Pessoal, aconselho o acesso aos dois últimos artigos da Míriam Leitão: um sobre câmbio ("A Luta do Câmbio", publicado em 14/03/2012) e outro sobre China, EUA, mercado internacional e Brasil ("Os dois e nós", publicado em 15/03/2012).
Acesse o primeiro em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2012/03/14/a-luta-do-cambio-435848.asp
Acesse o segundo em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2012/03/15/os-dois-nos-436021.asp
Em relação ao câmbio, ela admite que o que o governo faz para administrar o câmbio com aumento de IOF para operações de empréstimos está correta, apesar de não poder sozinho conter a vinda de dólares para cá, em função da grande liquidez causada pelas injeções de dólares pelo Banco Japonês, Banco da Inglaterra, FED e Banco Europeu. Critica que a despeito de o governo dizer que tem grande arsenal para conter depreciação do dólar, somente usa aumento de IOF sobre algumas operações. E pede uma solução melhor a médio e longo prazo, ao invés de ênfase governamental em administrção de situações pontuais e de emergência.
A despeito de eu concordar em 90% com o que ela disse e informou no artigo "A luta do Câmbio", devo fazer alguns comentários.
Primeiro gostei de ela ter admitido que a o aumento de IOF como o governo faz é eficiente. Nós dissemos que era, e especialistas recentes opuvidos pelo Globo disseram que não. Então, ao menos talvez assim paremos de discutir sobre o óbvio. O instrumento é bom e eficaz. Foi muito inteligentemtne projetado para "roubar" dos especuladores os juros fácil obtido através de "arbitragem de juros", com todos os demais efeitos positivos para a economia que parou de sofrer, no momento, de desvalorização cambial injusta e artificial por manobras de inswtituições financeiras privadas.
Em seguida devo dizer que acredito que Mantega tenha um arsenal de medidas a serem tomadas, mas umj antigo mestre de artes marciais se3mpre me frisava que mais importante do que saber váriso golpes e saber poucos fundamentais e aplicá-los com maestria. Pergunto, se aplicou-se o aumento de IOF e isto deu resultado da forma como ocorre, para quê fazer outra coisa mais? Então, não ponho em dúvida a existÊncai do arsenal de mantega e entendo ainda não o termos visto, pois não foi necessário.
Por fim, quanto à crítica de que nada é feito de médio e longo prazo, ela mesmo poderia dizer o que fazer... ela sabe.. mas não quer dizer. Por quê? Porque entristeceria toda a classe financeira que a apóia. A resposta para solução desses problemas de câmbio que soluçam de acordo com os interesses europeus, japo^neses e americanos é em primeiríssimo lugar a adequação de nossos juros absurdamente altos para padrões razoáveis considerados internacionalmente, ou seja, A BAIXA DE JUROS SELIC PARA NÍVEIS COMPATÍVEIS COM NOSSOS FUNDAMENTOS ECONÔMICOS.
De resto, sempre haverá a necessidade de administrar o câmbio, mas é mais fácil se não há algo absurdo como esse juros grotesco brasileiro a atrair capital especulativo.
Quanto à questão de esfriamento de crescimento chinês e estabilidade da situação americana e reflexos em nossa economia em especial em função da baixa de demanda de minério de ferro e petróleo, o texto é muito bom. O reflexo nas ações da Vale já se fizeram presentes. Mas a saída para o Brasil é investir pesadíssimo em infra-estrutura interna, porque precisamos e porque é um bom momento para reverter o que a Vale não venderá para fora aqui para dentro e com preços mais baixos.
Isso seria o mais correto a fazer, com amplos reflexos positivos, em especial manutenção e criação de empregos, além de resgate de dívida de infra-estrutura, o que diminuiria o custo Brasil e daria mais competitividade à toda a cadeia produtiva nacional. Sim, a queda de exportação de minério prejudicará mais ainda nosso saldo comercial, mas se isso for ocorrer nada há a se fazer de imediato a não ser desonerar a exportação de todos os produtos possíveis, o que já está sendo feito.
Portanto, como este Blog tem atuação principiologimente propositiva e não só acusativa, o melhor a se fazer com a queda de crescimento chinês é investir pesado internamente em infra-estrutura, até porque com melhor infra-estrutura e diminuição de custo brasil (mesmo só via melhora de infra-estrutura), a melhoria de competitividade de nossa indústria pode gerar mais exportação que combata o crescimento de nosso déficit comercial (balança de pagamentos).
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