Ontem, 12/07/2010, Antônio Machado, colunista do Jornal do Commercio, tratou das péssimas notícias para grande parte da imprensa: a inflação está controlada.
É uma boa oportunidade, para aqueles que tiverem acesso ao seu conteúdo, de confirmar aquilo que já dissemos aqui; agora no setor econômico: existem notícias que são preferíveis a se publicar. Isto desmistifica totalmente a "imparcialidade" da mídia e portanto exige que você não relaxe em absorver o que os jornalistas e jornais escrevem e publicam.
Por que é uma má notícia a inflação estar controlada? Por que é uma má notícia o BC estar constatando em suas análises que a inflação não terá repique e que será necessário dosar melhor aumento da Selic? Isso não seria de se festejar? Sim, para você leitor, sim.
Mas boas notícias não criam pânico. Boas notícias não te deixam ávido por mais informações e diminuem a sua vontade de comprar jornais e ter acesso o mais rapidamente possível a qualquer informação para diminuir seu prejuízo, para você se programar antes dos outros que não sabem a notícia exclusiva.
Aliado a isso, quem analisa o mercado de juros públicos? O próprio mercado. E qual é a maioria do mercado? Quem a compõe? A área privada, com instituições financeiras, corretoras de valores mobiliários, bancos. Há interesse dessas pessoas em divulgar a necessidade de aumento da taxa Selic? Sim, porque quanto maior a taxa, maior a remuneração desses senhores em investimentos em títulos públicos, sem risco (ou com risco quase nulo), inclusive com as maiores taxas de juros reais no mundo, como é o nosso caso.
Quem faz o contraponto desta visão? O Banco Central, o governo, professores universitários e jornalistas sérios.
Isso também confirma a informação que passei a vocês quando critiquei o artigo "Dívida Emergente" do Jornal O GLOBO: nossa economia está muito bem obrigado.
Bem, parodiando Antônio Machado, na sua coluna Brasil S/A, publicada ontem: os trombeteiros do apocalipse “morderam a língua”.
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