quinta-feira, 8 de março de 2012

Há projeto - crítica ao artigo "Falta Projeto" da Miriam de hoje, 08/03/2012

Tenho que apresentar uma crítica ao artigo da Miriam em seu Blog de hoje, 08/03/2012, intitulado "Falta Projeto". Acesse o artigo da miriam em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2012/03/08/falta-projeto-435092.asp

Concordo com o que ela disse que devemos investir em educação, inovações e criar ambiente para um novo cilco de crescimento sustentável. Concordo também que discutir qual governo foi o responsável pela situação favorável econômica em que estamos não afasta a verdade de que as políticas aplicadas foram complementares, naturalmente falando do PSDB e PT. Daí pra frente divergimos.

Primeiramente ela admite a diminuição da pobreza e o aumento da classe média, o que aumentou nosso mercado interno, mas considerou, na minha interpretação de seu texto claro e direto, que isso foi consequência da estabilização econômica, assim como toda a situação econômica favorável hoje não seria possível sem a estabilizaçõ econômica. Isso está errado. Sim, a situação econômica de hoje não seria possível sem estabilização, mas a estabilização por si só não resultaria no que ocorre hoje em nossa economia. Foram as políticas firmes de transferência de renda (Bolsa Família em especial), política de aumento de salário mínimo, política de formalização de empresas e de empregos, política de inclusão previdenciária, que gerou valores e renda para o brasileiro sair da pobreza e engrossar a classe média. Portanto, houve projeto de diminuição de pobreza e desigualdade e de crescimento do mercado interno.

Quanto a investimentos em desenvolvimenbto tecnológico, enquanto FHC aumentou muito o investimento da FINEP, chegando a uns 3 bilhões de reais, quando o costume antes de FHC era bem inferior, o Governo do PT chegou a apresentar valores de 30 a 40 bilhões na Finep para desenvolvimento de novas tecnologias. Também foi no atual Governo que as Bolsas de Mestrado e Doutorado duplicaram de valor, estando ainda perto de um décimo do valor das Bolsas na Europa, entre R$1.200 e R$3.000,00. Também foi no atual Governo do PT que foi votado o Piso Nacional do Professor de R$1.500,00, ainda baixo mas 55% superior ao piso no Estado do Rio de Janeiro de atuais R$900,00. Também hoje qualquer estudante pobre que queira fazer qualquer curso superior pode fazê-lo, pois será financiado por algum programa federal (FIES e outros), que estão a pleno vapor, assim como foram criadas 214 Escolas Técnicas em todo o País e mais quatro universidades Federais. Isto é projeto de investimento em pesquisa e educação.

Quanto a área comercial, FHC criou superteles e apoiou outras empresas e conglomerados através do BNDES em seu período e o PT fez o mesmo em seu período com carnes e construtoras, mas foi o Governo do PT que desenhou finalmente e executou programas de expansão internacional de prestação de serviços por empresas brasileiras, principalmente de construção na América Latina, fazendo o que os EUA já fazem há décadas e criando renda e emprego para brasileiros. Também foi o PT que abriu mercados que antes não tínhamos como temos hoje, tanto na América Latina, como , principalmente na Índia, África do Sul, México e principalmente China e África em geral. Isso é projeto na área comercial. Gostaria de mencionar que apoiar conglomerados brasileiros é certo, desde que não se prejudique a concorrência. Os EUA apoia seus conglomerados de petróleo, aço, armas, químicos e muitos mais há décadas e ainda dá subsídios bilionários às suas indústrias menos competitivas, como da agro-indústria (álcool, laranja, algodão e outros).

Ainda quanto ambiente econômico, foram a mídia e os interlocutores do mercado, em especial dos bancos, que exigiram juros altos desnecessariamente, inclusive a própria Miriam, durante todo o ano de 2010 e ainda em 2011, mesmo com EUA, Japão e Europa baixando juros e praticando juros negativos. E isso quebrou nosso crescimento. Quando o Banco Central em agosto de 2011 baixou juros contra a expectativa de mercado, prevendo arrefecimento da crise internacional e grande queda do PIB, TODO O MERCADO, A MÍDIA e A MÍRIAM foram contra e ficaram espantados, mas o Banco Central estava certo (este Blog apoiou imediatamente e inclusive exigia a medida muito antes). E a inflação que ocorreu em 2010, em virtude de PIB de 7,5%, ocorreu por causa da atuação do governo para incentivar investimentos internos diante de falta de dinheiro estrangeiro por causa da crise internacional. Então, o governo não atua apagando incêndios econômicos e sem projeto ao meu ver, mas tem projeto e atua de acordo com as necessidades do mercado para levar adiante um projeto de ambiente econômico bom para realização de negócios e manutenção de crescimento econômico e criação de empregos a brasileiros.

Da parte de reforma tributária, por que FHC não fez? Porque não é fácil. Mas durante o Governo do PT ficou pronto o projeto de reforma relatado pelo honorável e inteligentíssimo Francisco Dornelles. Mas não vai à votação porque ninguém quer perder receita e se em tese ninguém perderá, na prática ninguém sabe. Mas o governo fez várias adaptações tributárias para o setor produtivo em especial, além de revisões de tabela de imposto de renda para os indivíduos, o que FHC em oito anos não fez uma única vez. Então, há projeto e atuação efetiva na área de desoneração de tributos.

Assim, senhores, fui obrigado a desconstruir praticamente todo o artigo da Miriam, para que você não fique mal informado.

Podemos sim discutir se os projetos aplicados são melhores do que outros que poderiam ser postos em prática. Mas nem mesmo a oposição apresenta projetos alternativos ao que está sendo feito, portanto, mérito do Governo atual do PT em tudo o que fez e que nos colocou na situação econômica em que estamos. Podemos ainda discutir o que deveria ser feito de melhor para frente, mas negar tudo o que foi feito e dizer que tudo de bom ocorreu por causa de estabilização com plano real é a maior piada da História do Brasil.

Vamos respeitar a inteligência do leitor. Estamos aqui para não acharem que engolimos tudo o que se escreve.

p.s. de 22/03/2012 - revisto e ampliado.

terça-feira, 6 de março de 2012

Alemanha: segundo país a atingir a marca de mil acessos ao Blog!

Finalmente! Apesar de ultrapassada pelos EUA, segundo país de maior acesso ao Blog, atualmente por uma diferença de 78 acessos, a Alemanha ultrapassou recentemente a marca dos 1.000 acessos, estando com atuais 1.072 acessos em menos de dois anos de vida do Blog Perspectiva Crítica.

Obrigado aos brasileiros teutônicos!!

Atualmente, a lista dos dez países que mais acessam se encontra assim:

Brasil: 20.741
Estados unidos: 1.150
Alemanha: 1.072
Portugal: 402
Rússia: 307
Holanda: 175
Canadá: 102
Reino Unido: 95
Coréia do Sul: 54
Letônia: 46


Para você ter noção de como muda a configuração no mês, na semana e ao dia, forneço abaixo os atuais números.

Dez países que mais acessaram no mês (06/02/2012 a 06/03/2012):

Brasil: 1.422
Estadois Unidos: 129
Alemanha: 78
Rússia: 71
Portugal: 27
Reino Unido: 8
Holanda: 6
França: 4
Japão: 4
Letônia: 4

Dez países que mais acessaram na semana (últimos sete dias):

Brasil: 389
Estados Unidos: 54
Alemanha: 41
Rússia: 10
Portugal: 5
Reino Unido: 3
Angola: 2
Austrália: 2
Japão:2
Moçambique: 2

Hoje, com 113 acessos houve somente cinco países que acessaram até agora (últimas 24 horas):

Brasil: 90
Alemanha: 23
Estados Unidos: 7
Japão: 1
Portugal: 1


Não sei porque a informação de cômputo geral de acessos às vezes não bate com a informação detalhada, acredito que haja um delay na atualização dos dados. Passei da forma como aparece para mim.

Vêem como muda a configuração dependendo do corte temporal? Ou seja, tem um monte de países abaixo dos "dez mais" considerando o tempo total de vida do Blog, mas só aparecerão se ultrapassarem o número total de acesso da Letônia, a qual também não pára, mesmo que aos poucos.

Muito interessante como realmente tem brasileiro espalhado no mundo inteiro e procuram informação sobre o País. Demais. Allan Toraine, uma vez, falando sobre o brasil disse que nós somos uma civilização em que ele acredita, pois gostamos do nosso país de verdade. Sua conclusão deriva de observação empírica de que ao fim do período de ditadura na América do Sul, nem todos os chilenos exilados quiseram voltar ao seu país. O mesmo ocorreu com os argentinos. Mas de 10 brasileiros, 1o preferiram voltar à pátria do que permanecer na França, mesmo com as condições favoráveis de se viver em país europeu na condição em que estavam e as condições do país em ebulição política e fragmentada economicamente. Isso não é fantástico?

Confirmação de início de reajuste de preços imobiliários: início de correção da bolha imobiliária

Well, well, well...

Pois é, senhores. Ontem o jornal "Bom Dia Brasil", da Rede Globo, apresentou uma reportagem sobre a chamada evidente fase de "estabilização de preços de imóveis".

Não assisti à repetição desta reportagem no "Jornal Nacional" (mas não o vi intereiro ontem) e não assisti ao "Jornal da Globo". Mas devo repetir o que venho falando desde junho de 2010: a mídia somente reportará fatos já consolidados nesta área, até por isenção de responsabilidade na diminuição patrimonial dos cidadãos.

É difícil abordar um tema complexo deste em jornal, normalmente é abordado só o momento de evidência de movimentação, seja para cima, seja para baixo. Mas quando é para cima a mídia é mais irresponsável, pois estimula acréscimo de valores, as construtoras gostas, as corretoras de imóveis gostam, os proprietários de imóveis gostam e até quem comprou gosta de ouvir que seu imóvel está valorizando. Então, a irresponsabilidade que ocorreu em informação desmesurada sobre o "movimento de valorização imobiliária" é um pouco culpa da sociedade também que quer comprar matéria que a iluda positivamente, sem pensar nas consequências.

Mas digo isso para avisá-lo mais uma vez que você não verá manchete sobre estouro de bolha imobiliária, nem assunção de bolha imobiliária, antes de ela estourar, meu amigo. Então, nós temos de contar conosco mesmos.

É fase de estabilização ou é correção de preços exacerbados e desvalorização?

Lembra quem dizia que os imóveis só parariam de aumentar depoisa da Copa de 2014? Melhor, ainda... lembra de quando diziam com veemência que só pararia de aumentar após as olimpíadas de 2016? rsrsrsrsr Agora dizem que a fase é de estabilização..

Se a fase é de estabilização, então o preço alto atual estaria correto, certo? Como se explicar, então que mesmo na reportagem sobre a "fase de estabilização" seja noticiado que as imobiliárias estão oferecendo desconto de 15% na compra e ainda te pagam a escritura? Tem escritura, senhores que pode custar R$50.000,00 (cinquenta mil reais). Que descontão, hein? Isso não é desconto, amigo... isso é desconto de custo da compra que ainda é compensado pelo elevado preço em que se encontra o imóvel.. isso é correção de valor embutido!! Este valor se chama excesso de lucro. Esse valor se chama sobrepreço de especulação imobiliária. Este valor se chama início de correção dos valores de bolha imobiliária.

Agora veja mais dois casos de que soube. Há um prédio recém construído no bairro (atualmente milionário..rsrsrs) de Botafogo. A construtora informa que os preços dos imóveis de dois ou três quartos, no valor de R$1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais - isso mesmo!) estão em promoção.. saem por R$900.000,00 (novecentos mil reais)!!! AUHAUHAUHUAHA Que descontão, hein amigo? R$400 mil des desconto!!! Isto é desconto para venda ou é correção de valor irreal?!?! Se é correção de valor irreal, não é início de correção de bolha que existia? A baixa é superior a 30%.

E digo mais um exemplo. No Leblon, na região da "Selva de Pedra", região antes desvalorizada no Leblon, e recente enclave milionário (rsrsrs), um apartamento de quatro quartos, com uma vaga e condomínio de R$700,00 (setecentos reais - veja a incongruência entre valor de imóvel e condomínio) era avaliado por no mínimo R$1.200.000,00 (um milhão e duzentos mil reais). Acabou de ser fechado um negócio, há um mês, de um apartamento de quatro quartos na região no valor de R$900.000,00 (novecentos mil reais). É alto, ainda, mas a baixa entre avaliação e fechamento de negócio é da ordem de 25%!

Assim, senhores, vejo que já iniciou a movimentação de baixa de preço, como apregoado por nós que ocorreria logo após a baixa de venda de unidades residenciais, que já tinha ocorrido. Está uma movimentação um pouco mais rápida do que imaginei, mas vamos aguardar se veio para ficar, como creio que sim.

Há algumas coiosas no horizonte. Se grande parte dos que podiam se endividar já o fizeram nos três anos passados e estão com dívidas a serem pagas em 20 anos, estes não comprarão novo imóvel. À medida em que baixarem os preços, aqueles que esperaram poderão ir encontrando imóveis e comprando, arrefecendo a movimentação de baixa. Mas como estão essas camadas? Ninguém sabe. Eu não comprarei imóvel caro. Prefiro alugar até o preço ser bom e razoável. A renda do brasileiro não acompanhou a alta absurda imobiliária e por isso a bolha que tem que se corrigir. Mesmo que se corrija em 30%, a alta foi tão alta que a valorização em cinco anos terá sido no Rio de Janeiro de uns 250%. Então esta queda é razoável e só não sei se iria além disso. Se não for os imóveis continuarão caros, mas menos caros e quem comprou no pico chorará, lógico.

Agora, pelo lado de arrefecimento do movimento de correção há o interesse dogoverno em estimular as compras de novo. Juros básicos baixarão e juros de empréstimo, o que pode dar fôlego, mas quantos há nessa camada que não comprou para impedir uma correção? Não sei. Não me parece muita gente, mas só aguardando para conferir. Por outro lado a Europa, Japão e EUA estão soltando dinheiro e Merkel disse à Dilma que esse movimento durará três anos (artigo de capa sobre encontro de Dilma e Merkel, publicado hoje, 06/03/2012 no Jornal O Globo), ou seja até 2015 haverá liquidez internacional exacerbada. Para onde irão esses valores? Se forem para imóveis, podem segurar a correção. mas acho que não irão para mercados supervalorizados como o nosso. Mais fácil ganhar dinheiro com arbitrgem de juros internacionais, pegando a juros barato do BCE e aplicando em tíutulos de emergentes que pagam juros altos, especialmente no Brasil, ainda.

Então, para mim, a balança está a favor da queda e correção da bolha imobiliária este ano. Acompanhamos e aguardamos o desenrolar dos fatos. A correção, iniciada no fim de 2011, como previmos, se confirma em março de 2012.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Ano 2025: a única real ameaça à soberania do Brasil

Pessoal, eu sei que a maioria de vocês não sabem disso, mas Lula contratou, finalmente, à época em que estava na Presidência, o fornecimento de 3.000 veículos de guerra anfíbio que serão entregues ano-a-ano, pela Fiat (vencedora da licitação de construção do modelo criado pelo Exército), completamente até 2030, ou seja, quase tudo estará entregue até 2025.

O submarino nuclear brasileiro ficará pronto em 2019. O primeiro submarino nuclear. Até lá, teremos prontos mais 4 submarinos da classe Scorpene, francês, somando um total de onze submarinos até 2019disponíveis, já que já temos seis.

E já li previsão de que, após o fechamento da licitação de caças supersônicos, teremos 1.200 caças novos até 2025. Hoje temos um total de 240 aeronaves e só 120 caças com total possibilidade de uso imediato. Razoável para a América do Sul, mas inferior à capacidade da Venezuela, por exemplo. Os EUA terão em 2025 o mesmo número que têm hoje: 2.400 aviões de guerra.

Por que toda a área militar ficará inteirinha nova e capacitada até 2025?

Bem, eu não sei exatamente, mas não posso me furtar a compartilhar com vocês algumas coisas de que sei. Mas é claro, vou falar sobre tema sensível e espero contar com a leitura fria, gelada, dos meus leitores. Já escrevi para o Blog mais de 260 artigos em menos de dois anos. Quem me conhece ou quem acompanha o Blog sabe da seriedade de conduta que tenho ao repassar informação. Portanto, quero contar com a frieza de todos para essa informações.

Atenção, você sabe o que é "hipótese de guerra"? "Hipótese de guerra", senhores, é termo técnico tratado em qualquer Força Armada do mundo. Enquanto não há guerra, o Exército, a Aeronáutica e a Marinha de todos os países, que possam organizar e manter Forças Armadas, estudam e se preparam para "hipóteses de guerra".

A "hipótese de guerra" existir é um fato. Ninguém deseja que ocorra o conflito, mas aquele que não se prepara para as hipóteses mais possíveis de guerra ao seu país está se omitindo na defesa da soberania de seu país. É um dever identificar hipóteses mais possíveis de guerra e se preparar para elas. É isso o que esperamos das Forças Armadas, pois, se algo ocorrer, devemos estar preparados com técnicas, com operações de defesa e de ataque pré-definidos, ou seja, prontos para impedir o ocaso de nossa civilização ou a submissão à potência estangeira.

Nesse mundo de hoje, quem tem o poder de vir atacar o Brasil? Bem, com o UNASUL instituído, é praticamente impossível um ataque vindo de vizinhos latino americanos. Todos estamos juntos em questão de defesa, mesmo que com atuações efetivas ainda incipientes, em virtude da recente organização deste importante organismo multilateral para nós, latinos sul-americanos.

A primeira hipótese de guerra do Brasil sempre foi a Argentina. Mas isso é passado. Por isso quase todas as tropas mais modernas e de assalto ficavam sediadas na Região Sul, Sudeste e Brasília. Agora, as coisas mudaram. E o principal ambiente possível de guerra com o Brasil seria a Região Amazônica, em virtude do altíssimo potencial financeiro que há no patrimônio ambiental e territorial da Região. Assim, recentemente, nos últimos anos, foram criados e transferidos diversos batalhões, antigos e novos para a Região Amazônica brasileira.

Mas quem pode nos atacar ali? Tem que haver uma primeira hipótese de guerra para que as Forças Armadas se preparem, lógico. Isso não quer dizer que a hipótese ocorra, mas deve-se estar pronto para ela. Se vocês não sabem, a água doce norte-americana será insuficiente para o povo americano em 2025. Os EUA têm movimentação de dois séculos no sentido de evidenciar interesse pela Região Amazônica, o que você pode ler no livro "Relações Perigosas - Brasil x EUA", de Moniz Bandeira. Quero dizer para você que não sou eu, mas Moniz bandeira, neste livro, que diz que hoje a primeira hipótese de guerra do Brasil seria os EUA.

Bem, saiba que os EUA têm bases militares espalhadas em quase todos os países latino-americanos, menos na Venezuela e no Brasil. Saiba que somente recentemente o Equador questionou terminar a concessão aos EUA para manter seu forte militar lá. Saiba que já houve um "erro" ou "desvio não intencional" de um avião norte-americano do tipo "espião", qual seja, avião de reconhecimento e captação de informações, que "sem querer" passou por cima de Roraima, no local onde temos a sexta maior jazida de urânio do mundo, minério altamente escasso. Isso foi publicado em jornal, assim como o protesto de nossas Forças Armadas. Saiba que recentemente o Governo Dilma instituiu regras legais para cobrança de royalties sobre material genético da região amazônica manipulado quase exclusivamente por empresas estrangeiras de cosméticos e medicamentos, que são normalmente européias e americanas (não sei se já está promlgada a lei). Tratam-se de bilhões ou até trilhões de dólares anuais. Saiba que a Amazônia tem petróleo, o segundo maior reservatório de água doce do mundo e milhões de hectares de terra fértil e agricultável. Saiba que Al Gore, sim, aquele democrata do filme bonzinho sobre proteção da naturza, se referiu em campanha presidencial, aos EUA como o país que deve assumir o papel de protetor de regiões de ambientes sensíveis para garantir o meio-ambiente no mundo, e que dentro desses ambientes está a Região Amazônica.

Então senhores, é isso... fiquem de olho. A palhaçada de proteção de "territórios internacionais importantes para o mundo" só parou por causa da guerra ao Iraque e ao Afeganistão. Agora a questão no oriente médio também nos dá chance de montarmos nossa defesa que só precisa ser suficiente para dissuadir qualquer um a tentar vir tomar na força o que é nosso.

É isso que está sendo feito. Graças a Deus. Depois dizem que nossas Forças Armadas não trabalham.. só rindo. Mas se o Governo fosse outro, senhores, não sei se o investimento em Defesa Nacional seria igual em valores, em qualidade e em finalidades. Saibam que FHC já defendeu que fizéssemos como o Canadá e Austrália que somente têm forças Armadas de reserva para os EUA. Só que eles são integrantes da Comunidade Britânica de Nações.. nós não.

p.s. de 02/03/2012 - texto revisto e ampliado.

Três importantes notícias: piso nacional do professor, cancelamento injusto pelos EUA de contrato com a Embraer, Banco do Brasil baixa juros a 2%

Senhores, eu queria mais tempo para explorar so potenciais desss três informações, mas não será possível. Assim, lanço uma rápida consideraçãoç sobre os três temas a seguir:

Baixa de juros ao consumidor pelo Banco do Brasil - Se for verdade que o Banco do Brasil vai baixar juros ao consumidor para 2% ao mês, senhores, isso será de descabelar os bancos privados. Eu sinceramente estou um pouco cético quanto a isso ocorrer, mas se ocorresse, sinceramente, seria um dos único meios de termos a esperança de algum dia os bancos privados cobrarem de nós juros normais. O Banco do brasil ganharia imediato market share e os bancos privados não deixariam isso ocorrer, baixando seus juros mais ou menos a estes valores. É possível empréstimos a valores tão baixos? Sim. Primeiro porque não são baixos para padrões internacionais, segundo porque há captações internacionais para o Brasil, como a última feita pelo Tesouro, em que foi cobrado juro internacional de 4% ao ano. Não sei quais foram as captações do Banco do Brasil, não sei o juros pago na captação direta do banco do Brasil, não sei se haverá valores cedidos pelo Tesouro (duvido) ou pelo Banco Central (duvido) derivado de captações com prazo de vencimento longo (2041), com juros de 4%. Eu sei que 2% ao mês dá 26% ao ano. Isso é pouco mais da metade praticada hoje por bancos privados de 41% ao ano, para as linhas mais baratas de empréstimo ao consumo, exceto os consignados. Então, se isso for verdade, senhores, está para vir uma revolução nos juros bancários brasileiros. No aguardo.

Piso nacional do Professor em R$1.500,00 - Isto é uma revolução brasileira, senhores. O piso é baixo para a capacidade de pagamento do Sudeste, mas é bom para o Nordeste e Norte. Mesmo no Rio de Janeiro, temos professores estaduais ganhando R$700,00 (no máximo R$900,00) em início de carreira. Isso é ridículo. Adorei ver o Mercadante, atual Ministro da Educação, sendo firme dizendo que a chiadeira da Congregação dos Municípios do País contra a medida de valorização remuneratória do professor alegando não haver verbas para tal pagamento. Salário digno (o que não é nem o caso deste piso ridículo para um profissional tão importante para a sociedade) é a base para a construção de um serviço público digno que atraia bons profissionais e que estimule os profissionais já contratados a permancerem na carreira e se dedicarem à sua contínua melhora. Nós abusamos da principiologia cristã de não nos preocuparmos com "dinheiro" como retribuição por trabalho. Já perceberam? Todo mundo sabe que a Educação vai mal, mas ninguém bate pé firme apontando que o salário ridículo é o problema. Anúncios na Globo, pela Educação, sempre enaltecem o "amor à profissão", a importância "daqueles rostinhos felizes do aluno", mas nunca se fala em aumentar salário para valorizar e estimular a carreira. É o cúmulo do ridículo. É o cúmulo da enganação. É o cúmulo da pasmaceira. E é o cúmulo da hipocrisia. Salário digno do professor, seria, ao meu ver, no mínimo de R$4.000,00 (quatro mil reais), para professor de primário e creche. Isto para mim seria o mínimo. Segundo grau deveria ser R$6.000,00 base. E faculdade deveria ser R$8.000,00 base e final de carreira em R$15.000,00. Um analista do Banco Central em final de carreira ganha R$18 mil reais. Um engenheiro de grande empresa na área privada começa com R$11 mil e pose chegar a R$33 mil, você sabia? fico feliz com a aprovação do piso nacional e feliz com a postura firme de Mercadnete. Agora quero ver todo professor ganhando isso no País inteiro, e início de carreira!!! Isso pode inicair uma grande mudança no país.

Cancelamento de contrato entre EUA e Embraer - É pessoal... Governo Americano... o que falei em relação à licitação para compra de caças supersônicos? O que Nelson jobim já tinha falado? Os americanos já tinham criado surpresa ao País ao impedir venda dos nossos Super Tucanos à Venezuela. Nelson Jobim já havia faldo que no quesito precedentes, os EUA tinham mal precente comercial conosco. Agora, após a Embraer ganhar licitação pública para vender os mesmo Super Tucanos aos EUA, criou-se um empecilho técnico que deixou inclusive um general americano com vergonha da palhaçada. Tirarão nossa Embraaer do páreo para que uma empresa americana com produto pior venda para os EUA. E veja, o Super Tucano tem peças americanas também.. Quero que você veja isso e entenda que armamento não é comida ou plástico...fechar negócio com americanos nessa área, tendo franceses que nos darão liberdade total de produção de caças, grantindo nossa independêncai tecnológica para sempre é a melhor medida para defender o interesse do Brasil em garantir autonomia e segurança real ao País,.. sem surpresas. Espero que os americanófilos de plantão possam parar e enxergar isso antes de nos causarem malefícios gravíssimos nessa área. Pelo menos a Globo parou de insistir na compra do F-18.

Lista de importantes artigos econômicos atuais do Blog

Pessoal, separei artigos do Blog recentes sobre economia e fatos econômicos muito importantes e interessantes. Assim em bloco, às vezes fica mais fácil para correlacionar e acessar.

São eles:

http://perspectivakritica.blogspot.com/2012/03/certissima-medida-de-aumetno-de-iof.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2012/03/o-exemplo-grego-moeda-forte.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2012/02/carga-tributaria-brasil-x-ocde-brasil.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2012/02/como-se-baixar-juros-bancarios-no.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2012/02/saiba-os-parametros-corretos-para-uma.html


Estes dois têm mais a ver com política e economia. Um didático sobre o que é o FMI e como age em benefício de instituições financeiras internacionais e países hegemônicos (EUA, Europa e Japão). O outro é o destaque de um capítulo descrito no primeiro artigo sobre o FMI e conta o desastre da privatização do serviço público de fornecimento de água na Argentina.


http://perspectivakritica.blogspot.com/2012/02/origem-e-funcao-do-fundo-monetario.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2012/02/caso-escabroso-resultado-da.html



Valeu.

Mário César

quinta-feira, 1 de março de 2012

O Exemplo Grego: moeda forte, desindustrialização, serviço público ineficiente e o desastre econômico.

Aconselho a leitura do artigo do Blog da Miriam Leitão intitulado "As impressões de uma grega sobre seu país", publicado hoje, 1º de março de 2012. Nele você temm informações de uma professora grega de relações internacionais da FGV/RJ sobre o que ocorre em seu país, sob sua perspectiva de grega. Temos aí uma oportunidade interessante para ver o que não se pode deixar acontecer.

Selecionaei o seguinte trecho:

"De acordo com os números fornecidos pela professora, o setor público sustenta o Estado (40% a 50% do PIB), sendo seguido pelos setores de turismo (17% do PIB) e pela agricultura (menos de 10%).

Além de estar em recessão há quatro anos, a Grécia sofre com o elevado desemprego - a taxa geral está em 19,9%, mas entre os jovens chega a 48,1%. Também importa mais do que o dobro do que exporta, o que provoca desequilíbrio na balança comercial.

Como o país não pode mexer na sua moeda, por fazer parte da zona do euro, seus produtos vendidos no exterior, principalmente azeite de oliva, frutas, produtos derivados do leite, tecidos, mármore e vinhos, são caros. E os produtos importados, principalmente chineses, chegam ao país com preços mais competitivos.
- O consumo de importados é muito grande. Nos últimos anos, o país se desindustrializou. A ideia é que o setor de turismo cresça até 2020 para que seja responsável por 20% do PIB - diz Elena."
(acesse o integral em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2012/03/01/as-impressoes-de-uma-grega-sobre-seu-pais-434175.asp)


Observe, gente, é claro que não é possível comparar diretamente a Grécia conosco, principalmente a partir destas informações trazidas pela professora grega, pois a economia grega, em comparação com a nossa praticamente inexiste. Mas dá para se entender algumas coisas a que podemos, de uma diferente forma, estar alertas para que não ocorra conosco.

O enredo para o qual chamo atenção é o seguinte: após entrar para a zona do euro, a grécia passou a possuir uma moeda forte, dando condições de consumo imediato à sua população (principalmente de produtos importados), bem como acesso a juros mais baixos para financiamento de consumo e investimentos. Mas o país não teve política industrial e os políticos utilizaram o serviço público de forma clientelista, não havendo contratação por mérito. Resultado: o aumento de renda e o acesso a juros baixos foram usados para consumo e não para investimentos produtivos ou modernização da economia e pauta de produção e/ou exportação de produtos industrializados gregos. O serviço público também não foi utilizado como indutor de crescimento e virou cabide de emprego, sendo ineficiente e transformlou-se em custo e não em mola propulsora de desenvolvimento ou base de apoio para o cresciemtno e desenvolvimneto econômico. Sem política industrial, hoje a economia vive de serviço público (50% do PIB), da agricultura e do turismo, ou seja, é um país falido.

Gente, é importante vermos que existência de política industrial é pressuposto de desenvolvimento sustentável de uma economia. É importante perceber que moeda forte deve ser motivo de pagamento de dívidas das empresas e do governo, enquanto a moeda está forte, e incentivo para modernização de máquinas para as empresas nacionais ganharem eficiência e produtividade. E também é importante exigirmos um serviço público que premie a competência e o mérito, seja para o ingresso no serviço público, seja por conta do atingimento de metas no serviço público. Serviço público custoso é o que é ineficiente, incompetente e desmotivado.

Assim, concurso público e não cargos em comissão (hoje 22 mil no governo) é que são necessários. Boa remuneração para atrair pessoas competentes, e carreira pública definida para manter e incentivar o servidor público a permanecer no serviço público e atingir metas.

Nós não estamos na condição da Grécia, mas combater uma valorização excessiva de nossa moeda é bom, como Mantega está fazendo. Impedir a desindustrialização com política industrial é essencial e nisto ainda não estamos obtendo êxito, pois a produção industrial brasileira para o mercado interno do País vem caindo ano a ano, justamente por causa da desvalorização do dólar. Isso mina nossa geração de empregos com origem em empresas e indústrias brasileiras. Temos de ver isso. Nossas indústrias já produziram 35% do consumo interno e hoje produz 16% do que é consumido internamente!!! Isso é grave!

E temos de ter o melhor serviço público do mundo. temos de investir no serviço público e exigir profissionalismo. Temos de exigir resultados como existem vindos da Petrobrás, da Receita Federal, do BNDES, da Embrapa, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal. Temos de exigir remuneração compatível com a complexidade dos cargos, ingresso por concurso público e não por indicação política em cargos em comissão onde não seja necessário. Cargo em comissão deve ser exceção e somente para staff estratégico, de confiança, com atuação direta junto a autoridades, pois essa é a razão de ser de cargo em comissão.

Assim podemos continuar a criar um ambiente perene e saudável para o crescimento de uma economia brasileira para brasileiros. Geração de riqueza no País com participação dos brasileiros nessa riqueza.

Temos de estar atentos ao exemplo grego no que ele pode nos indicar caminhos errados que não devem ser seguidos e que devam ser identificados o quanto antes para correção de rumos o quanto antes.

Política Industrial. Serviço público profissional. Defesa de valor adequado do câmbio (defesa de câmbio é diferente de controle ou manipulação artificial de câmbio, ok?). Esse é o caminho da criação de ambiente econômico saudável e da criação e proteção de riqueza nacional.

Só um detalhe. Li um artigo e vi uma reportagem que evidenciou que os gregos foram admitidos na zona do euro para agregar mercado consumidor para os produtos alemães e franceses. Neste sentido, a moeda forte impedia um desenvolvimento industrial com a Alemanha e França de uma incipiente indústria grega. A elite local ficava satisfeita em poder vender artigos primários, base de sua riqueza, o povo grego feliz em comprar produtos franceses e alemães a que não tinha acesso e assim seguiu o acordo tácito. Não satisfeitos com estas condições não indicadoras de um bom futuro á Grécia, a cada empréstimo grego tomado junto ao BCE, e/ou a cada indicação de interesse de investimentos alemães e franceses no país, a Grécia era obrigada a comprar produtos franceses e alemães inclusive de que não precisava, como por exemplo seis fragatas francesas e um submartino alemão!! Assim, a manutenção na Zona do Euro era ao custo também de endividamento grego à base de obrigações de compra de produtos franceses e alemães. Alemanha e França exploravam o parceiro e não ajudavam no desenvolviemnto de políticas industriais e econômicas promissoras à Grécia.

É lógico que a culpa também é da Grécia de nada fazer para reverter essa situação e deixar-se afundar em dívidas com vistas no enriquecimento imediato das elites políticas e econômicas locais e na felicidade imedita das massas através de consumo de importados. França e Alemanha não foram boazinhas para a Grécia, mas a Grécia foi incompetente e inocente, sendo a principal responsável por seu próprio desastre.

Resta-nos torcer para que a Grécia saia desse buraco, o que é difícil sem previsão de crescimento econômico, e aprender com o que eles fizeram de errado.

p.s. de 02/03/2012: revisto e ampliado