sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

The Economist sugere demissão de Mantega

Nâo resisti. Tenho que compartilhar. O jornal inglês The Economist, veículo de mídia dos conservadores ingleses e da ala financista inglesa, sugere que a Presidente Dilma, para resgatar a credibilidade na condução de sua política econômica, deveria demitir o Guido Mantega!!! Piada. Segundo o jornal inglês de impáfia fantástica, como ele não entregou o crescimento econômico prometido, deveria ser demitido, assim como gerou intervenção no mercado ( a questão da tarifa de energia elétrica) e afastou investidores.

A resposta da Dilma foi tão perfeita e tão bem publicada no Jornal O Globo On Line, que pouco comentarei e sugiro a leitura em http://oglobo.globo.com/economia/dilma-diz-que-nao-vai-demitir-ministro-guido-mantega-6968263

Leia também sobre a opinião do The Economist em http://oglobo.globo.com/economia/the-economist-defende-demissao-de-mantega-da-equipe-economica-6958698

Sublinho o que Dilma respondeu: se durante a crise financeira que assolou os países centrais e os EUA nem o The Economist nem nenhum outro jornal sugeriu a demissão de um ministro seja inglês, seja europeu ou americano, mesmo com todas as evidÊncias de falha na fiscalização do mercado financeiro e no mercado de títulos que levou à possibilidade de negócios com os títulos subprime que são o epicentro de todo o problema da maior crise financeira mundial desde 1929, como agora vem sugerir demissão de Mantega, se nós somos um dos poucos países que não sofrem com a crise, se somos um dos poucos que mantêm desemprego baixo, crescimento de PIB, inflação controlada e relação dívida/Pib em 35% enquanto os países centrais estão com média de 90%?

É para vocês verem o que é a imprensa estrangeira... não são baluartes da livre expressão como dizem, senhores e senhoras... são sim efetivos instrumentos de realização de interesses privados e públicos estrangeiros nos países que podem ser por eles influenciados.. é muito imporatnte não diminuir esses momentos de evidente publicação de artigos de forma escrachadamente interessada e parcial.

Isso dá noção clara de que o ionternacionalismo é bonito como ideologia, mas que todos praticam mesmo é o nacionalismo, protecionismo e o "influencionismo" sobre os países que não tenham massa crítica para expor as movimentações internacionais contra os interesses nacionais.

Não será o nosso caso... naturalmente e assim espero. Que a mídia brasileira conscientize-se disso e que publique e aja cada vez mais em consonância com o interesse nacional e cada vez menos como papagaio de mídia estrangeira. Nossa mídia tem melhorado muito nesses últimos quatro anos. Que assim continue.

p.s. de 10/12/2012 - revisto.

2 comentários:

  1. Oi Mário, foi ótimo voce postar, pois me situei melhor, mas só acho que foi porque o Mantega insistiu que o crescimento seria maior já no meio do ano, e foi até o fim sustentando, bastava ele ponderear e os ingleses não teriam munição pra pilhagem. Abraço, Mario Sergio

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  2. Pode ser Mário, meu xará, mas o dever do Ministro da Fazenda é influenciar positivamente a economia. Ministro da Fazenda não é analista de banco de investimento. Existe uma influência da expectativa social sobre a evolução da economia. Ninguém sabe o valor dessa influência e nem saberá, pois é incalculável a "média da expectativa real de cada cidadão, empresário e investidor sobre a economia" e é incalculável a real dimensão desta influência do subjetivismo da percepção da economia por estes sujeitos e o reflexo exato na economia real.
    Assim, se há dados que subsidiam uma interpretação favorável, o Ministro da Economia deve realçá-la para tentar influenciar positivamente o item subjetivo que favoreça o investimento e a produção. Não quer dizer que tenha que entregar 100% o que apontou e os economistas sabem disso.
    Se os analistas de bancos acham que o Ministro está errado, que apresentem seus números e não venham querer que o Ministro da Economia faça seus trabalhos e corrobore suas análises.
    Nossa economia cresce. Este anos foram criados 1,7 milhão de empregos. Nossa relação dívida/pib decresce. Não dá para um jornal estrangeiro sugerir que o condutor destes fatos em um mundo de semi-caos econômico, inclusive em seu próprio país, venha publicar que este exitoso Ministro da Economia seja demitido. Isso é o cúmulo do absurdo e tem de ser apontado e criticado.
    E há interesse nessa postura. A postura de defesa econômica nacional e a defesa em fóruns internacionais de abordagens keynesianas para contornar a crise mundial financeira gera problemas para os financistas internacionais e diminuem seus lucros ao mesmo passo que expõe os verdadeiros culpados da crise: os bancos.
    A sugestão de demissão do Mantega, tenha certeza, é um ato também de explorar sim, uma incompatibilidade entre a promessa do Ministro e o que foi entregue em sociedade, com o objetivo de tentar facilitar o acesso de "financistas" em postos-chave do núcleo político de formulação e condução da política econômica. Hoje isso está com os desenvolvimentistas.
    Os financistas internacionais e nacionais perderam seus encastelamento na economia brasileira, seja, no Ministério da Economia, no BNDES, no Banco Central.. em todo o núcleo de formulação e execução de política econômica.
    Nós monitoramos isso.
    Absss xará.

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