sexta-feira, 22 de março de 2013

Queda de rating de CEF, BB e BNDES - a necessidade de agência de rating brasileira

Pessoal, grande parte das verbas que aumentaram no BNDES foi via governo. Sim, aumenta endividamento do Banco com o governo, mas os valores geram negócios. Pergunto, como andam os lucros do BNDES? Alguns não dão certo? Sim, como um empréstimo feito à empresa americana AES, parece, que deu calote no BNDES na época da privatização do sistema elétrico no período FHC, mas o BNDES ficou com a participação societária na concessionária elétrica abandonada.

Então, as operações do BNDES sempre são garantidas. Há risco nos negócios. Mas os lucros do banco sempre ocorrem e aumentam, ano a ano, sendo seu capital próprio muito mairo do que o do Banco Mundial, inclusive.

Seu rating cair para agências internacionais é um espanto, mas pior ainda é a queda do BNDES, CEF e BB ao mesmo tempo!! CEF e BB cresceram participação em Credit Market Share, desde 2008, seus lucros saltaram ano a ano, o índice de calote e suas operações de crédito são menores do que o do mercado bancário nacional.. como pode queda de rating?!?

Não vi as projeções. Não sou economista formado. Mas não preciso ver nada para com essas informações achar muito estranho a queda de rating desses magníficos bancos e, pior, ao mesmíssimo tempo!!!

Ficam os privados, que extorquem seus clientes, que não ousaram emprestar aos brasileiros na época de crise e assim perderam mercado, que não tiveram o mesmo lucro e que têm índices maiores, em média, de calote em suas operações, com seus índices intocados, par poderem, no fim desse ano se justificar aos acionistas que perderam mercado e lucratividade, mas não perderam nível de crédito ou rating, segundo as agências estrangeiras de rating.

Muito estranho, mas seria mais estranho se essas agências gozassem de credibilidade que deveriam.

Por favor, criem agências brasileiras de rating!!

p.s.: Importante salientar que o BNDES, o BB e a CEF não tem um centavo em títulos da dívida grega, portuguesa, irlandesa ou espanhola. Mas o Santander, o Deutsch Bank, o Paribas e o Bankia têm. Em que medida houve queda do rating de bancos europeus e americanos (como o Citibank que foi estatizado pelo governo dos EUA para não falir e somente agora foi reprivatizado) em comparação aos muito mais seguros bancos brasileiros, em especial BB, CEF e BNDES? Qual o rating desses bancos europeus semi-falidos e em risco real de calote altíssimo, em relação ao BNDES, CEF e BB? Gente, essa classificações estrangeiras têm total viés político. É uma absoluta palhaçada e exercício de poder informativo e econômico, com reflexos reais sobre o custo de tomada de empréstimo pelos nossos bancos!!! É um crime contra o Brasil!  

3 comentários:

  1. Olá Mário, meu comentário tentará ser breve para aguçar o interesse por comentários de outros.

    As Agências de Rating não são confiáveis. Isso o governo americano deixou bem claro ao iniciar um processo contra a "Standard And Poors" por fraudar as estimativas do mercado imobiliário anterior a 2008, como se vê na matéria do JG a seguir:

    http://www.youtube.com/watch?v=2zw_6LJetGs

    Na verdade, aquele cenário da bolha imobiliária americana denota que elas são instrumento político de mercado. Impõem o viés da ideia para valorizar o interesse, porém, abstraem o risco ou qualquer negativação. Política, puramente política! Nada científico!

    Aí está o fato! Em relação ao Brasil. O que mais se comenta na Europa á ascensão do socialismo nos países da América Latina, e o mais bem sucedido de todos, o brasileiro. Jim O'Neil (economista inglês) enfatizou com a sigla "BRICS" qual criou para reunir no seu fundamento a progressão dos países de democracia socialista: Brasil = trabalhista, Russia = antigo regime comunista, atual democracia federativa, seu presidente ex-chefe da KGB, Índia = democracia socialista com a UPA partido democrático marxista, antigo INC (comunista), China = Comunismo, Africa do Sul = democracia popular. Aliás, o negócio lá tá feio: - O líder de extrema-direita foi assassinado em 2010, certamente, Apartheid nunca mais.

    No Brasil, as políticas bem sucedidas de Estado foram alavancadas pela iniciativa Estatal, o que diminuiu o espaço privata no mercado e suas negociatas na bolsa podem sugerir risco com a diminuição do valor das empresas brasileiras e perda do capital do "investidor". Visão Externa (termo muito utilizado em economia).

    O BNDES, a CAIXA e o BB colocaram muito dinheiro para alavancar os projetos do PAC, habitação popular e, também, dos eventos como Copa e Olimpíadas, e muitos passam por dificuldades em finalizar suas ações com o aproveitamento total do investimento e até com os prazos oferecidos. Há situações, como é o caso da Copa, que o retorno financeiro será impossível pois o custo da obra mais que triplicou.

    Porém, mais uma vez chama-se a atenção da diferença entre o investimento público e privado, assim como, os seus custos relativos.

    Também, em relação aos custos e suas aplicações, quando política de Estado, ou quando apenas alavanca de atividade econômica. O Estado executa o empreendimento mesmo tendo prejuízo pois objeto o benefício, o serviço de interesse público. O empresa privada objetiva o lucro, independente do benefício o do serviço implementado.

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  2. (continuando)

    Vejamos um exemplo:

    A parte Norte e Oeste da transposição do Rio São Francisco que ficou a cargo do Exército Brasileiro foi concluída, enquanto, que a parte Leste dos consórcios das empreiteiras foram abandonadas. Perda do investimento Estatal e agora a conclusão ficará também a cargo do Exército Brasileiro:

    http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2012/02/exercito-anda-mais-rapido-que-empreiteiras-na-obra-da-transposicao.html

    Então, senti-me à vontade para chamar atenção de outro ponto que as agências de rating certamente não avaliaram em relação ao aproveitamento do investimento, com uma notícia que não lemos na grande mídia, como a seguinte:

    "Exército termina reforma de aeroporto e ainda devolve R$ 150 milhões que foi economizado na obra"

    http://cofemac.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=5407&Itemid=9999

    Refere-se a reforma do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

    Parece até notícia mentirosa visto que você não consegue encontrar em nenhum jornal de grande circulação: nem O Globo, nem Folha, nem Estação, nem Correio Brasiliense, nem Zero Hora, mas é verdade, veja seguir no site da Resenha do EXERCITO BRASILEIRO e também no site da Associação dos Militares da Reserva no DF:

    http://www.exercito.gov.br/web/midia-impressa/noticiario-do-exercito?p_p_id=noticias_WAR_noticiasportlet_INSTANCE_cZy7&p_p_lifecycle=0&p_p_state=maximized&p_p_mode=view&p_p_col_id=column-3&p_p_col_count=3&_noticias_WAR_noticiasportlet_INSTANCE_cZy7_journalArticleId=1529553&_noticias_WAR_noticiasportlet_INSTANCE_cZy7_struts.portlet.action=/view/arquivo!viewJournalArticle&_noticias_WAR_noticiasportlet_INSTANCE_cZy7_struts.portlet.mode=view#.UVD_mhdzF8F

    http://www.amarpfa.com/exercito-reforma-aeroporto-guarulhos.php

    O que é lucro? O que é prejuízo? O que é política de Estado? O que objetiva a visão externa do investimento?

    Conclusão, a questão está na acreditação do contexto do investimento público ou privado, assim, deve-se macular uma para enaltecer a outra. Essa é a VISÃO EXTERNA sobre o Brasil que interessa ao investidor de mercado.

    Vimos isso na Petrobrás, vimos nas Companhias Elétricas e, da mesma forma, veremos no segmento bancário estatal, pois para Banco Privado competir com aqueles juros oferecidos por eles e do pesado investimento na produção brasileiro, tá difícil hein? Mas, as agências não projetam o retorno disso!

    Abraços!

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  3. Fantástico Fábio!! Vou ter que pegar partes dessas suas informações, com as fontes, e fazer um artigo!!

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