terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Como se comportar em uma bolha imobiliária?

Esse tema é essencial, pessoal. A idéia surgiu das perguntas e comentários de Tatiana Vieria Assumpção Richard e do Dr. Vitor Miranda ao artigo "Bolha Imobiliária no RJ em 2010". Vou até aproveitar trechos da resposta que dei ao Vitor e à Tatiana.

Vejam, Benjamin Steinbruch, Presidente e controlador da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), acabou de comprar um imóvel na Quinta Avenida, em Upper East Side (lado mais valorizado), em Nova York, de 450 m², ao custo de US$18 milhões. Isso só ocorreu depois de seis meses de negociação com a família que queria vender por US$32 milhões (http://www.focoregional.com.br/page/plantaodtl.asp?t=STEINBRUCH+COMPRA+APARTAMENTO+NA+5%AA+AVENIDA+POR+US$+18,875+MILH%D5ES&id=25028).

A família Safra acabou de comprar, por US$295 milhões, um prédio na Madison Avenue, em Nova York, de propriedade de uma adminstradora imobiliária italiana, prédio conhecido por ter no térreo a loja de departamentos conhecidíssima Barney's. Há três anos os italianos tinham comprado esse mesmo prédio por US$385 milhões. Perderam US$90 milhões em três anos.
(http://economia.ig.com.br/bilionario+brasileiro+compra+predio+em+rua+chique+de+nova+york/n1237947656633.html)

Se imóveis abaixam nos EUA, em Nova York, em centro de milionários, entre milionários, por que não pode ocorrer aqui? E se os milionários pechincham, por que você também não faz isso? Por que temos de comprar ao preço que pedem? Qual a necessidade de afagar o nosso ego? É por nós, para realizar o que é melhor para nós ou para alimentar uma imagem social? Por que você faz isso? Por que vocÊ se sente de determinada maneira? É sabido que 90% das compras são realizadas por impulso, mas isso é o melhor para você?

É claro que não vou pedir para você morar até morrer no mesmo local, como um dos maiores milionários do mundo está fazendo. Sim, aos oitenta anos, Warren Buffet mora na mesma casa em que nasceu. E quando fez seu primeiro milhão de dólares parece que ainda andava de fusca, seu primeiro carro. Não vou pedir isso pra vocÊ. Eu não concordo com isso. A vida é pra ser vivida. Mas tem preço, senhores. E você tem que pensar antes de pagar para ver se é o que você quer pelo preço a ser pago.

Os milionários pechincham porque não têm nada a provar para ninguém. Mas você pode ainda me dizer: mas Mário, e se os imóveis atingirem valores que nunca mais poderemos pagar, nem eu nem meu filho? Tenho que me depauperar agora, que ainda posso entrar na casta de proprietários de imóveis no RJ!!! É agora ou nunca!!! Jesus me ajude!!

Gente, por favor....

Primeiro: Pense. Se pessoas que ganham acima da média, de classe média alta, não conseguem comprar os imóveis, quem vai comprar? Por quanto tempo? E se todos os milionários do Brasil e do mundo resolveram comprar, vocÊ acha que pode competir? Se um imóvel de dois quartos em Botafogo chegar a três milhões de reais e isso for sustentável, não haverá revisão de valor venal do imóvel? Como vai ficar esse IPTU? Você vai se endividar todo para comprar qualquer imóvel na Zona Sul, a qualquer preço e sofrer grandes limitações em seu orçamento familiar por anos a fio?! Vale a pena? Você vai deixar de viajar com seus filhos? Você vai piorar a educação deles? Tudo isso para pagar o que quer que peçam por imóveis moribundos na Zona Sul ou outro lugar de seu sonho?

Se você vai fazer isso, amigo, vocÊ não é dos meus. Você também não está fazendo o que Benjamin Steinbruch, Safra e Warren Buffet fazem. Quem é sua companhia nesse magnífico investimento? Há que se pensar.

Repetindo um caso concreto já comentado em outro artigo e altamente pertinente, soube de uma pessoa na fila da loja Zara no Rio Sul, cujo cunhado comprou um imóvel caro na Zona Sul, e ainda fez uma obra de um pouco mais de 100 mil reais. Não que o imóvel fosse fantástico, mas comprou caro e o imóvel precisou de uma obra e mesmo na obra eles capricharam. A família não podia passar o fim de semana em Teresópolis!! Palavras da moça. O dinheiro era contado em casa por trÊs anos. Nada podiam fazer de lazer. Fim da história: depois de três anos e muitas brigas, o apartamento ficou lindo, o casamento acabou e eles estavam vendendo o imóvel.
Eu não sei o que faz as pessoas pesarem mal bens materiais e qualidade de vida. Por que não valorizam o dinheiro que ganham? Por que acreditam que são pobres só porque alguém oferece um imóvel em preço estratosférico e depois faz cara de que você não tem dinheiro para comprar? Onde vive seu corretor de imóvel? Porque esses compradores desesperados fazem de tudo para se encaixar num perfil em determinado momento, mesmo que esteja o mercado em alta e seu orçamento fique apertadíssimo? Isso é necessário? Alguém vai ter que começar a dizer não, não compro. Tenho tanto, se quiser, me ligue.

Mencionando outro caso concreto pertinente referente à resposta a comentário de Dr. Vitor Miranda, há pouco tempo vi um apartamento de um quarto na Barão de Ipanema, em Copacabana, sem vaga de garagem pelo qual estão pedindo 450 mil reais. Você paga? Mesmo com vaga, você paga?
Falei com uma corretora há uma semana. Gostei de um apartamento no Humaitá. Dois quartos, somente banheiro de empregada, pois o quarto de empregada foi destruído para transformar um dos quartos em suíte. Play, vaga de garagem, sem piscina, sem sauna, eu acho até que era sem play. Apartamento bom, inteiro, o que é raridade na Zona Sul. R$570 ou 590 mil. Ofereci 420 mil. Antes os corretores riam, dessa vez tentou me convencer do preço. E acabou dizendo que o proprietário tinha comprado um apartamento maior com eles por um preço mais elevado e queria vender rápido o imóvel, por isso tinha dado aquele preço que já estava há 20 dias (como se fosse muito) e que ele ia mudar o preço porque a faixa daquele imóvel é de 700 mil reais.
Perguntei: mas se ele precisa de vender rápido para não pegar empréstimo e não vendeu a esse preço, qual a lógica em aumentar para 700 mil? Facilita a venda? E mais, se ele comprou mal o imóvel dele, o que eu tenho a ver com isso? Eu tenho que validar a besteria que ele fez?

Gente, eu digo: valorize a sua vida. Valorize o seu dinheiro. Tem muita gente dando o imóvel antigo para comprar o imóvel novo!! Aí, o cara pega mais trezentos mil e aceita pagar um imóvel de 700 mil ou 800 mil porque a prestaçao de empréstimo de 300 mil cabe no bolso dele.. mas o preço do imóvel não é 800 mil, é seiscentos. Mas ele não pechinchou, comprou mal e quer vender o dele por preço alto. Isso não é problema seu.

VocÊ tem na sua cabeça, por mais que não acredite, um sininho. Ele sempre sabe quando há pechincha e quando está caro. O mercado dita o preço? Ok. Mas quem é o mercado? Você é um integrante do mercado, sabia? Se você e vários disserem aos corretores o preço do imóvel, mesmo que ele te diga que o preço é outro, você está influenciando o preço, assim como o proprietário e o corretor fazem.

E se não baixarem? Não compre. Para mim não vale a pena me endividar por apartamento que não vale o dinheiro que pago. Eu não sou especulador. Eu quero encontrar um imóvel descente. Eu quero fazer uma simples compra. Eu quero trocar meu dinheiro pelo apartamento de alguém, que equivalha ao preço pago por mim. Entendeu?

E se não for possível no momento? Prefiro ficar sem a dívida. Pago aluguel. E tenho um custo menor pelo mesmo local. Ao invés de prestação mais alta na compra, tenho dispêndio menor agora, vivo no mesmo local e junto a diferença (importante este último detalhe, gente!).

Nenhum corretor sério com quem conversei disse que os imóveis estão com bons preços. Nenhum disse que sabe quando pára de subir. Mas já vi um corretor e uma pessoa, que não precisavam vender imóvel próprio, vendendo e botando o dinheiro no banco, para morar de aluguel e achando que o preço de venda era ótimo. Os dois têm intenção de comprar imóvel de novo.

Quem está certo? Quem está errado? Eu acho errado eu pagar preço alto. Se milionários estão tomando o RJ (rsrrs) sei que não posso competir. Quero garantir dignidade de moradia, viagens, restaurantes, festas e bares com os amigos e uma educação de qualidade para meus filhos. Isso é o mais importante para mim. Mais importante do que a casa própria, a ser comprada seja em que estado for, e a que preço for (se for boa e a preço justo ok). Eu já mostrei questões objetivas para esse movimento de alta. Motivos em que acredito. Fiz minha opção.

Tive um grande amigo que fez uma oferta para um imóvel. 60% do que pediam. Depois de 6 meses, o proprietário aceitou vender pela oferta. Vou seguir esse meu amigo, Benjamin Steinbruch e Safra. Valorizo meu dinheiro e pechincho. O proprietário tem direito de pedir alto? Eu tenho direito de oferecer mais baixo. O apartamento é dele, mas o dinheiro é meu. Ou dinheiro não é patrimônio? Se você não dá valor ao seu dinheiro, amigo, quem dará?

14 comentários:

  1. Mário

    Parabens por suas análises, gostei muito.
    Abaixo segue uma notícia da Veja desta semana informando que os preços no Rio estão superiores a NY.

    "Leblon versus Midtown

    O.k., o real está valorizado e o Rio de Janeiro em alta, mas ainda assim impressiona o resultado de um levantamento inédito feito pela consultoria Cushman & Wakefield. O estudo revela que custa mais alugar um imóvel comercial de alto luxo no Centro e na Zona Sul do Rio do que locar um de nível semelhante na região de Midtown, na Ilha de Manhattan. Nessas duas regiões cariocas, o valor médio do aluguel do metro quadrado é de 92 dólares por mês. Nas regiões de Midrawn e Downtown, o preço médio é de 60 e 38 dólares, respectivamente."


    Aproveito para colocar também um link de uma grande reportagem da Época a respeito da Bolha Imobiliária:
    http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2011/1/31/o-guia-essencial-dos-imoveis

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  2. Mário

    Gostaria de pedir sua opinião a respeito de dois temas:

    1 - Este aumento do Minha Casa Minha vida para R$170 mil. Isto poderá aumentar o valor dos imóveis, em contra partida, fará com que os recursos disponibilizados para os financiamentos terminem mais rápido, antes de 2013 conforme mencionado. Isso pode acelerar o final da Bolha de Preços?
    2 - Me parece que muitos imóveis, atualmente em construção, foram comprados por investidores/especuladores, pois há prédios em que a mesma pessoa comprou vários aptos. Com vários lançamentos sendo entregues (principalmente em Botafogo e Laranjeiras) estes investidores precisarão aportar dinheiro na entrega das chaves e mesmo que o façam, precisam alugar estes imóveis. Você acha que isso pode influênciar o mercado ou estamos falando de um número pouco representativo?

    Grande Abraço, Felipe.

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  3. Excelente artigo que você pinçou, Felipe! Ótimo mesmo. Não posso responder agora. Mas as perguntas são excelentes e as responderei à noite. Assim como comentarei o artigo indicado, talvez até em artigo. Obrigado. Abs

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  4. Felipe, li o artigo indicado por vocÊ na Revista a Época. Uma amiga tinha a revista e me mostrou hoje. Vale a pena comprar a Revista e ver todas as informações. Houve uma tendência a negar a Bolha, sem negar que pode ocorrer. Mas o artigo ficou tão interessante que eu o questionarei em detalhes em artigo próprio. Excelente contribuição tua ao Blog. É o artigo "O Guia Essencial dos Imóveis", da revista Época, edição de 31/01/2011, fls. 48/59. O link que você sugeriu tem o texto, mas o artigo da revista tem mais informações e gráficos. Não concordo com a informação de que não há bolha no mercado de imóveis "ainda", mas com certeza as informações são boas. O vetor informativo é contra a tese de bolha, inclusive com manipulação de gráfico, quando apresenta um em que se vÊ valorização de imóveis em São Paulo à razão de 250% em dez anos, o que dá a impressão de ser valorização normal. Mas sabemos de valorizações de 300% em dois a três anos. No RJ vocÊ encontra de até 400% em três anos. A Irlanda quebrou com valorização de 350% em três anos (há artigo no blog sobre a Irlanda e China).

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  5. (continuando)
    Agora, sobre as suas perguntas:
    1 - Não tenho dados sobre o provável esgotamento de recursos da poupança para o financiamneto de imóveis em 2013, como informado por um especialista no artigo da Revista A Época, cujo link você forneceu. Por lei uma parte da poupança tem que obrigatoriamente ser destinado ao financiamento de casa própria, mas o FGTS também se destina a isso. Há financiamento das próprias construtoras e ainda podem os bancos, se acharem interessante, direcionar valores próprios para este financiamento. A verdade é que se minguar financiamento, os imóveis desvalorizarão, porque a facilidade de crédito é um fator de inflação dos preços de imóveis. Sem facilidade de crédito as compras diminuem. Portanto, a princípio, informação de diminuição de prazos de financiamento, aumento de juros e indisponibilidade de valores para créditos e financiamentos convergem para menos compras e baixa de preços de imóveis. Acho que neste tocante mais importante é a informação de alto endividamento das famílias brasileiras. uem tá endividado tem dificuldade de comprar imóvel por ter menos crédito e capacidade de pagamento. Isso é um dado concreto e já está acontecendo hoje. Para mim, se o governo diminuísse prazos de financeiamneto e exigisse mais capital próprio de bancos nessas operações, ao invés de aumentar Selic, não oneraria a dívida pública e baixaria demanda, aliviando inflação.E para imóveis poderia fazer exigências específicas como o artigo sugere.
    Acho que já está acontecendo, como já li, diminuição de tomada de crédito e isso tende a diminuir pressão sobre imóveis. Este ano podemos ter novidades já de baixa em alguns lugares.
    O programa Minha casa, Minha vida inflaciona sim os imóveis. Por quê? Porque cria alta de compra de terrenos e repercute no preço dos imóveis. Mas o pior é que as construtoras podem usar isso como venda em massa e especular ou ficar mais à vontade de vender com calma os imóveis de áreas mais nobres, aumentando estes. A inflação no preço dos imóveis de baixa renda deve ser monitorado, para que não se financie imóveis que a classe de baixa renda daqui a pouco não possa comprar. O déficit habitacional é de 5 a 7 milhões de casas, mas não dá para fazer tudo em 4 anos.
    2 - Muitas pessoas e empresas estão comprando vários imóveis de uma só vez. Mas acho que isso acontece mais em áreas mais nobres. Não tenho os dados, infelizmente e nem existe um cadastro nacional para controle de compras e vendas de imóveis, o que é um erro crasso de controle do Governo Federal. Se a empresa ou pessoa comprar a longo prazo, mesmo um sobrevalor que pague pode se diluir no longo prazo. Mas se compra para revender, está sim se arriscando. Pois está apostando na revenda a preço maior, mas o limite é o bolso de quem comprará e hoje a média de endividamento das famílias brasileiras é de 60% o orçamento familiar. Vai vender mais caro para quem? Acho que a compra de imóvel "em atacado" pode gerar uma pressão nos valores, mas o problema é que gerou reflexo de manada. Não ésó aumento de renda do brasileiro como dizem no artigo. As pessoas estão comprando por medo de não poderem comprar mais à frente. Medo não é racional. Acho que o que gerou a representtividade maior no movimento de alta foi o movimento de manada, que com certeza e iniciou com fundos estrangeiros imobiliários vindo ao Brasil para fugir de baixas perspectivas do mercado europeu, americano e Japonês, com a crisede 2008, ao mesmo tempo em que viu uma estagnação nos preços de imóveis no Brasil e oportunidade de retorno. Mas virou movimento especulativo de alta rotação.

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  6. post script: Quando digo que o FGTS também se destina a financiamento de casa própria, quero dizer que também pode ser usado para aquisição de casa própria. O FAT também pode ser usado. Há várias fontes de financiamento. Noa só a poupança, que a principal.

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  7. Obrigado pela resposta Mário.
    Continuarei em busca de informações.

    Abraços, Felipe.

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  8. Blz. Qualquer novidade, fique à vontade em compartilhar conosco. Esse canal é nosso. abs

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  9. Felipe, lembrei de uma coisa. Você passou essa informação sobre Leblon x Midtown que foi fantástica. E vou te retribuir com essa de que você vai gostar. Tenho um amigaço. Ele trabalhou cinco anos no exterior, conheceu e se casou com uma holandesa, que agora é minha grande amiga também. Os dois tentaram vir trabalhar e morar no RJ. Qual não foi a surpresa de ambos em constatar que trabalhar e morar na Holanda sairia muito melhor: remuneração média melhor e custo de vida mais barato. Estão morando em Amsterdan, em área nobre, com aluguel mais barato, saúde pública de qualidade e salários maiores do que aqui. Se tiverem filhos lá, a educação pública é de qualidade e se os filhos ingressarem na faculdade recebem uma bolsa do governo para despesas. O fato é: a renda lá é maior e o custo com imóveis menor, mesmo considerando áreas nobres.
    O teu exemplo de Midtown e o meu da Holanda não te soam que algo está esquisito?

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  10. Vou só acrescentar que a Holanda foi um dos países europeus menos afetados com a crise e tem se não a menor, uma das menores taxas de desemprego da Europa e do mundo. Antes da crise chegou a ser de 3,5%, se não me engano.

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  11. SObre a Holanda, vejam: http://www.ionline.pt/interior/index.php?p=news-print&idNota=37779

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  12. http://glo.bo/heKJnE

    Neste link o Sr Eduardo Zylberstajn atesta que não há bolha... O quanto ele é confiável?

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  13. Eu peguei essa citação:

    "A estabilidade macroeconomica e a expansão muito grande do crédito imobiliário são fatores que contribuem pra uma demanda real que existe e que está aí, então se estivermos vivendo uma bolha, a gente está muito no começo, não dá pra afirmar com certeza que hoje temos uma bolha", declarou Eduardo Zylberstajn, coordenador do índice Fipe/Zap.

    Do seguinte link: http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:GfDVaoEjsxgJ:www.sindiq.com.br/fortaleza%2Bce/eduardo%2Bzylberstajn/%3Ftb%3D1+Eduardo+Zylberstajn&cd=5&hl=pt-BR&ct=clnk&gl=br&source=www.google.com.br

    Eu acho o seguinte: há demanda de entre 5 e 7 milhões de casas no Brasil (quantas são para pobre?). Esse é o déficit habitacional. Só que as pessoas têm limite de renda. Simples assim. Não vi informações sobre a análise de limite de crédito e renda dos brasileiros. Ele ajudou na construção de um índice econômico de imóveis. Portanto, não vi informação que o capacitasse a falar sobre bolha, sinceramente.
    Saber o quanto subiu um imóvel, quanto há de demanda e quanto há de PIB e renda per capita não capacita ninguém a avaliar normalidade de aumento (em até 300%, ao contrário do tal índice) de imóveis em grandes centros brasileiros (o índice construído dá alterações de aumento menores do que eu vejo).
    Quem quiser ver se há bolha ou não tem que ver movimentação de fluxo de capitais estrangeiros (quem compra?), nível de endividamento familiar brsileiro (hj em 60% segundo notícia recente no Globo), regras de empréstimo vigentes no país (por mais que exista crédito, você só pode comprometer 30% da sua renda, no Brasil). També deveria ser analisado o fluxo de capitais nacionais para a área (fundos imobiliários de investimentos). Como você vê, não há esses controles informativos ou esses dados não são passados a nós e muito menos o Sr. Eduardo estudo isso.
    Ao que eu vi, Eduardo Zylberstajn deu uma opinião pessoal, sem fundamento qualitativo divulgado a nós que subsidie a opinião.
    Agora, dizendo que se houvesse bolha estaria bem no início, acho que ele deu uma "saída pela direita".

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  14. Dr Vitor Miranda, vi o seu link. A citaçao é a mesma. Minha opinião é a acima.
    Há um gande problema quando as pessoas não dão valor ao dinheiro e somente dão valor a um determinado bem, hoje, o imóvel. É psicológico também. 2,5 mil reais ao mês remunerados a um por cento ao mÊs, por 13 anos, dá mais de um milhão de reais. É só fazer a conta. Dinheiro, ainda mais real, moeda valorizada e com perspectiva de futuro, é patrimônio.

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