quarta-feira, 20 de maio de 2015

Crítica ao artigo "Lewandowski e a conta do supermercado", de Ricardo Noblat

Raramente esse Blog tem o Ricardo Noblat como sujeito de críticas e comentários. Por quê? Dificilmente apresenta argumentos profundos ou que denotam algum conhecimento maior sobre o que escreve. Suas intervenções são no máximo aquelas que se legitimam dentro de limites de argumentação que encontrarão boa acolhida no senso comum. Nada mais. Mas desta vez, como o tema sobre o qual resolveu discorrer é grave, e mais uma vez cometeu atrocidade informativa contra cidadãos e o Judiciário, temos que, por dever informativo, criticar o artigo e expor ao nosso leitor as razões do aumento que o Judiciário pretende para seus servidores em torno de 50% com o Projeto de Lei 7290.

Noblat criticou que Lewandowski esteja defendendo o aumento dos analistas e técnicos do Judiciário da União, porque segundo Noblat em seu "profundo" artigo: "O Poder Judiciário não é famoso por pagar mal. Pelo contrário. Paga bem, oferece benefícios diretos e indiretos e segurança no emprego." Noblat também disse que que o aumento querido pelo Lewandowski vai contra o ajuste fiscal pretendido pela Dilma. E que tem impacto de 25 bilhões, que sabemos ser de acordo com cálculos do Ministério do Planejamento, leia-se Nelson Barbosa. Acesse a íntegra do artigo em http://noblat.oglobo.globo.com/meus-textos/noticia/2015/05/lewandowski-e-conta-do-supermercado.html

Primeiramente, o impacto seria de 10 bilhões de reais, ao final da implantação do aumento, sendo que no ano de 2015, seria de 1,5 bilhão, já que o aumento seria parcelado, segundo os cálculos do Sindicato dos Servidores das Justiças Federais do Rio de Janeiro, do qual integro a mesa diretora. Este estudo foi o que embasou a proposta apresentada pelo Supremo Trinual Federal, após as análises do próprio STF sobre o tema.

Em segundo lugar, observe, o Noblat não perguntou o porquê de Juízes estarem preocupados em conceder aumentos aos servidores com o mesmo dinheiro do Orçamento do Judiciário (é sabido queo pior da ignorância é nem mesmo ter dúvidas), mesmo sabendo que, ao aumentar valores para servidores, diminui dinheiro disponível para Juízes. Sim, porque Noblat, o iluminado, nem sequer deve saber que o Orçamento do Judiciário nada tem a ver com o Orçamento do Executivo. A independência dos Poderes depende da independência orçamentária que na prática ainda não existe, mas já foi objeto de reclamação de vários Presidentes do STF e também o é do atual Presidente Lewandowski. Voltaremos a questão.

Mas então, por que o altruísmo dos Juízes? Senhores, pelo simples fato de que o nível dos servidores do Judiciário é alto. No Rio de Janeiro, a classe de analistas no Judiciário da União conta com 75% a 90% de seus quadros com pós-graduação, dependendo da Justiça de que falamos (Militar, Eleitoral, Federal ou Trabalhista). O quadro dos técnicos, que deveriam ter somente segundo grau e desenvolver atribuições simples de apoio, conta com quase 100% de pessoas formadas e em torno de 50% de pessoas pós-graduadas. E suas atribuições atuais estão totalmente incompatíveis com a realidade e cada vez mais desenvolvem atividades mais complexas e intelectuais, principalmente quando se fala de processos eletrônicos, em que as atividades mecânicas de juntada de petição, numeração de páginas processuais e arquivamento de processo são feitas automaticamente pelo sistema de informática do Judiciário.

Isso foi possível por causa da valorização do salário dos últimos doze anos garantindo devolução de perdas inflacionárias históricas e atratividade de novos pretendentes aos cargos públicos e manutenção daqueles servidores que estavam nos cargos. A aprovação do Plano de Cargos e Salários que previa pagamento de adicional por especialização também contribuiu para o incentivo à especialização dos funcionários e para a manutenção dos mesmos em seus cargos até o momento. Então, observem, a política de recursos humanos implementada até agora pelo STF e Tribunais Superiores, que inclui política remuneratória e gestão de carreira, foi importante para a manutenção e aperfeiçoamento dos serviços prestados à população até o momento, inclusive com aumento de produção e solução de processos por todo o Brasil. Noblat não comentou isso.

Entretanto, hoje esses bons servidores têm em 14 carreiras públicas, em relação a cargos que desenvolvem atribuições análogas às suas, oportunidades de carreiras que pagam até 50% a mais do que lhes é pago... veja a coincidência dos números.. o que também não chamou a atenção (e o que, afinal, chama?.. rsrs) do conhecedor de causas públicas, Noblat. E por esse motivo o Supremo Tribunal Federal e Tribunais Superiores pedem aumento de 50% para seus funcionários: para que haja isonomia salarial entre diversas carreiras públicas e o Judiciário pare de perder funcionários para carreiras do Executivo e do Legislativo. Noblat não lhe informou, mas há casos de pessoas que passam para o concurso de analista e técnico do STF, Tribunais Superiores e para todo o Judiciário da União e se negam a tomar posse porque já estão passando para outro concurso que paga mais. E nesse processo - entre ser chamado, não tomar posse e chamar outro candidato -, por vezes o prazo do concurso expira e é necessário fazer outro concurso, tendo o Judiciário que ficar sem a vaga preenchida por todo esse tempo, o que repercute em morosidade de prestação de serviço de distribuição de Justiça. Não é só muito recurso que atrasa processo. Pouco servidor também atrasa solução de processos, sabia, Noblat?

É por isso que mesmo cortando na carne do Orçamento do Judiciário, criando risco para reajustes dos Juízes, é que estes apresentaram proposta de aumento aos seus servidores. E aqui entramos em outro tema pincelado lá em cima neste artigo. Noblat comentou que o aumento proposto e defendido pelo Lewandowski vai contra o Ajuste Orçamentário pretendido por Dilma. Eu sei que Noblat não fez Faculdade de Direito. Nem sei sua formação. Mas Direito não fez. Mas, como jornalista, deveria saber que, a despeito de a história do País não chancelar a independência financeira do Poder Judiciártio perante os demais Poderes da República na prática, ao menos deveria ser defendido pelos jornalistas e por nós cidadãos que essa autonomia ocorresse, para que a institucionalidade democrática e republicana evolua em nosso País.

Noblat, o ajuste orçamentário que a Dilma, Chefe do Poder Executivo, pretende não pode ser feito em cima de verbas do Orçamento do Judiciário! Não sei se é grego para você o que escrevo. O que é exigível do Judiciário é que de seu orçamento de 6% o Orçamento da União faça o próprio Judiciário o superávit de 1,2%, compreende? Assim, se o Judiciário gastar 98,8% dos 6% que lhe são destinados por determinação da Constituição da República (e não pela Dilma, veja bem..), significa que o Judiciário fez sua parte. O Judiciário não pode parar ou deixar de gerir seu corpo de funcionários para que o Executivo gaste o dinheiro do Judiciário em outra coisa, mesmo que seja em Bolsa Família, porque essa não é a finalidade dos valores disponíveis ao Judiciário pela Constituição de 1988. Enquanto o Executivo tem seus gastos e investimentos a fazer, o Judiciário tem os deles, muito diferentes e igualmente importantes para a população que são criar Varas, Tribunais, informatizar processos, contratar servidores e Juízes e mantê-los interessados em suas carreiras e estimulados a alcançar metas.

Então, são importantes essas informações públicas a que você, leitor, deveria ter tido acesso para entender o porquê de os Magistrados estarem defendendo aumento de salário para seus servidores. Mas Noblat não fez isso para você. É mais fácil fazer a comparação falaciosa de que a necessidade de mais salário é para todos e para o cidadão simples que ganha menos do que o servidor do Judiciário também seria necessário tais aumentos. Mas, Noblat, primeiro, o cidadão simples não tem a média de educação do servidor do Judiciário, por isso ganha menos... e o Judicário não pode contar com esse cidadão simples para resolver e dar andamento a processos judiciais muitas vezes de alta complexidade. A comparação é rastereira, ignóbil, pueril e para mim, desprestigiosa do servidor do Judiciário, além de apartada das causas nobres e da necessidade do Judiciário para prestar seus serviços ao País, além de minimizar princípios democráticos e republicanos da independência e separação (incluindo a orçamentária) do Judiciário perante o Executivo.

Como sempre, triste manifestação superficial de Noblat, que seria ignorável se não chegasse ao cúmulo de criar desinformação em massa sobre tema crucial para a gestão do Judicário e para a defesa de sua independência em face do Executivo. Que ele seja mais feliz nos próximos artigos... mas isso é algo do que duvidamos muito, infelizmente.
P.s. de 20/05/2015 - Texto revisado.

5 comentários:

  1. Bom dia Mário. Quero te parabenizar pelas matérias. São sempre bem embasadas, e merecem reflexão. Li alguns dos teus textos que tratam sobre a quantidade e qualidade dos servidores públicos. Aprendi um pouco mais.
    Percebi o quanto você evoca o modelo europeu. E me veio logo a pergunta: "Esse cara entende de economia, e mais precisamente, de previdência, pra defender o defasado sistema europeu?" Acho que essa é a temática mais importante, uma vez que temos visto, e deveríamos estar aprendendo com os erros dos europeus no trato com sua previdência. Apenas eu estou vendo que boa parte da crise europeia se deve ao fato de os governos não poderem sustentar o modo de vida dos seus aposentados e servidores? Um outro aspecto quanto ao número ideal de servidores, no qual você aponta EUA tendo mais servidores que o Brasil, os 4% a mais de servidores que eles tem me parece ser condizente com o efetivo militar que tem 1 milhão a mais de servidores que nós.

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  2. Excelente intervenção ADSI CEFET-PE. Obrigado pelos elogios. O tema que você propõe é relacionado com o destes artigo numa perspectiva mais geral. Ok. Quanto a seus questionamentos. O trabalho de um Blog é igual ao trabalho de um jornal. O trabalho de um blogger é igual ao de um jornalista. Miriam Leitão é formada em Economia? Não. E Sardenberg? Em filosofia. Mas escrevem sobre economia, previdência, política. E não podem? Podem. Porque o jornalista não precisa defender tese de doutorado sobre os temas sobre os quais discorre. Ele deve ser hábil em dominar os fatos sobre os quais discorre e apresentá-los à sociedade co coesão lógica e com base em dados públicos verdadeiros e comprovados para que a sociedade debate o tema, os fatos e as implicações dos fatos, incluisive do raciocínio do jornalista e suas conclusões.

    Sua pergunta é legítima e me remete à obra de Michel Foucault intitulada " A Ordem do Discurso", na verdade uma publicação da aula Magna que ele proferiu ao entrar para a Ecole de Paris, em que ele critica o controle do discurso. Hoje, sob o argumento de que todos devem ser especialistas no que falam, organizações ricas como a grande mídia, instituições representantes de grandes corporações, podem se aproporiar da verdade através da apropriação da legitimidade do argumento por poderem organizar especialistas nas áreas que têm interesse e apresentar suas conclusões, devidamente equalizadas a seus interesses de corpo, talvez de forma facilitada através de uma reportagem ou uma entrevista efetuada por um jornalista, e isso dever ser tido como verdade pela sociedade.

    Então, veja, ADSI CEFET-PE (é uma pena que não possa te chamar por um nome apesar de você poder me chamar pelo meu), minhas credenciais estãos descritas no Blog. Eu leio as matérias sobre os temas que discorro há mais de 20 anos. SOu formado em Direito pela UFRJ e participei de mais de 30 seminários sobre os mais diversos temas, além de ter estudado as mecânicas jurídicas Previdenciária (que considera sua sustentabilidade) e um anos de economia na Faculdade de Direito, continuando a leitura por mim mesmo. Tenho, ao meu ver até mais propriedade para falar de economia e Previdência do que Sardenberg e Miriam.. rsrsrsrs. Políticos falam abertamente sobre econmia e previdência e alguns nem formados são. Eu ainda sou Diretor de um Sindicato que também debate esses temas e deve produzir peças técnicas para sustentar posições políticas perante os parlamentares e o governo para subsidiar suas exigências. Mas isso não é o importante.



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  3. (continuando)
    O importante é se a realidade dos fatos sobre os quais escrevo tem base e se minha lógica se sustenta. Caso contrário, você não teria se interessado sobre os artigos e nem mesmo teriam ocorrido os quase 160 mil acessos atuais em mais de 40 países.

    Meus dados têm fundamento em artigos de jornais, revistas e sites especializados, inclusive públicos, a que todos podem acessar, mas que, como você pode notar, acesso com o enfoque especial de compartilhar meus próprios raciocínios com os leitores. Como você disse, minhas matérias são sempre bem embasadas. Isso é que é importante. Mas qualquer um pode desenvolver seus próprios estudos sobre o tema que exponho e concluir diferente. O objetivo é esse. Acho difícil concluir muito diferente do que escrevo quando se pondera os elementos que exponho, e naturalmente por isso escrevi e concluí como expus.. rsrsrs.

    Mas os debates com leitores é maravilhoso e já gerou mais de dez artigos específicos para tratar das dúvidas. Elucidadas minhas credenciais.. rsrsrs, falarei da sua crítica: (a) o artigo defende um "sistema defasado europeu ' previdenciário que não foi sustentável a eles e EUA têm 4% a mais de servidores que parece ser do efetivo militar ("um milhão a mais de servidores do que nós").

    O sistema de previdÊncia e assistência social europeu não é defasado. É avançado, considerando avançado o sistema que dá mais assistência ao cidadão de forma sustentável, porque a lógica do Estado é diferente da lógica de uma empresa que pretnede lucros e aumento de lucros ano a ano, na minha perspectiva. Mas deve, como todos, passar por adpatações de sustentabilidade sempre, pois se a relação entre trabalhadores ativos/contribuintes e aposentados/beneficiados altera no tempo, os cálculos atuariais mudam (apesar de não os fazer.. rsrsrs) e a sustentabilidade do sistema deve mudar igualmente, aumentando-se benefícios em númeor e valor quando possível e aumentado-se contribuições ou diminuindo-se benefícios quando necessário.

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  4. (fim.. rsrsrs)
    Não é verdade, e já tratamos disso em outros artigos, que "boa parte da crise européia se deve ao fato de os governos não poderem sustentar o modo de vida de seus aposentados e servidores”. Confira a relação dívida/PIB (mesmo não sendo economista) da França, Alemanha e Inglaterra antes da crise de 2008. Todos estavam entre 35 e 50%, mas hoje estão acima de 85%. Para pertencer ao Mercado Comum Europeu os países tinham de ter 45% de relação dívida/PIB e 3% de déficit fiscal. Itália, Portugal e Grécia sempre estiveram fora dos parâmetros exigidos. Não existiam o sistema previdenciário, assistencial e servidores antes? O que mudou então a partir de 2008? O que ocorreu que transformou uma relação orçamentária e de bem–estar social sustentável para insustentável em dois anos? A falência de bancos americanos e europeus por causa da crise da dívida imobiliária com o uso de títulos subprime. Os bancos faliram e os governos para não os deixar falirem endividaram-se à razão de o dobro de sua relação dívida/PIB para que suas economias não falissem junto com os bancos. Acesse nossoa artigo de 2010 em http://www.perspectivacritica.com.br/2010/10/estado-do-bem-estar-social-europeu-e-o.html
    Isso prova que o sistema europeu previdenciário, assistencial e de servidores públicos é bom, dá mais para o europeu por imposto pago do que o brasileiro e isso para mim é eficiência (dar mais serviço público por imposto pago) e era plenamente sustentável antes da crise criada por irresponsabilidade de bancos em negociar com título de alto risco para as economias americana e européia.

    Respondido isso devo corrigir quanto aos EUA. Eles têm, segundo dados em torno do ano de 2010 e 2011, 47% (quarenta e sete pro cento) mais servidores/todos trabalhadores do que o Brasil. Não são somente 4% a mais. Acesse o artigo do Blog que demonstra que os países com maior IDH no mundo têm até três vezes mais servidores do que nós, com base em gráfico da OCDE. Acesse http://www.perspectivacritica.com.br/2014/08/ocde-comprova-paises-de-maior-idh-e.html

    70% da rede de faculdades americanas é pública, mas todas cobram para que o cidadão frequente. Os professores e médicos americanos ganham bem e têm estabilidade. Nem mesmo os EUA têm Estado Mínimo. Realmente têm muitos militares, mas não é isso que gera o aumento de 47% de servidores em relação a nós. E mesmo sem previdência pública, que eu saiba, a relação dívida/PIB deles é de mais de 100% e a nossa está em 63%. Os EUA teve de aumentar o teto de endividamento duas vezes, sob pena de dar calote e todos os seus credores internos e no mundo. Nós não chegamos nisso, nem de perto depois da implantação do real.
    Mesmo sem ser economista posso te dizer que EUA não é modelo para o Brasil em muita coisa, inclusive gestão de dívida pública e nem de garantia de qualidade de vida para seus cidadãos com Previdência Pública, Assistência Social eficiente, direitos trabalhistas e previdenciários assegurados a seus trabalhadores e Educação e Saúde pública gratuitas de qualidade por imposto pago. Isso existe eficientemente na Europa.

    E mais, a dívida americana chegou a esse descalabro depois das guerras decretadas pelo Bush pai e Filho. Portanto, a culpa do problema da dívida atual dos EUA também não foram os servidores que existiam antes da crise de 2008 e antes das guerras ao Iraque e ao Afeganistão, veja bem.. rsrsrsrs.

    Espero ter respondido, amigo. Continue suas pesquisas e seus comentários. A sua dúvida pode ser o de muitos leitores.

    Abs

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  5. Desculpe os erros de digitação.. respostas são menos elaboradas do que os artigos e com menos revisão. É mais informal mesmo, como uma conversa tem que ser.

    Uma correção inevitável devo fazer no terceiro parágrafo da segunda parte da resposta. Onde se lê: "(a) o artigo defende um "sistema defasado europeu ' previdenciário que não foi sustentável a eles e EUA têm 4% a mais de servidores que parece ser do efetivo militar ("um milhão a mais de servidores do que nós")", leia-se: "(a) o artigo defende um "sistema defasado europeu" previdenciário e de excesso de servidores que não foi sustentável a eles e (b) EUA têm 4% a mais de servidores que parece ser do efetivo militar ("um milhão a mais de servidores do que nós")."

    E na última parte da terceria resposta , a partir de "70% das faculdades..." creio não ter ficado claro meu ponto.. há muito serviço ppúblico nos EUA e por isso tÊm grande diferença de servidores em relação a nós. Dei as notícias para mostrar que 47% a mais de servidores do que nós não é só de militar. Há mais serviço público para os habitantes americanos. Mas lá há muito menos serviço público gratuito do que na Europa, portanto, o retorno do imposto do cidadão americano é pior ou menos eficiente ao cidadão americano que paga imposto por serviço público recebido gratuitamente do que o retorno em serviço público gratuito por imposto pago por um cidadão europeu.

    Para mim, não defensor do Estado Mínimo, os cidadãos devem exigir que o Estado preste o máximo possível de servilço público por imposto pago, desde que seja sustentável, como o é para os países nórdicos hoje mesmo, e como o foi para Alemanha, Frnaça e Inglaterra antes da crise de 2008.

    Grande abraço.

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