Senhoras e senhores, já estava para escrever esse artigo há um mês, para tentar fazer contraponto, como sempre viemos fazendo, ao prenúncio midiático e de mercado sobre o caos na economia, que não nos parece grande realidade. Explicamos. E consideraremos a influência política na expectativa de mercado, além de fazermos algumas considerações sobre possíveis quadros no caso de eleição de Dilma ou de Aécio.
Primeiramente, há caos? Não. Há falta de crescimento econômico? Sim. São duas coisas distintas. A inflação continua sob controle, com previsão de fechar o ano dentro da meta superior de inflação, ou seja, abaixo de 6,5%. E quais as causas da baixa taxa de investimento e do pequeno crescimento? Por mais que se queira dizer que é o governo, não é verdade.
A economia brasileira, que hoje cresce menos do que a de Portugal (prevista para crescer 2,8% esse ano contra 0,3% de crescimento do Brasil), cresce em cima de aumentos sucessivos do PIB em todos os anos de crise econômica (2008 até hoje). O crescimento da Europa, EUA ocorre após perdas de crescimento, em vários casos recessão e aumento grave de desemprego. Muito diferente. Portugal perdeu quase 15% do PIB antes de apresentar esse crescimetno agora.. queremos copiar? Não.
E por que a economia do Brasil cresce pouco? Esgotou a política de expansão de crédito? Sim, está limitada em função do endividamento das famílias brasielrias que estão pagando carros e casas. Então, realmente, sobra menos dinheiro para a economia e as indústrias têm de diminuir atividade. A não ser que pudessem vender para o exterior. Podem? Não. Europa, EUA, China, Índia e todo o mundo cresce menos ou está em recessão e têm altas taxas de desemprego. Esse é o fator externo ruim.
Assim, as indústrias vão produzir para quem? Difícil. Então, é melhor botar o dinheiro que criaria mais fábricas e empregos em títulos da dívida do tesouro brasileiro, que pagam os maiores juros líquidos da face da Terra. E é por isso que temos hoje baixa taxa de investimento, pois não se justifica investir se não há para quem vender e se é possível obter grande retorno financeiro com juros da dívida do Brasil, país com finanças em ordem, a despeito de publicaçãoes ao contrário.
Bem, esclarecidas as questões de baixo crescimento e baixa taxa de investimento. Como resolver? Estimulando o investimento. Como? Principalmente apresentando obras de infraestrutura para crescer a logística do Brasil, diminuir custo Brasil e atrair capital dos mercados financeiros para obras e investimentos. Isso já está sendo feito com as licitações de blocos de petróleo, concessões de aeroportos, rodovias, ferrovias, hidrovias, construção de hidrelétricas, metrôs, parques eólicos etc.. E por isso o IED (investimento estrangeiro direto) no Brasil continuará em torno de 60 bilhões de dólares esse ano, um dos maiores no mundo.
Mas e o déficit fiscal? Realmente houve diminuição de superávit fiscal. Por quê? Porque o governo está sacrificando superávit para tentar, via BNDES e Caixa Econômica Federal, financiar compras de casas e carros e manter investimentos e capital disponível para investimentos nas empresas. Isso ainda é atividade anti-cíclica contra o problema de baixo crescimento mundial. Dessa forma o governo tenta manter crescimento econômcio e geração de empregos. Essa política e seus efeitos positivos realmente estão no limite de sua eficácia por conta do endividamento da família brasileira e do fraco mercado internacional, mas o deslanchar das obras públicas e concessões e licitações pode gerar novo fluxo positivo de investimento que faça com que, vindo o dinheiro privado para a economia, o Estado possa voltar a economizar e passar a aumentar o superávit primário.
Entendido o déficit fiscal, e o déficit da balança comercial? Com a crise as multinacionais passaram a remeter lucros de forma mais acentuada e investir menos. Daí, temos um déficit. ms o pior foi a conta petróleo. É claro que o crescimento baixo no mundo também prejudicou o preço de commodities e a soja, minério de ferro e petróleo caíram de preço, prejudicando nossa balnaça. Argentina está mal e nossos manufaturados também não estão sendo exportados a contento esse ano. Por pararem nove plataformas de petróleo para manutenção no ano de 2013, o prejuízo nas contas de petróleo ficaram grandes, em torno de 20 bilhões de dólares. Bem, a questão das multinacionais continuará, pois a crise externa continua, com crescimento pífio na Europa e um pouco melhor nos EUA. Mas As nove plataformas já estão em atividade desde novembro/dezembro de 2013, além de que as quatro refinarias estão sendo construídas e a Refinaria Abreu Lima já está produzindo óleo diesel experimentalmente, a estabelecer a produção em novemrbo de 2014. A última informação foi publicada hoje no Jornal O Globo on Line, de que isso já diminuirá o déficti comercial brasileiro e gerará pequeno superávit já em 2104.
Acesse: http://oglobo.globo.com/economia/petroleo-e-energia/petroleo-pode-evitar-primeiro-deficit-da-balanca-comercial-em-14-anos-14331028
Então, Déficit Comercial está, portanto, dismistificado e aparentemente solucinado a médio prazo, pois a produção de petróleo só vai aumentar, além da produção de derivados, o que fará nossa exportação de petróleo explodir e a importação minguar. O lado ruim é que essa conta ficará tão boa, ao que tudo indica, que pode fazer com que o condutor da economia fique leniente com os outros itens da balança comercial (commodities e manufaturados). Isso é que não pode ocorrer. Ficaremos atentos.
Então está claro que não há caos. Há fatos econômicos razoáveis e que condicionam atos de governo que devem girar a economia para manter empregos e todo o gigantesco mercado consumidor que foi criado com a diminuição da pobreza no Brasil.
Quanto a imóveis. Os preços estão com pequena queda e mais estabilizados. Uma queda de preço maior pressupõe um cresciimento externo maiorpara atrair capitais para a produção interna e externa, retirando valores de investimentos defensicvos como dólar, ouro e imóveis. Até lá, é possível imaginar uma resistência de preços, mas a tendência de correção está apresentada, pois os estoques de imóveis residenciais não caem, o que pressiona o caixa das empresas de construção. A saída, será, em algum momento, baixar preços para diminuir estoques. Senão, ficará difícil lançar e vender novos empreendimentos. Mas a salvação das construtoras é também o fato de que o déficit habitacional no Brasil ainda legitima o "Programa Minha Casa, Minha Vida" e o financiamento dessas construções continua farto. Isso também impede uma correção mais forte em menor tempo.
Então senhores, agora que as questões internas e externas foram tratadas, e como fica a economia se Aécio entrar ou se Dilma entrar?
Observem, a economia do Brasil não muda se um ou outro entrar. Mudam algumas perspectivas por conta de estilo de gerenciar a economia. Quem entrar, para nós, terá aparentemente muita sorte. Por quê? POrque há previsão de grande aumento de superávit comercial por conta do petróleo, mas quem entrar poderá dizer que foi porque é um gênio. Também há previsão de que em três anos a crise financeira mundial estará praticamente zerada, então, antes do fim do próximo mandato é possível ver a retomada do crescimento mundial e o aumento de valores de commodities e o aumento de sua exportação, mais uma vez trazendo riqueza para o Brasil. Isso gerará crescimento econômico, aumento de bolsa de valores, mais emprego. E quem estiver na Presidência dirá que tudo ocorreu porque ele conduziu o País. Então, quem entrar estará muito bem obrigado. Só que terá de passar por 2015, ano de algumas correções de preços administrados, preço de petróleo, e preços de energia elétrica, com repercussões em um aumento de custo de vida, pressão inflacionária e incômodo da população.
Aí a grande diferença entre entrar Dilma e Aécio. 2015, principalmente. E depois o estilo de Estado.
Dilma tentará manter o combate à inflação sem prejuízo ao emprego e crescimento, o que leva a pressionar o roçamento, apesar de a relação dívida/pib ter se mantido decrescente em todos esses anos. Aécio já disse que focará mais no centro da meta de inflação, o que sugere aumento de juros, diminuição de investimentos em servidores públicos e diminuição de gastos públicos e assunção de um risco de recessão e desemprego. O remédio de Aécio pode ser mais penalizador, masi semelhante ao tomado pelos europeus, mas os juros básicos poderão em seguida, descer mais rápido do que desceriam com a Dilma.
Para o Blog a grande vantagem de Aécio é a parência de alinhamento com o mercado internacional, o que se parece menos soberano, pode dar uma confiança em investimento maior e, quiçá, gerar um ciclo de aperto monetário mais curto. Com baixa de juros haverá naturalmente auemnto de taxa de investimento.
Entretanto as condições da econmia mundial e do Brasil em especial demonstram que o crescimento virá, no matter what. E assim, a solução de DIlma é menos amarga para o desemprego, com grandes chances de continuarem investimentos em serviços públicos de educação e saúde, com viés mais de esquerda, podendo imaginarmos, desde que ela não compactue com a leniência contra a corrupção e pare de efetuar atos contrários a princípios democráticos e republicanos, um Brasil com aproximação de uma rede de bem-estar social que esteja no rumo de se aproximar do que europeus têm.
Economicamente, o Blog apoiaria a opção por Dilma. Politicamente, em função dos graves desmandos democráticos e perda de uma imagem de duro com a corrupção, o Blog apóia e vota em Aécio, para dar o recado de que o Brasil não compactua com ineficência burocrática, corrupçãoe atos anti-democráticos e anti-republicanos.
Fique bem informado. Fique conosco. Sua vida não será tão excitante quanto lendo os jornais da grande mídia, pois será mais previsível, mas não podemos fazer nada se esta verdade que compartilhamos é a que nos parece a mais clara e real, sob uma perspectiva do cidadão e de empresas. Somos contra a leitura da realidade através da elnte de bancos e do centro financeiro interncaional, pois a leitura deles não é a da realidade dos fatos, mas a de uma manipulação da realidade para bnenefícios somente dos mercados, ás custas da qualidade de vida das pessoas.
É isso.
p.s.: Texto revisado e ampliado.
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