terça-feira, 30 de maio de 2017

Quando Temer, Aécio e Lula caíram de vez na Operação Lava-Jato?

Importante colocar aqui alguns parâmetros simples para que ninguém possa questionar a gravidade da situação penal dos três maiores presidenciáveis do Brasil. Importante demonstrar o caráter estritamente republicano das investigações de altos políticos em especial na operação Lava Jato, mas não só, já que a Operação Calicute, Zelotes, Green Field e outras trazem à tona casos de degradação ética e moral de centenas de políticos de primeiro escalão no Brasil.

Além de vários indícios de enriquecimento ilícito direto e indireto de Lula, em que momento este ficou em má situação perante o Judiciário para que se possa legitimar acusações contra ele que possam levar à uma condenação?

Vejam, além do fato do filho de Lula ter levado 2,5 milhões de reais (evidência surgida na Operação Zelotes) em operação de aprovação de MP, assinada por Lula, que isentava montadora de veículos de recolhimento de IPI, envolvendo escritório de advocacia, mesmo o filho de Lula não sendo especialista em legislação ou tributação; além de ser estranho a questão de a Odebrecht levar pertences pessoais de Lula de Brasília ao Sítio de Atibaia, de graça, sendo vários containers, dentre outras coisas em relação ao sítio de Atibaia e o apartamento de Guarujá, houve um fato grave no depoimento de Lula perante Sérgio Moro: ele confirmou reunião com Barusco.

Observe. Qual o motivo de um Presidente da República se encontrar com um gerente da Petrobrás?!?! Nenhum. Mas além de Lula confirmar reunião com Barusco, ainda disse que pediu para João Vaccari falar com ele.

Observe. Qual o motivo para que o Presidente da República à época, Lula, falasse para o Contador-Chefe do Partido dos Trabalhadores à época falar com Barusco? Não se pode ver a conexão. E se você adicionar que Barusco era grande corrupto  de operações bilionárias e João Vaccari o organizador de recebimento de valores de operações de corrupção na Petrobrás, mais esquisito ainda ficam esses fatos admitidos por Lula, na constância do exercício da Presidência da República.

Não dá para crer que, ao saber que talvez Barusco tivesse contas no exterior, o Presidente da República fosse perguntar isso pessoalmente para o Gerente da Petrobrás, a título de questioná-lo ou perquiri-lo sobre sua honestidade em atuação perante a Petrobrás.... há se ser muito ingênuo para acreditar nessa tese, como apresentada por Lula. Pior, ainda, adicionando Vaccari nesse imbróglio.

Aqui houve uma incongruência que, a nós, corrobora uma leviandade de Lula. Aqui, para nós, Lula caiu.

E Temer? Gente, pelo amor de Deus. Ouvir Joesley dizer que comprou juízes, Procuradores da República e não comunicar às autoridades, mesmo que no dia seguinte, coloca a conduta do Presidente Temer, no mínimo, enquadrada no crime de prevaricação.

Nem comentaremos o fato de ter sido mencionado que Joesley mantinha pagamentos ao Eduardo Cunha, porque as gravações não ajudam a perceber se o Presidente incentivou isso para o fim determinado de que Eduardo Cuinha se mantivesse calado. Somente a prevaricação já dá margem a impeachment. E por que receber Joesley à noite, fora da agenda oficial em prédio governamental? E pior, por que recebe-lo se vários encontros naquela semana foram negados?

Então, com tudo isso em torno do evento "encontro com Joesley", Temer, para nós, caiu.

E Aécio? A frase gravada e publicizada em que Aécio diz que tem que encontrar alguém para pegar mala de dinheiro que "possa ser morto antes que delate" em delação premiada, é passível de que dúvida? Observe, há contextos que podem ser questionados, poderia ser uma piada, quem sabe? Não parecia, dado o tom da gravação.

Mas perguntamos: se o empréstimo era normal, entre amigos, por que, afinal, não poderia ser via transferência bancária normal?!? E por que alguém teria de morrer por pegar a mala?!?!?!

Então, para nós, esses momentos de cada um dos três grandes políticos do momento indicam o momento em que cada um caiu e a partir do que vemos pouco indício de fugirem a consequências graves no Judiciário, inclusive de eventual condenação criminal.

 

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