Pessoal, tenho de ressaltar um detalhe metodológico. Não posso me dedicar exclusivamente para o blog. trabalho nele antes e/ou depois do meu horário de trabalho. Também não tenho profissionais para revisão. Faço tudo. Mas faço questão de que tudo seja bem fundamentado, bem escrito e revisado.
Sendo assim, não tenho o tempo suficiente para analisar todas as matérias sobre as quais acho que deveria escrever. Para tentar impedir que os fatos me atropelem, às vezes sou obrigado a fazer um artigo em que comente mais resumidamente fatos que eu não deveria deixar passar em branco por serem muito importantes. Prefiro tecer logo as considerações e publicá-las do que esperar mais tempo, em que poderia reunir mais informação sobre o tema, e não conseguir apresentar o artigo por perda de timing e surgimento de outros temas importantes. Aplico a regra de "o ótimo é inimigo do bom", nesses casos, principlamente.
Assim são escritos os artigos que denomino "Revista da semana" ou "Revisão da semana". Notei que pela segunda vez, apesar de sintetizar temas importantes, o acesso a essas revistas ou revisões ficou bem abaixo da média. O título chama menos atenção, pois não trata de um tema somente, não podendo ser melhor dimensionado nem mais informativo, mas aviso que são artigos rápidos com informação sintetizada de pontos importantes abordados pela mídia na semana anterior.
Portanto, é isso. Informo só para que eu tenha a certeza de que vocês estão cientes da metodologia informativa que adotei e para que não percam acesso a informações que pincei para vocês por falha comunicativa minha.
Abs
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
Exatos 7.163 acessos! Tem algo por aí... ou melhor.. por aqui! rsrs
Galera, eu estava me segurando para apresentar os números só no dia 27, para fechar oito meses, mas não tô conseguindo.. 7.163 acessos em 8 meses!! 100 artigos!! Vários acréscimos qualitativos com os comentários dos nossos leitores, acrescentando e dando mais do que vida ao blog.
Vai ser o primeiro mês que fechará com mais de 2000 acessos!! Já são 1.986 acessos em fevereiro de 2011!!
Para vocês terem uma noção melhor da dinâmica do crescimento do acesso ao blog, até 30/12/2010, em seis meses de vida, houve 3.705 acessos... em dois meses quase dobramos esse acesso!!!
O sentimento que eu tenho é o seguinte: há muito mais gente interessada em economia e política e em questionar os problemas da nossa sociedade e buscar soluções do que somos levados a crer, inclusive em mesas de bar!
Acho algo curioso o que está acontecendo conosco. Comecei escrevendo como forma de desabafar as injustiças cometidas pela mídia contra assuntos de interesse nacional e da Administração Pública, sobre o que falam, escrevem, mas pouquíssimos realmente conhecem.. e vejam aí!
Vamos em frente! Vamos construir nosso canal de voz. O canal em que NÓS e NINGUÈM MAIS escolhemos nossa pauta de assuntos. NÓS e NINGUÉM MAIS dizemos o que é certo e o que é errado para nós mesmos, nossos familiares e para o desenvolvimento do nosso País. NÓS E NINGUÉM MAIS.
Muito obrigado pela confiança em acessar, ler, sugerir temas e criticar o blog. Eu comecei, vocês continuaram, e agora eles (todo aquele que quiser manipular informação e fazer nossa sociedade de bucha) vão ter que nos aturar!
Abraçosssss e Parabéns para você também leitor!
Seguimos juntos! Meu próximo artigo, para comemorar, será desvendar o porquê que José Sarney não sai da Presidência do Senado. Veríssimo tocou no assunto no artigo "Realpolitikinha", publicado no Globo de 20/02/2011, Miriam Leitão também, mas ninguém explicou nem explicará a verdade.
Ninguém não. A questão vai muito além de Sarney.
Aguardem.
Vai ser o primeiro mês que fechará com mais de 2000 acessos!! Já são 1.986 acessos em fevereiro de 2011!!
Para vocês terem uma noção melhor da dinâmica do crescimento do acesso ao blog, até 30/12/2010, em seis meses de vida, houve 3.705 acessos... em dois meses quase dobramos esse acesso!!!
O sentimento que eu tenho é o seguinte: há muito mais gente interessada em economia e política e em questionar os problemas da nossa sociedade e buscar soluções do que somos levados a crer, inclusive em mesas de bar!
Acho algo curioso o que está acontecendo conosco. Comecei escrevendo como forma de desabafar as injustiças cometidas pela mídia contra assuntos de interesse nacional e da Administração Pública, sobre o que falam, escrevem, mas pouquíssimos realmente conhecem.. e vejam aí!
Vamos em frente! Vamos construir nosso canal de voz. O canal em que NÓS e NINGUÈM MAIS escolhemos nossa pauta de assuntos. NÓS e NINGUÉM MAIS dizemos o que é certo e o que é errado para nós mesmos, nossos familiares e para o desenvolvimento do nosso País. NÓS E NINGUÉM MAIS.
Muito obrigado pela confiança em acessar, ler, sugerir temas e criticar o blog. Eu comecei, vocês continuaram, e agora eles (todo aquele que quiser manipular informação e fazer nossa sociedade de bucha) vão ter que nos aturar!
Abraçosssss e Parabéns para você também leitor!
Seguimos juntos! Meu próximo artigo, para comemorar, será desvendar o porquê que José Sarney não sai da Presidência do Senado. Veríssimo tocou no assunto no artigo "Realpolitikinha", publicado no Globo de 20/02/2011, Miriam Leitão também, mas ninguém explicou nem explicará a verdade.
Ninguém não. A questão vai muito além de Sarney.
Aguardem.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
Os melhores artigos do globo em 10 anos
A leitura do artigo publicado no Jornal O Globo de 20/02/2011, intitulado "Petrobras burla a lei e usa terceirizados como fiscais", me lembrou que quando o Jornal O Globo quer faz trabalho de alto nível profissional e informativo, fiscalizando a coisa pública no sentido de proteger o interesse brasileiro e contribuir para a melhora da Administração Pública e da eficiência do nosso Estado, a bem de toda a sociedade.
Quero parabenizar o artigo acima mencionado publicado pelo O Globo. Todos os elementos informativos se apresentaram perfeitos. A manchete chamou atenção para o fato desenvolvido no corpo da matéria, ou seja, o fato de haver muito terceirizado fazendo serviço que deveria ser feito por concursados. Fazer concurso e não chamar os concursados, colocando em seus lugares terceirizados é jogar fora o dinheiro público gasto com a realização do concurso, impedir o fortalecimento de quadro necessário, que tem comprometimento total com o sucesso da empresa federal, e ainda é baixar a qualidade dos serviços da Petrobrás, podendo piorar a eficiência da empresa e a segurança dos processos de produção, podendo, aí sim, haver uma catástrofe como ocorreu com a BP no Golfo do México, cujo motivo principal foi exatamente o excesso de terceirização e economia com processos de segurança na extração de petróelo. Além de tudo isso, o crescimento excessivo e injustificado de terceirizados dá margem a desvio de verbas, comissões, corrupção e criação de feudos.
A notícia publicada ainda baseou-se em dados públicos em ações do Ministério Público e relatórios do TCU, sites da empresa e de seus prestadores de serviços, ao invés de ser baseado em cogitações e interpretações de dados. Não foi artigo acusativo e defennsor de tese. Foi objetivo e informativo. Tinha um vetor, claro, mas não pode ser considerado tendencioso. Informou muito mais do que conduziu/induziu o leitor.
A redação teve o enfoque não de atacar a empresa, mas de defender seus próprios interesses, a bem dela mesma, que é patrimônio do Brasil, a bem da eficiência de sua governança, a bem do respeito ao investimento de dinheiro em concursos públicos e em respeito aos milhares de brasileiros que se prepararam para esses concursos, passaram e estão injustamente afastados de seus cargos que são necessários para a empresa. E por fim, para coroar tudo, na mesma matéria publicou resposta da Petrobrás, ou seja, deu direito ao contraditório! Irretocável.
Eu reconheço o potencial construtivo da grande mídia. Não quero que a grande mídia defenda isso ou aquilo, mas quero que sempre defenda o interesse brasileiro, as empresas públicas que são patrimônio público (racionalmente e não preconceituosamente), os processos de gestão legítima de recursos humanos e materiais dessas empresas que têm grande importância estratégica para o nosso País. E o mais importante, que seja objetiva informativa e dê direito ao contraditório sempre. Sempre que fizer isso a grande mídia, a pequena mídia, a gigantesca mídia ou a ridícula mídia sempre receberá palmas de mim e da sociedade.
Só para mostrar que sei que às vezes a Globo faz isso e mostrar reconhecimento, quero elencar outros casos que para mim são modelos de atuação investigativa e informativa do Globo, com benefícios inquestionáveis para a melhora de nossa sociedade nos últimos dez anos, do que me lembro.
São eles:
1 - reportagem sobre descumprimento de metas pelas concessionárias de serviço de transporte público, incluindo trens, metrô, empresas de ônibus e barcas, no Estado do Rio de Janeiro.
2 - reportagem sobre a descamação das receitas com royalties de petróelo, exposição do real e pequeno valor percentual da riqueza do petróleo que fica com os produtores a título de royalties em relação ao total de tributos que incidem sobre a atividade exploratória petrolífera e a denúncia do ataque federativo aos produtores de petróleo, enfraquecendo a idéia e sentimento de Federação.
3 - coluna da miriam leitão em que denunciou que não há exatamente falta de mão-de-obra, mas as empresas não contratam pessoas jovens supergraduadas mas sem experiência e nem pessoas mais velhas superexperientes mas sem pós-graduação, limitando preconceituosamente suas opções de trabalhadores e jogando no desemprego pessoas altamente capazes de trabalhar.
4 - reportagem sobre a existênica de oito tributos incidentes sobre a energia elétrica, mas que mesmo quando perdem a motivação e razão de exitir não são anulados e continuam sendo cobrados.
Não tenho esses links e o site do Globo é péssimo para pesquisa de artigos antigos, mas esses foram os artigos que me deram orgulho de ler o Jornal e alimentaram meu sentimento de gratidão e admiraçao pelo veículo de informação O Globo.
O primeiro citado foi resultado de um amplíssimo trabalho investigativo de metas definidas em edital para cada concessão de transporte público, demonstrando como não atingiam as metas de qualidade e universalização de serviços. Incluiu transportes de todos os modais e acho que inclusive serviço de telefonia. Assim que eu li eu pensei "cara, investiram muito tempo e dinheiro pra fazer isso e nem a sociedade vai dar o valor que esse artigo merece, mas isso não tem valor que pague para o bem da sociedade... esse jornalista é maluco, talvez receba ameaça de morte, mas é herói, assim como a chefia de redação que deixou publicar". É isso que se quer! Expondo a realidade com foco no bem público e na melhora de vida da população, amigos, é só palmas.
O segundo citado, foi igualmente objetivo, expôs o criminoso contra a Federação Brasileira, chamado Ibsen Pinheiro, que se aproveitou da carestia por verbas dos Estados e Municípios mais pobres para angariar sucesso e visibilidade em ano eleitoral, esgarçando os direitos compensatórios dos Estados e Municípios produtores, contra a Constituição Federal. Mostrou a real dimensão percentual do valor arrecadado que vai para os produtores que é de 10% no máximo, ficando 90% de toda a tributação incidente para o País, Estados e demais Municípios não produtores. Essa notícia objetiva informou o País, ajudou no debate, protegeu a Federação e expôs os autores da lei e algozes da Federação. O povo gaúcho não reelegeu Ibsen Pinheiro e muitos que votaram a favor do ataque federativo. Discussão sobre remuneração a partir de petróleo tudo bem, mas roubo dos produtores e transformação de entes autônomos da federação em colônias de exploração NÃO! E abre precedente para fazer isso com qualuqer Estado ou Município queamanhã tenha uma riqueza considerada estratégica..absurdo.
O terceiro citado foi uma sacada fantástica da Miriam leitão a que eu não tinha me atentado até ela denunciar: as empresas ficam procurando o namorado dos sonhos e não aproveitam os excelentes quadros que se apresentam a ela, desperdiçando-os e jogando-os no desemprego por puro preconceito. Antes deste artigo da Miriam, a vítima do desempredo era o candidato a emprego, por não ter "empregabilidade": ou era doutorado sem experiência, com 30 anos (não serve), ou com 50 anos, muita experiência mas sem pós-graduação (não serve)! Brincadeira! Era um canal vicioso sem saída! Quem sempre trabalhou e não pôde se graduar era preterido e quem se dedicou aos estudos e não teve tempo de trabalhar também! Ridículo. Depois disso, tudo ficou esclarecido e notícias de mudança de perspectiva sobre empregabilidade surgiram. Parabéns Miriam. O alcance da notícia foi incalculável.
E o quarto senhores, ao meu ver, foi o sobre a existência de oito tributos (taxas, imposto e contribuições) sobre a produção e comercialização de energia elétrica. Alguns existiam para financiar uma determinada expansão ou necessidade do setor e mesmo depois disso ocorrer (ou ser satisfeito) o tributo continuava. Não é só o caso em si, mas o fato de que isso pode estar acontecendo em diversos outros casos (telefonia, transporte, qualquer serviço público objeto de concessão ou não). Essa matéria abriu o caminho para a discussão da eficiência tributária, protegendo o bolso dos contribuintes, sem prejudicar os atingimentos de metas dos serviços de energia elétrica. Ótimo trabalho.
Não quis mencionar casos de grandissíssimo vulto e que qualquer um pode compreender o significado e principalmente que não exijam grande trabalho investigativo, tais como corrupções, eleições, planos econômicos de governos (Cruzado, Collor, Real), surgimento da nova Constituição Federal e afins. Quis mencionar os que deram trabalho investigativo e tiveram grande importância, mesmo que não tenha sido notada ou que não tenha tido tanta visibilidade em proporção à sua importância no mundo informativo.
Isso é para mostrar que é possível fazer excelente trabalho informativo. A Globo sabe disso, mas ela tem que dar o que o cliente quer, portanto, senhores, vamos cobrar qualidade e ela nos dará de bom grado (assim espero - do contrário estamos aqui para apontar o erro)!!!
Abraçossssssssssss
Quero parabenizar o artigo acima mencionado publicado pelo O Globo. Todos os elementos informativos se apresentaram perfeitos. A manchete chamou atenção para o fato desenvolvido no corpo da matéria, ou seja, o fato de haver muito terceirizado fazendo serviço que deveria ser feito por concursados. Fazer concurso e não chamar os concursados, colocando em seus lugares terceirizados é jogar fora o dinheiro público gasto com a realização do concurso, impedir o fortalecimento de quadro necessário, que tem comprometimento total com o sucesso da empresa federal, e ainda é baixar a qualidade dos serviços da Petrobrás, podendo piorar a eficiência da empresa e a segurança dos processos de produção, podendo, aí sim, haver uma catástrofe como ocorreu com a BP no Golfo do México, cujo motivo principal foi exatamente o excesso de terceirização e economia com processos de segurança na extração de petróelo. Além de tudo isso, o crescimento excessivo e injustificado de terceirizados dá margem a desvio de verbas, comissões, corrupção e criação de feudos.
A notícia publicada ainda baseou-se em dados públicos em ações do Ministério Público e relatórios do TCU, sites da empresa e de seus prestadores de serviços, ao invés de ser baseado em cogitações e interpretações de dados. Não foi artigo acusativo e defennsor de tese. Foi objetivo e informativo. Tinha um vetor, claro, mas não pode ser considerado tendencioso. Informou muito mais do que conduziu/induziu o leitor.
A redação teve o enfoque não de atacar a empresa, mas de defender seus próprios interesses, a bem dela mesma, que é patrimônio do Brasil, a bem da eficiência de sua governança, a bem do respeito ao investimento de dinheiro em concursos públicos e em respeito aos milhares de brasileiros que se prepararam para esses concursos, passaram e estão injustamente afastados de seus cargos que são necessários para a empresa. E por fim, para coroar tudo, na mesma matéria publicou resposta da Petrobrás, ou seja, deu direito ao contraditório! Irretocável.
Eu reconheço o potencial construtivo da grande mídia. Não quero que a grande mídia defenda isso ou aquilo, mas quero que sempre defenda o interesse brasileiro, as empresas públicas que são patrimônio público (racionalmente e não preconceituosamente), os processos de gestão legítima de recursos humanos e materiais dessas empresas que têm grande importância estratégica para o nosso País. E o mais importante, que seja objetiva informativa e dê direito ao contraditório sempre. Sempre que fizer isso a grande mídia, a pequena mídia, a gigantesca mídia ou a ridícula mídia sempre receberá palmas de mim e da sociedade.
Só para mostrar que sei que às vezes a Globo faz isso e mostrar reconhecimento, quero elencar outros casos que para mim são modelos de atuação investigativa e informativa do Globo, com benefícios inquestionáveis para a melhora de nossa sociedade nos últimos dez anos, do que me lembro.
São eles:
1 - reportagem sobre descumprimento de metas pelas concessionárias de serviço de transporte público, incluindo trens, metrô, empresas de ônibus e barcas, no Estado do Rio de Janeiro.
2 - reportagem sobre a descamação das receitas com royalties de petróelo, exposição do real e pequeno valor percentual da riqueza do petróleo que fica com os produtores a título de royalties em relação ao total de tributos que incidem sobre a atividade exploratória petrolífera e a denúncia do ataque federativo aos produtores de petróleo, enfraquecendo a idéia e sentimento de Federação.
3 - coluna da miriam leitão em que denunciou que não há exatamente falta de mão-de-obra, mas as empresas não contratam pessoas jovens supergraduadas mas sem experiência e nem pessoas mais velhas superexperientes mas sem pós-graduação, limitando preconceituosamente suas opções de trabalhadores e jogando no desemprego pessoas altamente capazes de trabalhar.
4 - reportagem sobre a existênica de oito tributos incidentes sobre a energia elétrica, mas que mesmo quando perdem a motivação e razão de exitir não são anulados e continuam sendo cobrados.
Não tenho esses links e o site do Globo é péssimo para pesquisa de artigos antigos, mas esses foram os artigos que me deram orgulho de ler o Jornal e alimentaram meu sentimento de gratidão e admiraçao pelo veículo de informação O Globo.
O primeiro citado foi resultado de um amplíssimo trabalho investigativo de metas definidas em edital para cada concessão de transporte público, demonstrando como não atingiam as metas de qualidade e universalização de serviços. Incluiu transportes de todos os modais e acho que inclusive serviço de telefonia. Assim que eu li eu pensei "cara, investiram muito tempo e dinheiro pra fazer isso e nem a sociedade vai dar o valor que esse artigo merece, mas isso não tem valor que pague para o bem da sociedade... esse jornalista é maluco, talvez receba ameaça de morte, mas é herói, assim como a chefia de redação que deixou publicar". É isso que se quer! Expondo a realidade com foco no bem público e na melhora de vida da população, amigos, é só palmas.
O segundo citado, foi igualmente objetivo, expôs o criminoso contra a Federação Brasileira, chamado Ibsen Pinheiro, que se aproveitou da carestia por verbas dos Estados e Municípios mais pobres para angariar sucesso e visibilidade em ano eleitoral, esgarçando os direitos compensatórios dos Estados e Municípios produtores, contra a Constituição Federal. Mostrou a real dimensão percentual do valor arrecadado que vai para os produtores que é de 10% no máximo, ficando 90% de toda a tributação incidente para o País, Estados e demais Municípios não produtores. Essa notícia objetiva informou o País, ajudou no debate, protegeu a Federação e expôs os autores da lei e algozes da Federação. O povo gaúcho não reelegeu Ibsen Pinheiro e muitos que votaram a favor do ataque federativo. Discussão sobre remuneração a partir de petróleo tudo bem, mas roubo dos produtores e transformação de entes autônomos da federação em colônias de exploração NÃO! E abre precedente para fazer isso com qualuqer Estado ou Município queamanhã tenha uma riqueza considerada estratégica..absurdo.
O terceiro citado foi uma sacada fantástica da Miriam leitão a que eu não tinha me atentado até ela denunciar: as empresas ficam procurando o namorado dos sonhos e não aproveitam os excelentes quadros que se apresentam a ela, desperdiçando-os e jogando-os no desemprego por puro preconceito. Antes deste artigo da Miriam, a vítima do desempredo era o candidato a emprego, por não ter "empregabilidade": ou era doutorado sem experiência, com 30 anos (não serve), ou com 50 anos, muita experiência mas sem pós-graduação (não serve)! Brincadeira! Era um canal vicioso sem saída! Quem sempre trabalhou e não pôde se graduar era preterido e quem se dedicou aos estudos e não teve tempo de trabalhar também! Ridículo. Depois disso, tudo ficou esclarecido e notícias de mudança de perspectiva sobre empregabilidade surgiram. Parabéns Miriam. O alcance da notícia foi incalculável.
E o quarto senhores, ao meu ver, foi o sobre a existência de oito tributos (taxas, imposto e contribuições) sobre a produção e comercialização de energia elétrica. Alguns existiam para financiar uma determinada expansão ou necessidade do setor e mesmo depois disso ocorrer (ou ser satisfeito) o tributo continuava. Não é só o caso em si, mas o fato de que isso pode estar acontecendo em diversos outros casos (telefonia, transporte, qualquer serviço público objeto de concessão ou não). Essa matéria abriu o caminho para a discussão da eficiência tributária, protegendo o bolso dos contribuintes, sem prejudicar os atingimentos de metas dos serviços de energia elétrica. Ótimo trabalho.
Não quis mencionar casos de grandissíssimo vulto e que qualquer um pode compreender o significado e principalmente que não exijam grande trabalho investigativo, tais como corrupções, eleições, planos econômicos de governos (Cruzado, Collor, Real), surgimento da nova Constituição Federal e afins. Quis mencionar os que deram trabalho investigativo e tiveram grande importância, mesmo que não tenha sido notada ou que não tenha tido tanta visibilidade em proporção à sua importância no mundo informativo.
Isso é para mostrar que é possível fazer excelente trabalho informativo. A Globo sabe disso, mas ela tem que dar o que o cliente quer, portanto, senhores, vamos cobrar qualidade e ela nos dará de bom grado (assim espero - do contrário estamos aqui para apontar o erro)!!!
Abraçossssssssssss
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Revista da semana: Caças, Corte de Gastos Governamentais, Inflação, Dìvida Pública bruta e líquida americana e brasileira
Pessoal, tenho alguns pontos sobre os quais gostaria de falar com mais profundidade, mas posso deixar uma abordagem mais profunda para depois e apresentar logo algumas perspectivas mais rápidas sobre alguns fatos importantíssimos, para não deixar passar muito tempo do fato e perder o timing da crítica. Selecionei os fatos abaixo:
1 - Reabertura da licitação de caças - reabrir por ver que há possibilidade de que sejam melhoradas as propostas,ou porque os caças em licitação ficaram defasados (como ocorreu do programa FX para o atual FX2), ou porque as empresas não podem manter o preço pela demora da decisão, tudo bem. Eu entendo também que a Dilma, acusada pela grande mídia de ser mera continuadora do Lula, queira marcar posição, mostrar independência. Agora, daí a vir a escolher o F-18 pra satisfazer os críticos, preterindo o Rafale, vai uma grande distância. Eu admiro o Obama. Acho que os EUA têm sorte de terem escolhido ele como Presidente. É um democrata e pode resgatar os EUA dos absurdos econômicos e sociais em que vivem e está fazendo isso (vide reforma do sistema público de saúde). Mas ele não pode garantir transferência de tecnologia. Isso só pode passar pelo Congresso, então, não se enganem não haverá transferência de 100% de tecnologia americana conforme promete a França. Se a Austrália e Canadá não receberam a transferência de 100% da tecnologia para construção de aviões americanos que usam para sua defesa, vocês realmente acham que isso será cedido para o Brasil?!?! Piada. A mídia que apóia os EUA é irresponsável. Além de não poderem garantir a transferência de tecnologia, o F-18 já é ultrapassado para os EUA que usam F-35 (significa que também não terão interesse em desenvolver novos aviões conosco por causa dessa compra). E além disso, o histórico norte-americano é de restrições de venda de aviões de guerra que tenham componentes americanos, como ocorreu com os Super Tucanos brasileiros que não pudemos vender para a Venezuela porque tinha componente americano. O Rafale somente está sendo vendido nessas condições excepcionais porque se a França não fizer isso fica difícil manter a produção desse excelente avião. Ela quer ganhar escala de produção e manter seus aviões fazendo parceria conosco. É uma oportunidade, além de os pilotos brasileiros já estarem acostumados com esse tipo de avião, pelo uso dos Mirage por décadas. Espero que Dilma não queira marca posição satisfazendo a mídia e os grupos interessados em aproximação irrestrita com os EUA. Nós temos de ver o que é melhor para a nossa independência produtiva de aviões de caça. País como o nosso não pode admitir ser mero comprador de vetores defensivos de nossa soberania, nem limitações de uso e propriedade por parte do vendedor. Os franceses não têm histórico negativo como os EUA e a liberdade em relação à transferência de tecnologia é mais fácil de ser exercida do que em relação ao sistema americano, portanto, a transferência de tecnologia que nos torne independentes tecnologicamente na produção de aviões de caça é mais garantida com os franceses. Para mim, isto é o importante.
2 - Corte de 50 bilhões pelo Governo - A mídia tanto falou, tanto cobrou, que a Dilma teve que apresentar uma informação tentando satisfazer e amainar críticas do mercado e da mídia. Aí, em seguida a inflação teve aumento de expectativa e a Miriam publicou que "o corte não convenceu o mercado". Rsrsrsrs Gente, não tem jeito. Nâo foi a falta de convencimento do mercado em relação ao corte que aumentou a expectativa e inflação. O dólar está derrentendo no mundo, o que já deveria ter acontecido há uns sete anos, porque o mundo vê o déficit fiscal e em conta corrente americano (chamado déficit gêmeo que acaba com qualquer país). E sempre viu, mas não achava que prejudicaria a economia americana, mas a crise dos subprime evidenciou a fragilidade econômica e fez os credores internacionais pensarem mais racionalmente. A China chegou a cogitar pedir garantia real aos EUA para manter os títulos de dívida americana (hoje em 3 trilhões de dólares). Então, o dólar derretendo gera inflação no mundo todo, pois os produtos são indexados informalmente e de fato em dólar, pois o comércio interncaional é em dólar. Assim, hoje há pressão inflacionária em todo o mundo por causa da desvalorização do dólar. Ainda houve problemas com produção agrícola no mundo por desordem climática (China, Austrália, Argentina e Brasil) e aumento de preço desses produtos. Além disso há essa ebulição política no Oriente Médio que pressiona o preço do petróleo (por causa do risco de alteração do fornecimento normal). Portanto, corte de 50 bilhões não pode, ante tudo isso, baixar expectativa de inflação! O que fico fulo é que a mídia trata o governo como único algoz da inflação e coloca toda a esperança de controle inflacionário em medidas restritivas à produção, crédito e consumo. Não sei se por causa de excesso de influência da elite financeira, que vê nesta abordagem uma oportunidade de justificar aumento de juros Selic, aumentando seus lucros às custas do aumento da dívida pública, ou se por burrice. Juro. Hoje em dia fico na dúvida. Mas de qualquer forma estão errados os que querem que o governo pare de investir e os juros continuem crescendo, pois isso não resolve a desordem climática ou a eblição no Oriente Médio. O correto é tratar as causas de inflação de forma correta e compartimentada. Inflação da desvalorização do dólar, aumento de petróleo e commodities e gêneros agrícolas devem ser entendidos e tratados corretamente, para não sacrificarmos a economia brasileira de forma burra. Já tratei disso no artigo sobre a inflação de janeiro de 5,99%, comparando inflação de demanda e inflação de oferta.
3 - Contra o argumento de que as medidas restritivas de Dilma corroboram exageros e erros de Lula na economia e gastos públicos - Espero que a Dilma, que está fazendo umas concessões para a mídia, não coloque sua vontade de firmar posição e registrar sua independência em relação ao governo anterior à frente do interess público e condução desenvolvimentista da economia. A medida de corte de 50 bilhões é uma resposta para a mídia e o mecado em relação à acusação de falta de esforço governamental para conter gastos e despressionar a expectativa de inflação. A Dilma ainda determinou a não contratação de funcionários esse ano. E o resultado? Aumentou a expectativa da inflação. Rsrsrs Já expliquei acima que isso não leva a lugar nenhum. A mídia ainda aporveitou o anúncio do governo para validar sua antiga tese, na época da eleição, de que os gastos de 2009 e 2010 foram irresponsáveis. Espero que a Dilma veja e aprenda. Apesar de aumento de 10% da dívida pública, enquanto os EUA, Inglaterra, França e Alemanha tiveram de mais de 100%, o objetivo foi debelar uma crise financeira internacional e proteger a economia e empregos de braileiros. E com sucesso. Amigos meus que moravam nos EUA estão voltando para o Brasil por melhores condições de arrumar emprego. Hoje o desemprego aqui é de 6,6% e nos EUA fechou 2010 em 10%. E mais: a dívida pública 10% aumentou nominalmente, mas desceu percentualmente ao PIB em mais de 10%!! Se em 2009 a relação dívida/PIB era de 46%, no final de 2010 fechou em 41%!! E Dilma pretende fechar 2014 em 31%!! Isso é o que interessa. Se o País fica mais rico pode investir em prestação de serviço público que nós precisamos, inclusive. Para termos mesmopercentual de servidores públicos que nos EUA deverimaos dobrar nossos funcionários, sabiam? Lá 22% dos trabalhadores são da área pública. Aqui, somente há 11% de servidores públicos, em todo o grupo de trabalhadores. É duro a desinformação perpetuada pelos jornais da grande mídia, em especial o Globo. Mas nós estamos acompanhando e fazendo as devidas críticas para que os leitores desse blog, seus amigos e familiares não percam a noção do que realmente acontece epossam administrar suas vidas e interesses com base em informação de qualidade e facilmente constatável.
4 - Dívida pública americana atual e dívida brasileira - Prestem atenção. Ante a queda da relação dívida/PIB, a mídia descobriu o percentual de relação dívida bruta/PIB, que é composta também por investimentos públicos na economia. Se fosse só isso, para nos informar com mais qualidade, tudo bem. Mas o que está ocorrendo é abordagens homeopáticas misturando esses número para induzir a sociedade em erro e poder continuar dizendo que o Governo não está tão bem assim no quesito dívida/pib. Agora, só falam na dívida/pib do Brasil em 66%, a qual é dívida bruta/PIB. E vi tratarem, em um recente artigo sobre os cortes que Obama fará no Déficit americano, a dívida/PIB americana como em 76%! Agora veja: essa é a dívida líquida/Pib americana, pois a dívida bruta americana, que inclui investimentos nos bancos salvando-os da falência na crise, é de mais de 90% e acho que já chegou a 100% do PIB!! Então você vê a mídia falando que a dívida americana é 76% do PIB e a nossa é 66% do PIB e acha que os EUA não está tão mal e que o Brasil não é tão eficiente, mas foi induzido em erro. Agora só falam em dívida/pib só que retratam a dívida bruta/pib brasileira e a relação dívida líquida/PIB estrangeira. Fique atento. Os números não mudam facilmente. A relação dívida líquida/pib brasieira é de 41% e decrescente, o que mostra que o governo administra bem suas contas, mesmo investindo em serviço público. A relação dívida líquida/PIB americana é de 76%. A relação dívida bruta/PIB brasileira é de 66% e a americana é de quase 100%. Só para você ter uma idéia de valores: a dívida bruta brasileira é de 1,7 trilhão de reais ou mais ou menos um trilhão de dólares. A dívida bruta americana é de uns 12 trilhões de dólares ou 20 trilhões de reais. A dívida líquida americana é de uns 9 trilhões de dólares.
Abraços
p.s. de 24/02/2011 - o artigo sobre Obama mencionado no último parágrafo, ou seja, no comentário ao quarto artigo, intitula-se "Obama: corte de US$1,1 tri", publicado no Jornal O Globo de 14/02/2011, pg. 17. Os valores da dívida americana bruta estimada em 12 trilhões de dólares e dívida líquida estimada em 9 trilhões de dólares foi conservadora. O PIB americano não fechou 2010 em mais do que 14 trilhões de dólares, com certeza não passando de 15 trilhões. Assim, a dívida bruta poderia chegar nominalmente em 14 trilhões de dólares e a líquida em mais de 10 trilhões. O que importa são os percentuais apresentados na relação dívida/pib americana. O valor absoluto do PIB americano fechado em 2010 é verificável no google. A menção à dívida nominal teve o objetivo de evidenciar o buraco em que os EUA estão e demonstrar como a nossa dívida brasileira está totalmente administrável e responsável.
1 - Reabertura da licitação de caças - reabrir por ver que há possibilidade de que sejam melhoradas as propostas,ou porque os caças em licitação ficaram defasados (como ocorreu do programa FX para o atual FX2), ou porque as empresas não podem manter o preço pela demora da decisão, tudo bem. Eu entendo também que a Dilma, acusada pela grande mídia de ser mera continuadora do Lula, queira marcar posição, mostrar independência. Agora, daí a vir a escolher o F-18 pra satisfazer os críticos, preterindo o Rafale, vai uma grande distância. Eu admiro o Obama. Acho que os EUA têm sorte de terem escolhido ele como Presidente. É um democrata e pode resgatar os EUA dos absurdos econômicos e sociais em que vivem e está fazendo isso (vide reforma do sistema público de saúde). Mas ele não pode garantir transferência de tecnologia. Isso só pode passar pelo Congresso, então, não se enganem não haverá transferência de 100% de tecnologia americana conforme promete a França. Se a Austrália e Canadá não receberam a transferência de 100% da tecnologia para construção de aviões americanos que usam para sua defesa, vocês realmente acham que isso será cedido para o Brasil?!?! Piada. A mídia que apóia os EUA é irresponsável. Além de não poderem garantir a transferência de tecnologia, o F-18 já é ultrapassado para os EUA que usam F-35 (significa que também não terão interesse em desenvolver novos aviões conosco por causa dessa compra). E além disso, o histórico norte-americano é de restrições de venda de aviões de guerra que tenham componentes americanos, como ocorreu com os Super Tucanos brasileiros que não pudemos vender para a Venezuela porque tinha componente americano. O Rafale somente está sendo vendido nessas condições excepcionais porque se a França não fizer isso fica difícil manter a produção desse excelente avião. Ela quer ganhar escala de produção e manter seus aviões fazendo parceria conosco. É uma oportunidade, além de os pilotos brasileiros já estarem acostumados com esse tipo de avião, pelo uso dos Mirage por décadas. Espero que Dilma não queira marca posição satisfazendo a mídia e os grupos interessados em aproximação irrestrita com os EUA. Nós temos de ver o que é melhor para a nossa independência produtiva de aviões de caça. País como o nosso não pode admitir ser mero comprador de vetores defensivos de nossa soberania, nem limitações de uso e propriedade por parte do vendedor. Os franceses não têm histórico negativo como os EUA e a liberdade em relação à transferência de tecnologia é mais fácil de ser exercida do que em relação ao sistema americano, portanto, a transferência de tecnologia que nos torne independentes tecnologicamente na produção de aviões de caça é mais garantida com os franceses. Para mim, isto é o importante.
2 - Corte de 50 bilhões pelo Governo - A mídia tanto falou, tanto cobrou, que a Dilma teve que apresentar uma informação tentando satisfazer e amainar críticas do mercado e da mídia. Aí, em seguida a inflação teve aumento de expectativa e a Miriam publicou que "o corte não convenceu o mercado". Rsrsrsrs Gente, não tem jeito. Nâo foi a falta de convencimento do mercado em relação ao corte que aumentou a expectativa e inflação. O dólar está derrentendo no mundo, o que já deveria ter acontecido há uns sete anos, porque o mundo vê o déficit fiscal e em conta corrente americano (chamado déficit gêmeo que acaba com qualquer país). E sempre viu, mas não achava que prejudicaria a economia americana, mas a crise dos subprime evidenciou a fragilidade econômica e fez os credores internacionais pensarem mais racionalmente. A China chegou a cogitar pedir garantia real aos EUA para manter os títulos de dívida americana (hoje em 3 trilhões de dólares). Então, o dólar derretendo gera inflação no mundo todo, pois os produtos são indexados informalmente e de fato em dólar, pois o comércio interncaional é em dólar. Assim, hoje há pressão inflacionária em todo o mundo por causa da desvalorização do dólar. Ainda houve problemas com produção agrícola no mundo por desordem climática (China, Austrália, Argentina e Brasil) e aumento de preço desses produtos. Além disso há essa ebulição política no Oriente Médio que pressiona o preço do petróleo (por causa do risco de alteração do fornecimento normal). Portanto, corte de 50 bilhões não pode, ante tudo isso, baixar expectativa de inflação! O que fico fulo é que a mídia trata o governo como único algoz da inflação e coloca toda a esperança de controle inflacionário em medidas restritivas à produção, crédito e consumo. Não sei se por causa de excesso de influência da elite financeira, que vê nesta abordagem uma oportunidade de justificar aumento de juros Selic, aumentando seus lucros às custas do aumento da dívida pública, ou se por burrice. Juro. Hoje em dia fico na dúvida. Mas de qualquer forma estão errados os que querem que o governo pare de investir e os juros continuem crescendo, pois isso não resolve a desordem climática ou a eblição no Oriente Médio. O correto é tratar as causas de inflação de forma correta e compartimentada. Inflação da desvalorização do dólar, aumento de petróleo e commodities e gêneros agrícolas devem ser entendidos e tratados corretamente, para não sacrificarmos a economia brasileira de forma burra. Já tratei disso no artigo sobre a inflação de janeiro de 5,99%, comparando inflação de demanda e inflação de oferta.
3 - Contra o argumento de que as medidas restritivas de Dilma corroboram exageros e erros de Lula na economia e gastos públicos - Espero que a Dilma, que está fazendo umas concessões para a mídia, não coloque sua vontade de firmar posição e registrar sua independência em relação ao governo anterior à frente do interess público e condução desenvolvimentista da economia. A medida de corte de 50 bilhões é uma resposta para a mídia e o mecado em relação à acusação de falta de esforço governamental para conter gastos e despressionar a expectativa de inflação. A Dilma ainda determinou a não contratação de funcionários esse ano. E o resultado? Aumentou a expectativa da inflação. Rsrsrs Já expliquei acima que isso não leva a lugar nenhum. A mídia ainda aporveitou o anúncio do governo para validar sua antiga tese, na época da eleição, de que os gastos de 2009 e 2010 foram irresponsáveis. Espero que a Dilma veja e aprenda. Apesar de aumento de 10% da dívida pública, enquanto os EUA, Inglaterra, França e Alemanha tiveram de mais de 100%, o objetivo foi debelar uma crise financeira internacional e proteger a economia e empregos de braileiros. E com sucesso. Amigos meus que moravam nos EUA estão voltando para o Brasil por melhores condições de arrumar emprego. Hoje o desemprego aqui é de 6,6% e nos EUA fechou 2010 em 10%. E mais: a dívida pública 10% aumentou nominalmente, mas desceu percentualmente ao PIB em mais de 10%!! Se em 2009 a relação dívida/PIB era de 46%, no final de 2010 fechou em 41%!! E Dilma pretende fechar 2014 em 31%!! Isso é o que interessa. Se o País fica mais rico pode investir em prestação de serviço público que nós precisamos, inclusive. Para termos mesmopercentual de servidores públicos que nos EUA deverimaos dobrar nossos funcionários, sabiam? Lá 22% dos trabalhadores são da área pública. Aqui, somente há 11% de servidores públicos, em todo o grupo de trabalhadores. É duro a desinformação perpetuada pelos jornais da grande mídia, em especial o Globo. Mas nós estamos acompanhando e fazendo as devidas críticas para que os leitores desse blog, seus amigos e familiares não percam a noção do que realmente acontece epossam administrar suas vidas e interesses com base em informação de qualidade e facilmente constatável.
4 - Dívida pública americana atual e dívida brasileira - Prestem atenção. Ante a queda da relação dívida/PIB, a mídia descobriu o percentual de relação dívida bruta/PIB, que é composta também por investimentos públicos na economia. Se fosse só isso, para nos informar com mais qualidade, tudo bem. Mas o que está ocorrendo é abordagens homeopáticas misturando esses número para induzir a sociedade em erro e poder continuar dizendo que o Governo não está tão bem assim no quesito dívida/pib. Agora, só falam na dívida/pib do Brasil em 66%, a qual é dívida bruta/PIB. E vi tratarem, em um recente artigo sobre os cortes que Obama fará no Déficit americano, a dívida/PIB americana como em 76%! Agora veja: essa é a dívida líquida/Pib americana, pois a dívida bruta americana, que inclui investimentos nos bancos salvando-os da falência na crise, é de mais de 90% e acho que já chegou a 100% do PIB!! Então você vê a mídia falando que a dívida americana é 76% do PIB e a nossa é 66% do PIB e acha que os EUA não está tão mal e que o Brasil não é tão eficiente, mas foi induzido em erro. Agora só falam em dívida/pib só que retratam a dívida bruta/pib brasileira e a relação dívida líquida/PIB estrangeira. Fique atento. Os números não mudam facilmente. A relação dívida líquida/pib brasieira é de 41% e decrescente, o que mostra que o governo administra bem suas contas, mesmo investindo em serviço público. A relação dívida líquida/PIB americana é de 76%. A relação dívida bruta/PIB brasileira é de 66% e a americana é de quase 100%. Só para você ter uma idéia de valores: a dívida bruta brasileira é de 1,7 trilhão de reais ou mais ou menos um trilhão de dólares. A dívida bruta americana é de uns 12 trilhões de dólares ou 20 trilhões de reais. A dívida líquida americana é de uns 9 trilhões de dólares.
Abraços
p.s. de 24/02/2011 - o artigo sobre Obama mencionado no último parágrafo, ou seja, no comentário ao quarto artigo, intitula-se "Obama: corte de US$1,1 tri", publicado no Jornal O Globo de 14/02/2011, pg. 17. Os valores da dívida americana bruta estimada em 12 trilhões de dólares e dívida líquida estimada em 9 trilhões de dólares foi conservadora. O PIB americano não fechou 2010 em mais do que 14 trilhões de dólares, com certeza não passando de 15 trilhões. Assim, a dívida bruta poderia chegar nominalmente em 14 trilhões de dólares e a líquida em mais de 10 trilhões. O que importa são os percentuais apresentados na relação dívida/pib americana. O valor absoluto do PIB americano fechado em 2010 é verificável no google. A menção à dívida nominal teve o objetivo de evidenciar o buraco em que os EUA estão e demonstrar como a nossa dívida brasileira está totalmente administrável e responsável.
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Investimento social e retorno em renda familiar e crescimento do PIB
Uma coisa que sempre me chamou a atenção é que os investimentos sociais (educação, saúde, aumento de salário mínimo, aumento de remuneração de servidores) sempre são encarados pelo lado da despesa pública. Nunca se fala do retorno social. Por exemplo, se você emprega mais na área privada e paga melhor, o INSS recebe mais valores e pode garantir todos os benefícios previdenciários imediatos e futuros. Se vocÊ contrata mais funcionário público ou aumenta sua remuneração, de forma responsável e sustentadamente, vocÊ aumenta recolhimento de imposto de renda e ainda garante mais e melhor atendimento na área pública.
Isso é até mais fácil de ver, apesar de nunca os jornais publicarem isso, mas e a educação? Quanto há de retorno para a economia com investimento em educação pública?
Pessoal, fico extremamente satisfeito com o artigo publicado pelo Globo intitulado "Cada R$ 1 gasto em educação pública gera R$ 1,85 para o PIB, diz Ipea". Resumidamente, informa que o retorno para renda familiar e cresimento do PIB do investimento em educação é muito maior, por exemplo do que o mesmo retorno proporcionado pelo investimeno em atividade exportadora!!!!
Enquanto um real investido na atividade exportadora repercute em aumento de 1,04 reais de renda familiar, 1 real em educação gera 1,85 para o PIB e 1,45 em renda familiar!!
É isso. É esse tipo de informação que nos interessa. Se não podemos convencer a sociedade e o Estado em investir em educação por princípio, porque proporciona o desenvolvimento da capacidade plena intelectual e humana de nossos cidadãos, então que se veja que também é um excelente negócio!!! Agora, se o IPEA fosse privado, vocÊs acham que este tipo de pesquisa apareceria para nós? Até hoje nenhum instituto de pesquisa privado tinha se interessado sobre este tipo de pesquisa, não é?
Acessem o artigo do globo: http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/02/03/cada-1-gasto-em-educacao-publica-gera-1-85-para-pib-diz-ipea-923728279.asp
E fiquem com esse trecho do artigo: "Nenhum gasto público social contribui tanto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quanto o que é feito em educação e saúde. Cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde gera R$ 1,70. Os valores levam em conta gastos de União, estados e municípios." (artigo em comento, publicado em 04/02/2011, no Jornal O Globo)
Investimento em Saúde e Educação já!!!
Isso é até mais fácil de ver, apesar de nunca os jornais publicarem isso, mas e a educação? Quanto há de retorno para a economia com investimento em educação pública?
Pessoal, fico extremamente satisfeito com o artigo publicado pelo Globo intitulado "Cada R$ 1 gasto em educação pública gera R$ 1,85 para o PIB, diz Ipea". Resumidamente, informa que o retorno para renda familiar e cresimento do PIB do investimento em educação é muito maior, por exemplo do que o mesmo retorno proporcionado pelo investimeno em atividade exportadora!!!!
Enquanto um real investido na atividade exportadora repercute em aumento de 1,04 reais de renda familiar, 1 real em educação gera 1,85 para o PIB e 1,45 em renda familiar!!
É isso. É esse tipo de informação que nos interessa. Se não podemos convencer a sociedade e o Estado em investir em educação por princípio, porque proporciona o desenvolvimento da capacidade plena intelectual e humana de nossos cidadãos, então que se veja que também é um excelente negócio!!! Agora, se o IPEA fosse privado, vocÊs acham que este tipo de pesquisa apareceria para nós? Até hoje nenhum instituto de pesquisa privado tinha se interessado sobre este tipo de pesquisa, não é?
Acessem o artigo do globo: http://oglobo.globo.com/economia/mat/2011/02/03/cada-1-gasto-em-educacao-publica-gera-1-85-para-pib-diz-ipea-923728279.asp
E fiquem com esse trecho do artigo: "Nenhum gasto público social contribui tanto para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) quanto o que é feito em educação e saúde. Cada R$ 1 gasto com educação pública gera R$ 1,85 para o PIB. O mesmo valor gasto na saúde gera R$ 1,70. Os valores levam em conta gastos de União, estados e municípios." (artigo em comento, publicado em 04/02/2011, no Jornal O Globo)
Investimento em Saúde e Educação já!!!
A precarização da saúde no setor privado
Pessoal, isso é muito grave. Compartilho com vocês tema que foi objeto de carta minha a um Deputado Federal como sugestão de projeto de lei para melhora de prestação de serviço médico na área privada.
Os planos privados estão sendo inchados pela ascenção da clásse média baixa (o que é ótimo sob perspectiva social) e não está havendo regra que obrigue a manutenção de estrutura proporcional à demanda, gerando pagamento de plano e não prestação de serviço médico através do plano de saúde!!!!! A solução é obrigar aos planos a manterem ofertas de leitos, quartos, ctis, enfermarias, médicos e enfermeiros em proporção ao número de segurados do plano de saúde, ou potencial paciente. Essa a sugestão de um médico amigo meu. O mesmo pode ser pensado para hospitais. Deveriam ser obrigados a manter número proporcional de leitos, Utis, enfermarias, médicos e enfermeiros, consoante o número de pacientes, por plano com o qual fecham contrato.
Esse descasamento entre pacientes/segurados e número de médicos/ctis/quartos/enfermarias está precarizando o serviço médico particular. Eu passei mal e fui ser atendido no Quinta D'Or, há duas semanas, através do plano Unimed. Fiquei 2 horas e 45 minutos e não consegui ser atendido por médico algum. Fui atendido por uma enfermeira depois de uma hora, e aguardei um clínico geral por 1h45min, quando desisti, às 00:00h!!! Se eu me dispusesse a esperar, seria atendido pelo clínico, e depois aguardaria para ser encaminhado para um especialista, o qual, depois, me sugeriria exames, pelos quais eu também aguardaria!!!! Processarei o hospital por negativa de prestação de serviço médico e perda de tempo livre.
A solução definitiva, para mim é investimento na saúde pública, mas enquanto não vem, regras para tornar viável a prestação de serviço de saúde contratado são necessárias e urgentes!!!
Também soube que os representantes da Rede D'Or pediram audiÊncia para se encontrar com o Governador Sérgio Cabral para pedir que sejam baixados os salários dos médicos contratados para as UPAs, pois estava acarretando a saída de médicos da área privada.
Senhores, é isso que digo. Tem que investir na área pública para dar dignidade para o médico e dignidade para o seu atendimento. Ao invés de se reunir com o Governador para pedir baixa do salário do médico público, a área privada deveria diminuir seus lucros e aumentar o salário do médico, concorda? É isso que a área privada mais teme, acompanhada pela mídia que é remunerada por seus anúncios: a concorrÊncia da área pública por profissionais qualificados.
Fiquem atentos aos seus próprios interesses senhores. Precarização do serviço público é tudo o que a área privada quer, só que quando há ascenção social como houve nesses últimos oito anos, a área privada não se programou para te atender bem e agora quer que o programa de melhora da saúde pública pare para ele não ter de pagar melhor os médicos. Isso interessa a você?!?!
Sérgio Cabral, continue os investimentos na saúde pública. Não baixe o salário dos médicos das UPAs!!! E mande os representantes da rede D'Or ou outra rede privada de saúde, bem como as seguradoras, aumentarem o salário dos médicos. Nâo me importa o aumento dos planos de saúde (o que se resolve com concorrência na área privada), se eu tiver a opção de ser bem atendido na área pública. Além disso esta área pública é a única saída para pobres, portanto, a recuperação do investimento na saúde pública é essencial para a defesa da cidadania e é a única resposta ética de um governo comprometido com o bem comum.
ps.: texto revisto, corrigido e ampliado em 10/02/2011, sem qualquer alteração de sentido, como sempre.
Os planos privados estão sendo inchados pela ascenção da clásse média baixa (o que é ótimo sob perspectiva social) e não está havendo regra que obrigue a manutenção de estrutura proporcional à demanda, gerando pagamento de plano e não prestação de serviço médico através do plano de saúde!!!!! A solução é obrigar aos planos a manterem ofertas de leitos, quartos, ctis, enfermarias, médicos e enfermeiros em proporção ao número de segurados do plano de saúde, ou potencial paciente. Essa a sugestão de um médico amigo meu. O mesmo pode ser pensado para hospitais. Deveriam ser obrigados a manter número proporcional de leitos, Utis, enfermarias, médicos e enfermeiros, consoante o número de pacientes, por plano com o qual fecham contrato.
Esse descasamento entre pacientes/segurados e número de médicos/ctis/quartos/enfermarias está precarizando o serviço médico particular. Eu passei mal e fui ser atendido no Quinta D'Or, há duas semanas, através do plano Unimed. Fiquei 2 horas e 45 minutos e não consegui ser atendido por médico algum. Fui atendido por uma enfermeira depois de uma hora, e aguardei um clínico geral por 1h45min, quando desisti, às 00:00h!!! Se eu me dispusesse a esperar, seria atendido pelo clínico, e depois aguardaria para ser encaminhado para um especialista, o qual, depois, me sugeriria exames, pelos quais eu também aguardaria!!!! Processarei o hospital por negativa de prestação de serviço médico e perda de tempo livre.
A solução definitiva, para mim é investimento na saúde pública, mas enquanto não vem, regras para tornar viável a prestação de serviço de saúde contratado são necessárias e urgentes!!!
Também soube que os representantes da Rede D'Or pediram audiÊncia para se encontrar com o Governador Sérgio Cabral para pedir que sejam baixados os salários dos médicos contratados para as UPAs, pois estava acarretando a saída de médicos da área privada.
Senhores, é isso que digo. Tem que investir na área pública para dar dignidade para o médico e dignidade para o seu atendimento. Ao invés de se reunir com o Governador para pedir baixa do salário do médico público, a área privada deveria diminuir seus lucros e aumentar o salário do médico, concorda? É isso que a área privada mais teme, acompanhada pela mídia que é remunerada por seus anúncios: a concorrÊncia da área pública por profissionais qualificados.
Fiquem atentos aos seus próprios interesses senhores. Precarização do serviço público é tudo o que a área privada quer, só que quando há ascenção social como houve nesses últimos oito anos, a área privada não se programou para te atender bem e agora quer que o programa de melhora da saúde pública pare para ele não ter de pagar melhor os médicos. Isso interessa a você?!?!
Sérgio Cabral, continue os investimentos na saúde pública. Não baixe o salário dos médicos das UPAs!!! E mande os representantes da rede D'Or ou outra rede privada de saúde, bem como as seguradoras, aumentarem o salário dos médicos. Nâo me importa o aumento dos planos de saúde (o que se resolve com concorrência na área privada), se eu tiver a opção de ser bem atendido na área pública. Além disso esta área pública é a única saída para pobres, portanto, a recuperação do investimento na saúde pública é essencial para a defesa da cidadania e é a única resposta ética de um governo comprometido com o bem comum.
ps.: texto revisto, corrigido e ampliado em 10/02/2011, sem qualquer alteração de sentido, como sempre.
Sobre a inflação de 5,99% em janeiro de 2011: Inflação de demanda x inflação de oferta
Demorou, mas chegou? A economia desandou? É o fim do mundo? É a demonstração de que está tudo errado e só depois da eleição ficou patente?
Pessoal, vejo os comentários no Globo on line e vejo que o trabalho de se manter bem informado vai muito além de ler jornalzinho em determinado dia. As pessoas ficam maluquinhas com manchete e entram fácil no clima que o jornal quiser criar. É impressionante.
Parte da culpa é dos jornais, que não informam imparcialmente e tentam fazer alarde com fatos totalmente compreensíveis. Mas parte é do leitor que se acomoda em somente ler um jornalzinho e transferir a responsabilidade da compreensão dos fatos para quem cria a manchete, a qual existe para incentivar a venda do jornal. Mas, pelo menos a vida dessas pessoas é mais emocionante, não é?
Serei brevíssimo e colocarei aqui o que postei no Globo on line, na esperança de colocar os pingos nos "is".
A inflação de 2010 somente foi de 5,6% por causa da inflação de 10% dos alimentos no ano passado. Só que alimento depende de clima e isso nada tem a ver com inflação de demanda; tem a ver com oferta. Sem contar a inflação de alimentos, a inflação de 2010fechou em 4,6%, exatamente na meta. Isso foi publicado em jornal, mas a manchete ficou com o 5,6%, pois dá a impressão de que tudo desanda, cria pânico e vende jornal.
Subir juros, controlar a inflação, isso é sempre para a inflação de demanda. Inflação de demanda depende de haver dinheiro na mão das famílias para consumo. Portanto, aumentar juros Selic, encurtar prazos de contratos de empréstimo, exigir aumento de compulsório de bancos e aumentar exigência de capital próprio de bancos em operações de empréstimo diminui dinheiro na mão das famílias, encarece crédito e diminui inflação de demanda.
Mas nada disso adianta se o aumento do petróleo deriva de guerra ou clima de guerra no Golfo Pérsico, ou queda de produção de petróleo por decisão da Opep, ou desastre e quebra de produção por sabotagem industrial ou por furacões no Golfo do México. Nesses casos, há o aumento do preço do petróleo, ele repercute na inflação, mas é passageiro e só adianta esperar que seu efeito suma nos números, com o tempo.
O mesmo acontece com produção agrícola. Se houve seca ou geada ou se as chuvas destruíram as colheitas, o que acontece? Haverá menos oferta desses alimentos e como a procura é a mesma de antes, pois a população não diminuiu na mesma proporção em que morreram os pés de alface, o preço dos alimentos aumenta. Essa inflação não é passível, como no caso do petróleo acima mencionado, de controle via Banco Central, ou diminuição de gastos do governo. É claro que se o Bacen diminuir prazos de empréstimo ou tomar as medidas mencionadas mesmo em caso de inflação aumentada por problemas com a oferta, pode haver uma diminuição de inflação, mas será sacrificando a demanda desproporcionalmente à necessidade, já que o problema foi a oferta! Inflação de oferta se resolve aumentadno a oferta: importando e/ou incentivando maior produção.
A inflação de 5,99% referente aos últimos 12 meses, incluindo janeiro de 2011 tem embutida muita inflação de alimentos, petróleo e minério de ferro. O primeiro por problemas climáticos que afetaram a produção na China, Brasil, Austrália e Argentina; o segundo por tensão no Golfo Pérsico (Irã e agora esse problema com Egito se espalhando pelo Oriente Médio gerando dúvidas sobre regularidade de fornecimento de petróleo) e o terceiro com a contínua demanda de minério de ferro pela China, Índia e Brasil e recuperação de preços do minério de ferro no mercado internacional. Isso é inflação de oferta, portanto, não demonstra descontrole inflacionário no Brasil e não exige mais aumento de Selic ou medidas do Bacen. É trabalhar para normalizar a oferta.
Em janeiro ainda há, todo o ano, acostumem-se, reajuste das escolas e dos contratos públicos de transporte (concessões de transporte público), portanto, isso ajuda a aumentar o índice de janeiro. Mas não ocorrerá de novo durante o ano. POrtanto, não alterou a curva inflacionária de médio prazo, mas só do mês de janeiro, com um pequeno reflexo em fevereiro.
Em março (ver p.s. 09/05/2011), com a medida de corte de 50 bilhões do Governo Federal ou não, os índices de inflação começarão a diminuir, a não ser que haja mais desgraça climática ou guerra ou degradação de condições políticas no golfo Pérsico que prejudiquem a produção petrolífera.
Agora, como o mercado trabalha só com números e os jornais, exceto o Jonral do Commercio, não tratam o tema de maneira mais objetiva, alimentando o pânico somente pela perspectiva de gastos de governo e descontrole inflacionário, o governo tem que anunciar medidas que desfaçam a desinformação causada pela mídia sobre inflação, pois esse tipo de desinformação, se não for combatida, pode alimentar a espiral inflacionária, pois pode mudar o comportamento das pessoas que achando que a inflação sairá do controle passaria a comprar e fazer estoque alimentício, por exemplo, gerando aí sim, inflação de demanda. Aí transforma-se inflação de oferta, que normalmente sumiria com a normalização das coisas, em inflação de demanda e, nesse momento, o jornal tendencioso que plantou vento, colhe tempestade e vira o jornal de visão de futuro, o Mr. Apocalipse, que sempre disse que tudo estava errado e que agora se confirmou.
Então senhores e senhoras, não se alarmem. E anotem aí: inflação de oferta, ataca-se com mais oferta. Somente o núcleo de inlfação de demanda é que deve ser atacado com repressão de demanda, Bacen e contenção de gastos de governo. Resolver um problema com a solução do outro problema alivia, mas não resolve e sacrifica o lado econômico que está saudável.
p.s.: Isto tudo sem contar a desvalorização do dólar que ocorre em todos os mercados mundialmente. Como quase tudo, principalmente commodities (soja, petróleo, carne e minério de ferro), é lastreado em dólares, se esse se desvaloriza, gera inflação em todos os mercados que negociam e consomem estes produtos. Para saber a real inflação brasileira, deve-se excluir o impacto da desvalorização do dólar, e o aumento pontual de alimentos e petróleo, fora da curva por problemas climáticos e políticos. E para janeiro, além disso, deveria se separar o impacto de reajuste de contratos de transportes e o reajuste de educação. Tem que haver a descamação da inflação, considerando o que é fora da curva e sazonal ou pontual com o que é inflação de demanda real. Não que se ignore os efeitos pontuais, mas para que se saiba as causas de aumento e se admita entender e tomar a atitude correta entre esperar passar o efeito inflacionário de causas excepcionais ou atacar causas de reais efeitos de demanda.
p.s. 09/05/2011: A queda da inflação (índice mensal) começou em fins de abril, como apurado e publicado em início de maio de 2011. O IPCA marcou 0,77%, quando era esperado 0,89%. E a previsão para os próximos meses é de contínua queda do índice mensal até 0,45%, estabilizando aí. Nossas informações anteriores foram confirmadas, juntamente com Mantega, George Vidor e o Presidente do Banco Central Alexandre Tombini. Não se confirmou previsão do Boletim Focus (previsão do mercado condensada em Boletim do Banco Central)nesse mês abril de 2011, ou informação em mesmo sentido de recrudescimento inflacionário como apregoado por outros jornalistas econômicos do apocalipse. O Boletim Focus terminou corrigindo também a previsão para o final do ano de 2011 de 6,39% para 6,33%. Parece que terão de fazer outras correções durante o ano.. rsrs Mantega ganhou de novo contra o mercado. E nós, blog e cidadãos, idem.
Pessoal, vejo os comentários no Globo on line e vejo que o trabalho de se manter bem informado vai muito além de ler jornalzinho em determinado dia. As pessoas ficam maluquinhas com manchete e entram fácil no clima que o jornal quiser criar. É impressionante.
Parte da culpa é dos jornais, que não informam imparcialmente e tentam fazer alarde com fatos totalmente compreensíveis. Mas parte é do leitor que se acomoda em somente ler um jornalzinho e transferir a responsabilidade da compreensão dos fatos para quem cria a manchete, a qual existe para incentivar a venda do jornal. Mas, pelo menos a vida dessas pessoas é mais emocionante, não é?
Serei brevíssimo e colocarei aqui o que postei no Globo on line, na esperança de colocar os pingos nos "is".
A inflação de 2010 somente foi de 5,6% por causa da inflação de 10% dos alimentos no ano passado. Só que alimento depende de clima e isso nada tem a ver com inflação de demanda; tem a ver com oferta. Sem contar a inflação de alimentos, a inflação de 2010fechou em 4,6%, exatamente na meta. Isso foi publicado em jornal, mas a manchete ficou com o 5,6%, pois dá a impressão de que tudo desanda, cria pânico e vende jornal.
Subir juros, controlar a inflação, isso é sempre para a inflação de demanda. Inflação de demanda depende de haver dinheiro na mão das famílias para consumo. Portanto, aumentar juros Selic, encurtar prazos de contratos de empréstimo, exigir aumento de compulsório de bancos e aumentar exigência de capital próprio de bancos em operações de empréstimo diminui dinheiro na mão das famílias, encarece crédito e diminui inflação de demanda.
Mas nada disso adianta se o aumento do petróleo deriva de guerra ou clima de guerra no Golfo Pérsico, ou queda de produção de petróleo por decisão da Opep, ou desastre e quebra de produção por sabotagem industrial ou por furacões no Golfo do México. Nesses casos, há o aumento do preço do petróleo, ele repercute na inflação, mas é passageiro e só adianta esperar que seu efeito suma nos números, com o tempo.
O mesmo acontece com produção agrícola. Se houve seca ou geada ou se as chuvas destruíram as colheitas, o que acontece? Haverá menos oferta desses alimentos e como a procura é a mesma de antes, pois a população não diminuiu na mesma proporção em que morreram os pés de alface, o preço dos alimentos aumenta. Essa inflação não é passível, como no caso do petróleo acima mencionado, de controle via Banco Central, ou diminuição de gastos do governo. É claro que se o Bacen diminuir prazos de empréstimo ou tomar as medidas mencionadas mesmo em caso de inflação aumentada por problemas com a oferta, pode haver uma diminuição de inflação, mas será sacrificando a demanda desproporcionalmente à necessidade, já que o problema foi a oferta! Inflação de oferta se resolve aumentadno a oferta: importando e/ou incentivando maior produção.
A inflação de 5,99% referente aos últimos 12 meses, incluindo janeiro de 2011 tem embutida muita inflação de alimentos, petróleo e minério de ferro. O primeiro por problemas climáticos que afetaram a produção na China, Brasil, Austrália e Argentina; o segundo por tensão no Golfo Pérsico (Irã e agora esse problema com Egito se espalhando pelo Oriente Médio gerando dúvidas sobre regularidade de fornecimento de petróleo) e o terceiro com a contínua demanda de minério de ferro pela China, Índia e Brasil e recuperação de preços do minério de ferro no mercado internacional. Isso é inflação de oferta, portanto, não demonstra descontrole inflacionário no Brasil e não exige mais aumento de Selic ou medidas do Bacen. É trabalhar para normalizar a oferta.
Em janeiro ainda há, todo o ano, acostumem-se, reajuste das escolas e dos contratos públicos de transporte (concessões de transporte público), portanto, isso ajuda a aumentar o índice de janeiro. Mas não ocorrerá de novo durante o ano. POrtanto, não alterou a curva inflacionária de médio prazo, mas só do mês de janeiro, com um pequeno reflexo em fevereiro.
Em março (ver p.s. 09/05/2011), com a medida de corte de 50 bilhões do Governo Federal ou não, os índices de inflação começarão a diminuir, a não ser que haja mais desgraça climática ou guerra ou degradação de condições políticas no golfo Pérsico que prejudiquem a produção petrolífera.
Agora, como o mercado trabalha só com números e os jornais, exceto o Jonral do Commercio, não tratam o tema de maneira mais objetiva, alimentando o pânico somente pela perspectiva de gastos de governo e descontrole inflacionário, o governo tem que anunciar medidas que desfaçam a desinformação causada pela mídia sobre inflação, pois esse tipo de desinformação, se não for combatida, pode alimentar a espiral inflacionária, pois pode mudar o comportamento das pessoas que achando que a inflação sairá do controle passaria a comprar e fazer estoque alimentício, por exemplo, gerando aí sim, inflação de demanda. Aí transforma-se inflação de oferta, que normalmente sumiria com a normalização das coisas, em inflação de demanda e, nesse momento, o jornal tendencioso que plantou vento, colhe tempestade e vira o jornal de visão de futuro, o Mr. Apocalipse, que sempre disse que tudo estava errado e que agora se confirmou.
Então senhores e senhoras, não se alarmem. E anotem aí: inflação de oferta, ataca-se com mais oferta. Somente o núcleo de inlfação de demanda é que deve ser atacado com repressão de demanda, Bacen e contenção de gastos de governo. Resolver um problema com a solução do outro problema alivia, mas não resolve e sacrifica o lado econômico que está saudável.
p.s.: Isto tudo sem contar a desvalorização do dólar que ocorre em todos os mercados mundialmente. Como quase tudo, principalmente commodities (soja, petróleo, carne e minério de ferro), é lastreado em dólares, se esse se desvaloriza, gera inflação em todos os mercados que negociam e consomem estes produtos. Para saber a real inflação brasileira, deve-se excluir o impacto da desvalorização do dólar, e o aumento pontual de alimentos e petróleo, fora da curva por problemas climáticos e políticos. E para janeiro, além disso, deveria se separar o impacto de reajuste de contratos de transportes e o reajuste de educação. Tem que haver a descamação da inflação, considerando o que é fora da curva e sazonal ou pontual com o que é inflação de demanda real. Não que se ignore os efeitos pontuais, mas para que se saiba as causas de aumento e se admita entender e tomar a atitude correta entre esperar passar o efeito inflacionário de causas excepcionais ou atacar causas de reais efeitos de demanda.
p.s. 09/05/2011: A queda da inflação (índice mensal) começou em fins de abril, como apurado e publicado em início de maio de 2011. O IPCA marcou 0,77%, quando era esperado 0,89%. E a previsão para os próximos meses é de contínua queda do índice mensal até 0,45%, estabilizando aí. Nossas informações anteriores foram confirmadas, juntamente com Mantega, George Vidor e o Presidente do Banco Central Alexandre Tombini. Não se confirmou previsão do Boletim Focus (previsão do mercado condensada em Boletim do Banco Central)nesse mês abril de 2011, ou informação em mesmo sentido de recrudescimento inflacionário como apregoado por outros jornalistas econômicos do apocalipse. O Boletim Focus terminou corrigindo também a previsão para o final do ano de 2011 de 6,39% para 6,33%. Parece que terão de fazer outras correções durante o ano.. rsrs Mantega ganhou de novo contra o mercado. E nós, blog e cidadãos, idem.
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