sábado, 14 de dezembro de 2013

Análise Econômica Interna e Externa dezembro de 2013 - Desencontro entre a realidade e publicação midiática

Senhoras e Senhores, devo denunciar uma campanha intensa e criativa da mídia para tentar incutir um clima às perspectivas sociais sobre a economia brasileira. Com muito custo e muita leitura de vários veículos de informação, além de análise crítica de artigos conflitantes da própria grande mídia, é que é possível saber-se o quadro real da economia, pois a grande mídia, o maior veículo de informação nacional, não tem qualquer compromisso com a sua informação neste momento.

A grande mídia está umbilicalmente ligada à oposição neste momento (PSDB e classe financeira) e não tem qualquer ou mínimo pudor em fazer todas as distorções ou abordagens pessimistas possíveis. Mas como suas publicações tem esse viés mentiroso e pessimista contra a realidade, acaba gerando publicações obrigatórias como a do Jornal O Globo de hoje, 14/12/2013, pg. 35, por exemplo, em que há artigo intitulado "Economia cresce acima do esperado em outubro" e, mais, "FGV prevê desempenho modesto do PIB em 2014 - Indicador antecedente sinaliza recuperação moderada da atividade".

Por mais que a grande mídia diga que a economia está um caos... rsrsrsr, o leitor da grande mídia terá de se acostumar às várias "surpresas positivas" que virão para a economia daqui para frente.. rsrsrs. Mas você, leitor do Blog Perspectiva Crítica, não será "surpreendido".. continuará sendo informado corretamente, podendo acompanhar um desenrolar natural dos fatos econômicos como eles realmente são e se apresentam em sociedade. Fico chateado de não poder provocar a mesma emoção em você que o leitor exclusivo da grande mídia vive.. mas quero que você tenha emoções com outras coisas e que sejam prazerosas para você.. os "choques informativos" e "revoltas contra o governo" criados artificialmente (muitas vezes) pela grande mídia em seu leitor, nós dispensamos de te provocar.

Assim, o que foi publicado hoje, também como Opinião Editorial, na página 37, dizendo que "o ministro Guido Mantega surpreende analistas ao explicar a anemia econômica brasileira pela crise internacional - embora EUA e Europa já se recuperem - e devido à falta de crédito ao consumo - quando o que escasseiam são os investimentos (...)" demonstram a determinação da grande mídia em sofismar; pois a verdade é que o crescimento médio da Europa, dos maiores países da Europa e, ao que parece, dos EUA será, esse ano de 2013, menor do que o crescimento do Brasil.

E o investimento? Este ano estaremos de novo em terceiro ou quarto lugar em destino de investimento estrangeiro direto em todo o mundo.. não é dentre a OCDE ou Brics ou emergentes.. é em todo o mundo!! Só EUA, China e, talvez Inglaterra ficarão à nossa frente em receber investimento estrangeiro. Então como não há investimento?!?! E as concessões mais caras da história do Brasil?!? Foi nesse último governo!! Isso fará verter rios de dinheiro em investimento!! Pré-sal, Campo de Libra, concessões bilionárias de rodovias, de aeroportos... as publicações da grande mídia são risíveis.

Se eu for me estender sobre a quantidade de mentira publicada nos últimos meses sobre tendências fiscais e econômicas, investimentos e etc.. eu ficarei horas digitando. Então, como se trata de um artigo de Blog, vou direto ao assunto.

Quanto a investimentos, estes estão voltando. Falo dos internos, pois o investimento estrangeiro direto sempre esteve bem nos últimos anos, e nós estamos no topo mundial desses destinos há anos!! A despeito de um ano difícil, o setor de comércio disse que o ano de 2013 foi melhor do que o de 2012 e que esperam um 2014 no mesmo nível ou pouco melhor. Vejam as informações sobre aumento de vendas para o Natal, inclusive em comparação com o natal passado. O setor de shopping estima aumento de vendas em 8%, mesmo aumento de vendas obtido em 2012. Assim, o consumo está constante em patamar que não se pode dizer que seja baixo.

A inflação? Dentro da meta. Um grande amigo meu, Renardo, empresário, inclusive me perguntou ontem mesmo "Mário, o que você acha de a Presidente dizer que a inflação está na meta?". Minha resposta é a que publico a vocês. Nos EUA Obama procurou substituto a Presidente do FED alguém que compusesse "inflação, crescimento econômico e geração de emprego". Por que aqui o Banco Central tem que focar só em inflação? Para mim, meta é estar dentro da faixa inflacionária deteminada pelo CMN, ou seja, 4,5% mais ou menos dois pontos percentuais.Agora, qual o índice que melhor compõe inflação baixa, geração de emprego e crescimento econômico? Está parecendo, no momento, o índice de 5,7%. Então, a Presidente está na meta de inflação e eu concordo com isso pois não quero que se persiga o centro da meta a qualquer custo.

E veja, vende-se a imagem de que o Banco Central é "Deus da inflação". Só que o imbecil (desculpem mas é este o termo) do Tombini, aumentou de 7,5% os juros para 10% ao ano, aumentando a dívida pública par obter quanto de queda da inflação?!?! De 2012 (IPCA de 5,84%) para 2013 (IPCA de 5,77%, ao que tudo indica), ele conseguiu 0,07%!!! Que ótimo, Tombini!!! Idiota! O baixo benefício em função do custo que os juros causou foi constatado também, se não me engano, pelo Antonio Machado do Jornal do Commercio, recentemente.

É importante que vocês vejam que a inflação não desce somente porque o Banco Central aumentou juros nas alturas, pois o maior poder do Bacen é sobre inflação de consumo, de demanda e não de oferta. Houve um movimento que recentemente foi notado por analista econômicos de que houve uma "bolha de consumo" com o aumento de renda e que empresas de todos os setores cobram valores astronômicos por seus produtos, criando inflação. O Antonio Machado já escreveu sobre isso. Exemplo clássico é o do PS4 que custa 500 dólares nos EUA e 4 mil reais no Brasil. Isso não é carga tributária, mas gera inflação. Está na demanda e em tese o Bacen poderia coibir, mas tem um componente psicológico aí de realização pessoal na compra desse produto e a lei de mercado não funciona.

Por outro lado, outros setores não desinflacionam... o bancário, por exemplo. Só baixou juros por causa do Banco do Brasil e da CEF!! Fico triste de constatar que talvez devêssemos abrir mais esse setor para estrangeiros para forçar competição e baixar os juros cobrados do consumidor e cliente de banco, assim como taxas bancárias absurdas. E principalmente abrir o mercado bancário para o financiamento de obras de infra-estrutura, já que nossos bancos, apesar de iniciarem esse movimento por indução do governo, são tímidos nesse setor.

Isso teria o condão de baixar índice de inflação e não somente juros altos de BACEN. Então o que Tombini fez foi burrice e como viu que não gera a baixa que se pretendia, agora vai baixar a mão... tarde... mas vai parar de aumentar.. Errou feio!!!

(continuando..)

Continuando a falar de inflação, se não se entender que o controle do processo inflacionário é um PROCESSO, e se não se buscar a verdade sobre as pressões e publicar isso, fica difícil de se entender o que realmente ocorre.

Você sabe como está a inflação? Veja a tabela do IPCA diretamente no site do IBGE. Baixe a tabela em formato zip em http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultseriesHist.shtm

O que ele te diz? Que o IPCA mensal (ou seja real e efetivo) caiu direto de janeiro a julho, com repique somente em abril. E que a partir de julho, com IPCA em 0,03% (uauuu que inflação... rsrsrs), o índice, apesar de aumentos de taxas de juros desde maio de 2013 (desnecessários, inclusive, como vimos), passou a subir para 0,24 (ago), 0,35 (set), 0,57 (out), retrocedendo em novembro com 0,54%. Por que? houve aumento de inflação em período em que houve massacre e aumento de juros?!? Entressafra, aumento de câmbio por incertezas com os EUA e sua política monetária (e fiscal - dúvidas sobre aumento de limite de teto da dívida) e o segundo semestre normalmente é mais forte em vendas e consumo por causa de festas.

Isso é descontrole? Não. Isso é vida. E adianta aumentar juros selic para impedir isso? Não. Observe que a inflação (IPCA) do segundo semestre dos anos de 2012, 2011 e 2010 também tiveram esta dinâmica em que a inflação vai caindo durante o primeiro semestre e depois ganha um fôlego no segundo semestre. Veja você os indíces do IPCA para estes anos no endereço eletrônico do IBGE apontado acima.

Agora, veja, como se comportou nesse segundo semestre o índice do IPCA acumulado dos últimos 12 meses? Sim, o mesmo que durante todo o primeiro semestre foi alardeado pela mídia como ótimo índice para se ver inflação e que acabou influenciando o imbecil do Tombini para fazer o que fez a partir de maio? Bem, apesar de a grande mídia não publicar mais, pois prefere o índice mensal que sobe no segundo semestre.. os valores de julho a novembro para o IPCA dos doze meses acumulados são: 6,27 (jul), 6,09 (ago), 5,86 (set), 5,84 (out) e 5,77 (nov), com previsão de fechamento do ano de 2013 com 5,70, abaixo (ooohhhh novidade....) da previsão de mercado no início do ano de 2013 e que já chegou a ser de 5,95%.

Então isso demonstra descontrole da inflação? Não. E qual é o acumulado de janeiro (IPCA de 0,86%) a novembro de 2013, passando pelo índice de 0,03% de julho? Um total de 4,95%. Isso dá uma folga de 1,55% de inflação para dezembro não estourar a meta cheia de inflação... folgado. Isso é descontrole da inflação? Não. Precisava de Selic nas alturas? Não. Mas empregos deixaram de ser gerados (a média de criação mensal de empregos baixou bastante.. já foi de 300 mil no pico do governo petista e hoje é de 90 mil), o crescimento será menor do que poderia ser e.., bem.. os banqueiros ficaram super felizes.. rsrsrs

E o crescimento? Sim, a turma da grande mídia faz o que pode pra prejudicar.. não há dúvida.. principalmente satisfazendo sua psicose de aumento de juros Selic (psicose nada.. sabem bem o que fazem..), mas a despeito de alardearem também o fim do mundo nessa área, a verdade é que cresceremos entre 2,35% e 2,6%!!! E disseram que não chegaria a 2%... mausinhos.. os EUA, segundo analistas americanos, deve crescer 2% (http://g1.globo.com/economia/noticia/2013/11/fed-pode-ter-que-aceitar-que-pib-dos-eua-ja-nao-cresce-como-antes.html); menos do que o Brasil. A França deve crescer 1,1% (li em algum lugar mas não obtive confirmação atual e melhor, mas a previsão no início de 2013 era de que o PIB francês evoluiria somente 0,01% e houve boa melhora dos fatos neste fim de ano) e a Alemanha, 0,5 a 0,7% (http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-geral,ue-eleva-previsao-para-pib-da-alemanha-em-2013,169330,0.htm); ambos com crescimento menor do que o do Brasil em 2013.

Flávia de Oliveira, ótima jornalista do Jornal O Globo, publicou recentemente que a comparação de crescimento dos trimestres de 2013 em relação a 2012 e parece que de 2012 em relação a 2011, mostram constante crescimento. Isso bate com a informação de que o crescimento em outubro "surpreendeu"... e parece que vamos ter de nos preparar para mais notícias de crescimento por todo 2014, até porque haverá investimentos de concessões, de produção de petróleo e da própria extração imediata advinda de nove plataformas de petróleo da Petrobrás que estavam paradas para manutenção (duas novas foram construídas).

Então, como estamos mal? E o nível de desemprego nos EUA, França e Alemanha são piores do que o do Brasil... não vou nem falar de Espanha e outros países europeus.. vamos ficar com as economias mais fortes de lá.

Eu quero que você observe que a aura de desastre econômico e descontrole econômico no Brasil é uma farsa midiática. Simples assim.

E o descontrole fiscal. Sob nossa análise, a questão fiscal está clara: o governo sacrificou superávit fiscal para estimular crescimento econômico e geração de emprego. Em período de crise, em que a Europa e EUA estão com claros problemas de crescimento e geração de empregos, me parece que a escolha do governo foi responsável e o BLOG PERSPECTIVA CRÍTICA apóia esta opção.

Então, não entregar o superávit primário de 3,1% ou mesmo de 2,3%, vindo a talvez entregar 1,8% (Delfim Neto disse que 2% é suficiente para manter declinante a relação dívida/Pib - artigo "A busca do equilíbrio", pg. 56 da Carta Capital, edição de 27/11/2013) nos parece que foi um resultado que se impôs este ano de 2013 para manter emprego e crescimento. Então é justificado.

Uma análise séria da não entrega do superávit primário passa ao largo das acusações de incompetência publicadas diuturnamente na grande mídia. Observe-se que a União parece que economizou a sua parte, mas Municípios e Estados, não. Devemos imputar isso ao governo da União? Eu acho que não. E também devemos ver que parte do superávit não entregue constituiu-se de mais de 58 bilhões de reais em isenção tributária e previdenciária... medidas aplaudidas vigorosamente quando tomadas no início do ano, pela mídia... rsrsrs

Ou seja, vemos a relutante esquizofrenia midiática atuando nessas palmas no início do ano para adoção de isenções e, depois de não ponderá-la como concausa da não entrega do superávit primário cheio, sair apedrejando esse resultado, que se nos afigura compreensível...

Mas temos superávit fiscal de 1,8%, como previsto até agora.. Mantega disse que entregará mais. É superávit, enquanto França, Alemanha e EUA têm déficit... Estamos mal? Por esse prisma fiscal, novamente não.

Mas e o gasto público?!?! Ohhh!!!! Esse ano será nominalmente mairo do que o ano passado!! E agora, Jesus?!?!

Senhores, qualquer empresa tem aumento nominal  de encargos de pessoal anualmente, a não ser que demita ou que não tenha plano de cargos e salários ou não pague os díssídios coletivos anuais, fora correção da da inflação dos salários de seus empregados. A questão é se a empresa cresce para fazer face a esse aumento. E a arrecadação e o PIB brasileiro cresceram bem esses onze anos. E o brasileiro precisa de serviços públicos de segurança, saúde, educação e Justiça... então, é isso se se quiser um Estado eficiente.

Na França em 2002, em uma reforma do Estado Francês, foram fechadas 200 (duzentas -*ver p.s.3) Varas Judiciárias. Por quê? Porque não havia processo nessas varas!! Isso significa que em algum momento eles admitiram ter mais estrutura pública (Varas, Juízes e servidores) do que demanda. E isso gerou o fim de vários processos e a desnecessidade de estrutura. Os servidores não serão demitidos, nem foram, claro, mas podem ser remanejados para onde mais se precise de seus serviços, além de que se pode parar de fazer concurso público para o cargo que está com pessoal suficiente ou em eventual excesso.

A questão é que os franceses optaram por dar estrutura e serviço público aos cidadãos franceses e em um momento isso gerou excesso de estrutura. O ideal é que o excesso não ocorra, mas o que existe no Brasil é ridículo. Falta todo o tipo de servidor, em relação à demanda a que o Estado é submetido por serviço público. E não é por outro motivo que a Manchete do Jornal O GLOBO, edição dos últimos dias, é de que para os aeroportos privatizados atuarem eficientemtne 24 horas por dia precisará se contratar mais policiais federais e agentes da Receita Federal!! Para os Portos funcionarem 24 horas, também!! E eu aqui digo: e para acabarem filas em hospitais e garantir educação em regime integral a todas as crianças do Brasil, inclusive Creche, também!!! Então a conclusão é: PRECISAMOS DE SERVIDORES PÚBLICOS PARA PRESTAREM MAIS SERVIÇOS AO BRASILEIRO E SUA FAMÍLIA E ISSO SÓ É POSSÍVEL INVESTINDO MAIS EM CONTRATAÇÃO, REMUNERAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS.

Então, o conceito de gasto público é relativo. Conservadores dizem que tudo o que não for obra (dinheiro público que vai para empresa) ou terceirização de serviço público (dinheiro público que vai para empresa) é gasto público, e o contrário seria investimento. Para o nosso Blog, investimento é o gasto que gera retorno em serviço público, bens públicos e qualidade de vida para a população. Gasto público, no sentido pejorativo usado pela mídia, nós entendemos que seja superfaturamento de obra, corrupção, contratação de servidores desnecessários e em quantidade incompatível (para mais ou menos) com a demanda do brasileiro. Para menos (contratação de funcionários públicos)? Sim. Contratação a menos é gasto, pois pouco servidor impede a entrega de mais serviços ao brasileiro e desestrutura prestação de serviços que geram arrecadação para o Estado, oportunidade de negócios para empresas e qualidade de vida pra o cidadão. Veja que querem mais servidores para aeroportos privados e portos privados.. quando era público não podia.. mas também eram necessários. Agora que a área privada vê a necessidade para si mesmos, pedem. Ou seja, eram necessários mais servidores e sua inexistência gerava prejuízo ao Brasil e aos brasileiros.

Então, referente a gastos, não há quem diga onde está o super gasto público desnecessário. Já viram alguém indicar onde está o gasto público desnecessário? Gasto público, que é (na verdade) despesa sem retorno, são os que aqui elencamos. E nesse quesito só vemos grandes gastos públicos com pessoal em Brasílía, pois os 39 Ministérios gatam 59 bilhões de reais com pessoal, parece, quando o gasto com todo o funcionalismo público federal é de 210 bilhões de reais. Isso é apontar o excesso. É o único que conheço. O resto todo precisa de funcionários para prestarem mais serviços à sociedade.

Agora, pergunto: qual o índice de gasto público com pessoal em relação ao pib? Hoje é de 4,8% do PIB, abaixo de 5,4% na época de Fernando Henrique. Então, senhores, há descontrole dos gastos públicos? Não. E mais uma vez nos ressentimos em não haver esse índice divulgado para a França e Alemanha para compararmos. Sabemos que Os dois oferecem mais servidores públicos a seus habitantes do que o Brasil, mas não sabemos o percentual da arrecadação e em proporção a seus pibs eles destinam a esse investimento social. Aqui é de 4,8% do PIB. Os gastos militares dos EUA somará um trilhão de dólares para o próximo ano... e o pib de lá é de 15 trilhões de dólares... só aí olha o percentual do PIB sacrificado... Nós não estamos irresponsáveis nesse quesito.

Então, a inflação está controlada, o juros selic está alto demais, o superávit fiscal esse ano é menor que 2%, parece, mas é justificável diante do esforço para aumentar crescimento econômico e emprego. O crescimento não será ruim ou péssimo, mas não será grande.. somente maior que o dos EUA, Alemanha e França, por exemplo. Nosso índice de desemprego está bom e baixo. Relação dívida/pib continua declinante.

Mas as agências de rating querem baixar o rating do Brasil... bem, quem sou eu pra dizer que agência de rating não se pautam somente por parâmetros técnicos? Ninguém. Mas Paul Krugman é alguém.  E ele teve um artigo publicado na Carta Capital em que criticou o rebaixamento do rating francês, comparando o que ocorre na França com o que ocorre na Alemanha e EUA. Suas palavras conclusivas foram as seguintes:

"Mais uma vez a questão não é a França estar livre de problemas. A questão é por que esse país com dificuldades apenas moderadas atrai um rebaixamento da nota de crédito e tanta retórica apocalíptica.
A resposta é política. O pecado da França não é excesso de dívida, crescimento fraco, empregos... Seu pecado é equilibrar o orçamento por meio de aumento de impostos, em vez de cortar benefícios. Não há provas de que esta seja uma política desastrosa." (Paul Krugman, in "Desatinos da Eurolândia", artigo publicado na Revista Carta Capital, edição de 27/11/2013, pg. 57)

Então, senhores e senhoras, digo que o mesmo se aplica ao Brasil. Já falei que tínhamos de criar agências de rating dos Brics..

Vão em paz... agora muito melhor informados sobre a nossa economia do que as sequências desinformativas sobre o fim do mundo econômico no Brasil by grande mídia. Você encontrar aqui essa qualidade de informação ao invés de na grande mídia, é um motivo de grande tristeza minha, pois nós não chegamos em todo canto do País... nós não queríamos estar fazendo artigos para desconstruir mentiras e mostrar a verdade. Se a grande mídia publicasse a verdade, seria muito melhor e mais produtivo, poderíamos discutir os fatos e tentar discutir como compor elementos fiscais, monetários, logísticos e etc.. para melhorar o país... mas.. fazer o quê?

Seguiremos te informando e apontando a verdade dos fatos. Você que faça conclusões, tome partido ou adote posições a partir destas informações.. mas pelo menos suas posições serão, cremos, melhor embasadas e melhor fundamentadas e mais conscientes e consoantes com a realidade dos fatos. Quem não publica a verdade dos fatos, induz. Nós informamos. Só.

p.s.: Ficou longo.. mas era muita besteira publicada.. queríamos publicar análise econômica depois do fim de publicação de besterias até para ver o fim e a configuração da pintura que faziam... mas não tem fim.. entram num lodaçal cada vez mais fundo de besteiras e besteiras publicadas.. é triste.. uma desinformação sem fim.

p.s. 2: Queremos prestar homenagem aos jornalistas que melhor e menos parcialmente tratam as notícias econômicas: Antonio Machado e Allon Feuerwerker do Jornal do Commercio, George Vidor e Flávia Oliveira do Jornal O Globo, Paul Krugman, Delfim Neto, Paulo Nogueira Baptista Junior, Joseph Stiglitz. Vocês são o sal da informação econômica. Em nome do Blog Perspectiva Crítica e de todos os nossos leitores e dos brasileiros que os leêm, nosso MUITO OBRIGADO.

p.s. 3: Corrigida a informação de 20 Varas francesas fechadas para 200 (duzentas) varas. Houve erro de digitação.

p.s. 4 : texto revisto.

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