quinta-feira, 21 de agosto de 2014

OCDE comprova: Países de maior IDH e ricos têm até três vezes mais servidores públicos do que o Brasil


Um grande amigo meu que vive na Holanda me enviou este gráfico. Este gráfico, senhores e senhoras, muda tudo o que a grande mídia diz para nós todos os dias. Este gráfico diz que o Brasil tem poucos servidores públicos por habitantes. Este gráfico diz que países ricos têm mais servidores públicos por habitante do que o Brasil. Este gráfico diz que os países com os maiores IDH (índice de desenvolvimento humano) no mundo têm mais servidores públicos do que países com menor IDH, de forma quase absoluta. Este gráfico diz que países de governo mais eficiente e de Justiça mais célere têm mais servidores públicos do que o Brasil (A França em 2002 fechou 200 Varas Judiciais por falta de processos, enquanto no Brasil temos Varas Judiciais com 30 mil processos e três vezes menos servidores públicos e Juízes). Este gráfico diz que países com hospitais públicos gratuitos e educação pública gratuita de qualidade, previdência pública têm mais servidores públicos do que o Brasil (observe que alemães e franceses não gastam com educação e planos de saúde a filhos e pais). 

Mas esse gráfico não diz só isso. Este gráfico diz que países que são menos burocráticos do que o Brasil, seja para o cidadão, seja para as empresas, têm mais servidores públicos do que o Brasil. O gráfico mostra ainda que países com mais servidores públicos têm os maiores salários mínimo do planeta e melhor nível de vida. E mostra ainda que esses mesmos países que têm muito mais servidores públicos do que o Brasil estão à nossa frente em inovação tecnológica, participação no comércio mundial. Agora observe isso, quero destacar: estes países com mais servidores públicos têm maior salário mínimo do que o brasileiro, maior renda per capita do que brasileiros, melhor qualidade de vida, liberdade econômica e indústrias fortes.

Agora, por mais paradoxal e injusto que isso possa parecer a nós, brasileiros, este gráfico também diz que os países mais ricos, de melhor salário mínimo, de maior salário para professores públicos e médicos públicos e de todos os servidores públicos, que possuem renda per capita muito maior do que o Brasil e portanto cidadãos com menos carência de serviços públicos a seus ricos cidadãos, investe até três vezes mais do que o Brasil na contratação de servidores públicos e sua disponibilidade a seus cidadãos e empresas.

Quem, em tese, precisaria mais de serviços públicos? Um cidadão rico ou um cidadão pobre? Acredito que você responderá o pobre (rsrsrs). Pois é. Mas quem tem mais serviço público, quem tem orçamento público mais comprometido com salários de servidores são os países ricos!! Você pode crer?!?!?! 

Então senhores, está na hora de acordar. Chega de balelas. A grande mídia critica bem que tudo que só existe no Brasil é jabuticaba e deve ser extinto. Bem, uma dessas jabuticabas é o percentual baixo de servidores públicos em face de toda a classe trabalhadora no País. Vamos copiar isso dos países de maior IDH no mundo? 

E nesse momento pode pairar uma dúvida: quem vem primeiro, a riqueza, para poder contratar mais servidores públicos? Ou seriam os servidores públicos em maior número na sociedade, para gerar mais riqueza? A Noruega, França e Alemanha são ricas porque têm uma grande e eficiente rede de serviços públicos disponíveis a seus cidadãos e empresas? Ou têm uma grande e eficiente rede de serviços públicos porque são ricos?

Primeiro quero mostrar que a grande balela da mídia de mercado no Brasil já ruiu: País rico têm mais servidores públicos. Ponto e acabado. E agora entro na questão acima. Nossos estudos nos evidenciam que a resposta correta é a de que os países europeus enriqueceram após terem uma grande rede de servidores públicos. Sendo assim, a construção de uma grande rede de serviço público é essencial para o enriquecimento de empresas, cidadãos e países. Dois fatos comprovam nossa tese: a segunda grande guerra e a crise financeira internacional.

Sobre a Segunda Grande Guerra

Depois da Segunda Grande Guerra, a Europa ficou completamente destruída. Não havia empresas que prestassem serviços, não havia emprego, não havia nada a não ser cinzas e o governo de cada país. Com a economia em frangalhos, as primeiras coisas que os europeus fizeram foi um sistema público e gratuito de saúde, educação e instituíram sua previdência social. Criaram empresas, autarquias e obras públicas para a reconstrução de seus países e para emprego de seus cidadãos e retomaram a economia. Nada de privado havia de concreto nessas economias, a não ser o financiamento pelos EUA* (ver p.s. de 26/08/2014 abaixo). 

De 1945 até hoje os países que apresentam a maior rede pública de serviços e servidores públicos, portanto, são os mais ricos, com menor inflação e maior salário mínimo do planeta e o Brasil, que não sofreu a guerra em suas terras, com menos servidores públicos, menos salário mínimo, tem mais inflação, mais pobreza e menor renda per capita.

O soerguimento dos países do alto da lista da OCDE, que ora analisamos, após a Segunda Guerra Mundial exigiu a criação de ampla rede de serviços públicos e de servidores públicos para criar ambiente favorável para a vida das pessoas e o desenvolvimento de empresas. E hoje a Europa goza da melhor vida do mundo, junto com o melhor ambiente de negócios, grandes empresas e economia rica. Então, a riqueza veio depois da criação da ampla rede de servidores públicos, a qual permaneceu até hoje, fortalecendo suas economias, gerando empregos de qualidade e criando ambiente menos burocrático, mais eficiente e melhor para o desenvolvimento de negócios por suas empresas.

Sobre a Crise financeira Mundial de 2008

Mas esse investimento em serviço público "excessivo" e muitos servidores não sobrecarregou o orçamento dos europeus que hoje penam com a crise financeira internacional? Não seria o excesso de servidores europeus a causa do ocaso de sua economia desde 2008? A resposta, senhores e senhoras, é simples e facilmente NÃO!

Se qualquer um pegar a relação dívida pública/PIB desses países europeus, todos desta lista da OCDE que têm mais servidores públicos em sociedade do que o Brasil, antes da crise de 2008, verão que na Europa elas se encontravam oscilando entre 35% e 55%. Observe, inclusive que para poder ingressar no Mercado Comum Europeu, depois evoluída para Zona do Euro, o país deveria apresentar relação dívida/pib de 45%, no máximo, e déficit público de 3%, no máximo. Portanto, nenhum país da Zona do Euro poderia ter relação dívida/pib maior do que 45%, o que era excepcionado por Portugal, Grécia e países mais pobres que ingressaram na Zona do Euro para serem explorados pela Alemanha e França e ofertarem mão-de-obra barata.. mas isso é outro papo. A Itália rica sempre foi uma exceção também, com relação dívida/pib maioir que 45%. 

Depois da crise hipotecária dos EUA e Europa, derivada da desregulamentação de mercado excessiva (ou seja, pouca leis, regra, fiscalização e, logo, Estado neste setor financeiro), logo após 2008 as relações dívida/pib explodiram e dobraram, alcançando entre 85% e 120% em toda a Europa. 

Então, senhores, não foi a existência de muito servidor público na Europa que gerou a crise financeira internacional e explodiu as contas públicas dos europeus. O que verdadeiramente ocorreu foi que o sistema europeu, com muito serviço público e servidores públicos e salários mínimos altos e inflação baixa estava muito bem consolidado antes da crise hipotecária de 2008. Os orçamentos públicos estavam estáveis e lembro de que o Brasil era chamado de mendigo quando chegou a ter quase 56% de relação dívida/PIB na Era do FHC, em 1999.. rsrs E só depois da crise os orçamentos estouraram. Por quê? Porque para não deixarem os bancos falirem, todos os países tiraram dinheiro do orçamento e colocaram nos bancos, inchando o orçamento público e imediatamente dobrando suas relações dívida/pib. A culpa foi dos bancos e não dos servidores. Servidores e empresas foram vítimas dos bancos.

Conclusão 

Sendo assim, fica cristalinamente comprovado que os países mais ricos, com melhor economia, com melhor qualidade de vida para seu povo, com melhor ambiente de negócios, mais competitivos e com governos mais eficientes, além de menor inflação têm até três vezes mais servidores públicos do que o Brasil.

Fica ainda evidente que um grande e amplo serviço público, com percentual entre 25% e 35% de servidores públicos bem pagos em relação ao conjunto total de trabalhadores de um país não é sobrecarga para as contas públicas, mas cria condições para melhorar a economia, elevar a qualidade de vida dos cidadãos e tornar mais eficiente o governo. A dose certa de servidores públicos em sociedade permite o enriquecimento dos países.

Naturalmente que imaginar contratação de servidores que não trabalham não realiza o que aqui se diz e o que os números da OCDE na lista acima demonstram. O servidor público necessário é aquele bem educado, bem formado, seja de nível técnico, seja analista. O servidor público no mundo inteiro, e em especial nos países ricos, tem salário médio superior ao do cidadão médio de seu país pelo simples fato de que, em média, seu nível educacional é maior do que o cidadão comum.

E no Brasil a excelência dos poucos servidores é notória, em especial na área federal. Fiocruz cria vacinas, Rede Pública Sarah Kubitschek é a melhor e talvez mais eficiente rede hospitalar do País. O INCA é o melhor hospital de câncer. A EMBRAPA desenvolve tecnologia de ponta para o campo e é responsável pelo crescimento da produção agrícola e do PIB do Brasil. A Marinha do Brasil foi a única em todo o mundo a provar perante a ONU a continuidade da plataforma continental do Brasil, sendo o único país a ter reconhecido mar territorial de 200 milhas. Isso garantiu que o pré-sal seja brasileiro e não mundial, pois estão a 300 km da costa e a Marinha garantiu o reconhecimento de 360 km da costa brasileira. O melhor motor nuclear para submarinos no mundo é o brasileiro, feito pela Marinha. O BNDES responsável por quase 100% do financiamento da produção brasileira referente a investimentos de longo prazo tem mais dinheiro do que o FMI e o Banco Mundial. A Petrobrás é das maiores empresas petrolíferas do mundo. O governo inaugurou a siderurgia no Brasil com a CSN. A Vale do Rio Doce, hoje a Vale, foi criação do Estado. A Embraer foi criada pelo Estado. Todas grandes e ótimas empresas que não encontram concorrentes em seus setores no Brasil (A CSN até que tem). Todo sistema elétrico, de hidrelétricas, de cabos para transmissão de energia, desenho e execução de obras de pontes, viadutos e estradas, telefonia. 

Tudo isso teve mão de servidores públicos brasileiros por décadas e décadas, escolhidos por concurso público. Tudo isso é a maior prova de que investir em servidor público gera riqueza para o país. Tudo isso prova que o que a mídia diz diuturnamente de que servidor público é gasto é mentira. Tudo isso prova que não há estudo no Brasil sobre a criação de riqueza a partir do incremento do serviço público. 
   
É uma falácia a idéia popular de que servidor público não faz, não realiza, não trabalha e somente é gasto. é uma falácia útil para quem não quer serviço público forte. Mas é inútil para quem quer vida de qualidade para o cidadão brasileiro e melhor ambiente de negócios para empresas.

A lista da OCDE indica que entre 2001 e 2011 os países mais ricos, com IDH maior, com salário minimo maior, com inflação mais baixa, com ambiente de negócios melhor e governos mais eficientes são aqueles em que a proporção de servidores públicos em sociedade é entre 25% e 35%; o Brasil tem 10,7%.

p.s.: E os EUA? Saiba que os EUA tem 14,7% de servidores públicos, isso é quase 47% mais do que o Brasil.

p.s. de 26/08/2014 - É claro que nossa afirmação é relativa. Havia alguns punhados de empresas européias, em especial relacionado à guerra. Mas a riqueza européia se transferiu para os EUA, único local seguro à época. Empresas também se mudaram. A economia européia ficou completamente em frangalhos, inclusive a indústria vinícola, todos os setores econômicos. O levante econômico só foi possível com a entrada e investimento maciço do Estado, precipuamente financiado pelos EUA. Mais tarde, uima das razões da criação de um mercado comum Europeu, de uma Zona Européia seria o fortalecimento econômico e a união européia para inclusive pagarem e se livrarem das dívidas com os EUA.

p.s. de 16/09/2014 - Fabiano Cavalcanti, grande amigo batavo-brasileiro, obrigado por me remeter este gráfico fantástico e esclarecedor! Grande abraço luso-brasileiro desse seu amigo das bandas de cá! Rsrsrs 

12 comentários:

  1. Dados do Pisa dão conta que os cidadãos nórdicos, com melhor educação consolidam a democracia, não abrindo mão dos direitos sociais conquistados com muita luta e organização.

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  2. Dados do Pisa dão conta que os cidadãos nórdicos, com melhor educação consolidam a democracia, não abrindo mão dos direitos sociais conquistados com muita luta e organização.

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  3. Gostei do texto é gostaria de saber se você tem a referência de onde o gráfico foi extraído. Obrigado.

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  4. Gente desculpe a demora... acontece.. rsrs.
    Odete, perfeita a sua colocação. Nossos estudos dizem que os países nórdicos são a melhor história de sucesso no avanço da organização do Estado, melhora de ambiente econômico, acesso público gratuito à serviços de saúde e educação, garantindo melhor salário mínimo, baixa inflação e melhor qualidade de vida a seus cidadãos. Esse é o modelo que queremos para o Brasil.
    Unknown, grande e constante colaborador e crítico construtivo do Blog, o gráfico foi-me enviado pelo amigo Fabiano Cavalcanti. A fonte, como escrito no fim do gráfico é a OCDE, que em inglês é OECD. há endereço eletrônico e indicativo da fonte no fim do gráfico, no rodapé.

    Abs a todos.

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  5. Pelo que vi, o gráfico deve ter sido publicado pelo The Economist. Mas procurando, está difícil encontra-lo pelo tempo em que foi publicado. mas é possível fazer a busca em economista.com/graphicdetail, endereço eletrônico no fim do gráfico objeto da discussão do artigo.

    abs

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  6. Creio que a fonte do gráfico seja esta:

    http://www.economist.com/blogs/graphicdetail/2014/01/daily-chart-13

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  7. Boa, Leonardo!

    Não o consegui acessar. Mas vou tentar de casa. Valeu a dica!

    abs

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  8. Já verificaram qual o percentual das forças armadas destes países?

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    1. Ricardo, desculpe o atraso. Sua pergunta foi tão importante que tentei efetuar uma pesquisa sobre esta parte. Nós não podemos efetuar todas as pesquisas de que gostaríamos, mas posso te adiantar a Suíça, por exemplo não tem Marinha de guerra, e suas Forças Armadas, focadas no Exército que atua em todos os espaços, tem 120 mil soldados ativos e 80 mil reservistas consoante informação do Wikipédia.

      A França tem 215 mil soldados ativos em todas suas Forças Armadas, segundo o Wikipedia e é uma das maiores potências militares da Europa. Como 24% dos trabalhadores franceses estão no serviço público e a população é de 67 milhões de franceses em 2016, considerando que mais da metade da população envelhecida francesa trabalha, temos que há 33 milhões de trabalhadores, haveria 8 milhões de servidores públicos e somente 215 mil são militares, ou seja, 2,6% dos servidores públicos. Se os trabalhadores ativos franceses fossem metade disso, os militares seriam 5% de todos os servidores públicos.

      Então a resposta é NÃO. A quantidade alta de servidores públicos nos países ricos não se deve a grande percentual de militares. Mas nos EUA o percentual deve ser maior do que na média dos países ricos.
      A obtenção deste tipo de informação é difícil. Mas acho que conseguimos responder com fundamento e com muita razoável margem de acerto.

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    2. Ricardo, para efeito de comparação, no Brasil, sendo os servidores públicos meros 10% de todos os trabalhadores brasileiros, e sabendo-se que aqui são 34 milhões de empregados formais e, portanto, 3,3 milhões de servidores públicos, além de 300 militares, temos que 10% de todos os servidores públicos brasileiros seriam militares. Se se considerar somente servidores públicos federais, são 1,3 milhão de servidores públicos federais, dos quais 0,3 milhão são militares, logo 20% de todos os servidores públicos federais são militares.

      O percentual de militares no Brasil fica alto em comparação com a França porque existem poucos servidores públicos totais em nossa economia em comparação com a França.

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  9. O texto só nao diz de onde sai o dinheiro para pagar os servidores. Nem como o processo de acumulação capitalista e a concentraçao de recursos nesses países mais bem rankeados aconteceu, também nao se preocupa em informar quais os setores que geram renda nesses mesmos países. No Brasil socialista da esquerda, um país com indústria sufocada, que produz soja e milho quero saber como pagar os servidores. Esse texto certamente foi escrito por um servidor público ou um concurseiro.

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    1. Universo Paralelo, obrigado por sua participação. O objetivo do artigo não era dizer de onde sai a remuneração dos servidores públicos estrangeiros e brasileiros. Fico feliz em observar que o fato de países ricos e com IDH maiores do que o brasileiro terem mais servidores públicos do que o Brasil não foi questionado. Isso é um fato que deve levar a todos nós refletirmos sobre o mantra de que Estado bom é Estado sem servidor público.

      A questão sobre valores de estrangeiros para pagar seus servidores é outra e tem resposta em um digressão histórica que nos remete às primeira e segunda guerra quando europeus ficaram com economia desolada. Foi o serviço público que salvou a economia e o emprego nesses países. Mas não só. Fatores geopolíticos e geoeconômicos como tornarem-0se o centro do capitalismo mundial juntamente com o EUA, também ajudam aqueles países.

      No Brasil, o dinheiro para pagar servidores já existe e está no limite constitucional, sem ultrapassá-lo mesmo nas crises de 2015 e 2016, com históricos baixos de arrecadação. Mas se a política econômica fosse honesta com brasileiros, juros menores seriam pagos pelos títulos públicos com mesma eficiência em controle de inflação e sobraria muito mais para aumentar servidores públicos e diminuir a desigualdade de nosso país e os ricos de maior IDH. Pagando 550 bilhões de reais anuais em juros é que fica difícil investir em mais serviços públicos de qualidade e em quantidade ao país, às famílias e às empresas.

      É simples. Mas tem que estudar, sendo servidor público, "concurseiro" ou empresário.

      Entendemos que você talvez goste da leitura da professora de economia na Inglaterra, Marianna Mazzucato, Conselheira do Governo inglês. Ela escreveu "O Estado Empreendedor", explicando como investimentos públicos geram riqueza e oportunidades para a área privada.

      Boa leitura.

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