Que a grande mídia e Merval não queiram que a descoberta de espionagem à Presidente Dilma e à Petrobrás seja motivo para um crescimento de bravatas tupiniquins que nos levem à situação política da Venezuela, eu entendo. Mas a tentativa de comparar essa espionagem de um Chefe de Estado, grampeando seu telefone celular e ouvindo por dez anos suas comunicações pessoais ou da maior empresa do Brasil e uma das maiores petrolíferas da mundo, à espionagem efetuada pela Abin de consulados, no território do Brasil, do Iraque, Irã e Rússia é tão ridículo e tão apelativo que me pergunto qual é o objetivo real disso...
É claro que Merval tem muitos amigos nos EUA e já ganhou prêmios de reportagens por lá. Mas agradar seus amigos americanos justifica tentar colocar em mesmo patamar a atuação da contraespionagem brasileira de consulados no Brasil (em território brasileiro), de amplitude altamente limitada e de evidente teor de contraespionagem (defensivo), a invasiva espionagem que os EUA faz de seu País contra país dos outros, e mais, violando sigilo telefônico de Chefe de Estado de País dito aliado? Só pode ser brincadeira.
Merval é americanófilo. Todos sabem. Ele gostaria que o Brasil fosse os EUA. Mas nesse caso, mesmo tendo dito que a Dilma respondeu bem e à altura, acho muito esquisito a forma como escreveu o artigo "Patriotismo" reputando que é o último refúgio dos canalhas... até é.. para os canalhas... Nesse caso, os canalhas foram os norteamericanos, sem dúvida alguma! E essa invasão absurda, desrespeito à soberania brasileira, mexicana e de europeus, deve sim ser alardeada em altos brados para que se saiba até que ponto os EUA podem chegar para "defender" seus interesses.
Não há o que entender na ofensa norteamericana a direitos individuais e à violação à soberania de países (grampear autoridades oficiais de países estrangeiros em seus países natais é violação de soberania e interferência em assuntos internos) e de sigilos e comunicações empresariais!! Não há o que comparar nem minimamente. O grampo norteamericano não foi do telefone da Embaixada do Brasil nos EUA, mas do telefone particular e oficial da Presidente do Brasil, da Presidente da Alemanha.. foi grampo no território brasileiro, de telefones brasileiros e de autoridades, empresas e cidadãos brasileiros.. isso nem remotamente se compara com atos de contraespionagem que o Brasil perpetra em território nacional para acompanhar o que países estrangeiros fazem aqui através de suas Embaixadas e Consulados... essa comparação é ridícula e antipatriótica!!!
Para mim, essa insistência em descaracterizar a gravidade dos atos norteamericanos soa como ação em defesa de interesses americanos e não brasileiros. O que Merval e a grande mídia (excluo Miriam Leitão disso... ela apoiou a postura de Dilma no caso e não justificou de forma alguma a ação norteamericana) deveria dizer é que houve abuso sim e que por mais que tratados possam não ter o condão pleno em impedir isso, que vale à pena tentar limitar a anti-ética entre Estados e que os EUA devem desculpas ao mundo, como, aliás, estão tentando dar, admitindo que a espionagem "funcionou no piloto automático", ou seja, que não houve intenção governamental nos excessos.
Se o patriotismo é o refúgio dos canalhas... Merval parece estar realmente bem longe da canalhice... talvez seja bom para ele... e para os EUA.. mas é ruim para o Brasil.
p.s.: revisto e ampliado.
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Bolha Imobiliária: Há queda de valores? Vender ou não vender imóvel?
Senhores e senhoras, assim como o Blog Perspectiva Crítica esteve antes com equilíbrio apontando desde 2010, o processo de formação de bolha e contra ele lutado; assim como com equilíbrio demonstrava que o FMI, Consultores americanos para o Wall Street Journal passaram a apontar a existência de sobrevalor de imóveis no Brasil; assim como acompanhamos o mercado e apontamos que os estoques de imobiliárias nõa eram diminuídos e havia encalhe de imóveis e prejuízos de construtoras de imóveis residenciais; assim como quando tivemos equilíbrio em apontar que decrescia o ritmo de valorização de imóveis, seu número de vendas... como em todos esses momentos apontamos com equilíbrio o que críamos que ocorria (que está sendo contatado agora, bem antes da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016..), igualmente teremos equilíbrio em apontar para nossos leitores o que vemos agora, após constatação de queda de valorização de imóveis e de aluguéis nos últimos dois meses.
Há a correção da bolha? É hora de vender imóveis? O que fazer nessa perspectiva de estagnação de valorização imobiliária, estagnação de compras e vendas e talvez início de correção de valor de imóveis? Essas perguntas me foram apresentadas por uma grande amiga, Carla, e como é pergunta de mais de uma pessoa e continuidade da análise do mercado de imóveis, abordá-la-ei aqui no Blog para todos nossos leitores.
Observem, parece haver início de correção de imóveis. Mas ninguém pode ainda assegurar isso. Após cinco anos com valorizações médias de imóveis à razão de 40 a 50% ao ano, até haver imóveis que atingiram valorização de 400% no RJ (não 127% como informaram a Schiller, nobel em economia, que reputou tal média ser indicativo de bolha no caso do Brasil, sem poder confirmá-la, por não ter estudado o caso brasileiro), 2012 apresentou valorização média de 1% ao mês, ou 13% ao ano e agosto e setembro de 2013 foram os primeiros meses de queda de valor do metro quadrado no Leblon e também de valor de aluguel. Bem, pra quem já ouviu que "no Brasil preço de imóvel não desce" ou "aumentos ocorrerão até a Copa em 2014" e "quedas não ocorrerão antes das Olimpíadas de 2016", me parece que algumas coisas estão confirmando preços altos, falta de renda do brasileiro e esfriamento do mercado imobiliário, no mínimo.
Então, vejam, aliado a estas informações de estoque de imóveis em carteira de construtoras que não conseguem vender, aliado à informação de que o endividamento brasileiro aumentou 50% em cinco anos (subiu de média de 33% para 45%), temos ainda que o crescimento dos empréstimos para aquisições imobiliárias da CEF diminuíram de ritmo de crescimento. Mesmo o aumento de limite de FGTDS para R$750 mil no RJ, SP, DF e BH não estão sendo capaz de alavancar muitas vendas com os preços dos imóveis onde se encontram.
Mesmo o leilão do campo de Libra.. um amigo estrangeiro, que trabalha no mercado de imóveis, confirmou que por causa do Campo de Libra uma empresa estrangeira pretende alocar aqui 14 mil empregados e procura prédios inteiros no RJ... isso é uma pressão no sentido de manutenção de alta de preços, junto com o famigerado aumento de limite de empréstimo do FGTS... mas temos por enquanto dois meses de queda de preços de imóveis e de aluguel... uma área próxima ao Projac que vendia imóveis a 400 mil reais está vendendo a 350 mil reais; informação de pessoas que trabalham no local.
Então vejam.. ninguém pode dizer ao certo de começou a correção e se ela será rápida como a americana (dois anos e perda de até 99 % do valor) ou se será lenta como a japonesa (perda de 50% do valor depois de trinta anos). Mas nós daremos nossa opinião.
Confirmando tudo o que dissemos até hoje, desde 2010, com análises e ponderações atualizadas durante todos esses três anos, cremos que já se dissipa a idéia de que o limite de valores de imóveis não chegou. Parece que daqui por diante, se há margem para valorizações, essas serão pequenas e apertadas em comparação com as margens para correções que há.
A abordagem sobre a tese de "gentrificação", apregoada pelo Jornal O Globo, com interessantes informações sobre a continuidade de valorização do mercado londrino mesmo após altas estupendas, é muito interessante, mas já tinha sido abordada por nós desde 2010, com base em uma publicação do periódico Le Monde Diplomatique. Nós já fizemos a contraposição sobre ocorrência de bolha ou de alteração de moradores locais, com expulsão de quem não consegue pagar pelas pessoas que conseguem pagar. Talvez esteja ocorrendo um pouco das duas coisas. Não dá para afirmar hoje. O fato é que não há mais quem diga sem titubear que os imóveis continuarão se valorizando no mesmo ritmo até a Copa ou Olimpíada. E é fato que houve duas quedas de valores médios da metragem do Leblon e outros bairros nobres tanto quanto de valores de aluguel. Há também valorização de bairros periféricos.
O mercado internacional, enquanto não alavancar, é um mercado que valoriza dólar, ouro e imóveis como investimentos de defesa de capital. Mas quando o crescimento mundial e o desemprego nos EUA e Europa melhorarem, as bolsas de valores ficarão interessantes e atrairão dinheiro dos mercados defensivos, esvaziando valores do dólar, ouro e imóveis, inclusive no Brasil. VocÊ crê que a economia mundial tende a melhorar ou a piorar?
Observem, neste momento, é bom comprar ou vender? O que fazer? A resposta mais comum é: não se mexa. Mas isso é para quem não sabe o que fazer ou o que dizer. A resposta correta é a que tecemos agora.
Gente, a única pessoa que pode saber o que fazer e é responsável pelas suas decisões é você, leitor. Neste momento é importante você entender qual a sua situação, qual o seu interesse, qual seu nível de aceitação de perdas e fazer sua ação com o máximo de informações possível, responsabilizando-se por suas decisões e não se preocupando com a opinião alheia. Warren Buffet em seu livro, "O TAO de Warren Buffet" diz: "Quando quero uma boa opinião sobre investimentos, converso com o espelho". Rsrsrs Conversemos com nosso espelho aqui. Eu e você.
Houve processo de valorização de imóveis por cinco anos. Começa queda de valores para venda e aluguel. Isso para mim não indica ser momento de compra, que seria com imóvel em baixa. Isso me indica que o momento é de venda. Eu também creio que EUA e Europa e o crescimento mundial melhorarão. Agora veja, isso quer dizer que você tem que vender? Não. Você tem que se perguntar algumas coisas antes.
O imaginário do brasileiro inclui um imóvel próprio como algo estabilizador na vida e até um objetivo de vida, senão o maior. Então, se você crê nisso e tem um único imóvel, não há motivo para você vender seu único imóvel, pois se houver aumento de valor de imóveis no Brasil por qualquer motivo, mesmo que você tenha feito excelente negócio, embolsando valorização de seu capital e 400% em cinco anos, você sofrerá psicologicamente por não ter um imóvel e ter "perdido" a valorização nova recém ocorrida, além de não poder comprar imóvel semelhante por esta ulterior valorização.
Mas se você tem mais de um imóvel ou se você tem renda que te faz ter possibilidade de comprar imóvel depois, vender um imóvel que valorizou 400% em cinco anos me parece um bom negócio. Minha família está vendendo um imóvel, mas manteremos outros quatro. A contragosto em relação a mim, mas família é conservadora e deve ser assim.
Agora, se você resolver vender você deve ter alcançado uma meta de retorno que você ache interessante e que não admita perder. É isso. Vender seu único imóvel para em seguida comprar outro quando o preço dos imóveis cair é especulação imobiliária e tem risco. É isso que você quer, então assuma o risco antes. Tenha claro para você o que você quer. Se você vender e o preço do imóvel cair, ótimo, mas se o preço subir, você deveria ficar satisfeito em ter embolsado 400% de lucro!!! E terá de pagar imposto sobre lucro imobiliário!! Rssrsrs Se não tem estômago para isso, ou seja, para ver o imóvel aumentar de preço após sua venda, você não tem condições psicológicas para vender porque você não valoriza o ganho de capital, mas sim a perda futura e incerta do imóvel.
Se nos vendermos agora o imóvel da família estaremos muito satisfeitos com o retorno que vimos ocorrer e não nos importamos se alguém entrar no negócio agora e vir seu capital crescer mais 50%!! Nós não queremos que o comprador de nosso imóvel faça um mau negócio. Sua felicidade não corresponderá à nossa tristeza. Ganhe ele ou perca, nós estaremos felizes com a venda. Entende? É importante que você esteja tranquilo assim, se quiser vender o imóvel hoje.
Se você quer especular, este não é o site para você se informar, mas para você eu poderia dizer que o momento é interessante para venda de imóvel. Agora veja, não sei se na Espanha ou na Inglaterra, após o evento caótico de "gentrificação" em um bairro popular que virou centro valorizado, construtoras profissionis apostaram que o mesmo ocorreria em uma rua próxima de novo tal centro valorizado... mas a valorização não se estendeu para tal rua!!! Observe.. profissionais que só viviam disso erraram!!! O investimento não deu o retorno esperado.
Então, analise qual o seu interesse. É vender e obter remuneração financeira em títulos da dívida pública que dão mais do que o aluguel deste imóvel? Então admita isso! É realizar lucro? Nesse caso, não há nem risco!!! Quando você sonharia em colocar no bolso 500 mil reais em lucro imobiliário em cinco anos?!?! Seja feliz e ponha isso no banco! Mas não chore porque o mercado subiu e você "poderia ter ganhado mais" ou "você perdeu um imóvel que não conseguirá comprar igual"... isso é psicótico. Ou você quer o lucro ou quer o imóvel. Sim, você quer os dois.. mas eu também!! Só que não dá para assegurar os dois. Você tem que focar no que te deixa mais feliz: ter um imóvel com tais qualidades ou ter o retorno certo do lucro imobiliário que você já atingiu e ficar com esse dinheiro remunerando em investimentos!!
Assim que você definir seu objetivo, qualquer medida que tomar será exitosa!! Não pense no que outros dirão, pois é claro que sempre te criticarão pela perda de lucro (os mais financistas), no caso de não vender e o imóvel descer de preço, e sempre te criticarão por perda do imóvel, no caso de vender e o imóvel subir de preço!! O verdadeiro amigo te perguntará: ficou feliz com o negócio (venda ou não venda)? Atingiu seu objetivo (lucro imobiliário, mais lucro imobiliário ou ter um imóvel de que você goste)?
O que mais existe no mercado são os explicadores e analistas de fatos retroativos!!! Ignore-os! Eles são assim: (a) você vendeu e subiu o preço do imóvel: "Que besteira que você fez!! Era óbvio que subiria por isso e por aquilo!!!"; (b) você não vendeu e caiu o preço do imóvel: "Que besteira que você fez!! Era óbvio que desceria o preço do imóvel por isso e por aquilo!!!"; (c) você não vendeu e subiu: "Uau!! Eu não disse? Ainda bem que tu não vendeu!! Excelente escolha!! Você é um gênio! Que sorte!"; (d) Você vendeu e caiu o preço do imóvel: "Uau!! Eu não disse? Ainda bem que tu vendeu!! Excelente escolha!! Você é um gênio! Que sorte!". Não há mérito na "análise retroativa". Isso é o que a grande mídia faz e o que o grande público repete. Não interessa o que digam da sua escolha. O que interessa é como você se convenceu sobre sua escolha e a satisfação de assunção dos riscos inerentes à sua escolha.
Pense nisso. Não valorize o que deixou de ganhar, mas o que ganhou. Não valorize o que terá, mas o que tem. Lucro hoje, investido, é mais dinheiro no bolso amanhã. Se é dinheiro que você quer, ninguém pode te recriminar por lucrar 400% em cinco anos. E se te recriminar por perder mais 50%, bem.. é uma pessoa que não se preocupou com seus objetivos. Ignore. Mas se seu objetivo é não perder um imóvel de que você goste ou entenda que é esteio moral para você ou sua família, não venda e fique feliz mesmo que seu preço caia e alguém te recrimine pelo valor perdido!!!
Resolva-se, pois a sua vida quem vive é você e não os outros. A decisão está dentro de você e de ninguém mais.
Acompanharemos, como sempre, as próximas evoluções do mercado imobiliário.
Há a correção da bolha? É hora de vender imóveis? O que fazer nessa perspectiva de estagnação de valorização imobiliária, estagnação de compras e vendas e talvez início de correção de valor de imóveis? Essas perguntas me foram apresentadas por uma grande amiga, Carla, e como é pergunta de mais de uma pessoa e continuidade da análise do mercado de imóveis, abordá-la-ei aqui no Blog para todos nossos leitores.
Observem, parece haver início de correção de imóveis. Mas ninguém pode ainda assegurar isso. Após cinco anos com valorizações médias de imóveis à razão de 40 a 50% ao ano, até haver imóveis que atingiram valorização de 400% no RJ (não 127% como informaram a Schiller, nobel em economia, que reputou tal média ser indicativo de bolha no caso do Brasil, sem poder confirmá-la, por não ter estudado o caso brasileiro), 2012 apresentou valorização média de 1% ao mês, ou 13% ao ano e agosto e setembro de 2013 foram os primeiros meses de queda de valor do metro quadrado no Leblon e também de valor de aluguel. Bem, pra quem já ouviu que "no Brasil preço de imóvel não desce" ou "aumentos ocorrerão até a Copa em 2014" e "quedas não ocorrerão antes das Olimpíadas de 2016", me parece que algumas coisas estão confirmando preços altos, falta de renda do brasileiro e esfriamento do mercado imobiliário, no mínimo.
Então, vejam, aliado a estas informações de estoque de imóveis em carteira de construtoras que não conseguem vender, aliado à informação de que o endividamento brasileiro aumentou 50% em cinco anos (subiu de média de 33% para 45%), temos ainda que o crescimento dos empréstimos para aquisições imobiliárias da CEF diminuíram de ritmo de crescimento. Mesmo o aumento de limite de FGTDS para R$750 mil no RJ, SP, DF e BH não estão sendo capaz de alavancar muitas vendas com os preços dos imóveis onde se encontram.
Mesmo o leilão do campo de Libra.. um amigo estrangeiro, que trabalha no mercado de imóveis, confirmou que por causa do Campo de Libra uma empresa estrangeira pretende alocar aqui 14 mil empregados e procura prédios inteiros no RJ... isso é uma pressão no sentido de manutenção de alta de preços, junto com o famigerado aumento de limite de empréstimo do FGTS... mas temos por enquanto dois meses de queda de preços de imóveis e de aluguel... uma área próxima ao Projac que vendia imóveis a 400 mil reais está vendendo a 350 mil reais; informação de pessoas que trabalham no local.
Então vejam.. ninguém pode dizer ao certo de começou a correção e se ela será rápida como a americana (dois anos e perda de até 99 % do valor) ou se será lenta como a japonesa (perda de 50% do valor depois de trinta anos). Mas nós daremos nossa opinião.
Confirmando tudo o que dissemos até hoje, desde 2010, com análises e ponderações atualizadas durante todos esses três anos, cremos que já se dissipa a idéia de que o limite de valores de imóveis não chegou. Parece que daqui por diante, se há margem para valorizações, essas serão pequenas e apertadas em comparação com as margens para correções que há.
A abordagem sobre a tese de "gentrificação", apregoada pelo Jornal O Globo, com interessantes informações sobre a continuidade de valorização do mercado londrino mesmo após altas estupendas, é muito interessante, mas já tinha sido abordada por nós desde 2010, com base em uma publicação do periódico Le Monde Diplomatique. Nós já fizemos a contraposição sobre ocorrência de bolha ou de alteração de moradores locais, com expulsão de quem não consegue pagar pelas pessoas que conseguem pagar. Talvez esteja ocorrendo um pouco das duas coisas. Não dá para afirmar hoje. O fato é que não há mais quem diga sem titubear que os imóveis continuarão se valorizando no mesmo ritmo até a Copa ou Olimpíada. E é fato que houve duas quedas de valores médios da metragem do Leblon e outros bairros nobres tanto quanto de valores de aluguel. Há também valorização de bairros periféricos.
O mercado internacional, enquanto não alavancar, é um mercado que valoriza dólar, ouro e imóveis como investimentos de defesa de capital. Mas quando o crescimento mundial e o desemprego nos EUA e Europa melhorarem, as bolsas de valores ficarão interessantes e atrairão dinheiro dos mercados defensivos, esvaziando valores do dólar, ouro e imóveis, inclusive no Brasil. VocÊ crê que a economia mundial tende a melhorar ou a piorar?
Observem, neste momento, é bom comprar ou vender? O que fazer? A resposta mais comum é: não se mexa. Mas isso é para quem não sabe o que fazer ou o que dizer. A resposta correta é a que tecemos agora.
Gente, a única pessoa que pode saber o que fazer e é responsável pelas suas decisões é você, leitor. Neste momento é importante você entender qual a sua situação, qual o seu interesse, qual seu nível de aceitação de perdas e fazer sua ação com o máximo de informações possível, responsabilizando-se por suas decisões e não se preocupando com a opinião alheia. Warren Buffet em seu livro, "O TAO de Warren Buffet" diz: "Quando quero uma boa opinião sobre investimentos, converso com o espelho". Rsrsrs Conversemos com nosso espelho aqui. Eu e você.
Houve processo de valorização de imóveis por cinco anos. Começa queda de valores para venda e aluguel. Isso para mim não indica ser momento de compra, que seria com imóvel em baixa. Isso me indica que o momento é de venda. Eu também creio que EUA e Europa e o crescimento mundial melhorarão. Agora veja, isso quer dizer que você tem que vender? Não. Você tem que se perguntar algumas coisas antes.
O imaginário do brasileiro inclui um imóvel próprio como algo estabilizador na vida e até um objetivo de vida, senão o maior. Então, se você crê nisso e tem um único imóvel, não há motivo para você vender seu único imóvel, pois se houver aumento de valor de imóveis no Brasil por qualquer motivo, mesmo que você tenha feito excelente negócio, embolsando valorização de seu capital e 400% em cinco anos, você sofrerá psicologicamente por não ter um imóvel e ter "perdido" a valorização nova recém ocorrida, além de não poder comprar imóvel semelhante por esta ulterior valorização.
Mas se você tem mais de um imóvel ou se você tem renda que te faz ter possibilidade de comprar imóvel depois, vender um imóvel que valorizou 400% em cinco anos me parece um bom negócio. Minha família está vendendo um imóvel, mas manteremos outros quatro. A contragosto em relação a mim, mas família é conservadora e deve ser assim.
Agora, se você resolver vender você deve ter alcançado uma meta de retorno que você ache interessante e que não admita perder. É isso. Vender seu único imóvel para em seguida comprar outro quando o preço dos imóveis cair é especulação imobiliária e tem risco. É isso que você quer, então assuma o risco antes. Tenha claro para você o que você quer. Se você vender e o preço do imóvel cair, ótimo, mas se o preço subir, você deveria ficar satisfeito em ter embolsado 400% de lucro!!! E terá de pagar imposto sobre lucro imobiliário!! Rssrsrs Se não tem estômago para isso, ou seja, para ver o imóvel aumentar de preço após sua venda, você não tem condições psicológicas para vender porque você não valoriza o ganho de capital, mas sim a perda futura e incerta do imóvel.
Se nos vendermos agora o imóvel da família estaremos muito satisfeitos com o retorno que vimos ocorrer e não nos importamos se alguém entrar no negócio agora e vir seu capital crescer mais 50%!! Nós não queremos que o comprador de nosso imóvel faça um mau negócio. Sua felicidade não corresponderá à nossa tristeza. Ganhe ele ou perca, nós estaremos felizes com a venda. Entende? É importante que você esteja tranquilo assim, se quiser vender o imóvel hoje.
Se você quer especular, este não é o site para você se informar, mas para você eu poderia dizer que o momento é interessante para venda de imóvel. Agora veja, não sei se na Espanha ou na Inglaterra, após o evento caótico de "gentrificação" em um bairro popular que virou centro valorizado, construtoras profissionis apostaram que o mesmo ocorreria em uma rua próxima de novo tal centro valorizado... mas a valorização não se estendeu para tal rua!!! Observe.. profissionais que só viviam disso erraram!!! O investimento não deu o retorno esperado.
Então, analise qual o seu interesse. É vender e obter remuneração financeira em títulos da dívida pública que dão mais do que o aluguel deste imóvel? Então admita isso! É realizar lucro? Nesse caso, não há nem risco!!! Quando você sonharia em colocar no bolso 500 mil reais em lucro imobiliário em cinco anos?!?! Seja feliz e ponha isso no banco! Mas não chore porque o mercado subiu e você "poderia ter ganhado mais" ou "você perdeu um imóvel que não conseguirá comprar igual"... isso é psicótico. Ou você quer o lucro ou quer o imóvel. Sim, você quer os dois.. mas eu também!! Só que não dá para assegurar os dois. Você tem que focar no que te deixa mais feliz: ter um imóvel com tais qualidades ou ter o retorno certo do lucro imobiliário que você já atingiu e ficar com esse dinheiro remunerando em investimentos!!
Assim que você definir seu objetivo, qualquer medida que tomar será exitosa!! Não pense no que outros dirão, pois é claro que sempre te criticarão pela perda de lucro (os mais financistas), no caso de não vender e o imóvel descer de preço, e sempre te criticarão por perda do imóvel, no caso de vender e o imóvel subir de preço!! O verdadeiro amigo te perguntará: ficou feliz com o negócio (venda ou não venda)? Atingiu seu objetivo (lucro imobiliário, mais lucro imobiliário ou ter um imóvel de que você goste)?
O que mais existe no mercado são os explicadores e analistas de fatos retroativos!!! Ignore-os! Eles são assim: (a) você vendeu e subiu o preço do imóvel: "Que besteira que você fez!! Era óbvio que subiria por isso e por aquilo!!!"; (b) você não vendeu e caiu o preço do imóvel: "Que besteira que você fez!! Era óbvio que desceria o preço do imóvel por isso e por aquilo!!!"; (c) você não vendeu e subiu: "Uau!! Eu não disse? Ainda bem que tu não vendeu!! Excelente escolha!! Você é um gênio! Que sorte!"; (d) Você vendeu e caiu o preço do imóvel: "Uau!! Eu não disse? Ainda bem que tu vendeu!! Excelente escolha!! Você é um gênio! Que sorte!". Não há mérito na "análise retroativa". Isso é o que a grande mídia faz e o que o grande público repete. Não interessa o que digam da sua escolha. O que interessa é como você se convenceu sobre sua escolha e a satisfação de assunção dos riscos inerentes à sua escolha.
Pense nisso. Não valorize o que deixou de ganhar, mas o que ganhou. Não valorize o que terá, mas o que tem. Lucro hoje, investido, é mais dinheiro no bolso amanhã. Se é dinheiro que você quer, ninguém pode te recriminar por lucrar 400% em cinco anos. E se te recriminar por perder mais 50%, bem.. é uma pessoa que não se preocupou com seus objetivos. Ignore. Mas se seu objetivo é não perder um imóvel de que você goste ou entenda que é esteio moral para você ou sua família, não venda e fique feliz mesmo que seu preço caia e alguém te recrimine pelo valor perdido!!!
Resolva-se, pois a sua vida quem vive é você e não os outros. A decisão está dentro de você e de ninguém mais.
Acompanharemos, como sempre, as próximas evoluções do mercado imobiliário.
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Crítica ao artigo "Um rombo exemplar", de Miriam Leitão e considerações sobre política fiscal atual
Senhores e senhoras, não pude deixar de responder. Eu entendo que o número alto para o mês de setembro de 2013 de 9,049 bilhões de reais de déficit fiscal é alto e merece manchete... mas a abordagem não está equilibrada e acaba desinformando mais do que informando. Nesse sentido a manchete do Jornal O Globo de hoje, 1º de novembro de 2013 e o artigo da Coluna da Míriam Leitão, na página 24 dessa mesma edição erraram.
Pra quem lê, a impressão é de descontrole. Mas para quem acompanha e para quem lê friamente o artigo na página 26 e contrapõe aos argumentos da Míriam, em sua coluna pode constatar que o déficit de setembro é uma foto. Mas a vida é um filme. Uma foto de uma careta de uma criança pode dar a má impressão de ela ser feia, mas conhecê-la em movimento e ao vivo e a cores pode mostrar que ela é linda.
Não há descontrole fiscal. Houve opção fiscal por investimento em crescimento econômico e manutenção de empregos. Isso gerou necessidade de gastos/investimentos que geram menos receitas (isenções tributárias e previdenciárias) e mais despesas (aumento normal anual da folha de pagamento, como qualquer empresa, subsídios a empresas e à economia - o outro lado da isenção tributária). Isso gera superávit menor. Mas há superávit.
Observe que a despeito do escândalo como foi noticiado o "rombo fiscal", na verdade já há superávit primário de R$45 bilhões de reais de janeiro a setembro de 2013 e de 75 bilhões nos últimos 12 meses. Rombo é quando há déficit, mas temos superávit!!! Rsrsrss
Agora vejamos as causas do superávit menor: isenções tributárias e previdenciárias no valor de R$58 bilhões em 2013. Essas isenções foram aplaudidas pela grande mídia. Nós aplaudimos as tributárias, mas não as previdenciárias. Porque as previdenciárias geram dívida para o INSS. As isenções tributárias geram subsidio á economia tanto quanto a previdenciária, mas não geram déficit no INSS. R$58 bilhões (isenções concedidas) mais R$45 bilhões (superávit fiscal até setembro de 2013) dariam R$93 bilhões de superávit fiscal, os quais somados ao que entrará para a receita até o fim do ano praticamente satisfaria o superávit cheio de 3 % do PIB originalmente proposto e roa cobrado pela mídia.
Então, por adotar medidas que impulsionavam a economia e que foram aplaudidos pela mídia, o governo agora é acusado de descompromisso com o superávit fiscal e de criar política fiscal que gera "rombo"... nõa é psicótico? Isso é verdade para quem?!?
E vejam quem apresentou o que significou de benefício econômico as isenções tributárias e previdenciárias? E o crescimento auferido com essas medidas? E a manutenção de taxa de desemprego baixa? Como seriam esses índices sem as isenções e subsídios, incluindo relativo à energia elétrica?
E ainda não está sequer se considerando que receita da União provindas da Petrobrás baixaram drasticamente por não estarem funcionando nove plataformas, em manutenção ou construção, e que funcionarão a partir de novembro e dezembro de 2013, acrescentando um milhão de barris diários de petróelo e respectivos tributos e dividendos para o Tesouro. E ainda houve pagamento de décimo terceiro a todos os benefíciários do INSS. Com salários mínimos maiores. Ficou tudo concentrado sim, como Miriam disse. Para que a mídia sofisme um único mês. Mas isso não foi apenas construído pelo governo, mas também obra do acaso, pois o governo não queria a Petrobrás não produzindo todo esse tempo, por exemplo. Mas é bom evitar os desastres em plataformas ocorridos no governo FHC por falta de manutenção de plataformas.. 11 pessoas morreram...
Então, fica aqui nossa crítica e nosso comentário. Ou se privilegia superávit fiscal e orçamento lustroso e lindo, cheio de reais para mostrar a estrangeiros e ao exigente FMI (que não exige na mesma medida de europeus e americanos que estão infinitamente piores do que nós) ou se compõe responsabilidade fiscal com crescimento econômico e emprego. Para o Blog Perspectiva Crítica, a composição entre inflação, responsabilidade fiscal, crescimento econômico e manutenção de emprego está interessante para o País, no momento.
O grande problema da informação da Miriam e do Globo, nesta hipótese, é criar um alarme falso e já no mês seguinte e no fim do ano ter de dizer que houve superávit fiscal, que as contas fecharam no azul, que a dívida líquida do Brasil continua caindo em relação ao pib. Isso gera uma confusão no leitor. O leitor não encontrará essa confusão aqui.
E por mais que a grande mídia, junto com o mercado financeiro e junto com o The Economist e analistas do FMI (estrangeiros vejam..) queiram dizer que a relação dívida bruta/Pib está em 60%... senhores, a dos EUA passa de 110% e ele nem tem autorização constitucional para se endividar mais.. mas precisa disso para não calotar o mundo inteiro.. A Alemanha tem dívida de 85% e a França de 90% e Itália de 120%.. então, como o Brasil está mal? Mas ele está ainda abaixo de algumas nações europeías e os EUA no rating de agências de rating (européias e americanas).. rsrsrs
E mais, nossa dívida bruta, com "o Tesouro turbinando o BNDES" é para incentivar o crescimento e o emprego do Brasil. Nos EUA e Europa é para que empresas e bancos e países não vão à falência!!! Olha a diferença!!!!!
Quer dizer.. é um grande circo essa informação de baixo nível sobre política fiscal e dívida soberana... Esperamos que assim, nossos leitores sejam desenganados contra as informações imediatistas, fotográficas e desinformativas propagandeada pela mídia.
Torçamos para que o crescimento econômico venha mais forte em 2014, pois diminuirá o impacto dos subsídios concedidos em 2013 e das isenções tributárias e previdenciárias. Torçamos para que a Petrobrás produza logo mais petróleo. Torçamos para que o Brasil continue nesse caminho de investimentos na economia e que os bancos privados, como anunciado, venham ajudar no financiamento de investimentos de longo prazo como na infra-estrutura, pois isso aliviará a necessidade de o Tesouro colocar valores disponíveis no BNDES que sozinho faz esse papel desde que foi criado. E torçamos para que em 2014 a mídia se apresente mais informativa e menos sensacionalista do que em 2013!!
São os votos do Blog Perspectiva Crítica.
p.s.: E sobre a contabilidade criativa? É verdade.. isso ocorreu e foi denunciada também por Delfim Neto. E mais uma vez, como sempre, é impossível discordar de Delfim Neto. Mas o que o governo fez nunca tinha sido feito antes. O que o governo fez é o que as empresas fazem desde sempre: adaptar contas para apresentar melhores resultados. E foi publicizado. Não foram alterados dados orçamentários ou contábeis e escriturados. Todos viram o que ocorria. Houve uma reação ruim contra essa manipulação de contas, origens de valores, forma de contabilizar, mas não houve alteração de dados, omissão de dados, enganação da sociedade... houve, sim, um arranhão sobre o quanto o governo pode elastecer as contas para não efetuar economia para pagar juros, para "prejudicar" o superávit primário sem parecer diminui-lo ao apresentar a conta final. Isso criou desconfiança sim. E parece que parou. Era uma novidade que se viu que não resulta em algo bom. Pelo contrário. e nisso é bom continuar-se em cima. Mas que empresas fazem o mesmo desde sempre.. isso fazem.. então ficamos sabendo que nem tudo que é bom para empresas parece ser bom para o Estado.. Só que somente isso não justifica o escárnio, a descrença, as lanças e flechas e desmontar a imagem real do que ocorre: não vemos descontrole fiscal, mas composição de fatores tais como gastos e investimentos públicos, administração da inflação e administração do câmbio compostos com responsabilidade fiscal e atenção ao crescimento econômico e geração de emprego.
E a alteração do índice que corrige a dívida dos Estado e Municípios? Beneficia mais a cidade de São Paulo, dentre todas as cidades.. mas beneficia mais Minas Gerais, dentre todos os Estados. Não vejo problema de a dívida de Estados e Municípios do Brasil serem corrigidos monetariamente pelo índice oficial da inflação brasileira, o IPCA ou o índice de correção de dívidas tributárias e corretor de dívidas da União, a Selic, o que for menor. Por quê? Porque o IGP tem grande conteúdo de dólar e só faz sentido usá-lo quando não há estabilidade econômica e inflacionária, situação à época da federalização da dívida pública de Municípios e Estados. O índice de correção ser mais compatível com a economia brasileira me parece bom e se alivia os Estados e Municípios, para que a União não lucre em cima dos entes da Federação, me parece justo. Mas pesa mais para a União. Com certeza ela deixará de ganhar um pouco mais, mas e a solidariedade federativa? O que ofenderia a Lei de Responsabilidade Fiscal a meu ver seria retirar a correção monetária e/ou desrespeitar limites de endividamento federal, municipal e estadual. Nada disso está ocorrendo. Então, senhores e senhoras.. também não vi nada demais por aqui, considerando-se as condições macroeconômicas, inflacionária, fiscais e de arrecadação do Brasil de hoje.
É isso.
Pra quem lê, a impressão é de descontrole. Mas para quem acompanha e para quem lê friamente o artigo na página 26 e contrapõe aos argumentos da Míriam, em sua coluna pode constatar que o déficit de setembro é uma foto. Mas a vida é um filme. Uma foto de uma careta de uma criança pode dar a má impressão de ela ser feia, mas conhecê-la em movimento e ao vivo e a cores pode mostrar que ela é linda.
Não há descontrole fiscal. Houve opção fiscal por investimento em crescimento econômico e manutenção de empregos. Isso gerou necessidade de gastos/investimentos que geram menos receitas (isenções tributárias e previdenciárias) e mais despesas (aumento normal anual da folha de pagamento, como qualquer empresa, subsídios a empresas e à economia - o outro lado da isenção tributária). Isso gera superávit menor. Mas há superávit.
Observe que a despeito do escândalo como foi noticiado o "rombo fiscal", na verdade já há superávit primário de R$45 bilhões de reais de janeiro a setembro de 2013 e de 75 bilhões nos últimos 12 meses. Rombo é quando há déficit, mas temos superávit!!! Rsrsrss
Agora vejamos as causas do superávit menor: isenções tributárias e previdenciárias no valor de R$58 bilhões em 2013. Essas isenções foram aplaudidas pela grande mídia. Nós aplaudimos as tributárias, mas não as previdenciárias. Porque as previdenciárias geram dívida para o INSS. As isenções tributárias geram subsidio á economia tanto quanto a previdenciária, mas não geram déficit no INSS. R$58 bilhões (isenções concedidas) mais R$45 bilhões (superávit fiscal até setembro de 2013) dariam R$93 bilhões de superávit fiscal, os quais somados ao que entrará para a receita até o fim do ano praticamente satisfaria o superávit cheio de 3 % do PIB originalmente proposto e roa cobrado pela mídia.
Então, por adotar medidas que impulsionavam a economia e que foram aplaudidos pela mídia, o governo agora é acusado de descompromisso com o superávit fiscal e de criar política fiscal que gera "rombo"... nõa é psicótico? Isso é verdade para quem?!?
E vejam quem apresentou o que significou de benefício econômico as isenções tributárias e previdenciárias? E o crescimento auferido com essas medidas? E a manutenção de taxa de desemprego baixa? Como seriam esses índices sem as isenções e subsídios, incluindo relativo à energia elétrica?
E ainda não está sequer se considerando que receita da União provindas da Petrobrás baixaram drasticamente por não estarem funcionando nove plataformas, em manutenção ou construção, e que funcionarão a partir de novembro e dezembro de 2013, acrescentando um milhão de barris diários de petróelo e respectivos tributos e dividendos para o Tesouro. E ainda houve pagamento de décimo terceiro a todos os benefíciários do INSS. Com salários mínimos maiores. Ficou tudo concentrado sim, como Miriam disse. Para que a mídia sofisme um único mês. Mas isso não foi apenas construído pelo governo, mas também obra do acaso, pois o governo não queria a Petrobrás não produzindo todo esse tempo, por exemplo. Mas é bom evitar os desastres em plataformas ocorridos no governo FHC por falta de manutenção de plataformas.. 11 pessoas morreram...
Então, fica aqui nossa crítica e nosso comentário. Ou se privilegia superávit fiscal e orçamento lustroso e lindo, cheio de reais para mostrar a estrangeiros e ao exigente FMI (que não exige na mesma medida de europeus e americanos que estão infinitamente piores do que nós) ou se compõe responsabilidade fiscal com crescimento econômico e emprego. Para o Blog Perspectiva Crítica, a composição entre inflação, responsabilidade fiscal, crescimento econômico e manutenção de emprego está interessante para o País, no momento.
O grande problema da informação da Miriam e do Globo, nesta hipótese, é criar um alarme falso e já no mês seguinte e no fim do ano ter de dizer que houve superávit fiscal, que as contas fecharam no azul, que a dívida líquida do Brasil continua caindo em relação ao pib. Isso gera uma confusão no leitor. O leitor não encontrará essa confusão aqui.
E por mais que a grande mídia, junto com o mercado financeiro e junto com o The Economist e analistas do FMI (estrangeiros vejam..) queiram dizer que a relação dívida bruta/Pib está em 60%... senhores, a dos EUA passa de 110% e ele nem tem autorização constitucional para se endividar mais.. mas precisa disso para não calotar o mundo inteiro.. A Alemanha tem dívida de 85% e a França de 90% e Itália de 120%.. então, como o Brasil está mal? Mas ele está ainda abaixo de algumas nações europeías e os EUA no rating de agências de rating (européias e americanas).. rsrsrs
E mais, nossa dívida bruta, com "o Tesouro turbinando o BNDES" é para incentivar o crescimento e o emprego do Brasil. Nos EUA e Europa é para que empresas e bancos e países não vão à falência!!! Olha a diferença!!!!!
Quer dizer.. é um grande circo essa informação de baixo nível sobre política fiscal e dívida soberana... Esperamos que assim, nossos leitores sejam desenganados contra as informações imediatistas, fotográficas e desinformativas propagandeada pela mídia.
Torçamos para que o crescimento econômico venha mais forte em 2014, pois diminuirá o impacto dos subsídios concedidos em 2013 e das isenções tributárias e previdenciárias. Torçamos para que a Petrobrás produza logo mais petróleo. Torçamos para que o Brasil continue nesse caminho de investimentos na economia e que os bancos privados, como anunciado, venham ajudar no financiamento de investimentos de longo prazo como na infra-estrutura, pois isso aliviará a necessidade de o Tesouro colocar valores disponíveis no BNDES que sozinho faz esse papel desde que foi criado. E torçamos para que em 2014 a mídia se apresente mais informativa e menos sensacionalista do que em 2013!!
São os votos do Blog Perspectiva Crítica.
p.s.: E sobre a contabilidade criativa? É verdade.. isso ocorreu e foi denunciada também por Delfim Neto. E mais uma vez, como sempre, é impossível discordar de Delfim Neto. Mas o que o governo fez nunca tinha sido feito antes. O que o governo fez é o que as empresas fazem desde sempre: adaptar contas para apresentar melhores resultados. E foi publicizado. Não foram alterados dados orçamentários ou contábeis e escriturados. Todos viram o que ocorria. Houve uma reação ruim contra essa manipulação de contas, origens de valores, forma de contabilizar, mas não houve alteração de dados, omissão de dados, enganação da sociedade... houve, sim, um arranhão sobre o quanto o governo pode elastecer as contas para não efetuar economia para pagar juros, para "prejudicar" o superávit primário sem parecer diminui-lo ao apresentar a conta final. Isso criou desconfiança sim. E parece que parou. Era uma novidade que se viu que não resulta em algo bom. Pelo contrário. e nisso é bom continuar-se em cima. Mas que empresas fazem o mesmo desde sempre.. isso fazem.. então ficamos sabendo que nem tudo que é bom para empresas parece ser bom para o Estado.. Só que somente isso não justifica o escárnio, a descrença, as lanças e flechas e desmontar a imagem real do que ocorre: não vemos descontrole fiscal, mas composição de fatores tais como gastos e investimentos públicos, administração da inflação e administração do câmbio compostos com responsabilidade fiscal e atenção ao crescimento econômico e geração de emprego.
E a alteração do índice que corrige a dívida dos Estado e Municípios? Beneficia mais a cidade de São Paulo, dentre todas as cidades.. mas beneficia mais Minas Gerais, dentre todos os Estados. Não vejo problema de a dívida de Estados e Municípios do Brasil serem corrigidos monetariamente pelo índice oficial da inflação brasileira, o IPCA ou o índice de correção de dívidas tributárias e corretor de dívidas da União, a Selic, o que for menor. Por quê? Porque o IGP tem grande conteúdo de dólar e só faz sentido usá-lo quando não há estabilidade econômica e inflacionária, situação à época da federalização da dívida pública de Municípios e Estados. O índice de correção ser mais compatível com a economia brasileira me parece bom e se alivia os Estados e Municípios, para que a União não lucre em cima dos entes da Federação, me parece justo. Mas pesa mais para a União. Com certeza ela deixará de ganhar um pouco mais, mas e a solidariedade federativa? O que ofenderia a Lei de Responsabilidade Fiscal a meu ver seria retirar a correção monetária e/ou desrespeitar limites de endividamento federal, municipal e estadual. Nada disso está ocorrendo. Então, senhores e senhoras.. também não vi nada demais por aqui, considerando-se as condições macroeconômicas, inflacionária, fiscais e de arrecadação do Brasil de hoje.
É isso.
quarta-feira, 30 de outubro de 2013
Marco regulatório mundial para a espionagem: mais uma vitória da Diplomacia Brasileira
A Presidente Dilma foi a primeira a causar grande alarde contra a espionagem desenfreada norte-americana. Falou sozinha, encontrando ressonância somente junto aos BRICs. Depois as espionagens ao México foram torandas públicas pelos vazamentos de Snowden. Mas o México ficou mudo. Com a vazamento sobre a espionagem também de líderes europeus, incluindo França, Itália, Alemanha, Espanha e outros, finalmente houve movimento mais contundente e busca por respostas contra americanos e a atividade da NSA. Depois que França e Alemanha reclamaram, México também reclamou.
Só que a proposta de Dilma para que houvesse uma regulamentação da espionagem mundial ia ser apresentada às Nações Unidas.. mas os europeus começaram a querer criar um acordo de conduta entre Bruxelas e Washington. Isso seria péssimo e Dilma denunciou. Seria péssimo porque retiraria apoio dessas nações a um acordo mais abrangente e que protegesse todo o mundo e não só europeus. Houve retorno ao apelo, por parte da Alemanha.
Assim, recentemtne foi divulgado pelo Jornal O Globo que será apresentada uma proposta teuto-brasileira para a proteção à privacidade em comunicações por todo o Globo ao G-20. Isso é mérito da diplomacia brasileira e da postura autônoma do governo brasileiro conduzido por Dilma. E também pontua a arbitrariedade, abuso de confiança, anti-ética que caracteriza a atuação norte-americana em relação a seus pares.
Esses dois resultados têm como epicentro o vazamento do herói internacional Edward Snowden, americano empregado terceirizado do serviço de inteligência da NSA exilado na Rússia, mas teve sua pronta denúncia com a energia adequada originada no Brasil. Ponto para nossa diplomacia, que protagonizam, hoje, no mundo, a defesa dos direitos individuais, do direito à privacidade, da soberania e auto-determinaçaõ dos povos.
Aguardamos o vindouro Marco Regulatório Mundial da Espionagem, que não virá com esse título, claro, mas que será resultado da postiva e autônoma atuação do Brasil no mundo. A atuação do Brasil é sempre de prestígio dos Fóruns multilaterais. ONU, OMC, qualquer um. Porque acordos bilaterais são importantes para quem tem o poder e o quer exercer em prejuízo dos menores.
Acordos bilaterias tanto de comércio como agora nesta questão de segurança não ajuda a fortalecer Fóruns Mundiais, não equilibram o poder economômico, político e militar mundial e prejudicam os interesses do Brasil e da maioria dos países. Um acordo para proteção mundial contra espionagem através do G-20 e da ONU é melhor do que acordos bilaterias nesse sentido. E o Braisl conseguiu atrair a Alemanha nesse sentido.
Parabéns Itamaraty. Parabéns Dilma.
Só que a proposta de Dilma para que houvesse uma regulamentação da espionagem mundial ia ser apresentada às Nações Unidas.. mas os europeus começaram a querer criar um acordo de conduta entre Bruxelas e Washington. Isso seria péssimo e Dilma denunciou. Seria péssimo porque retiraria apoio dessas nações a um acordo mais abrangente e que protegesse todo o mundo e não só europeus. Houve retorno ao apelo, por parte da Alemanha.
Assim, recentemtne foi divulgado pelo Jornal O Globo que será apresentada uma proposta teuto-brasileira para a proteção à privacidade em comunicações por todo o Globo ao G-20. Isso é mérito da diplomacia brasileira e da postura autônoma do governo brasileiro conduzido por Dilma. E também pontua a arbitrariedade, abuso de confiança, anti-ética que caracteriza a atuação norte-americana em relação a seus pares.
Esses dois resultados têm como epicentro o vazamento do herói internacional Edward Snowden, americano empregado terceirizado do serviço de inteligência da NSA exilado na Rússia, mas teve sua pronta denúncia com a energia adequada originada no Brasil. Ponto para nossa diplomacia, que protagonizam, hoje, no mundo, a defesa dos direitos individuais, do direito à privacidade, da soberania e auto-determinaçaõ dos povos.
Aguardamos o vindouro Marco Regulatório Mundial da Espionagem, que não virá com esse título, claro, mas que será resultado da postiva e autônoma atuação do Brasil no mundo. A atuação do Brasil é sempre de prestígio dos Fóruns multilaterais. ONU, OMC, qualquer um. Porque acordos bilaterais são importantes para quem tem o poder e o quer exercer em prejuízo dos menores.
Acordos bilaterias tanto de comércio como agora nesta questão de segurança não ajuda a fortalecer Fóruns Mundiais, não equilibram o poder economômico, político e militar mundial e prejudicam os interesses do Brasil e da maioria dos países. Um acordo para proteção mundial contra espionagem através do G-20 e da ONU é melhor do que acordos bilaterias nesse sentido. E o Braisl conseguiu atrair a Alemanha nesse sentido.
Parabéns Itamaraty. Parabéns Dilma.
PM aparenta mudar para melhor: casos recentes. E a questão da desmilitarização da Polícia Militar.
O que têm em comum o caso de jato ostensivo de uma gigante garrafa de spray de pimenta sobre senhores professores tentadno entrar na Câmara Municipal, o caso Amarildo e o recente caso de um tenente-coronel da PM sendo flagrado fugindo da Lei Seca? RTodos foram protagonizados por Oficiais da PM. Isso é bom ou ruim?
Para o Blog isso é um bom indicativo. Claro que não pelas infraçãoes em si, todas tristes e desprestigiosas da Polícia Militar, mas observe que há uma mudança na mentalidade da tropa. Muitos soldados e cabos não querem fazer atos equivocados, ilíticos ou abomináveis e os chefes que querem perpetrar tais arbitr5ariedades, estejam bem intencionados (segundo suas consciências) ou não, estão tendo de botar a "mão na massa".
Esse processo é denotativo de melhora da consciência da PM como um todo e pode demonstrar que mais abusos de policiais militares estão com os dias contados. Sim, porque se os soldados não fazem e os oficiais que são obrigados a fazer são punidos, logo, logo, outros oficiais não farão e os soldados e cabos verão que suas condutas em não participar foram a melhor escolha.
O Major acusado de protagonizar a questão do Amarildo ainda tem as conotações mais clássicas em que o oficial fica mais longe da execução do ato ilícito e outros policiais executam todos os atos, mas um oficial tentente, também acusado, teria tido de participar de atos executórios. Observe-se que normalmente só eram pegos soldados e cabos e sargentos.
O Jato de spray de pimenta gigante ativado sobre as cabeças de professores sem qualquer porte atlético ou atitude agressiva teve de ser executado por um Oficial da PM. Por quê? Porque os soldados estão mais conscientes e sabem que seria exagero. Qudno a ordem é exagerada estão ficando reticentes e o Oficial que deu a ordem, para não perder a moral, demonstra que ele mesmo o fará, para dar (mal) exemplo. Se esses oficiais continuarem sendo punidos, o abuso da PM, se não se pode dizer que acabará, diminuirá bastante, para reverter em boa imagem da instituição perante a sociedade.
O mesmo se diga de Tenente-Coronel que segundo o Jornla O Globo, teria sido flagrado fugindo da Lei Seca. Pergunto: se a autoridade do Tenente-Coronel fosse superior à lei dentro da PM ele precisaria fugir da Lei Seca? Não. Essa notícia abaliza a liceidade e força das blitz da Lei Seca e demonstram que são sérias e bem conduzidas. Nem o alto escalão da instituição que executa a Blitz da Lei Seca pode se livrar de sua atuação, registro e, se for o caso, punição!! Sobre esse caso, veja em http://oglobo.globo.com/pais/tenente-coronel-da-pm-flagrado-fugindo-de-fiscalizacao-da-lei-seca-em-vitoria-10598827
Interessante e auspiciosos esses fatos.
Entretanto, já pude debater com um servidor do setor de Segurança Pública de alto nível educacional e intelectual de que uma grande solução para a PM seria a desmilitarização. O Blog era contra pois não via maiores vantagens na medida, já que deve haver a Polícia ostensiva com atribuições diferentes da Polícia investigativa que é a Polícia Civil.
Ele nos informou, entretanto, que a militarização traz o problema da prisão militar para o militar que não cumpre ordens superiores. Assim, como essa punição tem uma subjetividade alta e pouco questionamento interno pela cúpula da Corporação Militar, há abusos e o policial militar é muitas vezes "obrigado" pelas circunstâncias a executar ordens ilegais.
Desmilitarizada, segundo essa fonte, o policiamento ostensivo poderia ser exercida por uma Polícia Metropolitana cujos policiais não seriam submetidos aos rigores de regras militares e que se negariam prontamente a realizar ordens ilegais ou abusivas. Contra eles só poderiam correr procedimentos administrativos em que ficariam claro quem deu a ordem não cumprida e qual foi, o que inibe a busca de punição dos policiais que se negam a cumprir ordens ilegais, naturalmente. É mais segurança a eles que se reverte em mais segurança à sociedade.
Também o argumento de que as polícias militares seriam reserva das Forças Armadas, segundo ele, perdem peso diante da importância cada vez maior de tecnologia em confrontos reais de guerra. Segundo ele esses PMs não podem substituir a necessidde de mísseis, aviões supersônicos, submarinos, veículos voadores não tripulados e toda a gama de aparatos inteligentes necessários para se ganhar uma guerra.
Fiquei, naturalmente, impressionado com essas informações e as repasso, indicando que o Blog Perspectiva Crítica vê muita melhora na histórica e valorosa Polícia Militar e por motivos culturais e históricos nós gostaríamos de ver a Polícia Militar, em sua compleição atual, vigorosa e cumpridora da lei com segurança para seus policiais e para a sociedade. Entretanto, admitimos a objetividade e força dos argumentos da desmilitarização da Polícia Militar como uma alternativa viável de ter uma boa polícia ostensiva com segurança aos executores desse policiamento e para toda a sociedade.
Fica aqui a posição do Blog no tema.
Para o Blog isso é um bom indicativo. Claro que não pelas infraçãoes em si, todas tristes e desprestigiosas da Polícia Militar, mas observe que há uma mudança na mentalidade da tropa. Muitos soldados e cabos não querem fazer atos equivocados, ilíticos ou abomináveis e os chefes que querem perpetrar tais arbitr5ariedades, estejam bem intencionados (segundo suas consciências) ou não, estão tendo de botar a "mão na massa".
Esse processo é denotativo de melhora da consciência da PM como um todo e pode demonstrar que mais abusos de policiais militares estão com os dias contados. Sim, porque se os soldados não fazem e os oficiais que são obrigados a fazer são punidos, logo, logo, outros oficiais não farão e os soldados e cabos verão que suas condutas em não participar foram a melhor escolha.
O Major acusado de protagonizar a questão do Amarildo ainda tem as conotações mais clássicas em que o oficial fica mais longe da execução do ato ilícito e outros policiais executam todos os atos, mas um oficial tentente, também acusado, teria tido de participar de atos executórios. Observe-se que normalmente só eram pegos soldados e cabos e sargentos.
O Jato de spray de pimenta gigante ativado sobre as cabeças de professores sem qualquer porte atlético ou atitude agressiva teve de ser executado por um Oficial da PM. Por quê? Porque os soldados estão mais conscientes e sabem que seria exagero. Qudno a ordem é exagerada estão ficando reticentes e o Oficial que deu a ordem, para não perder a moral, demonstra que ele mesmo o fará, para dar (mal) exemplo. Se esses oficiais continuarem sendo punidos, o abuso da PM, se não se pode dizer que acabará, diminuirá bastante, para reverter em boa imagem da instituição perante a sociedade.
O mesmo se diga de Tenente-Coronel que segundo o Jornla O Globo, teria sido flagrado fugindo da Lei Seca. Pergunto: se a autoridade do Tenente-Coronel fosse superior à lei dentro da PM ele precisaria fugir da Lei Seca? Não. Essa notícia abaliza a liceidade e força das blitz da Lei Seca e demonstram que são sérias e bem conduzidas. Nem o alto escalão da instituição que executa a Blitz da Lei Seca pode se livrar de sua atuação, registro e, se for o caso, punição!! Sobre esse caso, veja em http://oglobo.globo.com/pais/tenente-coronel-da-pm-flagrado-fugindo-de-fiscalizacao-da-lei-seca-em-vitoria-10598827
Interessante e auspiciosos esses fatos.
Entretanto, já pude debater com um servidor do setor de Segurança Pública de alto nível educacional e intelectual de que uma grande solução para a PM seria a desmilitarização. O Blog era contra pois não via maiores vantagens na medida, já que deve haver a Polícia ostensiva com atribuições diferentes da Polícia investigativa que é a Polícia Civil.
Ele nos informou, entretanto, que a militarização traz o problema da prisão militar para o militar que não cumpre ordens superiores. Assim, como essa punição tem uma subjetividade alta e pouco questionamento interno pela cúpula da Corporação Militar, há abusos e o policial militar é muitas vezes "obrigado" pelas circunstâncias a executar ordens ilegais.
Desmilitarizada, segundo essa fonte, o policiamento ostensivo poderia ser exercida por uma Polícia Metropolitana cujos policiais não seriam submetidos aos rigores de regras militares e que se negariam prontamente a realizar ordens ilegais ou abusivas. Contra eles só poderiam correr procedimentos administrativos em que ficariam claro quem deu a ordem não cumprida e qual foi, o que inibe a busca de punição dos policiais que se negam a cumprir ordens ilegais, naturalmente. É mais segurança a eles que se reverte em mais segurança à sociedade.
Também o argumento de que as polícias militares seriam reserva das Forças Armadas, segundo ele, perdem peso diante da importância cada vez maior de tecnologia em confrontos reais de guerra. Segundo ele esses PMs não podem substituir a necessidde de mísseis, aviões supersônicos, submarinos, veículos voadores não tripulados e toda a gama de aparatos inteligentes necessários para se ganhar uma guerra.
Fiquei, naturalmente, impressionado com essas informações e as repasso, indicando que o Blog Perspectiva Crítica vê muita melhora na histórica e valorosa Polícia Militar e por motivos culturais e históricos nós gostaríamos de ver a Polícia Militar, em sua compleição atual, vigorosa e cumpridora da lei com segurança para seus policiais e para a sociedade. Entretanto, admitimos a objetividade e força dos argumentos da desmilitarização da Polícia Militar como uma alternativa viável de ter uma boa polícia ostensiva com segurança aos executores desse policiamento e para toda a sociedade.
Fica aqui a posição do Blog no tema.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Falta de servidores pode ser uma das razões do déficit recorde no FAT
Em mais um exemplo da importância de termos servidores públicos em quantidade suficiente para obtermos o máximo de vantagens e serviços que ajudem o País a crescer, o FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) é a mais nova vítima da falta de servidores.
O artigo do Jornal O Globo de hoje, 28/10/2013, intitulado "Déficit recorde no FAT" traz a importante informação de que há incongruência em descer a taxa de desemprego no Brasil e aumentar os repasses do seguro-desemprego de forma a gerar aumento de déficit recorde na FAT de 7,2 bilhões de reais.
Fraudes (trabalhadores pedem para trabalhar sem assinar carteira e depois que têm prazo de trabalho suficiente para pedir seguro-desemprego pedem demissão pra receber mais seguro-desemprego) e 20% de repasse do fundo ao governo através de dispositivo orçamentário previsto legalmente e intitulado DRU (Desvinculação de Receitas da União) encabeçam o problema, mas também a falta de servidores para analisar casos que poderiam não ser pagos está na conta. Veja o trecho do artigo:
"Pelas regras do seguro-desemprego, a recusa por parte do trabalhador de outro emprego condinzente com sua qualificação e remuneração anterior pode resultar no cancelamento do benefício, mas faltam funcionários treinados nas agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine)."
Observe... eles até poderiam ser privados, já que são do sistema Sine, mas a questão é que por falta de pessoas treinadas o FAT sangra. Essa falta de prestação de serviço adequado à população ocorre em todos os setores do funcionalismo público.. menos em Brasília, claro... com excesso de funcionários comissionados (25 mil) em 39 Ministérios, ao custo de 59 bilhões de reais anuais, enquanto todo o funcionalismo público federal que cuida do Brasil inteiro custa 200 bilhões de reais!!
Veja que como dissemos aqui.. a conta-gotas, a mídia noticia falta de servidores e os prejuízos sociais reflexos desta falta de servidores... até quando continuará essa irresponsabilidade informativa? Esse descomprometimento com um serviço público de qualidade e em quantidade ideais para a sociedade se beneficiar integralmente do potencial pleno que o serviço público pode dar ao cidadão e à economia?
O artigo do Jornal O Globo de hoje, 28/10/2013, intitulado "Déficit recorde no FAT" traz a importante informação de que há incongruência em descer a taxa de desemprego no Brasil e aumentar os repasses do seguro-desemprego de forma a gerar aumento de déficit recorde na FAT de 7,2 bilhões de reais.
Fraudes (trabalhadores pedem para trabalhar sem assinar carteira e depois que têm prazo de trabalho suficiente para pedir seguro-desemprego pedem demissão pra receber mais seguro-desemprego) e 20% de repasse do fundo ao governo através de dispositivo orçamentário previsto legalmente e intitulado DRU (Desvinculação de Receitas da União) encabeçam o problema, mas também a falta de servidores para analisar casos que poderiam não ser pagos está na conta. Veja o trecho do artigo:
"Pelas regras do seguro-desemprego, a recusa por parte do trabalhador de outro emprego condinzente com sua qualificação e remuneração anterior pode resultar no cancelamento do benefício, mas faltam funcionários treinados nas agências do Sistema Nacional de Emprego (Sine)."
Observe... eles até poderiam ser privados, já que são do sistema Sine, mas a questão é que por falta de pessoas treinadas o FAT sangra. Essa falta de prestação de serviço adequado à população ocorre em todos os setores do funcionalismo público.. menos em Brasília, claro... com excesso de funcionários comissionados (25 mil) em 39 Ministérios, ao custo de 59 bilhões de reais anuais, enquanto todo o funcionalismo público federal que cuida do Brasil inteiro custa 200 bilhões de reais!!
Veja que como dissemos aqui.. a conta-gotas, a mídia noticia falta de servidores e os prejuízos sociais reflexos desta falta de servidores... até quando continuará essa irresponsabilidade informativa? Esse descomprometimento com um serviço público de qualidade e em quantidade ideais para a sociedade se beneficiar integralmente do potencial pleno que o serviço público pode dar ao cidadão e à economia?
Reajuste de salário no setor privado x Falta de reajuste no setor público
Muito importante sabermos da verdade. Artigo de hoje, 28/10/2013, no Jornal O Globo, na página 22, tem o seguinte título "Após bancário e petroleiro, reajuste de metalúrgico ganha da inflação". E o setor público, que é responsável por prestar serviço a toda a população independete de se for rico ou pobre?
Há mais de dez anos os reajustes na área privada são superiores à inflação, mas na área pública não há por qualquer ente federativo, na mão de qualquer governo, seja psdbista, seja petista, política de reajuste do servidor público. Pior, nenhum governo municipal, estadual e, certamente, nem o Federal, garantem sequer a reposição da inflação às remunerações dos servidores públicos ano após ano, mesmo sendo determinação constitucional.
Nós do Blog ficamos satisfeitos com os ganhos reais ano a ano obtidos pelos trabalhadores do setor privado há mais de dez anos. Os lucros das empresas crescem a números sempre maiores do que os reajustes, o que significa que o reajuste simplesmente tenta, defasadamente, equilibrar a relação salário x lucro, ou seja, equilibrar a participação do trabalhador no produto de seu trabalho e na riqueza do País, em relação à participação dos lucros empresariais, o quais são festejados igualmente por nós desse Blog.
Nós queremos que haja muito lucro para as empresas e que haja participação responsável e razoável do trabalhador nesse crescimento de riqueza. O incentivo constitucional e governamental de distribuição de lucros (compensando-se tributariamente a empresa que preveja participação nos lucros e prevendo pagamento menor de imposto de renda sobre essa parcela remuneratória do que a que recai sobre o salário) é uma forma de incentivar a sociedade a cultuar uma participação maior do empregado nos resultados das empresas e manter a relação participação do salário no PIB x participação dos lucros no PIB equilibrada.
Uma outra maneira é concedendo reajustes anuais salariais acima da inflação desde que abaixo do nível de crescimento da lucratividade da respectiva empresa e em consonância com o mercado de trabalho nacional e, quiçá, mundial. Salário reajustado não é sinônimo de perda de lucratividade para a empresa, pura e simplesmente como é apontado muitas vezes por jornais. É claro que salário aumenta custo, mas existe uma razão nessa dinâmica lucros x salário que é positiva e ninguém sabe e ninguém estuda.
Observe que na Europa os salários são maiores para praticamente todos os cargos privados ou públicos. Mas a economia lá é maior e as empresas européías e americanas dominam os mercados. A China, Coréia têm empresas que estão crescendo e dominando mercados, e juntamente com isso os salários sobem também e alimentam um ciclo retroalimentante positivo na economia desses países.
Bem, sem fugir ao tema do título. Se salário gira a economia; se é justo que ninguém deva ter salário defasado e corroído pela inflação; se os trabalhadores da área privada recebem anualmente correções acima da inflação, por que não temos o mesmo apreço ao mesmo direito remuneratório dos servidores públicos?
Enquanto a área privada conseguiu os reajustes acima da inflação durante mais de dez anos, os servidores do Judiciário Federal obtiveram em 2011 o direito de receber a reposição inflacionária dos útlimos seis anos!!! Ou seja depois de seis anos sem reajuste inflacionário, os servidores obtiveram através de greve e muita negociação, contra as publicações da mídia, o direito de receber a correção inflacionária perdida durante seis longos anos anteriores!!! E além da perda de todos esses anos, o reajuste inflacionário será concedido em três vezes, pagos ano a ano, em janeiro de 2012 (já foi), 2013 e 2014!! Sem haver nesses anos as respectivas correções inflacionárias, claro!! Que depois de acumularem, virarão pedidos de correção para os movimentos de greve e manchetes de pedidos de AUMENTO pela grande mídia...
Fica aqui essa ponderação e essa denúncia. Trabalhadores privados têm anualmente respeitado o direito à correção inflacionária, e têm conseguido com bônus (aumentos reais). N´s vemos isso como vitória da classe trabalhadora. Mas os servidores públicos vivem um apartheid dessa realidade e não conseguem sequer correção inflacionária. Não importa que ganhem mais que a média dos trabalhadores.. gerentes de empresas estatais no Banco do Brasil, CEF e Petrobrás também recebem reajuste quando os bancários e petroleiros as obtêm.
Sem o respeito ao reajuste inflacionário dos servidores públicos, inclusive os que ganham o topo como Juízes, Promotores de Justiça e Consultores do Senado, e outros servidores de topo, há desrespeito a direito remuneratório, tratamento desigual entre trabalhadores do setor público e trabalhadores do setor privado, menos valorização dos servidores públicos para realizarem seu trabalho, menos valorização de carreiras que podem ser preenchidas a qualquer momento por qualquer brasileiro que se determine a passar em concurso público, além de haver menos valores em economia para turbiná-la e poder haver prejuízos na quantidade e qualidade de prestação de serviço público prestado à população por desestímulo do servidor público que vê seu salário corroído ano a ano pela inflação.
Denunciamos o tratamento preconceituoso da mídia contra os reajustes inflacionários dos servidores públicos. E compartilhamos a alegria de mais um ano de reajustes acima da inflação para os trabalhadores da área privada de amplos setores da economia.
Há mais de dez anos os reajustes na área privada são superiores à inflação, mas na área pública não há por qualquer ente federativo, na mão de qualquer governo, seja psdbista, seja petista, política de reajuste do servidor público. Pior, nenhum governo municipal, estadual e, certamente, nem o Federal, garantem sequer a reposição da inflação às remunerações dos servidores públicos ano após ano, mesmo sendo determinação constitucional.
Nós do Blog ficamos satisfeitos com os ganhos reais ano a ano obtidos pelos trabalhadores do setor privado há mais de dez anos. Os lucros das empresas crescem a números sempre maiores do que os reajustes, o que significa que o reajuste simplesmente tenta, defasadamente, equilibrar a relação salário x lucro, ou seja, equilibrar a participação do trabalhador no produto de seu trabalho e na riqueza do País, em relação à participação dos lucros empresariais, o quais são festejados igualmente por nós desse Blog.
Nós queremos que haja muito lucro para as empresas e que haja participação responsável e razoável do trabalhador nesse crescimento de riqueza. O incentivo constitucional e governamental de distribuição de lucros (compensando-se tributariamente a empresa que preveja participação nos lucros e prevendo pagamento menor de imposto de renda sobre essa parcela remuneratória do que a que recai sobre o salário) é uma forma de incentivar a sociedade a cultuar uma participação maior do empregado nos resultados das empresas e manter a relação participação do salário no PIB x participação dos lucros no PIB equilibrada.
Uma outra maneira é concedendo reajustes anuais salariais acima da inflação desde que abaixo do nível de crescimento da lucratividade da respectiva empresa e em consonância com o mercado de trabalho nacional e, quiçá, mundial. Salário reajustado não é sinônimo de perda de lucratividade para a empresa, pura e simplesmente como é apontado muitas vezes por jornais. É claro que salário aumenta custo, mas existe uma razão nessa dinâmica lucros x salário que é positiva e ninguém sabe e ninguém estuda.
Observe que na Europa os salários são maiores para praticamente todos os cargos privados ou públicos. Mas a economia lá é maior e as empresas européías e americanas dominam os mercados. A China, Coréia têm empresas que estão crescendo e dominando mercados, e juntamente com isso os salários sobem também e alimentam um ciclo retroalimentante positivo na economia desses países.
Bem, sem fugir ao tema do título. Se salário gira a economia; se é justo que ninguém deva ter salário defasado e corroído pela inflação; se os trabalhadores da área privada recebem anualmente correções acima da inflação, por que não temos o mesmo apreço ao mesmo direito remuneratório dos servidores públicos?
Enquanto a área privada conseguiu os reajustes acima da inflação durante mais de dez anos, os servidores do Judiciário Federal obtiveram em 2011 o direito de receber a reposição inflacionária dos útlimos seis anos!!! Ou seja depois de seis anos sem reajuste inflacionário, os servidores obtiveram através de greve e muita negociação, contra as publicações da mídia, o direito de receber a correção inflacionária perdida durante seis longos anos anteriores!!! E além da perda de todos esses anos, o reajuste inflacionário será concedido em três vezes, pagos ano a ano, em janeiro de 2012 (já foi), 2013 e 2014!! Sem haver nesses anos as respectivas correções inflacionárias, claro!! Que depois de acumularem, virarão pedidos de correção para os movimentos de greve e manchetes de pedidos de AUMENTO pela grande mídia...
Fica aqui essa ponderação e essa denúncia. Trabalhadores privados têm anualmente respeitado o direito à correção inflacionária, e têm conseguido com bônus (aumentos reais). N´s vemos isso como vitória da classe trabalhadora. Mas os servidores públicos vivem um apartheid dessa realidade e não conseguem sequer correção inflacionária. Não importa que ganhem mais que a média dos trabalhadores.. gerentes de empresas estatais no Banco do Brasil, CEF e Petrobrás também recebem reajuste quando os bancários e petroleiros as obtêm.
Sem o respeito ao reajuste inflacionário dos servidores públicos, inclusive os que ganham o topo como Juízes, Promotores de Justiça e Consultores do Senado, e outros servidores de topo, há desrespeito a direito remuneratório, tratamento desigual entre trabalhadores do setor público e trabalhadores do setor privado, menos valorização dos servidores públicos para realizarem seu trabalho, menos valorização de carreiras que podem ser preenchidas a qualquer momento por qualquer brasileiro que se determine a passar em concurso público, além de haver menos valores em economia para turbiná-la e poder haver prejuízos na quantidade e qualidade de prestação de serviço público prestado à população por desestímulo do servidor público que vê seu salário corroído ano a ano pela inflação.
Denunciamos o tratamento preconceituoso da mídia contra os reajustes inflacionários dos servidores públicos. E compartilhamos a alegria de mais um ano de reajustes acima da inflação para os trabalhadores da área privada de amplos setores da economia.
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