Como se vota?
Isso é muito importante. É particular a forma como você se convence de que um partido ou um candidato é melhor que o outro, mas às vezes as pessoas ficam um pouco perdidas, já que não temos acompanhamento dos feitos dos candidatos ou dos representantes já eleitos que pretendem renovar mandatos. Pretendo trazer uma reflexão útil e dizer como eu faço.
Como devo votar? Qual é o melhor programa de governo? Porque uma proposta é melhor ou pior do que a outra? Programa, partido ou candidato perfeito não existem então como escolho?
Grande parte das respostas passa por uma única coisa que você deve deixar clara para você: o que você acha que é mais importante em um dado momento para o seu País? Qual é o seu projeto de governo, caso você fosse escrevê-lo e implementá-lo?
A situação de qualquer País muda e oscila no tempo. A cada vez que há eleição você deve analisar como o País era, como ficou, o que mudou, o que deve mudar e o que não deve ser mudado. Depois você deve avaliar quais projetos de quais partidos estão mais de acordo com o que você definiu. Muitas vezes você tem que defluir o programa, pois não publicam e você tem de analisar que projeto seria a partir das promessas de campanha. E então, depois de tudo isso é que você vai escolher o representante que satisfaça melhor esse projeto de governo que você definiu.
Os pontos de análise que considero para eleição para Presidente são: realização da igualdade social, realização da igualdade regional, busca pelo crescimento econômico, geração de emprego, melhoria na educação, melhoria na saúde, garantia de liberdade econômica, garantia de liberdade de imprensa, busca pela inserção do País no exterior e defesa nacional. Não poderei dissecar todos aqui, mas o grande problema do Brasil hoje é, ao meu ver, a desigualdade social e regional. Isso mexe com o sentimento de integração nacional. Nenhum brasileiro pode se sentir excluído do crescimento do País. Nisto o projeto do governo atual foi inigualável e ainda precisamos de mais desse remédio por uns 12 anos (não precisa ser com o PT, mas quem oferece alternativa melhor no momento?). O Nordeste e Norte têm que se aproximar da riqueza do Sul e Sudeste, como o Centro-Oeste já fez. E o pobre tem que ser menos pobre em relação ao rico. Na Alemanha o menor salário é no máximo 1/8 do maior salário. Nosso salário mínimo deve crescer muito então,pois o mairo salário oficial é de 28 mil reais, do Ministro do Supremo Tribunal Federal. E nos outros itens o governo atual fez bons avanços, não tendo prejudicado a liberdade econômica ou de imprensa.
A oposição não apresentou nada que melhore o que está sendo feito e ainda precisamos do que está sendo feito, porque dá resultado, portanto me decidi por continuar com o que está aí. Votando primeiro em Marina (ex-PT) e depois, se não houver surpresa, em Dilma. É claro que a cada eleição os itens devem ser revistos e a importância de um elemento em relação ao outro deve ser reponderado e assim refeito o seu projeto para o próximo governo e em seguida procurar o programa de governo e candidato mais adequados.
Não fique a reboque dos partidos. Como eleitor, eu uso os partidos. Use os partidos. Não se deixe usar. Mas para isso você tem que ter o seu projeto de governo. Você não precisa votar no PT ou PSDB ou DEM ou PV independentemente da situação do País e do fato de que talvez outro partido esteja apresentando o que você acha melhor, em dado momento, para o País. Partido não é time de futebol, a não ser que você seja simpatizante, claro, ou afiliado partidário. Você sabe disso, mas muitos, às vezes, parecem defender o partido como se fosse tudo na vida. Ou um candidato como se fosse tudo na vida do povo. Isso não existe. O que existe é o que é melhor em um dado momento.
Na Inglaterra e nos EUA existem somente dois partidos efetivos. Assim, a questão partidária ganha outros contornos, porque eles podem se diferenciar em grandes temas. Mas aqui, são vários partidos e o programa partidário acaba ficando um pouco homogeneizado com teores/nuances mais liberais ou teores/nuances mais sociais.
O importante é você visualizar que dado partido e dado candidato, à época da eleição, satisfaz mais o que você entende que deva ser prioritário. Por isso não há qualquer incongruência em uma pessoa haver votado as duas vezes em FHC e depois votar as duas vezes em Lula, como eu fiz.
Então, quais são as suas prioridades para o País neste momento? Como seria o seu projeto de governo? Quem apresenta propostas mais concretas e factíveis para você? Porque dizer que vai melhorar a saúde e a educação todo mundo diz e é vago, né? vão aumentar salário? Como e quanto? VocÊ é favor da privatização de tudo o que for estatal? Ótimo, quem é o candidato mais adequado? Você acha que o Nordeste deve continuar recebendo investimentos? Quem tem projeto para isso? Depois pese os prós e contras e pronto. É o caminho que uso.
Agora, seguindo a regra de Warren Buffet (no livro "Tao de Warren Buffet"), não existe um bom negócio com uma má pessoa, nem um mau negócio com uma boa pessoa. Portanto, uma coisa vocÊ não pode abrir mão: tem que ser ficha limpa.
Abraços.
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