Isto será tão mais importante quanto os jornais venham a passar a publicar uma salada de números que somente são uma adaptação dos números antes vigentes simplesmente pelo fato de que as economias da Europa, EUA e Japão (centro do capitalismo mundial com PIB conjunt de 36 trilhões de dólares) não apresentarão mais tais numeros pelos próximos 10 a 20 anos.
Os números considerados saudáveis não mudaram, portanto. Mas as agêncis internacionais, o BIS, e todos os organismos financeiros e econômicos terão, a partir de agora, após a crise de 2008, de lidar com números econômiocs reais muito piores dos que existiam antes da crise. E como voltar para os parâmetros pré-crise demorará de 10 a 20 anos, não faz sentido em curto prazo se falar em tais valores, a despeito de aqueles números pré-crise terem sido alcançados a partir da análise econômica em um período de tranquilidade econômica, sem ânimos afetados pela quebra de bancos e instituições financeiras que tiveram de ser resgatados pelos respectivos Estados, inchando a dívida pública destes países e nos trazendo ao mundo de hoje.
Os números corretos indiscutíveis são:
Relação Dívida/PIB: 40%
Déficit Público: 3%
Por quê? Porque estes foram os parâmetros básicos a que a União Européia chegou para admitir que um país europeu integrasse a União Européia. Estes números não são cabalísticos nem derivam de numerologia, mas foram estudados a fundo e concluídos como os ideais para manter estabilidade econômica, um ambiente saudável para o Estado e para a área privada.
Além disso, qual seria a carga tributária ideal?
A média dos países da OCDE é de 34,8%, sendo a média na Alemanha de 37% e na França de 41,9%. Nos EUA, apesar de a carga tributária geral ser informada como 24% do PIB, para a classe média e média alta é de 40%, sendo de 17% para bancos, financeiras e investidores. A carga tributáia européia mantém há décadas uma qualidade de vida única, com assistência social, ensino público gratuito e acessível a todos de qualidade e saúde pública gratuita e acessível a todos de qualidade, não tendo impedido de com tal carga tributária o Estado Europeu perseguir Relação Dívida/PIB de 40% e déficit Fiscal de 3%.
Portanto chegamos a mais um número interessante. A carga tributária ideal é de 40% o valor do PIB, em média, para ter assistência social, previdência social, saúde pública gratuita para todos e escola pública gratuita para todos.
Juros Básicos, devem ser adotados os das economias maduras antes da crise e 2008, que eram em torno de 2% a 3% ao ano, para uma inflação de 0,8 a 2,2% ao ano, ou algo que garanta 0,5% a 1% de juros reais ao ano para o investidor em dívida pública (este é o normal e 0,5% ao ano é a remuneração real normal da poupança no Brasil). Esses são os números ideais para inflação e juros públicos, portanto.
E a dívida privada? Essa já tem peso diferente para países que praticam juros básicos normais (de 2% ao ano) e países como o nosso que praticam 10,5% ao ano. E mais, é diferente para que os juros bancários é de 4% ao ano e, para nós é de 40% a 121% ao ano. Esse dado é novo e menos consistente. As economias maduras,antes da crise de 2008, já tinham dívidas privadas altas, bem maiores do que as nossas, pois os juros bancários já eram e ainda são muito menores do que os nossos. Mas acredito que oscilavam entre 75% e 90% do PIB dos países. Ouvia-se falar muito nesses números quando se falava da rellação crédito/pib, a qual chegava a 100% do PIB,no máximo. Mas estas informações eram menos divulgadas e nunca chegou a ser publicada em massa na midia. Então, considerando que a previsão atual de limite de dívida privada/PIB está inchada em 90% do PIB, vamos fechar em 75% e igualar a relação dívida privada/PIB (endividamento das famílias) à relação crédito/PIB (relação entre quanto crédito há na economia em relação ao PIB). Para mim poderia ser de meros 45%, podendo o Brasil expandir em pouco menos de 50% seu índice atual de dívida privada/pib de 33%, mas vamos adotar o parâmetro mais baixo praticado nas economias maduras antes da crise de 2008.
A inflação também se mostra diferente nos países de economia madura e nos países emergentes, que estão aquecidos por altos crescimentos. A inflação pré-crise nas economias maduras oscilava em torno de 0% a 2%. Adotemos este parâmetro, pois inclusive ele anda casado com a fixação de juros públicos e, naturalmente, os juros reais, que são equivalentes à subtraçao entre os juros públicos e a inflação.
O desemprego histórico nos EUA, Europa e Japão, em épocas normais pré-crise oscilava entre 4 e 6%. Vamos adotar isto. Apesar de ser parâmetro social, tem óbvios efeitos econômicos, por impactar na arrecadação tributária e previdenciária e no gasto público com assitênica social (auxílio-desemprego).
Pois bem senhores, assim temos a tabela de parâmetros ideais econômicos seguinte:
Relação Dívida Pública/PIB ideal: 40%
Déficit Público/PIB ideal: 3%
Carga tributária/PIB ideal: 40%
Relação Dívida Privada/PIB ideal: 75%
inflação ideal: entre 0% e 2% ao ano
Juros públicos ideais: entre 2% a 3% ao ano
Juros públicos reais ideais: entre 0,5 a 1% a ano
Relação crédito/PIB ideal: 75%
Desemprego ideal: entre 4% e 6% da população economicamente ativa
E quais são os números atuais do Brasil?
Relação Dívida Pública/PIB: 40,3%
Déficit Público/PIB: atualmente há superávit primário de 2,7% e déficit nominal de >2,5%
Carga tributária/PIB: 33,4%
Relação Dívida Privada/PIB: 33%
Inflação: 6,5% (nossa meta é de 4,5%, podendo variar entre 2,5% e 6,5%)
Juros públicos: 10,5%
Juros públicos reais: 5% ao ano
Relação crédito/PIB: 48%
Desemprego: 6% da população economicamente ativa (o mês de dez/2011 chegou a 4,7%)
Estou satisfeito de passar isto para você. É importante não perder os paradigmas econômicos verdadeiros. A perspectiva momentânea e de curto prazo não te informa. A adaptação de números econômicos ideis para a realidade atual de uma Europa, EUA e Japão em desordem econômica não pode apagar a memória do qu é o correto e o que deve ser perseguido. Esta adequação de parÂmetros econômicos, sem que se aponte a situação excepcional que obriga a esta adaptação parametral, é para criar a idéia de uma outra normalidade, a normalidade possível para a Europa, EUA e Japão, para irmos nos acostumando, e assim os investidores, à idéia de que estes números vieram para ficar pelos próximos 10 a 20 anos e portanto, nao adinata os investidores exigirem juros demais para financiar a dívida pública dos EUA, Europa e Japão, porque nada de melhor há e e números econômicos melhores também não haverá por muito tempo.
Mas existirão sim, e isso não poderão evitar, no Brasil, China e Índia. Hoje de todos estes países citados somente o Brasil teria condições de participar da União Européia. Ontem, 27/02/2012, foi publicado no Jornal o Globo que o governo pagou mais R$76 bilhões de dívida, diminuindo a dívida pública interna. Nós estamos indo muito bem. Adotemos e persigamos os parâmetros econômicos corretos para uma economia realmente e duradouramente saudável, com baixo índice de desemprego, com assitÊncia e previdência social, com saúde pública e gratuita de qualidade para todos e com Educação Pública e gratuita de qualidade para todos os cidadão brasileiros.
p.s. 28/02/2012 - revisto e ampliado
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