Não poderia inaugurar este blog sem agradecer às pessoas que tornaram possível a sua criação. Se não me engano, Santo Agostinho elencava como seu primeiro mandamento a gratidão. Bem, tenho a sorte de contar com muitas pessoas que me são caras, sempre presentes e, mais importante de tudo, generosas em sua paciência. Reconheço que não é fácil ter um amigo que gosta e fala (e falo, eles sabem bem) de política e economia... pior ainda se fez, gosta e gosta de falar sobre Direito.
Agradeço, senhores e senhoras, portanto, primeiramente aos meus amigos Luiz Gustavo Scaldaferri, Luiz Ricardo Dittert, Rafael Novaes, Alessandra Fichtner, Elaine Melino, Cristiane Kneip, por terem sido os primeiros a sugerir a organização de um blog de conteúdo político. Naturalmente acredito que não somente a vontade de que eu diminuísse os emails com esse teor destinados a eles tenha sido a mola propulsora da proposta de todos. Seja como for, me fizeram crer que o conteúdo dos textos escritos era de interesse comum e que não deveria ficar restrito a nosso grupo de discussão.
Agradeço, também, a meus grandes amigos e amigas Rodolfo Câmara, Verônica Cardoso, Ana Paula Paes, Flávia Deus, Marcos Fernandes, Rafael Osório, Alexandre Seibel, Marcelo Alves, Daniel Duque, Rafael Ruiz, Bruno Potiguar, Bruno Lima, Rejane Terra, Gabriela Kosinski, Alexandre Senna, Eduardo Spengler,Patrícia Albizzati, Pedro Albuquerque Melo, Henry D'Acquer, Fabiano Cavalcanti, Ludmila Sampaio, Juliana Silva, Alexandre Roque, Nilton Hilário, Elaine Louzada, Fernando Escobar e José Pedro Escobar, por terem tido a infinita paciência em me ouvir durante anos sobre esses temas, criticando e tecendo considerações que sempre me ajudaram a refinar minha percepção sobre os mesmos.
Agradeço, ainda, a meus amigos de infância que compartilharam a clausura beneditina (no Colégio de São Bento, pessoal,.. não no Mosteiro, claro) e ainda hoje mantemos laços fortes de amizade, os quais me renderam excelentes debates sobre política, economia e sociedade. São eles: Renardo Colares, André Luis, Alexandre Fraga, Marcelo Augusto e Oswaldo Tolesani... mesmo que algumas vezes de forma mais ríspida e quase a contragosto, não é Oswaldo? Todas as discussões, sempre respeitosas e amigas, foram e continuam sendo de total valia para o atingimento do conhecimento, eis que, relativista como sou, entendo que a verdade somente pode ser aproximada à medida em que ouvimos mais e diferentes perspectivas sobre ela mesma.
Naturalmente devo agradecer a meus professores que, sem se darem conta, forjaram ou conduziram a forja de meu intelecto e meu interesse pelo questionamento da mecânica e da dinâmica social. Presto minhas homenagens aos mais brilhantes professores que conheci seja na Faculdade de Direito da UFRJ, seja na Escola da Magistratura, que mais me marcaram, são eles: Falbo (Sociologia e Introdução ao Estudo do Direito), Pujol (Direito Político), João Paulo de Almeida Magalhães (Economia), Sheila Bierrenbach (Direito Penal), Desembargador Castro Aguiar (Direito Administrativo), Joaquim Falcão (Direito Constitucional), Leonardo Greco (Direito Processual Civil) e Alexandre Assunção (Direito Comercial), Luiz Emydgio (Direito Tributário), Marcos Juruena (Direito Administrativo), José Roberto Ayoub (Direito Civil) e Luis Roberto Barroso (Direito Constitucional). Naturalmente as minhas deficiências que não puderam alterar não podem ser imputadas aos mesmos, já que, apesar de brilhantes, continuam sendo humanos, mas o que de melhor técnica em ciência social e jurídica puder ser notada em mim ou nos textos pode ser claramente remetido a estes senhores e senhoras dos quais tive o prazer de ter sido aluno.
Hoje, na falta desses braços fortíssimos de conhecimento, muito pela impossibilidade de tempo de eu me dirigir aos mesmos, já que são conhecidos por estarem sempre disponíveis a seus alunos, conto com outros senhores e senhoras para seguir por outra fase de minha educação: a do estudo do cotidiano e das questões concretas que se nos impõe a sucessão de fatos políticos, econômicos e sociais na vida brasileira e internacional. Nesta nova etapa, sem fim, naturalmente, conto com outros paradigmas e fontes de fatos, raciocínio e inteligência, com os quais concordo e discordo e, mais importante, de quem procuro entender argumentos e, a partir de então, destilar os meus próprios. São eles: Mauro Santayana (Jornal do Brasil), Antônio Machado (Jornal do Commercio) e Alon Feuerwerker (Jornal do Commercio), Miriam Leitão e Flávia de Oliveira (Jornal O Globo). Naturalmente leio outros articulistas, mas deixo aqui minha homenagem aos que acho que, independente de terem seus próprios valores, passam a informação da maneira mais democrática, com tom de personalidade notável, mas sem perder a vereda tendente não ao neutro, mas a uma passagem de informação sem o colorido da opinião pessoal de forma a descaracterizar a relatividade da informação. Ou seja, escrevem enfatizando várias faces da informação, dando ao leitor, apesar de sua tendência em determinado sentido, a possibilidade de pensar por si mesmo, considerando uma outra ótica sobre o fato narrado. Muito importante também tem sido a leitura do novo periódico “Le Monde Diplomatique”, de tiragem mensal, com artigos científicos e mais profundos.
Agradeço por fim a minha querida e inestimável noiva Juliana Pimentel, por suas críticas, seu carinho, atenção, amizade e dedicação. E também a Paulo Otávio Gravina, amigo antiqüíssimo, apesar de tenra idade, bem como a meu irmão, Paulo Gustavo Pacheco, meu pai, Domingos e minha mãe Noemi, e minha irmã Ana Clara Pacheco, por suas contribuições em minha vida afetiva, familiar e, em especial, por cada um, em sua medida, ter revisto, debatido e questionado minha tese de pós-graduação “Limites Possíveis aos Atos Privados – O Estado Conformacional”, tese esta que terminou por sedimentar minha visão de Estado Ideal Plástico (em contraposição ao Estado Mínimo Liberal e ao Estado Máximo Social, ambos ultrapassados)e acrescentar método para a avaliação da eficiência da intervenção do Estado na Sociedade e na Economia, através da Política e do Direito. De certa forma todos os artigos têm um pouco desta forma de pensar como vetor lógico-retórico.
Não poderia, claro, deixar de agradecer a Fernando Pinheiro, grande amigo, que criou o blog em minutos, o que, se eu fosse fazer sozinho, demoraria semanas, com certeza. A destreza de algumas pessoas em campos do conhecimento de que não temos a menor idéia traz sempre uma oportunidade para vislumbrarmos a vasta imensidão de nossa condição totalmente prevalente de ignorantes. Diminuirmos nossa desimportância no mundo está mesmo no fato de podermos refletir nossa pequena parcela de conhecimento nos demais semelhantes, multiplicando o nosso conhecimento e gerando outros. Só.
At last but not at least, presto homenagem a dois homens fantásticos, extremamente inteligentes, de raciocínio rápido, capacidade crítica e discernimento incomuns e de energia inesgotável. Eu os conheço há não muito tempo mas vejo que nossa parceria será eterna, de amizade sem igual e que muito terão a me ensinar pelos anos que virão: um beijo para o meu querido sobrinho e afilhado João Gabriel, de seis anos, e para meu querido afilhado Pedro, de quase dois anos. Esses dois demonstram que a evolução das gerações não tem fim e que uma das belezas da vida é poder perceber que os seus entes queridos te sobrepujarão, e muito, em força, energia, raciocínio, criatividade e inteligência. Viver é uma ótima jornada.
Obrigado a todos.
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