Senhoras e senhores, a empresa PDG anunciou em rede nacional de televisão, ontem e anteontem, dias 12 e 13 de agosto, que esse fim de semana, entre 17 e 18 de agosto de 2014, estará efetuando um desconto de até 500 mil reais em mais de 5 mil imóveis. Bem, desconto de 500 mil reais é desconto? Ou é correção de valores de imóveis?
Como a Rossi há menos de trinta dias já fez o mesmo, ou seja, promoção de 35% no valor de 2 mil de seus imóveis e considerando que já foi anaunciado no Jornal Nacional há menos de um mês que pessoas que compraram imóveis na planta e, ao verificarem que não conseguem vendê-los pelos preços que imaginavam, estão devolvendo esses imóveis para a construtora, admitindo devolução parcial daquilo que já pagaram, posso com uma razoável certeza informar que estamos em real início de correção de valores de imóveis, ou seja, início de estouro de bolha, que ainda não pode ser taxado assim pois ainda não ficou descontrolado e epidêmico.
Agora, desconto de 500 mil reais não cola pra ninguém.. rsrsrs isso é baixa de preço de imóvel que ocorreu como previmos, mas atrasou por três anos a correção, muito devido aos sequenciais aumentos de margem de empréstimo do FGTS para compra de moradia perpetuados pelo governo como forma de impedir mais queda de pib e de atividade econômica. Isso protegeu emprego e atividade econômica por um tempo, mas uma hora iria se esgotar quando se esgotasse a capacidade da sociedade brasileira em contrair empréstimo.
Para nós, configura-se mais e mais o início do estouro da bolha imobiliária. Esta, portanto, está apresentando-se no formato mais rápido das duas hipóteses, ou seja, correção em um ano, com queda de entre 30 a 50% do valor dos imóveis. Vemos o potencial de queda em torno de 50%, com base na previsão desse sobrepreço, segundo apontado por um parecer de consultoria americana neste sentido em abril de 2012, como já publicado no Blog.
A confirmar.
p.s.: A divulgação na televisão informava sobre descontos de até 500 mil reais em mais de 5 mil imóveis (incluindo Rio de Janeiro e Niterói). A propaganda no site da PDG informa promoção de até 560 mil reais, em dois mil imóveis no Estado de São Paulo. Acesse: http://www.pdg.com.br/
p.s. de 15/08/2014 - Importante salientar que o próprio Banco Central, no primeiro semestre de 2014, também fez estudo sobre impacto da queda dos valores dos imóveis a partir de julho de 2014. COncluiu que queda até 45% não exigirá ajuda aos bancosque entre 45% e 55% soa alarme e que a partir de 55% de correção de valores haveria uma desestabilização de operações bancárias relativas aos empréstimos imobiliários que exigirá intertvenção do BACEN. A mera existência desse estudo de impacto prova que o risco de estouro de bolha é real. Leia também http://www.perspectivacritica.com.br/2014/04/correcao-de-bolha-imobiliaria-no-brasil.html
p.s. de 18/08/2014 - Título corrigido. Onde se lia "agosto de 2104", corrigimos para "agosto de 2014". Ainda não possuímos a capacidade analítica para projetar a economia em 2104, mas gostaríamos muito.. rsrsrsrs Se projetar três meses à frente já dá problema!! Imagina 90 anoa à frente!ahauhauhauhau Esses erros de digitação às vezes são sugestivos e humoristas! Mas já foi corrigido.
p.s. 2 de 18/08/2014 - George Vidor, em sua coluna do Jornal O Globo, edição de 18/08/2014, na página 22, tratou do esvaziamneto de "Bolhinhas" na economia. Nõa falou de imóveis residenciais, mas falou, como exemplo, de aluguéis comercaiis. Veja o trecho: "Se há algo positivo nessa fase morna da economia
brasileira é o esvaziamento de algumas pequenas “bolhas” que tinham se formado
pela mistura de especulação com picos de demandas, a exemplo dos aluguéis
comerciais." Ele não falou, mas para mim se referiu ao mercado imobiliário também. Ninguém pode falar pois é tema sensível, mas a correção já está ocorrendo. O termo esvaziamento da bolha não é errado também não. Afinal, nos EUA o estouro levou casas a serem vendidas por um dólar pelos bancos. Aqui a perda pode ser entre 30 e 50%. É muito diferente. Pode ser chamado de esvaziamento ou de estouro. Mas temos de esperar se dar de forma disseminada e grave em toda a economia para chamarmos de estouro. No aguardo.
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