O tema inflação está sendo bastante batido. E com razão. Nõa abordam todos os elementos e por isso estamos aqui.. rsrsrs. Mas é importante o último dado publicado e merece comentário adicional às duas abordagens anteriores antes de podermos esperar o tempo e novos fatos se apresentarem.
A prévia do IPCA de junho marcou 0,99%. Isso é muito grave. A se confirmar esse índice no fim de junho, a inflação terá passado de 6% no meio do ano. Por mais que 9% de inflação para o fim de 2015 como as últimas previsões pareçam muito pessimistas, 6% em meio ano é muito grave. Para que o índice feche em 7,5% no fim do ano, por exemplo, a inflação só poderia aumentar 0,25% ao mês até dezembro. É possível? Sim. É provável? Difícil. Pois dezembro costuma ter inflação um pouco mais alta pelas festas natalinas.
Esse índice de 0,99% em junho, a se confirmar, teria tirado a margem da inflação alta de dezembro para manter a inflação abaixo de 8% ao ano. Ninguém previa junho em quase 1%! Para compensar isso, somente deflação em algum mês ou alguns meses no segundo semestre. Possível? Sim. Já se prevê aprofundamento de recessão no segundo semestre a se continuar a situação atual: endividamento da população (isso continuará), pessimismo dos consumidores (isso pode mudar) e pessimismo dos empresários( isso é o mias importante a mudar).
A expectativa do mercado para ambiente de negócios está ruim. Como Vidro disse na sua coluna do Globo de hoje e nós já frisamos aqui, o governo deve deslanchar as concessões o quanto antes. Cada mês prejudica as expectativas. Apesar de Vidor elencar a área agrícola como ajudante na conteção da inflação, o que sempre é verdade, dessa vez a ajuda não é a de sempre. As secas graves tornaram a produção um pouco mais cara e mesmo a nova safra recorde (mais de 204 milhões de toneladas) não está sendo suficiente para dar um grande baque contra a inflação. Os produtos agrícolas respondem por 24% da inflação imediata e até 40% da inflação total, considerando impactos mediatos na cadeia produtiva e nos elementos de cálculos dos índices de inflação.
Levy já reclamou da perpetuação dos efeitos do aumento do dólar nos índices inflacionários. Vidor mencionou na mesma coluna de hoje (22/06/2015) que o desânimo dos empresários está afetando a produção, o que significa que afeta a oferta de mercado, o que leva a alimentar a inflação, naturalmente. Além disso, o mercado internacional não reage e nem dá indícios que o fará em breve espaço de tempo.
Tudo isto cria quadro negativo para a inflação, entretanto, a própria queda da economia, fato indiscutível, aumento de desemprego, queda pela primeira vez em mais de dez anos da renda, queda de venda de carros e imóveis (Ancelmo Gois publicou recentemente que os registros de pagamento de ITBI no RJ caíram 30% de 2014 para 2015 - são menos 30% de vendas!!) indicam que há pressão deflacionária forte atuando em sociedade e que mostrará mais agudamente seus reflexos assim que as grandes pressões inflacionárias do primeiro semestre (50% de aumento de combustíveis, quase 50% de aumento de energia elétrica, alta de preços administrados, alta de contratos privados de início de ano).
Qual o grande problema? Não pode o governo deixar que o desânimo do empresariado se abata ao ponto de a falta de produção gerar inflação. Vidor disse que isto já está em vias de ocorrer ou prestes a ocorrer. Isso seria gravíssimo. Nesse caso, nem o Banco Central pode fazer nada, pois com demanda normal mas sem produção, os preços dos poucos produtos em mercado disparam!!! O governo tem responsabilidade neste ponto. Ele deve fazer girar a economia. Ele deve deslanchar as concessões. Há excesso de valores disponíveis no mundo, mas irão para onde haja perspectiva de crescimento. Nós temos potencial quase ilimitado para crescer, mas precisam deslanchar as concessões. Sem a circulação de capital, contratação de mão-de-obra e gastos provenientes dessas concessões, fica difícil imaginar deslanchar a economia porque não há consumidores internos ou externos para a produção de mercado para bens de consumo.
E o pior é que o Banco Central vendo a inflação que não arrefece continua burramente aumentando juros, matando a produção e criando o efetivo risco de que seja sedimentada uma crise de oferta. Como nossa sociedade ocidental é ridícula e presa a curto prazo, não se publica nem se trabalha a hipótese de solução dos problemas atuais em dois ou três anos e o Banco Central vive esse açodamento, pressionado por expectativas ruins e pela mídia, em ter de trazer a inflação a ferro e fogo para 4,5% em 18 meses... todos sabem que os aumentos de juros exercem seus efeitos máximos depois de 6 meses do efetivo aumento procedido pelo Bacen... mas não adianta.. enquanto a produção não deslancha e situações conjunturais e temporais atuam gravemente sobre o índice da inflação, ao invés de se publicar as causas da inflação e entendê-las e aceitá-las para tomar medidas mais inteligentes (macroprudenciais), publicam-se números somente e exigem-se que sejam alterados a qualquer custo.
Essa política aumentará o desânimo de investidores. Não há porque produzir se não há quem compre no Brasil ou no exterior e se no mercado financeiro você consegue 14% de retorno anual para investimento financeiro em título da dívida pública, enquanto muitas operações produtivas podem dar entre 10% e 20% ao ano com todos os riscos inerentes às respectivas operações. A continuar aumentando juros selic, o Bacen mais atrapalha do que ajuda. Os bancos agradecem, mas o setor produtivo, as contas públicas e o cidadão é que amargam o prejuízo que os agentes de mercado - que trabalham para os bancos - dizem que é efeito de remédio necessário... balela.
E para mudar? Deslanchar concessões públicas, diminuir juros selic e adotar medidas macroprudenciais (dentre elas aumentar compulsório - sim.. o contrário do que o governo vem fazendo), torcer pelo aumento de crescimento mundial (difícil). Realizar tratados bilaterais ou multilaterais de comércio também ajuda. O Mercosul, com a Argentina do jeito que está (e tomando medidas unilaterais com chineses), realmente precisa oxigenar.
Estamos acompanhando o desenrolar dessa trama complicada em que estamos.
p.s.: Não tenho os dados, mas a safra recorde com aumento de valores de hortifrutigranjeiros não é comum. A seca e os custos de produção explicam em parte esse fenômeno, mas pode ser que hortifrutigranjeiros de consumo interno estejam perdendo espaço para grãos de destino à exportação como soja. Isso é ruim. Liberdade de mercado sim, mas como equilibrar isso com a segurança alimentar do brasileiro e os impactos inflacionários advindos da opção por uma oligocultura agrícola de destino à exportação?
segunda-feira, 22 de junho de 2015
terça-feira, 16 de junho de 2015
Análise Econômica Junho 2015 Complementar: Enfoque Inflação
As expectativas em relação à inflação pioram para o mercado financeiro. Já há previsão de 9% para o fim do ano. Esse ano é o ano de ajustes. É importante colocarmos a questão dentro de parâmetros reais. A política econômica anterior estava errada? Não. A política anterior fez uma escolha: incentivar crescimento econômico e geração de emprego com controle inflacionário dentro da meta, mesmo que fosse no teto. Essa opção exigiu baixa de tributação, controle de preços administrados (gasolina, transporte público, reajustes de planos de saúde, etc..) dentro de limites legais possíveis, repactuação de contratos (oferta de renovação de concessão de serviço de geração e distribuição de energia elétrica em troca de exclusão de custos em contrato de concessão anterior com risco Brasil de 2000 pontos no ano de 2002 e que à época da oferta era de 180 pontos - e indo toda a vantagem para o consumidor, para a tarifa). Não só isso. Toda a atuação das concessões deixaram somente de ver o lado do empresário e passaram a testar limites do empresariado à diminuição de lucros em prol de menores tarifas ao consumidor. Muitas concessões foram efetuadas, mas outras não conseguiram deslanchar. Financiamentos ao exterior para obras realizadas por brasileiros também entraram na pauta, com entre 40 e 50 anos de atraso em relação aos EUA e Europa. Incentivo à compra de carros e imóveis também foram generosos e a prova do sucesso disso foi que o nível de endividamento da população aumentou de 33% há cinco anos atrás para até 48% agora.
Nesse período de atuação que inclui o período da crise financeira internacional, o Brasil foi o país que comparadamente com EUA e Europeus menos sofreu em perda de PIB e piora de desemprego. Os níveis inflacionários nunca extrapolaram o teto da meta inflacionária brasileira, mas a média da inflação brasileira foi maior do que a dos EUA e Europa. Mas os desempregados europeus e desamparados americanos talvez preferissem o modo brasileiro de lidar com a crise financeira do que a que seus governos adotaram; eles sofreriam menos. Os europeus, inclusive, exceto a Alemanha, passaram a exigir menos austeridade e EUA, Japão e Europa passaram a incluir em seu planejamento econômico perseguição de metas de inflação maiores!! Tudo isso publicado em jornais por todo o Globo, inclusive, timidamente aqui no Brasil. Porque inflação é resultado de aquecimento econômico. Mas é um efeito negativo que deve ser contido.
Bom, assim, temos um panorama pré-2015 para o Brasil. Agora, observem. Houve azares e exageros do governo, além de reflexos naturais da originalidade da fórmula de atuação no planejamento econômico do Brasil. Um azar foi a maior seca da história do Brasil há mais de 89 anos. Isso secou as hidrelétricas que contrataram a renovação da concessão com diminuição de tarifa proposta pelo governo. Sem água elas não puderam gerar o que normalmente geravam e não puderam lucrar com sua atividade de geração e distribuição que seria possível se houvesse chuva. Como tiveram de honrar contratos de entrega de energia elétrica, compraram das termelétricas e tiveram prejuízo. Esse foi o prejuízo do sistema elétrico. Quando depois de quase dois anos se percebeu que o equilíbrio não voltaria e o governo não poderia ficar bancando o prejuízo, foi liberado que as hidrelétricas repassassem toda a diferença do sistema para as tarifas de forma a equilibrar o sistema. Resultado em 2015: aumento de tarifa que já beira 50%.
Um exagero foi o controle da gasolina. Da forma efetuada segurou artificialmente o índice da inflação ano passado, por exemplo, mas essa administração de impactos inflacionários existe no mundo inteiro, incluindo EUA e Europa. Só que lá não é ao custo de uma única empresa como aqui foi. O fato é que a Petrobrás obteve mesmo nesses anos atualizações mínimas da gasolina e precisava de equalização. Resultado para 2015: 50% no aumento de combustíveis. Mas não foi só isso que prejudicou a Petrobrás, bom que se diga. A manipulação do preço internacional do petróleo pela Arábia Saudita, tema já enfrentado aqui, foi muito pior e quase inviabilizou o pré-sal brasileiro. E o caso da Operaçao Lava-jato também criou grande problema para a empresa.
AS desonerações tributárias causaram menos recolhimento de impostos em até 98 bilhões de reais em 2014, mas a grande mídia não coloca isso na conta de causa para o governo não atingir metas de superávit fiscal em 2014.. rsrsrsrs. Inclusive com impacto negativo para a Previdência Social, o que foi veementemente criticado por nós. Isso foi um reflexo natural orçamentário: menos tributo, menos superávit. Outro reflexo natural foi não serem todas as concessões exitosas com a fórmula original de aumentar o benefício do cidadão com o princípio da modicidade tarifária. Os investimentos no exterior, através de financiamentos do BNDES têm reflexos altamente positivos para o Brasil, mas também são observados pela ótica negativa, como publicado hoje no Globo ("BNDES causa perdas de R$1,1 bi por ano ao FAT"), comparando ganhos dos investimentos ao desenvolvimento econômico, no exterior, com o FAT e para o FAT, o que está previsto na Constituição (artigo 239, §1º da CF/88) com retorno financeiro do FAT com investimento em títulos da dívida pública que não podem ser efetuados pelo FAT. Reflexo natural também é o incentivo à compra de carros e casas gerar endividamento das famílias brasileiras.
Agora, vejam. Tudo isso se esgotou. O que a grande mídia não quer é abordar esse assunto com responsabilidade e dizer que a correção dos reflexos ruins dessa política deve ser efetuada, minimizando ao máximo o que tiver de pior. E a correção de combustíveis, energia elétrica, preços administrados, tudo no mesmo ano de 2015 está gerando a alta da inflação. Chegará o índice a 9% no fim do ano? Bem, no momento está em torno de 5%. Muito alto para esses 5 meses e ninguém é futurólogo, tendo as próprias agências econômicas e financeiras, institutos de pesquisa e o mercado financeiro errado suas previsões, mas não nos parece que possa chegar a tudo isso porque as famílias não compram e elas são 66% do PIB.
Observe que a previsão desse ano para a inflação está alta, mas a do ano que vem está em 5,5%. Se explicamos a conjuntura do Brasil e da política econômica anterior e a transição par a atual, mais restritiva, observa-se que o problema do Brasil não é estrutural, mas conjuntural. E se todo o reflexo negativo se concentrar em um ano, o de 2015, mas com a percepção que não se alastra para o segundo ano, o de 2016, isso denota descontrole da economia? Não.
Não se está considerando também, parece, adequadamente que a Petrobrás está com aumentos sucessivos de produção de petróleo e que o preço do petróleo está aumentando no exterior. Isso pode melhorar muito nossa balança de pagamentos e nosso superávit comercial, contendo o dólar que hoje está impregnando, também, a alta inflacionária no Brasil. Observe bem.
Então, senhores e senhoras, é uma pena que não possamos ter acesso a melhores informações e que a grande mídia tenha necessidade visceral em vender notícia e que isso deva ser feito à custa da informação de qualidade de nós, seus leitores. O que podemos é somente compartilhar a análise destas notícias, dos fatos, sob perspectiva mais ampla do que a estreita visão midiática e observar o desenrolar dos fatos, quando a mídia terá de publicar, sob o espírito de surpresa, as boas notícias que devem vir a partir do último trimestre desse ano e por todo o ano de 2016.
Entendemos que com estas considerações você pode melhor entender a evolução da inflação, suas causas, e compreender o que ocorre, ao invés de viver a angústia das publicações parciais, sensacionalistas e irresponsáveis da grande mídia como se apresentam desde o início do ano, e antes ainda.
p.s.: E a inflação do tomate? Gente.. e a deflação de aluguéis? o que impacta mais no seu bolso? E por que nõa se fala das correções para baixo de aluguéis que está ocorrendo? E de preços de imóveis para a compra e venda? O tomate custa centavos e você pode tirar da dieta.. imóvel você não pode excluir pois tem que morar e envolve até milhares de reais todo mês. Esse é o nível de informação ridículo que temos de enfrentar todos os dias.. lacônico, omisso, irresponsável e desinformativo.. comprometido com a semeadura da perspectiva do caos... enquanto o governo for de esquerda.. claro.. rsrsrsrs.
p.s.2: E as pedaladas orçamentárias? Gente, não vou defender isso. Contas devem ser claras. Ainda mais públicas. Mas o que o governo fez, toda a empresa faz. Desenha contas de forma que sejam as melhores apresentáveis. Se houve erros, que o TCU as mostre e que quem for responsável, inclusive a Presidente Dilma, que pague, nos termos legais, pelo erro e/ou manipulação. Mas até lá, e mesmo se isso for provado, a atuação de fundo é a que foi descrita aqui. Programa econômico que salvou empregos e PIB, mas que agora não tem reflexos positivos que justifique sua continuidade e está sendo corretamente mudado o rumo. E essa mudança tem custo e um deles é alta inflação esse ano, aumento de desemprego que foi contido por anos e anos durante a crise econômica e menor crescimento de PIB, inclusive porque não há quem compre produção aqui dentro (famílias endividadas) e não há quem compre lá fora (EUA, Europa estagnados ou em recessão e China com perda de crescimento), Não há milagre. Só fatos, para quem quer os ver. É aguardar o desenlace mundial desse nó e nosso desenlace interno também que virá com mais investimentos e volta de crescimento econômico. É essencial o programa de concessões de 198 bilhões de reais deslanchar.
Nesse período de atuação que inclui o período da crise financeira internacional, o Brasil foi o país que comparadamente com EUA e Europeus menos sofreu em perda de PIB e piora de desemprego. Os níveis inflacionários nunca extrapolaram o teto da meta inflacionária brasileira, mas a média da inflação brasileira foi maior do que a dos EUA e Europa. Mas os desempregados europeus e desamparados americanos talvez preferissem o modo brasileiro de lidar com a crise financeira do que a que seus governos adotaram; eles sofreriam menos. Os europeus, inclusive, exceto a Alemanha, passaram a exigir menos austeridade e EUA, Japão e Europa passaram a incluir em seu planejamento econômico perseguição de metas de inflação maiores!! Tudo isso publicado em jornais por todo o Globo, inclusive, timidamente aqui no Brasil. Porque inflação é resultado de aquecimento econômico. Mas é um efeito negativo que deve ser contido.
Bom, assim, temos um panorama pré-2015 para o Brasil. Agora, observem. Houve azares e exageros do governo, além de reflexos naturais da originalidade da fórmula de atuação no planejamento econômico do Brasil. Um azar foi a maior seca da história do Brasil há mais de 89 anos. Isso secou as hidrelétricas que contrataram a renovação da concessão com diminuição de tarifa proposta pelo governo. Sem água elas não puderam gerar o que normalmente geravam e não puderam lucrar com sua atividade de geração e distribuição que seria possível se houvesse chuva. Como tiveram de honrar contratos de entrega de energia elétrica, compraram das termelétricas e tiveram prejuízo. Esse foi o prejuízo do sistema elétrico. Quando depois de quase dois anos se percebeu que o equilíbrio não voltaria e o governo não poderia ficar bancando o prejuízo, foi liberado que as hidrelétricas repassassem toda a diferença do sistema para as tarifas de forma a equilibrar o sistema. Resultado em 2015: aumento de tarifa que já beira 50%.
Um exagero foi o controle da gasolina. Da forma efetuada segurou artificialmente o índice da inflação ano passado, por exemplo, mas essa administração de impactos inflacionários existe no mundo inteiro, incluindo EUA e Europa. Só que lá não é ao custo de uma única empresa como aqui foi. O fato é que a Petrobrás obteve mesmo nesses anos atualizações mínimas da gasolina e precisava de equalização. Resultado para 2015: 50% no aumento de combustíveis. Mas não foi só isso que prejudicou a Petrobrás, bom que se diga. A manipulação do preço internacional do petróleo pela Arábia Saudita, tema já enfrentado aqui, foi muito pior e quase inviabilizou o pré-sal brasileiro. E o caso da Operaçao Lava-jato também criou grande problema para a empresa.
AS desonerações tributárias causaram menos recolhimento de impostos em até 98 bilhões de reais em 2014, mas a grande mídia não coloca isso na conta de causa para o governo não atingir metas de superávit fiscal em 2014.. rsrsrsrs. Inclusive com impacto negativo para a Previdência Social, o que foi veementemente criticado por nós. Isso foi um reflexo natural orçamentário: menos tributo, menos superávit. Outro reflexo natural foi não serem todas as concessões exitosas com a fórmula original de aumentar o benefício do cidadão com o princípio da modicidade tarifária. Os investimentos no exterior, através de financiamentos do BNDES têm reflexos altamente positivos para o Brasil, mas também são observados pela ótica negativa, como publicado hoje no Globo ("BNDES causa perdas de R$1,1 bi por ano ao FAT"), comparando ganhos dos investimentos ao desenvolvimento econômico, no exterior, com o FAT e para o FAT, o que está previsto na Constituição (artigo 239, §1º da CF/88) com retorno financeiro do FAT com investimento em títulos da dívida pública que não podem ser efetuados pelo FAT. Reflexo natural também é o incentivo à compra de carros e casas gerar endividamento das famílias brasileiras.
Agora, vejam. Tudo isso se esgotou. O que a grande mídia não quer é abordar esse assunto com responsabilidade e dizer que a correção dos reflexos ruins dessa política deve ser efetuada, minimizando ao máximo o que tiver de pior. E a correção de combustíveis, energia elétrica, preços administrados, tudo no mesmo ano de 2015 está gerando a alta da inflação. Chegará o índice a 9% no fim do ano? Bem, no momento está em torno de 5%. Muito alto para esses 5 meses e ninguém é futurólogo, tendo as próprias agências econômicas e financeiras, institutos de pesquisa e o mercado financeiro errado suas previsões, mas não nos parece que possa chegar a tudo isso porque as famílias não compram e elas são 66% do PIB.
Observe que a previsão desse ano para a inflação está alta, mas a do ano que vem está em 5,5%. Se explicamos a conjuntura do Brasil e da política econômica anterior e a transição par a atual, mais restritiva, observa-se que o problema do Brasil não é estrutural, mas conjuntural. E se todo o reflexo negativo se concentrar em um ano, o de 2015, mas com a percepção que não se alastra para o segundo ano, o de 2016, isso denota descontrole da economia? Não.
Não se está considerando também, parece, adequadamente que a Petrobrás está com aumentos sucessivos de produção de petróleo e que o preço do petróleo está aumentando no exterior. Isso pode melhorar muito nossa balança de pagamentos e nosso superávit comercial, contendo o dólar que hoje está impregnando, também, a alta inflacionária no Brasil. Observe bem.
Então, senhores e senhoras, é uma pena que não possamos ter acesso a melhores informações e que a grande mídia tenha necessidade visceral em vender notícia e que isso deva ser feito à custa da informação de qualidade de nós, seus leitores. O que podemos é somente compartilhar a análise destas notícias, dos fatos, sob perspectiva mais ampla do que a estreita visão midiática e observar o desenrolar dos fatos, quando a mídia terá de publicar, sob o espírito de surpresa, as boas notícias que devem vir a partir do último trimestre desse ano e por todo o ano de 2016.
Entendemos que com estas considerações você pode melhor entender a evolução da inflação, suas causas, e compreender o que ocorre, ao invés de viver a angústia das publicações parciais, sensacionalistas e irresponsáveis da grande mídia como se apresentam desde o início do ano, e antes ainda.
p.s.: E a inflação do tomate? Gente.. e a deflação de aluguéis? o que impacta mais no seu bolso? E por que nõa se fala das correções para baixo de aluguéis que está ocorrendo? E de preços de imóveis para a compra e venda? O tomate custa centavos e você pode tirar da dieta.. imóvel você não pode excluir pois tem que morar e envolve até milhares de reais todo mês. Esse é o nível de informação ridículo que temos de enfrentar todos os dias.. lacônico, omisso, irresponsável e desinformativo.. comprometido com a semeadura da perspectiva do caos... enquanto o governo for de esquerda.. claro.. rsrsrsrs.
p.s.2: E as pedaladas orçamentárias? Gente, não vou defender isso. Contas devem ser claras. Ainda mais públicas. Mas o que o governo fez, toda a empresa faz. Desenha contas de forma que sejam as melhores apresentáveis. Se houve erros, que o TCU as mostre e que quem for responsável, inclusive a Presidente Dilma, que pague, nos termos legais, pelo erro e/ou manipulação. Mas até lá, e mesmo se isso for provado, a atuação de fundo é a que foi descrita aqui. Programa econômico que salvou empregos e PIB, mas que agora não tem reflexos positivos que justifique sua continuidade e está sendo corretamente mudado o rumo. E essa mudança tem custo e um deles é alta inflação esse ano, aumento de desemprego que foi contido por anos e anos durante a crise econômica e menor crescimento de PIB, inclusive porque não há quem compre produção aqui dentro (famílias endividadas) e não há quem compre lá fora (EUA, Europa estagnados ou em recessão e China com perda de crescimento), Não há milagre. Só fatos, para quem quer os ver. É aguardar o desenlace mundial desse nó e nosso desenlace interno também que virá com mais investimentos e volta de crescimento econômico. É essencial o programa de concessões de 198 bilhões de reais deslanchar.
segunda-feira, 8 de junho de 2015
Análise Econômica junho 2015
A economia está o fim? A economia acabou? Estamos, como alguns dizem, no mundo pré-Mad Max? Não. A mídia está publicando uma perspectiva negativa, exagerada e até irresponsável. Em nenhum momento está sendo passada informação de qualidade sobre a atual condição econômica brasileira, nem suas causas e nem adequados prognósticos. É importante notar que as condições econômicas não mudam de uma hora para a outra e nem aparecem do nada como muitas vezes dão impressão as notícias de baixíssima qualidade publicadas hoje pela grande mídia. Mas como sempre há os fiordes comunicativos, os grandes rochedos que permanecem inabaláveis em seu objetivo e finalidade de bem informar que comunicam a realidade dos fatos a nós, mesmo que normalmente sejam outros economistas os que mais têm abertura e canal de comunicação com a sociedade em suas colunas permanentes e sem compromisso com a realidade dos fatos tanto quanto têm compromisso com a publicação de uma visão mais de acordo com a edição do jornal e seus patrões.
George Vidor, um dos poucos colunistas eventuais e nunca passíveis de críticas deste Blog, até hoje, publicou hoje artigo que entendemos corresponder à realidade. E selecionamos o seguinte trecho no que pertine à insistência na alta de juros ao sabor das previsões surreais do mercado para inflação e juros:
Leia aíntegra do artigo do Vidor em http://oglobo.globo.com/economia/armadilha-16378055
Gente, o Banco Central está livre para controlar a inflação. Com vários possíveis instrumentos, inclusive macroprudenciais, ele quer dar o que o mercado quer e ponto: juros na alturas para alterar a "percepção" inabalavelmente negativa do mercado em relação à inflação. O Banco Central já não está mais gerenciando inflação, senhores, mas sua perspectiva, seja ela qual for. Isso está errado, é bom que se diga. Por quê? Simplesmente porque o mercado exagera nessa perspectiva já que tanto é importante para sua imagem quanto para seus bolsos. Para sua imagem, porque fica melhor a agência/instituição financeira prever inflação alta e influenciar o Bacen que aumenta juros e obtém uma baixa de inflação. Esta agência/instituição financeira poderá sustentar que alertou sobre o risco de não aumentar juros e por isso o Bacen obteve êxito no controle da inflação. Piora de imagem fica para a agência/instituição financeira que previu inflação estável ou declinante (como se vê no momento), mas que, no caso do Bacen não adotar aumento de juros ou outras atitudes e algo azedar a economia, haver inflação mais alta do que a prevista. Então, o foco no resultado sem maiores análises do processo exige que as agências e instituições financeiras sejam pessimistas sempre, pois isso é sinônimo de responsáveis. E esta postura pessimista do mercado também é boa para seus bolsos porque prever alta de inflação e exigir juros altos faz com que o Bacen, refém dessa coação moral, aumente os juros e os bancos obtenham alta rentabilidade em títulos públicos remunerados pela Selic, a qual suas previsões de alta inflação incharam.
Mas pense bem: Se a economia está em vias de recessão, se as pessoas perdem emprego, como a inflação chegará a 8,5% no fim do ano? Imóveis têm desconto de 40%. Roupas baixam preço. Aluguéis estão sendo negociados e têm seus preços baixados. As viagens e idas a restaurantes diminuem. E a inflação chegará a 8,5%? Tudo bem que a inflação 2015 pelo IPCA já está em 4,49% (jan - 1,24/ fev- 1,22/ mar - 1,32/ abril- 0,71) para esse quadrimestre, mas a perspectiva é evidente de queda da inflação, podendo fechar o ano em 7,5% com razoavel grau de probabilidade. Por vários anos, inclusive, julho e agosto beiraram inflações de 0%. Por que 8,5%? Para ganhar dinheiro. A previsão não é impossível, mas é demasiadamente pessimista.
Tudo de ruim já ocorreu em termos de pressão altista da inflação: alta do dólar (movimento mundial), alta de preços administrados, alta de energia elétrica, alta de combustíveis, alta de preços de início de ano. Agora é ver os efeitos saindo das estatísticas, como todo ano ocorre. Nossa queda de crescimento não é nababesco, como ocorreu nos EUA e Europa durante esses sete anos de crise, desde 2008. Nosso aumento de desemprego também não. Aumentou muito, sim. Estamos beirando 10%, mas somente esse ano, percebam. Europa, depois de 7 anos sofrendo, hoje tem média de 11,1% mas Espanha continua com 20%. Estados Unidos está com 5,5%, mas lá não tem faculdade pública gratuita, previdência social pública, assistência social adequada para pobres e a licença materniadade é de 3 meses... sem salário... observe. Isso é país bom para o cidadão? Ou melhor o europeu? Facilita ao país se reabilitar mais rápido, macroeconomicamente falando, mas e o cidadão pobre ou desempregado? Recuperar-se com menores custos sociais é mais fácil para os EUA do que com mais custos sociais como para a Europa.. mas a vida do cidadão médio europeu é melhor do que a do cidadão médio americano.
Bem, o fato é que a melhora americana não pode apagar 7 anos de sofrimento de seu povo. E no Brasil? Sofre apenas esse ano de 2015. Isso não é enaltecido. Foram as medidas anticícilcas, que agora o Ministro Levy corretamente retira, que nos protegeram. Mas agora não surtem efeito e então é melhor que tenhamos a arrecadação de volta. Simples assim.
As reais causas do recesso econômico são: esgotamento da capacidade das famílias em se endividarem, baixo crescimento europeu e americano (tendo estes enfrentado períodos recessivos inclusive) e, ainda, crescimento da Índia e China moderados. Se esses três elementos fossem contrários ao que são hoje, teríamos crescimento econômico. A falta de investimento deriva de falta de realização de novas rodadas de licitações, pelo lado da área pública, e pela alta taxa de juros selic que faz os empresários optarem por investir dinheiro em títulos da dívida ao invés de investir em uma produção que não encontrará consumidores no Brasil ou no exterior.
Os imóveis descem de preço, o que também é indicativo de pressão baixista de inflação, mas esse movimento já deveria ter ocorrido antes, se o governo não inchasse o programa "Minha casa, Minha vida". Mas o fim de financiamento farto e barato também contribui para desemprego e menos crescimento econômico.
A falta de divulgação correta desses dados, tentando colocar no governo toda a culpa por recessão e desemprego, está fazendo a população alimentar uma expectativa mais negativa do que existe, realimentando a pequena recessão que se apresenta, piorando o ambiente econômico. Mas além disso está fazendo o governo adotar medidas anacrônicas: enquanto o Bacen aumenta juros para combater expectativa de inflação, o governo pede liberaçao de depósito compulsório pra compra de moradias. É isso. Mídia mente. A populaçao vê errado o que ocorre e julga errado (culpa governo por todos os males). O governo, vendo a perspectiva errônea que prepondera em sociedade, age sob a perspectiva da mídia e população e então adota medidas paliativas que mascaram os efeitos ruins de medidas corretamente adotadas. E assim segue a palhaçada.
A própria oposição, o PSDB, já adota discurso que lastima seus eleitores mais bem informados. Aprovam alteração no fator previdenciário, que criaram; se apresentam contrários a medidas de controle orçamentário... quer dizer, a mídia cria, por desinformar a sociedade, anacronismo na condução da oposição também.
Mas nós aqui do Perspectiva Crítica estamos e somos independetes dessa palhaçada política, midiática e social. Estamos te dando os reais contornos da situação. Esse ano será de recessão? Sim. A inflação irá além de 8%? Não nos parece. Nos parece que ficará em uns 7,5%. E a economia melhorará quando? Há potencial de melhorar a partir do segundo semstre, principalmente a partir do quarto trimestre, pois os malefícios que já ocorreram perderão poder de ressonar nos índices inflacionários. A previsão, aliás de inflação para 2016 é de 5,5% e o Bacen diz que foca nos 4,5%. Além disso, há pacotes gigantescos de licitações saindo para esse ano, o que pode dar um boom de investimento e ajudar a guinada do crescimento a partir do fim do ano. São previstas rodadas de licitações no valor de 100 bilhões em investimentos. Fora que os 58 bilhões de dólares em investimento estrangeiro direto (IED) está confirmado, como há anos se repete em torno dessa soma. A produção de petróleo aumenta a olhos vistos (já são mais de 800 mil barris diários retirados do pré-sal), o valor do petróleo aumentou no mercado internacional (saiu de 47 dólares para 62 dólares - fonte: http://economia.uol.com.br/cotacoes/indices-economicos/) e as ações da Petrobrás aumentaram de R$8,00 para R$14,00 (petrobras ON em 09/06/2015 - fonte: Bovespa).
Aumentar juros para compra de casa própria foi bom. Mas preparar novo lançamento do "Minha casa, Minha vida" é ruim, economicamente falando. Retarda a correção do mercado imobiliário e tem efetio inflacionário. Mas o conjunto da obra indica recessão esse ano, crescimento ano que vem. Inflação pouco acima da meta esse ano e voltando para a meta e, talvez, atingindo o centro da meta ano que vem.
Observe que a catástrofe de falta de energia elétrica não ocorreu. Miriam diz que não foi só a volta de reservatório (chuvas recuperando reservatórios), mas a queda do crescimento econômico (rsrsrs.. à razão de 1% do PIB durante todo o ano.. vejam..) e que " ninguém pode prever o que ocorreria com o fornecimento de energia elétrica se o Brasil não tivesse regredido sua economia" (rsrsrs).. sabem calcular de tudo quando é desgraça, mas esse dado, quando as coisas melhoram, ela não tem.. tem o dado de que não faltou luz depois da volta das chuvas após uma seca histórica que só não foi pior do que a que ocorreu há 89 anos atrás... é uma palhaçada..
Então senhores.. economia bombando de novo depende dessa rodada de licitações e do crescimento mundial. A inflação está em vias de queda e a manutenção dos juros altos como estão é estapafúrdia. Se quiser ler algo descente, foque no George Vidor, Delfim neto, Le Monde Diplomatique, Jornal do Commercio. Esses canais são mais honestos com os prós e contras das ações de governo, situação do mundo e respectivos reflexos sobre o crescimento da economia e expectativa da inflação.
A situação não está fácil. Mas ela não é esse caos todo, está em vias de melhora por qualquer lado que se avalie (inflação, orçamento, crescimento econômico a partir do segundo semestre de 2015 e desemprego, a acompanhar o crescimento do PIB). Mas, antes de tudo ficar de novo bom, ocorrerão essas coreções pelas quais passamos, mas que podemos estar chegando já nos piores momentos, exceto por alguma atrocidade que ocorra no mundo ou no clima, a princípio. O período de correçao do mercado imobiliário é algo importante também, sobre o que pouca informação é produzida e a que é produzida, na sua grande parte, é encomendada pelas construtoras e imobiliárias.
Grande abraço.
p.s. de 09/06/2015 - Texto revisado e ampliado.
George Vidor, um dos poucos colunistas eventuais e nunca passíveis de críticas deste Blog, até hoje, publicou hoje artigo que entendemos corresponder à realidade. E selecionamos o seguinte trecho no que pertine à insistência na alta de juros ao sabor das previsões surreais do mercado para inflação e juros:
" O risco é de o doente morrer por excesso de medicamento. Se a economia se desorganiza, o controle da inflação fica mais difícil, e não há taxa de juros que consiga dar jeito depois. Devagar com o andor que o santo é de barro, é um ditado popular que se encaixa bem nessa conjuntura. O pior é que as apostas do mercado financeiro são de novas altas na taxa de juros. O Banco Central caiu nessa armadilha, subestimando o estrago que os juros excessivamente elevados já começam a causar à economia."
Leia aíntegra do artigo do Vidor em http://oglobo.globo.com/economia/armadilha-16378055
Gente, o Banco Central está livre para controlar a inflação. Com vários possíveis instrumentos, inclusive macroprudenciais, ele quer dar o que o mercado quer e ponto: juros na alturas para alterar a "percepção" inabalavelmente negativa do mercado em relação à inflação. O Banco Central já não está mais gerenciando inflação, senhores, mas sua perspectiva, seja ela qual for. Isso está errado, é bom que se diga. Por quê? Simplesmente porque o mercado exagera nessa perspectiva já que tanto é importante para sua imagem quanto para seus bolsos. Para sua imagem, porque fica melhor a agência/instituição financeira prever inflação alta e influenciar o Bacen que aumenta juros e obtém uma baixa de inflação. Esta agência/instituição financeira poderá sustentar que alertou sobre o risco de não aumentar juros e por isso o Bacen obteve êxito no controle da inflação. Piora de imagem fica para a agência/instituição financeira que previu inflação estável ou declinante (como se vê no momento), mas que, no caso do Bacen não adotar aumento de juros ou outras atitudes e algo azedar a economia, haver inflação mais alta do que a prevista. Então, o foco no resultado sem maiores análises do processo exige que as agências e instituições financeiras sejam pessimistas sempre, pois isso é sinônimo de responsáveis. E esta postura pessimista do mercado também é boa para seus bolsos porque prever alta de inflação e exigir juros altos faz com que o Bacen, refém dessa coação moral, aumente os juros e os bancos obtenham alta rentabilidade em títulos públicos remunerados pela Selic, a qual suas previsões de alta inflação incharam.
Mas pense bem: Se a economia está em vias de recessão, se as pessoas perdem emprego, como a inflação chegará a 8,5% no fim do ano? Imóveis têm desconto de 40%. Roupas baixam preço. Aluguéis estão sendo negociados e têm seus preços baixados. As viagens e idas a restaurantes diminuem. E a inflação chegará a 8,5%? Tudo bem que a inflação 2015 pelo IPCA já está em 4,49% (jan - 1,24/ fev- 1,22/ mar - 1,32/ abril- 0,71) para esse quadrimestre, mas a perspectiva é evidente de queda da inflação, podendo fechar o ano em 7,5% com razoavel grau de probabilidade. Por vários anos, inclusive, julho e agosto beiraram inflações de 0%. Por que 8,5%? Para ganhar dinheiro. A previsão não é impossível, mas é demasiadamente pessimista.
Tudo de ruim já ocorreu em termos de pressão altista da inflação: alta do dólar (movimento mundial), alta de preços administrados, alta de energia elétrica, alta de combustíveis, alta de preços de início de ano. Agora é ver os efeitos saindo das estatísticas, como todo ano ocorre. Nossa queda de crescimento não é nababesco, como ocorreu nos EUA e Europa durante esses sete anos de crise, desde 2008. Nosso aumento de desemprego também não. Aumentou muito, sim. Estamos beirando 10%, mas somente esse ano, percebam. Europa, depois de 7 anos sofrendo, hoje tem média de 11,1% mas Espanha continua com 20%. Estados Unidos está com 5,5%, mas lá não tem faculdade pública gratuita, previdência social pública, assistência social adequada para pobres e a licença materniadade é de 3 meses... sem salário... observe. Isso é país bom para o cidadão? Ou melhor o europeu? Facilita ao país se reabilitar mais rápido, macroeconomicamente falando, mas e o cidadão pobre ou desempregado? Recuperar-se com menores custos sociais é mais fácil para os EUA do que com mais custos sociais como para a Europa.. mas a vida do cidadão médio europeu é melhor do que a do cidadão médio americano.
Bem, o fato é que a melhora americana não pode apagar 7 anos de sofrimento de seu povo. E no Brasil? Sofre apenas esse ano de 2015. Isso não é enaltecido. Foram as medidas anticícilcas, que agora o Ministro Levy corretamente retira, que nos protegeram. Mas agora não surtem efeito e então é melhor que tenhamos a arrecadação de volta. Simples assim.
As reais causas do recesso econômico são: esgotamento da capacidade das famílias em se endividarem, baixo crescimento europeu e americano (tendo estes enfrentado períodos recessivos inclusive) e, ainda, crescimento da Índia e China moderados. Se esses três elementos fossem contrários ao que são hoje, teríamos crescimento econômico. A falta de investimento deriva de falta de realização de novas rodadas de licitações, pelo lado da área pública, e pela alta taxa de juros selic que faz os empresários optarem por investir dinheiro em títulos da dívida ao invés de investir em uma produção que não encontrará consumidores no Brasil ou no exterior.
Os imóveis descem de preço, o que também é indicativo de pressão baixista de inflação, mas esse movimento já deveria ter ocorrido antes, se o governo não inchasse o programa "Minha casa, Minha vida". Mas o fim de financiamento farto e barato também contribui para desemprego e menos crescimento econômico.
A falta de divulgação correta desses dados, tentando colocar no governo toda a culpa por recessão e desemprego, está fazendo a população alimentar uma expectativa mais negativa do que existe, realimentando a pequena recessão que se apresenta, piorando o ambiente econômico. Mas além disso está fazendo o governo adotar medidas anacrônicas: enquanto o Bacen aumenta juros para combater expectativa de inflação, o governo pede liberaçao de depósito compulsório pra compra de moradias. É isso. Mídia mente. A populaçao vê errado o que ocorre e julga errado (culpa governo por todos os males). O governo, vendo a perspectiva errônea que prepondera em sociedade, age sob a perspectiva da mídia e população e então adota medidas paliativas que mascaram os efeitos ruins de medidas corretamente adotadas. E assim segue a palhaçada.
A própria oposição, o PSDB, já adota discurso que lastima seus eleitores mais bem informados. Aprovam alteração no fator previdenciário, que criaram; se apresentam contrários a medidas de controle orçamentário... quer dizer, a mídia cria, por desinformar a sociedade, anacronismo na condução da oposição também.
Mas nós aqui do Perspectiva Crítica estamos e somos independetes dessa palhaçada política, midiática e social. Estamos te dando os reais contornos da situação. Esse ano será de recessão? Sim. A inflação irá além de 8%? Não nos parece. Nos parece que ficará em uns 7,5%. E a economia melhorará quando? Há potencial de melhorar a partir do segundo semstre, principalmente a partir do quarto trimestre, pois os malefícios que já ocorreram perderão poder de ressonar nos índices inflacionários. A previsão, aliás de inflação para 2016 é de 5,5% e o Bacen diz que foca nos 4,5%. Além disso, há pacotes gigantescos de licitações saindo para esse ano, o que pode dar um boom de investimento e ajudar a guinada do crescimento a partir do fim do ano. São previstas rodadas de licitações no valor de 100 bilhões em investimentos. Fora que os 58 bilhões de dólares em investimento estrangeiro direto (IED) está confirmado, como há anos se repete em torno dessa soma. A produção de petróleo aumenta a olhos vistos (já são mais de 800 mil barris diários retirados do pré-sal), o valor do petróleo aumentou no mercado internacional (saiu de 47 dólares para 62 dólares - fonte: http://economia.uol.com.br/cotacoes/indices-economicos/) e as ações da Petrobrás aumentaram de R$8,00 para R$14,00 (petrobras ON em 09/06/2015 - fonte: Bovespa).
Aumentar juros para compra de casa própria foi bom. Mas preparar novo lançamento do "Minha casa, Minha vida" é ruim, economicamente falando. Retarda a correção do mercado imobiliário e tem efetio inflacionário. Mas o conjunto da obra indica recessão esse ano, crescimento ano que vem. Inflação pouco acima da meta esse ano e voltando para a meta e, talvez, atingindo o centro da meta ano que vem.
Observe que a catástrofe de falta de energia elétrica não ocorreu. Miriam diz que não foi só a volta de reservatório (chuvas recuperando reservatórios), mas a queda do crescimento econômico (rsrsrs.. à razão de 1% do PIB durante todo o ano.. vejam..) e que " ninguém pode prever o que ocorreria com o fornecimento de energia elétrica se o Brasil não tivesse regredido sua economia" (rsrsrs).. sabem calcular de tudo quando é desgraça, mas esse dado, quando as coisas melhoram, ela não tem.. tem o dado de que não faltou luz depois da volta das chuvas após uma seca histórica que só não foi pior do que a que ocorreu há 89 anos atrás... é uma palhaçada..
Então senhores.. economia bombando de novo depende dessa rodada de licitações e do crescimento mundial. A inflação está em vias de queda e a manutenção dos juros altos como estão é estapafúrdia. Se quiser ler algo descente, foque no George Vidor, Delfim neto, Le Monde Diplomatique, Jornal do Commercio. Esses canais são mais honestos com os prós e contras das ações de governo, situação do mundo e respectivos reflexos sobre o crescimento da economia e expectativa da inflação.
A situação não está fácil. Mas ela não é esse caos todo, está em vias de melhora por qualquer lado que se avalie (inflação, orçamento, crescimento econômico a partir do segundo semestre de 2015 e desemprego, a acompanhar o crescimento do PIB). Mas, antes de tudo ficar de novo bom, ocorrerão essas coreções pelas quais passamos, mas que podemos estar chegando já nos piores momentos, exceto por alguma atrocidade que ocorra no mundo ou no clima, a princípio. O período de correçao do mercado imobiliário é algo importante também, sobre o que pouca informação é produzida e a que é produzida, na sua grande parte, é encomendada pelas construtoras e imobiliárias.
Grande abraço.
p.s. de 09/06/2015 - Texto revisado e ampliado.
segunda-feira, 1 de junho de 2015
BNDES conclui que 83% do investimento em transporte deve ser em metrô no RJ
Isso é informação de qualidade. Isso é informação que faz diferença. Isso é um artigo que informa e que é útil à sociedade. E isso é a prova de que o que defendemos há anos neste mesmo Blog Perspectiva Crítica mais uma vez se confirma: a solução do transporte no Rio de Janeiro e grandes cidades passa por Metrô, VLT e trem, passa pelos trilhos e não por mais e mais ônibus.
Hoje houve publicação no Jornal O Globo de artigo intitulado "Rio precisará investir R$42,5 bilhões em 12 anos para sanar déficit em trasporte, diz estudo" acessível no endereço eletrônico http://oglobo.globo.com/economia/rio-precisara-investir-425-bi-em-12-anos-para-sanar-deficit-em-transportes-diz-estudo-16317319
Na manchete não é dito que a carência é de investimento em trilhos, mas já no primeiro parágrafo podemos destacar o seguinte trecho: " A maior parte do dinheiro, diz o estudo, deve ser aplicada na expansão do metrô. O banco estima que sejam necessários R$ 35 bilhões (83% do total) para construir 81,8 quilômetros de linhas, mais que duplicando a infraestrutura existente."
Desde 2012 apoiamos o investimento em trilhos como o fizemos ao comentar o debate realizado na Band em 2012, enaltecendo a defesa clara que Marcelo Freixo fazia nesse sentido contra a defesa de Eduardo Paes em mais investimetnos rodoviários. Você pode acessar esse conteúdo no endereço http://www.perspectivacritica.com.br/2012/08/analise-do-debate-de-candidatos.html
Em 2014, ante uma ótima reportagem do Jornal O Globo sobre o tema, finalmente tivemos números sobre os quais nos debruçarmos que já comprovavam um absurdo na área de transportes do Rio de Janeiro: 4 vezes mais pessoas são transportadas por ônibus do que as que o são por trens e metrô. Ou seja, o transporte de massa, que são por trilhos, leva 1/4 de passageiros em relação ao númeor de passageiros transportados por transporte coletivo que seria auxiliar, ou seja, os ônibus. Isso era a prova do que dizíamos. A prova do inchaço do modal rodoviário para transporte dos cariocas pode ser constatado no endereço http://www.perspectivacritica.com.br/2014/09/transporte-e-transito-no-rj-de-ponta.html
Então, o Blog Perspectiva Crítica sempre te informa com mais coesão e mais fundamento do que a própria grande mídia. Aqui você teve antecipado em até 3 anos uma boa infformação. E isso já aconteceu em muitos casos, como o próprio fato de que os imóveis no Rio de Janeiro sofreriam reajuste por esvaziamento de bolha imobiliária.. processo no qual estamos neste exato momento.
A notícia que agora deu origem a este artigo confirma o que havíamos vislumbrado há anos, mas de maneira objetiva: 83% de todo o investimento que deve ser feito em transportes no Rio de Janeiro deve ser feito na expansão de metrô, segundo o estudo do BNDES.
Fique com essa informação e verifique que o que nós deste Blog Político e Econômico e você, nosso seguidor, comentarista, crítico e leitor estamos construindo é um caminho independente, digno e de alta qualidade na produção e análise de notícia, criando um caminho para que nossa sociedade consiga se libertar de preceitos e conceitos que nos limitam e impõem uma realização política e de fato de uma sociedade menos eficiente do que poderia ser. Nós apontamos os melhores caminhos com argumentos embasados em estudos públicos noticiados, seja do IPEA, seja do BNDES, seja de Sindicatos, seja de instituições de educação pública ou privada, seja de órgãos do governo, seja de institutos de pesquisa, seja de instituições e órgãos multilaterais internacionais, como ONU, FMI e OCDE.
Nosso interesse é no desenvolvimento não só do Rio de Janeiro, mas de todo o País. Neste sentido já tínhamos apresentado uma matéria sobre uma máquina israelita que constrói linhas de trem de forma contínua e sem parar e que pode rasgar o paíse nos quatro sentidos cardeais. Acesse o artigo no endereço http://www.perspectivacritica.com.br/2011/08/solucao-para-construcao-de-ferrovias-de.html
Agora que já foi verificado que em questão de mobilidade urbana é necessário que se invista 83% de tudo (35 bilhões de reais) em expansão de metrô, esperamos que as autoridades parem de dedicar-se tão veementemente à expansão do modal rodoviário de transporte público (ônibus) e estimule que, quem sabe, já que não admitem que as concessionárias de ônibus percam suas receitas, as próprias empresas rodoviárias desenvolvam com suas verbas a rede ferroviária e de metrô, como forma de manterem-se nos modais que querem explorar, expandam-se aos demais e mantenham receitas sem prejudicar, no entanto, a mobilidade urbana (rsrsrs). O correto, entretanto, seria que as empresas que explorassem as linhas de metrô, VLT e trens fossem diferentes, de outros grupos e independentes das empresas de ônibus, para que não houvesse conflilto de interesses no desenvlvimento de ambas as redes de transporte, as quais competem por passageiros.
Na verdade, como em qualquer lugar desenvolvido e normal, não deveria haver concorrência entre ônius e trem ou metrô. O principal meio de transporte deve ser por trilhos, pois como é de massa é muito mais barato e, sem muitas vezes ter seu trajeto descontinuado por cruzamentos ou sinais, é muito mais rapido. Os ônibus, que se justificavam expandir em período sem verbas para desenvolver linhas de trens e metrôs, uma hora teriam de voltar à sua dimensão e natureza original: rede auxiliar e complementar de transporte público, principalmente fazendo a alimentação de linhas e estações de trens e metrôs nos grandes centros urbanos.
Vamos ver se a autoridade dos estudos do BNDES, empresa pública federal sem influencia dos lobbies das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, e com seus empregados públicos igualmente independentes e inatingíveis por ameaças de desemprego e tais lobbies, enfim, vamos ver se a autoridade desse estudo fará com que os governantes acabem obrigados a efetuar os investimentos públicos em modais de transportes onde eles são de fato necessários e, assim, podermos, quiçá um dia, termos mais qualidade de vida que nos é há décadas, mas principalmente nas últimas duas décadas e muito principalmente na última década, sonegada.
Por fim, é importante ressaltarmos que no mesmo artigo a excelente jornalista Daniele Nogueira terminou entrevistando um especialista que disse que somente investimeo em modais de transporte não adianta, mas que seria necessário descentralizar a atividade econômica. Veja o trecho que selecionamos da reportagem:
Veja ainda o seguinte artigo: http://www.perspectivacritica.com.br/2012/10/comentarios-sobre-o-resultado-das.html
E, principalmente, veja este artigo o item intitulado "Política Habitacional e a especulação imobiliária" que traz notícia de um artigo no Le monde Diplomatique Brasil sobre a política urbana de holandeses e alemães e comenta como aqui deveria ser influenciada nossa política de ocupação do solo urbano. Acesse em http://www.perspectivacritica.com.br/2012/05/revista-em-destaque-cotas-raciais.html
Hoje houve publicação no Jornal O Globo de artigo intitulado "Rio precisará investir R$42,5 bilhões em 12 anos para sanar déficit em trasporte, diz estudo" acessível no endereço eletrônico http://oglobo.globo.com/economia/rio-precisara-investir-425-bi-em-12-anos-para-sanar-deficit-em-transportes-diz-estudo-16317319
Na manchete não é dito que a carência é de investimento em trilhos, mas já no primeiro parágrafo podemos destacar o seguinte trecho: " A maior parte do dinheiro, diz o estudo, deve ser aplicada na expansão do metrô. O banco estima que sejam necessários R$ 35 bilhões (83% do total) para construir 81,8 quilômetros de linhas, mais que duplicando a infraestrutura existente."
Desde 2012 apoiamos o investimento em trilhos como o fizemos ao comentar o debate realizado na Band em 2012, enaltecendo a defesa clara que Marcelo Freixo fazia nesse sentido contra a defesa de Eduardo Paes em mais investimetnos rodoviários. Você pode acessar esse conteúdo no endereço http://www.perspectivacritica.com.br/2012/08/analise-do-debate-de-candidatos.html
Em 2014, ante uma ótima reportagem do Jornal O Globo sobre o tema, finalmente tivemos números sobre os quais nos debruçarmos que já comprovavam um absurdo na área de transportes do Rio de Janeiro: 4 vezes mais pessoas são transportadas por ônibus do que as que o são por trens e metrô. Ou seja, o transporte de massa, que são por trilhos, leva 1/4 de passageiros em relação ao númeor de passageiros transportados por transporte coletivo que seria auxiliar, ou seja, os ônibus. Isso era a prova do que dizíamos. A prova do inchaço do modal rodoviário para transporte dos cariocas pode ser constatado no endereço http://www.perspectivacritica.com.br/2014/09/transporte-e-transito-no-rj-de-ponta.html
Então, o Blog Perspectiva Crítica sempre te informa com mais coesão e mais fundamento do que a própria grande mídia. Aqui você teve antecipado em até 3 anos uma boa infformação. E isso já aconteceu em muitos casos, como o próprio fato de que os imóveis no Rio de Janeiro sofreriam reajuste por esvaziamento de bolha imobiliária.. processo no qual estamos neste exato momento.
A notícia que agora deu origem a este artigo confirma o que havíamos vislumbrado há anos, mas de maneira objetiva: 83% de todo o investimento que deve ser feito em transportes no Rio de Janeiro deve ser feito na expansão de metrô, segundo o estudo do BNDES.
Fique com essa informação e verifique que o que nós deste Blog Político e Econômico e você, nosso seguidor, comentarista, crítico e leitor estamos construindo é um caminho independente, digno e de alta qualidade na produção e análise de notícia, criando um caminho para que nossa sociedade consiga se libertar de preceitos e conceitos que nos limitam e impõem uma realização política e de fato de uma sociedade menos eficiente do que poderia ser. Nós apontamos os melhores caminhos com argumentos embasados em estudos públicos noticiados, seja do IPEA, seja do BNDES, seja de Sindicatos, seja de instituições de educação pública ou privada, seja de órgãos do governo, seja de institutos de pesquisa, seja de instituições e órgãos multilaterais internacionais, como ONU, FMI e OCDE.
Nosso interesse é no desenvolvimento não só do Rio de Janeiro, mas de todo o País. Neste sentido já tínhamos apresentado uma matéria sobre uma máquina israelita que constrói linhas de trem de forma contínua e sem parar e que pode rasgar o paíse nos quatro sentidos cardeais. Acesse o artigo no endereço http://www.perspectivacritica.com.br/2011/08/solucao-para-construcao-de-ferrovias-de.html
Agora que já foi verificado que em questão de mobilidade urbana é necessário que se invista 83% de tudo (35 bilhões de reais) em expansão de metrô, esperamos que as autoridades parem de dedicar-se tão veementemente à expansão do modal rodoviário de transporte público (ônibus) e estimule que, quem sabe, já que não admitem que as concessionárias de ônibus percam suas receitas, as próprias empresas rodoviárias desenvolvam com suas verbas a rede ferroviária e de metrô, como forma de manterem-se nos modais que querem explorar, expandam-se aos demais e mantenham receitas sem prejudicar, no entanto, a mobilidade urbana (rsrsrs). O correto, entretanto, seria que as empresas que explorassem as linhas de metrô, VLT e trens fossem diferentes, de outros grupos e independentes das empresas de ônibus, para que não houvesse conflilto de interesses no desenvlvimento de ambas as redes de transporte, as quais competem por passageiros.
Na verdade, como em qualquer lugar desenvolvido e normal, não deveria haver concorrência entre ônius e trem ou metrô. O principal meio de transporte deve ser por trilhos, pois como é de massa é muito mais barato e, sem muitas vezes ter seu trajeto descontinuado por cruzamentos ou sinais, é muito mais rapido. Os ônibus, que se justificavam expandir em período sem verbas para desenvolver linhas de trens e metrôs, uma hora teriam de voltar à sua dimensão e natureza original: rede auxiliar e complementar de transporte público, principalmente fazendo a alimentação de linhas e estações de trens e metrôs nos grandes centros urbanos.
Vamos ver se a autoridade dos estudos do BNDES, empresa pública federal sem influencia dos lobbies das empresas de ônibus do Rio de Janeiro, e com seus empregados públicos igualmente independentes e inatingíveis por ameaças de desemprego e tais lobbies, enfim, vamos ver se a autoridade desse estudo fará com que os governantes acabem obrigados a efetuar os investimentos públicos em modais de transportes onde eles são de fato necessários e, assim, podermos, quiçá um dia, termos mais qualidade de vida que nos é há décadas, mas principalmente nas últimas duas décadas e muito principalmente na última década, sonegada.
Por fim, é importante ressaltarmos que no mesmo artigo a excelente jornalista Daniele Nogueira terminou entrevistando um especialista que disse que somente investimeo em modais de transporte não adianta, mas que seria necessário descentralizar a atividade econômica. Veja o trecho que selecionamos da reportagem:
"O especialista em mobilidade urbana Vitor Mihessen, da Casa Fluminense, ressalta que o investimento puro e simples em ampliação de infraestrutura de transporte não resolve o problema da mobilidade urbana. As cifras bilionárias devem vir acompanhadas de políticas públicas para descentralizar a atividade econômica, levando oferta de trabalho onde há concentração de moradia.Observe que isto é exatamente o que já defendemos neste Blog há anos. Acesse o artigo de 2011 que já defendia a descentralização da atividade econômica com reflexos para a melhoria da mobilidade urbana e para o desenvolvimento econômico e aumento dfe quailidade de vida de nossos cidadãos no endereço http://www.perspectivacritica.com.br/2011/01/o-potencial-social-do-crescimento.html
— Ao melhorar o transporte coletivo, corre-se o risco de atrair mais gente para um sistema já caótico. É possível dar incentivo fiscais para estimular empresas a levar suas estruturas físicas a locais de elevada concentração de moradia, especialmente na periferia. Além disso, deve-se estimular jornadas alternativas de trabalho, como o home-office, reduzindo a pressão sobre o sistema de transporte."
Veja ainda o seguinte artigo: http://www.perspectivacritica.com.br/2012/10/comentarios-sobre-o-resultado-das.html
E, principalmente, veja este artigo o item intitulado "Política Habitacional e a especulação imobiliária" que traz notícia de um artigo no Le monde Diplomatique Brasil sobre a política urbana de holandeses e alemães e comenta como aqui deveria ser influenciada nossa política de ocupação do solo urbano. Acesse em http://www.perspectivacritica.com.br/2012/05/revista-em-destaque-cotas-raciais.html
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Crítica ao artigo "Lewandowski e a conta do supermercado", de Ricardo Noblat
Raramente esse Blog tem o Ricardo Noblat como sujeito de críticas e comentários. Por quê? Dificilmente apresenta argumentos profundos ou que denotam algum conhecimento maior sobre o que escreve. Suas intervenções são no máximo aquelas que se legitimam dentro de limites de argumentação que encontrarão boa acolhida no senso comum. Nada mais. Mas desta vez, como o tema sobre o qual resolveu discorrer é grave, e mais uma vez cometeu atrocidade informativa contra cidadãos e o Judiciário, temos que, por dever informativo, criticar o artigo e expor ao nosso leitor as razões do aumento que o Judiciário pretende para seus servidores em torno de 50% com o Projeto de Lei 7290.
Noblat criticou que Lewandowski esteja defendendo o aumento dos analistas e técnicos do Judiciário da União, porque segundo Noblat em seu "profundo" artigo: "O Poder Judiciário não é famoso por pagar mal. Pelo contrário. Paga bem, oferece benefícios diretos e indiretos e segurança no emprego." Noblat também disse que que o aumento querido pelo Lewandowski vai contra o ajuste fiscal pretendido pela Dilma. E que tem impacto de 25 bilhões, que sabemos ser de acordo com cálculos do Ministério do Planejamento, leia-se Nelson Barbosa. Acesse a íntegra do artigo em http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2015/05/lewandowski-e-conta-do-supermercado.html
Primeiramente, o impacto seria de 10 bilhões de reais, ao final da implantação do aumento, sendo que no ano de 2015, seria de 1,5 bilhão, já que o aumento seria parcelado, segundo os cálculos do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais do Rio de Janeiro, do qual integro a mesa diretora. Este estudo foi o que embasou a proposta apresentada pelo Supremo Trinual Federal, após as análises do próprio STF sobre o tema.
Em segundo lugar, observe, o Noblat não perguntou o porquê de Juízes estarem preocupados em conceder aumentos aos servidores com o mesmo dinheiro do Orçamento do Judiciário (é sabido queo pior da ignorância é nem mesmo ter dúvidas), mesmo sabendo que, ao aumentar valores para servidores, diminui dinheiro disponível para Juízes. Sim, porque Noblat, o iluminado, nem sequer deve saber que o Orçamento do Judiciário nada tem a ver com o Orçamento do Executivo. A independência dos Poderes depende da independência orçamentária que na prática ainda não existe, mas já foi objeto de reclamação de vários Presidentes do STF e também o é do atual Presidente Lewandowski. Voltaremos a questão.
Mas então, por que o altruísmo dos Juízes? Senhores, pelo simples fato de que o nível dos servidores do Judiciário é alto. No Rio de Janeiro, a classe de analistas no Judiciário da União conta com 75% a 90% de seus quadros com pós-graduação, dependendo da Justiça de que falamos (Militar, Eleitoral, Federal ou Trabalhista). O quadro dos técnicos, que deveriam ter somente segundo grau e desenvolver atribuições simples de apoio, conta com quase 100% de pessoas formadas e em torno de 50% de pessoas pós-graduadas. E suas atribuições atuais estão totalmente incompatíveis com a realidade e cada vez mais desenvolvem atividades mais complexas e intelectuais, principalmente quando se fala de processos eletrônicos, em que as atividades mecânicas de juntada de petição, numeração de páginas processuais e arquivamento de processo são feitas automaticamente pelo sistema de informática do Judiciário.
Isso foi possível por causa da valorização do salário dos últimos doze anos garantindo devolução de perdas inflacionárias históricas e atratividade de novos pretendentes aos cargos públicos e manutenção daqueles servidores que estavam nos cargos. A aprovação do Plano de Cargos e Salários que previa pagamento de adicional por especialização também contribuiu para o incentivo à especialização dos funcionários e para a manutenção dos mesmos em seus cargos até o momento. Então, observem, a política de recursos humanos implementada até agora pelo STF e Tribunais Superiores, que inclui política remuneratória e gestão de carreira, foi importante para a manutenção e aperfeiçoamento dos serviços prestados à população até o momento, inclusive com aumento de produção e solução de processos por todo o Brasil. Noblat não comentou isso.
Entretanto, hoje esses bons servidores têm em 14 carreiras públicas, em relação a cargos que desenvolvem atribuições análogas às suas, oportunidades de carreiras que pagam até 50% a mais do que lhes é pago... veja a coincidência dos números.. o que também não chamou a atenção (e o que, afinal, chama?.. rsrs) do conhecedor de causas públicas, Noblat. E por esse motivo o Supremo Tribunal Federal e Tribunais Superiores pedem aumento de 50% para seus funcionários: para que haja isonomia salarial entre diversas carreiras públicas e o Judiciário pare de perder funcionários para carreiras do Executivo e do Legislativo. Noblat não lhe informou, mas há casos de pessoas que passam para o concurso de analista e técnico do STF, Tribunais Superiores e para todo o Judiciário da União e se negam a tomar posse porque já estão passando para outro concurso que paga mais. E nesse processo - entre ser chamado, não tomar posse e chamar outro candidato -, por vezes o prazo do concurso expira e é necessário fazer outro concurso, tendo o Judiciário que ficar sem a vaga preenchida por todo esse tempo, o que repercute em morosidade de prestação de serviço de distribuição de Justiça. Não é só muito recurso que atrasa processo. Pouco servidor também atrasa solução de processos, sabia, Noblat?
É por isso que mesmo cortando na carne do Orçamento do Judiciário, criando risco para reajustes dos Juízes, é que estes apresentaram proposta de aumento aos seus servidores. E aqui entramos em outro tema pincelado lá em cima neste artigo. Noblat comentou que o aumento proposto e defendido pelo Lewandowski vai contra o Ajuste Orçamentário pretendido por Dilma. Eu sei que Noblat não fez Faculdade de Direito. Nem sei sua formação. Mas Direito não fez. Mas, como jornalista, deveria saber que, a despeito de a história do País não chancelar a independência financeira do Poder Judiciártio perante os demais Poderes da República na prática, ao menos deveria ser defendido pelos jornalistas e por nós cidadãos que essa autonomia ocorresse, para que a institucionalidade democrática e republicana evolua em nosso País.
Noblat, o ajuste orçamentário que a Dilma, Chefe do Poder Executivo, pretende não pode ser feito em cima de verbas do Orçamento do Judiciário! Não sei se é grego para você o que escrevo. O que é exigível do Judiciário é que de seu orçamento de 6% o Orçamento da União faça o próprio Judiciário o superávit de 1,2%, compreende? Assim, se o Judiciário gastar 98,8% dos 6% que lhe são destinados por determinação da Constituição da República (e não pela Dilma, veja bem..), significa que o Judiciário fez sua parte. O Judiciário não pode parar ou deixar de gerir seu corpo de funcionários para que o Executivo gaste o dinheiro do Judiciário em outra coisa, mesmo que seja em Bolsa Família, porque essa não é a finalidade dos valores disponíveis ao Judiciário pela Constituição de 1988. Enquanto o Executivo tem seus gastos e investimentos a fazer, o Judiciário tem os deles, muito diferentes e igualmente importantes para a população que são criar Varas, Tribunais, informatizar processos, contratar servidores e Juízes e mantê-los interessados em suas carreiras e estimulados a alcançar metas.
Então, são importantes essas informações públicas a que você, leitor, deveria ter tido acesso para entender o porquê de os Magistrados estarem defendendo aumento de salário para seus servidores. Mas Noblat não fez isso para você. É mais fácil fazer a comparação falaciosa de que a necessidade de mais salário é para todos e para o cidadão simples que ganha menos do que o servidor do Judiciário também seria necessário tais aumentos. Mas, Noblat, primeiro, o cidadão simples não tem a média de educação do servidor do Judiciário, por isso ganha menos... e o Judicário não pode contar com esse cidadão simples para resolver e dar andamento a processos judiciais muitas vezes de alta complexidade. A comparação é rastereira, ignóbil, pueril e para mim, desprestigiosa do servidor do Judiciário, além de apartada das causas nobres e da necessidade do Judiciário para prestar seus serviços ao País, além de minimizar princípios democráticos e republicanos da independência e separação (incluindo a orçamentária) do Judiciário perante o Executivo.
Como sempre, triste manifestação superficial de Noblat, que seria ignorável se não chegasse ao cúmulo de criar desinformação em massa sobre tema crucial para a gestão do Judicário e para a defesa de sua independência em face do Executivo. Que ele seja mais feliz nos próximos artigos... mas isso é algo do que duvidamos muito, infelizmente.
P.s. de 20/05/2015 - Texto revisado.
Noblat criticou que Lewandowski esteja defendendo o aumento dos analistas e técnicos do Judiciário da União, porque segundo Noblat em seu "profundo" artigo: "O Poder Judiciário não é famoso por pagar mal. Pelo contrário. Paga bem, oferece benefícios diretos e indiretos e segurança no emprego." Noblat também disse que que o aumento querido pelo Lewandowski vai contra o ajuste fiscal pretendido pela Dilma. E que tem impacto de 25 bilhões, que sabemos ser de acordo com cálculos do Ministério do Planejamento, leia-se Nelson Barbosa. Acesse a íntegra do artigo em http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2015/05/lewandowski-e-conta-do-supermercado.html
Primeiramente, o impacto seria de 10 bilhões de reais, ao final da implantação do aumento, sendo que no ano de 2015, seria de 1,5 bilhão, já que o aumento seria parcelado, segundo os cálculos do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais do Rio de Janeiro, do qual integro a mesa diretora. Este estudo foi o que embasou a proposta apresentada pelo Supremo Trinual Federal, após as análises do próprio STF sobre o tema.
Em segundo lugar, observe, o Noblat não perguntou o porquê de Juízes estarem preocupados em conceder aumentos aos servidores com o mesmo dinheiro do Orçamento do Judiciário (é sabido queo pior da ignorância é nem mesmo ter dúvidas), mesmo sabendo que, ao aumentar valores para servidores, diminui dinheiro disponível para Juízes. Sim, porque Noblat, o iluminado, nem sequer deve saber que o Orçamento do Judiciário nada tem a ver com o Orçamento do Executivo. A independência dos Poderes depende da independência orçamentária que na prática ainda não existe, mas já foi objeto de reclamação de vários Presidentes do STF e também o é do atual Presidente Lewandowski. Voltaremos a questão.
Mas então, por que o altruísmo dos Juízes? Senhores, pelo simples fato de que o nível dos servidores do Judiciário é alto. No Rio de Janeiro, a classe de analistas no Judiciário da União conta com 75% a 90% de seus quadros com pós-graduação, dependendo da Justiça de que falamos (Militar, Eleitoral, Federal ou Trabalhista). O quadro dos técnicos, que deveriam ter somente segundo grau e desenvolver atribuições simples de apoio, conta com quase 100% de pessoas formadas e em torno de 50% de pessoas pós-graduadas. E suas atribuições atuais estão totalmente incompatíveis com a realidade e cada vez mais desenvolvem atividades mais complexas e intelectuais, principalmente quando se fala de processos eletrônicos, em que as atividades mecânicas de juntada de petição, numeração de páginas processuais e arquivamento de processo são feitas automaticamente pelo sistema de informática do Judiciário.
Isso foi possível por causa da valorização do salário dos últimos doze anos garantindo devolução de perdas inflacionárias históricas e atratividade de novos pretendentes aos cargos públicos e manutenção daqueles servidores que estavam nos cargos. A aprovação do Plano de Cargos e Salários que previa pagamento de adicional por especialização também contribuiu para o incentivo à especialização dos funcionários e para a manutenção dos mesmos em seus cargos até o momento. Então, observem, a política de recursos humanos implementada até agora pelo STF e Tribunais Superiores, que inclui política remuneratória e gestão de carreira, foi importante para a manutenção e aperfeiçoamento dos serviços prestados à população até o momento, inclusive com aumento de produção e solução de processos por todo o Brasil. Noblat não comentou isso.
Entretanto, hoje esses bons servidores têm em 14 carreiras públicas, em relação a cargos que desenvolvem atribuições análogas às suas, oportunidades de carreiras que pagam até 50% a mais do que lhes é pago... veja a coincidência dos números.. o que também não chamou a atenção (e o que, afinal, chama?.. rsrs) do conhecedor de causas públicas, Noblat. E por esse motivo o Supremo Tribunal Federal e Tribunais Superiores pedem aumento de 50% para seus funcionários: para que haja isonomia salarial entre diversas carreiras públicas e o Judiciário pare de perder funcionários para carreiras do Executivo e do Legislativo. Noblat não lhe informou, mas há casos de pessoas que passam para o concurso de analista e técnico do STF, Tribunais Superiores e para todo o Judiciário da União e se negam a tomar posse porque já estão passando para outro concurso que paga mais. E nesse processo - entre ser chamado, não tomar posse e chamar outro candidato -, por vezes o prazo do concurso expira e é necessário fazer outro concurso, tendo o Judiciário que ficar sem a vaga preenchida por todo esse tempo, o que repercute em morosidade de prestação de serviço de distribuição de Justiça. Não é só muito recurso que atrasa processo. Pouco servidor também atrasa solução de processos, sabia, Noblat?
É por isso que mesmo cortando na carne do Orçamento do Judiciário, criando risco para reajustes dos Juízes, é que estes apresentaram proposta de aumento aos seus servidores. E aqui entramos em outro tema pincelado lá em cima neste artigo. Noblat comentou que o aumento proposto e defendido pelo Lewandowski vai contra o Ajuste Orçamentário pretendido por Dilma. Eu sei que Noblat não fez Faculdade de Direito. Nem sei sua formação. Mas Direito não fez. Mas, como jornalista, deveria saber que, a despeito de a história do País não chancelar a independência financeira do Poder Judiciártio perante os demais Poderes da República na prática, ao menos deveria ser defendido pelos jornalistas e por nós cidadãos que essa autonomia ocorresse, para que a institucionalidade democrática e republicana evolua em nosso País.
Noblat, o ajuste orçamentário que a Dilma, Chefe do Poder Executivo, pretende não pode ser feito em cima de verbas do Orçamento do Judiciário! Não sei se é grego para você o que escrevo. O que é exigível do Judiciário é que de seu orçamento de 6% o Orçamento da União faça o próprio Judiciário o superávit de 1,2%, compreende? Assim, se o Judiciário gastar 98,8% dos 6% que lhe são destinados por determinação da Constituição da República (e não pela Dilma, veja bem..), significa que o Judiciário fez sua parte. O Judiciário não pode parar ou deixar de gerir seu corpo de funcionários para que o Executivo gaste o dinheiro do Judiciário em outra coisa, mesmo que seja em Bolsa Família, porque essa não é a finalidade dos valores disponíveis ao Judiciário pela Constituição de 1988. Enquanto o Executivo tem seus gastos e investimentos a fazer, o Judiciário tem os deles, muito diferentes e igualmente importantes para a população que são criar Varas, Tribunais, informatizar processos, contratar servidores e Juízes e mantê-los interessados em suas carreiras e estimulados a alcançar metas.
Então, são importantes essas informações públicas a que você, leitor, deveria ter tido acesso para entender o porquê de os Magistrados estarem defendendo aumento de salário para seus servidores. Mas Noblat não fez isso para você. É mais fácil fazer a comparação falaciosa de que a necessidade de mais salário é para todos e para o cidadão simples que ganha menos do que o servidor do Judiciário também seria necessário tais aumentos. Mas, Noblat, primeiro, o cidadão simples não tem a média de educação do servidor do Judiciário, por isso ganha menos... e o Judicário não pode contar com esse cidadão simples para resolver e dar andamento a processos judiciais muitas vezes de alta complexidade. A comparação é rastereira, ignóbil, pueril e para mim, desprestigiosa do servidor do Judiciário, além de apartada das causas nobres e da necessidade do Judiciário para prestar seus serviços ao País, além de minimizar princípios democráticos e republicanos da independência e separação (incluindo a orçamentária) do Judiciário perante o Executivo.
Como sempre, triste manifestação superficial de Noblat, que seria ignorável se não chegasse ao cúmulo de criar desinformação em massa sobre tema crucial para a gestão do Judicário e para a defesa de sua independência em face do Executivo. Que ele seja mais feliz nos próximos artigos... mas isso é algo do que duvidamos muito, infelizmente.
P.s. de 20/05/2015 - Texto revisado.
terça-feira, 19 de maio de 2015
Ferrovia Transoceânica x Canal do Panamá: Brasil, Peru e China se independem mais um pouco dos EUA
Senhores, impressionantemente a grande mídia mal fala no assunto. Houve uma publicação na Folha de São Paulo há uns cinco dias a uma semana e ponto. Entretanto, o tema é gigantescamente importante.
O Brasil fechou com a China e Peru termo para financiamento de uma ferrovia que ligará um Porto no Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e desembocando no Peru.Isso ligará o Atlântico ao Pacífico e será direto concorrente do Canal do Panamá, mudando a geo-política mundial em dimensões semelhantes ao que o Banco dos Brics fez com o FMI e Banco Mundial e também com o que a linha de transmissão de dados e voz que foi acordada para ligar diretamente o Brasil e a Europa fez com a exclusividade norteamericana na cessão de seu único cabo de transmissão de dados que ligava a América do Sul à Europa e ao mundo e vice-versa.
Os jornais não contam as alterações que o mundo está sofrendo mas nós fazemos isso para você. O Banco dos Brics foi criado porque na crise mundial de 2008 EUA e Europa, sem dinheiro, pediram para que os Brics, que estavam muito bem, colocassem dinheiro no FMI para que pudessem ser emprestados para suas economia, e assim ajudar a economia mundial. Brasil, Índia e Rússia aceitaram em botar 10 bilhões de dólares cada. China aceitou em botar 30 bilhões de dólares e a África do Sul colocaria entre 5 e 7 bilhões de dólares. Entretanto, em reunião entre si, os Brics decidiram exigir que em troca de mais valores investidos suas cotas fossem aumentadas e que seu direito a voto fosse respeitado na proporção dos valores que investiram além dos que já tinham investido. Adivinhem.. EUA e Europa negaram o direito a aumento de poder de voto. Rsrsrsrsrs. Assim, tendo se mobilizado a dispor de tais valores, os Brics reuniram-se e resolveram criar um banco para si próprios, em que respeitariam entre si a proportção de voto em relação ao valor aplicado. Assim se criou o Banco dos Brics e o FMI e Banco Mundial, EUA e Europa agora têm um concorrente mundial para financiamentos de desenvolvimento de economias mais fracas. O Banco dos Brics financiará e ajudará a expansão de exportação de produtos e serviços dos Brics em contraposição com o que o FMI e o Banco Mundial fazem com indústrias, empresas e bancos europeus, japoneses e norte-americanos.
A Ferrovia Transoceânica vem nesse contexto de mais independência, desenvoltura e poder de realização dos Brics. Como ação que há muito é interesse do Brasil, cortar o país de leste a oeste para escoar produção agrícola do interior do Centro-Oeste brasileiro, o Brasil conseguiu a promessa de financiamento dessa ferrovia pela China e finalmente o projeto fica viável. Além de ajudar na concretização do objetivo do Unasul e do Mercosul de expandir e integrar a logística da América do Sul e dar competitividadde à produção agrícola nacional, esta ferrovia enconotrou o interesse chinês de se ver independente dos EUA para alimentar 1,3 bilhão de chineses, além de obter uma opção de escoar seus produtos para a América do Sul ou para a Europa sem depender da autorização dos EUA em dar passagem pelo Canal do Panamá. Brasil, Peru, China e ao final, toda a América do Sul no entorno da ferrovia, em especial, se beneficiará desse acesso de um oceano ao outro, enriquecendo os locais por onde a ferrovia passar, criando novo corredor de riqueza e escoamento de produtos, ampliando a conectividade logística do Brasil com o mundo e de forma totalmente independente e provavelmente mais barata em va´rias hipóteses do que em relação ao uso do Canal do Panamá, tirando essa exclusividade que os EUA tinha na ligação entre os dois oceanos.
Agora te pergunto. Isso não é gigantescamente importante? Isso não é relevante ao País? Então por que o silêncio da grande mídia sobre o tema?!?! A Ferrovia custará em torno de R$30 bilhões. Vários trechos serão licitados e todos continuado o traçado que já está sendo finalizado da ferrovia brasileira Leste-Oeste. O problema será passar pelos Andes.
O Brasil fechou com a China e Peru termo para financiamento de uma ferrovia que ligará um Porto no Rio de Janeiro, passando por Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso e desembocando no Peru.Isso ligará o Atlântico ao Pacífico e será direto concorrente do Canal do Panamá, mudando a geo-política mundial em dimensões semelhantes ao que o Banco dos Brics fez com o FMI e Banco Mundial e também com o que a linha de transmissão de dados e voz que foi acordada para ligar diretamente o Brasil e a Europa fez com a exclusividade norteamericana na cessão de seu único cabo de transmissão de dados que ligava a América do Sul à Europa e ao mundo e vice-versa.
Os jornais não contam as alterações que o mundo está sofrendo mas nós fazemos isso para você. O Banco dos Brics foi criado porque na crise mundial de 2008 EUA e Europa, sem dinheiro, pediram para que os Brics, que estavam muito bem, colocassem dinheiro no FMI para que pudessem ser emprestados para suas economia, e assim ajudar a economia mundial. Brasil, Índia e Rússia aceitaram em botar 10 bilhões de dólares cada. China aceitou em botar 30 bilhões de dólares e a África do Sul colocaria entre 5 e 7 bilhões de dólares. Entretanto, em reunião entre si, os Brics decidiram exigir que em troca de mais valores investidos suas cotas fossem aumentadas e que seu direito a voto fosse respeitado na proporção dos valores que investiram além dos que já tinham investido. Adivinhem.. EUA e Europa negaram o direito a aumento de poder de voto. Rsrsrsrsrs. Assim, tendo se mobilizado a dispor de tais valores, os Brics reuniram-se e resolveram criar um banco para si próprios, em que respeitariam entre si a proportção de voto em relação ao valor aplicado. Assim se criou o Banco dos Brics e o FMI e Banco Mundial, EUA e Europa agora têm um concorrente mundial para financiamentos de desenvolvimento de economias mais fracas. O Banco dos Brics financiará e ajudará a expansão de exportação de produtos e serviços dos Brics em contraposição com o que o FMI e o Banco Mundial fazem com indústrias, empresas e bancos europeus, japoneses e norte-americanos.
A Ferrovia Transoceânica vem nesse contexto de mais independência, desenvoltura e poder de realização dos Brics. Como ação que há muito é interesse do Brasil, cortar o país de leste a oeste para escoar produção agrícola do interior do Centro-Oeste brasileiro, o Brasil conseguiu a promessa de financiamento dessa ferrovia pela China e finalmente o projeto fica viável. Além de ajudar na concretização do objetivo do Unasul e do Mercosul de expandir e integrar a logística da América do Sul e dar competitividadde à produção agrícola nacional, esta ferrovia enconotrou o interesse chinês de se ver independente dos EUA para alimentar 1,3 bilhão de chineses, além de obter uma opção de escoar seus produtos para a América do Sul ou para a Europa sem depender da autorização dos EUA em dar passagem pelo Canal do Panamá. Brasil, Peru, China e ao final, toda a América do Sul no entorno da ferrovia, em especial, se beneficiará desse acesso de um oceano ao outro, enriquecendo os locais por onde a ferrovia passar, criando novo corredor de riqueza e escoamento de produtos, ampliando a conectividade logística do Brasil com o mundo e de forma totalmente independente e provavelmente mais barata em va´rias hipóteses do que em relação ao uso do Canal do Panamá, tirando essa exclusividade que os EUA tinha na ligação entre os dois oceanos.
Agora te pergunto. Isso não é gigantescamente importante? Isso não é relevante ao País? Então por que o silêncio da grande mídia sobre o tema?!?! A Ferrovia custará em torno de R$30 bilhões. Vários trechos serão licitados e todos continuado o traçado que já está sendo finalizado da ferrovia brasileira Leste-Oeste. O problema será passar pelos Andes.
quinta-feira, 14 de maio de 2015
A Nova Política Econômica Internacional Chinesa, publicada por Blog Theotonio dos Santos
Pessoal, importante termos acesso a novas idéias e que, segundo o nosso Blog Perspectiva Crítica, correspondem a uma realidade que a nossa grande mídia não pode publicar, sob pnea de enfraquecer ums perspectiva de uma realidade eurocentrista e americanocentrista que nõa mais corresponde à relidade em qualqeur dimensão.
Estamos devendo a vocês uma pauta de temas que será apresentada nesses próximos dias.
Por enquanto, fiquem com essa ótima transcrição de um artigo moderno, que toca em tema totalmente real e atual e cujo conteúdo, assim como o dos artigos deste Blog, não é foco da pauta da grande mídia brasileira, para nosso infortúnio e nossa perda de qualidade informativa e noção da dimensão real do espaço e ambiente econômico, sociais e políticos mundiais.
A China está avançando sobre o mundo e está criando uma concorrência com os EUA e Europa que cria ambiente de maior liberdade fiannceira, econômica e, pasmem, política para os países que antes estavam mais ou menos subjulgados pela trilateral EUA-Europa-Japão. Nós, o Brasil, fazemos parte deste protagonismo, participando da criação do G-20, dos BRICS e do Banco dos Brics, bem como não admitindo que acordos de abertura e liberade comercial se dêem conosco com exclusivas benesses aos países até hoje hegemônicos (EUA-Europa-Japão).
Incrível como até agora a grande mídia brasileira pouco falou do Projeto da Ferrovia Transoceânica que será financiada em grande parte pela China e atravessará o Brasil e o Peru, ligando o Oceano Atlântico ao Pacífico, criando um canal de escoamento para produtos agrícolas e manufaturados brasileiros e da América Latina em um corredor que concorrerá com o Canal do Panamá que é administrado pelos EUA.
Também não dá, nossa grande mídia, a devida dimensão para a concorrência que o Banco dos Brics pode criar ao FMI e ao Banco Mundial, colocando o Brasil, China, Rússia, ìndia e Àfrica do Sul em mesma posição dos EUA-Europa-Japão no ambiente econômico mundial, em parâmetro de financiamtneo de exportaçõ de bens e serviços a todo o mundo e em parâmetro de perspectiva de cresciumento e fortalecimento econ^micos desses países de forma totalmente autônoma em relação ao grupo antigamente hegemonicamente incontestável, EUA-Europa-Japão.
Também os EUA perderá a hegemonia na circulção de informação via internet, pois a seu cabo de transmissão de dados que unia o mundo através da Europa, será construído um anla paralelo entre Brasil e Europa, depois da gafe internacional dos EUA em ser flagrado e denunciado por Edward Snowden, herói internacional, espionando civis, militares e governos aliados dos EUA, americanos e todo o mundo através de grampos e programas e escutas e sua rede de transmissão internacional de dados.
Nada disso chega devidamente a você, senão por nós do Blog Perspectiva Crítica e pela Mídia Social. A Grande Mídia brasileira continua refém de um sistema que está se enfraquecendo e esperamos que em breve e cada vez mais ela possa se libertar desses grilhões do eurocentrismo e americanofilismo desmedido e possa contribuir para analisarmos um mundo realque existe e se impõe e que tem reflexos importantes para o futuro do nosso país e de nossa civilização: o Brasil.
Abaixo trancrevo o artigo publicado no Blog Theotonio dos Santos que ajuda a você, leitor, a entender o que de fato ocorre no mundo atual e lhe é sonegado pela grande mídia. Boa leitura.
"A NOVA POLÍTICA ECONÔMICA INTERNACIONAL CHINESA
Também é muito clara a diferença entre um EUA cercado de uma Europa destruída, uma Ásia gravemente afetada por guerras locais e uma África e uma América Latina timidamente expostas a buscar caminhos próprios. Para consolidar sua posição de domínio a classe dominante desse país busca criar um inimigo mundial que lhe permita consolidar sua influência e da inicio à Guerra Fria, colocando em questão grande parte dos acordos estabelecidos com a União Soviética, Nação vencedora da Segunda Guerra Mundial, mas combalida pela perda de mais de 27 milhões dos cidadãos.
O destino dessas classes dominantes é o mesmo das oligarquias latino americanas que tentaram manter – se sobre o domínio espanhol e português ou mesmo do sul dos EUA, que tentou impedir o avanço do norte numa guerra civil de 2 milhões de mortos que os derrotou na base mesmo de seu poder que era o regime escravista com aspirações de livre mercado tentando impedir ao norte a imposição sobre o sul com suas tarifas dos seus produtos industriais. O livre cambismo do sul sofreu uma derrota definitiva na guerra civil dos EUA, que a partir do seu protecionismo até hoje tão violento conseguiram impor o desenvolvimento econômico dos EUA.
Estamos devendo a vocês uma pauta de temas que será apresentada nesses próximos dias.
Por enquanto, fiquem com essa ótima transcrição de um artigo moderno, que toca em tema totalmente real e atual e cujo conteúdo, assim como o dos artigos deste Blog, não é foco da pauta da grande mídia brasileira, para nosso infortúnio e nossa perda de qualidade informativa e noção da dimensão real do espaço e ambiente econômico, sociais e políticos mundiais.
A China está avançando sobre o mundo e está criando uma concorrência com os EUA e Europa que cria ambiente de maior liberdade fiannceira, econômica e, pasmem, política para os países que antes estavam mais ou menos subjulgados pela trilateral EUA-Europa-Japão. Nós, o Brasil, fazemos parte deste protagonismo, participando da criação do G-20, dos BRICS e do Banco dos Brics, bem como não admitindo que acordos de abertura e liberade comercial se dêem conosco com exclusivas benesses aos países até hoje hegemônicos (EUA-Europa-Japão).
Incrível como até agora a grande mídia brasileira pouco falou do Projeto da Ferrovia Transoceânica que será financiada em grande parte pela China e atravessará o Brasil e o Peru, ligando o Oceano Atlântico ao Pacífico, criando um canal de escoamento para produtos agrícolas e manufaturados brasileiros e da América Latina em um corredor que concorrerá com o Canal do Panamá que é administrado pelos EUA.
Também não dá, nossa grande mídia, a devida dimensão para a concorrência que o Banco dos Brics pode criar ao FMI e ao Banco Mundial, colocando o Brasil, China, Rússia, ìndia e Àfrica do Sul em mesma posição dos EUA-Europa-Japão no ambiente econômico mundial, em parâmetro de financiamtneo de exportaçõ de bens e serviços a todo o mundo e em parâmetro de perspectiva de cresciumento e fortalecimento econ^micos desses países de forma totalmente autônoma em relação ao grupo antigamente hegemonicamente incontestável, EUA-Europa-Japão.
Também os EUA perderá a hegemonia na circulção de informação via internet, pois a seu cabo de transmissão de dados que unia o mundo através da Europa, será construído um anla paralelo entre Brasil e Europa, depois da gafe internacional dos EUA em ser flagrado e denunciado por Edward Snowden, herói internacional, espionando civis, militares e governos aliados dos EUA, americanos e todo o mundo através de grampos e programas e escutas e sua rede de transmissão internacional de dados.
Nada disso chega devidamente a você, senão por nós do Blog Perspectiva Crítica e pela Mídia Social. A Grande Mídia brasileira continua refém de um sistema que está se enfraquecendo e esperamos que em breve e cada vez mais ela possa se libertar desses grilhões do eurocentrismo e americanofilismo desmedido e possa contribuir para analisarmos um mundo realque existe e se impõe e que tem reflexos importantes para o futuro do nosso país e de nossa civilização: o Brasil.
Abaixo trancrevo o artigo publicado no Blog Theotonio dos Santos que ajuda a você, leitor, a entender o que de fato ocorre no mundo atual e lhe é sonegado pela grande mídia. Boa leitura.
"A NOVA POLÍTICA ECONÔMICA INTERNACIONAL CHINESA
Nos últimos dois anos o Partido Comunista da China assumiu as responsabilidades crescentes de sua atuação mundial. Até dois anos atrás a China buscou evitar o máximo possível uma intervenção na situação política e econômica mundial. Contudo, dois fatores a obrigam a rever essa posição. Em primeiro lugar, os EUA, seu Governo e grande parte de sua opinião pública acreditam que pode bancar o mesmo nível de intervenção que tiveram ou aspiraram a ter desde o final da Segunda Guerra Mundial. Em consequência vem provocando situações políticas e econômicas totalmente arbitrárias, subjetivas, que provocam graves repercussões em grande parte do planeta. Particularmente no plano econômico devemos destacar a diferença entre um EUA que sai da Segundo Guerra Mundial com 47% da economia mundial e os EUA atual que representa cerca de 15% do PIB do Mundo.
Também é muito clara a diferença entre um EUA cercado de uma Europa destruída, uma Ásia gravemente afetada por guerras locais e uma África e uma América Latina timidamente expostas a buscar caminhos próprios. Para consolidar sua posição de domínio a classe dominante desse país busca criar um inimigo mundial que lhe permita consolidar sua influência e da inicio à Guerra Fria, colocando em questão grande parte dos acordos estabelecidos com a União Soviética, Nação vencedora da Segunda Guerra Mundial, mas combalida pela perda de mais de 27 milhões dos cidadãos.
Ao mesmo tempo o EUA se vê atraído para um projeto de suceder as potências coloniais europeias diante de um grande movimento nacional democrático mundial anti – colonial e anti – imperialista. Essa posição foi em parte bem sucedida no apoio a independência da Índia e o apoio ao Kuomintang, frente de forças políticas da China dirigidas por Chan Kai Chek. A política de Guerra Fria levou de imediato ao rompimento dessa frente quando o Exército Vermelho assumiu então o controle de toda China continental, cabendo as tropas de Chan Kai Chek refugiar – se na Ilha de Formosa com apoio dos EUA. De imediato como forma de combater a República Popular Chinesa, nascida desse confronto, as forças militares dos EUA interviram na Coreia para tentar assegurar o controle de todo o país, não conseguindo passar, contudo, do famoso paralelo 38, onde a Coreia do Norte apoiada pela China conseguiu impor – se e derrotar a invasão norte americana.
Em seguida os EUA se viu na necessidade de deter a revolução na Indochina, onde o Vietnã elegeu Ho Chi Min e as tropas francesas tentaram manter – se no poder tendo que recuar para o Vietnã do Sul depois da impressionante vitória dos vietcongues. O fracasso do colonialismo e a instabilidade do Vietnã do Sul levou os EUA a assumir a defesa dos governos impopulares desta aventura estatal chegando a colocar 500 mil homens e a mais alta tecnologia militar que os levou a derrota definitiva em 1973. Durante essas aventuras tão sangrentas os EUA continuo a lutar para suceder os regimes coloniais com uma política neocolonial apoiada sobretudo no plano econômico pelo FMI e o Banco Mundial que haviam sido criados no pós– guerra e colocados a serviço dessa política neocolonial. O custo de todas essas aventuras militares, particularmente da confrontação direta com a União Soviética, criou um grave problema fiscal nos EUA que agravou a perda de vigor da economia deste país ao ponto de ter que recorrer a um calote mundial ao abandonar o compromisso assumido depois da guerra de manter o dólar estável de acordo com o padrão ouro. Desde 1970 para cá, os EUA tem lutado para manter – se na liderança do Mundo sendo que na década de 1990 e 2000 se aventurou em guerras no Oriente Médio que levaram a perda de influência sobre o Iraque, depois de uma invasão com 150 mil homens, e, sem seguida, sobre o Afeganistão entrando em contradição com forças políticas locais que apontam para uma perda cada vez mais forte de influência sobre a principal zona de exploração de petróleo no Mundo.
Neste ínterim as grandes potências que se impuseram como Nações independentes começaram a dirigir sua própria economia com a forte direção de seus próprios Estados criados como resultado da sua independência dos poderes coloniais. Não é aqui o lugar para entrarmos em detalhe desse processo, mas assinalaríamos sobre tudo a Conferência de Bandung em 1955, na qual os dirigentes da China, da Índia, do Egito, da Indonésia, da Iugoslávia propuseram a sua própria visão do Mundo na qual prevalecia o questionamento da Guerra Fria, a política de paz, o desenvolvimento econômico e social e a capacitação de seus povos para a gestão de seus Estados Nacionais e com a forte afirmação de suas soberanias nacionais. Não é aqui o lugar também para também destacarmos as políticas que seguiram esses países, mas é necessário ter claro que a destruição dos Estados coloniais foi suficiente para assegurar – lhes a criação dos instrumentos políticos, ideológicos e econômicos que depois de muita luta vão se impondo contra as políticas neocoloniais e imperialistas. Dentro desse contexto é especialmente significativo a presença da China com 1 bilhão e 300 milhões de habitantes que vai ser chamada pelos EUA na década de 70 para dividi– la e separá – la totalmente da União Soviética. Foi um erro de cálculo, mas também uma necessidade econômica. A China deu ao movimento dos novos países industriais que se expandiram para os mercados dos EUA e da Europa não só o subsidio demográfico, como também civilizatório que a permitiu converter – se rapidamente e de maneira espetacular na principal potência do Mundo. É verdade que falta ainda muitos elementos econômicos, sociais, políticos e culturais, para ocupar plenamente essa condição. Mas sua taxa de crescimento de 10 a 8% ao ano lhe permite dobrar o seu PIB a cada 6 ou 7 anos, enquanto Europa e EUA veem limitados seus crescimentos a padrões de 1 ou 2% ao ano, no máximo, ficando para trás na corrida econômica mundial. Inclusive para sustentar seus padrões de consumo EUA e Europa recorreram recentemente ao endividamento combinado com deficit comercial e deficit fiscal gigantescos. Hoje os EUA tem uma dívida equivalente ao seu PIB, enquanto a Europa quase toda esta na mesma situação ou pior e, também, o Japão. Desta forma a trilateral que buscou rearticular os 3 continentes na década de 70 e 80 foram levados a uma evidente decadência, enquanto a Ásia, sobre a liderança da China, numa gigantesca economia em pleno desenvolvimento. Este desenvolvimento se expande para outras áreas do Mundo como a África e a América Latina trazendo uma poderosa demanda mundial para o chamado terceiro mundo e convertendo os ideais de Bandung nas forças mais dinâmicas para a condução do Planeta a sua sobrevivência e não ao holocausto nuclear e ambiental que nos impõe o domínio do imperialismo norte americano.
Se percorrermos as últimas “reflexões” da imprensa a serviço da produção de subsídios para as estratégias de poder mundiais, veríamos, por exemplo, o último número de Foreing Affairs no qual não só procura fazer um balanço da superioridade crescente da China na economia mundial, como se vê obrigado a autocriticar seu desprezo pelas mudanças estratégicas e geopolíticas em marcha a partir dessa nova situação mundial.
Além de buscar alento com previsões negativas sobre a capacidade da China de manter suas políticas de desenvolvimento se veem na necessidade, por exemplo, de chamar atenção para o impacto das relações entre China e Rússia no que Ivan Krastev e Mark Leonard chamam de “como Putin está desagregando a Aliança Atlântica”. Ao mesmo tempo vemos a surpresa diante das inovações financeiras trazidas pela China. Ou então o reconhecimento da crescente reestruturação estratégica mundial com a retomada da estrutura de poder econômico euro-asiática. Também é claro a sua apreensão diante do crescimento dos BRICS. O Banco dos BRICS, apesar de diminuir totalmente a importância do FMI e do Banco Mundial, é somente uma parte de uma estratégia de ação financeira. Os recursos que a China destina para a América Latina são suficientes para reestruturar totalmente essas economias permitindo que estejam afastadas definitivamente dos mecanismos de sub exploração de um EUA e Europa que devem mais do que produzem e que trabalham com ficções financeiras para retirar recursos das Nações exportadoras. É assim que de repente sabemos que a China destinará 53.3 bilhões de dólares a investimento no Brasil e busca converter em realidade a unificação dos Oceanos Atlântico e Pacífico, que transformaria o Brasil realmente em uma potência global. Mas se nós não tomamos em consideração o Banco da Ásia que já atraiu mais de 24 países da Europa, da Austrália e de outras regiões do Mundo podemos compreender quão absurda é a incapacidade da nossa classe dominante de aproveitar essas perspectivas históricas novas.
O destino dessas classes dominantes é o mesmo das oligarquias latino americanas que tentaram manter – se sobre o domínio espanhol e português ou mesmo do sul dos EUA, que tentou impedir o avanço do norte numa guerra civil de 2 milhões de mortos que os derrotou na base mesmo de seu poder que era o regime escravista com aspirações de livre mercado tentando impedir ao norte a imposição sobre o sul com suas tarifas dos seus produtos industriais. O livre cambismo do sul sofreu uma derrota definitiva na guerra civil dos EUA, que a partir do seu protecionismo até hoje tão violento conseguiram impor o desenvolvimento econômico dos EUA.
Para que nossos leitores possam conhecer análises mais realistas do que a nossa imprensa costuma apresentar, proponho a leitura do artigo sobre os limites da diplomacia econômica dos EUA publicado pela Alba Notícias e escrito por Humberto Mazzei, onde se pode ver as tentativas de adaptação dos EUA a essa nova situação mundial. Uma classe dominante que aceita submeter – se a essas imposições não tem muito futuro ..."
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