terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Queda de venda de imóveis em DF, MG, Bahia, SP e RJ em 2011

Como imaginávamos, há queda na venda de imóveis nas principais cidades do País, após dois anos de altas exorbitantes. A relação valor de imóvel e aluguel/renda do brasileiro extravazou. Lógico, como todos sabem.

Nós temos a nossa série de artigos sobre o tema, alertando para este fato desde junho de 2010, mas ainda se nega a existência de bolha. A diferença agora, entre os "especialistas" (rsrsrs) é que não se fala mais em valorização até as olimpíadas ou até a Copa de 2014, mas já se fala que este é o "momento de vender imóveis", que a relação entre preço de aluguel e imóveis e o nível de venda demonstra que se chegou no limite da capacidade de pagamento do brasileiro. Gênios..

Falar quando o fato se apresenta, amigos, não é, a meu ver, opinião de especialista, mas demonstrativo de que a pessoa tem equilíbrio mental e capacidade de constatar fatos presentes. Um periquito tem a mesma capacidade, desculpem-me.

Nós, o blog "bolhaimobiliariabrasilia", o blog "bolhaimobiliaria" e outros como o "pequeno investidor" analisamos a questão e antecipamos o fato há mais de um ano e meio.

Primeiro ocorre a diminuição de venda de unidades imobiliárias e depois haverá, como já há, queda no preço do imóvel e aluguel. Acabo de ver imóvel na Lagoa, dois quartos e garagem, piscina, sauna. Depois de meses pedindo R$3.850,00, acaba de baixar para R$3.500,00 o aluguel pedido. Caiu. Fui ver para compra na Tijuca. Quando apareço nas imobiliárias os vendedores arregalam os olhos. Não há venda. Todos torcem para que você compre. Eu estou com pena da classe de corretores, mas o mercado criou essa armadilha para eles. Não conheço nenhum corretor que ficou milionário nem soube disso, a não ser uma única publicação de uma revista de negócios (título mais ou menos assim "corretor de 100 milhões de reais" - por ter vendido esta soma).

Bem senhores, pincei artigos sobre o ano de 2011 sobre queda de imóveis, no google.

Selecionei os links abaixo:

http://www.cbic.org.br/sala-de-imprensa/noticia/especialistas-descartam-bolha-mas-preveem-queda-de-vendas-de-imoveis

http://noticias.r7.com/economia/noticias/venda-de-imoveis-novos-diminui-44-em-2011-20110613.html

http://www.dci.com.br/Queda-da-venda-de-imoveis-impacta-bancos-em-dois-anos-13-391680.html

http://www.zap.com.br/revista/imoveis/ultimas-noticias/venda-de-imoveis-usados-tem-queda-de-3131-20110803/


http://colunistas.ig.com.br/ricardogallo/2011/08/31/dados-de-junho-mostram-queda-na-venda-de-imoveis/

http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2011/09/26/imoveis-recuo-de-27-nos-financiamentos-pela-cef-leva-a-queda-nas-vendas-em-sp.jhtm

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2011/09/21/internas_economia,251775/vendas-de-imoveis-caem-30-5-na-capital-mineira.shtml

http://www.bahianoticias.com.br/principal/noticia/103107-queda-na-venda-de-imoveis-ainda-nao-afeta-credito.html

http://exame.abril.com.br/seu-dinheiro/imoveis/noticias/preco-dos-imoveis-vai-parar-de-subir-diz-maior-imobiliaria-do-mundo

http://www.pco.org.br/conoticias/ler_materia.php?mat=29459

http://www.bolhaimobiliaria.com/2011/09/26/imoveis-recuo-de-27-nos-financiamentos-pela-cef-leva-a-queda-nas-vendas-em-sp-uol-economia/#comment-26694


O único que não foi totalmente desfavorável ao mercado de imóveis em sua "notinha" de quatro linhas foi da imobiliária abaixo:

http://www.rizzoimobiliaria.com.br/pt-br/noticia/conformidade/queda-da-bolsa-ajuda-a-impulsionar-venda-de-imoveis-em-algumas-cidades/

Mas também não foi muito tranquilizador para quem resolveu especular com imóveis.. rsrsr

Realmente somente uma hecatombe econômica poderia voltar a puxar uma valorização imobiliária, mas a verdade é que os preços estão altos e ouro é mais líquido do que imóvel, assim como dólar. E a crise européia vem piorando durante todo 2011, sem reflexos de alta no preço de imóveis no Brasil. Vejo esgotamento de investimentos imobiliários, mesmo estrangeiros. Para mim, creio que, como defendido antes, a correção inicia em dezembro de 2011, e por todo o ano de 2012 e 2013.

Seguimos acompanhando.

p.s.: Não achei o artigo que já tinha lido e compartilho com vocês sobre o RJ. A jóia da coroa do RJ, Ipanema e Leblon, há uns dois meses atrás foram objeto do seguinte artigo de jornal com o título mais ou menos assim: "Queda de venda de imóveis no Leblon e em Ipanema chaga a 40%". Era evidente a menção a queda de unidade de imóveis e não a preço, ainda. Mas depois de queda de unidades, amigos, vem sempre a queda de preços, desculpem quem pensa o contrário. A confirmar.

p.s.2: Não deixe de ver o artigo recente do Blog da Miriam Leitão, noticiando pouso da economia chinesa e apontando para eventual bolha imobiliária naquele país em http://oglobo.globo.com/economia/miriam/posts/2011/12/13/analista-alerta-para-os-riscos-da-desaceleracao-da-china-421459.asp
Veja este trecho:
"Fernández alerta, no entanto, para os riscos que rondam a economia:
- O nível de crédito público na China é muito elevado e começa a haver suspeitas entre os investidores de que, talvez, uma bolha imobiliária esteja sendo criada. O preço das moradorias alcança níveis preocupantes; e a saúde do sistema financeiro também preocupa - afirma."

p.s. de 14/12/2011: As quedas menores ocorrerão, a meu ver, na Tijuca, São Conrado e Barra da Tijuca, já que estavam demasiadamente desvalorizados, tiveram melhoras (UPP e infra-estrutura para São Conrado e Tijuca) e ainda têm bom horizonte de melhoras estruturais por conta de investimentos públicos (metrô para Tijuca (mais uma estação), São Conrado e Barra da Tijuca e investimentos gerais de estrutura para Copa e Olimpíadas especialmente na Barra da Tijuca).

Curiosidade interessante: Análise da CUT sobre a situação econômica e sugestão de políticas a serem adotadas para o Brasil

Darei aqui acesso a uma comunicação de Resolução da CUT que me pareceu equilibrada e racional. Nõa me pareceu comunista nem raivosa e se assemelha com aquilo que eu prego, ao menos em 75% de toda a exposição, e é um exemplo do que uma organização profissional pode fazer pelo contribuinte individual, assim como a Febraban, CNI, CNC, FIESP, FIRJAN e Fetranspor faz pelos bancos, indústrias, comerciantes e pelas empresas de ônibus da RJ.

Precisamos de algo, alguma organização dos contribuintes individuais que façam o que a CUT faz por trabalhadores ou na verdade até nos aproximar do que já existe lá e ajudá-los a ver outros prismas sociais, até porque a maioria de contribuintes individuais é de trabalhadores da área privada e pública.

Enfim, darei acesso a essa análise que me pareceu boa, com a qual concordo em 75%, discordando em determinados pontos, tais como privatização de aeroportos (sou a favor, desde que o Estado não tenha valores para mantê-los e ampliá-los como a sociedade precisa.. e não tem), a ênfase em reforma agrária (muitos "sem terra" pegam a terra para especulação imobiliária e a vendem, além de que inclusão social deve ser pela educação, ainda mais hoje em dia em uma sociedade tecnológica) e outros pontos sobre os quais não cabe neste artigo digredir.

Mas quero que você tenha contato com esse texto para desmistificar o "bicho-papão" que é pregado sobre a imagem e prática da CUT. Sou diretor sindical e não sou da CUT. O meu Sindicato é afiliado à CUT e isso é interessante para a defesa dos interesses do Sindicato e seus sindicalizados, mas o mais importante é que vi que na prática a CUT age para os trabalhadores como Febraban, Fiesp, Firjan, CNI e CNC para bancos, industriais e comerciantes: analisa a economia e a política sob o prisma de seus representados, sugere ações e políticas que enriqueçam seus representados, sugere ações defensivas contra os outros grupos organizados que tentam empobrecer os representados da CUT e faz lobby a favor da realização da linha de atuação que define após análise técnica profissional dos interesses de seus representados.

Compartilho isso contigo. A CUT pode ser um grande aliado do contribuinte individual para aumentar sua participação no PIB brasileiro.

Vejam a análise da CUT no texto de sua última Resolução abaixo:


"Circ. EE 05015095073/2011/SG/CUT

São Paulo, 09 de dezembro de 2011.


Às

Estaduais da CUT, Estrutura Vertical e Entidades Filiadas.


Assunto: resolução de conjuntura aprovada pela Direção Nacional da CUT – reunião de 08 e 09 de dezembro de 2011.


RESOLUÇÃO POLÍTICA

A crise capitalista internacional, iniciada nos EUA em 2008, continua a se aprofundar e causa graves prejuízos para a classe trabalhadora. Isso acontece porque os governos, as instituições financeiras internacionais e o grande capital insistem em trilhar os mesmos caminhos que produziram a crise.


Mantém-se o privilégio ao mercado especulativo e políticas para preservar a estabilidade das bolsas de valores e dos chamados mercados – sem nenhum mecanismo de controle do sistema financeiro internacional; aprofunda-se a redução do déficit público com diminuição dos investimentos em políticas públicas, aplicam-se reformas da previdência e trabalhista para retirar direitos; reduz-se o papel do Estado e amplia-se a pilhagem do capital com as privatizações, o desemprego e o arrocho salarial.


Não aceitamos que no Brasil seja aplicado o mesmo tipo de política que, por exemplo, ataca empregos, salários e direitos em países da União Européia. Os/as trabalhadores/as não são responsáveis pela crise!


A Central Única dos Trabalhadores - CUT, desde o início desta crise, tem construído mobilizações e apresentado propostas para combatê-la. Já em 2009, quando parcelas do empresariado brasileiro, liderados pela FIESP, em conjunto com a Força Sindical e outras centrais e a velha mídia conservadora, se propuseram a defender a redução dos salários para uma suposta preservação dos empregos, a CUT rechaçou a proposta imediatamente, não aceitou o retrocesso e mobilizou sua militância para a luta, mostrou que o enfrentamento à crise se faz com a redução das taxas de juros, com maiores investimentos públicos e onde o Estado assuma seu papel indutor do crescimento e do desenvolvimento.


A adoção de um conjunto de políticas pelo governo Lula, com participação e pressão da CUT e movimentos sociais, permitiram que o Brasil reduzisse os efeitos da crise. Nesse processo, o PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) teve grande importância, ao ampliar os investimentos públicos e contribuir para a distribuição de renda e a diminuição da pobreza. Outras medidas também contribuíram para a manutenção dos empregos, como a redução do IPI para determinados setores industriais, que evitou demissões em massa, mantendo ou elevando a produção e o consumo. E em especial, a política de valorização do salário mínimo e os investimentos sociais, o crescimento do mercado interno, a geração e formalização de empregos.


Mas, a visão neoliberal persiste em manter uma política macroeconômica equivocada. O Governo Federal não deve se somar a agenda antipopular e recessiva proposta pelo capital especulativo, pela direita demotucana e amplificada pela velha mídia. As corretas medidas de combate a crise, à pobreza e de elevação do crescimento, estão sendo ameaçadas pela atual política econômica. O governo Dilma não pode tornar-se refém do atraso, se omitir e continuar patinando, deve olhar para o futuro e somar-se com os movimentos sociais pelo aprofundamento das mudanças.


As estratosféricas taxas de juros, reduzidas só agora e timidamente pelo Banco Central, a política cambial de sobrevalorização do Real, a insistência na manutenção do brutal superávit primário, com o argumento de controlar a inflação, e conseqüente redução dos investimentos públicos, a tentativa de vincular aumentos salariais com aceleração da inflação, colocam o Brasil na contramão do desenvolvimento e do combate à pobreza. Esta política econômica é inaceitável e tem que mudar. O crescimento nulo do PIB neste último trimestre de 2011, com uma queda de 0,9% da produção no setor industrial, é um exemplo desta necessidade.


A atuação do Poder Executivo e do Congresso Nacional, que alheios aos anseios do povo e à pauta dos/as trabalhadores/as, tem priorizado a aprovação de projetos que representam os interesses do capital especulativo e do empresariado reacionário, em detrimento dos projetos dos trabalhadores/as. Para enfrentar esta situação, neste primeiro semestre de 2012 a CUT ampliará a pressão sobre os poderes. Como também, o enfrentamento aos governos estaduais, como por exemplo, o governo Anastasia (PSDB/MG), que insistem em reduzir os serviços públicos, desrespeitar o funcionalismo e criminalizar os movimentos sociais.


No compromisso de garantir e ampliar os avanços sociais que obtivemos no último período, é fundamental reforçar o protagonismo do Estado, central para o fortalecimento do mercado interno, indispensável para a geração de emprego e renda. O nosso projeto de desenvolvimento nada tem a ver com juro alto, redução de gasto público e nem com os modelos de privatização – como por exemplo dos aeroportos - que estão sendo anunciados pelo governo.


E para manter e aprofundar as mudanças e exigir alterações desta política macroeconômica em 2012, vamos para as ruas com amplas mobilizações, pressionando o governo e o legislativo - federal, estaduais e municipais, e empresariado; além disso, construiremos grandes campanhas salariais em busca de aumentos reais de salários.


Nesta disputa a ser travada no próximo ano, nossa estratégia compreenderá duas grandes ações articuladas:

· Ampliação das mobilizações CUTistas e fortalecimento das campanhas salariais para a conquista de nossas reivindicações;

· Divulgar maciçamente e debater com a sociedade as propostas que apresentaremos em nossa “Plataforma da CUT para as eleições de 2012”.


Assim, a CUT construirá uma grande mobilização nacional neste primeiro semestre de 2012. Apresentaremos à CMS – Coordenação dos Movimentos Sociais, a proposta de que suas entidades se incorporem nesta luta em defesa de um desenvolvimento calcado na distribuição de renda, na valorização do trabalho e na sustentabilidade. A pauta da CUT orienta as ações necessárias para enfrentar a crise, com propostas contundentes, resultantes de debates coletivos realizados no 10º CONCUT, na 13ª Plenária Nacional da CUT, em nossa Jornada Nacional pelo Desenvolvimento, por meio de seminários temáticos sobre Reforma Tributária, Reforma Política, Política Industrial e Seminário Rio +20.


Reiteramos que enfrentar a crise significa pressionar os poderes Legislativo, Executivo e Judiciário para que sejam aprovadas pautas de interesse da classe trabalhadora como: a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais sem redução de salários, o fim do fator previdenciário e a valorização das aposentadorias, contra o projeto de Lei 1992/07 que trata da Previdência Complementar, a regulamentação da Convenção 151 da OIT e a ratificação da Convenção 158, da convenção 189 sobre o trabalho doméstico e a aprovação da PEC 478/10, que altera a Constituição Federal para garantir a igualdade de direitos trabalhistas para as trabalhadoras domésticas, a rejeição de projetos que ampliam a terceirização, retiram direitos e precarizam as relações de trabalho.


É preciso efetivar uma Reforma Política, que possibilite a ampliação e o fortalecimento da participação popular, uma Reforma Tributária que promova justiça e institua a taxação sobre grandes fortunas, bem como a urgente democratização dos meios de comunicação, a partir da implantação de um novo marco regulatório para o setor. Valorizar a educação passa pela aplicação dos 10% do PIB para a educação, a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) ainda este ano, conforme as resoluções da CONAE 2010, o cumprimento efetivo da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério Público e sem alteração da jornada de trabalho para o/a professor/a com tempo dedicado às atividades extra-sala de aula– o que vem sendo sabotado por vários governadores e prefeitos.


A democracia também só avançará com mudanças na estrutura sindical brasileira. Conforme resolução da 13ª Plenária Nacional da CUT, uma ampla campanha nacional de luta pela liberdade e autonomia sindicais será desenvolvida. A campanha envolve a luta em defesa da aprovação da Convenção 87 da OIT, o fim do imposto sindical para todas as entidades representativas de trabalhadores/as e de patrões; a aprovação da contribuição da negociação coletiva; a regulamentação da Organização no Local de Trabalho (OLT) e o combate às práticas antissindicais.


Realizar a Reforma Agrária, estabelecer o limite da propriedade da terra, valorizar a agricultura familiar, melhorar as condições de trabalho no campo, valorizar os/as trabalhadores/as assalariados/as rurais e aumentar a produção de alimentos, são medidas essenciais expressas em nosso projeto de desenvolvimento sustentável. Mas, a reforma agrária não está entre as prioridades do governo e do legislativo. Para modificar esta situação, a CUT irá fortalecer as campanhas pela reforma agrária neste primeiro semestre, que também inclui a aprovação da PEC do trabalho escravo, bem como pressionar o governo para que sejam vetados os retrocessos contidos no novo código florestal aprovado. E também construir a mobilização da base CUTista para interferir na Conferência “Rio + 20”, a ser realizada em junho de 2012, pressionando no sentido de que as propostas e projetos respeitem as dimensões social, ambiental e econômica.


São estas campanhas e o conjunto das reivindicações das categorias cutistas que, uma vez implementadas, possibilitarão o enfrentamento da crise e a construção de um novo modelo de desenvolvimento sustentável e com inclusão social.


SOMOS FORTES, SOMOS CUT!

DIREÇÃO NACIONAL

CENTRAL ÚNICA DOS TRABALHADORES

QUINTINO SEVERO

SECRETÁRIO GERAL



Regulamentação da Emenda Constitucional 29


A Direção Nacional da Central Única dos Trabalhadores protesta contra o novo texto que regulamenta a EC-29, aprovado no Senado Federal no ultimo dia 07 de dezembro 2011. O projeto aprovado é uma grande derrota para o financiamento público do Sistema Único de Saúde (SUS).


Diferente do projeto original - defendido e aprovado nas instâncias da CUT e da CNTSS/CUT desde 2000, e que incorporou os avanços do substitutivo do ex-senador Tião Viana em 2007, definindo os percentuais mínimos para investimento na saúde pública, ou seja: União 10% da Receita Corrente Bruta, escalonados em 8,5% para o primeiro ano, 9% para o segundo, 9,5% para o terceiro e 10% para o quarto ano; Estados 12% do seus impostos e Municípios 15% respectivamente, os Senadores da República, ao aprovarem o novo texto, retiraram R$32,5 bi anuais da saúde ao definir que o financiamento da saúde pública seja o orçamento atual mais a variação do PIB.


A CUT, pela sua história de resistência e luta, se mantém na defesa do SUS universal, integral e equânime, como regem seus princípios, e vai envidar esforços para que a Presidenta Dilma vete o texto aprovado e reenvie o texto original para a Câmara e Senado.


Resolução sobre as Organizações Sociais (OS)


A Central Única dos Trabalhadores é intransigente na defesa da valorização dos servidores/as e do serviço público, universal, gratuito e de qualidade. Por isso, a CUT defende o fortalecimento do controle social sobre os serviços públicos e se manifesta contra toda e qualquer tentativa ou prática de privatização e terceirização dos serviços públicos.


O governo FHC aprovou a lei 9637/98, que criou as Organizações Sociais (OSs) que representam um ataque aos serviços públicos, pois elas permitem a transferência completa desses serviços à iniciativa privada. Tal Lei incentivou não apenas o Governo Federal, mas principalmente os Governos Estaduais e Municipais a colocarem na mão da iniciativa privada, recursos financeiros do povo e a gestão de diversos serviços públicos, em especial, na área de educação, saúde e assistência social, precarizando os serviços, demitindo servidores/as e reduzindo as contratações do serviço público. Além de que, com as OS não há garantia da correta e efetiva aplicação dos recursos públicos em serviços públicos de qualidade.


A Direção Nacional da CUT reafirma a luta pela revogação lei 9637/98, deliberada na 13ª Plenária da nossa Central (2011) e conclama suas entidades sindicais, os movimentos populares, parlamentares e partidos comprometidos com a valorização do Serviço Público a se engajarem na luta contra a privatização e terceirização da gestão pública disfarçada de Organização Social.



Nota de apoio à valorização do Piso Nacional do Magistério


A Direção Nacional da Central Única dos Trabalhadores – CUT, reunida em São Paulo nos dias 8 e 9 de dezembro de 2011, vem a público manifestar profunda discordância com a decisão da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que, em votação extraordinária no dia 23 de novembro rejeitou o Substitutivo do Senado ao PL nº 3.776/08, comprometendo gravemente a política de valorização do piso salarial profissional nacional do magistério público da educação básica.


Há décadas o magistério da educação básica sofre intenso processo de desvalorização, cujos resultados se traduzem nos baixos salários, nas múltiplas jornadas, nas condições inapropriadas ao trabalho pedagógico e na exposição cada vez maior da categoria à violência e às doenças laborais. Em função dessa realidade, a Lei 11.738 representa um passo importante no processo de superação dessas condições adversas à profissão docente, ainda que de forma incipiente.


Paralelamente à lei do piso, a proposta de Plano Nacional de Educação (PNE), em tramitação na Câmara dos Deputados, visa respaldar a valorização dos profissionais da educação por meio de metas que se comprometem a equiparar a remuneração do magistério à de outros profissionais de diferentes ramos com escolaridade equivalente. Hoje, os docentes brasileiros possuem remuneração média próxima a 60% das demais categorias profissionais em atividade no país.


A CUT chama a atenção dos parlamentares que votaram contra a atualização real do piso, para o fato de o critério de reajuste aprovado no Senado ter sido pactuado entre Governo, senadores e entidades da educação, à luz da mesma sistemática praticada pelo MEC nos últimos dois anos. Inclusive a fonte de recursos é a mesma – o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que possui percentual próprio de 60% para financiar os salários dos professores. Ocorre, no entanto, que as receitas dos Fundos Estaduais aumentaram, sobretudo com o aporte extra da União em 10% do valor total do Fundeb, e as matrículas escolares diminuíram em 2011, o que gerou mais recursos para serem investidos nas políticas de valorização do magistério.


Lamentavelmente, a decisão da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara Federal nega a possibilidade de resgate dos salários do magistério – contradizendo as metas 17 e 18 do novo PNE – além do que fixa a política remuneratória do referido piso profissional a patamares inferiores ao negociado pelas Centrais Sindicais para o salário mínimo nacional. Não obstante, a vinculação expressa do reajuste ao INPC/IBGE constitui afronta ao princípio constitucional da não indexação, podendo ser questionada judicialmente.


Por estas razões, a Direção Nacional da CUT solicita empenho do Parlamento federal e dos Executivos das três esferas administrativas no sentido de garantir a atualização real e anual à política de remuneração do magistério, mantendo a mesma vinculada a sua principal fonte de financiamento, o Fundeb.


Pela retirada da Chevron do Brasil

Com a abertura da indústria brasileira de petróleo nos anos 90, durante o governo FHC, o país passou a leiloar campos exploratórios estratégicos, muitos deles arrematados por multinacionais. A maior parte dessas áreas foi adquirida em consórcios com a Petrobrás, partilhando com o setor privado uma riqueza que é do povo brasileiro.


A CUT e suas entidades filiadas, junto com a FUP, vêm denunciando a falta de segurança na indústria de petróleo no Brasil, e no episódio recente, envolvendo a multinacional Chevron, responsável pelo vazamento de petróleo e grave acidente ambiental na região do campo de produção de Frade - Bacia de Campos/RJ viu-se mais um exemplo de que a privatização aumenta a precarização.


A Chevron é uma multinacional que só visa o lucro e a produção predatória, sem compromissos com a soberania nacional e com os direitos dos trabalhadores, a empresa utiliza alto grau de terceirização na operação das plataformas.


Por essas razões, para além de punição e responsabilização, somos a favor da imediata retirada da Chevron do Brasil, defendemos lutar em conjunto com a FUP, contra os leilões de concessão para reconquistar o monopólio através de uma Petrobrás 100% estatal, além da destinação social dos recursos gerados pelo petróleo e gás natural. Essas e outras propostas integram o Projeto de Lei 531/2009, construído coletivamente com os movimentos sociais, que está em tramitação no Senado."



Não é interessante? Não me pareceu revolucionário, nem armamentista, nem comunista, nem nada do que temos a imagem de que seja, ou seja, raivoso e/ou detrator do direito de propriedade. Fiquei surpreso com a ponderação objetiva e o profissionalismo e coesão de argumentos, mesmo que não concordasse com todos.

Tudo e todos que tenham atuação em prol ao cidadão individual, pai e mãe de família, contribuinte individual, sempre terá espaço neste Blog, sem qualquer discriminação.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Mercado "prevê" queda de PIB e inflação na meta em 2011 - a coesão da informação econômica deste Blog para você - Compilação Econômica do ano 2011

Gente, não é risível?

Depois do terrorismo do mercado contra o Bacen e o Governo, depois de dizerem que o fim do mundo se aproximava com as famílias comprando absurdamente (com base em reportagens de três pessoas em um shopping dizendo que estavam ali para comprar), depois de o mercado prever no início do ano de 2011 inflação nas alturas e juros idem e criticarem raivosamente o fato de o Bacen iniciar baixa de juros em agosto/setembro de 2011... agora, que tudo se configura contrário ao que tentaram te induzir a acreditar, o mercado "prevê" queda de PIB (inferior a 3%!!!!) e inflação na meta (6,5%).

Acessem: http://oglobo.globo.com/economia/mercado-reduz-previsao-de-crescimento-do-pib-pela-3-vez-3430705

Quero que vocês vejam que no início desse próximo ano os economistas, analistas e jornalistas econômicos, de plantão para tentar aumentar lucro de bancos à custa de dívida pública, podem vir a apresentar interpretações equivocadas de novo. Sempre estaremos alertas para demonstrar o erro e a mentira e o interesse por trás de previsões negativistas com único interesse em aumentar juros brasileiros e lucros fáceis, mesmo contra o interesse do País.

Agora será mais difícil, pois já estão adiantando previsões que entendo corretas para o próximo ano, mas é bom ficar de olho.

Quero que você compare a notícia do artigo acima com o que nós apresentamos no Blog em janeiro de 2011, abril de 2011, maio e durante todo o ano, apontando para que isso que é noticiado em 12/12/2011 aconteceria!! Nós te informamos melhor, não em quantidade, mas em qualidade.

Leia os artigos abaixo e veja que quem leu ficou bem informado o ano inteiro:

1 - fevereiro de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/02/sobre-inflacao-de-599-em-janeiro-de.html

2 - em março de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/03/george-vidor-alerta-choque-de-juros.html

3 - em março de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/03/novas-medidas-do-bc-apoiadas-pelo-blog.html

4 - em abril de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/04/mercado-aterroriza-o-bacen-e-o-governo.html

5 - em maio de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/05/confirmacao-da-queda-da-inflacao.html

6 - em junho de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/06/mantega-1-mercado-1-bacen025.html

7 - em junho de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/06/alguem-viu-o-sardenberg-ontem-no-jornal.html

8 - em julho de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/07/critica-ao-artigo-apos-copom-mercado.html

9 - em julho de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/07/analise-economica-interna-e-externa.html

10 - em julho de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/07/finalmente-verdade-fiscal-brasileira.html

11 - em agosto de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/08/atitudes-para-o-brasil-nessa-crise-de.html

12 - em setembro de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/09/dois-temas-corte-na-selic-e-ataque-ao.html

13 - em outubro de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/10/qual-e-o-proposito-da-publicacao.html

14 - em outubro de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/10/analise-economica-interna-e-externa.html

15 - em novembro de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/11/manipulacao-da-expectativa-de-inflacao.html

16 - em novembro de 2011: http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/11/mercado-preve-inflacao-abaixo-da-meta.html

Não incentive a mediocridade informativa, não negue a si boa informação, fique conosco durante 2012 e não seja enganado por uma mídia que não tem interesse na sua melhor informação, que quer te induzir contra o seu próprio interesse e que precisa publicar diariamente para vender jornal e se manter, o que baixa necessariamente a qualidade do que produz.

Schopenhauer já apontava este mesmo problema nos diaristas/jornalistas de sua época (Alemanha de 1850) - jornalista deriva de journaux (jornal em francês), que, por sua vez deriva, de jour (dia em francês). Como o jornalista devia produzir todo o dia, a queda da qualidade do que escrevia criava, para Schopenhauer, uma produção escrita patética em sociedade com fins mercadológicos e de sobrevivência muitíssimo maior do que com o fim informativo e criador de conhecimento de qualidade (ler textos escolhidos de Schopenhauer organizados no livro de bolso "A Arte de Escrever").

Constate que durante todo o ano fomos coesos e os fatos no fim do ano confirmaram nossas análises. Confirme que os artigos econômicos do mercado foram indutivos no início do ano de 2011 e que após os fatos se concretizarem no sentido oposto ao que propagandearam, foram adaptando suas previsões e expectativas, para não terminarem o fim do ano desacreditados.

Esperamos sinceramente que os jornais da grande mídia mudem suas fontes informativas. Jornalista não é especialista econômico, é um comunicador (a não ser alguns poucos como George Vidor). Mas têm o dever de dar ampla divulgação a correntes monetaristas e desenvolvimentistas, para bem informar a população. Esperamos que os jornais mais importantes do País estejam à altura de sua missão e importância para o crescimento mais democrático, verdadeiro e desenvolvimentista do País. Nós precisamos crescer. Nós precisamos distribuir renda. Isso não será possível com teses monetaristas e finacistas ou com a reduplicação acrítica de informações de mercado tendenciosas que somente tentam induzir a realidade econômica do País para conseguir extorquir mais juros básicos brasileiros às custas do endividamento público.

p.s. 13/12/2011 - texto revisto e ampliado

sábado, 10 de dezembro de 2011

Lista complementar final dos melhores artigos, segundo o autor

Bem, desculpem... mas vi que era uma total injustiça com alguns artigos não os destacar.

Apresento a vocês os doze mais importantes ao meu ver, somente atrás dos 13 listados anteriormente.

O objetivo é facilitar acesso a estes artigos, compartilhar uma visão de importância dos artigos escritos e destacar artigos que tenham conceitos e princípios de raciocínio que quero compartilhar com vocês e submeter à crítica.

Exponho-me desta forma como nenhum jornalista faz ou fará, pois ele muitas vezes não pode escrever aquilo em que acredita de forma livre por questões óbvias de manutenção de seu emprego.

Deixo, através desta seleção, evidente minhas crenças e minhas análises e compartilho contigo e submeto à sua crítica. Assim, com base na verdade, criamos um canal de comunicação diferente e verdadeiro, com objetivo em defender o que é melhor para o cidadão brasileiro, contribuinte individual.

Lá vai:

1- O que está muito errado no Brasil? O que é essencial?
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/08/o-que-esta-muito-errado-no-brasil-como.html

2 - Furnas: Diferença entre roubo na área privada e na área pública
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/01/diferenca-entre-roubo-na-area-privada-e.html

3 - Desfazendo mitos e lendas
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/11/desfazendo-mitos-e-lendas.html

4 - Autorização para Fundações, Organ. Sociais e Ongs prestarem serviços públicos de sáude e educação: apropriação da coisa pública e alijamento popular
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/09/autorizacao-para-fundacoes-organ.html

5 - A Ditadura do "Politicamente Correto"
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/06/ditadura-do-politicamente-correto.html

6 - Sistema de Cotas: o abuso e a ineficiência no combate à discriminação
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/04/o-abuso-social-e-politico-em.html

7 - Investimento social e retorno em renda familiar e crescimento do PIB
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/02/investimento-social-e-retorno-em-renda.html

8 - Como se comportar em uma bolha imobiliária?
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/02/como-se-comportar-em-uma-bolha.html

9 - O Delírio Imperial do Ministro Paulo Bernardo e a Ofensa à Separação dos Poderes
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/11/o-delirio-imperial-do-ministro-paulo.html

10 - Limite ao Gasto Público e o crime de lesa-pátria - diferença entre gasto e investimento público
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/11/limite-ao-gasto-publico-e-o-crime-de.html

11 - Contra mapa eleitoral preconceituoso e sectarista
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/11/contra-mapa-eleitoral-preconceituoso-e.html

12 - Ranking de Jornalistas X credibilidade de seus artigos
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/11/ranking-de-jornalistas-x-credibilidade.html


abraços,

Mário César Pacheco

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Política, Economia, Administração Pública e Ética: os 13 artigos mais importantes do Blog, na opinião do autor

Pessoal, como prometido, estou apresentando os 13 artigos que considero mais importantes do Blog.

Foi uma seleção difícil, pois estamos falando de 222 artigos até agora. Quis selecionar os dez mais, mas não consegui deixar nenhum dos 13 relacionados de fora.

O que diferencia estes artigos dos demais, na minha opinião, é que estes são mais conceituais. Não comentam somnete artigos desinformativos, não são tão temporais.

Os artigos abaixo relacionados demonstram uma visão de mundo bem diferente do que é a visão sustentada pela nossa mídia hoje em sociedade. Os artigos abaixo trazem uma principiologia argumentativa, lógica e filosófica muito diferente da adotada pela nossa mídia, mesmo propiciando a defesa do capitalismo e seu desenvolvimento. A maior diferença é que a principiologia do blog é o de enriquecer o cidadão brasileiro e não o de enriquecer exclusivamente empresas e bancos. A mídia defende enriquecimento de empresas para que chegue algo ao cidadão. Nós defendemos que, sem prejudicar empresas, o foco de enriquecimento do cidadão é essencial e ajudará o crescimento de empresas. Bancos crescerão juntos, pois vivem de intermédio de riqueza. Banco não cria riqueza nem emprego. Empresas e cidadãos sim.

Os conceitos apresentados pelos artigos abaixo relacionados focam, principalmente, uma relação social que não é divulgada mas que existe. Fatos que são importantes e nunca são revelados de forma coesa que te ajudem a raciocinar sobre o que é do seu interesse e do interesse de sua família.

As informações publicadas na grande mídia precipuamente apresentam fatos para você, mas a apresentação destes fatos não é neutra, nunca foi e nunca será. Sempre há uma forma de transmitir a informação que legitima uma forma de ver o mundo e assim contribuir para que ele permaneça o mesmo.

Essa visão de mundo hegemônica é a empresarial e, pior, bancário-financeira. Pior para nós cidadãos brasileiros e contribuintes individuais, pois dessa forma, você não tem acesso à compreensão da realidade que te cerca e você é manipulado por quilos de informação de baixa densidade informativa (considerado aqui "densa" a informação que seja capaz de alterar a sua vida), mas com doses homeopáticas importantíssimas e bem delineada de informação (alta densidade infomativa, sempre conceituais ou reforçadoras/exemplificadoras desses conceitos) que induzem você a entender o mundo por um prisma que não te beneficia, mas somente beneficia bancos e, quando menos pior, empresas.

Nunca é publicada informação que analise os fatos sociais sob o prisma do contribuinte individual. Enquanto os bancos têm a Febraban (Federação Brasileira de bancos), enquanto os comerciantes têm a CNC (Confederação Nacional do Comércio), enquanto os industriais têm a CNI (Confederação Nacional das indústrias), a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do rio de Janeiro), enquanto as empresas de ônibus do Rio de Janeiro têm a Fetranspor, o cidadão brasileiro, pai de família, empresário individual, não tem nenhuma instituição de "classe" que seja bem paga e tenha profissionais de economia, política e Direito para pensar o que ocorre em sociedade, definir estratégias de atuação, realizar lobby e ajudá-lo a aumentar sua participação no PIB brasileiro; e muito menos publicar isso em jornal, para criar consenso em massa sobre a realidade que nos cerca em nosso favor. Isto, no entanto é produzido cotidianamente contra o indivíduo e a favor principalmente de bancos.

O objetivo precípuo do Blog é impedir a espoliação do cidadão brasileiro. Espoliação econômica e intelectual. Temos de parar de ser manipulados e induzidos a defender o que é de interesse de empresas e de bancos. Temos parar de engolir as manchetes de jornais de grande circulação sem criticar a informação que nos é passada, sem entender a informação subliminar que nos é ministrada com tanto engenho.

Temos de entender a realidade que nos cerca e definirmos como podemos aumentar nossa participação no PIB brasileiro. Políticas podem enriquecer o cidadão ou empobrecê-lo.

Investimento em educação e saúde enriquece o cidadão que pode deixar de gastar com planos de saúde e escolas particulares, se quiser (na Europa é assim, mas para você brasileiro que ganha menos, não). Aumento de salário mínimo aumenta a capacidade de compra de milhões de brasileiros e aumenta a escala de produção do parque industrial brasileiro, gerando baixa de preços de bens (portanto, aumento de salário mínimo não é principiologicamente inflacionário). Investir no serviço público enxuga o mercado de trabalho e aumenta o salário da área privada (portanto, não é meramente gasto público). Esses são exemplos de frases e raciocínios que você encontrará aqui e não encontrará em jornais de grande circulação.

E mais: nossos juros são gigantescos se comparados aos outros países ricos como nós (somos a sétima economia mundial, caminhando para ser a sexta) e temos uma situação econômica muito melhor do que a deles, o que é uma incongruência a ser resolvida com baixa de juros. A inflação também pode ser controlada por medidas macroprudenciais e não somente com aumento de juros Selic. Estado não é empresa (não deve perseguir lucro) e o aumento de arrecadação deve ser investido na melhora de serviço público para todo cidadão como forma de garantia de retorno ao brasileiro pelo imposto pago. Melhorar serviço público muitas das vezes significa, em particular hoje em dia, adequação de remuneração do servidor público (médico, policial, professor, qualquer um) de acordo com a complexidade e importância de tal serviço em nossa sociedade e respeitando oorçamento de cada Poder da República e a LEi de Responsabilidade Fiscal. Adequação remuneratória de servidor público é tema essencial de gestão de recursos humanos na Administração Pública. O salário de servidores públicos é também uma garantia econômica ao mercado, pois em época de crise, como ocorreu recentemente na França e Alemanha (na crise financeira de 2008/2011 foram são os que menos sofrem contando com um número maior de funcionários públicos bem remunerados e mantendo um grande fluxo de valores em economia que protegem seus empregos privados), tratam-se de valores que não deixam de circular na economia, protegendo a existência e manutenção de todos os outros empregos. Estes são outros exemplos que você não viu até hoje e não verá publicado em jornais de grande circulação, mesmo que sejam verdades e sejam importantes para você, para nossa sociedade e para o País.

E por fim: terceirização e privatização não são automaticamente boas ou más, há que se analisar caso a caso. Serviços públicos essenciais não podem ser substituídos por prestação de serviço contratado de ongs, cooperativas ou organizações sociais, que devem prestar serviços públicos complementares. A estabilidade do serviço público têm como objetivo impedir a corrupção e defender a persecução do interese público. Há que se melhorar a gestão e a busca de metas no serviço público. O problema não é a quantidade de imposto que se paga, mas quanto serviço público de qualidade se têm pelo imposto que se paga (imposto de renda na Suécia é de 65% e no Japão de 55% e não vemos japoneses e suecos reclamando da vida). Criação de emprego diminui violência e o crime e deve ser política de Estado (assim adoção acrítica de aumento de juros selic para controle de inflação, como diminui crescimento econômico, é anti-política de Estado). Todas essas idéias são negligenciadas pela grande mídia, mas são fatos reais.

Essas são idéias que você encontra aqui, coesas, e que não encontrará nunca na mídia. Não porque não seja verdade, mas simplesmente porque não interessa a divulgação dessa realidade pelas empresas ou bancos.

Convido você a ler a minha seleção pessoal. Todos os demais artigos estão impregnados dos conceitos apresentados nesses 13 artigos e acho que a compreensão desses conceitos é a chave para a nossa libertação informativa, é a chave para pensarmos juntos em como ficarmos mais ricos em nossa própria sociedade e atingir os níveis de renda de países europeus, como Noruega, Dinamarca e Suécia.

Nós não somos sub-raça. Nós somos espoliados por um grupo muito organizado e inteligente, que cooptou nossa mídia e tenta cotidianamente reproduzir valores e uma sociedade que beneficie e enriqueça este mesmo grupo. Por questões históricas isso não ocorreu em outros países da forma que ocorre aqui, mas nós podemos, com conscientização, retomar o lugar de dignidade do cidadão em nossa sociedade. Isso é a que se propõe esse Blog.

Abaixo a lista. Divirta-se.

1 - Relação Dívida/PIB Brasil x Mundo - Comparação - capacidade e planejamento de Investimentos/Gastos Públicos
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/12/relacao-dividapib-brasil-x-mundo.html

2 - Carga Tributária e Serviço Público - Europa x Brasil
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/06/carga-tributaria-e-servico-publico.html

3 - Os três maiores medos das grandes empresas e da mídia: pleno emprego, remuneração alta de servidores públicos e estabilidade do servidor público
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/10/os-tres-maiores-medos-das-grandes.html

4 - A Guerra pelo PIB: Contribuinte Individual x Empresas Comerciais e Industriais x Instituições Financeiras
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/07/guerra-pelo-pibde-que-lado-voce-esta.html

5 - Duas grandes mentiras da mídia e do mercado contra o cidadão: "salário mínimo é inflacionário" e "terceirizar melhora serviço público"
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/11/duas-grandes-mentiras-da-midia-e-do.html

6 - Conflitos de interesses - grande mídia x sociedade x serviço público
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/07/conflitos-de-interesses-grande-midia-x.html

7 - Quem disse que brasileiro quer ser funcionário público? E quem disse que se quiser não pode sê-lo?
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/09/quem-disse-que-brasileiro-quer-ser.html

8 - Serviço público bem remunerado: vantagem ou desvantagem para você?
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/09/servico-publico-bem-remunerado-vantagem.html

9 - O que é a " Grande Mídia"? Por que ataca o funcionalismo público?
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/09/o-que-e-grande-midia.html

10 - Ação Global e Amigos da Escola: até onde o voluntariado é bom e a partir de quando é ruim para a sociedade?
http://perspectivakritica.blogspot.com/2011/05/acao-global-e-amigos-da-escola-ate-onde.html

11 - Tropa de Elite 2 e o tema Corrupção x Ética
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/10/tropa-de-elite-2-e-o-tema-corrupcao-x.html

12 - Estado do bem-estar social europeu e o Brasil - A desregulamentação de mercado pôs em risco o Welfare State Europeu
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/10/estado-do-bem-estar-social-europeu-e-o.html

13 - Estabilidade do Cargo Público e Cargos Públicos de Livre Nomeação - Qual o seu interesse nisso?
http://perspectivakritica.blogspot.com/2010_08_01_archive.html



Abraços,

Mário César Pacheco

p.s. 10/12/2011 - texto revisto e ampliado

p.s. 2 10/12/2011 - texto revisto e ampliado

p.s. 12/12/2011 - Em 10/12/2011 foram acrescentados mais dois artigos à original lista de onze artigos, por isso são treze agora.

p.s. de 10/10/2013 - veja também http://www.perspectivacritica.com.br/2011/12/lista-complementar-final-dos-melhores.html

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Economia Estagnada: Por que após grande valorização imobiliária a economia patina?

Pessoal, o Globo acabou de publicar artigo no Jornal O Globo On Line com o título "PIB brasileiro fica estagnado", hoje, 06/12/2011. Confira no endereço http://oglobo.globo.com/economia/pib-brasileiro-fica-estagnado-no-terceiro-trimestre-3390761

Mas não diziam que a inflação era galopante? Há três meses atrás, em setembro de 2011, não estavam dizendo que como o acumulado da inflação tinha atingido 7,5% de acumulado nos últimos 12 meses seria o fim do mundo?!?! E que por isso deveria ser aumentado so juros selic? Para conter a inflação galopante.. rsrsr

Senhores e senhoras, fico muito satisfeito em estar apontando com responsabildiade a real evolução econômica do nosso País desde sempre, mas especialmente desde Janeiro a Abril de 2011, indicando que a inflação não estava descontrolada, que o controle não deveria ser por juros selic, que o controle inflacionário deveria respeitar as causas específicas (em grande parte externas) da inflação, que o controle interno deveria ser via medidas macroprudenciais para não prejudicar o PIB e o emprego de brasileiros, que as medidas do Banco Central só têm efeito 6 meses após admitidas e executadas, que desde abril a inflação recuava mensalmente e que o importante para o futuro é a tendência de curto prazo da inflação e não a dos últimos doze meses... se o índice inflacionário no curto prazo indica arrefecimento, e se as causas do arrefecimento se mantêm, é lógico que a inflação arrefecerá para o futuro.

Você que está conosco pode estar surpreso de que tudo o que foi mencionado por nós ocorre e fecha um ciclo de fato. Não imaginamos, somente, que a Europa estaria no risco em que está, da forma que se encontra hoje, apesar de que dissemos, desde de o atingimento de relações dívida/pib exorbitantes verificadas em dezembro 2010 por esses países, que a Europa somente limparia suas finanças públicas entre sete e dez anos.

Bem, bem, bem.. Nós informamos você muito melhor do que jornais de grande mídia, neste quesito.. fico feliz em poder dizer isso, mas ficaria mais se ao invés de a grande mídia tentar induzir uma realidade econômica inexistente para justificar aumento de juros selic (o que só beneficia bancos), fosse crítica e ajudasse o Brasil a debater as reais causas da inflação quando esta se apresenta e a discutir as melhores saídas para controlá-la, o que não fez durante todo o ano de 2011.

Mas, estou aqui hoje para te explicar, de forma muito breve e simples um fato interessante. Após a bolha imobiliária americana e européia a economia degringolou. Após a bolha imobiliária brasileira, que ainda está aí, a economia patina e o terceiro trimestre de 2011 tem previsão de 0% de crescimento. Qual a conexão?

Sim, houve no caso americano e europeu o problema dos títulos sub-prime, mas que se referiam a financimento de imóveis mais uma vez (ou melhor financiamento de consumo a partir de garantia hipotecária baseada em valorização futura de imóveis - mas isso só era possível por haver movimento de valorização imobiliária). E aqui este problema não ocorreu. Mas acontece algo que é comum e compreensível no fato de que grandes valorizaçãoes imobiliárias prejudicam a economia.

Tudo que ocorrer exageradamente em um setor cria um desnível sistemático na economia, ou gera um reflexo, naturalmente, mas a questão imobiliária é muito interessante. Vejamos.

Todo mundo precisa morar, comprando imóvel ou alugando imóvel. Mas se há uma supervalorização em curto espaço de tempo o que ocorre? A renda e o PIB não terão crescido suficientemente para compensar este aumento de dreno financeiro da economia.

Veja, todo aumento de bens gera um dreno financeiro na economia. Alguns bens você pode deixar de comprar ou pode substituir por um tempo e isto é algo que arrefece o movimento de aumento exacerbdo daquele bem. Por exemplo, carro. Aumentou muito carro? Não compre. O carro passa a baixar (o que está acontecendo agora - um palio chegou a custar 30 mil reais e agora baixou bastante - ver p.s.2 de 07/12). Ninguém deixa de viver sem carro. Mas não é possível deixar de comer ou de morar. Mesmo na favela não há moradia gratuita plenamente.

Assim amigos, a grande valorização de imóveis, apesar de ser ótima para os investidores em construção de imóveis e proprietários, gera um grande dreno financeiro na economia. A pessoa se endivida e mora, mas o que ocorre com as vendas de carros? Vendas de roupas? Restaurantes e etc? Não sobra dinheiro para essas outras coisas.

É claro que o juros alto também leva a um freio na economia, mas a economia americana está com o mais baixo juros de sua história e o europeu idem, isso por si só não ativa a economia. Lá a situação é diferente daqui e não foi meramente a valorização de imóveis que criou a situação preocupante que há lá. O golpe econômico com a quebra do sitema de títulos subprime desolou a economia americana e européia, mas é importante tomar ciência desse efeito interessante da grande valorização imobiliária: não somente há enriquecimento de parte da economia e população, há um grande torno financeiro que é aplicado na economia que fica com muitos recursos direcionados a um setor da economia e desabilita outros setores, podendo gerar, como de fato está gerando no Brasil, estagnação econômica.

Ninguém fala disso. Não há estudos sobre o impacto de uma supervalorização imobiliária na economia, mas isto é um fato e é grave e merece a devida atenção que este Blog tenta corrigir. É claro que a queda da economia mundial, a crise financeira internacional também tem a ver com isso. Mas o consumo interno é um grande percentual (creio que 66%) de nossa economia e quando as famílias deixam de comprar, o poder de se concretizar a estagnação econômica é muito grande. Acho que é o que ocorre hoje e uma causa importante, além de juros selic alto e tributação alta, é o impacto que ainda existe da supervalorização imobiliária (ou bolha imobiliária) sobre a capacidade de compra das famílias brsialeiras.

Termino esse artigo dizendo que mesmo com essa estgnação do crescimento do PIB, nossa situação é muito melhor do que em todo o mundo. Mas a insistência em aumento de juros contra a evidência de grande endividamento das famílias brasileiras, que passaram por correots benesses e estímulos de consumo pelo governo por 2009 e 2010 como forma de impedir a queda de nossa economia, aliado ao estratosférico valor de imóveis para compra e venda e para aluguel no Brasil, está gerando uma incapacidade ou desmotivação de consumo e a consequente estagnação da economia. É reversível.. através de diminuição de juros selic, diminuição de tributação e correção de preços de imóveis, tanto em termos de compra e venda como em relação a aluguel.

A correção imobiliária, a meu ver, se aproxima.

p.s.: Desculpem, a frase final ficou um pouco longe do texto. Como cheguei a ela? Economia é muito interessante e tem diversos canais de intercomunicação. Todos querem entender esses canais, mas nunca se consegue fechar perfeitamente o circuito. Eu acredito que o exercício proposto por artigos como esse tem esse fim e que os artigos convencionais são muito herméticos e simples, criando uma ilusão de controle, que na verdade não existe. O que se pode fazer é enteder as variáveis o mais que se puder e constrastá-las de tempos em tempos e verificar seus efeitos. Isso evidencia que há canais limitados na economia, ou diríamos grandes canais que influenciam fortemente a economia, e a alteração de fluxo financeiro nesses canais torna perceptível uma tendência de crescimento ou decréscimo em outros canais e/ou escoadouros.

Explicando a última frase "A correção imobiliária, a meu ver, se aproxima", tenho a dizer que como reflexo da perda de fôlego da economia já se vê a descompressão de taxa de juros selic (taxa selic em 11% e em tendência de fechar 2012 a 10%) e tributária (através de incentivos tributários, tais como diminuição de IPI, Pis/Cofins etc.). Falta uma outra forma de correção ocorrer: a correção imobiliária. Esta não é mais difícil nem mais fácil de ocorrer, mas depende exclusivamente de mercado, ao contrário da Selic e de tributos que são decididos.

Mas a correção ocorrerá, por quÊ? Porque a supervalorização imobiliária drena valores da economia. Assim, as pessoas gastam menos em outros setores da economia e a economia desaquece. Quem compra ou aluga um imóvel não alugará ou comprará outro tão cedo e isso baixa demanda. E quanto aos juros selic e tributos? O problema é que se a baixa da selic e de tributos não for muito boa a ponto de compensar o endividamento das famílias ou se continuar aumento de aluguéis e imóveis, elas continuarão pagando caro para morar e não sobrando valores para outros setores econômicos. Assim pode iniciar processo de retração econômica e desemprego. Com desemprego ou com grande endividamento, as pessoas começam a não poder pagar hipoteca, financiamento imobiliário e/ou aluguel, e o desfazimento de negócios, o acionamento de garantias imobiliárias dos financiamentos não pagos, e os despejos ou trocas de imóveis alugados, gerarão aumento de oferta de imóveis no mercado para compra/venda e para aluguel, obrigando a baixa de preços de imóveis seja para compra/venda, seja para aluguel.

p.s.2: Segundo o artigo O Globo On line suso citado, desde o terceiro trimestre de 2009, houve diminuição de crescimento de quase todos os trimestres posteriores em comparação com o trimestre anterior, chegando no 3º trimestre de 2011 a crescimento de 0% em relação ao segundo trimestre de 2011. As informações sobre expectativa econômica há tempos era de arrefecimento, mas durante 2010 e 2011 os jornais preocuparam-se só com inflação, sem ver o endividamento das famílias e a baixa na atividade econômica. Segundo o mesmo artigo os números de evolução de pib por trimestre, na forma crescimento%/trimestre são desde 1º trim 2009 até o 3º trim 2011: -1,7%/1º trim 2009; 2,0%/2º trim 2009; 2,5%/3º trim 2009; 2,4%/4º trime 2009; 2,0%/1º trim 2010; 1,6%/2º trim 2010; 1,0%/3º trim 2010; 0,7%/4º trim 2010; 0,8%/1º trim/2011; 0,7%/2º trim 2011 e 0,0% 3º trim 2011.

p.s. 07/12/2011: texto revisto e ampliado

p.s.2 07/12/2011: texto revisto e ampliado. Há no fim de dezembro de 2011, como já ocorre há dois meses, um arrefecimento de preços em geral de automóveis. O Tiguan da Volkswagen já chegou a custar uns R$160.000 e hoje pode ser comprado a R$110.000,00. Eu, por exemplo, comprei um Peugeot 307 2011/2012, agora, de R$54.000,00 por R$47.307,47(tá bom, o modelo 308 vem aí... mas o estoque deles está alto, não só o 307 baixou preço e a compra de carros diminuiu em geral). O exemplo do Pálio pode não ter sido o melhor, pois sites especializados estão cotando o Pálio 2011 em torno de R$30.000,00. Entretanto, vá à concessionária. Já cheguei a ver Pálio novo custando R$32.000,00 e acho difícil que vendam novos por R$30.000,00 se há outros carros melhores e mais bonitos que baixaram de preço e estão abaixo deste patamar. Depois da febre do ano passado, acho difícil sobra de valores, ainda mais com aumento de custo de moradia, para compra de carros novos. Por isso arrefeceu o movimento de valorização de automóveis.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Excelente cobertura sobre a Administração da Saúde no Rio de Janeiro pelo RJ TV

Quero parabenizar a Rede Globo de Televisão pela cobertura séria e profunda sobre a Administração da Saúde no Estado do Rio de Janeiro pela União, Estado e pelo Município.

A cobertura já tem ao menos três dias, só que eu tenha visto. A abordagem é crítica e informativa. Os temas são abordados de forma crítica e não superficial. Informa-se que há médicos, mas que o grande problema é a gestão. Informa-se que há servidores médicos ganhando R$1.800,00 no Hospital Municipal do Miguel Couto que convivem com médicos contratados em regime privado de trabalho que ganham R$5.500,00!!

Informa-se que esse convívio com tal disparate é prejudicial ao desenvolvimento regular do trabalho dos médicos na instituição e em qualquer instituição de saúde pública que esteja na mesma situação.

A Prefeitura informa, de forma técnica, que a demanda por médicos é grande mas que não pode haver contratação somente de estatutários porque pelo tamanho da necessidade isso poderia gerar a contratação em excesso contrariamente aos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal. Não houve adoção de partido da contratação de médicos por concurso público (estatutário) ou por contratação de terceirizados (celetistas). Houve informação de qualidade e em quantidade mínima para proporcionar ciência de problemas e debate sobre diversas facetas importantes do problema.

Inclusive houve denúncia de descumprimento de horário, não generalizando acusação de descomprometimento. Inclusive a denúncia foi seguida de análise de um especialista que abordou o problema de forma técnica e considerando a perspectiva histórica da degradação da relação de trabalho dos médicos, considerando ainda o abandono da gestão de carreira de médico pelo Estado, degradação de salário e o resultado de descomprometimento do profissional.

Eu chamo a atenção da Globo quando erra, mas meu entusiasmo é muito maior em elogiar (quando houver motivo, claro). O mal que uma grande mídia faz ao informar mal é gravíssimo para a sociedade, mas a denúncia e a crítica social diminui esse prejuízo disseminando a correção de fatos, versões e a verdade. Mas quando é realizado um trabalho sério e construtivo de reportagem sobre questão pública (Administração de Saúde, na hipótese) como está ocorrendo, o benefício social é impagável e os efeitos são perenes.

A verdade, mesmo que não seja conclusiva, como muitas vezes não é, coloca a sociedade em um próximo patamar de controle sobre os fatos e como é com base em fatos mais neutros e não em versões de fatos, o acesso a este novo patamar tem característica de uma perenidade que é muito importante. Isso causa a evolução da sociedade de forma segura e sólida.

Recentemente fui atendido no Hospital Municipal Miguel Couto. Pude coonstatar o que está aparecendo em termos nas reportagens. Havia médicos e enfermeiros. Pude tirar raio X e fazer tomografia computadorizada no hospital e era evidente que os médicos e enfermeiros eram profissionais. Mas quando eu saía da mão do médico para fazer algo em algum setor administrativo para o qual fui mandado.. senhores... era como se eu estivesse perdido em um oceano. Não tinha acompanhamento algum. Perderam a guia que me encaminhava para o raio X e mesmo os funcionários, vendo que eu tinha chegado de maca no local próximo do raio X, mesmo eles não perguntaram nada e fiquei duas horas esperando atendimento (tinha muita gente antes e eu estava de colar cervical), até que comecei a reclamar e a cobrar a solução do meu problema. Se eu não reclamasse em algum momento, provavelmente estaria lá até hoje.

O problema lá no Miguel Couto não é de falta de médicos e enfermeiros, falta de qualidade dos médicos e enfermeiros ou de estrutura, mas simplesmente de gestão. Foi o que me pareceu.

Os verdadeiros questionamentos e a boa-fé investigativa elucida a razão de problemas e direciona o encontro de soluções.

Saúde pública de qualidade no Brasil é totalmente possível, mas precisa de vontade e comprometimento político com desenvolvimento de boa gestão dos nossos hospitais.

Obrigado e meus cumprimentos ao Globo por ter sido realmente útil à nossa sociedade com essas reportagens (acho que até já têm mais de dez dias de cobertura). Fica aqui o reconhecimento do Blog. Queremos que só haja esse tipo de reportagem na maior rede de televisão do País e quarta maior Rede de Televisão do mundo.

p.s. 05/12/2011: texto revisto

p.s. 05/12/2011: Não adianta colocar médico para administrar o hospital, na minha opinião. Não adianta colocar político para dirigir o hospital, em minha opinião. Tem que ser um administrador profissional ou um médico com pós-graduação em administração hospitalar. Tem que haver metas e estatísticas para o atendimento médico em insitutuição de saúde pública. E tem que ter Auditoria/Corregedoria Externa para manter a correção da perseguição de metas e a observação de deveres funcionais. Além disso, deve haver esforço em remunerar adequadamente o médico. Tudo isso junto levará a um comprometimento maior do servidor médico e enfermeiro e à melhoria na prestação de serviço de saúde pública, a bem da imagem dos próprios médicos e a bem de toda a população.