Não se pode elogiar.. rsrsrs. Outro dia houve ótimo artigo econômico, elogiado pelo Blog. Mas agora... o artigo publicado hoje, 26/04/2014, no Jornal O Globo, fl. 25, intitulado "Um déficit externo histórico - no 1º tri, rombo soma US$25 bi, o maior desde 1947. Brasil perde competitividade, diz pesquisa." é um artigo parcial e ruim.
Entendemos que o jornal deve vender notícia. Entendemos que explorar um sentimento de caos seja algo que catapulta vendas de jornais. Entendemos até que um dos papéis do jornal é de fustigar o governo para que ele seja mais eficiente e se mexa a bem da sociedade. Mas dá pra fazer isso sem dar informações tão parciais e omissas.
Veja, o artigo diz que o déficit da balança de pagamentos com o exterior acumulado nos três primeiros meses do ano é de 25 bilhões de dólares. e que esse déficit é o pior desde 1947. Mas veja, e o jornal fala nisso rapidamente, "esses números, divulgados ontem pelo BC, consideram balança comercial, balança de serviços e transferências unilaterais, como doações e remessas de lucros". E mais à frente diz que na balança comercial, veja, a troca de produtos entre o Brasil e exterior, o déficit foi de 6 bilhões de dólares e ainda houve lentidão nas exportações. Quanto houve de remessa de lucros?
O início de todo ano há grande pressão de remessa de lucros. Nosso problema são mesmo esses 6 bilhões da balança comercial. Temos de agilizar as exportações de nossos produtos. E na balança de serviços, quanto mais financiarmos obras brasileiras no exterior, como o Superporto do Uruguai, o Porto de Mariel, em Cuba, estradas na República Dominicana, pontes e estradas pela América do Sul, mais entrada de divisas no país melhorarão a balança de serviços. Compra de refinarias e indústrias no exterior por brasileiros e empresas brasileiras também criam remessas de lucros para o Brasil...
E isso desconsidera ainda a questão de que até o fim do ano estaremos exportando safra recorde, e muito mais petróleo do que no ano passado. O Déficit do ano passado teve grande culpa da conta petróleo.. e esse ano será diferente.
Então, vemos que o artigo foi parcial, indutivo, pouco esclarecedor e omisso.
Compartilhamos isso com você, leitor. Apesar de todas essas informações servirem de base para o Jornal fazer um bom questionamento sobre a produtividade do Brasil, não achamos que foi o melhor e mais eficiente meio de o fazer.
Não ponderou o que a área privada poderia fazer para ajudar a melhorar o quadro, não questionou ou ponderou sobre processos para reverter a falta de produtividade que denunciou e ainda utilizou a velha técnica em dizer que "Estudo na consultoria americana Boston Consulting Group (BCG), também divulgado ontem, mostra que o custo da produção no Brasil aumentou nos últimos dez anos, tornando um dos mais caros entre os 25 maiores exportadores mundiais".
Veja, e isso é importante, não ouve menção que nos últimos dez anos o Brasil saiu de uma balança de exportação de 107 bilhões de dólares, em fins do governo do PSDB, pra mais de 450 bilhões de dólares.. um crescimento de mais de quatro vezes!!! Com respectivo aumento de arrecadação de impostos e de crescimento econômico e de empregos.. que nos mantiveram com baixa taxa de desemprego, enquanto EUA e Europa sofreram...
E ainda não pondera que são quantos países exportadores 150? E nós estamos dentre os 25 melhores e maiores exportadores? Isso não é bom? Foi o mesmo que aconteceu com o resultado do PISA de 2013... saímos da 308 posição para 58 em matemática.. aí foi publicado que estávamos em último lugar dos primeiros 58 colocados do exame do PISA. Isso é informar com qualidade? Ou é construir pessimismo, mesmo com grandes realizações? Aí não sobra tempo para nós debatermos questões sérias e o que realmente falta e está errado, porque temos de ficar fazendo contrapontos para elucidar mentiras da mídia para nossos leitores..
É isso.
Fazendo um juízo de valor, digo que por isso vemos muitos de nossa casta se martirizando com o famigerado "complexo de vira-latas". A mídia instiga o sentimento de que seremos sempre um submundo, mesmo que os números tornem mais difícil a vida dela, politicamente, também se utiliza da sua própria seletiva contabilidade e depois não ser indagada que mentiu, e, sim, disse sempre TODAS as meias verdades.
ResponderExcluirNo seu texto, vários comparativos de 107 para 450 BI, da 308 para 58ª posição, salientam os números, mas, como se explica isso? Como ainda lemos nas redes sociais como esse governo esta quebrando o país?
Os fatos que não dão mais para esconder.... Como consolidamos os menores patamares de desemprego no país, e, também, o eterno PIBINHO. Pow! Empresário que não produz e não vende... devia estar demitindo, não é? Inflação por demanda ou por falta de produção? Se tem fomento quem não quer vender? Mais uma vez, como empresário que não produz mantem seu nível de emprego? Muito dinheiro circulando, muita demanda? Como se prova? Com gastos extraordinários..é...um povão gastando tanto dinheiro com viagens aéreas! Nunca se viajou tanto... mas para muitos o Brasil é um retrato do fracasso! O que será que alguns querem? Voltar para década de 1990? Naqueles números?
(comenta-se em seguida)
Por que o Déficit de Pagamentos? Brasileiro comprando mais que vendendo?
ResponderExcluirNa verdade estão manipulando as estatísticas, não só o governo, mas muito mais o empresariado. Hoje, há uma guerra de estatísticas e resultados, tanto que colocaram em xeque o IBGE, e alguns deptos. denunciaram uma tentativa para melhor apuração em setores da economia, inclusive, com a normatização pelo BACEN para melhor contabilização das contas nacionais. Exemplificando:
Minha empresa tem dois contratos internacionais, embora as duas empresas tenham sede (subsidiária) no país os pagamentos vêm do exterior através de Ordem de Pagamento por EFT (SWIFT). Os escritórios nacionais são meros formalizadores processos licitatórios e de contratos. Ocorre que desde o início de fevereiro passou a vigorar os novos código de câmbio (base normativa do Banco Central do Brasil na CIRCULAR 3690 de 16/12/2013), e, os contratos de prestação de serviços que eram remunerados por meros contratos de câmbio financeiro agora são registrados como EXPORTAÇÃO, justamente visando as inúmeras prestações de serviços desenvolvidas no país para empresas estrangeiras (representação, comércio e serviços), como a minha também faz. Então, logo logo quando começarem a contabilizar os efeitos dessa norma de fevereiro e março haverá nova tendência nesse número. Tomaram essa medida para revertê-lo.
E o PIBINHO?
Fácil explicar, difícil é comentar sem ferir um princípio empresarial, mas vambora.... vou comentar... acho que não dará para correlacionar... , ou seja, não farei inimigos... tenho acesso ao "Enterprise" de quase um centena de empresas, entre indústria e comércio, e afirmo, não tem ninguém tendo prejuízo, a relação de crescimento na menor não é inferior a 10% ano, tem empresa (de serviço) crescendo 100% ao ano e a indústria (no meu universo de exemplos) está entre 12% a 25% ao ano, mas então me pergunta:
Mas, por que o Brasil cresce tão pouco e registra esse tal PIBINHO?
A involução nos últimos anos coincide com a Lei 12.382/2011 que atribui o critério do reajuste do salário mínimo... Já comentava isso, quando tive a certeza da minha percepção quando vi uma entrevista do Ex-Ministro Delfim Neto para Roberto Dávila na GloboNews e ele responde a mesma coisa na entrevista. Ele diz: O erro foi indexação do salário mínimo ao índice de inflação + a evolução do PIB consolidado no último ano, em épocas que desde o Governo Lula o empresário já reclamava da onerosa Folha de Pagamentos brasileira, qual fez a Dilma promover uma desoneração em alguns setores.
Sim, o PIB é apurado pelo IBGE com pesquisa de mercado nas entidades federativas que representam os setores, sendo a indústria, o comércio, os serviços (incluindo Bancos) e na produção rural. Os economistas informam valores a menor sobre a evolução de seus clientes, inclusive, houve um aumento da contabilização irregular no Produto, ou seja, sem a emissão das respectivas NFs, como denuncia a SRF, o aumento de trânsito nas estradas de DANFE falso.
Com baixo crescimento informado, assim remuneração da folha por trabalhadores de base não é majorada nos patamares que fora forçada a indexação. Bem inferior e real produção, que lhe trará o acréscimo do lucro pela produção não contabilizada e também a diminuição do custo pela desoneração da folha. Um verdadeiro Dumping Social, observada a obrigação legal supramencionada.
Faz sentido?
Cara!!! Tu é uma aquisição fantástica desse Blog e dos leitores!!! Caracas!!! Isso merece um artigo... eu posso publcar isso como artigo? Será "Crescimento Econômico Baixo ou Dumping Social?". Essa Informação é demais. Se você quiser, você escreve e eu adapto para publicação ou o contrário. Isso é até furo de reportagem!!! Não tinha ouvido falar!!!
ResponderExcluirMário pode!!!
ResponderExcluirEscrevi parcialmente isso num artigo que escrevi num outro blog como artigo. O negócio é mais amplo.... vou te manda o link por e-mail. Não precisa me dar o crédito pois elenco informações (mesmo genéricas) que deveria manter em sigilo.. mas cara eu tô cansado de ouvir uma galera falar que o Brasil vai mal... que vivemos um pibinho...e saber que eles não vivem no universo de informações que meu ofício me revela.
Se quer falar mal para fazer política e se convencer que o seu candidato pode fazer melhor. Tudo bem! Sempre deixo isso claro nas conversas. Agora falar que o Brasil vai mal é no mínimo uma ignorância completa. Digo para eles que simplesmente eles não VIVEM. Quanto a isso, eu digo: Sinto muito!
Não quero dizer que sou o mais privilegiado dos brasileiros... mas... pow... é evidente que a situação de hoje é muito melhor do que daquela época dos que tentam voltar ao governo, vide: produção nacional...exportações... empregos...câmbio...rating...juros...acreditação no SFN.... tudo! Simplesmente tudo!
Meu negócio não era NADA na década de 90 e início de 2000 e esse mesmo negócio se relaciona especificamente com a excelente saúde empresarial e os contratos pipocaram a partir de 2003 e você sabe hoje eu sou um cara que não disponho de muito tempo (mas para escrever aqui reservo sempre algum... e compartilhar minhas opiniões).
Abraços!
Pois é.. o tema é complexo.. enuncio entre as causas para essa repetição de caos econômico inexistente: (1) repetição disto plantada e alimentada pela mídia diariamente, com publicações enviesadas, parciais, omissas e algumas até mentirosas, tudo para viabilizar um candidato de oposição, de preferência da ala financista; (2) a falta de tempo de pesquisarem por si próprios e delegarem efetivamente o trabalho de entender a realidade pela perspectiva do jornal que lêem, sem criticar; (3) a grande vontade natural que temos em sentirmo-nos tranquilos com a ilusão do entendimento do mundo que nos rodeia, e ainda passarmos essa impressão ao próximo, o que é mais fácil se repetirmos a idéia mais professada pela grande mídia, e aceita pelo grupo social a que pertencemos, independente se tais idéias são mais fidedignas em relação à verdade dos fatos; e, claro, por fim, (4) convicção política e identidade ideológica com tal visão professada e seus reflexos na influEncia do pensamento social, mesmo quando ciente de que não se trata da verdade mais palpável.
ResponderExcluirVou publicar, então, mas sem créditos. Me manda o texto e se quiser, apaga o que você escreveu aqui, se você achar que te expõe, apesar de que você falou de forma genérica e sem apontar casos concretos, somente dar informação de sua experiência e visão de fatos.
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