Pesoal, vejam este artigo da exame de setembro de 2011 no sentido de que os imóveis no Brasil atingiram o teto de valorização (exceto alguns locais ainda no Nordeste). Acessem http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/preco-dos-imoveis-vai-parar-de-subir-diz-maior-imobiliaria-do-mundo
Isto está de acordo com nossa análise de que valorização até olimpíadas é irreal e que processo de valorização da forma como ocorreu foi absurda. O entrevistado vê a recomposição de preços de imóveis que não se valorizaram nos últimos 30 anos, apontando para uma valorizção média de 1,2 vezes a inflação do período, mas esse prazo diluiu o movimento dos últimos três anos que foi totalmente incompatível com a renda do brasileiro. Assim, o entrevistado acredita na estabilidade de preços, enquanto eu vejo início de queda.
Há menos de um mês, soube de imóvel de quatro quartos em torno do Condomínio Selva de Pedra, no Leblon, que avaliado em 1,1 a 1,2 milhão foi vendido a 900 mil. Aluguéis também têm baixado de R$3.850,00 na Lagoa (dois quartos com garagem de vista para a Lagoa) para R$3.350,00. E outros de R$3.500,00 para R$2.900,00. Estes são o que eu mesmo pesquisei para alugar. Soube de corretores que hoje avaliam em "X" mas já avisam que não será conseguido tal preço no mercado, mas que vende mais rápido se baixar o preço a "Y".
A que vocês chamam esse movimento? Já há início de movimento de correção de preços, senhores. A questão é saber a quanto corrige esse ano e a que velocidade. Acho que não será queda aguda, mas que durante esse ano já corrigirá mais de 10% e no próximo ano mais outro tanto. Minha previsão é de correção entre 30% a no máximo uns 40% até 2014. Isto será um ajuste razoável, pois no Rio o aumento foi de 350% a 400%, portanto reajuste de 30% a 40% gera valorização de 240% a 280% em cinco ou seis anos (de 2008 a 2014). Para imóveis está muito bom.
Vamos ver.
p.s.: Importante salientar que ano passado afirmamos que no final de 2011 começaria a correção e que esta se daria minimamente à razão de 10% anualmente até 2014, fechando 30% ao menos. Acho o número de 30% de correção totalmente factível. Há várias variáveis para se chegar a esse número e que influenciam o mercado, mas a configuração do mercado em geral me faz acreditar que essa correção seria razoável, principalmente considerando a continuidade de endividamento alto das famílias, a renda brasileira 4 vezes inferior à estrangeira, os imóveis tendo atingido valores superiores do que os imóveis estrangeiros de mercados com renda quatro vezes superiores à nossa, o fato de que quem comprou imóvel bem ou mal, caro ou muito caro, saiu do mercado e não fará isso de novo. Quem sobre para comprar imóveis? quem não tinha para pagar ou não quis pagar o preço. Mas os proprietários continuam tendo de vender (divisão de herança, compra de imóvel novo, resgate de dívidas). É isso que mobilizará o mercado a vender em um ambiente com menos pessoas interessadas na compra. O menor interesse ocorrerá também por conta dos investidores, pois como são profissionais, não ivestirão em imóveis caros e sem margem de lucro na revenda.. melhor comprar nos EUA, como o entrevistado sugere a brasileiros e como nós já dizíamos muito antes de tal entrevista. É a velha regra de Warren Buffet: "boa venda só se garante com boa compra". O mercado não está para compra. Então agora está para venda. E assim, mercado vendedor é mercado de pressão baixista. A confirmar.
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