Senhores e senhoras, nesse momento de grave repercussão sobre o excesso de um dos integrantes dos Black Blocks que culminou com a reprovável, desnecessária e tosca morte de um jornalista, devemos fazer umas considerações.
Primeiro: o rapaz foi ali com intenção de matar? A Justiça vai dizer. O ato foi planejado pelos Black Blocks com o interesse de matar pessoas? Vamos ver. Os Black Blocks pregam o terrorismo, a revolução, a tomada do poder ou coisas do gênero que atentem contra a democracia e o Estado brasileiro? E quem financia os Black Blocks? E uma última: merecem defesa os integrantes dos Black Blocks?
Crime é crime. Quem praticar crime, seja black block, seja alto político do PT ou do PSDB ou do DEM, deverá pagar pelo crime. Ser processado. Ser condenado e preso. Temos de tentar ser frios em momentos graves.
Então vejam. A mídia está atacando a todo vapor Marcelo Freixo por dar assistência jurídica a este grupo que é amorfo, heterogêneo, aparantemente espontâneo e sem líderança política de que se tenha notícia.
O retrospecto da atuação dos Black Blocks não inspirava qualquer maior temor pela sociedade. Eles apareceram defendendo professores municipais e do Estado da truculência policial, quando pacificamente os professores faziam passeata por melhores salários de forma totalmente legítima.
Agora, durante essas passeatas bandidos infiltraram-se praticando crimes. Também foram flagrados policiais, agentes especiais (P-2), tacando molotov do meio das crianças em direção à polícia no Palácio Guanabara, para desacreditar a legitimidade do movimento e fortalecer o governo para desconstituir esses movimentos sociais. Isso acabou com a imagem de Cabral no RJ.
Então, esse movimento recente, sem liderança, ser assediados e apoiados por políticos era algo normal.
Agora, neste momento em que há um excesso que culmina em morte de um jornalista, seja do Globo, da Bandeirantes, da Carta Capital, há que se adequar comportamentos aos fatos atuais. Marcelo Freixo divulgou vídeo em que condena a violência. A mídia chamou de dúbio. Mas não nos pareceu dúbio. O movimento ainda é legítimo, até que provem que se encontram e combinam assassinatos, roubos, depredação pública e depredação de bens privados. Mas quem cometeu crime deve pagar pelo crime cometido. Ponto. Nada mais, nada menos do que isso.
A morte do jornalista foi um mduro golpe contra o movimento. Foi um cheque que agora passaram em branco para o endurecimento de medidas contra manifestações sociais. Foi uma burrice. Foi acidental? Não sei. Só sei que a teor dos fatos estão atacando o único político do Rio de Janeiro que tem disposição para se contrapor a interesses privados que se sobreponham ao interesse público. nôa o único, mas um dos únicos. Isso também é errado.
Então, nesse momento, pedimos serenidade. Serenidade dos manifestantes. Serenidade da Polícia. Serenidade da mídia. Sereneidade dos políticos. Serenidade dos governos.
Não há qualquer desculpa para a morte do jornalista. Nenhuma manifestação social deve resultar em morte. Não há motivo suficiente para uma convulsão social dessa natureza no Brasil de hoje. As "Diretas Já" foi manifestação pacífica. Não foi necessário morte de manifestantes, jornalistas ou policiais. Então movimentos que exigem mais transportes, mais saúde e mais educação não podem gerar mortes. Isso é simples.
Quem lança rojão, cabeça de nego em cima de alguém, principalmente civil, mas também militar, está admitindo o risco de ferir, e, portanto, provado quem fez o ato de lançamento de artefato explosivo ou cortante ou contundente, deverá responder por tal ato. Mas generalizar isso para todo o grupo, chamar de terrorista, sem prova de doutrinação, sem prova de organização, sem prova de existênia de hierariquia.. me parece histeria. Histeria de nenhum lado é interessante.
Que se puna o criminoso, mas que se garanta meios de manifestações sociais ocorrerem em paz, com grantia de integridade física de seus integrantes, e de todos os policiais, jornalistas e quem mais esteja em meio ao ambiente em que se executa a manifestação social. Manifestação, sim; liberdade de expressão e manifestação, sim; histeria social, midiática e assassinato, não, por favor.
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