quinta-feira, 17 de julho de 2014

Ranking dos maiores e importantes juros reais em julho/2014, segundo lista publicada no O Globo e comentário sobre nossos juros reais exorbitantes

Finalmente uma publicação do Jornal O Globo exclusivamente dizendo que não há porque continuar o juros real atual brasileiro porque isso atravanca o crescimento econômico.

Veja a lista apresentada sobre os juros reais no mundo em julho/2014:

Ranking dos juros reais em julho
(Considera a projeção da inflação para os próximos 12 meses)

Brasil 4,21%
China 3,41%
Índia 2,27%
Rússia 1,51%
Hungria 1,39%
Indonésia 1,22%
Polônia 1,08%
Colômbia 1,07%
Taiwan 0,87%
Turquia 0,79%
Grécia 0,55%
Bélgica 0,30%
Coreia do Sul 0,20%
Suécia 0,15%
Filipinas 0,10%
Malásia 0,05%
Suíça -0,10%
Chile -0,14%
Espanha -0,15%


Veja o artigo orignal e a fonte desses dados em  http://oglobo.globo.com/economia/mesmo-com-manutencao-da-selic-juro-real-do-brasil-o-mais-alto-do-mundo-13287875#ixzz37lKbZMJo

O interessante é ver que Estados em situação econômica muito, mas muito, muito pior do que o Brasil, pagam juros reais muito menores. Isso é estarrecedor.

Veja, se o juros que se paga é para compensar o risco da economia, como o Brasil pode pagar mais do que Grécia, Espanha e Hungria?

É claro que não é só isso.. claro. Os juros básicos também servem para controlar inflação, a qual se não existe ou está despressionada, não exige juros básicos altos para contê-la. Pode ser isso que ocorre no caso. Como o desemprego nessas regiões é gigantesco e há recessão econômica, não há inflação e os juros podem ser baixos, em relação ao Brasil. Como no Brasil há crescimetno econômcio e giro econômico com inflação, precisa de juros básicos maiores..

Mas mesmo assim... juros maiores é diferente de juros reais maiores... se há deflação na Grécia, por exemplo, de 0,5%, um juros de 1,05% garante um juro real de 0,55%. E no Brasil, se a inflação está atualmente na média de 5,5%, então, juros básicos em 6,05% seriam suficientes para remunerar nosso título em relação ao título grego. Vê? E com menos risco para o investidor, pois nossa economia vai muito bem, obrigado. ainda mais em relação à Grécia!!! Mas não.. pagamos 11% de juros básicos e 4,21% de juros reais.

Observe, é claro que pelo menos o dinheiro pros nossos títulos são obtidos livremente em mercado e os títulos dos gregos e espanhóis estão muito mais na conta da troika do que do mercado livre, mas mesmo assim... à toda a evidência, pagamos juros absurdos em face do tamanho, capilaridade, dinamismo e força de nossa economia.

E com essa sugação de valores públicos, justificado como custo do "Risco Brasil" (só rindo), temos esfriamento absurdo da economia, menos geração de empregos e aumento de dívida pública sem justificativa real proporcional a esse custo para país.

É claro que esse artigo publicado hoje no Jornal O Globo On line, acima mencionado, fica perdido em meio a um mar de artigos no sentido de justificar juros altos no Brasil e ainda pedir mais, que é a tônica da grande mídia, na defesa dos interesses exclusivos de bancos e do partido de oposição ao governo, ao invés de pubblicar a realidade dos fatos, o que seira muito melhor para o bem do País.

Esperamos mais publicações da grande mídia no sentido da verdade, como ocorreu neste momento.

p.s.: E observe, meu caro leitor, se a Grécia e Espanha, países semi-falidos, estando sob gerência da troika (Fundo Europeu, Banco Europeu e FMI), com riscos sistêmicos gigantes, estão tendo a exigência de custo de 0,55% e 0,15% de juros reais para suas dívidas e financiamento de suas dívidas.. porque o Brasil, sem nenhum deses problemas, deve pagar 4,5% de juros reais?!?!?! Algo vai errado, não? E se a resposta é que eles estão submetidos a regime de austeridade profunda, com reflexos em altas taxas de desemprego, bom... então, gostaria de saber qual a opinião de gregos ou espanhóis: melhor pagar mais juros e ter mais inflação e empregos ou melhor pagar menos juros e ter menos emprego e inflação, neste momento? De qualquer forma, há que se pensar.. pois há incongruência nesses números.. Brasil nunca poderia estar como o maior juros reais do mundo.

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