quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Marco: Primeiro artigo do Blog com mais de 1000 acessos!!

Pessoal, é com satisfação que compartilho a informaçãode que já temos o primeiro artigo do Blog Perspectiva Crítica a alcançar mais de 1.000 acessos!!

O artigo "Relação Dívida/PIB Brasil x Mundo - Comparação - capacidade e planejamento de Investimentos/Gastos Públicos", datado de 04 de dezembro de 2010, atingiu nesse momento 1.004 acessos, em evolução meteórica em acessos e desbancando definitivamente o artigo ex-campeão "Bolha Imobiliária no RJ em 2010", com 670 acessos até hoje, permancendeo em honroso segundo lugar geral em acessos!! Em terceiro lugar está "Reconhecimento da bolha imobiliária - demorou, mas chegou", com 604 acessos, seguido de "Tropa de Elite 2 e o tema Corrupção x Ética", com 349 acessos. Em quinta colocação está "Como se comportar em uma bolha imobiliária?" com 208 acessos. Na sequência temos "Exemplo de artigo informativo: "O poder da mídia" do Le Monde Diplomatique" com 204 acessos, "Perguntas inteligentes, Resposta publicada 4 - Bolha imobiliária RJ" com 202 acessos, "Serviço público bem remunerado: vantagem ou desvantagem para você?" com 138 acessos e "Implantação de UPP e a assepsia do crime" com 133 acessos. Em décima colocação já está o recente artigo "É...Manchete para a bolha imobiliária em 21/08/2011", em ascenção meteórica, com 125 acessos em apenas 9 dias.

Muito interessante a dinâmica dos acessos e a alteração da composição dos artigos mais acessados. É claro que esta é a cara da busca dos leitores e internautas em geral por informações tratadas pelo blog e por outros blogs, mas esse resultado oriundo desta pesquisa muitas vezes errática justamente dá uma noção mais real da busca geral por informação e de como a massa de pessoas na internet acabam por encontrar informações no nosso Blog e levar a, junto com os leitores assíduos, a criar um ranking verdadeiro da classificação dos temas por quantidade de interesse.

Penso que a esta altura já posso me dar o luxo de apresentar um índice pessoal sobre os artigos que entendo mais importantes do BLOG, na minha visão, claro. Alguns textos são importantes por sua imediatidade em responder artigos desinformativos, em criticar artigos de jornal dos quais discordamos ou oferecer comentários àqueles com que concordamos em grande parte. Mas alguns artigos do Blog trazem informação que nunca será publicada em Jornal, assuntos de relevância total na nossa sociedade e necessários para a melhor compreensão da realidade que nos cerca. São artigos que te acrescentam para que você não seja mero repetidor de artiguinhos indutivos de jornal e muito importantes para amadurecimento de uma visão crítica, autônoma dos fatos na visão de uma pessoa física, um contribuinte individual, um integrante de família e um trabalhador brasileiro. Isso é diferente. Isso merece relevância.

Neste sentido, pretendo apresentar em breve este ranking pessoal de dez artigos dentre 187 artigos disponíveis atualmente para sua pesquisa e informação.

Por enquanto, ficamos com o ranking dos dez mais acessados até o momento e o endereço do mais acessado atualmente, o campeão "Relação Dívida/Pib..." acessível em http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/12/relacao-dividapib-brasil-x-mundo.html


terça-feira, 30 de agosto de 2011

Corte de 10 bilhões pelo Governo: necessário ou não?

Pessoal, tendo em vista os recentes artigos da Miriam em relação ao corte de 10 bilhões, dizendo que está certo, dizendo que apesar de certo o corte é artificial pois não é nos gastos, mas derivado do aumento de receita (só impostos atrasados com a Vale em discussão judicial terminada teria gerado pagamento extra de 6 bilhões), devo tecer as seguintes considerações.

Primeiro, é verdade.. poupar é bom. Poupar ganhos excedentes também é bom. Mas o Governo fez mais do que isso: aumentou o superávit primário. Portanto, se comprometeu a manter essa poupança até o fim do ano e declarar oficialmente um novo patamar de superávit primário. É claro que pode ser mudado no ano que vem, mas a atitude demonstra compromisso. Então, acho equivocado dizer que o aumento é artificial, já que é real e formal.

Segundo, a ação do Governo vem satisfazer uma exigência básica matemática: se a sociedade não baixa o consumo (o que é contestável - há baixa do consumo sim e os índices de inflação e atividade econômica identificam isso), o Governo tem que baixar para impedir pressão inflacionária de demanda. Portanto, era para os analistas financistas, como a Miriam, ficarem satisfeitos, pois o Governo está utilizando parâmetros frios de controle ortodoxo de fluxo de capitais para desaquecer a economia, ao mesmo passo em que aumenta nossa já gigantesca poupança (reservas cambiais e depósitos compulsórios) para momentos de agruras, em caso de piora da crise européia, japonesa e americana.

Agora, também é verdade que a divulgação dessa meta de aumento de superávit brasileiro próximo da reunião do COPOM tem o objetivo (até declarado por Dilma) de diminuir os juros Selic. Isto não é ruim. Isto é bom.

A Selic atual é o cúmulo do absurdo de alta. É o maior juros reais no mundo, pago por um País que é organizado política, institucional e economicamente!!

Quero que vocês vejam que para os financistas, pelo que vejo Miriam está com eles, pressões inflacionárias se combate com recessão. Recessão significam menos atividade econômica e menos emprego para brasileiros. Dilma não quer combater pressão inflacionária com recessão.

Portanto, haverá sempre esse embate, enquanto a mídia não for mais analítica quanto às causas da inflação e quanto às medidas econômicas que devem ser tomadas para controlar inflação e manter produção de empregos e bem-estar social.

Ben Bernanke, presidente do FED, afirmou em recente reunião nos EUA, publicado em artigo de capa do Jornal Monitor Mercantil que li ontem 29/08/2011 em banca de jornal no Centro, que “o FED não tomará medidas de controle inflacionário que não considerem a criação de empregos e o bem-estar social” (citação livre). Por que nós temos de ser mais realistas que o rei?

Parem de repetir o Consenso de Washington por aqui! O País que seguiu à risca este tipo de determinação quebrou (coitada da Argentina) e está tentando se encontrar até hoje!!

Foi por isso que quando Paul Krugman defendeu aumento de investimento público, mesmo com déficit nas alturas dos EUA eu não o questionei. Vi a Miriam defender que os EUA deveriam cortar gastos. Adorei ela aplicar as regras do Consenso aos americanos, já que exige sua aplicação no Brasil, mas defendi Krugman porque sem aumento de dívida pública americana, o remédio é recessão agudíssma e Keynes não sugere isso, mas o investimento público para salvar uma economia das trevas, como Roosevelt fez em 1929.

Nós não precisamos aumentar nossa dívida pública. Nossa situação é distinta e muitíssimo melhor. Por isso digo: a solução não pode ser só economizar. Não pode ser déficit nominal zero ou 0,87% como quer Aécio. Nós temos de aproveitar que o mundo precisa de nosso crescimento para crescermos, gerarmos emprego, melhorarmos a renda percapita brasileira, gerarmos aumento de arrecadação e aumento de investimento em servidores e no serviço público para termos o mesmo nível de Bem-Estar Social que existe na Europa.

A receita que a Miriam aplica é paralizante. A receita que a Míriam sugere, ao meu ver, é aplicação de regras ortodoxas compatíveis com o Consenso de Washington e não compatíveis com a monitoração de índices de melhoria em Bem-Estar Social. Estes parâmetros sacrificam a qualidade de vida presente para garantir uma futura, e sempre futura, melhoria de vida que vem a conta-gotas para o cidadão, mas que vem à cavalo para bancos, sempre, sempre concentrando renda.

Então, a minha opinião quanto ao aumento de economia de 10 bilhões é a seguinte: está certo, desde que a relação dívida/PIB continue declinante e que os investimentos em serviço público e atividade econômica continuem de forma sustentável e com foco na melhoria de vida do cidadão. Não é só o controle inflacionário a qualquer custo que importa. As pressões inflacionárias que se apresentam são mais externas do que internas, ante o endividamento das famílias. E isso, aumento de juros Selic não resolve.

Analistas econômicos se agarram ao simples argumento de aumento de juros para controle inflacionário assim como os políticos populistas defendem que reforma tributária é criar o imposto único!! Os dois estão errados.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Warren Buffet, Itália, França, Míriam Leitão e real carga tributária americana

Quero parabenizar a Míriam Leitão por ser a primeira (que eu li) a noticiar a postura de Warren Buffet em afirmar que os EUA mimam demais os super-ricos e que cabe a eles dar alguma parcela de sacrifício para o País em forma de impostos.

Warren Buffet é fantástico. Na mesma notícia a Míriam informa que Warren Buffet declarou entender injusto ter de pagar carga tributária de 17,5% enquanto seus funcionários têm de pagar entre 31 e 44%!!!

Veja que somente aqui temos duas informações: ricos são superprotegidos nos EUA (que cortam assistência médica e social de pobres) e a carga tributária de classe média alta e ricos (funcionários de Buffet) é de 31% a 44%. Assim, a carga tributária no Brasi de 34,4% é tão alta? Vocês sabiam que nos EUA a transferência de herança tem aumento de imposto quanto maior é a herança e varia de 3% a 77%? É de se pensar sempre na melhora do nosso sistema tributário, mas devemos ver exatamente como, porque e para quê.

Não há nem nunca houve explicitação pela mídia de como se distribui a carga tributária dos países que comparam com o Brasil, sendo certo que a carga da Espanha é a mesma: 34%. Mas lá o espanhol não precisa pagar educação ou plano de saúde se não quiser. Vamos aplicar bem nossos impostos antes de pensar em diminui-los? Mais médico e professor por favor!

Voltando a Warren.. após sua atitude, e Miriam nos noticia isto mais uma vez (palmas sinceras), milionários americanos se propuseram a apoiar sua sugestão e declararam aceitar impostos maiores. Ótimo.

E enquanto os americanos tentam recompor seu País, rasgado pelo egoísmo do Tea Party e dos políticos republicanos, a Itália e França já instituem impostos para as camadas mais ricas, tendo sido a proposta italiana muito mais abrangente do que a francesa.

Na Itália sugere-se imposto extra de 5% sobre renda superio a 90 mil euros anuais e 10% a renda superior a 150 mil euros. Na França a sugestão é de imposto extra de 3% sobre rendas superiores a 500 mil euros anuais. Mais marketing do que realmente esforço nacional.

Mas tudo isso é uma nova onda muito positiva. Muito interessante. Também é inteligente, porque se a economia não decola, a história mostra que o fosso produzido pela desigualdade, quando se aprofunda demais, termina preenchido por sangue... e lógico, o dos próprios ricos acaba sendo derramado, se não alvo principal. Se hoje não será sangue literalmente, como na Roma Antiga, com certeza seriam as propriedades.

Inteligente, repito. Sempre achei interessante a seguinte frase que, em meio a uma discussão, uma vez cunhei: se não se pode ser altruísta por princípio, seja por interesse. Espero que venha imperando o altruísmo por princípio, mas os ricos que não concordam deveriam se juntar ao movimento, nem que seja para defender a parcela maior de seus patrimônios...

p.s. 26/08/2011 - texto revisto e ampliado

Crítica ao artigo "Fazenda tem de colocar em prática o que diz e cortar gastos" da Míriam em seu blog em 24/08/2011

Pessoal, transcrevo minha resposta à Miriam em seu blog sobre o tema acessível no seguinte endereço:

http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/08/24/fazenda-tem-de-colocar-em-pratica-que-diz-cortar-gastos-400847.asp

Ela diz que Mantega diz que deve economizar para poder baixar juros mas que está admitindo aumento de gastos com o funcionalismo, ou seja, não cumprindo a promessa de corte.

Minha resposta:

"A baixa do juros não depende exclusivamente de corte de gastos, pois inflação de demanda pode ser controlada via medidas macroprudenciais. Aumento de investimento também pode aumentar oferta de produtos em falta no mercado, de forma a amenizar inflação com origem em falta de produtos. E aumento de funcionários pode proteger a atividade econômica brasileira, diante de arrefecimento do pib e da atividade econômica mundial... portanto, Miriam, vamos parar de repetir só o básico e ajudar o país a resolver seus próprios problemas.. que são diferentes dos da europa e dos EUA?"


Sabe, gente... visão única não dá. Se você não descama as causas da inflação, fica repetindo a mesma receita sempre. Corte de gastos por si só não resolve o problema de país nenhum... se fosse assim, Keynes seria o maior idiota da face da Terra. E foi um dos maiores gênios da economia defendendo investimentos públicos em épocas de pós-guerra, onde nem se sonhava em haver equilíbrio de finanças públicas...

Não dá para ser bom analista econômico se você só se preocupa com índice de inflação sem verificar outras coisas importantes para o País, como emprego, aumento de arrecadação, diminuição de relação dívida/pib, mesmo com aumento de gasto nominal... fica difícil... se se aumenta gasto nominal, mas há previsão de aumento de receita porque o pib cresce, isso gera queda de endividamento, sem prejudicar emprego.. isso não deve ser computado? Isso está errado?

Se há problema com preços de alimentos no mundo por condições climáticas e o governo determina formação de estoques maiores no País? Isso gera custo mas pode diminuir a inflação por falta de oferta de alimento... isso é errado?

Poxa gente.. vamos exigir mais dos analistas econômicos... o pib foi "machadado" à metade do ano passado e os analistas não se preocupam com os efeitos no emprego e na respectiva diminuição de arrecadação... só querem saber do controle inflacionário via juros.. isso é simples.. mas é burro.

p.s. 26/08/2011 - texto revisto

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Wikileaks: EUA tentaram sabotar Celso Amorim

Repasso as informações do Blog Theotônio dos Santos sobre a mais recente informação do Wikileaks sobre as manobras norteamericanas para sabotar Celso Amorim e o "triunvirato esquerdista" no Governo Lula. Celso Amorim foi tido como "antiamericanista virulento" e suas posturas no Ministério das Relações Exteriores (MRE) teriam prejudicado a proteção de interesses americanos no Brasil.

Nelson Jobim, segundo a informação, seria o canal de melhor comunicação com os americanos através de Clifford Sobel, atual embaixador americano e segundo a mesma fonte, se ressentia da falta de liberdade de negociação por causa do MRE.

Também segundo a mesma fonte, o avião americano "F-18 Super Hornet" seria predileto entre a cúpula das Forças Armadas e pelo próprio Nelson Jobim.

Essa última informação eu estranhei, já que o próprio Nelson Jobim já declarou em entrevista televisiva que comportamentos negociais anteriores dos EUA seriam considerados "maus antecedentes", em clara indicação de não preferir o avião americano, se referindo à proibição de venda de Super Tucanos à Venezuela. O avião teria alguns componentes americanos e a proibição é efetiva, pois se desrespeitada os americanos não forneceriam as peças ao avião brasileiro. A preferência da cúpula das Forças Armadas pelo F-18 também estranhei. Mas a informação nesse sentido é conteúdo da mensagem diplomática americana e não direta de declaração de Jobim ou da cúpula militar brasileira.

De qualquer forma, como a publicação é de Blog sério, repasso o link para o acesso aos detalhes: http://theotoniodossantos.blogspot.com/2011/08/wikileaks-eua-tentaram-sabotar-amorim.html

p.s. 25/08/2011: texto revisto

Perseguição ao Presidente da Standard & Poor's e "liberdade de mercado" nos EUA

O presidente da Standard & Poor's, Deven Sharma, está em compasso de demissão. Após a agência rebaixar o rating dos títulos da dívida americana de "AAA" para "AA+", o Departamento de Justiça americano iniciou processo investigativo contra a agência de rating e o presidente da agência para "descobrir as possíveis intenções e interesses" de ambos por trás do rebaixamento.

Coincidentemente, agora, o presidente da agência Deven Sharma será substituído e em um ano será demitido. O trecho que seleciono do artigo no Jornal do Commercio On line de hoje que se refere à justificativa da empresa para a substituição é a seguinte: "De acordo com comunicado, Sharma, de 55 anos, que está no cargo desde 2007, 'terá uma tarefa especial para trabalhar na revisão da carteira estratégica da empresa até o fim do ano, quando deixará a companhia para buscar outras oportunidades'".

Veja a íntegra em http://www.jcom.com.br/noticia/135489/Presidente_da_Standard__Poor's_sera_substituido‎

Isso é a liberdade de mercado nos EUA.

p.s. 25/08/2011: texto revisto. Estranhamos que o processo investigativo aberto contra a Standard & Poor's e seu antigo presidente, não tenha sido seguido de abertura de processo investigativo de mesma natureza em relação à Ficht e à Moody's. Quer dizer, só há suspeita de "interesses escusos em rating da dívida americana" quando isso prejudica o Tesouro Americano. Não é uma investigação geral para verificar a independência das agências de rating quando exercem seu mister. Foi investigação somente contra a Standard & Poor's depois que baixou o rating do título da dívida americana!! E seu presidente, coincidentemente será substituído e em 12 meses demitido! Qual a liberdade haverá para a Moody's e a Ficht avaliarem o rating dos títulos da dívida americana? Nenhuma, óbvio. Isso é liberdade de mercado?

p.s. 14/10/2011: texto revisto.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Solução para construção de ferrovias de Norte a Sul do País: máquina e técnica israelita - impressionante

Pessoal, este vídeo chegou a mim por um grande amigo empresário no setor de construção civil de grande porte. Sua chamada no email era mais ou menos assim: "dificilmente esta máquina viria ao Brasil porque tornaria a construção de ferrovias rápido e barato, mas se viesse, rasgaríamos o Brasil de norte a sul com ferrovias em pouco tempo".

Não preciso dizer mais nada. Vejam o vídeo vocês mesmos e pasmem-se como eu. Somente acredito no vídeo porque me foi enviado por alguém sério e amigo que trabalha com construção civil, senão eu nem acreditaria.

Naturalmente enviei email para os políticos em quem confio, dentre Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores.

Acesse: http://dc132.file.qip.ru/flash/player.swf?file=http://dc132.file.qip.ru/img/135218468/cfbba8b3/dlink__2Fdownload_2Fx3UWWolQ_3Ftsid_3D20100723-132526-f1240c3b/preview.flv&image=http://dc132.file..qip.ru/img/135218468/cfbba8b3/aefc0a75_kak_kladut_relsi.flv&logo.link=http://file.qip.ru/video/x3UWWolQ/aefc0a75_kak_kladut_relsi.html&logo.hide=false&logo.file=http://dc132.file.qip.ru/images/logo.png&logo.position=top-left&plugins=sharing&sharing.link=http://file.qip.ru/video/x3UWWolQ/aefc0a75_kak_kladut_relsi.html&sharing.code=

É... Manchete para a bolha imobiliária em 21/08/2011 no Jornal O Globo

Bem, gente.. quem viu o artigo e manchete "Histórias de uma bolha"? Esta manchete do caderno "Morar Bem" do Jornal O Globo, de ontem, domingo, 21/08/2011, foi boa e o artigo está no sentido em que entendemos que a realidade dos fatos se apresenta e que indicamos que ocorre e ocorreria, desde 2010!!

O melhor não foi somente verificarem a queda de venda em Ipanema e Leblon "de 40% a 50% nos últimos dois meses", mas indicarem que "Analistas, por sua vez, registraram fatores que identificam a bolha de preços". rsrsrsr

Bolha de preços!!! Procurem em toda a mídia desde junho de 2010.. nós fomos os primeiros a identificar a diferença entre bolha de crédito e de preços e explicar aos nossos leitores que o caso dos imóveis no RJ e no Brasil não era bolha de crédito, mas bolha de preços!!

A coluna da Miriam intitulado "Sólido e Vulnerável", publicado no Jornal O Globo no mesmo dia 21/08/2010, também complementou bem a questão, elogiou servidores públicos ("Pedro Parente, Clóvis Carvalho, Pedro Malan, Murilo Portugal e vários bons funcionários públicos") que conduziram nosso Proer de forma muito mais responsável e inteligente do que os americanos e europeus estão conduzindo sua crise financeira (nós salvamos os bancos mas responsabilizamos os banqueiros; os americanos e europeus salvaram e só) e mencionou que o Brasil, hoje, apesar de sua alta competência em gerência de finanças públicas pode não saber lidar com "crise de superendividamento das famílias e bolha imobiliária". Pode ser.

No texto ela deixa claro que nossa relação crédito/pib (pelo que sei, hoje em uns 42% do pib), está muito abaixo de países ricos, mas não pode crescer desregradamente. Ela está certa. Podemos chegar a 70%, que é o valor dos antigos países ricos (agora em risco de falência) antes de perderem o controle das finanças a partir da crise privada dos subprime em 2008. Mas o crédito deles na verdade, hoje, está em torno de 100% de seus PIBs (em alguns casos até além disso). Mas teremos de chegar a 70% aos poucos, à medida em que nossa riqueza e renda percapita aumentem. Temos de poupar. Cada família tem que poupar.

O importante é que ela menciona, admitindo nossa tese, de que o crédito fácil gerou o fato de que "os imóveis estão com preços se descolando da realidade". Isso, senhores, é bolha de preços.. não de crédito.

Quem leu e acompanhou nossos artigos não está surpreso. Está só constatando o que víamos e da forma que víamos. E a realidade não se cria, se constata. Não adianta "analistas" ficarem insistindo que imóveis subirão se o braileiro está endividado!! Não precisa ser gênio.

Bem, e há risco de reboom? O que se pode dizer é que quebra de Europa e EUA pode gerar corrida de investimentos de risco para títulos da dívida da Alemanha e outros países triplo A (são dezesseis, já que os EUA foram excluídos dessa lista da Standard & Poor's, mesmo estando na lista triplo A da Ficht e da Moody's). Ouro, prata, diamantes e imóveis também são saídas clássicas de títulos de risco e de bolsas de valores, além de títulos de dívida de países emergentes e de relação dívida/pib baixa. Isto ocorreria com quebra de EUROPA E EUA.

Portanto, poderia ter um reboom, mas isto não está se verificando e acho que pode não se verificar, pois ninguém em sã consciência (o que não ocorreria no caos) compra bem caro para investir. Portanto, crise financeira pode levar a compra de imóveis onde esses estão baratos, ou seja, imóveis europeus e americanos. Mas cria risco para nós também. Mas estamos tratando do caos. Como acho que isso não ocorrerá, nosso mercado está sobrevalorizado e começará a se corrigir, como disse, em 2011, esse ano, e assim será por uns três anos, creio eu.

Esse papo de que os imóveis subirão até as olimpíadas, senhores, é papo de construtor, como no artigo do caderno "Morar Bem" suso mencionado. O mercado não realiza projeções assim. Ele se antecipa. Para mim, o valor a ser alcançado até as olimpíadas já foi precificado e atingido. Agora só resta a correção.

Acho que há espaço para correção entre 30% a 50%. Não acredito em 50%, mas acredito piamente em 30% de desvalorização dos imóveis que hoje todos sabem que estão sobrevalorizados. O valor normal será alcançado em três anos, creio. Nesse processo só quem se prejudicará é quem comprou e se endividou para investir... mas isso considerando que fez investimento de curto prazo. Tenho certeza que o númeor é desprezível. De resto, quem fez a dívida terá de pagar e no Brasil, com regras melhores e mais rígidas para a concessão de crédito, não haverá reflexo na economia e os devedores pagarão tudo, realizando suas compras, tenham sido boas ou ruins.

Enquanto isso, a riqueza e renda percapita dos emergentes (Brics e mais alguns) crescerá mais do que a dos países chamados ricos, que deverão demorar uns dez anos para limpar sua relação dívida/pib, a não ser que haja repacto de dívida, ou seja, calote, mesmo que branco.

Seguimos acompanhando. Fico feliz em dizer que todas as análises anteriores sobre bolha imobiliária apresentadas pelo BLOG PERSPECTIVA CRÍTICA encontram-se valendo. Os pressupostos não mudaram. Por isso escrevi menos sobre o tema. Se algo mudar escreverei imediatamente.

Saiba antes. Tenha PERSPECTIVA CRÍTICA!! (ahauhauah adorei! rsrsrsrs)

abraços

Mário César Pacheco

p.s. 22/08/2011 - texto revisto e ampliado

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Oportunidade de ouro para baixa dos juros Selic a níveis mais normais

Pessoal, hoje, 19/08/2011, li a coluna do Antonio Machado no Jornal do Commercio e destaquei somente este trecho: "Na hipótese remota de os governos na Europa assistirem passivos à quebra de algum banco, tudo muda: o BC deve apressar a desengorda da Selic, e a Fazenda voltará com as ações fiscais anticíclicas."

Aqui, apesar do trecho ser pequeníssimo entre tantas coisas ditas por Antonio, quero que você veja um raciocínio básico sobre juros para evoluir sobre a situação hoje.

Se a economia está muito aquecida, com crescimentos altos (ano passado foi de 7,5% o PIB), há margem para pressões inflacionárias. Se a renda e o emprego aumentam, há mais dinheiro na economia e as pessoas passam a admitir aumentos nos preços, o que gera pressão inflacionária.

Neste ambiente o Banco Central aumenta juros Selic para encarecer os empréstimos e diminuir a pressão inflacionária causada pela disponibilidade de dinheiro na economia, ou seja, para diminuir a pressão inflacionária de demanda.

Se, ao contrário, há diminuição da atividade econômica, há menos dinheiro na economia e para estimular a demanda e não deixar os preços caírem muito para não haver desemprego e falências de empresas, o Banco Central diminui juros Selic para estimular a economia. Isso é o que ele sugeriu no trecho acima em caso de quebra na Europa: redução mais rápida de Selic e adoção de medidas anti-cíclicas pelo governo, com aumento de investimento público.

Mas como se faz para baixar juros excessivamente altos mesmo quando há pressão inflacionária?

Veja, hoje a inflação está cedendo, depois de todo esse juros e adoção de medidas macroprudenciais, mas problemas climáticos no mundo estão afetando safras de soja e de alimentos em geral. Então, pode ocorrer de mesmo com juros Selic nas alturas, por problemas climáticos mundiais o Brasil vir a apresentar pressão inflacionária não por aumento de demanda mas por falta de oferta!! O que vimos no início do ano.

É muito importante você e o máximo de pessoas possível entender que no caso de inflação por falta de oferta, gerando aumento de preço da commoditie no exterior, não pode ser controlada por Juros Selic.

Não podemos condenar o País a ficar aumentando Selic para corrigir número global de inflação sem atacar o problema específico, pois isto é sacrificar a parte da economia que vai bem, para compensar o reflexo de uma outra causa referente à verdadeira parte da economia que iria mal.

Por isso digo: não se pode adotar aumento de juros para tudo. Nossos analistas sérios e jornalistas econômicos tem de ser mais técnicos. Juros Selic é antibiótico e não se dá antibiótico para qualquer coisa. Não é por ser grave a inflação que se dá juros Selic e pronto. É o mesmo que tentar curar portador de AIDS com antibiótico pura e simplesmente. Se a Aids é deflagrada por vírus, o antibiótico sozinho nada pode fazer, já que se destina a matar bactérias. E você só debilita mais ainda a parte sã do corpo.

Nosso juros Selic está nas alturas. Isso, além de aumentar a dívida pública, que paga o juros selic para quem investe em título da dívida pública brasileira, atrai dólares além da conta e do normal para o Brasil, o que baixa artificialmente o valor do dólar e prejudica nossa exportação e desindustrializa o País.

Então, temos de nos incomodar com esse juros exorbitante!!! países muito piores do que nós pagam juros negativos!!!! Japão e EUA à frente!! Eles estão com déficit público e relação dívida/pib muito pior do que os nossos e pagam juros menores!! Eu sei que é reflexo do rating atrasado de suas dívidas soberanas, mas nós não temos que ficar felizes com isso e nem devemos aceitar aumento de juros exorbitante para qualquer surto de inflação se o aumento não ataca diretamente a causa inflacionária, mesmo que no geral puxe a inflação para baixo.

Está faltando foco técnico correto. Está faltando autonomia na análise das causas da inflação. Se houver diminuição de oferta de comida no mundo por questão climática, o que deve se fazer é aumentar investimento em produção para aumentar oferta do produto alimentício que faltar para equilibrar a oferta.

Não devemos perder nenhuma oportunidade para normalizar nossos juros Selic!! Pressão nisso. temos de conviver com um monte de medidas heterodoxas e criativas do Ministro da economia por causa dos reflexos nefastos de um juros Selic gigantesco.

Claro que se toda a economia mundial enfraquecer os juros selic deveráo ser diminuídos mais rapidamente, até aí o Antonio Machado nada falou... mas o importante é termos consciência de que os juros selic está exorbitante e isso é anacrônico para nossa atual situação econômica e orçamentário-finaceira.

Temos de enfrentar esse mal que é a Selic obtusamente alta a bem das finanças públicas e parar com remuneração a banco de forma desmotivada!! Alguém por favor se levante contra nossa prisão no ciclo de "aumento de juros-inflação por problemas externos-aumento de juros". Há inflação interna do preço de serviços, tudo bem, mas no cômputo das razões internas de pressão inflacionária, qual é sua importância?

Ninguém descama as causas da inflação para cuidar de cada uma em medida ideal. Sempre e somente se aponta aumento de juros ou manutenção de juros altos para tudo!!! Isso é uma ignorância.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Crítica aos artigos de 18/08/2011 da Miriam Leitão: “Economia desacelera, mas não caminha para recessão” e “Crise econômica está por trás dos..."

Crítica a dois artigos de hoje, 18/08/2011, da Miriam Leitão: “Economia desacelera, mas não caminha par a recessão” e “Crise econômica está por trás dos protestos na Espanha”

Vejam, acessem os artigos abaixo:

http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/08/18/economia-desacelera-mas-nao-caminha-para-recessao-399481.asp
http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/08/18/crise-economica-esta-por-tras-dos-protestos-na-espanha-399471.asp

O que está errado nesses artigos? Ambos dão boas informações e informações objetivas corretas. Mas o erro, na minha perspectiva, está na idéia descrita no segundo de que “nenhum bom momento dura para sempre”, recado que, segundo a Miriam a Espanha com seu alto desemprego para jovens dá ao Brasil, depois de período de bonança quando entrou para a Zona do Euro. Assim como a idéia passada no primeiro texto de que a queda grave de atividade econômica demonstrada pelo índice IBC-BR em junho, com queda de 0,29% (indicativo de possível início de recessão) é “pontual” (será pontual se pararem de exigir aumento de juros Selic já mais que criminosamente demasiado para a relaidade nacional e mundial).

Vejam, as duas conclusões estão tratando as conseqüências como se fossem autônomas em relação às suas causas, o que dá a impressão de que são fatos surpreendentes e fortuitos, que aconteceram por acaso... que são fatos apresentados tão-somente pela economia brasileira que andava forte e agora teve um “ponto” de fraqueza e que o desemprego espanhol também foi algo fortuito e que pode acontecer conosco, ou seja, nossa maré de sorte pode mudar a qualquer momento e, pior de tudo, a conclusão e o clima que quer se instaurar de “controle de gasto público” e medidas contendoras de despesas como se nos preparássemos para um inverno rigoroso, que como se sabe, vem, independente do que o homem possa fazer, já que o clima ninguém controla.

Essa abordagem é mecânica. Essa abordagem é desinformativa. Essa abordagem é alienante do leitor em relação ao processo de causas e conseqüências dos fatos econômicos.

Na Espanha o desemprego não veio à toa. A “maré” não mudou por acaso. Foi um desastre construído. Nada estaria assim se não houvesse a crise dos subprime de 2008. A Espanha estava afogada em títulos subprime e quando a corrente quebrou nos EUA, veio bater pesadíssimo na Espanha. Portanto, não foi porque ela ganhou muito dinheiro quando entrou para a Zona do Euro e gastou exageradamente suas contas públicas.

Depois da crise, o Estado Espanhol teve de resgatar os bancos e a área privada, consequentemente ficou altamente endividado e não conseguiu ainda debelar os efeitos tóxicos dos títulos subprime podres que teve de comprar. Sua economia ainda não se recuperou mesmo com todo o dinheiro público investido nesse sentido e os jovens espanhóis sofrem e sofrerão por talvez 5 a dez anos, com toda a certeza. Não há novidade. Nem há que deste fato imaginar-se que com o Brasil pode ocorrer o mesmo. Nossas variantes são outras e devem ser consideradas autonomamente.

A abordagem da Miriam nesses artigos, portanto, são alienantes, ao meu ver. É claro que hoje estarmos bem não é garantia de que amanhã estaremos bem, mas o que conduz ao nosso mal não será o que conduziu a Espanha, pois não trabalhamos com subprime. Concordaria 100% com ela se ela desse o alerta no sentido (ela até alerta para que nosso consumo tenha controle) de indicar que as operações de empréstimos devem ter regras mais rígidas, assim como o controle das operações bancárias de crédito, mas para mim a abordagem foi mais genérica, e comparando genericamente o fato espanhol de desemprego de jovens com uma “ameaça futura e incerta ou inespecífica” quanto ao futuro do Brasil. Aí o erro. E aí vejo a preparação do terreno ou vitaminização do terreno argumentativo para o mantra do “controle de gastos públicos”, contenção de “inchaço público” e a ladainha irresponsável de sempre, desconsiderando nossa capacidade de arrecadação e a necessidade do povo brasileiro de melhora do serviço público.

O mesmo se diga do argumento sobre o índice do Banco Central que mede a atividade econômica, o IBC-BR, indicar para junho de 2011 queda na atividade de 0,29%. Por que é tão surpreendente? Como falamos aqui, as coisas não mudam de uma hora para outra... isso só ocorre nos jornais de grande circulação que apresentam abordagens populistas e vendáveis, de acordo com o seu interesse editorial.

Ora, se a inflação medida em março de 2011 chegou a 0,77% e em abril caiu para 0,45% e em maio marcou 0,15%, em junho idem e em julho 0,16% (ver p.s. 21/08/2011), sabendo todos que a partir de setembro o índice anual de inflação passaria a cair, não era de se esperar esfriamento da atividade econômica? A queda a 2/3 do INPC em um mês e depois outra queda pela metade no mês seguinte não indica arrefecimento de atividade?

Agora, para quem dizia que as famílias continuam comprando muito, mesmo endividadas, e que o aumento do tomate em 50% demonstra descontrole inflacionário e que o INPC cair mas o índice de serviços estar em 8% significa que a inflação engolirá o país.. aí, gente, para estes analistas o índice do IBC-BR de junho, indicando queda na atividade econômica, é surpreendente.

Como defendemos aqui, a continuidade de alta de juros Selic enquanto o índice mensal IPC caía foi um crime incentivado pela mídia. Pressionar por aumento de juros SELIC enquanto todos sabiam que as medidas macroprudenciais de contenção ao crédito somente demonstram efeitos em seis meses, foi um crime incentivado pela mídia. O relatório FOCUS, que é a média organizada pelo BACEN de estimativa inflacionária feita por 100 organizações privadas financeiras e de índices do mercado, indicando aumento de inflação enquanto o índice mensal caía francamente mês a mês, foi um crime e um estelionato nacional de Juros SELIC para os bancos.

Então, nós no Blog vínhamos alertando. Agora, o crescimento do Brasil para 2011 será abaixo da meta de 4,5% a 5%. Será de 3,94% se tudo for bem, apesar de Mantega alimentar expectativa de 4,5%. Isso é menos emprego para brasileiros.

Nós podemos ter vida autônoma e feliz e responsável, aumentado empregos e riqueza dos brasileiros, mas não será com uma mídia que só prepara terreno para crescimento exclusivo de lucro de banco. Lucro de banco e instituições financeiras com Selic não se coaduna com verdadeira governança de contas públicas nem com política industrial ou de melhora de prestação de serviço público. A visão de curto prazo de lucratividade de bancos está impedindo o Brasil de atingir suas potencialidades econômicas, o que, no longo prazo beneficiaria os próprios bancos.

Verdadeira governança de contas públicas não é meramente encerrar gastos públicos. Isso qualquer idiota pode fazer: juntar dinheiro. Governança de gastos públicos é igual a governança de investimento público e pressupõe ponderar receita tributária, fluxo de receita, verificação de necessidades de investimentos e compatibilidade entre investimento e receitas de forma a nunca dar conta negativa. Isso é gerência de gasto público com foco na melhoria do País para os seus habitantes.

E o pior é que, quando o erro do exagero na aplicação de juros Selic bater na economia, retirando empregos e prejudicando o crescimento, se o BACEN não mudar de postura de satisfazer as chantagens de mercado, quando a economia começar a realmente ser prejudicada, como já está sendo, com desindustrialização do Brasil, nesse momento o mesmo mercado que puxou o Brasil e o Governo para o fundo, apontará que o problema é do Governo. Apontará a “incompetência” do Governo Federal para gerenciar a economia e apoiará a oposição para as próximas eleições, com a “evidência” de maus números econômicas criadas pelo próprio mercado como pano de fundo de suas reivindicações!!

É isso o que vejo como pano de fundo desses dois artigos criticados: visão mecânica dos fatos, desconexão entre causas e conseqüências econômicas no Brasil e na Espanha e preparação retórica para a repetição do mantra genérico de “controle de gasto público”, sem ponderação de fluxo de receitas e das necessidades de investimento no serviço público prestado ao brasileiro e seus familiares.

p.s. 19/08/2011: texto revisto e ampliado

p.s. 21/08/2011: o índice inpc de 2011 é de 0,94 em janeiro, 0,54% em fevereiro, 0,66% em março. 0,72% em abril, 0,57% em maio, 0,22% em junho e 0,00% em julho. PAraconferir, acesse http://www.portalbrasil.net/inpc.htm
O índice IPC-A de 2011 é de 0,83% em janeiro, 0,80% em fevereiro, 0,79% em março, 0,77% em abril, 0,47% em maio, 0,15% em junho e 0,16% em julho. Observe que quando mencionei o evidente decréscimo inflacionário, me referi ao IPC-A, mas a partir de abril, o INPC indicou o mesmo. Para verificar o índice do IPC-A para 2011, acesse http://www.portalbrasil.net/ipca.htm

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Artigo interessante sobre a teoria marxista sobre a dependência

Pessoal, trago a dica de um artigo, oferecida pelo Blog do Theotônio dos Santos, que trata da visão unilateralista de FHC que amadureceu no Brasil de 1964 até 1985, culminando na junção de pobres e ricos a favor da democracia e liberdade, sob um prisma interno brasileiro chamado "teoria do autoritarismo", esquecendo a perspectiva global do movimento capitalista enquadrando o Brasil em uma rede de trabalho e capital chamada "teoria da dependência".

O artigo está disponível e é muito interessante. O artigo "História de um não-debate: a trajetória da teoria marxista da dependência no Brasil", de Fernando Correa Prado, trata do "não-debate" ocorrido entre estas duas visões sociológicas sobre o período político vivido no Brasil e no mundo a partir de 1960/1970, quando os defensores da visão "dependentista" foram expulsos do País e a visão de FHC teve amplo campo para se consolidar, sem haver um questionamento sobre embate de classes e sem haver um questionamento sobre o movimento em bloco mundial do centro capitalista para organizar o capital e trabalho no mundo e concretizar a "dependência" necessária da periferia mundial em relação ao capital do centro, ao passo em que esta periferia ofereceria a matéria-prima necessária para a continuidade do desenvolvimento e enriquecimento do centro. E nós nessa periferia.

Não quero aqui fazer essa discussão. Quero dar margem à circulação de informação e possibilitar o debate. Talvez, por sorte, de certa maneira, o melhor para o Brasil tenha ocorrido com a difusão da "tese do autoritarismo" de FHC, pois uniu a população ao invés de criar um antagonismo baseado no embate de classes.

Para mim isso é bom, pois sou social-democrata e não socialista ou comunista. Quero capitalismo com segurança social. Quero Estado de Bem-Estar Social como o que existe na Europa. Pelo que vi e li, concluí que é o melhor para um país e seu povo, sem dúvida alguma (mas com certeza mais fácil de ser alcançado por países como o nosso: rico, unido, educado e organizado, mesmo que não como gostaríamos ou mereçamos).

Mas o debate sobre a teoria da dependência é importantíssimo (cujo autor/defensor brasileiro mais conhecido é Theotônio dos Santos)!! Porque nos dá uma dimensão de controle de movimentos em política internacioanl, que realmente afeta a nossa vida e de nosso país, que sem ela é impossível. Quem lê o livro "Trilateral - a Nova Fase do Capitalismo Mundial", edição esgotada da Edtitora Vozes, tem um choque de lucidez que dificilmente terá sem ter acesso à teoria da dependência, totalmente presente no livro. E com provas, fatos e trasncrições de documentos oficiais da Comissão Trilateral Americana.

Selecionei um trecho do artigo e em seguida ofereço o endereço de acesso.

Transcrevo o trecho:

"Aqui, na verdade, houve um não-debate, e em seu lugar existiu uma leitura unilateral em relação às contribuições vinculadas ao marxismo e à luta revolucionária latino-americana. Tais contribuições, além de terem sido alvo da censura e da perseguição política, sofreram um sistemático trabalho de deturpação intelectual, no qual o ex-presidente e sociólogo Fernando Henrique Cardoso teve um papel central, contando também com a conivência de diversos intelectuais de peso e com uma tenaz inércia intelectual, que apenas recentemente tem sido rompida. No Brasil, foi se construindo uma espécie de “pensamento único” sobre o tema a dependência centrado em grande medida na perspectiva defendida por Cardoso, de tal modo que se firmou um relativo desconhecimento – e até mesmo deformação – das contribuições inscritas na tradição marxista, dentro da qual estariam as obras de Andre Gunder Frank,Theotônio dos Santos, Vânia Bambirra e, principalmente, Ruy Mauro Marini. Revelar em linhas gerais como isso foi produzido e reproduzido em diversas e influentes publicações é aprincipal intenção deste artigo.
Para tanto, na sequência será apresentado primeiramente o começo do que se pode chamar de verdadeiro “boicote” intelectual à teoria marxista da dependência, apontando algumas referências de textos em que Cardoso busca pautar sistematicamente o debate sobre o tema no Brasil. No terceiro ponto, o artigo passa a mostrar outras referências também reveladoras de como o bom debate nunca se deu entre vários importantes intelectuais brasileiros, assinalando que, na mais indulgente das hipóteses, existe uma “inércia intelectual” no sentido de levar adiante a repetição das interpretações oferecidas pela pluma nada balanceada de Cardoso. A quarta seção sobre a “inércia intelectual” e “as ressonâncias atuais” é aberta com um resumo das principais críticas cunhadas em torno à obra de Andre Gunder Frank, Theotônio dos Santos e Ruy Mauro Marini, críticas estas que, como se verá também nessa parte, seguem repetidas sempre que possível, isso quando não se criam novas críticas insustentáveis. Por fim, no que seria uma conclusão provisória – já que este tipo de trabalho de “limpar o terreno do debate” é coletivo e, claro, não termina aqui –, apontamos algumas consequências políticas do histórico não-debate teórico sobre a estrutura dependente e periférica do Brasil dentro do sistema mundial capitalista, deixando em aberto a necessidade de seguir e ampliar a recuperação crítica e prospectiva da teoria marxista da dependência, como uma da possíveis formas de se apropriar das ferramentas teóricas adequadas para a compreensão do papel da América Latina no atual sistema mundial capitalista."


Acesse o artigo em http://theotoniodossantos.blogspot.com/2011/07/bom-artigo-sobre-teoria-marxista-da.html

Boa leitura.


A coleção de erros das agências de rating

Pessoal, fico feliz em apresentar para vocês uma lista dos erros das agências de rating (Standard And Poor's, Ficht e Moodys) apresentado pela Miriam Leitão no ótimo artigo em seu blog, datado de 13/08/2011, intitulado "S&P e EUA", que enaltece a deciusão da S&P em rebaixar o rating dos EUA em função de sua dívida, déficit e semi-racha político.

Como sempre falamos o baixa do rating dos EUA demorou demais e há fatores geo-políticos e geo-econômicos que justificam o porquê de haver tratamento diferenciado na classificação americana, européia do resto do mundo, ou seja, Ásia, África e América-latina.

A lista de erros das agências apresentados pela Miriam está ótima e eu não poderia omitir de vocês para exemplificar os motivos pelos quais sempre reclamei das agências de rating.

Aí vai:

"Quando foi que as agências erraram? Sendo breve: os países da Ásia que quebraram em 1997-98 eram grau de investimento, em sua maioria. Elas não viram a crise. Quando rebaixaram, agravaram a corrida contra as moedas. A AIG era AAA até quebrar, com um rombo de US$ 80 bilhões. Foi rebaixada às pressas. O Lehman Brothers era A até quebrar. Elas não viram o que poderiam ter visto. Desde março de 2008, quando o Bear Stearns teve dificuldades e foi socorrido, estava claro que havia uma crise bancária e a AIG garantia ativos cada vez menos confiáveis. Elas não viram a bolha de crédito se formando no subprime e, pior, fizeram parte do trabalho interno que produziu a bolha. As agências orientavam seus clientes sobre produtos financeiros que depois de criados recebiam boas notas, mas eles eram, na verdade, tóxicos.
Na atual crise, elas demoraram a ver os problemas da Grécia. Portugal estava dois degraus acima do Brasil na véspera de ser desclassificada para a categoria “lixo”, pela agência Moody’s. No rebaixamento americano, a S&P mandou ao Fed, com antecedência, um rascunho da nota que divulgaria. O Fed encontrou um erro de cálculo de US$ 2 trilhões nas contas da agência. Ninguém pode dizer que isso é um quantia desprezível."


Acesse o artigo completo em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/08/13/s-e-eua-398443.asp

Fica aqui o registro da lista de erros gravíssimos dessas agências. O FMI também errou muito prejudicando por décadas o crescimento da América Latina. O Brasil foi muito criativo, como sempre, em tentar seguir as indicações do FMI mas com receitas brasileiras, todas sem êxito até o plano real. Mas tentativas brasileiras.

A Argentina colapsou, tendo sido uma exímia seguidora, principalmente na época Ménem, da cartilha do FMI, ou seja, Consenso de Washington. Não à toa conseguiu desonto de 75% na dívida com credores, o que não foi obtido por mais ninguém até hoje. Isso ocorreu por dois motivos: o FMI admitiu que errou ao ser intransigente nas exigências de austeridade fiscal.. houve até adoção paritária oficial com o dólar durante um tempo, o que significa abrir mão de autonomia monetária!! E a outra coisa foi que na crise a Argentina começou a criar uma "moeda social". A força de trabalho era moeda de troca, já que o dinheiro argentino nada mais valia. Se isso virasse moda, o capitalismo mundial corria o risco em ser substituído, arruinando todo o sistema capitalista como conhecido e sem previsões sobre como ocorreria o arranjo da força econômica mundial sob este sistema. Naturalmente, países populosos sairiam na frente.. mas aí a cogitação vai longe...

O fato, senhores, é que hoje, tudo o que diziam que nós latinos não podíamos fazer, os americanos e europeus estão fazendo: intervenção em empresas, estatização, controle de fluxo de capitais, mais regulamentação de mercado, aumento de impostos..

Isso é para todos nós aprendermos que quando o problema é com os outros, é fácil ser severo, mas quando o problema é consigo (hoje, países centrais) a receita é mais leve e todo mundo entende.

Fiquemos com estas observações e passemos a ouvir nossos economistas que têm como foco, como sempre tiveram, o crescimento do País... não repitamos automaticamente os que estrangeiros falam ou entendem sobre nós. Todos falam mal da China, mas é quem domina o mundo atualmente, com crescimento elevado, com melhora de renda percapita, com emprego e é o país que, junto com Brasil, Rússia, ìndia e mais uns 5 emergentes, está levando o mundo na costas.

Não podemos acreditar na verdade dos outros. Temos de ouvir a verdade dos outros e concluir, sempre, as nossas.

domingo, 14 de agosto de 2011

Comentário sobre a recente declaração de Nouriel Roubini

Recentemente Nouriel Roubini, economista que ficou mundialmente reconhecido por prever a crise financeira mundial de 2008, segundo notícia recente do Jornal O Globo, apresentou declaração em seu blog sobre tendências econômicas mundiais.

Não tenho o artigo aqui, mas lembro que me chamou atenção o fato de que ele sugeriu que a crise que os EUA e a Europa vivem indica que Karl Marx estava certo quanto à afirmação de que as bases em que se pautavm o capitalismo, ou seja, de constante transferência de riqueza do pobre para o rico, matariam o próprio capitalismo, e que faliram tanto o sistema do "laissez faire, laissez passez" quanto o Estado do Bem-Estar social europeu, sendo necessário uma refundação de prátias econômicas em que deveriam ocorrer, em síntese, construção de instrumentos que dessem mais segurança social e econômica (um pouco mais de Estado), sem retirar a liberdade de mercado, o qual deveria ser mais regulamentado.

Gente, isso foi pura jogadinha de marketing. O que Nouriel Roubini propõe é o capitalismo europeu (Estado do Bem-Estar Social) com mais regulamentação de mercado. Só. Foi a desregulamentação de mercado que quebrou tudo.

O Estado do Bem-Estar Social Europeu é o melhor sistema mundial de equilíbrio entre a liberdade empresarial e a oferta de uma segurança social e econômica mínima à toda a população de um país. A crise não mostra que faliu o Estado do bem-estar social,... a desregulamentação de mercado criou produtos financeiros de risco. Em seguida, o próprio mercado lastreou a confiabilidade desses produtos que eles mesmos criaram e ninguém apontou seus reais riscos. Como consequência, quando os riscos se concretizaram em perdas, os títulos tinham circulado muito e toda a economia foi tombando. Enfim, a solução foi os países europeus e os EUA, com economias muito boas (EUA já estava mal por causa de Bush filho), tiveram de socorrer seus bancos e empresas, transferindo a dívida privada para a dívida pública!!! Aí, o Estado do Bem-Estar Social europeu está ficando em risco agora, por pressionar custos estatais.

Então, Nouriel mentiu. O Estado do Bem-Estar Social é possível desde que o mercado fique regulado para não se exceder e levar a economia pública à bancarrota, tornando impossível bancar a assistência médica, social e de previdência à toda a população.

O que Nouriel prova é que gênios muitas vezes tem uma grande obra em sua vida... e já é muito. Previu a maior crise econômica desde 1929, quando todas as agências de rating distribuíam triplo A e chancelavam a sanidade financeira de empresas e bancos que no fim mostraram-se falidos!!!

Agora, o que sugere é o que já existe na Europa, mas com regulamentação que, inclusive, já existe no Brasil. Grande gênio... rsrsrrs

p.s.: 15/08/2011 - texto revisto e ampliado

Números de Mantega para a economia brasileira em 2011

Pessoal, comento agora uma entrevista do Ministro da Economia, Guido Mantega, dada paru a revista "Isto É Dinheiro", de 22/06/11, pgs. 40/43.

A entrevista era sobre as perspectivas econômicas para o Brasil durante essa crise em 2011. Quais os riscos para a economia brasileira? Quais os riscos para o descontrole inflacionário?

Mantega, com aquela sua segurança característica passou tranquilidade e controle sobre os números e trouxe os números que vê para a econmia no fim deste ano, independente do que o mercado especule. Como concordo, trago a vocÊs para que vocês comparem com as previsões que mudam dia e noite no mercado e possam conferir no fim do ano se o que Mantega disse não se realizou.

Mantega informa que a meta do Brasil é de inflação em 4,5%, com margens de mais 2 p.p. (pontos penrcentuais) para cima ou para baixo. E que a meta de crescimento é de 5% ao ano. Assim, este ano de 2011, o Brasil fechará a inflação entre 6,1% e 6,2%, em dezembro de 2011, não interessando o furo eventual da meta em um ou dois meses do ano de 2011. E o crescimento será de 4,5%, segundo ele afirma.

Ou seja, para vocês que nós acompanham, ele diz o que sempre dissemos: 2011 terá crescimento e controle inflacionário. O Brasil não será engolido pela crise de 2011 nem há espaço para catástrofe, como os jornais muitas vezes tentam incucar na população para alimentar uma idéia mentirosa de descontrole. O Blog Perspectiva Crítica não vê isso e Mantega também não.

Mantega informa que o número ideal para o desmprego no Brasil é de 6,4% e não muito abaixo disto, pois isso já significa que há pleno emprego em várias regiões do Brasil, como já acontece hoje (desemprego de 4,5% para baixo é considerado pleno emprego, pois a rotatividade natural de trabalho já geraria esse número de desemprego).

Mantega informa que o déficit público que o Ministério da Economia está perseguindo é de 2% do PIB. Importante notar que para ser integrante da união Européia o déficit aceitado é de 3% ao ano. Assim, a meta da Fazenda é mais exigente. Nâo houve menção sobre superávit primário, mas ao que sei, haverá manutenção de superávit primário de 3,1% ao ano até que a relação dívida/pib chegue a níveis baixos. Ninguém diz que nível é esse, mas eu entendo que seria 25%, pois esse é o nível da Coréía do Sul, Chile e dos EUA no auge da boa administração de Bill Clinton (os três países e situações que eram e são elogiados como modelo de controle marcoeconômico).

Mantega afirmou que o crédito, depois do aumento de juros Selic e de medidas de contenção de crédito(medidas macroprudenciais), diminuiu seu ritmo de crescimento de 20% ao ano, agora cresce a 13%, o que é sustentável. A meta para crescimento de crédito é de 13% ao ano, portanto, atualmente. Para aumentar isso, sem crise, somente com aumento de poupança interna, o que não foi comentado.

Não foi objeto da entrevista, mas é sabido que nossas reservas são de US$ 350 bilhões e que os compulsórios são de R$ 420 bilhões. Portanto, a falta de crédito externo para a nossa economia não teria como nos criar grande impacto de curto prazo, sendo certo ainda que nossos titulos da dívida são altamente cobiçados, podendo ser lançados caso precisássemos de dólares para girar a economia, o que hoje estamos até tentando impedir que entrem em excesso.

Assim, ficam boas informações e boas perspectivas para o País, nessa crise. Fiquem com isso para ter uma base real e séria sobre os rumos e o estado de nossa economia brasileira nessa crise. Enquanto todos os países ricos estão comdívidas subindo, a nossa está decrescendo. Enquanto eles encaram risco de recessão, tendo de usar juros negativos para estimular a economia, nossa economia tem que ter o crescimento contido com medidas ortodoxas (como aumento de juros - com o que discordo..).

Tudo isso mostra que nós estamos em excelente situação e que o Governo não tem interesse em desfocar de suas metas, queira o mercado interpretar contra ou a favor. O Brasil segue, e muito bem, seu rumo. Acompanhem e vejam o mercado expremer suas perspectivas para ao fim do ano, acabar sendo obrigado a reconhecer que o que ocorrerá, apesar de ter tentado pressionar os números e as expectativas de forma irresponsável com vistas a aumentar seus lucros financeiros, será o atingimento das metas do governo.

Estou esperando e acompanhando.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Atitudes para o Brasil nessa crise de 2011: além do mantra "contenção de gasto público"

Pessoal, estou lendo que a partir de hoje analistas que pedem queda de juros estão ganhando mais espaço nos jornais de grande circulação... demorou, mas chegou. Como nós pedimos desde fins de 2010 e antes.. aumento de juros Selic quando o mundo pratica juros negativo era risível... mas, fazer o quê se os financistas ainda mandam no Brasil?

Agora que não se pode esconder que a inflação anual cairá em setembro, alguma coisa tinha que mudar... como não querem aumento de investimentos de governo, para debelar a queda muito grande do crescimento econômico brasileiro de 7,5% em 2010 para 3,96% em 2011, alguma coisa eles tinham de apresentar como saída: baixa de juros Selic! rsrsr

Somente agora estão convencidos de que a inflação baixará... não é convencimento, gente, é constatação do óbvio. Atrasaram o que puderam para obter o máximo de aumento possível de juros Selic e garantir juros reais altos para a banca financeira, mas agora não dá mais para dizer que a inflação está fora de controle.

Bem, assim como mentiram e estavam errados, o que de fato deveria o País fazer? E como deveria ser esse "controle de gasto público", alardeado como mantra e verdade absoluta e incontestável?

As medidas para um País seguro e saudável são:

1 - Continuidade de compra à vista de moeda estrangeira (dólar) em excesso para não deixar o câmbio entrar em nível que acabe com nossa exportação, ou seja, continuação de aumento de reservas cambiais. Tem custo, mas é um custo pequeno para garantir nosso PIB de 2 trilhões de dólares. Pode-se também adotar, se for necessário, o método chinês de enxugamento de dólares com emissões de títulos de divida, mas não com o juros Selic de hoje, pois isso sairia mais caro do que comprar a moeda à vista como o BACEN vem fazendo.

2 - Continuar investimentos públicos e melhoria de serviço público, dentro de patamares que estejam abaixo da arrecadação. Ou seja, nós temos demanda por serviços públicos e o Brasil não pode parar. O gasto público, portanto não pode parar. Isso não existe. Somente tem que ser dentro da Lei de Responsabilidade Fiscal, abaixo da previsão de receita, mantendo relação dívida/pib decrescente.

3 - Deve manter-se relação dívida/pib decrescente. Isso pressupõe não congelamento de gasto público. Isso seria burrice com necessidade de re-estruturação e carência de infra-estrutura e contratação de mais servidores para prestar serviço público de qualidade e em quantidade para a população. Portanto, pode haver gasto e até aumento de gasto público, desde que seja compensado com a previsão de receita.

4 - Mantega é ótimo em atacar os canais pelos quais o mercado sangra o País. Continuar aumentando IOF em operações financeiras especulativas que desestabilizem o mercado, desestimulando essas operações. Os aumentos devem, como foi imaginado e executado pelo nosso Ministro da Economia, retirar a remuneração extra que se obtém no Brasil, em comparação com a remuneração obtida no mercado internacional ou em outras operações regulares no Brasil. Retirando essa remuneração extra, esse lucro extra do capital especulativo, as operações "espertas" perdem sentido e estímulo.

5 - Baixar urgentemente juros SELIC!! Somente a baixa do juros público já gera diminuição de gasto público com juros de dívida pública, além de desestimular vinda de dólares excessivos par aplicar em títulos do governo brasileiro, o que também diminuiria a pressão cambial que supervaloriza o real e superdeprecia o dólar. Isso poderia até diminuir a exigência de adoção de medidas no mercado como aumentos pontuais de IOF, facilitando a vida de Mantega.

6 - Já deve-se pensar em alterar as regras de remuneração de poupança para quando nossos juros selic voltarem a 8% ao ano... senão, ao alcançar este patamar os investidores saem dos títulos de dívida brasileiros e vão para a poupança, prejudicando o financiamento da dívida brasialeira.

7 - Deve-se adotar um mecanismo de controle de compras e vendas de imóveis em âmbito nacional para proteger o brasileiro de enxurrada de valores estrangeiros para nosso mercado imobiliário, transformando os brasileiros em uma massa de inquilinos em nosso próprio país. Deveria haver extensão do limite de compra de imóveis rurais (40% estrangeiro e 60% brasileiro) para os imóveis urbanos.

8 - Tudo deve ser feito para garantir normalidade de ambiente de investimentos no Brasil, continuidade de crescimento econômico, continuidade de diminuição de relação dívida/pib brasileira, continuação de aumento de salário mínimo, continuação de aumento de infraestrutura brasileira, crescimento de indústrias brasileiras, manutenção de empregos brasileiros e continuação de profissionalização e valorização dos servidores públicos brasileiros.

Isso é o que enriquece a Nação, não parada de "gastos públicos" a qualquer custo e sem motivação. A economia é muito complexa para que a resposta seja uma só, ou seja, "contenção de gasto público". A nossa mídia é ridícula.

p.s. 13/08/2011 - texto revisto e ampliado

p.s. 19/08/2011: quero deixar claro que a baixa de juros Selic que sugiro, claro, não é irresponsável. Tem de haver a meta para normalizar a Selic, isso é inafastável, mas o juros é um instrumento forte de controle inflacionário e a inflação tem que ser controlada. Mas como falamos aqui, pode-se arrochar medidas macroprudenciais enquanto se diminui juros selic. Por quê? Porque você inibe o consumo sem aumentar dívida pública, só isso. Tem muito crédito na economia brasileira, então diminua-se um pouco para diminuir, aí sim, pressão de demanda. Agora, não se pode ficar satisfeito com o juros Selic nas alturas e exigindo-se do Ministro da economia um mojnte de medidas heterodoxas para impedir as consequências nefastas de atração excessiva e artificial de capital estrangeiro. Vou abordar o tema em artigo.

Itália propõe imposto de solidariedade sobre ricos para diminuir Déficit

Gente, vejam essa notícia publicada na coluna da Míriam Leitão de hoje, 12/08/2011, intitulado "Medidas para enfrentar a crise : Itália terá imposto de solidariedade sobre rendas mais altas"... a proposta é de haver a incidência de um imposto extra de 5% sobre quem ganha renda acima de 90 mil euros e de 10% para quem ganha acima de 150 mil euros (acredito que renda anual, claro) a título de solidariedade com o País para diminuir o déficit público.

Isso é atitude de País unido... enquanto nos EUA os ricos condenam os pobres, retirando assistência médica e assistencia social de quem precisa, na Itália propõe-se que quem ganha mais contribua mais.. que diferença...

Os políticos norte-americanos são ridículos e nazistas.. tenho muita pena do povo norte-americano. Vocês já viram o filme de Michael Moore "$O$ $ICKO"? Coitados dos norte-americanos.. pobres, é claro.

E a gente achava que Odorico Paraguassu e Justo Veríssimo eram caricaturas do político interesseiro, egoísta, ladrão e anti-ético no Brasil.. são coelhinhos da Páscoa perto dos políticos republicanos norte-americanos.

Bom, de qualquer forma, vamos ver se a proposta emplaca.

Grande mídia fica órfã de seus modelos estrangeiros

Estou penalizado. Com os países centrais do capitalismo mundial indo para o buraco, como ficará nossa grande mídia brasileira? Como poderá a grande mídia comparar o Brasil e apontar todos os seus "recorrentes", "eternos", "naturais", "endêmicos" e "inafastáveis" erros em relação ao "mundo rico"?

Como ficam nossos jornalistas americanófilos? E os eurocentristas? Como ficam nossos analistas econômicos e políticos que nunca viram o Brasil como ele é e nunca tiveram o foco em ajudar o desenvolvimento do país mais do que vender notícia com fáceis comparações diretas entre os números das economias centrais e da nossa economia?

Essas comparações nunca foram de nível. Essas comparações nunca dissecaram nossa situação diferente de necessidades em investimentos públicos. Essas análises nunca tiveram o foco na melhoria da qualidade de vida da população a ser obtida no menor tempo possível, no resgate da pobreza. Era sempre "controle inflacionário" a qualquer custo e comparação com os números de pib, renda percapita e inflação com países que já tinham feito todos os investimentos em serviço público, que já ofereciam a seus cidadãos qualidade de vida..

Essas comparações eram sempre superficiais e a autoridade que a situação visivelmente melhor daquelas civilizações, frente à nossa, garantia à pretensa correção de seus argumentos, sempre emprestou grande credibilidade e lógica às suas primárias conclusões apresentadas de "controle de gastos" e "controle da inflação".

É claro que nós sabemos que jornalista não é economista (George Vidor, exceção, é.. e o nível é outro da sua informação porque ele considera sua imagem de economista). Mas eles têm responsabilidade em incentivar o fluxo de informações e o debate em relação a como o país poder atingir suas metas em ser maior, mais rico e melhor para todos, sejam indivíduos, sejam empresas.

Bem, o trabalho fácil para as empresas de mídia, principalmente da grande mídia, acabou. Seus magnânimos, lindos, brilhantes e estrangeiros modelos de países sucumbem à maior crise econômica mundial desde 1929, iniciada em 2008 e com reflexo forte neste ano de 2011 (culpa da quase total desregulamentação de mercado praticada por lá).

Pibs europeus e americano ficarão estagnados por anos. O Japão, ao atingir 100% de relação dívida pib nunca mais apresentou crescimento econômico considerável e nunca mais baixou sua relação dívida/pib, estando hoje em 250%. Como eu já falava há meses, limpar a relação dívida/pib dessas economias demorará uns 10 anos, com toda a certeza, a não ser que os bancos que carregam essas dívidas aceitem calote, como ocorreu com a Argentina. Aí é mole descer relação dívida/pib à metade. Isso não foi o que o Brasil fez. O Brasil pagou tudo. Modelo.

Espero que mais do que chorar por seus países-modelos, os jornalistas e analistas da grande mídia finalmente possam se desapegar dessas economias vacilantes, parem de admirar estrangeiros (além, muito além do que mereçam) e passem a olhar mais criticamente o Brasil. O olhar crítico pressupõe apontar reais erros e enaltecer os acertos. Significa não entrar na onda da visão estrangeira sobre o Brasil, como sempre fizeram, e dar crédito à própria visão brasileira sobre nossa situação. Significa não querer repetir automaticamente aqui o que ocorre no estrangeiro. Será não escrever com o foco em ser entendido pelos estrangeiros sobre a nossa realidade, segundo a perspectiva deles, mas apresentar a nossa, para que nós entendamos a nossa realidade, entendam eles ou não.

A minha impressão muitas vezes era a de que os nossos "jornalistas" no exterior tinham grande interesse que suas perspectivas fossem compreendidas pelos jornalistas e analistas estrangeiros, para ele ser admirado lá fora. Noticiar como os estrangeiros nos vêem é uma coisa, fazer análises e apresentá-las a nós, segundo a perspectiva estrangeira, como se fosse análise sua, ou seja, de um brasileiro para nós brasileiros, é triste.

Agora, órfãos de seus ídolos americanos e europeus, talvez esses jornalistas passem a olhar mais o Brasil como é, já que não poderão apontar a luz estrangeira. A luz agora é nossa. O modelo agora é o Brasil. E melhor, já que a correção de visões pessoais maduras é mais dífícil: os novos jornalistas não terão mais o centro do capitalismo como modelo e se desenvolverão em ambiente mundial em que o Brasil somente tende a crescer e ser cada vez mais admirado e modelo para todo o mundo capitalista. Uma geração de jornalistas com autoestima em ser brasileiro está sendo fermentada nas universidades.

Não acredito que os antigos jornalistas admiradores de estrangeiros o fossem por falta de brasilianidade. Acho que queriam que o Brasil fosse como os países estrangeiros de primeira linha, mas erraram em abandonar uma perspectiva autônoma brasileira sobre nossa realidade.

Espero que corrijam e ajudem o Brasil nessa nova fase. Ajudem-nos a prestar serviços públicos de nível a todos os brasileiros, como ocorre na Europa. Ajudem-nos a atingir metas de crescimento do PIB, de diminuição da relação dívida/pib, aumento de salário-mínimo aos níveis europeus, de profissionalização dos servidores públicos, de diminuição de juros Selic e tudo de melhor, com controle inflacionário.

Esses novos tempos exigem mais de nossos jornalistas. Já que ficaram órfãos de seus modelos, por favor, adotem o Brasil.

p.s. 14/08/2011: texto revisto e ampliado

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Informação interessante: os dez maiores canais de acesso ao nosso Blog

Pessoal, compartilho uma curuiosidade interessante. Vocês sabem quais são os canais de maior acesso ao Blog?

As estatísticas do Blog indicam para hoje, 10/08/2011, em exatos 15.515 acessos, como os dez maiores canais de acesso ao blog, totalizando 7.195 acessos, em ordem decrescente de acesso os seguintes:

www.google.com.br
www.bolhaimobiliária.com
www.google.com
www.google.pt
www.perspectivakritica.blogspot.com
www.br.answers.yahoo.com
www.facebook.com
www.pingywebedition.somee.com
www.anajus.org
www.opequenoinvestidor.com.br

Sendo que o primeiro é responsável por 1/3 de todos os acessos ao Blog.

Fico satisfeito por ver que há acessos de instituições que discutem investimentos (Bolha Imobiliária e O Pequeno Investidor), instituições de classe profissional (Anajus), um site de resposta e perguntas do yahoo e o próprio facebook. Também fiquei satisfeito porque o acesso direto ao site pelo endereço do próprio site ficou em quinto lugar.

Achei muito curioso o Google de Portugal ficar em quarto canal de mais acesso, mas a estatística aponta Portugal como o terceiro país que mais acessa o Blog, atrás de Brasil e EUA, somente. Apesar de a Alemanha constar como o segundo país de maior acesso geral, o acesso atual da Alemanha está muito atrás de Portugal e talvez em dois a três meses os EUA passem a Alemanha em acessos totais. Ninguém vai passar é o Brasil, responsável por mais de 90% dos acessos gerais e diários. Os demais países que acessam o blog em ordem decrescente são, após Portugal, Holanda, Canadá, Coréia do Sul, Reino Unido, França e, por último, Rússia.

Achei interessante e trouxe para vocês conhecerem esses nossos parceiros e a origem dos acessos.

Confirmação de que a inflação está e esteve sob controle em 2011

Artigo de hoje, 10/08/2011, no Jornal do Commercio on line, intitulado "Tombini: sensação de descontrole inflacionário sumiu", apresenta o seguinte teor para manifestação de Alexandre tombini:

"Tombini lembrou que no início do ano houve “alta significativa dos preços” no país, causada pelo aumento dos preços das commodities [produtos primários com cotação internacional] e dos preços administrados em janeiro e também pelos desastres ambientais, como as chuvas. Tudo isso trouxe impacto, principalmente, nos preços de alimentos."

Como sempre falamos, o aumento da inflação não ocorreu por conta de gastos públicos desenfreados, ou por causa de poucas altas de juros Selic!!!! Os problemas foram de origem estrangeira, com variação e especulação com as commodities (petróleo, ferro, soja, carnes, milho..), problema climático que prejudicou produçaõ alimentícia no mundo e concentração de reajuste de preços públicos (energia elétrica, ônibus), além de reajuste de mensalidade escolar. Também aumento de petróleo por conflagração no Oriente Médio no fim de 2010 e início de 2011.

É muito importante notar a real origem inflacionária. O Jornal O Globo, desinformando a população em massa, como toda a grande mídia fez, ajudou a banca financeira a pressionar o Banco Central por aumentos desnecessários de SELIC, quebrando o crescimento ecdonômico brasileiro para 2011, diminuindo a oferta de emprego a brasileiros e aumentando a dívida pública por conta de aumento de juros.

O Blog Perspectiva Crítica denuncia aqui esse crime de atuação da grande mídia de forma desinformativa, prejudicando o cidadão brasileiro, as indústrias brasileiras e a gestão da dívida pública brasileira.

E quero corrigir menções da mídia de que agora a partir de setembro "a inflação cairá". O que cairá a partir de setembro não é a "inflação", mas a "inflação anual"!! Mas para a inflação anual cair, a mensal tem que cair antes. Portanto, deixo claro (comno fiz em artigos anteriores e oportunos) que a inflação anual cai no País desde abril de 2011!! Junho foi 0,15%, julho o IPCA foi de 0,16%!! A meta é de 0,45%. Portanto o último aumento da Selic foi criminoso contra o País e totalmente desnecessário!!

Tem que corrigir o juros pra ontem, mas infelizmente será em quedas graduais lentas... tem que corrigir os juros brasileiros enquanto os juros estrangeiros estão negativos e enquanto há crescimento econômico e controle fiscal. E tem que alterar as regras de remuneração da poupança, para que quando chegarem os juros Selic em 8% ao ano os investidores não prefiram investir na poupança que tem regras que só fazem sentido em país com descontrole inflacionário!!!

Fazemos nossa parte e informamos a você leitor com mais qualidade e lhe antecipando fatos com segurança em até 6 meses em relação ao Jornal O Globo e à grande mídia. Não é por que temos bola de cristal ou somos geniais, mas é somente porque não omitimos informação nem deturpamos a realidade para vender notícia.

abs de seu concidadão

Mário César Pacheco

p.s.: acho importante um detalhe, gente: "controle de gasto" não é igual a não realizar gastos ou novos gastos, como a grande mídia tenta incucar na população. Qualquer empresa precisa fazer investimentos e efetuar gastos. Controle de gastos é efetuar gastos eficientes, efetuar gastos dentro da disponibilidade de arrecadação. Estado não tem que dar lucro como empresa, tem que atingir suas finalidades institucionais de prestar serviço público à sua população e melhorar a qualidade de vida de todos e manter ambiente saudável para investimentos. Portanto, se houver mais gastos, desde que não aumente a relação dívida/pib (hoje aesta relaçãoé decrescente), desde que resulte em manutenção e melhora de quantidade e qualidade de prestação de serviço público que esteja insatisfatório para a população e insatisfatório para a demanda social existente, esse gasto não é "gasto público". Trata-se, sim, de "investimento público" ou gerenciamento de arrecadação, dívida e investimentos públicos. Deixemos isso claro. Pela grande mídia não se gasta mais um centavo em nada no Estado. Isso prejudica o Estado, prejudica o aumento de prestaçao de serviço público necessário à população e desestrutura o Estado para fiscalizar o mercado e criar condições para continuidade de crescimento do País e oferta de emprego.

p.s.2: o artigo comentado somente tem um erro. Diz que Tombini informou que a economia do governo de "50 milhões" e a existência de meta fiscal contribuem para o controle. A economia foi de 50 bilhões de reais. Corrijo, assim, o erro de informação do artigo do Jornal do Commercio. E a menção sobre meta fiscal se refere à meta de superávit de 3,1% do PIB. Nós já atingimos 3,99%. Isso é exagero, devo dizer. Ao contrário de uma pessoa física, que quanto mais poupar melhor é, quando o Estado poupa além do devido ele deixa de prestar serviço público ou fornecer bens públicos (veículos militares, policiais, escola, postes de iluminação, pavimentação, obras públicas) à população. Portanto, o jornais nunca publicarão isso, mas é errado o Brasil poupar 3,99% quando a meta é 3,1%.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Comentário à coluna de Antonio Machado intitulada "O veneno do euro", de 09/08/2011, no Jornal do Commercio

Pessoal, isto ficou como post script do artigo anterior, mas é tão importante para te apontar boas informações sobre economia, que sou obrigado a garantir mais fácil acesso a você para você ver o que é um artigo de economia que te informa a fundo.

Transcrevo o conteúdo do post script portanto, com o objetivo de te incentivar a ler esse cara porque é muito sério e conhecedor profundo de macroeconomia global. Não poderia me omitir nem dar o devido destaque.

"Senhores e senhoras... eu apontei um artigo bom da Miriam hoje, né? Agora leiam a coluna publicada no mesmo dia de Antonio Machado no Jornal do Commercio de 09/08/11, mesmo dia, intitulada "Antonio Machado:O veneno do euro"... pô.. é brincadeira. O nosso objetivo no Blog é criticar artigos. Então vejam os dois artigos e me digam se o Antonio Machado não é o cara? Falou em mesmo sentido e sobre a mesma coisa que a Miriam, mas olhem o nível do detalhe e da quantidade de informação de alto nível técnico. É brincadeira. Seleciono três trechos como exemplo:
'Os mercados financeiros precisaram derreter, na quinta-feira, com a razia acompanhando a rotação da Terra a partir da Ásia, para que o receoso Banco Central Europeu (BCE) saísse da redoma e retomasse a compra dos títulos de dívida soberana dos países da Zona do Euro rejeitados pelo capital. Já foi a Grécia, que não encontra mais comprador voluntário para sua dívida, e hoje são Espanha e Itália.
Ou agia assim ou até o fim da semana não haveria união monetária possível na região que se tornou o epicentro da crise que sacode o mundo desde 2008, hoje mais lá que nos EUA, quando furou a bolha de crédito no mercado americano. A percepção de risco amainou, mas sem sustar na sexta-feira as perdas nos mercados globais. (...)'
'(...)Não há inocentes no embate entre os patrocinadores da bandalheira do crédito e os governos dos EUA e da Zona do Euro — os mesmos que os salvaram da bancarrota em 2008, transformando dívida privada em pública, que agora repudiam, testando a capacidade de solvência de Tesouros nacionais arruinados por tais resgates e laxismo fiscal. (...)'
'(...)Os ataques recomeçaram, mas agora contra a Espanha, quarta maior economia do euro, e a Itália, a terceira, depois da França, sobre a qual já há questionamento sobre sua capacidade de crescer acima do serviço da dívida. A rigor, na Zona do Euro, só a Alemanha, os países escandinavos e a Holanda, todos com superavits externos, não estão “mal-falados” nos mercados. Há nisso um processo.
Para a banca e fundos, é como bater em morto, já que exploram as contradições de uma união monetária sem coesão fiscal e política. Mas não é só. Ao contrário do ocorrido nos EUA, o BCE não tirou da banca o grosso dos papéis podres, boa parte sob a forma de títulos de dívida soberana. Mesmo os países ajudados têm muita dívida não riscada dos balanços dos bancos. A ajuda de 109 bilhões de euros à Grécia, por exemplo, só dará para cortar 9% de sua dívida total.(...)'

Gente, é isso que você perde e muito mais não lendo Antonio Machado.. é covardia.

Não, cara, desculpa Antonio, mas vou publicar os dois trechos geniais finais. Pelo bem da informação da população. Foi mal. Vejam o nível da informação contida nesses dois trechos finais e vejam o que é ler a coluna do Antonio Machado:
'Então, fica assim: o mercado pede juros aziagos para rolar tais papéis, e agora de Espanha e Itália — economias viáveis em tempo normal, mas com dívida dependente de forte crescimento econômico.
Estudo do Centre for Economics and Business Research, um think tank inglês, diz que com dívida equivalente a 128% do PIB e 0,1% de crescimento econômico no primeiro trimestre, a situação fiscal da Itália só aguenta juros de 5%. No mercado, ela paga hoje 6%. A Espanha, com dívida pública de 75% do PIB, “com alguma sorte pode sobreviver”, diz o estudo. O dramático é que, quanto maior a perda desses papéis, maior a necessidade de capital pela banca e, assim, de aportes do BCE, vetados pela Alemanha, o sustentáculo do euro.
Mas sem riscar tais papéis, que são ativos podres para a banca e a pedra no caminho da Europa, não há crescimento na Zona do Euro, e mais difícil será a solução da crise para os EUA e no mundo.'
'Com o dólar, ainda que com má-vontade, demandado pelo mundo, os EUA não têm crise de dívida, mas fiscal, e agravada pela inépcia para fazer a economia crescer. Já a Europa não tem chance, com os US$ 2,2 trilhões de papéis de Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha, dos quais 81% com bancos europeus. Isso equivale, segundo estudo da Bedlam, gestora inglesa de fundos, a 59% do capital da banca europeia. O resto está com bancos dos EUA. Se todos forem forçados a dar baixa de 30% desse fardo, premissa razoável à luz das taxas com que os papéis têm sido negociados, a banca europeia terá perda de capital de 18%, e a dos EUA, 8%. Em tal cenário, a contração do crédito pode chegar a US$ 11,8 trilhões. É o tamanho da crise.'

Preciso comentar alguma coisa para vocês? Pô.. o domínio do cara é absurdo. Como é que alguém vai ler só o Globo e achar que tá informado sobre economia? Tá maluco!!! Assinem já o Jornal do Commercio os que se interessam por economia galera, não tem jeito."


Tenho muito pudor em transcrever trechos de colunas e artigos de outros jornalistas. E assim o fiz aqui. Transcrevi-os em partes muito maiores do que costumo para mostrar a todos o nível da informação processada pelo próprio autor, Antonio Machado, e enaltecer a função informativa do jornal que o veiculou, Jornal do Commercio. Não fazer essa explicitação da forma como fiz seria um grande desserviço aos leitores do Blog e ao País. O bom jornalista e o bom jornal devem ser festejados e tornados públicos por todos que assim possam proceder.

abraços a todos e fica a sugestão de fonte de informação como dica séria.

Coluna da miriam de hoje " Canais de Contágio" - boas informações

Pessoal, hoje, 09/08/2011, eu e Miriam Leitão estamos de pleno acordo. Sugiro a leitura da coluna dela de hoje, "Canais de Contágio". Concordo praticamente 100% com o que está ali. Vale a pena ler.

O problema mundial ñão tem a ver com nossa economia. A queda da bolsa brasileira reflete problemas externos e não internos mas isso não significa que somos imunes, claro. Nossa situação econômica é sólida e a segurança de nosso mercado bursátil faz dele a primeira opção de fundos e empresas e pessoas endividadas que precisam saldar obrigações. Assim, a nossa cai mais. Nosso mercado é tão sofisticado que cria essa possibilidade de liquidez melhor e, portanto, sofre mais em momentos como esse.

Sugiro a leitura da coluna e espero que Miriam ouça mais este tipo de analista. Os analistas que ela ouviu dessa vez não a induziram em erro e nem estão mal informados ou com segundas intenções ao passar informação. Dessa vez a análise que ela ouviu foi técnica e de qualidade mesmo.

abraços a todos e parabéns à Miriam. Quanto melhor ela fizer o trabalho dela, cientes nós de que ela é pressionada a trabalhar por informação, o que pode diminuir a qualidade produtiva diária, óbvio, melhor seremos informados. Ela é fonte boa de informação, isso é indiscutível. Os eventuais equívocos informativos corrigimos e apontamos aqui, mas a pedra bruta ela sempre traz.

p.s.: Senhores e senhoras... eu apontei um artigo bom da Miriam hoje, né? Agora leiam a coluna publicada no mesmo dia de Antonio Machado no Jornal do Commercio de 09/08/11, mesmo dia, intitulada "Antonio Machado:O veneno do euro"... pô.. é brincadeira. O nosso objetivo no Blog é criticar artigos. Então vejam os dois artigos e me digam se o Antonio Machado não é o cara? Falou em mesmo sentido e sobre a mesma coisa que a Miriam, mas olhem o nível do detalhe e da quantidade de informação de alto nível técnico. É brincadeira. Seleciono três trechos como exemplo:
"Os mercados financeiros precisaram derreter, na quinta-feira, com a razia acompanhando a rotação da Terra a partir da Ásia, para que o receoso Banco Central Europeu (BCE) saísse da redoma e retomasse a compra dos títulos de dívida soberana dos países da Zona do Euro rejeitados pelo capital. Já foi a Grécia, que não encontra mais comprador voluntário para sua dívida, e hoje são Espanha e Itália.
Ou agia assim ou até o fim da semana não haveria união monetária possível na região que se tornou o epicentro da crise que sacode o mundo desde 2008, hoje mais lá que nos EUA, quando furou a bolha de crédito no mercado americano. A percepção de risco amainou, mas sem sustar na sexta-feira as perdas nos mercados globais. (...)"
"(...)Não há inocentes no embate entre os patrocinadores da bandalheira do crédito e os governos dos EUA e da Zona do Euro — os mesmos que os salvaram da bancarrota em 2008, transformando dívida privada em pública, que agora repudiam, testando a capacidade de solvência de Tesouros nacionais arruinados por tais resgates e laxismo fiscal. (...)"
"(...)Os ataques recomeçaram, mas agora contra a Espanha, quarta maior economia do euro, e a Itália, a terceira, depois da França, sobre a qual já há questionamento sobre sua capacidade de crescer acima do serviço da dívida. A rigor, na Zona do Euro, só a Alemanha, os países escandinavos e a Holanda, todos com superavits externos, não estão “mal-falados” nos mercados. Há nisso um processo.
Para a banca e fundos, é como bater em morto, já que exploram as contradições de uma união monetária sem coesão fiscal e política. Mas não é só. Ao contrário do ocorrido nos EUA, o BCE não tirou da banca o grosso dos papéis podres, boa parte sob a forma de títulos de dívida soberana. Mesmo os países ajudados têm muita dívida não riscada dos balanços dos bancos. A ajuda de 109 bilhões de euros à Grécia, por exemplo, só dará para cortar 9% de sua dívida total.(...)"

Gente, é isso que você perde e muito mais não lendo Antonio Machado.. é covardia.

Nâo, cara, desculpa Antonio, mas vou publicar os dois trechos geniais finais. Pelo bem da informação da população. Foi mal. Vejam o nível da informação contida nesses dois trechos finais e vejam o que é ler a coluna do Antonio Machado:
"Então, fica assim: o mercado pede juros aziagos para rolar tais papéis, e agora de Espanha e Itália — economias viáveis em tempo normal, mas com dívida dependente de forte crescimento econômico.
Estudo do Centre for Economics and Business Research, um think tank inglês, diz que com dívida equivalente a 128% do PIB e 0,1% de crescimento econômico no primeiro trimestre, a situação fiscal da Itália só aguenta juros de 5%. No mercado, ela paga hoje 6%. A Espanha, com dívida pública de 75% do PIB, “com alguma sorte pode sobreviver”, diz o estudo. O dramático é que, quanto maior a perda desses papéis, maior a necessidade de capital pela banca e, assim, de aportes do BCE, vetados pela Alemanha, o sustentáculo do euro.
Mas sem riscar tais papéis, que são ativos podres para a banca e a pedra no caminho da Europa, não há crescimento na Zona do Euro, e mais difícil será a solução da crise para os EUA e no mundo."
"Com o dólar, ainda que com má-vontade, demandado pelo mundo, os EUA não têm crise de dívida, mas fiscal, e agravada pela inépcia para fazer a economia crescer. Já a Europa não tem chance, com os US$ 2,2 trilhões de papéis de Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha, dos quais 81% com bancos europeus. Isso equivale, segundo estudo da Bedlam, gestora inglesa de fundos, a 59% do capital da banca europeia. O resto está com bancos dos EUA. Se todos forem forçados a dar baixa de 30% desse fardo, premissa razoável à luz das taxas com que os papéis têm sido negociados, a banca europeia terá perda de capital de 18%, e a dos EUA, 8%. Em tal cenário, a contração do crédito pode chegar a US$ 11,8 trilhões. É o tamanho da crise."

Preciso comentar alguma coisa para vocês? Pô.. o domínio do cara é absurdo. Como é que alguém vai ler só o Globo e achar que tá informado sobre economia? Tá maluco!!! Assinem já o Jornal do Commercio os que se interessam por economia galera, não tem jeito.

Abs












domingo, 7 de agosto de 2011

Revista da semana: queda de rating europeu e americano, aumento de teto da dívida americana e reflexos políticos, terrorismo norueguês e xenofobia.

Passo a tratar resumidamente de uns assuntos importantíssimos e que se não fossem abordado sinteticamente, pela minha falta de disponibilidade de tempo, poderiam não ser abordados oportunamente.

Queda de rating americano e europeu - Nós sempre reclamamos aqui sobre o fato de que o rating das agências especializadas (Moodys, S&P e Fitch, essas são as principais) não refletia a realidade das ecoonomias americanas e européias pós crise de 2008 (subprime). Quanto ao Brasil, nunca admitiu nossa melhora taõ rapidamente quanto deveriam. Quantos aos EUA e Europeus, nunca baixaram taõa rápido quanto deveriam ou como fazem com emergentes. É fácil ver o fator político ou geo-político e geo-econômico atuante nessas análises. Mas agora, depois de pedirmos (e não somente nós aqui.. os europeus falaram o mesmo) agÊncias autônomas brasileiras, latino-americanas e asiáticas, as agÊncias de primeira linha estão tentando produzir a adequação de rating das economias do centro do capitalismo mundial. Justo. Tardio, mas justo. Lento, mas justo. Essas economias viveram acima de sua capacidade econômica. Não houve um colapso à toa, gente. O subprime e a crise indicou que o nível de endividamento privado (não público, é bom que se diga) estava acima da realidade. Agora, que ruiu o sistema privado de crédito, as economias públicas se fragilizaram salvando a economia privada, e, portanto, essa situação de fragilidade deve ficar estampada na alteração de rating, assim como o fortalecimento de nossa economiadeve gerar aumento de rating. Interessante notar que haverá correção, nesse processo de correção estrutural das economias principais, de renda percapita, PIB e crescimento dessas economias pelos próximos 5 a dez anos... talvez mais.. Quando o Japão atingiu relação dívida/pib de 100%, nunca mais conseguiu crescimento econômico alto ou diminuição da relação dívida/pib, estando hoje em 210%. Quando nossa relação dívida/pib aproximava-se de 52%, Delfim Neto dizia que havia consenso internacional de que 56% de relação dívida/pib significava dívida impagável!!! AHUAHAUHUAHAHUH Quero ver agora!! 56% é a relação da Espanha. Itália, EUA e Inglaterra estão com 120%, 100% e 160%!! UAHUAHUAHUAH Aguardo cenas dos próximos capítulos.

Aumento do teto da dívida americana e reflexos políticos - Fiquei impressionado com o desenrolar do processo de debate legislativo norte-americano sobre o acordo para aumento do teto da dívida americana... que irresponsabilidade.. os republicanos não estavam nem aí para a imagem de seu próprio país.. os republicanos não admitiram aumento de impostos dos ricos e pior, nem mesmo suspensão de isenções e subsídios obtidos na era Bush filho... mas não tiveram dúvida em mandar cortar benefícios dos pobres, valores destinados ao recém-criado plano de saúde para miseráveis, o Medicare.. para mim ficou claro que as pessoas físicas não têm tantos representantes no Congresso quanto as empresas. O senso de unidade americana, que sempre passaram para nós, ficou abalado. É um País, ou um acúmulo de interesses, em que cada um cuida do seu? Fiquei chocado e pasmo. Talvez assim, quem sabe, o povo americano acorde para o tipo de representantes que tem. Pensei que talvez o voto ser facultativo tenha algo a ver com isso... quem é honesto e simples pode não se sentir obrigado a ir votar, mas quem é convicto vai com ceteza.. só que os que têm interesses econômicos sempre são convictos.. e os que são convictos somente por ideologia honesta e política são poucos...

Terrorismo norueguês e xenofobia - Esse recente caso norueguês em que um terrorista nórdico, branco de olhos azuis, chamado Anders Breivik, matou dezenas de concidadãos por ser contra a miscigenação e o multiculturalismo, ofendendo particularmente o Brasil, é um caso muito interessante. Vale a pena desconstruir a impressão de força desse tipo de indivíduo. Atos de xenofobia e apreço por ditaduras só têm sentido em situaçãoes extremas, que já não vivemos mais. Se o seu País está em guerra contra outro, naturalmente a xenofobia contra os inimigos e seus aliados é normalíssima e tem vida antes da deflagração da guerra e ainda algum tempo após ela. Isso é compreensível. Desejarem ditadura porque há risco de uma ruptura institucional, ou seja, porque as instituições civis estão corrompidas e fracas, é uma forma de tentar por ordem... é compreensível. Mas fora princípios utilitaristas, o apreço por xenofobia e ditadura é evidente sinal de baixa autoestima, ao meu ver. Nôa é sinal de alta autoestima, segundo minha percepção. Tirando as pessoas normais com quem conversei, a minha impressão de quem defende ditadura por princípio, assim como xenofobia, me deixou a impressão clara de que esse cidadão precisava de algo exterior para se sentir melhor. Por ser fraco interiormente, o apelo a argumentos de tribo ou raça o faziam se sentir bem ou superior. Sua necessidade de diminuir o outro para se sentir melhor é evidente característica de vício de caráter e baixa autoestima. Quem tem alta autoestima sente-se livre e seguro para admirar o diferente. Quem tem menos inteligência ou tem baixa autoestima somente se sente à vontade com a simplicidade do mesmo, do ambiente facilmente reconhecível em que ele possa saber exatamente onde está. Com os admiradores de ditadura pude notar o mesmo. Fora aqueles que justificavam a ditadura de forma utilitária (e aí fica a eterna discussão entre quando e como é útil), os que admiravam a ditadura por princípio, pude notar, se realizavam no exercício do poder por alguém. Por ser fraco ou se sentir fraco, existir o caudilho, que "bate" naqueles em que o indívíduo admirador da ditadura gostaria de bater ou ver humilhado ou ver perseguido, o faz se sentir mais forte. O admirador de ditadura não consegue admitir sua derrota, seja nas urnas, seja na vida, ele precisa projetar seu ego no caudilho para se sentir mais forte e reverter a sorte do mundo a seu favor, imagina ele. A xenofobia e a admiração de ditaduras, portanto, posso concluir, é algo comum a pessoas fracas, menos inteligentes, sedentas de um mundo simples, em que elas reconheçam o ambiente em que se encontram e saibam de antemão exatamente em que "posto" social se encontram. Não gostam de competição pessoal ou econômica, não gostam que outros possam ser (como sempre há) melhores que ele. Tudo deve ser diminuído para que sua mediocridade fique incógnita. Esse é o perfil de Anders Breivik, pitboys, neonazistas e defensores de supremacia branca, negra, azul ou amarela, assim como defensores de ditaduras. A raiva, senhores, é uma defesa natural.

p.s.: texto revisto

15.256 acessos neste momento!!

Compartilho com todos que chegamos a 15.256 acessos às 08:09h de 07 de agosto de 2011, em 13 meses e alguns dias de vida!!

Quando chegamos a 1.600 acessos, em torno de agosto/setembro de 2010, com três meses, passei um email a vários amigos comentando o fato e comnetando minha surpresa na quantidade de acesso. Um amigo, Rafael, antigo estagiário na Justiça, educado e incentivador como sempre, comentou "rumo aos 16.000, Mário!"... e eu na hora pensei "claro, daqui há anos.. rsrrsr.. só o Rafa...".

Mas aqui estamos à beira dos 16.000 acessos, mantendo uma média de 1.200 acessos ao mês. Mês passado foram 1.183 acessos. Nosso recorde foi de 2.372 em fevereiro de 2011.

Fiquei positivamente impressionado com a recente ascenção gigantesca do acesso ao artigo "Relação Dívida/PIB Brasil x Mundo" acessível em http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/12/relacao-dividapib-brasil-x-mundo.html

Em dois meses passou o acesso do campeão histórico "Bolha Imobiliária no RJ em 2010". Foi um ótimo artigo escrito em novembro de 2010 e muitíssimo mais útil para a nossa informação do que os artigos homeopáticos de mídia que não te dão noção global de nada o que ocorre no mundo nem como está o Brasil perante o mundo em que vivemos. E melhor: fica disponível para sempre. Para você acessar e comparar quando quiser.

O Blog não tem fotos. O Blog é político e econômico. O Blog é reflexivo. Quem diria que alguém se interessaria? Bem... surpresas acontecem e acho que não se pode dizer mais que brasileiro não se interessa por política e economia.. uma rápida procura sobre o tema no google e você acha vários sites e blogs feitos por cidadão tentando incitar o debate, como nós fazemos aqui.

O brasileiro quer entender. O brasileiro quer influir. O brasileiro quer saber e dominar os fatos e a mecânica social e quer ser sujeito ativo na melhoria de sua própria vida, de seus familiares e de seu País.

Se antes somente bancos, indústrias e empresas comerciais tinham fórum para debater questões políticas, econômicas e sociais de seu interesse e sob seus prismas particulares, organizando suas atuações para melhor influir em socieade e defender seus interesses, agora o cidadão brasileiro, a pessoa física, o único que tem direito de voto, agora tabém tem esse fórum: Blog Perspectiva Crítica.

O nosso objetivo é entender o que deve ser feito para que o cidadão brasileiro aumente sua qualidade de vida, aumente sua participação no PIB e não fique somente assistindo às empresas e instituições financeiras fazerem isso, mesmo que em detrimento do País ou das pessoas.

Há espaço para todos. Empresas têm que ter ambiente ótimo para desenvolverem-se, criarem empregos, lucrarem e fazerem o País crescer, mas o fim de tudo, na minha perspectiva, são as pessoas. Empresas não têm filhos nem doenças. Empresas não vivem e morrem, nem têm parentes. Empresas não são felizes nem são tristes. Empresas não se indignam.

Temos de fazer um Brasil para as pessoas. Estamos aqui para ajudar nesse caminho.
Também é objetivo do Blog colaborar para aumentar o emprego e o salário do brasileiro, a renda percapita brasileira, aumentar o desenvolvimento político, econômico e social do país, inserir autonomamente o Brasil no exterior e garantir autonomia econômica, tecnológica, militar e industrial brasileira.

Parabéns a todos nós. Se dizem que isto é utopia... bem, estamos vivendo a nossa. Cada um faz a sua parte. O importante é não ser omisso.

p.s. 08/08: texto revisto

p.s. 10/08: Pessoal, quero registrar isso: em 29 de dezembro de 2010 havia 3.705 acessos ao Blog!! 6 meses depois foram quase de 12.000 acessos a mais!!! Ou seja, a comparação entre os primeiros seis meses com o segundo semestre de vida do blog evidencia crescimento de pouco mais de três vezes o acesso!! Muito maneiro! valeu!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

O que está muito errado no Brasil? O que é essencial?

É claro que aqui não poderá ser abordado tudo, mas posso somente fazer a minha parte. Escolho linhas gerais e facilmente perceptíveis a qualquer um, de total importância para a vida real do brasileiro. A lista é aberta e todos estão convidados a acrescê-la.

O objetivo é expor erros a que estamos acostumados e não mais nos indignam, quando justamente agora, que temos crescimento econômico, seria o momento ideal para discutirmos o que fazer com a riqueza que existe e se avizinha para melhorar a qualidade de vida de nossas famílias.

Isso que faremos aqui as instituições bancárias fazem, sob seu prisma, na Febraban, as indústrias fazem na Fiesp, Firjan e CNI e as empresas comerciárias fazem na CNC. Passe a se fazer estes questionamentos e você não será mais um bucha de propagandas políticas ou da mídia e poderá conduzir-se de acordo com seu real interesse, transformando o Brasil em um país com renda per capita européia, com produção industrial chinesa, com salário mínimo europeu, com serviços públicos europeus e, se Deus quiser, sem muita coisa a ser copiada norteamericana, a não ser a capacidade de investimento em pesquisa, inovação e atração de cientistas e registro de patentes no nosso próprio País.

1 - É errado acharmos que somos pobres. Nossa economia é a sétima do mundo. Temos condições de investir para melhorar serviços públicos e aliviar toda a população de pagar por serviços privados que possa, por opção, obter com dignidade na esfera pública. Gente, na Europa, europeu não gasta com plano de saúde e educação. Ponha no lápis o quanto isso é de economia de renda durante um ano. Agora some dez anos. Agora some 30 anos e pegue esse valor mensalmente e invista a 0,5% na mísera poupança. Veja o valor que você perde por não ter serviço público de qualidade.. só na área pública de saúde e educação.

2 - É errado servidor público receber salário irrisório em comparação à sua responsabilidade. É errado servidor com atribuição sem complexidade receber em desacordo com o exercício de sua função... exercício real de sua função.. É errado a atribuição de cargos públicos estarem defasados em relação às verdadeiras atribuições de seus cargos exercidos atualmente.

3 - É errado pensar que o "serviço público está inchado" se há fila em hospital, se o "criança esperança" e "amigos da escola" tÊm que garantir locais e pessoas para dar acesso de educação para todos.. é errado achar que há excesso de funcionário público se há três vezes mais servidores por habitante na europa e duas vezes mais servidores públicos/trabalhadores nos eua. Isso significa que esses Estados investem de duas a três vezes mais do que o Brasil em serviço público para seus cidadãos... mas se a renda percapita deles é de até cinco vezes mais do que a nossa, quem em tese precisaria mais deste tipo de investimento? Brasil, claro!

4 - É errado achar que a mídia é isenta. A grande mídia é composta por grandes empresas e seus principais anunciantes são grandes empresas.. se a mídia precisa desses anunciantes, você acha que ela podeira publicar algo que contrarie interesse deste grupo de grandes empresas?

5 - É errado médico público ganhar R$1.300,00 e professor público ganhar R$700,00, como no Rio de Janeiro. É errada a substituição de servidores públicos e do serviço público por serviço privado onde o interesse público estiver em jogo, pois o servidor que tem estabilidade pode se negar a realizar algo ilegal, enquanto quem é ameaçado com perda de emprego fica muito mais indefeso a resistir a ameaças de prejuízo em caso de resistência a pedidos de infração contra o interesse público.

6 - É errado aumentarmos juros Selic em um mundo em que o dinheiro quer vir para o Brasil que é um dos países mais estáveis economicamente do mundo atual. Há medidas macroprudenciais como aumento de depósito compulsório, diminuição de prazos de empréstimos e aumento de exigência de capital próprio dos bancos em cada operação de empréstimo. Isso não aumenta dívida pública, controla demanda, desestimula tomada de empréstimo... mas diminui operações e lucratividade dos bancos...

7 - É errado continuar com aumento de juros quando o PIB foi reduzido à metade de um ano para o outro (foi de 7,5% em 2010 e será de 4% em 2011). Assim como é errado nossa produção industrial interna descer de 35% para 15%. País rico é país com indústria e não país com enfoque exclusivo em venda de commodities (Austrália e Canadá - o caso deles só se sustenta porque a Inglaterra acordou não produzir mais agrícolas e comprar desses dois países - informação dada por João Paulo de Almeida Magalhães no livro citado abaixo - tratam-se das "anti corn laws", pg. 25), exploração de turismo (Bahamas) ou com concentração de empresas montadoras de peças produzidas no estrangeiro (Malásia)!!! Quem manda é quem inventa, quem inova e quem é dono das indústrias!

8 - É errado o salário mínimo não ser suficiente para uma família de quatro pessoas viver. A meta de salário mínimo é de R$3.000,00 (o valor definido pelo Dieese é próximo disso). Gente, é isso. Pare de pensar como pobre. Pare de se satisfazer com pouco. Não pense no serviço doméstico que você perderá... pense que todo brasileiro viverá bem e a economia crescerá de forma a você ter esse serviço de outra forma. Europeu tem salário mínimo de 1500 euros.. se nós somos a sétima economia e há 30 países europeus.. acho que merecemos viver como eles.. é claro que isso não ocorrerá de um dia para o outro, pois as contas públicas estourariam, assim como inflação, mas deve haver essa meta. E cada ato político deve ser avaliado se nos conduz mais próximo ou mais longe disso.

9 - É errado achar que salário mínimo que aumenta acaba com o País e estoura a inflação. A Europa tem o maior salário mínimo e a menor inflação!!!

10 - É errado se satisfazer com crescimento econômico baixo. Temos de crescer a 5% ou 6% ao ano pelo menos. João Paulo de Almeida Magalhães, emérito professor de economia da UFRJ, Presidente do Conselho Regional de Economia do RJ, em artigo "Estratégias e Modelos de Desenvolvimento", no livro "Os anos Lula - Contribuições para um Balanço Crítico 2003-2010", edição de 2010, às fls. 19/34, afirma que nossa meta deveria ser a mesma de China, Índia e Rússia, ou seja, entre 7,5% e 9% ao ano até obtermos o mesmo nível de renda percapita européia. A pressão inflacionária que desse crescimento adviria deveria ser controlado para evitar espiral inflacionária. Mas a opção do núcleo que manda no País, financista, impõe a prevalência do "controle inflacionário" em detrimento da "eliminação do atraso econômico"... e por isso nossa renda percapita está tendo de crescer a partir da diferença entre crescimento econômico e crescimento populacional, o que é muito mais lento e não é o que Índia e China fazem.

Veja esses trechos do artigo do meu professor de economia, no artigo mencionado:

"A pergunta é então: se o objetivo do desenvolvimento é eliminar o atraso econômico no menor tempo exequível, por que se contentar com 4,5% se a taxa de 7% é comprovadamente alcançável? A explicação é, em última análise, que a taxa mais elevada criaria pressões inflacionárias" (ob. cit. pg. 28)
"Na verdade, contudo, o núcleo neoliberal enquistado no Banco Central manteve sempre o comando da economia." (ob.cit. pg. 28)
"Em suma, a excessiva preocupação com a estabilidade de preços está levando, através da sobrevalorização cambial, a distorções estruturais capazes de comprometer o desenvolvimento do país." (ob cit. pg. 29)


Pessoal, há muito mais, mas acho que isso é essencial. Não nos satisfaçamos com pouco. Nosso país é nosso. Nós podemos ter a melhor vida do planeta. Só depende de nossa consciência, retidão, determinação, capacidade crítica e coesão. Indústrias são coesas. Bancos são coesos... nós, indivíduos com famílias, não podemos ser diferentes!! Empresas e mídia influenciam tudo, mas é a pessoa física que vota!!! Pelo amor de Deus! Vamos fazer o país que merecemos! Ninguém fará isso por nós ou nossos familiares.

p.s.: também é errado não se deixar perseguir o pleno emprego no Brasil. A área privada morre de medo do pleno emprego. Por quê? Ora, imagine que você é uma empresa. O pleno emprego acaba com o excedente de mão-de-obra e você teria de fazer o quê para obter mais empregados? Aumentar salário!! Mas, veja, esse medo é burro e egoísta. Na França e na Alemanha, antes da crise, havia situaçaõ de pleno emprego, ou seja, desemprego em 3%, 4%... só que era de toda a população francesa e alemã, ou seja, considerando africanos e turcos já com cidadania francesa e alemã. Gente, é isso... se tivermos pleno emprego, não haverá problema em empregar nossos vizinhos latino-americanos ou até europeus.. Não podemos parar de perseguir o pleno emprego exigindo baixa de crescimento econômico só porque faltará mão-de-obra ou aumentará custo.. o enfoque tem de ser no que é melhor para o brasileiro e para todo brasileiro. O aparente problema de falta de mão-de-obra será resolvido e se as empresas tiverem de aumentar salário é porque a produção e riqueza já aumentaram muito... não é sistema de ganha-perde, mas de ganha-ganha, ou seja, ganham brasileiros e ganham empresas brasileiras. O apego a egoísmos e imediatismos empresariais nega o direito a um mercado interno maior, a mais riqueza para todos.

p.s.2: É... reforma política, trabalhista, previdenciária e tributária também é importante... mas gente, isto é instrumental. O essencial é a mentalidade. Com o foco correto, como acho que o direcionamento de perguntas acima induz, o resto vem bem. O instrumental é sempre importante, mas o substancial é sempre o que impõe direção e ritmo.

p.s.3: Nossa meta deve ser ter os mesmos serviços públicos que os europeus e ter a mesma renda percapita com mesmo índice de inflação. A pergunta é como chegar lá o quanto antes. A pergunta errada e única que se faz hoje é como controlar inflação. A resposta é todo um movimento social no sentido da contenção inflacionária a todo custo e falta de direcionamento de nossa energia e inteligência para sair do cerco que resulta em baixo crescimento brasileiro. Baixo crescimento esse, inclusive, que resulta em diminuição da competição do Brasil com os países ricos, diminuição do processo de crescimento econômico, diminuição da persecução do princípio constitucional do pleno emprego brasileiro, diminuição do crescimento das indústrias brasileiras, diminuição de nossa autonomia produtiva.. isso é um absurdo. E temos vários economistas que nos apontam o caminho para se chegar ao padrão europeu o mais rápido possível. Eu fico com Mantega, Paulo Nogueira Batista Jr., George Vidor, Delfim Neto, Luciano Coutinho e João Paulo de Almeida Magalhães. Não à ala financista. Bancos não criam emprego. O que cria emprego é indústria gente. Indústria cria, enquanto banco (essencial para a economia, claro) vive da ecoonomia que exista, pois sua função é intermediar, simplesmente, o dinheiro que existe na sociedade, canalizando os valores dos poupadores e direcionando-os aos investidores ou consumidores. Seguir financista não é o mesmo que seguir desenvolvimentistas. E ser desenvolvimentista não quer dizer que se queira inflação. Mas o desenvolvimentista se irresigna com a vida em padrão inferior a nossos reais potenciais. Desenvolvimentista é ativo e ousado e cria política para atingir a meta de acelerar nosso desenvolvimento enfrentando problemas. Os financistas não querem inflação e não querem alteração de fluxo de capitais e lucratividade no setor financeiro e ponto. É um método que sobrevive através do medo, é passivo. Vamos juntos avaliar todos os atos políticos sob o prisma de o quanto aceleram nosso avanço de renda percapita e de obtenção de serviços públicos como os que os europeus têm, pois isso é ser rico.

p.s.4: texto revisto

p.s.5: Acho que finalizarei aqui, mas não sei... mas também é errado não podermos ter orgulho de nossos políticos.. a culpa é deles, claro, mas também tem uma parcela nossa. Mais pessoas honestas devem ser incentivadas a entrar para a política!! Não devíamos deixar que somente vagabundos, representantes de empresas e bancos, ladrões, representantes do tráfico e outros descomprometidos com a melhoria de vida do cidadão brasileiro e seus familiares entrassem para a política. Existem pessoas com convicções já hoje na política, não são poucos, mas não são muitos e com certeza não são a maioria.. mas e se fossem?!?! Eu quero políticos que me orgulhem. Eu quero ver um Senador da República entrar em um restaurante e ser recebido por aplausos de pé dos presentes. Então.. temos de corrigir esse costume enraizado de que político só pode ser Odorico Paraguassu e seus afins. Procurem e enalteçam os bons políticos. Incentivem pessoas de bem a seguir o caminho da política. Vamos isolar os políticos vagabundos e de mau caráter. Eles sempre se apresentam (os de mau caráter acabam sempre descobertos e propagandeados em jornais, elameando a classe).. é questão de tempo. Difícil é ver os honestos, pois nunca aparecem nas manchetes.

p.s.6: Acho que ficou claro, mas vou especificar o P.s.5. Primeiro os representantes de bancos e empresas não precisam ser desonestos.. eles estão mencionados junto aos desonestos porque foram comentados no momento em que eu quis enaltecer que há grupos que não defendem o interesse de cidadãos considerados como indivíduos. Mesmo que os representates de empresas e bancos sejam honestos, muitas vezes colocam o interesse dessas empresas à frente do cidadão, adotando medidas que aumentam a participação no pib da empresa e empobrecendo o cidadão. Neste sentido representantes políticos de empresas e bancos, principalmente bancos, podem prejudicar os interesses (mesmo que legitimamente) dos cidadãos. Há muitos políticos que podem receber apoio de empresas mas não se desvinculam de seus compromissos com o cidadão. Dificilmente algum parlamentar muito renomado não tem apoio de uma ou algumas empresas (mesmo que pequenas) que contribuem para sua campanha (fato normal e legítimo, mais uma vez.. até desejável, eu diria) mas cito alguns políticos de projeção que são honestos e comprometidos com o bem da população e o crescimento do Brasil, independentemente de sua matiz política e de apoios de campanha: Jorge Bittar, Fernando Gabeira, Alexandre Molon, Francisco Dornelles, Carlos Minc, Nílton Salomão, Eliomar Coelho, Marcelo Freixo.. então, é possível! Um dia, quem sabe, votaremos, e as empresas apoiarão, em parlamentares simplesmente por seu caráter e compromisso honesto com o bem do País, das empresas e das pessoas, para que ajam no limite de suas capacidades para criar ambiente ótimo de trabalho e vida para todos.

p.s. 22/08/2011 - texto revisto e ampliado.