárias e esperadas pela sociedade. O Blog Perspectiva Crítica regozija-se com tais medidas.
Médicos próiximos ao Blog informam que outras medidas como essa, judiciais ou extrajudiciais já eram há muito tempo tomadas e informadas ao governo para que providenciassem melhor atendimento à população, mas que eram ignoradas.
Infelizmente essas notícias não gozam de publicidade como a ora anunciada, motivo pelo qual esperamos mais publicidade das medidas ditas tomadas pelo CFM em prol da população.
Temos certeza de que quando o CFM e a classe médica puder demonstrar à sociedade que toma medidas dessa natureza, que produz relatórios sobre necessidades de estrutura para prestaçaõ de serviços médicos por todo o País, a população estará mais propensa a compartilhar visões sobre programas de governo apresentados como solução para a saúde, como o "Mais Médicos". Sem essa publicidade, fica difícil não imaginar que a reclamação da classe médica em torno de medidas do governo que visam a melhorar imediatamente as condições de assistência médica, não sejam somente reclames a partir da constatação de que tais medidas atacam integresses classistas de monopólio infrutífero de prestação de atendimento médico em todo o País, sem benefício para a população.
A perspectiva da população sobre o empenho da classe médica para ajudar nas soluções para se garantir adequada prestação de serviços médicos à população é crucial para que a classe médica tenha a população a seu lado contra medidas do governo nesta área.
Veja a íntegra da notícia veiculada entree médicos transcrita abaixo (original acessível em http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=24489:cfm-entra-na-justica-contra-a-uniao-por-conta-de-restricao-no-acesso-a-mamografia-para-mulheres-com-menos-de-50-anos-&catid=3):
CFM entra na Justiça contra União por restrição no acesso à mamografia para mulheres com menos de 50 anos |
Sex, 14 de Fevereiro de 2014 09:31 |
O Conselho Federal de Medicina (CFM) ingressou nesta sexta-feira (14), na Justiça Federal, em Brasília, com uma ação civil pública com pedido de tutela antecipada contra a União em defesa da ampliação do acesso das mulheres aos exames de prevenção e de diagnóstico do câncer de mama. O questionamento tem como foco a portaria do Ministério da Saúde nº 1.253, de 12 de novembro de 2013, que garante o custeio dos procedimentos de mamografia bilateral para rastreamento somente executado em mulheres com idades entre 50 a 69 anos.
Por meio da concessão da tutela antecipada, o CFM espera que a Justiça determina à União, no âmbito do Sistema Único de Saúde, que garanta o acesso ao exame de mamografia bilateral em todos os Estados às pessoas a partir dos 40 anos de idade. O pedido do Conselho contesta a decisão do Ministério da Saúde, que, com seu ato, prejudicou mulheres abaixo dos 50 anos, que teriam garantido o direito apenas à mamografia unilateral.
Para o CFM, a Portaria do Ministério da Saúde conflita com as determinações da lei nº 11.664, de 29 deabril de 2008. O texto aprovado pelo Congresso dispõe sobre a efetivação de ações de saúde que assegurem a prevenção, a detecção, o tratamento e o seguimento dos cânceres do colo uterino e de mama, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
“A exclusão das mulheres dessa faixa etária, até 49 anos, de realizarem mamografia diagnóstica no Sistema Único de Saúde (SUS), nada mais é do que um retrocesso social, ferindo um dos Princípios Constitucionalmente protegidos. A proteção dos direitos sociais deve considerar o direito adquirido e combater as medidas restritivas aos direitos fundamentais, preservando todas as conquistas existentes”, ressaltou o 1º vice-presidente do CFM, Carlos Vital.
Agressão à legislação - Pela lei, as ações de saúde relacionadas ao combate e tratamento dos cânceres do colo uterino e de mama são asseguradas, em todo o território nacional, nos termos desta Lei, ficando o SUS obrigado a oferecer a assistência integral à saúde da mulher, incluindo amplo trabalho informativo e educativo sobre a prevenção, a detecção, o tratamento e controle, ou seguimento pós-tratamento, das doenças. A norma ainda explicita que o exame mamográfico a todas as mulheres a partir dos 40 anos deve ser assegurado.
No entendimento do CFM, o Ministério da Saúde agrediu a lei e expôs as mulheres mais jovens a situação de risco, limitando o acesso à mamografia bilateral. Recentemente, em parceria com o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) e a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Conselho Federal divulgou nota de repúdio às mudanças implementadas pelo Ministério.
Na nota conjunta, divulgada no Dia Nacional da Mamografia (5 de fevereiro), as entidades chamaram atenção do Governo e da sociedade para o problema: “A mamografia é um exame que exige a comparação das duas mamas. Com a publicação da Portaria, pode-se interpretar que é possível realizar a mamografia unilateral. Mas não há como selecionar um dos lados a examinar sendo que a lesão procurada muitas vezes não é palpável. Tampouco se pode admitir a espera de que o tumor cresça para se examinar a mama com maior chance de câncer. Além disso, a chamada mamografia unilateral reduziria pela metade o número de casos diagnosticados. Se este impropério continuar, será inevitável o aumento de mortes e de retirada de seios (mastectomias) que poderiam ser evitadas”, avisam.
Indicadores - O câncer de mama é a mais frequente e principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil e no mundo. A mamografia é o principal exame para detectá-lo precocemente. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que 57 mil novos casos sejam diagnosticados no país em 2014. De forma geral, a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem ressaltado a necessidade de prevenção às neoplasias, doença que deve atingir 24 milhões de pessoas até 2035.
Para a Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia, há estudos regionais que comprovam grande incidência desse tipo de câncer em mulheres de 40 a 49 anos. Na nota divulgada, as entidades argumentam que “diante do subfinanciamento da saúde no Brasil, com a diminuição progressiva da participação da União no custeio do SUS e consequente oneração dos municípios, na prática, a portaria 1.243/13 nega às mulheres com até 49 anos a prevenção e o tratamento precoce do câncer de mama”.
A incidência global do câncer de mama aumenta progressivamente. De 641.000 casos, em 1980, passou para 1.643.000, em 2010, sendo responsável por 27% dos novos casos de câncer diagnosticados em mulheres. Desse total, cerca de dois terços ocorreram em mulheres acima de 50 anos, principalmente nos países desenvolvidos. Já nas mulheres abaixo dos 50 anos (entre 15 e 49 anos), a incidência de câncer de mama foi duas vezes maior nos países em desenvolvimento, conforme dados da Comissão Nacional de Mamografia. Estando o Brasil no grupo de países em desenvolvimento, a população abaixo dos 50 anos está ainda mais exposta ao risco.
No Brasil, de acordo com o Inca, a mamografia e o exame clínico das mamas (ECM) são os métodos preconizados para o rastreamento na rotina da atenção integral à saúde da mulher. O Instituto de Câncer (Inca) recomenda que o exame seja feito a cada dois anos por mulheres entre 50 e 69 anos, ou segundo recomendação médica. O Inca calcula que câncer de mama é o segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano.
Se diagnosticado e tratado precocemente, os resultados são razoavelmente bons. Antes dos 35 anos, a doença é relativamente rara. Acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Em 2010, no Brasil, morreram 12.705 mulheres e 147 homens em decorrência do câncer de mama. Em 2011, foram 13.225 mortes pela doença.
A mamografia é o único método de rastreamento que demonstrou ser capaz de promover uma redução absoluta da mortalidade nos casos de câncer de mama (em torno de 50%). Apesar de a incidência ser menor nas mulheres com menos de 49 anos, os tumores têm crescimento rápido. Pesquisas internacionais concluíram que quase 20% das mortes por câncer de mama e 34% dos anos de expectativa de vida perdidos por câncer de mama ocorreram em mulheres abaixo de 50 anos.
Resposta ao Ministério – Após a entrada na Justiça, o Ministério da Saúde divulgou nota (leia a íntegra) onde insinua que a ação se baseia em falsas informações, sem lastro científico. O CFM rebateu os comentários e afirmou, por meio de comunicado à imprensa, onde repudia o posicionamento do Governo ao questionar decisões tomadas que têm trazido prejuízos às mulheres nos campos da prevenção e do diagnostico precoce do câncer de mama.
Para o CFM, se esta Portaria for mantida, “será inevitável o aumento de mortes e de retirada de seios (mastectomias) que poderiam ser evitadas”. Diante dos comentários indevidos do Ministério da Saúde, o CFM reitera sua indignação pelos equívocos cometidos e estuda a adoção de outras medidas judiciais cabíveis.
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Reprodução do artigo : "Crise Econômica ou guerra psicológica?", de Theotonio dos Santos
Theotonio dos Santos é renomado cientista social, especialista na teoria da divisão mundial de trabalho entre países ricos e pobres, professor em instituições de ensino das Nações Unidas, tendo publicado livros e artigos científicos múltiplos durante sua vida, inclusive o livro "Comissão Trilateral", em companhia de outros dois cientistas socias norteamericanos.
Publico sua opinião e alerta, transcrevendo na íntegra seu artigo acima mencionado, no intuito de apresentar ao leitor um contraponto às manchetes cotidianas de desastre econômico no Brasil (risível), e porque tal artigo faz uma acusação séria de que os três países fortes e autônomos na América do Sul, hoje governados pela esquerda, estariam sendo alvo de movimentos coordenados de direita, com sede no exterior, e apoio interno da oposição, no sentido de desestabilizar tais governos através da violência.
Deixo claro que a situação econômica da Argentina e Venezuela não se comparam à do Brasil. Estes países estão com políticas econômicas que o Blog Perspectiva Crítica considera desastrosas e que nem de perto são as aplicadas no Brasil do atual governo petista. Entretanto o Blog nota a publicação diuturna da desgraça econômica brasileira, o que é irreal, mentiroso e somente encontra hoje algum reflexo em poucas formas de ver a economia diante da mundança de política expansionista monetária norte americana, além da estabilidade da situação crítica da Europa e da queda de crescimento chinês, o que está fazendo o capital internacional se reajustar e sair de mercados emergentes e voltar para posições na Europa destruída e nos EUA que ensaia uma melhora econômica depois de cinco anos de desastre econômico e social.
Assim, me chamou a atenção a publicação de um cientista brasileiro de altíssimo nível, referendado mundialmente, professor das Nações Unidas para a coincidência de movimentos violentos nesses três países, principalmente porque aqui acabou de ocorrer o caso de morte de um jornalista, por causa de execução de métodos violentos em manifestações sociais pacíficas. Pior, ainda... foi descoberto que pessoas pagam a jovens manifestantes para serem violentos e distribuem rojões e coquetéis molotovs para estes jovens, que não sabem sequer identificar de onde vem o dinheiro, que se lhes dão, e/ou as armas que chegam a suas mãos.
Como na Venezuela o governo expulsou três diplomatas americanos acusando-os de incitarem seus jovens contra o governo, através de reuniões em faculdades, acho que é dever da Polícia do Rio de Janeiro descobrir quem financiou os atos violentos de alguns jovens em meio a uma manifestação pacífica.
Não é enaltecer ou subscrever teorias conspiratórias, que, devo dizer, existem. Mas é ficar, como Theotonio pede, ALERTA. Alerta à hipótese. Alerta ao que acontece no nosso país, principalmente, para que movimentos sociais não sejam manipulados por quem quer que seja, de direita, de esquerda, do estrangeiro, para que não culpemos pessoas e partidos erroneamente, como O Globo fez com Marcelo Freixo e o PSOL e teve de se desculpar (desculpou-se no Jornal Nacional de 17/02/2014, assim como com o editorial "O dever de um jornal", em que admitiu que acusou Freixo porque um advogado disse que a "Sininho", ao telefone, disse"... isso é base para publicação de acusação de proximidade e apoio à violência?!?!?)... e para que encontremos os reais agressores da democracia e da paz.
Abaixo o artigo publicado hoje, 18/02/2014 no Blog do Theotonio dos Santos:
Acesse o original em http://theotoniodossantos.blogspot.com.br/2014/02/crise-economica-ou-guerra-psicologica.html
ALERTA. A mídia não é baluarte da verdade, infelizmente. Se fosse, não teria que se desculpar pelo erro com Marcelo Freixo e o PSOL.
p.s. de 19/02/2014 - texto revisto e ampliado.
Publico sua opinião e alerta, transcrevendo na íntegra seu artigo acima mencionado, no intuito de apresentar ao leitor um contraponto às manchetes cotidianas de desastre econômico no Brasil (risível), e porque tal artigo faz uma acusação séria de que os três países fortes e autônomos na América do Sul, hoje governados pela esquerda, estariam sendo alvo de movimentos coordenados de direita, com sede no exterior, e apoio interno da oposição, no sentido de desestabilizar tais governos através da violência.
Deixo claro que a situação econômica da Argentina e Venezuela não se comparam à do Brasil. Estes países estão com políticas econômicas que o Blog Perspectiva Crítica considera desastrosas e que nem de perto são as aplicadas no Brasil do atual governo petista. Entretanto o Blog nota a publicação diuturna da desgraça econômica brasileira, o que é irreal, mentiroso e somente encontra hoje algum reflexo em poucas formas de ver a economia diante da mundança de política expansionista monetária norte americana, além da estabilidade da situação crítica da Europa e da queda de crescimento chinês, o que está fazendo o capital internacional se reajustar e sair de mercados emergentes e voltar para posições na Europa destruída e nos EUA que ensaia uma melhora econômica depois de cinco anos de desastre econômico e social.
Assim, me chamou a atenção a publicação de um cientista brasileiro de altíssimo nível, referendado mundialmente, professor das Nações Unidas para a coincidência de movimentos violentos nesses três países, principalmente porque aqui acabou de ocorrer o caso de morte de um jornalista, por causa de execução de métodos violentos em manifestações sociais pacíficas. Pior, ainda... foi descoberto que pessoas pagam a jovens manifestantes para serem violentos e distribuem rojões e coquetéis molotovs para estes jovens, que não sabem sequer identificar de onde vem o dinheiro, que se lhes dão, e/ou as armas que chegam a suas mãos.
Como na Venezuela o governo expulsou três diplomatas americanos acusando-os de incitarem seus jovens contra o governo, através de reuniões em faculdades, acho que é dever da Polícia do Rio de Janeiro descobrir quem financiou os atos violentos de alguns jovens em meio a uma manifestação pacífica.
Não é enaltecer ou subscrever teorias conspiratórias, que, devo dizer, existem. Mas é ficar, como Theotonio pede, ALERTA. Alerta à hipótese. Alerta ao que acontece no nosso país, principalmente, para que movimentos sociais não sejam manipulados por quem quer que seja, de direita, de esquerda, do estrangeiro, para que não culpemos pessoas e partidos erroneamente, como O Globo fez com Marcelo Freixo e o PSOL e teve de se desculpar (desculpou-se no Jornal Nacional de 17/02/2014, assim como com o editorial "O dever de um jornal", em que admitiu que acusou Freixo porque um advogado disse que a "Sininho", ao telefone, disse"... isso é base para publicação de acusação de proximidade e apoio à violência?!?!?)... e para que encontremos os reais agressores da democracia e da paz.
Abaixo o artigo publicado hoje, 18/02/2014 no Blog do Theotonio dos Santos:
terça-feira, 18 de fevereiro de 2014
Crise Econômica ou Guerra Psicológica ?
A Rede de Intelectuais em Defesa da Humanidade a qual pertenço e sou um dos Fundadores e cuja sede se encontra na Venezuela chama atenção para a gravidade das ações terroristas em marcha na Venezuela.
O documento abaixo preparado por Atílio Boron chama atenção sobre o caráter dessa conspiração e já conta com a adesão de um grande número de intelectuais e artistas que compõem a Rede, mas por você também pode subscrevê-la dirigindo-se ao site da Rede: http://humanidadenred.org.ve/
Hoje mesmo, terça-feira, foi convocada uma grande mobilização com o objetivo de criar novos conflitos que ajudem a colocar em questão o Governo legítimo e democrático da Venezuela.
Pode se notar também a expansão destas propostas aventureiras de caráter golpista na Argentina conforme se pode ver na imprensa internacional.
No Brasil há uma tentativa de explorar as debilidades do Governo atual diante das pressões do Capital Financeiro aumentando de maneira absolutamente injustificável uma taxa de juros já altamente elevada, que inviabiliza o desenvolvimento do País. Nota-se que um esquema de guerra psicológica está em marcha aproveitando da alta inflação combinada com queda do crescimento e até uma possível recessão durante o ano eleitoral. Os intelectuais orgânicos da Direita estão excitados apesar de que os estudos de opinião não lhes da até agora muitas expectativas favoráveis. Portanto a palavra neste momento é ALERTA.
Comunicado
Desde hace varias semanas la derecha fascista en Venezuela ha venido llevando a cabo un conjunto de acciones de desestabilización, orquestadas en acompañamiento con las agencias de inteligencia del imperialismo. El plan tiene como principal objetivo generar situaciones de violencia en las calles, especialmente en los Estados fronterizos con la República de Colombia. Dentro de estas acciones se sitúa el asedio y ataque a la Residencia del Gobernador José Vielma Mora en el Estado Táchira, del cual fueron víctimas su esposa, hijos y niños en condiciones especiales que reciben allí tratamiento médico. Lideradas y aupadas por partidos de extrema derecha como Voluntad Popular, estas acciones se repitieron en otras ciudades del país provocando heridos, cierre de calles, destrucción de propiedad pública y privada, así como actos de provocación a las fuerzas policiales; hasta que en el día de ayer, 12 de Febrero, fecha en la que se realizaban los actos en conmemoración del Bicentenario de la Batalla de La Victoria y Día de la Juventud, la violencia hizo máxima eclosión tras sendas manifestaciones pacíficas de parte de jóvenes revolucionarios y de oposición, con un saldo terrible de tres personas muertas, la quema de cinco vehículos oficiales, la destrucción de la fachada de la sede principal de la Fiscalía General de la República, y el asedio e intento de destrucción de varias oficinas de instancias judiciales y gubernamentales, que hacen pensar en un plan de tipo ucraniano. Todo ello en coincidencia con el continuo llamado público de Leopoldo López y María Corina Machado de “salir a la calle sin retorno”, hasta lograr que el Presidente de la República renuncie.
En este sentido, la Red de Intelectuales, Artistas y Movimientos Sociales en Defensa de la Humanidad no puede dejar de fijar posición ante estas acciones que son producto de un plan deliberado que intenta llevar a Venezuela hacia una guerra civil que le abra las puertas a la intervención del imperio. Ya basta de violencia y de muerte por ambiciones de poder y dominio.
Por estas razones:
1. Lamentamos profundamente el fallecimiento de los tres ciudadanos que cayeron víctimas de la intolerancia durante el día de ayer, y exigimos que se haga justicia expedita a través de la aplicación estricta de la ley, para que nunca más agentes aventureros del imperialismo perturben la paz de la Patria.
2. Condenamos enérgicamente estos actos de violencia y nos unimos al llamado de paz realizado por el Presidente de la República Nicolás Maduro Moros, al tiempo que manteniendo firme el legado del Comandante Hugo Chávez, reafirmamos el carácter pacífico que siempre ha caracterizado a la Revolución Bolivariana.
3. Hacemos un llamado a todos aquellos que tienen diferencias con el Proyecto Bolivariano, para que éstas sean expresadas de manera verdaderamente pacífica, sin alterar el orden y la vida pública, en los distintos espacios de diálogo que garantiza la Constitución de la República Bolivariana de Venezuela, y que la revolución siempre ha proveído para la expresión de todos y de todas.
4. Finalmente, hacemos un llamado a la solidaridad internacional para derrotar cualquier intento de imponer la violencia en un país que avanza con firmeza hacia una sociedad de justicia, igualdad y paz.
2014: Año de la Juventud Bicentenaria.
“No podemos optar entre vencer o morir. Necesario es vencer”
Acesse o original em http://theotoniodossantos.blogspot.com.br/2014/02/crise-economica-ou-guerra-psicologica.html
Deixamos claro, mais uma vez que não endossamos a política econômica da Venezuela e da Argentina, mas defendemos a autodeterminação dos povos. Os argentinos são quem devem eleger outro governante, assim como é o povo venezuelano que deve eleger a oposição. Se há movimentos de oposição bancados por estrangeiros, pelo menos deve ser visualizado, comprovado e publicado. Se movimentos de direita ou esquerda de um país pregam e financiam a violência em manifestações sociais, para desestabilizar governos eleitos democraticamente, então isso deve ser descoberto, investigado e publicado.
Nosso objetivo com essa transcrição é dar eco à posição e publicação de um renomado cientista brasileiro que prega o alerta aos brasileiros.
O Blog Perspectiva Crítica procura sempre estar alerta. Democracia também pressupõe respeitar o resultado das urnas, mesmo quando não se gosta do governo que está no poder... caso contrário.. se o partido que te representa entrar no poder, por que se deverá esperar que a oposição e seus partidários, hoje no governo, o respeitem?
A tese apresentada por Theotonio dos Santos, dando eco a um comunicado internacional que faz tal tipo de acusação é para merecer alguma reflexão. Até mesmo em função do que está acontecendo no Brasil, seja em propaganda de caos econômico ( o que é mentira), seja em violência de manifestações, acusações de financiamento dessa violência sem saber-se os mandantes, bem como a pressa da mídia de mercado em acusar um renomado político da esquerda do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo, de conduta ilibada, além de sugerir acusações de seu partido o PSOL. Parece que o que Theotonio publica que acontece em outros países da América do Sul também está ocorrendo aqui.
ALERTA. A mídia não é baluarte da verdade, infelizmente. Se fosse, não teria que se desculpar pelo erro com Marcelo Freixo e o PSOL.
p.s. de 19/02/2014 - texto revisto e ampliado.
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Apagões, Porto Mariel, financiamento da violência em movimentos sociais - comentários
Tendo em vista grande grupo de temas e pouco tempo para abordá-los, apesar da importânica e obrigatoriedade dessas abordagens, mais uma vez nos utilizamos do artigo em forma de revista para resolver esse problema e não deixar os leitores sem a opinião do Blog Perspectiva Crítica sobre temas urgentes e importantes, mesmo que a partir de uma análise menos profunda.
Apagões - Senhores, é importante a preocupação com disponibilidade de energia elétrica. Não é só uma questão de comodidade e de nossos lares não ficarem sem luz, mas a disponibilidade de energia elétrica é essencial para a manutenção de intenção de investimentos e para o crescimento econômico. Não à toa, Lincoln Gordon, em sua obra "A segunda Chance do Brasil: A caminho do Primeiro Mundo", apresenta tabela que relaciona crescimento econômico e consumo de energia elétrica sendo evidente que ambos crescem juntos. Mas convém colocar os pingos nos "is" em relação às matérias veiculadas na grande mídia sobre o tema. Primeiro: não há o menor risco de um apagão das dimensões que ocorreu em 2001 com o FHC, quando 60% do Brasil apagou por desabastecimento generalizado. 60% do país é diferente de apaguinhos que têm ganhado muito espaço nas manchetes atuais. Segundo: que fique claro, que o Blog Perspectiva Crítica não apóia subvenção da tarifa de energia elétrica, como ocorre atualmente, por princípio, mas é favorável a medidas que incentivem a diminuição de custo Brasil, aliviem gastos dos cidadãos e empresas e tornem o ambiente econômico mais atrativo à produção, desde que de forma sustentável. A conta do subsídio da tarifa de energia elétrica que foi de 8 bilhões de reais ano passado, pode chegar a 10 ou 18 bilhões de reais esse ano. Ainda depende das chuvas. Isso é bom? Não. É sustentável? Não sei. Por quê? Porque ninguém está perguntando qual o real benefício em emprego e crescimento econômico da medida de subsídio tarifário do ano passado. Sem saber o que os oito bilhões de reais gastos ano passado geraram de crescimento econômico, incentivo à produção e ao investimento, manutenção de empregos, não é possível calcular o quanto de manutenção de arrecadação foi possível obter com aquele gasto de 8 bilhões. O IPEA pode calcular isso, mas ninguém pede, ninguém cobra. Os subsídios na economia americana e européia são na base de centenas de bilhões de dólares anuais, e ninguém aponta isso como algo ruim ou que distorce o mercado internacional ou que altera os índices de inflação dos americanos e europeus. Mas sem esses subsídios, a agricultura da França sumiria e o leite americano custaria o dobro do que custa hoje em dia... o que isso significa de impacto inflacionário e perda de empregos nesses dosi países? E assim, centenas de produtos e serviços de americanos e europeus. E eles, com esses subsídios astronômicos, são os mais ricos do mundo. Então... cadê os dados comparativos? Não apoiamos aumento de despesas, mas todo investimento é uma despesa que é acompanhada de retorno econômico e social que justifica a despesa. Sem sabermos as reais dimensões dos benefícios do subsídio da energia elétrica, não dá para dizer se é mera despesa orçamentária ou se é subsídio vantajoso à economia e sociedade brasileira.
Porto Mariel - Esse assunto gerou amplo debate com amigos de longa data, em sua maioria contrários ao "financiamento do governo do ditador cubano" e ao "investimento no exterior, quando precisamos no Brasil" e outras coisas mais. Mas senhores, como eu defendi o investimento com o simples argumento de que se trata de garantir exportação de serviços do Brasil sem prejuízo aos projetos de investimento nacional, a Fiesp também apresentou defesa neste idêntico sentido, como publicado no Jornal O Globo de 13/02/2014, na página 24. O título do artigo diz tudo: "FIESP defende crédito do BNDES em porto cubano". Por quê? Porque é isso que faz o Eximbank dos EUA há décadas!! Serão 600 milhões de dólares emprestados pelo BNDES. Mas com a exigência de que sejam gastos do total de 957 milhões de dólares necessários para a construção do Porto Mariel, mais de 800 milhões de dólares no Brasil! O representante da Odebrecht diz que isso significa o envolvimento de 150 mil empregos diretos e indiretos no evento aqui no Brasil. 80% de todo o material para a construção do Porto deverá ser produzido e importado do Brasil por Cuba. Esse financiamento enriquece o País e exporta serviço, material, produtos e mão de obra brasileiros.. como pode o Blog Perspectiva Crítica ser contra?!?! E os investimentos do Brasil que estão sendo deixados de lado? Senhores e senhoras, o BNDES trabalha com projetos e não com necessidades genéricas do Brasil por mais que saibamos que são concretas. Ninguém apontou qual o projeto que foi preterido.. e não vai apresentar porque nenhum projeto nacional foi preterido!! O artigo publicado no Jornal O Globo, como mencionado, informa que o BNDES em 2012 emprestou R$7 bilhões de reais para investimentos e obras no exterior contra R$173 bilhões de reais para projetos no mercado interno. O BNDES tem três vezes o dinheiro do banco mundial!! Há falta de projetos nacionais e se o BNDES pode emprestar para empresas brasileiras prestarem serviços no exterior ao invés de o dinheiro ficar parado em seu caixa, tanto melhor!!!
Financiamento da violência em movimentos sociais - A questão é muito simples. Quem forneceu os rojões e quem paga R$150,00 para que meninos pobres sejam agressivos e agridam a polícia ou quem quer que sejam em movimentos sociais, seja Black Blocks, seja MST, é criminoso que incita a vioência e deve responder criminalmente. Hà uma irresponsabilidade da mídia, mas não no limite ainda, em querer incriminar partidos de esquerda e políticos renomados e austeros como Marcelo Freixo. Assistência jurídica não é nada. Contratação de mão de obra para incitar a violência e fornecimento de porretes, rojões, coquetéis molotov.. isso sim é criminoso. Somos contra impedir máscaras em manifestações. A polícia deve ser capaz de filmar, isolar e prender bandidos que estejam infiltrados em manifestações sociais. Agora sejamos claros... quem financia a violência não é quem deu ou dá dinheiro para um grupo, mas o que dá dinheiro com fins de manter uma atividade violenta.. deve saber que há violência e que está financiando violência e o valor deve ser tal que possa ajudar na consecução dessa finalidade institucional do grupo financiado. Caso contrário, não há atividade de terrorismo, atividade criminosa e financiamento de atividade criminosa.
Apagões - Senhores, é importante a preocupação com disponibilidade de energia elétrica. Não é só uma questão de comodidade e de nossos lares não ficarem sem luz, mas a disponibilidade de energia elétrica é essencial para a manutenção de intenção de investimentos e para o crescimento econômico. Não à toa, Lincoln Gordon, em sua obra "A segunda Chance do Brasil: A caminho do Primeiro Mundo", apresenta tabela que relaciona crescimento econômico e consumo de energia elétrica sendo evidente que ambos crescem juntos. Mas convém colocar os pingos nos "is" em relação às matérias veiculadas na grande mídia sobre o tema. Primeiro: não há o menor risco de um apagão das dimensões que ocorreu em 2001 com o FHC, quando 60% do Brasil apagou por desabastecimento generalizado. 60% do país é diferente de apaguinhos que têm ganhado muito espaço nas manchetes atuais. Segundo: que fique claro, que o Blog Perspectiva Crítica não apóia subvenção da tarifa de energia elétrica, como ocorre atualmente, por princípio, mas é favorável a medidas que incentivem a diminuição de custo Brasil, aliviem gastos dos cidadãos e empresas e tornem o ambiente econômico mais atrativo à produção, desde que de forma sustentável. A conta do subsídio da tarifa de energia elétrica que foi de 8 bilhões de reais ano passado, pode chegar a 10 ou 18 bilhões de reais esse ano. Ainda depende das chuvas. Isso é bom? Não. É sustentável? Não sei. Por quê? Porque ninguém está perguntando qual o real benefício em emprego e crescimento econômico da medida de subsídio tarifário do ano passado. Sem saber o que os oito bilhões de reais gastos ano passado geraram de crescimento econômico, incentivo à produção e ao investimento, manutenção de empregos, não é possível calcular o quanto de manutenção de arrecadação foi possível obter com aquele gasto de 8 bilhões. O IPEA pode calcular isso, mas ninguém pede, ninguém cobra. Os subsídios na economia americana e européia são na base de centenas de bilhões de dólares anuais, e ninguém aponta isso como algo ruim ou que distorce o mercado internacional ou que altera os índices de inflação dos americanos e europeus. Mas sem esses subsídios, a agricultura da França sumiria e o leite americano custaria o dobro do que custa hoje em dia... o que isso significa de impacto inflacionário e perda de empregos nesses dosi países? E assim, centenas de produtos e serviços de americanos e europeus. E eles, com esses subsídios astronômicos, são os mais ricos do mundo. Então... cadê os dados comparativos? Não apoiamos aumento de despesas, mas todo investimento é uma despesa que é acompanhada de retorno econômico e social que justifica a despesa. Sem sabermos as reais dimensões dos benefícios do subsídio da energia elétrica, não dá para dizer se é mera despesa orçamentária ou se é subsídio vantajoso à economia e sociedade brasileira.
Porto Mariel - Esse assunto gerou amplo debate com amigos de longa data, em sua maioria contrários ao "financiamento do governo do ditador cubano" e ao "investimento no exterior, quando precisamos no Brasil" e outras coisas mais. Mas senhores, como eu defendi o investimento com o simples argumento de que se trata de garantir exportação de serviços do Brasil sem prejuízo aos projetos de investimento nacional, a Fiesp também apresentou defesa neste idêntico sentido, como publicado no Jornal O Globo de 13/02/2014, na página 24. O título do artigo diz tudo: "FIESP defende crédito do BNDES em porto cubano". Por quê? Porque é isso que faz o Eximbank dos EUA há décadas!! Serão 600 milhões de dólares emprestados pelo BNDES. Mas com a exigência de que sejam gastos do total de 957 milhões de dólares necessários para a construção do Porto Mariel, mais de 800 milhões de dólares no Brasil! O representante da Odebrecht diz que isso significa o envolvimento de 150 mil empregos diretos e indiretos no evento aqui no Brasil. 80% de todo o material para a construção do Porto deverá ser produzido e importado do Brasil por Cuba. Esse financiamento enriquece o País e exporta serviço, material, produtos e mão de obra brasileiros.. como pode o Blog Perspectiva Crítica ser contra?!?! E os investimentos do Brasil que estão sendo deixados de lado? Senhores e senhoras, o BNDES trabalha com projetos e não com necessidades genéricas do Brasil por mais que saibamos que são concretas. Ninguém apontou qual o projeto que foi preterido.. e não vai apresentar porque nenhum projeto nacional foi preterido!! O artigo publicado no Jornal O Globo, como mencionado, informa que o BNDES em 2012 emprestou R$7 bilhões de reais para investimentos e obras no exterior contra R$173 bilhões de reais para projetos no mercado interno. O BNDES tem três vezes o dinheiro do banco mundial!! Há falta de projetos nacionais e se o BNDES pode emprestar para empresas brasileiras prestarem serviços no exterior ao invés de o dinheiro ficar parado em seu caixa, tanto melhor!!!
Financiamento da violência em movimentos sociais - A questão é muito simples. Quem forneceu os rojões e quem paga R$150,00 para que meninos pobres sejam agressivos e agridam a polícia ou quem quer que sejam em movimentos sociais, seja Black Blocks, seja MST, é criminoso que incita a vioência e deve responder criminalmente. Hà uma irresponsabilidade da mídia, mas não no limite ainda, em querer incriminar partidos de esquerda e políticos renomados e austeros como Marcelo Freixo. Assistência jurídica não é nada. Contratação de mão de obra para incitar a violência e fornecimento de porretes, rojões, coquetéis molotov.. isso sim é criminoso. Somos contra impedir máscaras em manifestações. A polícia deve ser capaz de filmar, isolar e prender bandidos que estejam infiltrados em manifestações sociais. Agora sejamos claros... quem financia a violência não é quem deu ou dá dinheiro para um grupo, mas o que dá dinheiro com fins de manter uma atividade violenta.. deve saber que há violência e que está financiando violência e o valor deve ser tal que possa ajudar na consecução dessa finalidade institucional do grupo financiado. Caso contrário, não há atividade de terrorismo, atividade criminosa e financiamento de atividade criminosa.
Necessidade de Política Industrial, dívida pública confortável, câmbio independente de superávit primário, diz Economista da USP ao Globo
Excelente artigo econômico o publicado pelo Jornal O Globo no dia 14/02/2014, página 28, intitulado "Economia continuará em ritmo modorrento". É disso que falamos quando exigimos uma maior neutralidade do Jornal sobre o tema. Publique seus artigos de visão financista. Ok. Mas publique junto algo desse gênero e o crime informativo começa a se desfazer e a qualidade informativa disponível ao leitor a melhorar.
Esse artigo é subscrito pelo Blog em 100%. Neste artigo, José Francisco de Lima Gonçalves, professor da FEA/USP e economista-Chefe do Banco Fator emite sua opinião sobre o ritmo da economia para 2014, ressaltando que o Brasil não está mal nos principais elementos estruturais econômicos e financeiros, mesmo em comparação com a Turquia, que relatórios internacionais apontando piora do quadro fiscal, econômico e financeiro brasileiro estão defasados, que análises econômicas exigindo mais superávit para equilibrar o câmbio estão errados, pois o mundo está mudando e o câmbio é um reflexo desta mudança, e que precisamos de política industrial, como EUA, Itália e Coréia, em que o governo deveria, sim, ajudar grupos econômicos com capacidade de absorver tecnologia e avançar, trazendo benefícios de inovação, emprego, inserção internacional da produção brasileira e crescimento econômico. Tudo em que acreditamos no Blog Perspectiva Crítica.
Selecionei os seguintes trechos:
- Quanto a dever o mercado optar em que investir ou dever o governo induzir crescimento em alguns setores:
" Não é possível ter uma economia dinâmica que produza só minério de ferro e soja, nem que se produza de A a Z. É uma coisa no meio do caminho. Se deixar para o mercado escolher, vai ser soja e minério. Sou contra, quero uma cadeia industrial. (...) Óbvio que não é carregar os caras no colo. É uma escolha de política industrial onde tem capacidade de atrair, absorver e desenvolver tecnologia. (...) (Isso) tem no Japão, na Coréia, na Alemanha, na França, na Itália e nos EUA, mas não pode ter no Brasil."
Nós do Blog Perspectiva Crítica sempre defendemos que país rico é o país que tem indústrias. Turismo nõa gera cadeia de produção e nem os melhores e mais bem remunerados empregos do mundo. Indústrias, inovação, pesquisa, sim. Nós sempre defendemos que o mercado não pode determinar nada. O mercado deve agir em ambiente econômico livre, mas apoiamos que o governo incentive segmentos econômicos mais avançados e que possam gerar inovação em pesquisa e na economia, inserindo-se cada vez mais no mercado internacional. Não é escolher campeões, mas apoiar sim os melhores para atingirem seu máximo potencial econômico, com reflexo para a economia brasileira e para a sociedade brasileira.
- Quanto à exigência de mercado de mais superávit para compensar a pressão altista do dólar:
" (...) China anda mais devagar, o mundo também. (,,,) A situação lá fora está feia e é difícil cuidar do câmbio. Acho ridículo os colegas (economistas) cobrarem o dever de casa (do Brasil). Precisaria de 10% de superávit (fiscal) primário para cuidar do câmbio. Quando há pressão de desvalorização global, não se pode dizer que o problema é dos emergentes."
O Blog Perspectiva Crítica sempre sublinhou que movimentos de capital de escala mundial não podem ter seus efeitos controlados internamente no Brasil por super arrochos fiscais e fantásticas altas de juros Selic. Sempre defendemos que diante de alterações nas condições de investimentos e crescimento econômico no mundo, seus reflexos negativos para a economia brasileira deveriam ser administrados por várias medidas fiscais e de política monetária sempre com a finalidade de garantir empregos, manter crescimento econômico, evitar recessão e manter equilíbrio fiscal. Compatibilizar tudo isso não é fácil e exige opções de escolhas a cada vez que as ondas de capitais internacionais vêm e vão circulando pelo Brasil e pelo mundo. Inclusive, depois da crise de 2008, pela primeira vez, desde que foi criado, o FMI defendeu contenção de fluxos de capitais... rsrsrs Quer dizer, quando EUA e Europa estavam bem, os colapsos financeiros de subdesenvolvidos, dentre eles o Brasil, e as fugas grotescas de capital que desequilibravam a economia local não podiam legitimar políticas de contenção de fluxo de capital para estes países subdesenvolvidos... mas quando ocorreu o mesmo com os países do centro do capitalismo, aí pode... rsrsrsrs
As escolhas para gerência da economia do Brasil não devem satisfazer plenamente o mercado, pois o mercado quer dinheiro e não projeto de nação. O economista Gonçalves está corretíssimo em desconstituir esse pensamento único publicado de que o problema do câmbio atual é reflexo de incompetência econômica da política de governo e de dizer que a satisfação da exigência de mercado demandaria 10% de superávit fiscal... quem vai fazer isso?!?! E as demandas de investimento estrutural e na educação e saúde do País?!?! Devemos parar tudo e entrar em recessão porque o mercado assim exige? Claro que não. Temos de criar outros meios de financiamento para o País. Isso está sendo criado: um BNDES entre Rússia, Índia, Brasil e China (acho que África do Sul também. Isso será um instrumento que equilibrará melhor as necessidades de financiamento de nossos países, não independentemente do mercado, mas a par do mercado e do FMI.
Enquanto isso, entendemos as origens dos movimentos de capital e adotemos medidas razoáveis para diminuir impactos negativos sobre nossa economia, mas sempre tencionando favoravelmente para obter crescimento econômico, defesa de empregos, inflação controlada e responsabilidade fiscal, tanto quanto possível do melhor de cada um desses itens, colocados lado a lado e em efeito de pesos e contrapesos reflexivamente uns com os outros.
- Quanto a visão do Banco Central dos EUA de que o Brasil é vulnerável:
"Relatórios desse tipo têm defasagem. Nem a reação da Turquia nem a do Brasil estão lá. (...) O Brasil está muito melhor (em geral e em relação à Turquia) do lado fiscal, de contas externas, de financiamento externo. Aqui há problemas de fluxo da dívida pública, não de estoque (que cai gradualmente - grifo do Blog Perspectiva Crítica). A situação da dívida é confortável se comparada com o resto do mundo."
Bem, senhores e senhoras... o que me dizem? Essas palavras parecem ser sobre um Brasil à beira da bancarrota, como pregado diuturnamente pela grande mídia? O que sempre dissemos a respeito da condição fiscal e econômico-financeira do Brasil?
Nosso maior interesse é alertar pra o fato de que grande parte do que é publicado sobre economia na grande mídia está equivocado. Essa ótima publicação de um profissional conceituadíssimo da área econômica e que, não falando de juros, pôde expressar sua opinião de que devemos ter uma política industrial definida, que ela deverá passar pelo apoio a setores desenvolvidos de nossa economia e não somente pela produção e exportação de commodities, que a desvalorização do real se dá em um movimento mundial de desvalorização de moedas em face do dólar (sabemos que por conta da recente alteração do FED em deixar de injetar 20 bilhões de dólares mensais no mercado) e que alterações mundiais não podem simplesmente serem compensadas internamente em sua totalidade (não dá pra fazer superávit primário de 10% do PIB para compensar a queda de fluxo de dólar em direção ao Brasil). Também ficou claro que relatórios internacionais não estão nem atualizados nem tratando corretamente nossas imensas vantagens competitivas em relação à Turquia e aos demais países emergentes ou do centro do capitalismo mundial.
Enfim, tudo o que o Blog Perspectiva Crítica sempre defendeu foi corroborado por alto profissional de mercado. Fico feliz de antecipar para os leitores do Blog a realidade dos fatos que posteriormente acabam, mais cedo ou mais tarde, publicado, mesmo que porções homeopáticas, na grande mídia. Pelo menos em relação a esta publicação, devo parabenizar o Jornal O Globo.
Com publicações dessas, em que uma visão não financista mas econômica em amplo grau se apresenta, a dialética em sociedade é feita de forma mais honesta, clara, transparente, possibilitando o debate real e eficaz e a bem da sociedade e economia brasileira.
p.s. de 07/03/2014 - texto revisto.
Esse artigo é subscrito pelo Blog em 100%. Neste artigo, José Francisco de Lima Gonçalves, professor da FEA/USP e economista-Chefe do Banco Fator emite sua opinião sobre o ritmo da economia para 2014, ressaltando que o Brasil não está mal nos principais elementos estruturais econômicos e financeiros, mesmo em comparação com a Turquia, que relatórios internacionais apontando piora do quadro fiscal, econômico e financeiro brasileiro estão defasados, que análises econômicas exigindo mais superávit para equilibrar o câmbio estão errados, pois o mundo está mudando e o câmbio é um reflexo desta mudança, e que precisamos de política industrial, como EUA, Itália e Coréia, em que o governo deveria, sim, ajudar grupos econômicos com capacidade de absorver tecnologia e avançar, trazendo benefícios de inovação, emprego, inserção internacional da produção brasileira e crescimento econômico. Tudo em que acreditamos no Blog Perspectiva Crítica.
Selecionei os seguintes trechos:
- Quanto a dever o mercado optar em que investir ou dever o governo induzir crescimento em alguns setores:
" Não é possível ter uma economia dinâmica que produza só minério de ferro e soja, nem que se produza de A a Z. É uma coisa no meio do caminho. Se deixar para o mercado escolher, vai ser soja e minério. Sou contra, quero uma cadeia industrial. (...) Óbvio que não é carregar os caras no colo. É uma escolha de política industrial onde tem capacidade de atrair, absorver e desenvolver tecnologia. (...) (Isso) tem no Japão, na Coréia, na Alemanha, na França, na Itália e nos EUA, mas não pode ter no Brasil."
Nós do Blog Perspectiva Crítica sempre defendemos que país rico é o país que tem indústrias. Turismo nõa gera cadeia de produção e nem os melhores e mais bem remunerados empregos do mundo. Indústrias, inovação, pesquisa, sim. Nós sempre defendemos que o mercado não pode determinar nada. O mercado deve agir em ambiente econômico livre, mas apoiamos que o governo incentive segmentos econômicos mais avançados e que possam gerar inovação em pesquisa e na economia, inserindo-se cada vez mais no mercado internacional. Não é escolher campeões, mas apoiar sim os melhores para atingirem seu máximo potencial econômico, com reflexo para a economia brasileira e para a sociedade brasileira.
- Quanto à exigência de mercado de mais superávit para compensar a pressão altista do dólar:
" (...) China anda mais devagar, o mundo também. (,,,) A situação lá fora está feia e é difícil cuidar do câmbio. Acho ridículo os colegas (economistas) cobrarem o dever de casa (do Brasil). Precisaria de 10% de superávit (fiscal) primário para cuidar do câmbio. Quando há pressão de desvalorização global, não se pode dizer que o problema é dos emergentes."
O Blog Perspectiva Crítica sempre sublinhou que movimentos de capital de escala mundial não podem ter seus efeitos controlados internamente no Brasil por super arrochos fiscais e fantásticas altas de juros Selic. Sempre defendemos que diante de alterações nas condições de investimentos e crescimento econômico no mundo, seus reflexos negativos para a economia brasileira deveriam ser administrados por várias medidas fiscais e de política monetária sempre com a finalidade de garantir empregos, manter crescimento econômico, evitar recessão e manter equilíbrio fiscal. Compatibilizar tudo isso não é fácil e exige opções de escolhas a cada vez que as ondas de capitais internacionais vêm e vão circulando pelo Brasil e pelo mundo. Inclusive, depois da crise de 2008, pela primeira vez, desde que foi criado, o FMI defendeu contenção de fluxos de capitais... rsrsrs Quer dizer, quando EUA e Europa estavam bem, os colapsos financeiros de subdesenvolvidos, dentre eles o Brasil, e as fugas grotescas de capital que desequilibravam a economia local não podiam legitimar políticas de contenção de fluxo de capital para estes países subdesenvolvidos... mas quando ocorreu o mesmo com os países do centro do capitalismo, aí pode... rsrsrsrs
As escolhas para gerência da economia do Brasil não devem satisfazer plenamente o mercado, pois o mercado quer dinheiro e não projeto de nação. O economista Gonçalves está corretíssimo em desconstituir esse pensamento único publicado de que o problema do câmbio atual é reflexo de incompetência econômica da política de governo e de dizer que a satisfação da exigência de mercado demandaria 10% de superávit fiscal... quem vai fazer isso?!?! E as demandas de investimento estrutural e na educação e saúde do País?!?! Devemos parar tudo e entrar em recessão porque o mercado assim exige? Claro que não. Temos de criar outros meios de financiamento para o País. Isso está sendo criado: um BNDES entre Rússia, Índia, Brasil e China (acho que África do Sul também. Isso será um instrumento que equilibrará melhor as necessidades de financiamento de nossos países, não independentemente do mercado, mas a par do mercado e do FMI.
Enquanto isso, entendemos as origens dos movimentos de capital e adotemos medidas razoáveis para diminuir impactos negativos sobre nossa economia, mas sempre tencionando favoravelmente para obter crescimento econômico, defesa de empregos, inflação controlada e responsabilidade fiscal, tanto quanto possível do melhor de cada um desses itens, colocados lado a lado e em efeito de pesos e contrapesos reflexivamente uns com os outros.
- Quanto a visão do Banco Central dos EUA de que o Brasil é vulnerável:
"Relatórios desse tipo têm defasagem. Nem a reação da Turquia nem a do Brasil estão lá. (...) O Brasil está muito melhor (em geral e em relação à Turquia) do lado fiscal, de contas externas, de financiamento externo. Aqui há problemas de fluxo da dívida pública, não de estoque (que cai gradualmente - grifo do Blog Perspectiva Crítica). A situação da dívida é confortável se comparada com o resto do mundo."
Bem, senhores e senhoras... o que me dizem? Essas palavras parecem ser sobre um Brasil à beira da bancarrota, como pregado diuturnamente pela grande mídia? O que sempre dissemos a respeito da condição fiscal e econômico-financeira do Brasil?
Nosso maior interesse é alertar pra o fato de que grande parte do que é publicado sobre economia na grande mídia está equivocado. Essa ótima publicação de um profissional conceituadíssimo da área econômica e que, não falando de juros, pôde expressar sua opinião de que devemos ter uma política industrial definida, que ela deverá passar pelo apoio a setores desenvolvidos de nossa economia e não somente pela produção e exportação de commodities, que a desvalorização do real se dá em um movimento mundial de desvalorização de moedas em face do dólar (sabemos que por conta da recente alteração do FED em deixar de injetar 20 bilhões de dólares mensais no mercado) e que alterações mundiais não podem simplesmente serem compensadas internamente em sua totalidade (não dá pra fazer superávit primário de 10% do PIB para compensar a queda de fluxo de dólar em direção ao Brasil). Também ficou claro que relatórios internacionais não estão nem atualizados nem tratando corretamente nossas imensas vantagens competitivas em relação à Turquia e aos demais países emergentes ou do centro do capitalismo mundial.
Enfim, tudo o que o Blog Perspectiva Crítica sempre defendeu foi corroborado por alto profissional de mercado. Fico feliz de antecipar para os leitores do Blog a realidade dos fatos que posteriormente acabam, mais cedo ou mais tarde, publicado, mesmo que porções homeopáticas, na grande mídia. Pelo menos em relação a esta publicação, devo parabenizar o Jornal O Globo.
Com publicações dessas, em que uma visão não financista mas econômica em amplo grau se apresenta, a dialética em sociedade é feita de forma mais honesta, clara, transparente, possibilitando o debate real e eficaz e a bem da sociedade e economia brasileira.
p.s. de 07/03/2014 - texto revisto.
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Crítica ao artigo "Um aquário na capital da seca", de José Casado
Um grande amigo, Rafael, mandou a mim email declarando-se, compreensivelmente, ultrajado com o artigo que informava que o Ceará construirá uma piscina de peixes com milhões de litros d'água, sendo certo que milhões de Nordestinos sofrem há séculos com a seca e não há previsão do término da obra de transposição do Rio São Francisco, projeto já idealizado por Dom Pedro II. O atraso da obra também seria motivo para aumento de seu custo, segundo empreiteiros citados no artigo.
Selecionei o seguinte trecho do artigo escrito pelo jornalista José Casado, segundo emial que recebi, e publicado no Jornal O Globo em 11/02/2014:
Veja a íntegra em http://oglobo.globo.com/ opiniao/um-aquario-na-capital- da-seca-11564850#ixzz2t2798yw7
Em seguida a resposta que lhe enviei que é a crítica ao artigo acima:
"FHC assinou o projeto da transposição do rio São Francisco? Ok. Consideremos que sim. Assinou e apresentou a criação do imposto sobre grandes fortunas. E assinou a criação da controladoria geral da República. Mas não fez nenhum dos três em oito anos de governo.
Já lula tirou a cgu do papel e concretizou a obra de transposição que ninguém fez. Quem tem mais mérito? Vai demorar até 2025? E se não tivesse sido iniciada, como o FHC não iniciou, terminaria quando? Talvez se FHC tivesse iniciado a obra, ela terminasse no fim desse ano...
Desqualificar os programas de poços artesianos e sisternas para aproveitamento da chuva no sertão, algo com resultado imediato para a vida de milhões de nordestinos sertanejos, chamando de "mais um curral eleitoral", sinceramente... beira o fanatismo. . Mas fazer o quê?
O engraçado é que essas críticas sobre atos em execução do governo vêm de pessoas que nada fizeram a não ser apontar que o problema existe e sempre existiu... e nem apontam soluções melhores.. Só rotulam de atrasos e currais... que valor, pergunto, têm tais palavras diante da ação efetiva do governo?
Sobre a piscina de peixes, é pra turismo? Porque uma piscina dessas não mata a sede do sertão."
Em seguida acrescentei:
Selecionei o seguinte trecho do artigo escrito pelo jornalista José Casado, segundo emial que recebi, e publicado no Jornal O Globo em 11/02/2014:
"Um aquário na capital da seca
- Já se passaram 136 anos desde que Pedro II
mandou construir dutos para aliviar a seca no sertão. O custo duplicou e a
obra patina, mas vem aí um milionário desfile de peixes
José
Casado
O Globo,
11/02/14 – 0h00
A aldeia tem 20 casas de barro e taquara, à margem de
um rio de águas diáfanas que se precipitam por um leito de pedras polidas,
brancas e enormes como ovos pré-históricos. Nesse lugarejo de almas solitárias,
o calor é tão intenso que os pássaros varam as telas das janelas para morrer à
sombra, desplumados, nos quartos. À noite, moradores espalham bacias de água,
para saciar a sede dos mortos em vagueação.
Assim é a Macondo do escritor Gabriel García Márquez em “Cem anos de solidão”, inspirada em Aracataca, onde ele nasceu, no extremo norte da Colômbia. Cercado por rios e flagelado por secas prolongadas, o povoado completou 128 anos sem rede de água para consumo humano. Por seis vezes iniciou-se ali a construção de um aqueduto. Nunca chegou ao fim, mas o governo colombiano acaba de anunciar um novo plano para terminá-lo.
Talvez os 30 mil moradores da Macondo real vejam seu mítico canal concluído muito antes de 12 milhões nordestinos brasileiros receberem águas transpostas do Rio São Francisco.
Já se passaram 136 anos desde a ordem do imperador Pedro II para se construir a rede de dutos que atenuaria os efeitos da seca no sertão.
Só o surrealismo da política nacional explica: a ideia dormitou nos últimos 12 anos do Império e atravessou a República. Foi retomada na administração Getulio Vargas; virou projeto décadas depois, no período João Figueiredo; foi decretada por Itamar Franco, nos 90, assinada por Fernando Henrique e contratada por Lula, na virada do século. Agora, patina com Dilma Rousseff.
O custo duplicou em relação à licitação feita por Lula, chegou a R$ 8,5 bilhões em dezembro. E ainda vai aumentar, prevêem os empreiteiros.
A inauguração estava prevista para 2012. Mantido o atual cronograma, a rede de 620 quilômetros de canais e bombas talvez fique pronta em 2025 — quase século e meio depois da ordem imperial. Não há garantia de prazo. "
Assim é a Macondo do escritor Gabriel García Márquez em “Cem anos de solidão”, inspirada em Aracataca, onde ele nasceu, no extremo norte da Colômbia. Cercado por rios e flagelado por secas prolongadas, o povoado completou 128 anos sem rede de água para consumo humano. Por seis vezes iniciou-se ali a construção de um aqueduto. Nunca chegou ao fim, mas o governo colombiano acaba de anunciar um novo plano para terminá-lo.
Talvez os 30 mil moradores da Macondo real vejam seu mítico canal concluído muito antes de 12 milhões nordestinos brasileiros receberem águas transpostas do Rio São Francisco.
Já se passaram 136 anos desde a ordem do imperador Pedro II para se construir a rede de dutos que atenuaria os efeitos da seca no sertão.
Só o surrealismo da política nacional explica: a ideia dormitou nos últimos 12 anos do Império e atravessou a República. Foi retomada na administração Getulio Vargas; virou projeto décadas depois, no período João Figueiredo; foi decretada por Itamar Franco, nos 90, assinada por Fernando Henrique e contratada por Lula, na virada do século. Agora, patina com Dilma Rousseff.
O custo duplicou em relação à licitação feita por Lula, chegou a R$ 8,5 bilhões em dezembro. E ainda vai aumentar, prevêem os empreiteiros.
A inauguração estava prevista para 2012. Mantido o atual cronograma, a rede de 620 quilômetros de canais e bombas talvez fique pronta em 2025 — quase século e meio depois da ordem imperial. Não há garantia de prazo. "
Veja a íntegra em http://oglobo.globo.com/
Em seguida a resposta que lhe enviei que é a crítica ao artigo acima:
"FHC assinou o projeto da transposição do rio São Francisco? Ok. Consideremos que sim. Assinou e apresentou a criação do imposto sobre grandes fortunas. E assinou a criação da controladoria geral da República. Mas não fez nenhum dos três em oito anos de governo.
Já lula tirou a cgu do papel e concretizou a obra de transposição que ninguém fez. Quem tem mais mérito? Vai demorar até 2025? E se não tivesse sido iniciada, como o FHC não iniciou, terminaria quando? Talvez se FHC tivesse iniciado a obra, ela terminasse no fim desse ano...
Desqualificar os programas de poços artesianos e sisternas para aproveitamento da chuva no sertão, algo com resultado imediato para a vida de milhões de nordestinos sertanejos, chamando de "mais um curral eleitoral", sinceramente... beira o fanatismo. . Mas fazer o quê?
O engraçado é que essas críticas sobre atos em execução do governo vêm de pessoas que nada fizeram a não ser apontar que o problema existe e sempre existiu... e nem apontam soluções melhores.. Só rotulam de atrasos e currais... que valor, pergunto, têm tais palavras diante da ação efetiva do governo?
Sobre a piscina de peixes, é pra turismo? Porque uma piscina dessas não mata a sede do sertão."
Em seguida acrescentei:
"Saiba ainda Rafa, que o Exército, como foi publicado no Jornal Valor Econômico, fez parece que metade das obras e devolveu ao governo 150 milhões de reais. A outra metade seria das empresas privadas, que abandonaram... agora parece que o Exército está fazendo o resto. Então o atraso é culpa das empreiteiras. Adiciona isso no seu email.. rsrsrsrs
Para você acessar: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2012/02/exercito-anda-mais-rapido-que-empreiteiras-na-obra-da-transposicao.html
E o respectivo artigo do Blog: http://www.perspectivacritica.com.br/2013/03/area-privada-prejudica-projetos-e.html
Mas não sei se seus amigos estariam interessados na verdade. Se um dia você resolver dar as mãos com ela, saiba que andará em um mundo mais árido...
Cito John Hospers, filósofo americano, citado por Gilberto Moog, filósofo brasileiro, em seu livro "Desutopias": "As pessoas não estão tão interessadas na verdade quanto estão em razões que justifiquem seus preconceitos preferidos".
Um abraço do seu amigo,
Mário César Pacheco"
Então, gente, é complicado. Não é defender o governo.. é ver as coisas. Não dá pra resolver problemas dando eco a mentiras e falácias publicadas pela grande mídia. O papel aceita tudo. Somente a comparação de várias notícias por uma boa quantidade de tempo permite chegar-se mais próximo da verdade.
O grande problema da oposição e da mídia, mas mais da oposição, é que não apresenta projetos alternativos, porque queria fazer tudo o que o governo está fazendo, e quando teve sua chance nada fez. É duro. Agora dizer que 300 mil poços artesianos e outras 300 mil sisternas (que aproveitam a água das chuvas) para as famílias no Nordeste Sertanejo são currais? Então o que quer dizer isso? Que, se a oposição entrar, deve acabar com esse programa e obrigar as mulheres pobres do sertão nordestino a voltar a andar quilômetros para obter água para si, sua família, e sua produção de subsistência?!?!?!
Aí, como diria FHC, "não pode, aí não dá"... é muita insanidade. Não sei o que vocês acham... rsrsrsrs
quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014
Excesso de Gilmar Mendes: sugerir que depósitos múltiplos do PT sejam "lavagem de dinheiro" antes de investigação é temerário
Pessoal, nesse início de ano, em pleno ano eleitoral, os ataques via excessos, sempre bem divulgados pela mídia que não gosta de ser chamada de corporativa, estão vindo de todos os lugares. É interessante ficar atento.
Eu li o artigo do Jornal O Globo em que foi publicado que o Ministro Gilmar Mendes teria considerado a hipótese de tanto dinheiro obtido em uma semana pelo PT para ajudar no pagamento de multas penais aos condenados pelo Mensalão Petista poder ser oriundo de lavagem de dinheiro.
Senhores, é lastimável que um Ministro do STF possa se pronunciar dessa forma. Não podemos crer que um homem que seja Ministro do STF possa cometer esse erro. Reputamos que talvez ele tenha considerado na condição pessoal para os jornalistas e que estes tenham divulgado talvez até à revelia de Gilmar Mendes, porque é simplesmente um disparate um Ministro do STF falar publicamente desta maneira. Até por que, como Ministro do STF, se isso fosse verdade e gerasse uma nova ação criminal, ele poderia estar criando seu impedimento de participar do julgamento por enunciar previamente um julgamento antes do fim do respectivo processo e do exercício do contraditório e ampla defesa dos acusados.
Como cidadão, qualquer um pode falar qualquer coisa. Como Ministro do STF, não. Um juiz não pode, como qualquer cidadão comum se dá essa liberade, ou como a mídia de mercado se dá essa liberdade, sair por aí rotulando ninguém e fazedno pré-julgamentos e ainda torná-los públicos. No íntimo, inclusive, pode pensar isso ou aquilo, mas não pode falar e incriminar ninguém ou fato algum.
Segundo o PT, em artigos sobre o tema, a relação de contribuintes para os "mensaleiros petistas" tem 5 páginas A4 e dezenas de contribuições. O valor chama a atenção. A rapidez com que foi obtida a vultosa soma também chama a atenção. Mas o PT é o partido de maior militância que existe e está no governo há doze anos. É natural que possa angariar fundos vultosos rapidamente.
Ao invés de rotular e criticar e incriminar os depósitos que segundo o PT são identificáveis, dever-se-ia fazer denúncia ao Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro, ou o próprio MPF iniciar investigação a partir das notícias, e verificar-se do que se trata tal arrecadação. Ponto. Acho isso mais justo e honesto do que sair acusando quem quer que seja.
Então, o Blog Perspectiva Crítica acha um absurdo rotular-se a arrecadação partidária a favor dos mensaleiros do pt de "lavagem de dinehrio" ou de qualquer outro crime e entende que a conduta correta seria haver investigação, se houver indício de crime, para que o Ministério Público Federal e a Justiça, aí sim, diga oficialmente do que se trata, evitando-se os já conhecidos pré-julgamentos sociais insituídos e massificados pela mídia de mercado.
Se Gilmar Mendes, Ministro do STF disse o que o Jornal publicou, da forma como ficou evidente, afrimando que "com certeza há lavagem de dinheiro" ou coisa do gênero, o Ministro GIlmar cometeu excesso grave.
O Blog Perspectiva Crítica se recusa a crer que o Minstro do STF Gilmar Mendes realmente tenha falado uma atrocidade destas, colocando em risco sua neutralidade para julgamento de eventual ação penal destinada a verificar se houve lavagem de dinheiro na arrecadação partidária em questão.
Eu li o artigo do Jornal O Globo em que foi publicado que o Ministro Gilmar Mendes teria considerado a hipótese de tanto dinheiro obtido em uma semana pelo PT para ajudar no pagamento de multas penais aos condenados pelo Mensalão Petista poder ser oriundo de lavagem de dinheiro.
Senhores, é lastimável que um Ministro do STF possa se pronunciar dessa forma. Não podemos crer que um homem que seja Ministro do STF possa cometer esse erro. Reputamos que talvez ele tenha considerado na condição pessoal para os jornalistas e que estes tenham divulgado talvez até à revelia de Gilmar Mendes, porque é simplesmente um disparate um Ministro do STF falar publicamente desta maneira. Até por que, como Ministro do STF, se isso fosse verdade e gerasse uma nova ação criminal, ele poderia estar criando seu impedimento de participar do julgamento por enunciar previamente um julgamento antes do fim do respectivo processo e do exercício do contraditório e ampla defesa dos acusados.
Como cidadão, qualquer um pode falar qualquer coisa. Como Ministro do STF, não. Um juiz não pode, como qualquer cidadão comum se dá essa liberade, ou como a mídia de mercado se dá essa liberdade, sair por aí rotulando ninguém e fazedno pré-julgamentos e ainda torná-los públicos. No íntimo, inclusive, pode pensar isso ou aquilo, mas não pode falar e incriminar ninguém ou fato algum.
Segundo o PT, em artigos sobre o tema, a relação de contribuintes para os "mensaleiros petistas" tem 5 páginas A4 e dezenas de contribuições. O valor chama a atenção. A rapidez com que foi obtida a vultosa soma também chama a atenção. Mas o PT é o partido de maior militância que existe e está no governo há doze anos. É natural que possa angariar fundos vultosos rapidamente.
Ao invés de rotular e criticar e incriminar os depósitos que segundo o PT são identificáveis, dever-se-ia fazer denúncia ao Ministério Público Federal de lavagem de dinheiro, ou o próprio MPF iniciar investigação a partir das notícias, e verificar-se do que se trata tal arrecadação. Ponto. Acho isso mais justo e honesto do que sair acusando quem quer que seja.
Então, o Blog Perspectiva Crítica acha um absurdo rotular-se a arrecadação partidária a favor dos mensaleiros do pt de "lavagem de dinehrio" ou de qualquer outro crime e entende que a conduta correta seria haver investigação, se houver indício de crime, para que o Ministério Público Federal e a Justiça, aí sim, diga oficialmente do que se trata, evitando-se os já conhecidos pré-julgamentos sociais insituídos e massificados pela mídia de mercado.
Se Gilmar Mendes, Ministro do STF disse o que o Jornal publicou, da forma como ficou evidente, afrimando que "com certeza há lavagem de dinheiro" ou coisa do gênero, o Ministro GIlmar cometeu excesso grave.
O Blog Perspectiva Crítica se recusa a crer que o Minstro do STF Gilmar Mendes realmente tenha falado uma atrocidade destas, colocando em risco sua neutralidade para julgamento de eventual ação penal destinada a verificar se houve lavagem de dinheiro na arrecadação partidária em questão.
Rolezinhos em shoppings e a politização do tema
Correndo o risco de ser linchado em praça pública (rsrsrs), devo dizer que é extremamente interessante o movimento social recente denominado "rolezinhos" e devo também dizer que as medidas de segurança adotados por shoppings para impedir essas reuniões e algumas decisões judiciais subsidiando o fechamento dos shoppings não são erradas, a princípio.
É a essência da dialética social, o que vemos na hipótese. A um argumento social, o "rolezinho", totalmente legítimo, responde outro agente social, os shoppings, com outro argumento social. Ambos dentro de suas esferas de direitos e liberdades. Mas a politização do fato está, como sempre, criando o infinito degládio dicotômico social: rico x pobre, bons x maus, oprimidos x opressores.
Isso vende jornal. Isso cria nicho eleitoral. Mas essa abordagem não resolve nem entende nada do que ocorre. Tendo lido alguns artigos sobre o tema, gostei muito do escrito pelo Cristóvão Buarque no jornal O Globo do mês de janeiro ou fevereiro deste ano de 2014. Mas também não foi perfeito. Entretanto concordo em 90% com o que ele disse e aqui exporei a análise do Blog Perspectiva Crítica para o caso.
O movimento do "rolezinho" é legítimo. Ele é fantástico e o Blog o admira. Ele é um movimento espontâneo social em que o cidadão pobre jovem pretende se reunir para aproveitar o lazer de espaços privados/públicos em que talvez se sinta oprimido ao comparecer sozinho. Mas não é exatamente isso e só isso. É um fenômeno em que esse contingente deseja participar da sociedade de consumo. Ela não quer chocar ou assustar. Ela não tem bandeira política. Isso é muito interessante. É um movimento de integração.
Perguntado por jornalista sobre o motivo da reunião, lembro que um organizador falou simplesmente que: "se não querem que tenhamos diversão e nos reunamos aqui, então que construam lugares para nos divertirmos e reunirmos" (citação livre).
Justo. Por isso o Blog é a favor da criação e ampliaçao de shoppings em todos os lugares. Shopping é centro de consumo, mas também é de lazer e de emprego. Agora, isso impede que o cidadão pobre entre no Village Mall, shopping de lojas de produtos destinados à classe média alta e ricos? Não. De forma alguma. Mas um shopping não é praça pública. É um ambiente privado. Tomar medidas para proteger a integridade de pessoas e de bens de clientes e lojistas é dever do Shopping, seja rico, seja um shopping mais humilde, independente do tamanho deste shopping.
Então, essas análises que apontam que o pobre está sendo excluído, e outras falácias e tal, não querem admitir que o shopping que seja alvo de uma reunião do tipo "rolezinho", que pode reunir centenas de pessoas em bloco, está sem condições de segurança de receber essas pessoas e quaisquer outras e o que deve fazer é fechar mesmo.
Isso não é preconceito racial ou de classe. Veja, na Roma Antiga eram conhecidos os "rolezinhos" de jovens de famílias nobres que à noite andavam juntos, escoltados, agredindo pessoas. Incrivelmente isso que digo é verdade. Era um momento de tensão para os populares. A violência pode vir de qualquer lugar. É só ver esses meninos de classe média alta em Brasília que ateiam fogo em mendigos e os da Barra da Tijuca no RJ que espancam domésticas achando que eram prostitutas. Agora veja. O movimento de rolezinho é pacífico, mas houve casos em que foram acompanhados de furtos a lojas. Não por seus integrantes, mas por ladrões que se infiltraram no grupo. Isso é possível e é incontrolável. Por isso, sem poder se defender, é necessário proteger pessoas e bens e fechar shoppings, pois eles não foram feitos para reuniões de 600 pessoas ou 4 mil pessoas no mesmo tempo. Simples. Até porque o Shopping responde civilmente por danos dessas naturezas a quem quer que seja que esteja dentro do shopping.
Imagina que houvesse um rolezinho de classe média, com 600 pessoas, e houvesse o mesmo problema com furtos efetuados por infiltrados. Você acha que os shoppings agiriam diferentemente com o "rolezinho" da classe média alta? Claro que não!
Então, infelizmente, o problema de segurança trazido pelo "rolezinho" é um limitador da consecução do "movimento", por mais pacífico que seja. Ninguém fecha com medo dos integrantes do rolezinho... ninguém os discrimina, como articulistas "sociólogos" de meia tigela se apressam a rotular e vociferar... simplesmente o empreendimento particular não foi pensado para esse evento e não pode garantir segurança de bens e pessoas nas condições de frequência a que seriam submetidos no caso de "rolezinhos". Não é por outro motivo que juízes têm concedido liminares para que os shoppings fechem, diante de provas de que um "rolezinho" ocorrerá em algum shopping.
E o mesmo se diga de "controle" de pessoas que entrem em trajes em desacordo com o local. No metrô não pode entrar ninguém com roupa de banho ou sujo. Pode ser barrado. Então, rico ou pobre, indo ao shopping nessas condições, sendo barrado, pode ser que tenha criado o problema a si mesmo, não? Se um homem branco rico vestido de sunga e chinelo tentar entrar em um shopping, será barrado? Creio que sim. E se esse mesmo homem rico tentar entrar maltrapilho, com vestimento suja, rasgada e fedida? Também acho que sim.
É clássica a estória do conhecido Promotor de Justiça e Professor de Processo Penal que tentando entrar com calça jeans e camiseta no Tribunal de Justiça, com braço tatuado à vista, sendo branco, foi barrado pelos agentes de segurança e foi liberado ao se identificar. Veja, ele estava com indumentária não proibida, mas um pouco fora do padrão para a época. Hoje, ninguém seria barrado porque está de calça jeans, camiseta branca e com braço tatuado. mas veja que não foi preconceito dos agentes, foi ação de segurança baseado em costumes e em ordens. Se tudo isso é possível com ricos, porque não é possível com o cidadão pobre? Mostro a palhaçada da politização do tema que quer aprofundar um clima de embate socialesco que não existe.
Pelo menos, a despeito da politização ridícula do tema, muitos articulistas concluíram o que entendemos correto. Para diminuir esse problema, o correto seria aumentar a educação. Com nível de educação cada vez mais equalizado em nossa sociedade, o nível salarial também se equalizará. Neste momento, todos terão cada vez mais acesso a tudo e a todos os lugares, respeitados os costumes e as regras de cada lugar. Enquanto isso, esperemos que a dialética social resolva essa questão entre direito ao rolezinho e direito a garantir segurança de rolezeiros/clientes, clientes não rolezeiros e lojas do shopping.
Você sabia que se em um rolezinho há um tiro em meio aos integrantes do rolezinho, por um bandido inflitrado, e um integrante do rolezinho se fere ou morre, a família pode pedir indenização contra o shopping por falta de segurança? É meu amigo.. leva essa pra casa. Liberdade sim, mas com segurança a pessoas e bens.
p.s. de 19/02/2014 - texto revisado.
É a essência da dialética social, o que vemos na hipótese. A um argumento social, o "rolezinho", totalmente legítimo, responde outro agente social, os shoppings, com outro argumento social. Ambos dentro de suas esferas de direitos e liberdades. Mas a politização do fato está, como sempre, criando o infinito degládio dicotômico social: rico x pobre, bons x maus, oprimidos x opressores.
Isso vende jornal. Isso cria nicho eleitoral. Mas essa abordagem não resolve nem entende nada do que ocorre. Tendo lido alguns artigos sobre o tema, gostei muito do escrito pelo Cristóvão Buarque no jornal O Globo do mês de janeiro ou fevereiro deste ano de 2014. Mas também não foi perfeito. Entretanto concordo em 90% com o que ele disse e aqui exporei a análise do Blog Perspectiva Crítica para o caso.
O movimento do "rolezinho" é legítimo. Ele é fantástico e o Blog o admira. Ele é um movimento espontâneo social em que o cidadão pobre jovem pretende se reunir para aproveitar o lazer de espaços privados/públicos em que talvez se sinta oprimido ao comparecer sozinho. Mas não é exatamente isso e só isso. É um fenômeno em que esse contingente deseja participar da sociedade de consumo. Ela não quer chocar ou assustar. Ela não tem bandeira política. Isso é muito interessante. É um movimento de integração.
Perguntado por jornalista sobre o motivo da reunião, lembro que um organizador falou simplesmente que: "se não querem que tenhamos diversão e nos reunamos aqui, então que construam lugares para nos divertirmos e reunirmos" (citação livre).
Justo. Por isso o Blog é a favor da criação e ampliaçao de shoppings em todos os lugares. Shopping é centro de consumo, mas também é de lazer e de emprego. Agora, isso impede que o cidadão pobre entre no Village Mall, shopping de lojas de produtos destinados à classe média alta e ricos? Não. De forma alguma. Mas um shopping não é praça pública. É um ambiente privado. Tomar medidas para proteger a integridade de pessoas e de bens de clientes e lojistas é dever do Shopping, seja rico, seja um shopping mais humilde, independente do tamanho deste shopping.
Então, essas análises que apontam que o pobre está sendo excluído, e outras falácias e tal, não querem admitir que o shopping que seja alvo de uma reunião do tipo "rolezinho", que pode reunir centenas de pessoas em bloco, está sem condições de segurança de receber essas pessoas e quaisquer outras e o que deve fazer é fechar mesmo.
Isso não é preconceito racial ou de classe. Veja, na Roma Antiga eram conhecidos os "rolezinhos" de jovens de famílias nobres que à noite andavam juntos, escoltados, agredindo pessoas. Incrivelmente isso que digo é verdade. Era um momento de tensão para os populares. A violência pode vir de qualquer lugar. É só ver esses meninos de classe média alta em Brasília que ateiam fogo em mendigos e os da Barra da Tijuca no RJ que espancam domésticas achando que eram prostitutas. Agora veja. O movimento de rolezinho é pacífico, mas houve casos em que foram acompanhados de furtos a lojas. Não por seus integrantes, mas por ladrões que se infiltraram no grupo. Isso é possível e é incontrolável. Por isso, sem poder se defender, é necessário proteger pessoas e bens e fechar shoppings, pois eles não foram feitos para reuniões de 600 pessoas ou 4 mil pessoas no mesmo tempo. Simples. Até porque o Shopping responde civilmente por danos dessas naturezas a quem quer que seja que esteja dentro do shopping.
Imagina que houvesse um rolezinho de classe média, com 600 pessoas, e houvesse o mesmo problema com furtos efetuados por infiltrados. Você acha que os shoppings agiriam diferentemente com o "rolezinho" da classe média alta? Claro que não!
Então, infelizmente, o problema de segurança trazido pelo "rolezinho" é um limitador da consecução do "movimento", por mais pacífico que seja. Ninguém fecha com medo dos integrantes do rolezinho... ninguém os discrimina, como articulistas "sociólogos" de meia tigela se apressam a rotular e vociferar... simplesmente o empreendimento particular não foi pensado para esse evento e não pode garantir segurança de bens e pessoas nas condições de frequência a que seriam submetidos no caso de "rolezinhos". Não é por outro motivo que juízes têm concedido liminares para que os shoppings fechem, diante de provas de que um "rolezinho" ocorrerá em algum shopping.
E o mesmo se diga de "controle" de pessoas que entrem em trajes em desacordo com o local. No metrô não pode entrar ninguém com roupa de banho ou sujo. Pode ser barrado. Então, rico ou pobre, indo ao shopping nessas condições, sendo barrado, pode ser que tenha criado o problema a si mesmo, não? Se um homem branco rico vestido de sunga e chinelo tentar entrar em um shopping, será barrado? Creio que sim. E se esse mesmo homem rico tentar entrar maltrapilho, com vestimento suja, rasgada e fedida? Também acho que sim.
É clássica a estória do conhecido Promotor de Justiça e Professor de Processo Penal que tentando entrar com calça jeans e camiseta no Tribunal de Justiça, com braço tatuado à vista, sendo branco, foi barrado pelos agentes de segurança e foi liberado ao se identificar. Veja, ele estava com indumentária não proibida, mas um pouco fora do padrão para a época. Hoje, ninguém seria barrado porque está de calça jeans, camiseta branca e com braço tatuado. mas veja que não foi preconceito dos agentes, foi ação de segurança baseado em costumes e em ordens. Se tudo isso é possível com ricos, porque não é possível com o cidadão pobre? Mostro a palhaçada da politização do tema que quer aprofundar um clima de embate socialesco que não existe.
Pelo menos, a despeito da politização ridícula do tema, muitos articulistas concluíram o que entendemos correto. Para diminuir esse problema, o correto seria aumentar a educação. Com nível de educação cada vez mais equalizado em nossa sociedade, o nível salarial também se equalizará. Neste momento, todos terão cada vez mais acesso a tudo e a todos os lugares, respeitados os costumes e as regras de cada lugar. Enquanto isso, esperemos que a dialética social resolva essa questão entre direito ao rolezinho e direito a garantir segurança de rolezeiros/clientes, clientes não rolezeiros e lojas do shopping.
Você sabia que se em um rolezinho há um tiro em meio aos integrantes do rolezinho, por um bandido inflitrado, e um integrante do rolezinho se fere ou morre, a família pode pedir indenização contra o shopping por falta de segurança? É meu amigo.. leva essa pra casa. Liberdade sim, mas com segurança a pessoas e bens.
p.s. de 19/02/2014 - texto revisado.
Excesso de Black Blocks: assassinato não, por favor.
Senhores e senhoras, nesse momento de grave repercussão sobre o excesso de um dos integrantes dos Black Blocks que culminou com a reprovável, desnecessária e tosca morte de um jornalista, devemos fazer umas considerações.
Primeiro: o rapaz foi ali com intenção de matar? A Justiça vai dizer. O ato foi planejado pelos Black Blocks com o interesse de matar pessoas? Vamos ver. Os Black Blocks pregam o terrorismo, a revolução, a tomada do poder ou coisas do gênero que atentem contra a democracia e o Estado brasileiro? E quem financia os Black Blocks? E uma última: merecem defesa os integrantes dos Black Blocks?
Crime é crime. Quem praticar crime, seja black block, seja alto político do PT ou do PSDB ou do DEM, deverá pagar pelo crime. Ser processado. Ser condenado e preso. Temos de tentar ser frios em momentos graves.
Então vejam. A mídia está atacando a todo vapor Marcelo Freixo por dar assistência jurídica a este grupo que é amorfo, heterogêneo, aparantemente espontâneo e sem líderança política de que se tenha notícia.
O retrospecto da atuação dos Black Blocks não inspirava qualquer maior temor pela sociedade. Eles apareceram defendendo professores municipais e do Estado da truculência policial, quando pacificamente os professores faziam passeata por melhores salários de forma totalmente legítima.
Agora, durante essas passeatas bandidos infiltraram-se praticando crimes. Também foram flagrados policiais, agentes especiais (P-2), tacando molotov do meio das crianças em direção à polícia no Palácio Guanabara, para desacreditar a legitimidade do movimento e fortalecer o governo para desconstituir esses movimentos sociais. Isso acabou com a imagem de Cabral no RJ.
Então, esse movimento recente, sem liderança, ser assediados e apoiados por políticos era algo normal.
Agora, neste momento em que há um excesso que culmina em morte de um jornalista, seja do Globo, da Bandeirantes, da Carta Capital, há que se adequar comportamentos aos fatos atuais. Marcelo Freixo divulgou vídeo em que condena a violência. A mídia chamou de dúbio. Mas não nos pareceu dúbio. O movimento ainda é legítimo, até que provem que se encontram e combinam assassinatos, roubos, depredação pública e depredação de bens privados. Mas quem cometeu crime deve pagar pelo crime cometido. Ponto. Nada mais, nada menos do que isso.
A morte do jornalista foi um mduro golpe contra o movimento. Foi um cheque que agora passaram em branco para o endurecimento de medidas contra manifestações sociais. Foi uma burrice. Foi acidental? Não sei. Só sei que a teor dos fatos estão atacando o único político do Rio de Janeiro que tem disposição para se contrapor a interesses privados que se sobreponham ao interesse público. nôa o único, mas um dos únicos. Isso também é errado.
Então, nesse momento, pedimos serenidade. Serenidade dos manifestantes. Serenidade da Polícia. Serenidade da mídia. Sereneidade dos políticos. Serenidade dos governos.
Não há qualquer desculpa para a morte do jornalista. Nenhuma manifestação social deve resultar em morte. Não há motivo suficiente para uma convulsão social dessa natureza no Brasil de hoje. As "Diretas Já" foi manifestação pacífica. Não foi necessário morte de manifestantes, jornalistas ou policiais. Então movimentos que exigem mais transportes, mais saúde e mais educação não podem gerar mortes. Isso é simples.
Quem lança rojão, cabeça de nego em cima de alguém, principalmente civil, mas também militar, está admitindo o risco de ferir, e, portanto, provado quem fez o ato de lançamento de artefato explosivo ou cortante ou contundente, deverá responder por tal ato. Mas generalizar isso para todo o grupo, chamar de terrorista, sem prova de doutrinação, sem prova de organização, sem prova de existênia de hierariquia.. me parece histeria. Histeria de nenhum lado é interessante.
Que se puna o criminoso, mas que se garanta meios de manifestações sociais ocorrerem em paz, com grantia de integridade física de seus integrantes, e de todos os policiais, jornalistas e quem mais esteja em meio ao ambiente em que se executa a manifestação social. Manifestação, sim; liberdade de expressão e manifestação, sim; histeria social, midiática e assassinato, não, por favor.
Primeiro: o rapaz foi ali com intenção de matar? A Justiça vai dizer. O ato foi planejado pelos Black Blocks com o interesse de matar pessoas? Vamos ver. Os Black Blocks pregam o terrorismo, a revolução, a tomada do poder ou coisas do gênero que atentem contra a democracia e o Estado brasileiro? E quem financia os Black Blocks? E uma última: merecem defesa os integrantes dos Black Blocks?
Crime é crime. Quem praticar crime, seja black block, seja alto político do PT ou do PSDB ou do DEM, deverá pagar pelo crime. Ser processado. Ser condenado e preso. Temos de tentar ser frios em momentos graves.
Então vejam. A mídia está atacando a todo vapor Marcelo Freixo por dar assistência jurídica a este grupo que é amorfo, heterogêneo, aparantemente espontâneo e sem líderança política de que se tenha notícia.
O retrospecto da atuação dos Black Blocks não inspirava qualquer maior temor pela sociedade. Eles apareceram defendendo professores municipais e do Estado da truculência policial, quando pacificamente os professores faziam passeata por melhores salários de forma totalmente legítima.
Agora, durante essas passeatas bandidos infiltraram-se praticando crimes. Também foram flagrados policiais, agentes especiais (P-2), tacando molotov do meio das crianças em direção à polícia no Palácio Guanabara, para desacreditar a legitimidade do movimento e fortalecer o governo para desconstituir esses movimentos sociais. Isso acabou com a imagem de Cabral no RJ.
Então, esse movimento recente, sem liderança, ser assediados e apoiados por políticos era algo normal.
Agora, neste momento em que há um excesso que culmina em morte de um jornalista, seja do Globo, da Bandeirantes, da Carta Capital, há que se adequar comportamentos aos fatos atuais. Marcelo Freixo divulgou vídeo em que condena a violência. A mídia chamou de dúbio. Mas não nos pareceu dúbio. O movimento ainda é legítimo, até que provem que se encontram e combinam assassinatos, roubos, depredação pública e depredação de bens privados. Mas quem cometeu crime deve pagar pelo crime cometido. Ponto. Nada mais, nada menos do que isso.
A morte do jornalista foi um mduro golpe contra o movimento. Foi um cheque que agora passaram em branco para o endurecimento de medidas contra manifestações sociais. Foi uma burrice. Foi acidental? Não sei. Só sei que a teor dos fatos estão atacando o único político do Rio de Janeiro que tem disposição para se contrapor a interesses privados que se sobreponham ao interesse público. nôa o único, mas um dos únicos. Isso também é errado.
Então, nesse momento, pedimos serenidade. Serenidade dos manifestantes. Serenidade da Polícia. Serenidade da mídia. Sereneidade dos políticos. Serenidade dos governos.
Não há qualquer desculpa para a morte do jornalista. Nenhuma manifestação social deve resultar em morte. Não há motivo suficiente para uma convulsão social dessa natureza no Brasil de hoje. As "Diretas Já" foi manifestação pacífica. Não foi necessário morte de manifestantes, jornalistas ou policiais. Então movimentos que exigem mais transportes, mais saúde e mais educação não podem gerar mortes. Isso é simples.
Quem lança rojão, cabeça de nego em cima de alguém, principalmente civil, mas também militar, está admitindo o risco de ferir, e, portanto, provado quem fez o ato de lançamento de artefato explosivo ou cortante ou contundente, deverá responder por tal ato. Mas generalizar isso para todo o grupo, chamar de terrorista, sem prova de doutrinação, sem prova de organização, sem prova de existênia de hierariquia.. me parece histeria. Histeria de nenhum lado é interessante.
Que se puna o criminoso, mas que se garanta meios de manifestações sociais ocorrerem em paz, com grantia de integridade física de seus integrantes, e de todos os policiais, jornalistas e quem mais esteja em meio ao ambiente em que se executa a manifestação social. Manifestação, sim; liberdade de expressão e manifestação, sim; histeria social, midiática e assassinato, não, por favor.
Mensalões do PT, do PSDB e financiamento privado de campanhas
O advogado do Eduardo Azeredo (PSDB-MG) admitiu para a imprensa, pela primeira vez, que pode ter ocorrido desvio de verbas públicas no caso do mensalão mineiro do PSDB.
Acesse o artigo na íntegra em : http://oglobo.globo.com/pais/advogado-de-azeredo-admite-desvio-de-recurso-publico-no-mensalao-tucano-11573698
Vejam, o advogado parece sustentar que o desvio teria sido ocasionado pelo responsável pela campanha do Eduardo Azeredo, César Mourão e que o Azeredo nada teria a ver com isso. Veja o trecho que selecionei do artigo acima apontado:
"Grossi sustenta que Azeredo designou o tesoureiro Cláudio Mourão para fazer a administração financeira da campanha, por isso não pode ser responsabilizado por eventuais desvios. Por não ocupar cargos públicos, Mourão é processado no âmbito da Justiça de Minas. No entanto, os crimes a ele imputados prescrevem em abril, quando ele completa 70 anos.
— Eduardo não teve nada a ver com isso. Ele continuava governando o estado e fazendo sua campanha — completou o Grossi, que desde 2008 comparava a situação de seu cliente à do presidente Lula no processo do mensalão petista."
Observem, senhores, não vou entrar no mérito de que o Mensalão PSDBISTA caminha para uma pizza, porque ainda é cedo. Nem vou entrar no mérito da diferença do destaque para este mensalão e o do PT.
Dessa vez quero abordar a causa de tudo isso. É uma só: dívidas de campanha com empresas privadas.
O cerne mais negro de nossa política está no problema causado pelo financiamento privado de campanha. Esses dois mensalões existiram para pagar dívida de campanha. Os metrôs não desenvolvem no RJ pelo lobby de empresas de ônibus que financiam as campanhas para PRefeito, Governador e Vereadores e Deputados Estaduais. E esse mesmo poder financeiro consegue isenções tributárias (de IPVA) a empresas de ônibus, prejudicando arrecadação que destinaria mais verbas à educação e saúde no Muniícpio e no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo. Essa isenção é única no Brasil.
O financiamento privado de campanha distorce a política, compra a consciência de deputados e políticos, torna os deputaods e políticos reféns das empresas, faz com que os honestos fiquem sempre em segundo plano e os desonestos despontem lá na frente com o apoio financeiro privado, prioriza os interesses das empresas financiadoras de campanha ao interesse público.
Por quÊ você acha que até hoje os ônibus no RJ, mesmo com o calor de verão bizarro que aqui faz, não são obrigados até hoje a oferecerem ar-concidionado? Por que vocês acham que o metrô não se expande? Por que vocês acham que até hoje a relação do custo do transporte de ônibus é de 10% para o Estado, 20% para a empresa e 70% para o cidadão (preço da passagem), segundo disse Fernando Haddad quando pressionado pelos movimentos de rua de junho de 2013, enquanto na Europa a relação é 1/3 para o Estado, 1/3 para a empresa e 1/3 para o cidadão (preço da passagem)? Por que você acha que não melhoram a gestão pública de escolas e hospitais, mas preferem substituir por gestões terceirizadas de ONGs, e Oscips e Cooperativas que poderão dar dinheiro para campanha? Por que vocês acham que o Estado e o Município relutam em contratar médicos e professores e dar-lhes planos de carreira dignos com salários atraentes, mas aceitam pagar até três vezes mais por médico contratado via Oscip, Ong ou cooperativa?!?!?!?
Tudo, talvez praticamente tudo de ruim que há na política de hoje tem alguma relação com dívida de campanhas, necessidades de verbas para investir em campanhas políticas e financiamento privado de camapanhas políticas!!!
Por isso, a decisão do STF que está indo no sentido de impedir financiamento privado de campanha tem nosso integral apoio. A determinação de financiamento público de campanha afastará o intertesse de vários políticos ladrões, criará meios para pessoas com vocvação política se oferecerem como opção á sociedade e acabará com o principal instrumento de coerção da consciÊncia de políticos, o principal instrumento de distorção da política pública e o principal motivo da existêncai de sistemas de desvio público como os flagrados e comprovados da ordem do dia intitulados MENSALÕES do PT e PSDB.
Quem defende a prevalência de financiamento privado de campanha política sobre o financiamento público pretende a continuidade da corrupção política, a continuidade da falta de independência dos políticos. Quem defende a prevalência de financaimento privado sobre o financiamento público de campanha defende a oligarquia que hoje existe e não a democracia.
Não a financiamento privado de campanha. SIm ao financiamento público de campanhas políticas.
Acesse o artigo na íntegra em : http://oglobo.globo.com/pais/advogado-de-azeredo-admite-desvio-de-recurso-publico-no-mensalao-tucano-11573698
Vejam, o advogado parece sustentar que o desvio teria sido ocasionado pelo responsável pela campanha do Eduardo Azeredo, César Mourão e que o Azeredo nada teria a ver com isso. Veja o trecho que selecionei do artigo acima apontado:
"Grossi sustenta que Azeredo designou o tesoureiro Cláudio Mourão para fazer a administração financeira da campanha, por isso não pode ser responsabilizado por eventuais desvios. Por não ocupar cargos públicos, Mourão é processado no âmbito da Justiça de Minas. No entanto, os crimes a ele imputados prescrevem em abril, quando ele completa 70 anos.
— Eduardo não teve nada a ver com isso. Ele continuava governando o estado e fazendo sua campanha — completou o Grossi, que desde 2008 comparava a situação de seu cliente à do presidente Lula no processo do mensalão petista."
Observem, senhores, não vou entrar no mérito de que o Mensalão PSDBISTA caminha para uma pizza, porque ainda é cedo. Nem vou entrar no mérito da diferença do destaque para este mensalão e o do PT.
Dessa vez quero abordar a causa de tudo isso. É uma só: dívidas de campanha com empresas privadas.
O cerne mais negro de nossa política está no problema causado pelo financiamento privado de campanha. Esses dois mensalões existiram para pagar dívida de campanha. Os metrôs não desenvolvem no RJ pelo lobby de empresas de ônibus que financiam as campanhas para PRefeito, Governador e Vereadores e Deputados Estaduais. E esse mesmo poder financeiro consegue isenções tributárias (de IPVA) a empresas de ônibus, prejudicando arrecadação que destinaria mais verbas à educação e saúde no Muniícpio e no Estado do Rio de Janeiro, por exemplo. Essa isenção é única no Brasil.
O financiamento privado de campanha distorce a política, compra a consciência de deputados e políticos, torna os deputaods e políticos reféns das empresas, faz com que os honestos fiquem sempre em segundo plano e os desonestos despontem lá na frente com o apoio financeiro privado, prioriza os interesses das empresas financiadoras de campanha ao interesse público.
Por quÊ você acha que até hoje os ônibus no RJ, mesmo com o calor de verão bizarro que aqui faz, não são obrigados até hoje a oferecerem ar-concidionado? Por que vocês acham que o metrô não se expande? Por que vocês acham que até hoje a relação do custo do transporte de ônibus é de 10% para o Estado, 20% para a empresa e 70% para o cidadão (preço da passagem), segundo disse Fernando Haddad quando pressionado pelos movimentos de rua de junho de 2013, enquanto na Europa a relação é 1/3 para o Estado, 1/3 para a empresa e 1/3 para o cidadão (preço da passagem)? Por que você acha que não melhoram a gestão pública de escolas e hospitais, mas preferem substituir por gestões terceirizadas de ONGs, e Oscips e Cooperativas que poderão dar dinheiro para campanha? Por que vocês acham que o Estado e o Município relutam em contratar médicos e professores e dar-lhes planos de carreira dignos com salários atraentes, mas aceitam pagar até três vezes mais por médico contratado via Oscip, Ong ou cooperativa?!?!?!?
Tudo, talvez praticamente tudo de ruim que há na política de hoje tem alguma relação com dívida de campanhas, necessidades de verbas para investir em campanhas políticas e financiamento privado de camapanhas políticas!!!
Por isso, a decisão do STF que está indo no sentido de impedir financiamento privado de campanha tem nosso integral apoio. A determinação de financiamento público de campanha afastará o intertesse de vários políticos ladrões, criará meios para pessoas com vocvação política se oferecerem como opção á sociedade e acabará com o principal instrumento de coerção da consciÊncia de políticos, o principal instrumento de distorção da política pública e o principal motivo da existêncai de sistemas de desvio público como os flagrados e comprovados da ordem do dia intitulados MENSALÕES do PT e PSDB.
Quem defende a prevalência de financiamento privado de campanha política sobre o financiamento público pretende a continuidade da corrupção política, a continuidade da falta de independência dos políticos. Quem defende a prevalência de financaimento privado sobre o financiamento público de campanha defende a oligarquia que hoje existe e não a democracia.
Não a financiamento privado de campanha. SIm ao financiamento público de campanhas políticas.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Crítica ao artigo "Política de Dilma é criticada até por keynesianos"
Por sugestão de meu grande amigo Oswaldo Tolesani, tecerei comentários e críticas ao artigo do título mencionado e acessível em http://economia.ig.com.br/2014-02-04/politica-economica-de-dilma-e-criticada-ate-por-keynesianos.html
O artigo menciona que a fórmula do governo Dilma, enaltecida em 2010 pelo secretário do Ministério de Fazenda Nelson Barbosa, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, de que a presença do Estado mais incisiva na economia produzia crescimento da economia e diminuía a desigualdade social ao mesmo tempo, estaria em xeque.
Segundo o artigo "Com um Produto Interno Bruto (PIB) negativo em 0,5% no terceiro trimestre de 2013, comparado a igual período anterior, e o processo de retração da desigualdade estagnado, como demonstra a Pesquisa por Amostras de Domicílio (Pnad) de 2012, academia e mercado questionam: a fórmula desandou?"
A resposta,segundo o artigo de autoria da jornalista Fernanda Nunes, seria que houve flexibilização da política econômica calcada no tripé liberal câmbio flutuante, meta de inflação e superávit primário, defendida pelos liberais, e que sua política não seria reconhecida como fiel nem mesmo aos keynesianos pois o presidente da Associação Keynesiana Brasileira (AKB) criticou que o correto seria que se estimulasse a poupança interna e a intervenção econômica do Estado se desse através de investimentos e não de estímulo ao consumo.
Mas vejam, lendo o artigo, essas conclusões apresentadas são da jornalista, com alguma legitimidade sim, mas eu devo e prefiro, como todo jornalista faz, destacar o que realmente foi publicado como palavras do Professor José Luis da Costa Oureiro, presidente da AKB e professor da UNB:
"Não houve mudança na matriz macroeconômica. O que foi feito foi alongar a convergência do centro da meta da inflação, reduzir a meta de superávit primário e manter o regime de flutuação cambial, mas com indução de valorização por meio de mais controle da entrada de capitais. Foi mantida a lógica do modelo anterior, só que o governo passou a testar os seus limites", diz Oreiro.
Vejam, segundo o notável presidente, não houve mudança na matriz, ou seja, no tripé. O que houve foi que o governo ao invés de buscar centro da meta de 4,5%, busca não ultrapassar o teto. Por quê? Porque isso facilita o crescimento e manutenção de emprego, senhores. Essa foi a opção do governo, em meio ao caos de falta de crescimento e grande desemprego na Europa e um pouco menos nos EUA. Mas na Europa e EUA a inflação está controlada. Vocês acham isso melhor? Vocês querem as pessoas empregadas e economia com crescimento (mesmo que pouco) ou preferem recessão e desemprego como a Europa experimenta. perguntem aos jovens espanhóis e gregos o que eles preferem..
Mas o mercado quer recessão e desemprego. Veja este último trecho do artigo do que realmente foi publicado como palavras do Presidente da AKB, apresentado pela jornalista:
"Ele (Professor Oureiro)reclama de uma má vontade dos economistas. "Chegamos num ponto em que o mercado exige que o governo jogue o País para a recessão".
Repito "Chegamos num ponto em que o mercado exige que o governo jogue o País para a recessão."
Aí pergunto: Você acha que o governo deve simplesmente satisfazer o mercado ou corrigir algumas coisas e tentar manter crescimento econômico e empregos? Aí, senhores, nesse momento você faz sua escolha e terá ou complacência com o governo, torcendo para que ele encontre algo mediano que satisfaça o mercado (ou aborreça menos) e mantenha emprego e crescimento econômico, ou você também exigirá que o governo se submeta e satisfaça plenamente o mercado (que não está nem aí pra você e sua família) e "jogue o país para a recessão", nas palavras do professor, com perda de empregos. O Blog Perspectiva Crítica quer a primeira hipótese.
Mas veja mais: o governo reduziu a meta de superávit. Por quê? Para aumentar o investimento e para manter crescimento econômico e emprego, dando embalo ao consumo (o que restou um pouco exagerado e esgotou-se) e dando 58 bilhões de corte em tributos para as empresa privadas, também para manter produção, empregos e crescimento econômico. Você pode repreender? Nós do Blog Perspectiva Crítica não podemos.
Como o professor Oureiro disse, o governo testa os limites do mercado. Mas por quê? A bem do emprego e crescimento econômico. Então entendemos legítimo. Mas se o teste do limite chegou em um momneto de revisão, que se revise, mas mantendo como foco o objetivo de defender o crescimento econômico e o emprego e não satisfazendo o mercado levando o País à recessão. Esta só deve ocorrer em última instância. Mas a ala financeira quer isso, pois se coaduna com um ambiente de mais segurança para investimentos financeiros de curto prazo, à custa da qualidade de vida do brasileiro. Mais uma vez você deve fazer escolhas: qualidade de vida ao brasileiro ou garantia de investimentos financeiros de curto prazo? O Blog Perspectiva Crítica fica com a primeira hipótese. Pois quem só quer satisfazer o mercado é escravo do mercado e abre mão de projeto autônomo de Nação.
E mais. Por que se discute tudo isso agora? Por que o mercado perdeu a paciência agora? O Brasil não é o melhor em bases econômicas dos emergentes? O sétimo pib mundial, a terceria reserva em dólar mundial (atrás de China e Japão apenas), os maiores juros reais do mundo, um dos poucos países que conjugam tudo isso com crescimento econômico e ainda com superávit fiscal? E ainda o quarto maior destino de investimento estrangeiro direto no mundo (atrás de China, EUA e Inglaterra)? Então o que houve? É simplesmente, senhores o que ocorre todo ano (realocação de recursos com base nos novos programas de investimentos dos fundos internacionais de investimento) conjugado com o fato de que EUA melhorou e com ativos desvalorizado pela crise financeira mundial, exigiu retorno de investimento. Isso não é da esfera do controle do Brasil.
E mais, descobriu-se que a China tem descontrole fiscal e que a dívida interna de seus "Municípios" dobrou de 2011 a 2013. Só agora eles farão a Lei de Responsabilidade Fiscal que fizemos em 2001. A China também arrefece seu crescimento de dois dígitos e isso também contaminou a visão sobre o "momento" dos Brics. Rússia nunca esteve fantástica. E Índia sempre demonstrou inflação mais alta... de repente se olhou o conjunto dos Brics e viu-se que de repente seria a hora de sair desse ambiente e voltar pro desvalorizado EUA e Europa, já mais no fim do sofrimento econômico, o que evidencia ativos desvalorizados. Sem contar que o FED retirando 20 bilhões de dólares por mês da economia americana também exige correções de política de investimento dos fundos internacionais de investimentos.
Não estou tirando a responsabilidade do governo nos testes que impingiu ao mercado: contabilidade criativa, intervenção na política de preços de combustíveis, prejudicando valor de mercado da petrobrás, sua lucratividade (ainda superior a 23 bilhões de dólares anuais), e criando uma conta para o Tesouro de 10 bilhões de reais para subsidiar o preço da energia elétrica. Não digo que não se deve ter revisões. Não posso aqui fazer a discussão de todos esses detalhes, mas o teste do mercado, a bem do crescimento e emprego não é desinteressante.
Se você acha que é somente projeto de poder, sim é mais grave, pois você está assumindo que o governo está tentando manipular coisas saudáveis ao mercado para distorcer a seu favor, de forma populista a realidade dos fatos e da vida econômica, aceitando sacrigficar o futuro do país pra se manter no poder. Se você acredita nisso, concordo que você queira o PT longe do poder imediatamente.
Mas não vemos isso. Nossa visão é a do professor Oureiro de que o governo testa os limites do mercado, mas não por irresponsabilidade e desejo torpe de alterar formalmente a realidade de dados de acompanhamento econômico para permanecer no poder. Vemos que os testes são para saber até onde se pode adotar medidas que mantenham emprego e crescimento, sem desandar o mercado.
Observe que o governo não está manipulando estatísticas de inflação do IBGE, como ocorre na Argentina. O governo não promoveu estatização de bancos, empresas, ou shopping centers como na Venezuela, o governo não tirou a independência do Banco Central, o governo não alterou o tripé econômico liberal sequer!!! O Itaú lucrou ano passado 15 bilhões de reais, o Bradesco 12 bilhões e o Banco do Brasil acima de R$10 bilhões (ver p.s. de 13/02/2014). O artigo diz que houve queda do crescimento econômico no penútlimo trimestre de 2013 em comparação com o de 2012... gente, houve crescimento econômico no ano de 2013 de 2,3%. A relação dívida/pib líquida e bruta caíram. As reservas ainda estão em 375 bilhões de dólares. O governo federal satisfez o superávit primário de sua responsabilidade, não tendo os Estados e Municípios feito suas partes, mas havendo a entrega de 1,8% de superávit. Vai ver EUA e Europa... Isso é governo irresponsável?!?! O custo da máquina pública com servidores não passa de 31% do orçamento ou 4,6% do pib, enquanto poderia ser de até 40 ou 50% do orçamento, tendo o FHC gastado até 5,4% do pib com pagamento de servidores públicos!!!
Agora, quer-se mais escolas e universidades públicas com professores públicos, além de médicos públicos para atender o país,, e isso se paga com o quê? Quem quer saúde pública gratuita de qualidade e educação pública gratuita de qualidade, vai ter que admitir subir esse custo de 31% do orçamento da União Federal e esse índice de 4,6% de gasto com salário de servidores... ou pode optar por deixar como está, satisfazer bancos internacionais e continuar chorando por falta de atendimento adequado em escolas e hospitais públicos.. parece que as pessoas não pensam.. elas não fazem a conexão porque a mídia não faz essa conexão para elas.
É preciso estar atento.
Então, senhores, a política econômica está bem. O mundo está mudando seus investimentos. Ok. Vamos questionar o que se pode alterar para diminuirmos nossos prejuízos em meio a esse agito, mas o Blog Perspectiva Crítica quer que essa alteração seja feita com o norte na manutenção, tanto quanto possível, de crescimento econômico, manutenção de empregos, com responsabilidade fiscal.
Por isso o artigo criticado não foi muito bom. Pareceu-me mais um dos vários artigos em moda indutivos e desinformativos, querendo simplesmente publicar algo facilmente perceptível ao cidadão pois os mercados internacionais decidiram realocar investimentos, saindo de emergentes e voltando em parte para EUA e Europa. Justificar algo que todos vêem acontecer é mais fácil do que questionar, entender e concluir algo, mantendo um rumo com foco na qualidade de vida do brasileiro.
A informação econômica neste momento é de péssima qualidade e não informa a população. Tentamos corrigir esse defeito informativo veiculado a todos.
Esperamos ter obtido algum êxito. No macro, é isso. No micro... acertos na política econômica, podemos discutir várias coisas. Mas ficamos no macro no momento.
p.s. de 05/02/2014 - Texto revisado e atualizado. Sobre a dica do presidente da AKB de aumentar a poupança interna para aumentar o investimento.. senhores, isso é o santo graal. Todos querem fazer isso. Mas as pessoas teriam de abdicar de consumo. O EUA também não tem poupança interna suficiente para bancar um alto nível de investimento em sua economia e precisa da poupança externa para isso. Esse é um dos grandes motivos de ter déficit na balança de pagamentos. Os EUA têm déficit fiscal e comercial, o chamado déficit gêmeos e há décadas. Uma maneira de aumentar poupança é aumentando muito juros selic, mas isso prejudica a dívida pública e a economia, pois dinheiro que iria para a área produtiva passaria a ir para títulos do tesouro. Então, falar é fácil. Aumentar o investimento privado também não é fácil, pois as empresas e indústrias brasileiras não têm o hábito de se exigirem muito no quesito produtividade. Não têm o hábito de fazerem parcerias com univerisdades para desenvolver e investir em tecnologia nova ou de ponta. Não há muitos mecanismos de incentivo a que isso ocorra e só gigantes empresas como a petrobrás fazem isso, por exemplo. O investimentos público, esse está indo, inclusive com ajuda da área privada em parcerias público privadas e privatizações/concessões. O petróleo do pré-sal não pôde ser liberado antes para exploração pois havia guerra entre Estados e adaptação do sistema de exploração, alterado de concessão para de partilha, aumentando o retorno do Estado nessas explorações de menor risco. Mas, ao contrário de na época do Fernando Henrique, não tivemos apagões elétricos como o que apagou 60% do País, pois há entrega, por parte do governo, de aumento de oferta de energia elétrica em torno de 6 mil megawatts por ano. E está travado no momento por conta do problema com a hidrelétrica Santo Antônio e Belo Monte. Quer dizer, investimento público há, mas também há que se entregar superávit fiscal!! E aí?!?! Se investe não entrega superávit fiscal e se entrega superávit fiscal diminui investimento público. O que o mercado quer?!?! E o que você quer? Acho que o governo está indo bem nessa corda bamba. E por último, Keynes é da década de 30 do século passado. O mercado de consumo não era dois terços da economia americana. Mas hoje é. E no Brasil também. O apoio ao consumo mantém produção, empregos e é, sim, um meio de atuação anti-cíclica defendida por Keynes. Não pode ser só isso. Não pode deixar tal incentivo e apoio ao consumo gerar inflação. E não pode deixar de investir em infraestrutura para aumentar a eficiência da economia. Também não pode deixar as empresas se aproveitarem de tal incentivo e ao invés de manterem produção ou aumentá-la, aproveitar o aumento do meio circulante (dinheiro) e aumentar preços.. nesse caso começa a parecer interessante aumentar importação e abertura de mercado para a concorrência.. é duro. Mas que incentivar o consumo, hoje, é instrumento anti-cíclico e consoante a teoria keynesiana, amigos... isso é.
p.s. de 11/02/2014 - Miriam Leitão publicou hoje, em sua coluna econômica no Globo, o artigo "Três Crises" que entendemos equilibrada. Concordamos em grande parte, mais de 90%, com o artigo e recomendamos a leitura. Acesse em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2014/02/11/tres-crises-523932.asp
p.s. de 13/02/2014 - O lucro do Banco do Brasil de dez bilhões de reais era a última informação que tinha na época, mas nesta data foi publicado que o lucro total do Banco do Brasil em 2013 foi de 15,8 bilhões de reais, sendo 5,4 bilhões de reias oriundos da abertura de capital de uma empresa subsidiária. Acesse a fonte em http://oglobo.globo.com/economia/banco-do-brasil-teve-lucro-recorde-no-pais-em-2013-158-bilhoes-11589885
O artigo menciona que a fórmula do governo Dilma, enaltecida em 2010 pelo secretário do Ministério de Fazenda Nelson Barbosa, pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, de que a presença do Estado mais incisiva na economia produzia crescimento da economia e diminuía a desigualdade social ao mesmo tempo, estaria em xeque.
Segundo o artigo "Com um Produto Interno Bruto (PIB) negativo em 0,5% no terceiro trimestre de 2013, comparado a igual período anterior, e o processo de retração da desigualdade estagnado, como demonstra a Pesquisa por Amostras de Domicílio (Pnad) de 2012, academia e mercado questionam: a fórmula desandou?"
A resposta,segundo o artigo de autoria da jornalista Fernanda Nunes, seria que houve flexibilização da política econômica calcada no tripé liberal câmbio flutuante, meta de inflação e superávit primário, defendida pelos liberais, e que sua política não seria reconhecida como fiel nem mesmo aos keynesianos pois o presidente da Associação Keynesiana Brasileira (AKB) criticou que o correto seria que se estimulasse a poupança interna e a intervenção econômica do Estado se desse através de investimentos e não de estímulo ao consumo.
Mas vejam, lendo o artigo, essas conclusões apresentadas são da jornalista, com alguma legitimidade sim, mas eu devo e prefiro, como todo jornalista faz, destacar o que realmente foi publicado como palavras do Professor José Luis da Costa Oureiro, presidente da AKB e professor da UNB:
"Não houve mudança na matriz macroeconômica. O que foi feito foi alongar a convergência do centro da meta da inflação, reduzir a meta de superávit primário e manter o regime de flutuação cambial, mas com indução de valorização por meio de mais controle da entrada de capitais. Foi mantida a lógica do modelo anterior, só que o governo passou a testar os seus limites", diz Oreiro.
Vejam, segundo o notável presidente, não houve mudança na matriz, ou seja, no tripé. O que houve foi que o governo ao invés de buscar centro da meta de 4,5%, busca não ultrapassar o teto. Por quê? Porque isso facilita o crescimento e manutenção de emprego, senhores. Essa foi a opção do governo, em meio ao caos de falta de crescimento e grande desemprego na Europa e um pouco menos nos EUA. Mas na Europa e EUA a inflação está controlada. Vocês acham isso melhor? Vocês querem as pessoas empregadas e economia com crescimento (mesmo que pouco) ou preferem recessão e desemprego como a Europa experimenta. perguntem aos jovens espanhóis e gregos o que eles preferem..
Mas o mercado quer recessão e desemprego. Veja este último trecho do artigo do que realmente foi publicado como palavras do Presidente da AKB, apresentado pela jornalista:
"Ele (Professor Oureiro)reclama de uma má vontade dos economistas. "Chegamos num ponto em que o mercado exige que o governo jogue o País para a recessão".
Repito "Chegamos num ponto em que o mercado exige que o governo jogue o País para a recessão."
Aí pergunto: Você acha que o governo deve simplesmente satisfazer o mercado ou corrigir algumas coisas e tentar manter crescimento econômico e empregos? Aí, senhores, nesse momento você faz sua escolha e terá ou complacência com o governo, torcendo para que ele encontre algo mediano que satisfaça o mercado (ou aborreça menos) e mantenha emprego e crescimento econômico, ou você também exigirá que o governo se submeta e satisfaça plenamente o mercado (que não está nem aí pra você e sua família) e "jogue o país para a recessão", nas palavras do professor, com perda de empregos. O Blog Perspectiva Crítica quer a primeira hipótese.
Mas veja mais: o governo reduziu a meta de superávit. Por quê? Para aumentar o investimento e para manter crescimento econômico e emprego, dando embalo ao consumo (o que restou um pouco exagerado e esgotou-se) e dando 58 bilhões de corte em tributos para as empresa privadas, também para manter produção, empregos e crescimento econômico. Você pode repreender? Nós do Blog Perspectiva Crítica não podemos.
Como o professor Oureiro disse, o governo testa os limites do mercado. Mas por quê? A bem do emprego e crescimento econômico. Então entendemos legítimo. Mas se o teste do limite chegou em um momneto de revisão, que se revise, mas mantendo como foco o objetivo de defender o crescimento econômico e o emprego e não satisfazendo o mercado levando o País à recessão. Esta só deve ocorrer em última instância. Mas a ala financeira quer isso, pois se coaduna com um ambiente de mais segurança para investimentos financeiros de curto prazo, à custa da qualidade de vida do brasileiro. Mais uma vez você deve fazer escolhas: qualidade de vida ao brasileiro ou garantia de investimentos financeiros de curto prazo? O Blog Perspectiva Crítica fica com a primeira hipótese. Pois quem só quer satisfazer o mercado é escravo do mercado e abre mão de projeto autônomo de Nação.
E mais. Por que se discute tudo isso agora? Por que o mercado perdeu a paciência agora? O Brasil não é o melhor em bases econômicas dos emergentes? O sétimo pib mundial, a terceria reserva em dólar mundial (atrás de China e Japão apenas), os maiores juros reais do mundo, um dos poucos países que conjugam tudo isso com crescimento econômico e ainda com superávit fiscal? E ainda o quarto maior destino de investimento estrangeiro direto no mundo (atrás de China, EUA e Inglaterra)? Então o que houve? É simplesmente, senhores o que ocorre todo ano (realocação de recursos com base nos novos programas de investimentos dos fundos internacionais de investimento) conjugado com o fato de que EUA melhorou e com ativos desvalorizado pela crise financeira mundial, exigiu retorno de investimento. Isso não é da esfera do controle do Brasil.
E mais, descobriu-se que a China tem descontrole fiscal e que a dívida interna de seus "Municípios" dobrou de 2011 a 2013. Só agora eles farão a Lei de Responsabilidade Fiscal que fizemos em 2001. A China também arrefece seu crescimento de dois dígitos e isso também contaminou a visão sobre o "momento" dos Brics. Rússia nunca esteve fantástica. E Índia sempre demonstrou inflação mais alta... de repente se olhou o conjunto dos Brics e viu-se que de repente seria a hora de sair desse ambiente e voltar pro desvalorizado EUA e Europa, já mais no fim do sofrimento econômico, o que evidencia ativos desvalorizados. Sem contar que o FED retirando 20 bilhões de dólares por mês da economia americana também exige correções de política de investimento dos fundos internacionais de investimentos.
Não estou tirando a responsabilidade do governo nos testes que impingiu ao mercado: contabilidade criativa, intervenção na política de preços de combustíveis, prejudicando valor de mercado da petrobrás, sua lucratividade (ainda superior a 23 bilhões de dólares anuais), e criando uma conta para o Tesouro de 10 bilhões de reais para subsidiar o preço da energia elétrica. Não digo que não se deve ter revisões. Não posso aqui fazer a discussão de todos esses detalhes, mas o teste do mercado, a bem do crescimento e emprego não é desinteressante.
Se você acha que é somente projeto de poder, sim é mais grave, pois você está assumindo que o governo está tentando manipular coisas saudáveis ao mercado para distorcer a seu favor, de forma populista a realidade dos fatos e da vida econômica, aceitando sacrigficar o futuro do país pra se manter no poder. Se você acredita nisso, concordo que você queira o PT longe do poder imediatamente.
Mas não vemos isso. Nossa visão é a do professor Oureiro de que o governo testa os limites do mercado, mas não por irresponsabilidade e desejo torpe de alterar formalmente a realidade de dados de acompanhamento econômico para permanecer no poder. Vemos que os testes são para saber até onde se pode adotar medidas que mantenham emprego e crescimento, sem desandar o mercado.
Observe que o governo não está manipulando estatísticas de inflação do IBGE, como ocorre na Argentina. O governo não promoveu estatização de bancos, empresas, ou shopping centers como na Venezuela, o governo não tirou a independência do Banco Central, o governo não alterou o tripé econômico liberal sequer!!! O Itaú lucrou ano passado 15 bilhões de reais, o Bradesco 12 bilhões e o Banco do Brasil acima de R$10 bilhões (ver p.s. de 13/02/2014). O artigo diz que houve queda do crescimento econômico no penútlimo trimestre de 2013 em comparação com o de 2012... gente, houve crescimento econômico no ano de 2013 de 2,3%. A relação dívida/pib líquida e bruta caíram. As reservas ainda estão em 375 bilhões de dólares. O governo federal satisfez o superávit primário de sua responsabilidade, não tendo os Estados e Municípios feito suas partes, mas havendo a entrega de 1,8% de superávit. Vai ver EUA e Europa... Isso é governo irresponsável?!?! O custo da máquina pública com servidores não passa de 31% do orçamento ou 4,6% do pib, enquanto poderia ser de até 40 ou 50% do orçamento, tendo o FHC gastado até 5,4% do pib com pagamento de servidores públicos!!!
Agora, quer-se mais escolas e universidades públicas com professores públicos, além de médicos públicos para atender o país,, e isso se paga com o quê? Quem quer saúde pública gratuita de qualidade e educação pública gratuita de qualidade, vai ter que admitir subir esse custo de 31% do orçamento da União Federal e esse índice de 4,6% de gasto com salário de servidores... ou pode optar por deixar como está, satisfazer bancos internacionais e continuar chorando por falta de atendimento adequado em escolas e hospitais públicos.. parece que as pessoas não pensam.. elas não fazem a conexão porque a mídia não faz essa conexão para elas.
É preciso estar atento.
Então, senhores, a política econômica está bem. O mundo está mudando seus investimentos. Ok. Vamos questionar o que se pode alterar para diminuirmos nossos prejuízos em meio a esse agito, mas o Blog Perspectiva Crítica quer que essa alteração seja feita com o norte na manutenção, tanto quanto possível, de crescimento econômico, manutenção de empregos, com responsabilidade fiscal.
Por isso o artigo criticado não foi muito bom. Pareceu-me mais um dos vários artigos em moda indutivos e desinformativos, querendo simplesmente publicar algo facilmente perceptível ao cidadão pois os mercados internacionais decidiram realocar investimentos, saindo de emergentes e voltando em parte para EUA e Europa. Justificar algo que todos vêem acontecer é mais fácil do que questionar, entender e concluir algo, mantendo um rumo com foco na qualidade de vida do brasileiro.
A informação econômica neste momento é de péssima qualidade e não informa a população. Tentamos corrigir esse defeito informativo veiculado a todos.
Esperamos ter obtido algum êxito. No macro, é isso. No micro... acertos na política econômica, podemos discutir várias coisas. Mas ficamos no macro no momento.
p.s. de 05/02/2014 - Texto revisado e atualizado. Sobre a dica do presidente da AKB de aumentar a poupança interna para aumentar o investimento.. senhores, isso é o santo graal. Todos querem fazer isso. Mas as pessoas teriam de abdicar de consumo. O EUA também não tem poupança interna suficiente para bancar um alto nível de investimento em sua economia e precisa da poupança externa para isso. Esse é um dos grandes motivos de ter déficit na balança de pagamentos. Os EUA têm déficit fiscal e comercial, o chamado déficit gêmeos e há décadas. Uma maneira de aumentar poupança é aumentando muito juros selic, mas isso prejudica a dívida pública e a economia, pois dinheiro que iria para a área produtiva passaria a ir para títulos do tesouro. Então, falar é fácil. Aumentar o investimento privado também não é fácil, pois as empresas e indústrias brasileiras não têm o hábito de se exigirem muito no quesito produtividade. Não têm o hábito de fazerem parcerias com univerisdades para desenvolver e investir em tecnologia nova ou de ponta. Não há muitos mecanismos de incentivo a que isso ocorra e só gigantes empresas como a petrobrás fazem isso, por exemplo. O investimentos público, esse está indo, inclusive com ajuda da área privada em parcerias público privadas e privatizações/concessões. O petróleo do pré-sal não pôde ser liberado antes para exploração pois havia guerra entre Estados e adaptação do sistema de exploração, alterado de concessão para de partilha, aumentando o retorno do Estado nessas explorações de menor risco. Mas, ao contrário de na época do Fernando Henrique, não tivemos apagões elétricos como o que apagou 60% do País, pois há entrega, por parte do governo, de aumento de oferta de energia elétrica em torno de 6 mil megawatts por ano. E está travado no momento por conta do problema com a hidrelétrica Santo Antônio e Belo Monte. Quer dizer, investimento público há, mas também há que se entregar superávit fiscal!! E aí?!?! Se investe não entrega superávit fiscal e se entrega superávit fiscal diminui investimento público. O que o mercado quer?!?! E o que você quer? Acho que o governo está indo bem nessa corda bamba. E por último, Keynes é da década de 30 do século passado. O mercado de consumo não era dois terços da economia americana. Mas hoje é. E no Brasil também. O apoio ao consumo mantém produção, empregos e é, sim, um meio de atuação anti-cíclica defendida por Keynes. Não pode ser só isso. Não pode deixar tal incentivo e apoio ao consumo gerar inflação. E não pode deixar de investir em infraestrutura para aumentar a eficiência da economia. Também não pode deixar as empresas se aproveitarem de tal incentivo e ao invés de manterem produção ou aumentá-la, aproveitar o aumento do meio circulante (dinheiro) e aumentar preços.. nesse caso começa a parecer interessante aumentar importação e abertura de mercado para a concorrência.. é duro. Mas que incentivar o consumo, hoje, é instrumento anti-cíclico e consoante a teoria keynesiana, amigos... isso é.
p.s. de 11/02/2014 - Miriam Leitão publicou hoje, em sua coluna econômica no Globo, o artigo "Três Crises" que entendemos equilibrada. Concordamos em grande parte, mais de 90%, com o artigo e recomendamos a leitura. Acesse em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2014/02/11/tres-crises-523932.asp
p.s. de 13/02/2014 - O lucro do Banco do Brasil de dez bilhões de reais era a última informação que tinha na época, mas nesta data foi publicado que o lucro total do Banco do Brasil em 2013 foi de 15,8 bilhões de reais, sendo 5,4 bilhões de reias oriundos da abertura de capital de uma empresa subsidiária. Acesse a fonte em http://oglobo.globo.com/economia/banco-do-brasil-teve-lucro-recorde-no-pais-em-2013-158-bilhoes-11589885
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