Interessantíssimo o quadro econômico montado pelo Globo On Line acessível em http://oglobo.globo.com/infograficos/brics/
Vale a pena ver. Entretanto, Vi dois grosseiros erros: PIB de 2011 da Àfrica do Sul de US$422 trilhões (seria bilhões) e reservas internacionais da China de US$3,3 bilhões (seria trilhões). Mas fora isso, que obviamente foi erro de revisão, está bem completo e interessante (o título do gráfico de "pobreza" também está errado e indicando "Taxa de Desemprego" e podem ler com certa atenção).
Não tenho como confirmar que está tudo correto e os erros comentados acima são um problema para ficar totalmente seguro quanto a eles... mas de uma maneira geral ficou interessante para ter uma idéia geral.
Mais informações assim, comparativas entre países, para facilitar noção sobre economia mundial e nacional merecem apoio do BLOG PERSPECTIVA CRÍTICA e vêm sendo pedidas desde o início de vida do Blog.
p.s.: dívida pública da Rússia em 8,7% é dose... talvez este seja o déficit...rsrsrs
quinta-feira, 29 de março de 2012
A verdade sobre o déficit da Previdência Social Brasileira
Há muito tempo quero escrever sobre isso, mas como tenho sempre dez assuntos pendentes e ainda há as novidades publicadas em jornal que devem ser criticadas ou comentadas, fica difícil.
Mas como está em curso grande discussão em vvirtude da aprovação do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos dos três Poderes, aproveito a publicação do artigo de hoje no Globo On line "Déficit da Previdência cresce 47% e soma 5,1 bilhões em fevereiro" e teço as seguintes considerações.
Acesse o artigo em http://oglobo.globo.com/economia/deficit-da-previdencia-cresce-47-soma-51-bilhoes-em-fevereiro-4442216
Veja. Você sabia que a previdência social é superavitária? O INSS é há muitos anos superavitário. O que ocorre é que o INSS também é responsável pelo pagamento de assistência social e por isso precisa de aporte anual do Tesouro Nacional, hoje entre 45 e 55 bilhões de reais. Se separassem a assistêncai social da Previdêncai Social, o INSS ficaria superavitário. Isso é verdade, mas você não vê publicado e nem verá, a não ser talvez em um governo do PSDB.
Então veja, o que é a assistência social? Assistência social é a ajuda que o governo federal dá a quem precisa e que esteja em condições definidas em lei para receber esses valores. Em especial, na nossa hipótese e nas condições atuais, nossa assistência social garante aposentadoria para milhões de agricultores acima de 60 anos e que nunca contribuíram para o INSS por muitas vezes nem saber que o INSS existia. São pessoas analfabetas, abandonadas pela fiscalização do Estado Brasileiro que deveria tê-los educado.
Você pode deixar de dar sustento a este agricultor que nunca contribuiu para o INSS mas que não pode trabalhaar tanto quanto quando tinha 30 anos e garantiu comida a você e sua família por décadas? Não, claro. Mas isso não é previdência social, isto é assistência social mas está na conta do INSS, tornando deficitária a Previdência Social.
E não só.. há o benefício legal de dois salários mínimos concedidos a todo brasileiro que não ganhe mais do que a média mensal de dois salários mínimos durante um ano (regulado pela lei conhecida pelo acrônimo LOAS). É o chamado abono salarial pago pela CEF e que entra na conta da Previdência Social, mas é assistência social. Não há contribuição dos trabalahdores para custeio disso também e não deveria estar na conta da previdência.
E a Previdência do Servidor Público? Da mesma maneira que te sonegam a informação sobre a Previdência Social, te sonegam a informação sobre a previdência do Servidor Público. Você sabia que a grande parte do déficit vem de pagamento a militares? Assim, tirar a contribuição de funcionários do Judiciário e do Legislativo, que é de 11% e maior do que se paga na área privada para ter o mesmo benefício, do bolo total da Previdência do Servidor Público pode aumentar o déficit da previdência do servidor (RPPS). É claro que a contribuição da União de 22% descerá para 8,5%, mas a curto prazo poderá haver acréscimo de gastos, sabia? E como fica essa mudança no longo prazo? Não sei.. ninguém publica.
Bom ficam aqui estas considerações para você ver como é mal informado pela mídia sobre a questão importante da Previdência Social (INSS) e a Previdência do Servidor Público (RPPS) que agora será dividido, mas eu sinceramente não sei o quanto diminuirá de déficit no curto prazo e longo.
Importante, ainda, que o que a mídia informa como déficit, além de informar de forma parcial e omissa, sem te ajudar a entender a real dimensão do problema, também informa fora de contexto histórico, explorando a aparência de absurdo de algumas coisas que existem simplesmente por serem reflexo de uma estrutura arcaica, que já foi legítima e hoje em dia não se encontra compatível com a sociedade atual ou com os parâmetros de abordagem atuais.
Veja. Por que o INSS (Previdência Social) e o RPPS (Previdência do Servidor) são deficitários hoje? Porque são necessárias alterações?
Em parte já respondemos a estas perguntas com o texto acima, mas falta dizer que o sistema não é absurdo e somente mediante as manchetes sensacionalistas de jornais "toda essa bagunça" será corrigida. O que ocorre é que quando a previdência social foi criada lá pelos anos 40 do século passado (IAPAS, IAPC etc..), havia mais pessoas trabalhando do que recebendo benefício previdenciário, por óbvio. As contribuições recebidas imediatamente podiam bancar os poucos benefícios pagos, compreende?
Depois, que os institutos de previdência setoriais foram reunidos no INPS e os atendimentos médicos setoriais (Hospitais dos Servidores e outros) foram reunidos e organizados como Saúde Pública e financiados pelo INAMPS e mesmo depois quando estes dois institutos foram unificados no atual INSS, manteve-se a lógica anterior de que todas as contribuições recebidas no ano deveriam imediatamente e diretamente pagar os benefícios existentes naquele mesmo ano.
Com o crescimento e envelhecimento da sociedade, aqueles que recebiam benefícios aumentaram de número em desproporção com aqueles que contribuíam enquanto trabalhavam e isso começou a gerar (fora a questão de assistêncai social) déficit previdenciário e perspectiva de piora deste déficit no tempo, já que a população tem envelhecido e morrido mais tarde pelos avanços na medicina e no tratamento de doenças e condições de qualidade de vida. E por isso é importante alterar a forma de contribuir e de receber o benefíico, para tornar viável a previdência a longo prazo.
Assim, foi alterado o sistema de financiamento imediato e direto do pagamento de benefíicos através de recolhimento das contribuições previdenciárias no ano e tenta-se organizar a previdência de forma a que se assemelhe à previdência privada, ou seja, de forma a que as contribuições de dado servidor ou trabalhador, somadas ano-a-ano e incidentes juros na aplicação desta soma em mais de trinta anos, gere renda e patrimônio que por si só pague o benefício.
A idéia é correta, mas há que se fazer uma transição porque não se pode deixar de pagar aqueles que farão jus ao benefício previdenciário por terem contribuído, mas que por uma situação histórica e de organização da Previdência Social no passado não foi utilizado para criar esse fundo ao trabalhador ou servidor, mas financiou diretamente o pagamento de benefícos a outras pessoas. Por isso, aumentou-se o prazo para aposentadoria e estão fazendo-se alterações que permitam manter o financiamento imediato até que todo o sistema fique mais independente e autônomo como o sistema privado, ou seja, com contribuições individuais que criem patrimônio que pague os benefícios. Daí que durante um bom tempo será necessário que toda a sociedade pague isso e isto é o financiamento do chamado déficit da Previdência.
Só lendo isso você já pode ver que a questão não é simples, que não será resolvida em poucos anos, que não é culpa do governo atual, nem do Fernando Henrique e que precisa de projeto político e técnico de longo prazo.
Assim, ao invés de os jornais repetirem a esmo déficits da Previdência e culparem servidores ou o governo da existência deste déficit, o que é mentira e não informa a população, deveriam ser investigadas as causas do déficit e sugeridas soluções.
Eu posso sugerir, por exemplo, que se separe a Assistência Social da Previdência Social, para que fiquem mais verdadeiras as contas do INSS e fique mais evidente o quanto o governo gasta com assistência social.
Eu posso sugerir que assim como hoje não pode mais o servidor público federal incorporar funções gratificadas e levá-las para a aposentadoria, não devam mais as filhas solteiras de militares receberem o soldo de seus pais, a não ser em caso de guerra, eis que a razão de existir dessa extensão de benefício de pensão por morte do militar de sua mulher para sua filha consiste no fato de que, quando foi criada, as mulheres não tinham a autonomia, educação e acesso ao mercado de trabalho que têm hoje. Portanto, essa extensão não tem mais razão de ser e cria uma extensão de pagamento de benefício incompatível com a contribiçlão feita pelo militar gerando déficit na previdência do servidor público.
Veja que muita coisa que fazia sentido antigamente hoje não faz e deve ser atualizado. E muita coisa que existe na conta do INSS ou do RPPS, ou seja, na conta da Previdência Social não está relacionada ou organizada corretamente, gerando erro na informação sobre existência ou não de déficit e prejudicando a verdadeira e definitiva forma de se solucionar este problema.
As coisas vão muito além de artiguinho de jornal, não é mesmo?
p.s.: Em relação ao tema, leia algo diferente em http://sisejufe.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=4309:debatedores-e-servidores-questionam-proposta-da-nova-previdencia-em-audiencia-no-senado&catid=3:notas&Itemid=2
p.s. de 09/12/2012 - Parece que a extensão de pensão por morte às filhas de militares já foi abolida há poucos anos. Corrijo a informação de que ainda não teria sido.
p.s de 14/05/2012 - texto revisado.
p.s. de 10/03/2015 - Em 2014 houve um acréscimo do "déficit da previdência", mas esse foi mais sério. Para impulsionar a economia no ano ruim de 2014, o governo Dilma iniciou um processo de desonerações tributárias e dentre eles diminuiu recolhimento sobre a folha de pagamentos, PIS/Cofins, prejudicando valores que era integrantes da arrecadação da Previdência Social, o que o Blog Perspectiva Crítica condena. Foram mais de 58 bilhões retirados da arrecadação da previdência social, além dos computados históricos 50 bilhões anuais que são na verdade da Assistência Social. Felizmente o Ministro da Economia, Levy, está propondo cortes das desonerações, incluindo esta que foi muito aplaudida na época pela mídia, mas que em seguida condenou os números piores da Previdência no fim do ano de 2014. Bom para que a esquerda aprenda a não satisfazer desejos de curto prazo de mercado e mídia, pois eles não pensam duas vezes em depois criticar efetios negativos da medida que os beneficiou e que eles mesmo apoiaram. A defesa da higidez da Previdência Social é sempre o melhor caminho. Desoneração da produção deve ser em prejuízo de outros tipos de arrecadação e nunca a previdenciária.
Mas como está em curso grande discussão em vvirtude da aprovação do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos dos três Poderes, aproveito a publicação do artigo de hoje no Globo On line "Déficit da Previdência cresce 47% e soma 5,1 bilhões em fevereiro" e teço as seguintes considerações.
Acesse o artigo em http://oglobo.globo.com/economia/deficit-da-previdencia-cresce-47-soma-51-bilhoes-em-fevereiro-4442216
Veja. Você sabia que a previdência social é superavitária? O INSS é há muitos anos superavitário. O que ocorre é que o INSS também é responsável pelo pagamento de assistência social e por isso precisa de aporte anual do Tesouro Nacional, hoje entre 45 e 55 bilhões de reais. Se separassem a assistêncai social da Previdêncai Social, o INSS ficaria superavitário. Isso é verdade, mas você não vê publicado e nem verá, a não ser talvez em um governo do PSDB.
Então veja, o que é a assistência social? Assistência social é a ajuda que o governo federal dá a quem precisa e que esteja em condições definidas em lei para receber esses valores. Em especial, na nossa hipótese e nas condições atuais, nossa assistência social garante aposentadoria para milhões de agricultores acima de 60 anos e que nunca contribuíram para o INSS por muitas vezes nem saber que o INSS existia. São pessoas analfabetas, abandonadas pela fiscalização do Estado Brasileiro que deveria tê-los educado.
Você pode deixar de dar sustento a este agricultor que nunca contribuiu para o INSS mas que não pode trabalhaar tanto quanto quando tinha 30 anos e garantiu comida a você e sua família por décadas? Não, claro. Mas isso não é previdência social, isto é assistência social mas está na conta do INSS, tornando deficitária a Previdência Social.
E não só.. há o benefício legal de dois salários mínimos concedidos a todo brasileiro que não ganhe mais do que a média mensal de dois salários mínimos durante um ano (regulado pela lei conhecida pelo acrônimo LOAS). É o chamado abono salarial pago pela CEF e que entra na conta da Previdência Social, mas é assistência social. Não há contribuição dos trabalahdores para custeio disso também e não deveria estar na conta da previdência.
E a Previdência do Servidor Público? Da mesma maneira que te sonegam a informação sobre a Previdência Social, te sonegam a informação sobre a previdência do Servidor Público. Você sabia que a grande parte do déficit vem de pagamento a militares? Assim, tirar a contribuição de funcionários do Judiciário e do Legislativo, que é de 11% e maior do que se paga na área privada para ter o mesmo benefício, do bolo total da Previdência do Servidor Público pode aumentar o déficit da previdência do servidor (RPPS). É claro que a contribuição da União de 22% descerá para 8,5%, mas a curto prazo poderá haver acréscimo de gastos, sabia? E como fica essa mudança no longo prazo? Não sei.. ninguém publica.
Bom ficam aqui estas considerações para você ver como é mal informado pela mídia sobre a questão importante da Previdência Social (INSS) e a Previdência do Servidor Público (RPPS) que agora será dividido, mas eu sinceramente não sei o quanto diminuirá de déficit no curto prazo e longo.
Importante, ainda, que o que a mídia informa como déficit, além de informar de forma parcial e omissa, sem te ajudar a entender a real dimensão do problema, também informa fora de contexto histórico, explorando a aparência de absurdo de algumas coisas que existem simplesmente por serem reflexo de uma estrutura arcaica, que já foi legítima e hoje em dia não se encontra compatível com a sociedade atual ou com os parâmetros de abordagem atuais.
Veja. Por que o INSS (Previdência Social) e o RPPS (Previdência do Servidor) são deficitários hoje? Porque são necessárias alterações?
Em parte já respondemos a estas perguntas com o texto acima, mas falta dizer que o sistema não é absurdo e somente mediante as manchetes sensacionalistas de jornais "toda essa bagunça" será corrigida. O que ocorre é que quando a previdência social foi criada lá pelos anos 40 do século passado (IAPAS, IAPC etc..), havia mais pessoas trabalhando do que recebendo benefício previdenciário, por óbvio. As contribuições recebidas imediatamente podiam bancar os poucos benefícios pagos, compreende?
Depois, que os institutos de previdência setoriais foram reunidos no INPS e os atendimentos médicos setoriais (Hospitais dos Servidores e outros) foram reunidos e organizados como Saúde Pública e financiados pelo INAMPS e mesmo depois quando estes dois institutos foram unificados no atual INSS, manteve-se a lógica anterior de que todas as contribuições recebidas no ano deveriam imediatamente e diretamente pagar os benefícios existentes naquele mesmo ano.
Com o crescimento e envelhecimento da sociedade, aqueles que recebiam benefícios aumentaram de número em desproporção com aqueles que contribuíam enquanto trabalhavam e isso começou a gerar (fora a questão de assistêncai social) déficit previdenciário e perspectiva de piora deste déficit no tempo, já que a população tem envelhecido e morrido mais tarde pelos avanços na medicina e no tratamento de doenças e condições de qualidade de vida. E por isso é importante alterar a forma de contribuir e de receber o benefíico, para tornar viável a previdência a longo prazo.
Assim, foi alterado o sistema de financiamento imediato e direto do pagamento de benefíicos através de recolhimento das contribuições previdenciárias no ano e tenta-se organizar a previdência de forma a que se assemelhe à previdência privada, ou seja, de forma a que as contribuições de dado servidor ou trabalhador, somadas ano-a-ano e incidentes juros na aplicação desta soma em mais de trinta anos, gere renda e patrimônio que por si só pague o benefício.
A idéia é correta, mas há que se fazer uma transição porque não se pode deixar de pagar aqueles que farão jus ao benefício previdenciário por terem contribuído, mas que por uma situação histórica e de organização da Previdência Social no passado não foi utilizado para criar esse fundo ao trabalhador ou servidor, mas financiou diretamente o pagamento de benefícos a outras pessoas. Por isso, aumentou-se o prazo para aposentadoria e estão fazendo-se alterações que permitam manter o financiamento imediato até que todo o sistema fique mais independente e autônomo como o sistema privado, ou seja, com contribuições individuais que criem patrimônio que pague os benefícios. Daí que durante um bom tempo será necessário que toda a sociedade pague isso e isto é o financiamento do chamado déficit da Previdência.
Só lendo isso você já pode ver que a questão não é simples, que não será resolvida em poucos anos, que não é culpa do governo atual, nem do Fernando Henrique e que precisa de projeto político e técnico de longo prazo.
Assim, ao invés de os jornais repetirem a esmo déficits da Previdência e culparem servidores ou o governo da existência deste déficit, o que é mentira e não informa a população, deveriam ser investigadas as causas do déficit e sugeridas soluções.
Eu posso sugerir, por exemplo, que se separe a Assistência Social da Previdência Social, para que fiquem mais verdadeiras as contas do INSS e fique mais evidente o quanto o governo gasta com assistência social.
Eu posso sugerir que assim como hoje não pode mais o servidor público federal incorporar funções gratificadas e levá-las para a aposentadoria, não devam mais as filhas solteiras de militares receberem o soldo de seus pais, a não ser em caso de guerra, eis que a razão de existir dessa extensão de benefício de pensão por morte do militar de sua mulher para sua filha consiste no fato de que, quando foi criada, as mulheres não tinham a autonomia, educação e acesso ao mercado de trabalho que têm hoje. Portanto, essa extensão não tem mais razão de ser e cria uma extensão de pagamento de benefício incompatível com a contribiçlão feita pelo militar gerando déficit na previdência do servidor público.
Veja que muita coisa que fazia sentido antigamente hoje não faz e deve ser atualizado. E muita coisa que existe na conta do INSS ou do RPPS, ou seja, na conta da Previdência Social não está relacionada ou organizada corretamente, gerando erro na informação sobre existência ou não de déficit e prejudicando a verdadeira e definitiva forma de se solucionar este problema.
As coisas vão muito além de artiguinho de jornal, não é mesmo?
p.s.: Em relação ao tema, leia algo diferente em http://sisejufe.org.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=4309:debatedores-e-servidores-questionam-proposta-da-nova-previdencia-em-audiencia-no-senado&catid=3:notas&Itemid=2
p.s. de 09/12/2012 - Parece que a extensão de pensão por morte às filhas de militares já foi abolida há poucos anos. Corrijo a informação de que ainda não teria sido.
p.s de 14/05/2012 - texto revisado.
p.s. de 10/03/2015 - Em 2014 houve um acréscimo do "déficit da previdência", mas esse foi mais sério. Para impulsionar a economia no ano ruim de 2014, o governo Dilma iniciou um processo de desonerações tributárias e dentre eles diminuiu recolhimento sobre a folha de pagamentos, PIS/Cofins, prejudicando valores que era integrantes da arrecadação da Previdência Social, o que o Blog Perspectiva Crítica condena. Foram mais de 58 bilhões retirados da arrecadação da previdência social, além dos computados históricos 50 bilhões anuais que são na verdade da Assistência Social. Felizmente o Ministro da Economia, Levy, está propondo cortes das desonerações, incluindo esta que foi muito aplaudida na época pela mídia, mas que em seguida condenou os números piores da Previdência no fim do ano de 2014. Bom para que a esquerda aprenda a não satisfazer desejos de curto prazo de mercado e mídia, pois eles não pensam duas vezes em depois criticar efetios negativos da medida que os beneficiou e que eles mesmo apoiaram. A defesa da higidez da Previdência Social é sempre o melhor caminho. Desoneração da produção deve ser em prejuízo de outros tipos de arrecadação e nunca a previdenciária.
Banco Central prevê inflação abaixo do centro da meta em 2012
As informações no artigo publicado hoje, 20/03/2012, no Globo On line, intitulado "Banco Central vê inflação abaixo do centro da meta em 2012", estão de acordo com o que acredita este Blog.
Acesse o artigo em http://oglobo.globo.com/economia/banco-central-ve-inflacao-abaixo-do-centro-da-meta-em-2012-4441279
A previsão de IPCA em 4,4% no fim de 2012 com taxa Selic de 9,75% está compatível com a situação doméstica de crédito e endividamento familiar e está de acordo com as condições econômicas internacionais para este ano com Europa, EUA e Japão ainda (e por um bom tempo) estagnados e em lentíssima recuperação.
Esta previsão também está autônoma e melhor do que a do Mercado (Boletim FOCUS) que já previu em torno de 5,22% de inflação para este ano de 2012 e mais para 2013 (tsc, tsc, tsc - que feio mercado...).
Mas acreditamos que a Selic pode ser inferoir a 9,75% no final de 2012, até porque inflação baixa é desaquecimento econômico e baixar selic é meio de combater esse desaquecimento. Mas, como já dissemos, enquanto não se adequar a remuneração de nossa poupança à relalidade de um país de inflação controlada, a Selic não poderá ser fixada em menos de 8,5% ou 8%, pois ninguém mais compraria títulos da dívida brasileira e todos esses tipos de investidores aplicariam na poupança que daria melhor remuneração.
Seguimos acompanhando.
Acesse o artigo em http://oglobo.globo.com/economia/banco-central-ve-inflacao-abaixo-do-centro-da-meta-em-2012-4441279
A previsão de IPCA em 4,4% no fim de 2012 com taxa Selic de 9,75% está compatível com a situação doméstica de crédito e endividamento familiar e está de acordo com as condições econômicas internacionais para este ano com Europa, EUA e Japão ainda (e por um bom tempo) estagnados e em lentíssima recuperação.
Esta previsão também está autônoma e melhor do que a do Mercado (Boletim FOCUS) que já previu em torno de 5,22% de inflação para este ano de 2012 e mais para 2013 (tsc, tsc, tsc - que feio mercado...).
Mas acreditamos que a Selic pode ser inferoir a 9,75% no final de 2012, até porque inflação baixa é desaquecimento econômico e baixar selic é meio de combater esse desaquecimento. Mas, como já dissemos, enquanto não se adequar a remuneração de nossa poupança à relalidade de um país de inflação controlada, a Selic não poderá ser fixada em menos de 8,5% ou 8%, pois ninguém mais compraria títulos da dívida brasileira e todos esses tipos de investidores aplicariam na poupança que daria melhor remuneração.
Seguimos acompanhando.
quarta-feira, 28 de março de 2012
Primeiro artigo sobre aumento de venda de imóveis novos em São Paulo - será?
Hoje, no Jornal Globo On line, li o primeiro artigo no sentido de normalização de negócios de imóveis, informação a qual não considero para efeito de evidenciar parada de queda de preços e ajustes de valorizção excessiva de imóveis.
Mas, não faltando com a informação, acesse o artigo em http://oglobo.globo.com/imoveis/vendas-de-imoveis-novos-em-sp-crescem-287-em-janeiro-4437880
A informação seria da Secovi-SP, instituição das construtoras e administradoras de imóveis. Mas dados são preliminares e pouco detalhados. Para mim nada mudou e a tendência é de correção de valores.
Continuamos observando.
p.s. de 29/03/2012 - Para não ser acusado de lacônico, pergunto a mim mesmo: Por quê nada mudou com essa informação de aumento de venda de imóvies novos (janeiro de 2012)em São Paulo em relação a janeiro de 2011? Porque nõa se diz se isso é referente a imóveis de classe média ou referente ao programa "Minha Casa, Minha vida", o que desconfio que seja a causa da manutenção dessas vendas informadas. Além disso, o endividamento das famílias brasileiras não diminuirá significativamente nesses próximos três anos, senhores, a despeito de iinformações no sentido de que o brasileiro vem destinando receita pessoal para pagamento de dívidas e diminuindo nível de consumo. Além disso também não mudou o fato de que milhares de brasileiros com renda e interesse em compra de imóveis já a fizeram nesses últimos três a quatro anos, possuindo, portanto dívidas altas pelo período de 15 a 30 anos. Os estrangeiros e fundos estrangeiros com interesse em investimento imobiliário encontrarão melhores oportunidades no mercado americano e europeu e portanto não vejo pressão em nosso mercado também por essa via nos próximos três anos, ao menos. Assim, vejo que nada mudou quanto aos fundamentos que evidenciam decréscimo de valores dos imóveis urbanos de classe média, média alta e de ricos, nas principais cidades do Brasil.
Mas, não faltando com a informação, acesse o artigo em http://oglobo.globo.com/imoveis/vendas-de-imoveis-novos-em-sp-crescem-287-em-janeiro-4437880
A informação seria da Secovi-SP, instituição das construtoras e administradoras de imóveis. Mas dados são preliminares e pouco detalhados. Para mim nada mudou e a tendência é de correção de valores.
Continuamos observando.
p.s. de 29/03/2012 - Para não ser acusado de lacônico, pergunto a mim mesmo: Por quê nada mudou com essa informação de aumento de venda de imóvies novos (janeiro de 2012)em São Paulo em relação a janeiro de 2011? Porque nõa se diz se isso é referente a imóveis de classe média ou referente ao programa "Minha Casa, Minha vida", o que desconfio que seja a causa da manutenção dessas vendas informadas. Além disso, o endividamento das famílias brasileiras não diminuirá significativamente nesses próximos três anos, senhores, a despeito de iinformações no sentido de que o brasileiro vem destinando receita pessoal para pagamento de dívidas e diminuindo nível de consumo. Além disso também não mudou o fato de que milhares de brasileiros com renda e interesse em compra de imóveis já a fizeram nesses últimos três a quatro anos, possuindo, portanto dívidas altas pelo período de 15 a 30 anos. Os estrangeiros e fundos estrangeiros com interesse em investimento imobiliário encontrarão melhores oportunidades no mercado americano e europeu e portanto não vejo pressão em nosso mercado também por essa via nos próximos três anos, ao menos. Assim, vejo que nada mudou quanto aos fundamentos que evidenciam decréscimo de valores dos imóveis urbanos de classe média, média alta e de ricos, nas principais cidades do Brasil.
terça-feira, 27 de março de 2012
Notícias da área imobiliária - março de 2012
Pessoal, tem saído recentemente notícias na mídia de que há previsão de crescimento para o setor de construção civil este ano de 2012. Isso significa especificamente valorização de imóveis e parada de correção de preços de imóveis? Não é o que vejo.
Observe, a construção civil é integrada por construções de infra-estrutura, construções de casas populares, construção de casas para classe média e ricos, venda de material de construção, prestação de serviços ligados à construção civil (adminstração de imóveis e condomínios por empresas criadas pelas construtoras, assessoria em construções e projetos etc..). A construção civil, em termos gerais, ainda é integrada por construção de casa própria pelo próprio proprietário do terreno, obras de reparos, modernização de prédios, apartamentos e casas e ampliação de imóveis.
Portanto, senhores, as informações sobre aumento de movimento no setor de construção civil, sem especificação não altera tudo o que existe hoje de limitação para o setor de construção e venda de imóveis novos e antigos para a classe média, média alta e ricos. Todos os parâmetors por nós analisados permanecem íntegros e o ambiente é de correção de preços exagerados dos imóveis, com potendcial de queda de valores entre 30% e 40% durante esses próximos dois a três anos.
Fico, inclusive muito feliz com a informação de Miriam Leitão sobre a revoada brasileira para compra de imóveis em Miami!! Confirme agora no bom artigo intitulado "O que é estranho", publicado em seu Blog, em 24/03/2012, e acessível em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2012/03/24/o-que-estranho-437416.asp
Selecionei o seguinte trecho do mencionado artigo:
Então senhores, o brasileiro, assim, dá mostras de que não quer ter tanto prejuízo qunto temi que pudesse ter. As comnpras de imóveis nos EUA são altamente favoráveis a nós e a nosso bolso. COmprar imóvel no Brasil hoje, para mim, não tem sentido a curto e médio prazo. A longo prazo, com a perspectiva de crescimento do país, sempre haverá.
Sim, pode o brasileiro ter se endividado muito. Nâo tanto como europeus, americanos e japoneses, pois nosso sistema econômico-financeiro-bancário não permitiria, mas isso só reforça, junto ao fato de que quem tem dinheiro e intenção de comprar imóveis estar comprando fora, a idéia de que vendas de imóveis no Brasil patinarão no curto prazo e isso indica queda e correção de valores de imóveis no Brasil.
Seguimos acompanhando.
Observe, a construção civil é integrada por construções de infra-estrutura, construções de casas populares, construção de casas para classe média e ricos, venda de material de construção, prestação de serviços ligados à construção civil (adminstração de imóveis e condomínios por empresas criadas pelas construtoras, assessoria em construções e projetos etc..). A construção civil, em termos gerais, ainda é integrada por construção de casa própria pelo próprio proprietário do terreno, obras de reparos, modernização de prédios, apartamentos e casas e ampliação de imóveis.
Portanto, senhores, as informações sobre aumento de movimento no setor de construção civil, sem especificação não altera tudo o que existe hoje de limitação para o setor de construção e venda de imóveis novos e antigos para a classe média, média alta e ricos. Todos os parâmetors por nós analisados permanecem íntegros e o ambiente é de correção de preços exagerados dos imóveis, com potendcial de queda de valores entre 30% e 40% durante esses próximos dois a três anos.
Fico, inclusive muito feliz com a informação de Miriam Leitão sobre a revoada brasileira para compra de imóveis em Miami!! Confirme agora no bom artigo intitulado "O que é estranho", publicado em seu Blog, em 24/03/2012, e acessível em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2012/03/24/o-que-estranho-437416.asp
Selecionei o seguinte trecho do mencionado artigo:
"São tantos os brasileiros comprando imóveis em Miami que há corretores especializados. A crise americana derrubou muito os preços dos imóveis e era natural que isso atraísse investidores de outros países. A discrepância de preços de imóveis lá e cá é tanta que é inevitável não ouvir pelo menos uma vez a pergunta sobre se o Brasil está indo para a mesma crise que eles já viveram. Mesmo diante da resposta de que o nível de endividamento no Brasil é muito menor, eles sempre respondem que acham que uma bolha está se formando. Como eles acabaram de ser tragados pelo estouro de uma bolha, melhor ficar atento, porque eles sabem como elas se formam."
Então senhores, o brasileiro, assim, dá mostras de que não quer ter tanto prejuízo qunto temi que pudesse ter. As comnpras de imóveis nos EUA são altamente favoráveis a nós e a nosso bolso. COmprar imóvel no Brasil hoje, para mim, não tem sentido a curto e médio prazo. A longo prazo, com a perspectiva de crescimento do país, sempre haverá.
Sim, pode o brasileiro ter se endividado muito. Nâo tanto como europeus, americanos e japoneses, pois nosso sistema econômico-financeiro-bancário não permitiria, mas isso só reforça, junto ao fato de que quem tem dinheiro e intenção de comprar imóveis estar comprando fora, a idéia de que vendas de imóveis no Brasil patinarão no curto prazo e isso indica queda e correção de valores de imóveis no Brasil.
Seguimos acompanhando.
segunda-feira, 26 de março de 2012
A Previdência do Brasileiro que mora no exterior: privada ou pública?
Pessoal, este artigo vem de carona com uma conversa que tive com uma grande amiga que é engenheira na Alemanha. O caso e as dúvidas pelas quais ela passava são importantes e interessantíssimas e com aspecto prático muito relevante para a vida de todos os brasileiros que trabalham no exterior, portanto, depois de aconselhá-la, resolvi escrever este artigo para que outros brasileiros em situação semelhante também tivessem acesso a essas informações e pudessem organizar melhor o seu futuro. Também é importante essa abordagem, já que mais de 20% do acesso do Blog é de brasileiros no exterior, principalmente dos EUA e Alemanha, mas de mais de trinta países em todo o mundo, inclusive África e Ásia.
Imaginem a seguinte hipótese: você tem cidadania portuguesa, trabalha na França e, por estar recolhendo para a previdência social francesa você não está recolhendo para o INSS, além de que está fazendo previdência privada complementar da empresa francesa, junto ao maior Banco da França. Você está seguro? Está tudo bem para você, no que concerne a investimentos em previdência?
Não posso dar todos os detalhes próprios de uma assessoria completa nesta área, pois não sou profissional que trabalhe em mercado de previdência, mas tenho algumas considerações muito importantes que o ajudarão a pensar sobre sua situação e sobre procurar ajuda adequada, com perguntas adequadas a fazer para você não ter grave prejuízo em seu futuro financeiro.
Veja.. e se você não puder continuar a trabalhar nesta empresa francesa daqui a dois anos, por motivo alheio à sua vontade? Se você ficasse na França a vida inteira e conseguisse completar o período de investimento, o pagamento da previdência complementar ocorreria, a princípio, mas e se você não tem a cidadania francesa, você receberá a aposentadoria do Governo Francês? E se vocÊ não puder receber a aposentadoria da previdência pública francesa por não ser francês, terá direito a receber o complemento privado francês da previdência complementar?
Se a resposta para tudo é negativa, provavelmente você terá direito a pedir seu dinheiro de volta do governo francês e do banco privado francês pela contribuição feita durante todos os anos de trabalho, quando você se aposentar. Mas quanto custará o advogado para efetuar esses dois pedidos? A empresa faz isso para você sem custo? E quanto tempo demorará para decidirem seus pedidos administrativos ou judiciais de devolução dos valores pagos já que vocÊ não obteria o beneficio previdenciário tanto do governo quanto o complementar privado?
E última pergunta: O Banco Francês é mais seguro do que o Banco do Brasil, por exemplo? O Deutsch Bank é mais seguro de se investir do que em bancos brasileiros?
Gente, a questão é grave. Não deixe o glamour de estar trabalhando como executivo no exterior enevoar sua visão de longo prazo. O correto é você ter medidas que te garantam no futuro caso você permaneça na Europa ou tenha de voltar ou queira vir ao Brasil.
Você deve se informar sobre procedimentos de resgate de valores da previdência pública européia para a qual você contribui. E o mesmo em relação à previdência complementar privada na Europa. Você deve ainda, ao meu ver, depositar metade de seus investimentos em bancos brasileiros, pois hoje são os mais seguros no mundo. Banco europeu, americano e japonês são de muito maior risco em função da crise econômica do que os bancos brasileiros. Você deve fazer uma previdência privada no Brasil, que é hoje o lugar mais seguro no mundo com melhores retornos de juros em todo o mundo e aconselho a previdência privada no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou no título chamado PREVER, que é do Bradesco e Itaú. Esses são os maiores Bancos do Brasil, dos maiores no mundo e se um deles (em especial Banco do Brasil) falisse, é porque o Brasil estaria indo à bancarrota.. é uma situação hoje inimaginável, pois o Brasil é um dos países de melhor estrutura orçamentário-financeira de todo o mundo e um dos únicos de relação dívida/PIB descendente e abixo de 40%, parâmetro antes exigido para ingresso na Zona do Euro!
As regras para administração de bancos no Brasil é mais rigorosa do que entre europeus, americanos e japoneses e riscos de crises como ocorreu em 2008 nos EUA, Europa e Japão são praticamente impossíveis de ocorrerem no Brasil justamente por esta rigidez imposta pelo Banco Central do Brasil e aceita e correspondida pelo mercado brasileiro bancário. Não há rebeldia a seguir regras de segurança bancária no Brasil como há nos EUA por exemplo. Lá o lobby financeiro trabalha organizadamente e muito bem pago para impedir o governo de seguir rigidamente as determinações da Basiléia (acordos mundiais sobre segurança bancária definidos na cidade suíça da Basiléia), assim como ocorre na Europa. No Brasil o lobby financeiro trabalha mais a manutenção de taxas de juros altos, mas não prejudica as exigências de regras de segurança impostas e administradas pelo BCB. Eles sabem que no fundo a segurança garante a eles mesmos, inclusive, e não só o mercado como um todo.
Assim, se você acha que seu dinheiro investido na previdência complementar européia está sendo um grande negócio, talvez quando tiver de voltar ao Brasil você tenha surpresas burocráticas sobre as quais ainda não pensou (há que verificar o seu caso). O sistema bancário brasileiro, além de tudo, ainda é melhor e mais seguro do que o europeu, ainda mais hoje, em que bancos franceses e alemães devem segurar investimentos em títulos portugueses, gregos (já calotados) e italianos e espanhóis... No Brasil não tem nada disso.
Além de você dever fazer previdência privada no Brasil, eu pensaria em fazer uma previdência pública brasileira na condição de autônomo, para eventualmente gozar de benefícios múltiplos de segurança que há em nossa previdência pública, mesmo que por um valor mais baixo. Você deve se informar sobre os benefícios, valores de contribuição e valores de benefício a serem pagos a você, porque a continuar a valorização do salário mínimo, no futuro a previdência social básica brasileira poderá ficar muito boa e você terá perdido a oportunidade de recebê-la. Contribuindo um pouco hoje, a adaptação de valores ou título de contribuição é mais fácil no futuro e como brasileiro é impossível que você não receba estes valores de verdade.
E para finalizar: se vocÊ tem uma cidadania européia, informe-se sobre relação de contribuições e direito de recebimento de benefícios, para você ver em que medida pode se beneficiar deste outro sistema também. O mais arriscado é você não se informar como receberá benefícios de um sistema previdenciário estrangeiro de um país que não tem relação institucional alguma contigo (em especial a de cidadania), a não ser o pacto de contribuição previdenciária. Isso é arriscado.
Espero ter ajudado. Boa sorte.
p.s. de 27/03/2012 - Se você chegou a ser convidado para trabalhar no exterior, naturalmente eu não precisaria falar o que falarei, pois você tem grande percepção do que te ronda em termos de boa política com sua empresa ou quem te contratou, mas falarei assim mesmo por desencargo de consciência, principalmente para a hipótese de você ser muito novo ou de ser muito técnico e ser desatento para questõesd e política de rellacionamento com seu empregador. Se você foi convidado a traballhar no exterior há procedimentos regulares da empresa que serão seguidas de forma padronizada e uma delas é o recolhimento à previdÊncia pública do país em que você trabalha e recolhimento para a previdência complementar privada da empresa em que você trabalha. Não desgaste sua imagem querendo contestar isso, por favor. Aceite como um ônus em contrapartida do bônus em estar trabalhando para esta empresa, neste emprego em uma experiência no exterior, o que te acrescenárá o currículo com certeza. O objetivo do artigo é simplesmente te alertar para as conseqüências de trabalahr no exterior e confiar na imutabilidade de uma situação sobre a qual você não tem controle (eventual desemprego ou término de contrato sem renovação) e alertá-lo para seus interesses financeiros e previdenciários de longo prazo. Organize-se, informe-se e prepare-se para o o futuro... por que ele chegará, amigo, acredite.
p.s. de 30/03/2012 - Parece que a extensão de pensão por morte às filhas de militares já foi abolida há poucos anos. Corrijo a informação de que ainda não teria sido.
p.s. de 09/04/2012 - Esse p.s. acima, de 30/03/2012, foi colocado erroneamente neste artigo. Deveria estar no artigo "A verdade sobre o déficit da Previdência Social Brasileira" - já foi corrigido.
p.s. de 12/08/2013 - Leia também sobre acordos internacionais de previdência em http://www.perspectivacritica.com.br/2013/08/acordos-previdenciarios-entre-brasil-e.html
Imaginem a seguinte hipótese: você tem cidadania portuguesa, trabalha na França e, por estar recolhendo para a previdência social francesa você não está recolhendo para o INSS, além de que está fazendo previdência privada complementar da empresa francesa, junto ao maior Banco da França. Você está seguro? Está tudo bem para você, no que concerne a investimentos em previdência?
Não posso dar todos os detalhes próprios de uma assessoria completa nesta área, pois não sou profissional que trabalhe em mercado de previdência, mas tenho algumas considerações muito importantes que o ajudarão a pensar sobre sua situação e sobre procurar ajuda adequada, com perguntas adequadas a fazer para você não ter grave prejuízo em seu futuro financeiro.
Veja.. e se você não puder continuar a trabalhar nesta empresa francesa daqui a dois anos, por motivo alheio à sua vontade? Se você ficasse na França a vida inteira e conseguisse completar o período de investimento, o pagamento da previdência complementar ocorreria, a princípio, mas e se você não tem a cidadania francesa, você receberá a aposentadoria do Governo Francês? E se vocÊ não puder receber a aposentadoria da previdência pública francesa por não ser francês, terá direito a receber o complemento privado francês da previdência complementar?
Se a resposta para tudo é negativa, provavelmente você terá direito a pedir seu dinheiro de volta do governo francês e do banco privado francês pela contribuição feita durante todos os anos de trabalho, quando você se aposentar. Mas quanto custará o advogado para efetuar esses dois pedidos? A empresa faz isso para você sem custo? E quanto tempo demorará para decidirem seus pedidos administrativos ou judiciais de devolução dos valores pagos já que vocÊ não obteria o beneficio previdenciário tanto do governo quanto o complementar privado?
E última pergunta: O Banco Francês é mais seguro do que o Banco do Brasil, por exemplo? O Deutsch Bank é mais seguro de se investir do que em bancos brasileiros?
Gente, a questão é grave. Não deixe o glamour de estar trabalhando como executivo no exterior enevoar sua visão de longo prazo. O correto é você ter medidas que te garantam no futuro caso você permaneça na Europa ou tenha de voltar ou queira vir ao Brasil.
Você deve se informar sobre procedimentos de resgate de valores da previdência pública européia para a qual você contribui. E o mesmo em relação à previdência complementar privada na Europa. Você deve ainda, ao meu ver, depositar metade de seus investimentos em bancos brasileiros, pois hoje são os mais seguros no mundo. Banco europeu, americano e japonês são de muito maior risco em função da crise econômica do que os bancos brasileiros. Você deve fazer uma previdência privada no Brasil, que é hoje o lugar mais seguro no mundo com melhores retornos de juros em todo o mundo e aconselho a previdência privada no Banco do Brasil, na Caixa Econômica Federal ou no título chamado PREVER, que é do Bradesco e Itaú. Esses são os maiores Bancos do Brasil, dos maiores no mundo e se um deles (em especial Banco do Brasil) falisse, é porque o Brasil estaria indo à bancarrota.. é uma situação hoje inimaginável, pois o Brasil é um dos países de melhor estrutura orçamentário-financeira de todo o mundo e um dos únicos de relação dívida/PIB descendente e abixo de 40%, parâmetro antes exigido para ingresso na Zona do Euro!
As regras para administração de bancos no Brasil é mais rigorosa do que entre europeus, americanos e japoneses e riscos de crises como ocorreu em 2008 nos EUA, Europa e Japão são praticamente impossíveis de ocorrerem no Brasil justamente por esta rigidez imposta pelo Banco Central do Brasil e aceita e correspondida pelo mercado brasileiro bancário. Não há rebeldia a seguir regras de segurança bancária no Brasil como há nos EUA por exemplo. Lá o lobby financeiro trabalha organizadamente e muito bem pago para impedir o governo de seguir rigidamente as determinações da Basiléia (acordos mundiais sobre segurança bancária definidos na cidade suíça da Basiléia), assim como ocorre na Europa. No Brasil o lobby financeiro trabalha mais a manutenção de taxas de juros altos, mas não prejudica as exigências de regras de segurança impostas e administradas pelo BCB. Eles sabem que no fundo a segurança garante a eles mesmos, inclusive, e não só o mercado como um todo.
Assim, se você acha que seu dinheiro investido na previdência complementar européia está sendo um grande negócio, talvez quando tiver de voltar ao Brasil você tenha surpresas burocráticas sobre as quais ainda não pensou (há que verificar o seu caso). O sistema bancário brasileiro, além de tudo, ainda é melhor e mais seguro do que o europeu, ainda mais hoje, em que bancos franceses e alemães devem segurar investimentos em títulos portugueses, gregos (já calotados) e italianos e espanhóis... No Brasil não tem nada disso.
Além de você dever fazer previdência privada no Brasil, eu pensaria em fazer uma previdência pública brasileira na condição de autônomo, para eventualmente gozar de benefícios múltiplos de segurança que há em nossa previdência pública, mesmo que por um valor mais baixo. Você deve se informar sobre os benefícios, valores de contribuição e valores de benefício a serem pagos a você, porque a continuar a valorização do salário mínimo, no futuro a previdência social básica brasileira poderá ficar muito boa e você terá perdido a oportunidade de recebê-la. Contribuindo um pouco hoje, a adaptação de valores ou título de contribuição é mais fácil no futuro e como brasileiro é impossível que você não receba estes valores de verdade.
E para finalizar: se vocÊ tem uma cidadania européia, informe-se sobre relação de contribuições e direito de recebimento de benefícios, para você ver em que medida pode se beneficiar deste outro sistema também. O mais arriscado é você não se informar como receberá benefícios de um sistema previdenciário estrangeiro de um país que não tem relação institucional alguma contigo (em especial a de cidadania), a não ser o pacto de contribuição previdenciária. Isso é arriscado.
Espero ter ajudado. Boa sorte.
p.s. de 27/03/2012 - Se você chegou a ser convidado para trabalhar no exterior, naturalmente eu não precisaria falar o que falarei, pois você tem grande percepção do que te ronda em termos de boa política com sua empresa ou quem te contratou, mas falarei assim mesmo por desencargo de consciência, principalmente para a hipótese de você ser muito novo ou de ser muito técnico e ser desatento para questõesd e política de rellacionamento com seu empregador. Se você foi convidado a traballhar no exterior há procedimentos regulares da empresa que serão seguidas de forma padronizada e uma delas é o recolhimento à previdÊncia pública do país em que você trabalha e recolhimento para a previdência complementar privada da empresa em que você trabalha. Não desgaste sua imagem querendo contestar isso, por favor. Aceite como um ônus em contrapartida do bônus em estar trabalhando para esta empresa, neste emprego em uma experiência no exterior, o que te acrescenárá o currículo com certeza. O objetivo do artigo é simplesmente te alertar para as conseqüências de trabalahr no exterior e confiar na imutabilidade de uma situação sobre a qual você não tem controle (eventual desemprego ou término de contrato sem renovação) e alertá-lo para seus interesses financeiros e previdenciários de longo prazo. Organize-se, informe-se e prepare-se para o o futuro... por que ele chegará, amigo, acredite.
p.s. de 30/03/2012 - Parece que a extensão de pensão por morte às filhas de militares já foi abolida há poucos anos. Corrijo a informação de que ainda não teria sido.
p.s. de 09/04/2012 - Esse p.s. acima, de 30/03/2012, foi colocado erroneamente neste artigo. Deveria estar no artigo "A verdade sobre o déficit da Previdência Social Brasileira" - já foi corrigido.
p.s. de 12/08/2013 - Leia também sobre acordos internacionais de previdência em http://www.perspectivacritica.com.br/2013/08/acordos-previdenciarios-entre-brasil-e.html
quarta-feira, 21 de março de 2012
Corrupção em Hospitais Públicos
Foi importantíssimo o trabalho de reportagem investigativa efetuada e apresentada pela Rede Globo no Hospital de Pediatria da UFRJ, a pedido dos médicos!!
Fontes minhas neste sistema dizem que é praticamente impossível inexistir corrupção nas licitações procedidas em qualquer hospital público. Isto porque tratam-se de grupos que já fazem isso há décadas e quem entrar na adminstração do hospital deve fazer uma escolha: ou participa ou deixa correr e não participa, sendo afastado das melhores funções e tudo o mais. Quem se intrometer corre risco sério de vida mesmo.
Mas isso existe porque o sistema de saúde público está abandonado por todo esse período. Na medida em que você não investe, não há fiscalização nem estímulo aos funcionários públicos a executarem trabalho adequadamente. Até porque para fazer algo, terá de ter dor de cabeça e andar contra o sistema em sua unidade hospitalar.
O importante da reportagem é aproximar a sociedade da rede pública de saúde. Só é possível consertar aquilo que você viu que está errado. Mas só quem procura acha. A sociedade não procurou nada até hoje na Saúde Pública e por isso nunca achou nada ou pensou em nada para adequá-la.
Talvez agora, e espero que mais investigações dessas ocorram, se encontrem mais problemas e resolvam-se-os! Parabéns à Rede Globo por este trabalho. Isto protege a população, os serviços públicos e os servidores honestos. Expor para corrigir.
A continuar esta movimentação social, a crescer os investimentos públicos em saúde, a melhor gerir a verba pública da saúde, quem sabe um dia não tenhamos uma Rede de Saúde Pública tal que não seja preciso pagar plano de saúde para obter serviço básico de saúde com qualidade? É assim na Europa.
p.s. de 26/03/2012 - texto revisto
Fontes minhas neste sistema dizem que é praticamente impossível inexistir corrupção nas licitações procedidas em qualquer hospital público. Isto porque tratam-se de grupos que já fazem isso há décadas e quem entrar na adminstração do hospital deve fazer uma escolha: ou participa ou deixa correr e não participa, sendo afastado das melhores funções e tudo o mais. Quem se intrometer corre risco sério de vida mesmo.
Mas isso existe porque o sistema de saúde público está abandonado por todo esse período. Na medida em que você não investe, não há fiscalização nem estímulo aos funcionários públicos a executarem trabalho adequadamente. Até porque para fazer algo, terá de ter dor de cabeça e andar contra o sistema em sua unidade hospitalar.
O importante da reportagem é aproximar a sociedade da rede pública de saúde. Só é possível consertar aquilo que você viu que está errado. Mas só quem procura acha. A sociedade não procurou nada até hoje na Saúde Pública e por isso nunca achou nada ou pensou em nada para adequá-la.
Talvez agora, e espero que mais investigações dessas ocorram, se encontrem mais problemas e resolvam-se-os! Parabéns à Rede Globo por este trabalho. Isto protege a população, os serviços públicos e os servidores honestos. Expor para corrigir.
A continuar esta movimentação social, a crescer os investimentos públicos em saúde, a melhor gerir a verba pública da saúde, quem sabe um dia não tenhamos uma Rede de Saúde Pública tal que não seja preciso pagar plano de saúde para obter serviço básico de saúde com qualidade? É assim na Europa.
p.s. de 26/03/2012 - texto revisto
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