Apesar de por algum tempo termos andado sozinhos, somente com a companhia dos leitores, seguidores e comentaristas, e mais algumas dúzias de pessoas e amigos que se assutavam com sua sensação de pobreza ante os preços de imóveis. E apesar de muitos justificarem de várias maneiras que o aumento de valores é sustentável, agora ganhamos uma companhia de peso informando no sentido de existência de bolha imobiliária no Brasil, usando, inclusive estes termos: bolha imobiliária. Trata-se do Waal Street Journal ou WSJ.
VEjam este trecho:
"De acordo com a Capital Economics, desde 2008 os preços dos imóveis residenciais nas duas maiores cidades do Brasil, São Paulo e Rio de Janeiro, aumentaram 140%.
'No entanto, é difícil escapar da conclusão de que o boom imobiliário do Brasil foi longe demais. É certo que na ausência de uma medida objetiva do 'valor justo', chegar a uma conclusão assim é mais uma arte que uma ciência. Mas nossa análise sugere que os preços dos imóveis aumentaram de maneira desproporcional ao aumento da renda familiar e à proliferação dos financiamentos imobiliários. Como resultado, a moradia no Brasil agora parece cara, tanto em relação à renda mensal quanto ao aluguel, assim como aos imóveis em outros mercados emergentes', diz o relatório.
Apesar do boom dos preços de imóveis, o relatório prevê que os preços vão se desacelerar lentamente.
'Daqui para o futuro, a capacidade do Brasil de gerar taxas relativamente altas de aumento na renda nominal deve tornar mais fácil para a bolha imobiliária se desinflar lentamente, por meio de um ajuste nos preços reais — em contraste com o forte ajuste dos preços nominais visto recentemente em partes do mundo desenvolvido', diz o relatório.
'Mas se a economia se desacelerar, ou for atingida por um choque externo, tal como uma queda grande e prolongada nos preços das commodities, então a probabilidade de um ajuste maior do mercado imobiliário vai sem dúvida aumentar. Felizmente, seja qual for o resultado, os bancos brasileiros parecem relativamente bem posicionados para suportar a tempestade.'"
Parece até que fomos nós que escrevemos...rsrsrs.. mas isto foi publicado pelo Wall Street Journal, em 11 de abril de 2012, sob o título "Imóveis no Brasil estão supervalorizados, diz consultora", acessível em http://online.wsj.com/article/SB10001424052702304444604577338022220941212.html?mod=rss_americas_portugues
O achado, no entanto, não foi me´rito meu, mas do comentarista ao artigo anterior, nosso companheiro Felipe Nobre. Felipe, um obrigado do Blog a você por esta fantástica notícia.
Ponderamos somente que a me´dia encontrada para o Brasil é verossímel e a média para asc cidades de São Paualo e Rio de janeiro em 140% entre 2008/2010 pode até ser palatável, mas o Rio de Janeiro chegou a apresentar variações de 400% neste período, como no caso da Zona Sul, inclusive tendo sido manchete da Revista Veja Rio o aumento de imóveis em até 380%, em uma edição no ano de 2011.
Quanto à forma de "estourar a bolha", chamo a atenção para que a opinião da consultoria americana admitiu que há bolha imobiliária mas que ela pode desfazer-se lentamente (primeira hipótese da consultoria - sem informar a que percentuais ao ano) ou pode ser bruscamente (hipótese semi-afastada pela consltoria). Já tratamos das duas hipóteses aqui e concluímos que não é momento de investimento em imóvel, pois você estará comprando caro com previsão baixa de retorno por anos e anos. Nós lutamos 2010 e 2011 para alertar brasileiros para esta formação de bolha e seus riscos. Se for arrefecida a queda, ótimo. Mas ainda creio em arrefecimento mais acentuado pelo motivos expostos nos outros artigos e no artigo anterior.
A sobrevalorização que imaginei ia até 40%.. mas na opinião da consultoria, conforme publicado no WSJ, a sobrevalorização seria no total de 50% no país.
Abs
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