Acesse o artigo do Golobo On Line http://oglobo.globo.com/economia/moodys-poe-rating-da-brookfield-em-revisao-para-rebaixamento-6362301
Não há informação precisa no artigo sobre as causas específicas do rebaixamento. Apenas é dito que o rebaixamento ocorrerá por diminuição de rentabilidade. Também não informa se o rebaixamento será no risco internacional, nacional brasileiro ou nos dois.
O fato é que há pouco tempo as ações desta e das outras contrutoras civis caíram; que desde fins de 2011 prejuízos estão presentes nos balanços destas empresas; que negócios se desfizeram; que imóveis vendidos tiveram de ser retomados, que o endividamento familiar brasileiro continua o mesmo e que o valor dos imóveis no Brasil atingiu níveis astronômicos incompatíveis com a renda do brasileiro.
Eu leio esta notícia sobre rebaixamento de grau de risco de uma grande construtora com atuação no Brasil como mais um indício de que se aproxima nova fase de correção de imóveis residenciais no Brasil.
A primeira fase começou em fins de 2011 com encalhe de estoque de imóveis residenciais e necessidade de adoção de liquidações e promoções para venda de imóveis pelo primeiro semestrede 2012. Em seguida, as construtoras prometeram rever métodos de concessão de financiamentos para compra de tais imóveis e pararam/diminuíram os lançamentos em claro movimento para manter preços.
Agora, pressionados para efetuar vendas e realizar operações (queda de valor em bolsas de valores, respingando na capacidade de investimento), estão tentando lançar imóveis de forma concentrada no útlimo trimestre de 2012. Mas toda a configuração econômica nacional e internacional não está ajudando projeções de retorno a curto e médio prazo para as empresas construtoras de imóveis residenciais no Brasil, portanto, as agências estão rebaixando seus riscos.
A única forma de reverter isso é vendendo imóveis. E a única maneira de isso ocorrer é baixando preço ao nível da renda do brasileiro. Então, talvez o próprio crescimento do setor e sua participação no mercado acionário seja um grtande elemento contra a especulação imobiliária. Se quiserem permanecer com ações negociadas em Bolsa de Valores terão de efetuar operações de construção e venda de imóveis, aumentando oferta de imóveis residenciais mesmo com estoque alto, ou, o que é mais inteligente, baixar preços para vender o estoque atual e poder construir mais e vender mais.
A opção a isto seria sair da Bolsa de Valores, fechar capital. Mas como equalizar os prejuízos em balanços? Só com venda de ativos e nada melhor do que vender os imóveis encalhados. Vejo próxima a segunda fase de correção de preços de imóveis. Uma fase que atinge o preço dos imóveis mesmo e não apenas em promoções e liquidações.
Seguimos acompanhando.
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