terça-feira, 26 de abril de 2011

Sobre o mapa americano que retira a Amazônia dos territórios dos países latino-americanos, inclusive do Brasil

Pessoal, hoje pude trocar correspondÊncia com um grande amigo que me enviou e-mail perguntando se eu já tinha visto um mapa absurdo com o qual os americanos estariam educando suas crianças informando que a Região Amazônica seria território internacional, desconsiderando a divisão política existente em que tal região integra os territórios soberanos de uns nove países latino-americanos, inclusive o nosso Brasil.

Há um bom tempo eu queria tratar desse tema, mas não via oportunidade, já que outras informações se tornavam mais oportunas, à medida em que a grande mídia apresentava artigos desinformativos que impunham sua abordagem imediata para aproveitar o momento (des)informativo social. Eu gostaria de falar de vários temas, mas, às vezes, como a mídia publica algo errado e de apelo, aproveito o momento para dar o tanto quanto possível imediato contraponto e aproveitar ao máximo uma sinergia comunicativa criada pela publicação do artigo que critico.

Mas há tempo para algumas abordagens autônomas e conseguimos inovar na pauta de discussão social várias vezes. Hoje, é um desses dias.

O tema sobre esse mapa de livros didáticos americanos é conhecidíssimo e a política americana de tentativa de criar uma legitimidade para intervenção em territórios ricos em água, biodiversidade genética e em minérios, como é o caso da Região Amazônica que até petróleo tem, é uma constante especialmente para os EUA.

Veja a carta que escrevi para o meu amigo e cujo teor compartilho com você.

"Jà vi (o mapa). É o que eu tinha visto. Alguns disseram que este mapa foi criado pelo Exército brasileiro e que essa informação foi disseminada pela inteligência do Exército para mobilizar o povo brasileiro para esta hipótese. Esse mapa começou a circular antes da eleição de Bush contra Al Gore.

(Seja)Através de invenção do Exército ou sendo impressões verdadeiras de livros americanos, a verdade é que na época o próprio Al Gore, democrata, defendia a "proteção" de áreas sensíveis e de importância para a normalidade do clima mundial: amazônia à frente. Tive medo naquela época, porque eu não queria o Bush, mas o argumento dos democratas era mais inteligente do que as óbvias movimentações do vaqueiro do Texas.

Graças a Deus Bush ganhou e a política fina que poderia possibilitar movimentos mais inteligentes no sentido de "proteção" de áreas internacionais michou. Com a crise de 2008 então... ficamos salvos pois eles agora não têm como olhar pra fora antes de arrumarem a bagunça econômica e política interna.

O Governo americano sempre está de olho na Amazônia. No livro Relações Perigosas (de Moniz Bandeira), a informação é de que queriam fazer uma anexação da Amazônia brasileira como fizeram no México. A estratégia era obter a livre navegação do Amazonas, instalação de portos e centros comerciais no Amazonas, propiciar o desenvolvimento de assentamentos americanos e depois, quando os assentamentos crescessem e a população local fosse favorável aos americanos em boa quantidade percentual em relação aos brasileiros locais, incentivar e apoiar autonomia regional e depois o reconhecimento de tratamento especial. Ou viraria novo território americano, como Texas, ou viraria Estado Satélite, como Costa Rica. A ocupação seria com os negros americanos (a menção à forma de ocupação, inclusive com negros americanos é descrito no livro mencionado).

Por isso é importante investirmos agora em armamento militar. O projeto do submarino nuclear, a compra de 3.000 blindados anfíbios para o exército, o programa FX2 e o projeto de utilizar avião não tripulado para vigiar a fronteira contra o narcotráfico é importantíssimo para que nos atualizemos em tecnologia de defesa até 2025, quando a água doce norteamericana não será suficiente para a sua população e o apetite dos falcões americanos traga de volta toda a mobilização em "defesa de territórios com ecossistemas sensíveis", através da instalação de protetorados internacionais, sob a batuta dos norte-americanos (claro!) e todos estes ambientes ficariam fora dos EUA, Europa e Japão, claro, assim como de países que possam se defender como Rússia, China e Índia, os quais, por acaso, detêm a tecnologia e bombas nucleares."


Pessoal, é isso. Não adianta ver o mundo como querem que nós vejamos (ou como gostaríamos que fosse). Se os europeus e americanos possuem "brasilianistas", senhores especializados em Brasil, nós temos alguns cientistas brasileiros "americanistas" a quem devemos prestar atenção porque estudam os movimentos americanos não sob a ótica, muitas vezes a soldo, mercadológica, mas sob o prisma de movimentação estratégico-política que se desenvolve por anos e décadas. Temos entre nós o venerável Luiz Alberto Moniz Bandeira que durante mais de 30 anos estudou, pesquisou e observou documentos e manobras americanas no Brasil.

Este mundo que está aí só respeita quem tem poder econômico e militar. Não se enganem. Não é preciso nem pedir para integrar o Conselho de Segurança. Se o Brasil fosse economicamente forte (estamos chegando lá) e militarmente forte, o lugar estaria muito mais ao nosso alcance, sem força, por mera questão de fato. O que não nos faria prescindir de profissional representação diplomática, óbvio.

Os EUA seguem princípio instituído por eles mesmos, na época de Theodore Roosevelt, não o bonzinho Franklin de 1929, mas o Roosevelt anterior, de que o país que não tiver capacidade de autogoverno transfere essa legitimidade para quem a tenha e a queira e possa exercer mesmo alhures. Isso também era a política do Big Stick. Alijaram os espanhóis de suas colônias na América Central e também intervieram na República Dominicana, Nicarágua e Panamá.

Os Republicanos, reduto dos "falcões", cresceram os EUA na base da força. A formação do País EUA foi forjada na Guerra de Secessão. Seu hino enaltece "canhões". A política do Big Stick foi desenvolvida pelos EUA. A política do ataque preventivo foi apresentado por Bush para atacar o Iraque e está sendo usado contra a Líbia, em ambos os casos ilegalmente pois sem autorização da ONU.

O que nós podemos fazer é nos informar e combater essas investidas, as quais são fundadas em argumentos falsamente legítimos de intervenção armada para defender direitos humanos, para defender a ecologia, para defender um pequeno grupo sofrido que "deveria" ser autônomo em um determinado País. Temos de fortalecer a ONU. Os organismos multilaterais são o único obstáculo ao uso da força contra a soberania dos povos, o que ocorre sempre com base em argumentos de legitimidade internacional.

Vi há pouco, no Jornal O Globo, que um americano de ascendência asiática defendia o enfraquecimento de organismos multilaterais e defendia que Kadafi fosse morto, pois apesar de não ser legal seria legítimo. Gente, este é o argumento que amanhã pode ser usado contra qualquer País.

A ordem internacional não existe para proteger Kadafis, mas protegendo a não violação de regras internacionais, em casos extremos como o de Kadafi, você garante a segurança de países que por não ter estrutura para criar e publicar fatos para o mundo, não consegue se defender da propaganda maciça dos EUA e EUropa sobre isso ou aquilo que o País tenha de errado, e com isso os EUA e Europa legitimam ações que gerarão a ofensa à soberania daquele país, com base em argumentos de ecologia, direitos humanos, destilados às vezes por anos e décadas, com interesse real econômico. Estão reconhecendo algum caso possível em futuro próximo? Eu estou.

p.s.: Sobre Theodore Roosevelt e a política do Big Stick ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Theodore_Roosevelt

p.s. de 09/06/2011: O autor do livro "A Trilateral" é Theotonio dos Santos e não Teotônio Vilela, como informado no corpo do artigo. Os autores são Hugo Assmann, Noam Chomsky e Theotonio dos Santos.

A Standardização da Análise Econômica a partir da ilusória justificativa da movimentação das Bolsas de Valores no Brasil e no Mundo

Acompanho o mercado econômico e bursátil há pelo menos 20 anos. Sou formado em Ciências Sociais e Jurídicas pela UFRJ, currículo dentre cujas matérias está a de Economia (Macro e Micro), e cursei cinco cursos na antiga BVRJ (Bolsa de Valores do Rio de Janeiro: Introdução ao Mercado de Capitais – O que é Mercado de Ações; Introdução à Análise de Investimentos; Análise Fundamentalista e Seleção de Carteira, Introdução à Análise Gráfica e Matemática Financeira Aplicada ao Mercado de Capitais); além de seminários e palestras sobre o tema que muito me interessa e que me obrigou a ler alguns livros sobre o tema.

Vocês sabem qual é o maior engôdo da grande mídia na área de Economia, na minha opinião? É explicar a macroeconomia a partir da movimentação da Bolsa de Valores no Brasil e/ou no exterior. É brincadeira quando há queda substancial da Bolsa de Valores e os jornais elencam um grande evento econômico que justifica isso. O mesmo acontece para uma grande alta. É óbvio que eventos importantes econômicos podem ter efeito sobre a Bolsa de Valores e têm, mas o argumento fácil, a fácil percepção do leitor leigo sobre o assunto através de uma análise superficial dessa tem apelo. Tem apelo porque dá a falsa sensação ao leitor de que está entendendo algo que de outra forma não entenderia. Passa a sensação de credibilidade do jornalista que escreve, pois está apresentando algo lógico e de fácil compreensão. E assim segue a situação comunicativa: os jornalistas fingem que informam e os leitores acham que estão informados.

Mas isso gera uma situação muito diferenciada: o leitor acha que está informado e compra o jornal no objetivo de se informar, de boa-fé. E o jornal vende notícia simples e pouco informativa, naturalmente sabendo dessa falha informativa e ainda cria a expectativa de passar boa informação a qual pode ficar sendo manipulada cotidianamente para vender o próximo jornal.

Veja um exemplo: A queda da nota da dívida soberana norte-americana de “AAA” para “AAA-“, pela Standard & Poors (S&P). Naturalmente isso tem impacto na perspectiva de mercados e do mercado bursátil em todo o mundo. Naturalmente houve uma queda daas Bolsas em todo o mundo, até por uma imediata paralisação de negócios no sentido de rever estratégias de investimento. Mas a mídia passou a vender que toda a economia mundial estava pessimista e tendente ao quase colapso a partir desta informação.

Passou-se, nesse dia, a considerar todos os problemas negativos que afetam a economia criando uma imagem totalmente distorcida da realidade, somente para apresentar um mundo compreensível e com informações que se justificam até mesmo pela simples constatação de que as Bolsas de Valores caíram.

Esse movimento de se padronizar avaliações macroeconômicas a partir das oscilações das Bolsas de Valores é um absurdo, gera desinformação, é mentiroso, mas gera pânico e necessidade de informação que pretensamente será vendida pelos jornais naquele dia e nos dias seguintes. Esse é um clássico padrão desinformativo utilizado pela Mídia para enganar os leitores e induzi-los à compra de notícia tanto quanto para enaltecer informações que sejam interessantes para a edição do jornal e para seus maiores clientes, o que no caso de nossa grande mídia no Brasil significa instituições financeiras e o PSDB.

Quem lê o Jornal O Globo e lê o Jornal do Commercio, como eu, nesta semana tem a impressão de estar lendo sobre dois países diferentes, com administração pública diferente e com situação fiscal e macroeconômica diferentes.

Não é possível explicar a economia por movimentação em Bolsas de Valores porque as movimentações em Bolsas de Valores oscilam diante de milhões de decisões de negócios que consideram interesses pessoais dos investidores, situações específicas de cada setor econômico em que cada empresa com ações em Bolsas se encontra, situações específicas de cada empresa, seja a partir de análise fundamentalista ou gráfica (métodos totalmente distintos), além de, aí sim, também em função da macroeconomia nacional, estrangeira e global.

Portanto, o fato de os EUA terem perdido perspectiva positiva de sua dívida não lança por si só trevas sobre a economia mundial. Nada mudou. A alteração, inclusive, veio com atraso de uns dez anos, período em que a dívida interna americana só subiu e o déficit gêmeo (fiscal e de balanço de pagamentos) só piorou.

A situação econômica mundial está melhor do que no ano passado. Ponto. E está melhorando. A inflação mundial se dá porque os bancos Centrais dos Países Ricos estão praticando juros negativos e injetaram trilhões de dólares em suas economias. Houve problemas climáticos que prejudicaram a safra mundial no ano de 2010 e houve prejuízo na expectativa de fornecimento do petróleo com os problemas no Oriente Médio.

Só que hoje as piores previsões estão sendo afastadas, pois os EUA e a Europa debelaram o grosso da crise econômica de 2008/2010, os motores dessas economias estão com crescimento do PIB, inflação dentro de controle, voltaram a gerar empregos e, inclusive, todos já se preparam para subir juros básicos da economia. A Arábia Saudita aumentou fornecimento de petróleo e agora já sugere que baixará produção pois a demanda e fornecimento estão regularizados.

No Brasil, a previsão de safra de soja é recorde, outros plantios também estão bem, as famílias estão endividadas (61% das famílias brasileiras) e petróleo não nos falta (apesar de pelo aumento do álcool combustível estarmos importando gasolina). O Banco Central está tomando medidas para conter inflação e o governo cortou previsão de gastos no valor de 50 bilhões de reais. É claro que os banco brasileiros captaram 25 bilhões de dólares a juros baixos no exterior para emprestar a juros altos aqui, o que anula o esforço do governo, mas isso não é publicado suficientemente.

Chamo a atenção para como a mídia brinca com a informação e com a sua expectativa. Mas tudo isso tem um motivo: além de vender jornal, cultivando o pânico e o pessimismo em você, também serve para atacar os “gastos excessivos do governo” e para “aumentar juros”, mesmo que aumente a dívida interna brasileira, desempregue brasileiros, faça cair mais ainda o dólar, gerando desindustrialização brasileira, porque isso interessa aos bancos e à visão de Estado Mínimo, independente de se isso é correto, justo ou informativo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

ALERJ promove a defesa da verdadeira Educação Inclusiva no Estado e Municípios do Rio de Janeiro em Audiência Pública em 20/04/2011

Informo a vocês este importante momento. Autoridades políticas do nosso Estado do Rio de Janeiro acordaram para o crime que está sendo perpetrado pelos Governos Federal, Estadual e Municipal contra a Educação Especial, através de extinção de classes especiais e institutos de educação especial, de forma irresponsável e despreparada, através de inclusão automática, sem avaliação prévia dos alunos especiais por grupos de psicólogos e pedagogos, e sem o acompanhamento da adaptação desses alunos "incluídos".

Ficou evidente que foram fechadas classes especiais à revelia da sociedade, dos pais e dos alunos. Ficou evidente que há verbas federais que suportam essa política de fechamento célere de classes e institutos de educação especial, a partir de dupla remuneração dada aos Municípios que "incluírem" seus alunos especiais em turmas regulares. Ficou evidente também que o Estado tem priorizado a climatação das escolas (instalação de ar-condicionado) e computadores em detrimento da estruturação física das Escolas para que fossem adaptadas ao fácil acesso físico de alunos portadores de deficiência, numa clara falta de prioridades com foco no que é uma verdadeira inclusão social e pedagógica dos alunos portadores de deficiÊncia, os quais são em torno de 4,5 mil nas instituições estaduais e 10 mil na rede municipal.

A Secretária Estadual informou que 4000 professores estaduais foram preparados para receber e educar os alunos portadores de deficiência em turmas regulares, mas não informou, após questionada pelo Deputado Estadual Luiz Martins do PDT, como foram preparados, segundo qual currículo e quanto durou os tais cursos de preparação. O Deputado Márcio Pacheco exigiu audiências com exclusiva participação de pais, alunos e amigos da crianças com deficiência, dizendo que uma criança surda questionada por ele afirmou que gostou de estudar em classe regular mas que somente se sentiu incluído realmente no INES (Instituo Ncional de Educação de Surdos).

Segue um pequeno Briefing da Audiência que já publiquei em forma de p.s. no artigo anterior de 18/04/2011.

"20/04, Alerj - Estive pessoalmente, na condição de representante do MIL, juntamente com Maria Clara, na Audiência Pública sobre Educação Especial da Alerj, que durou das 10h às 13h, em 20/04/11, hoje. Os Deputados Estaduais Marcelo Freixo, Márcio Pacheco, Luiz Martins, Comte Bitencourt (Presidente da Comissão) e seu substituto, cujo nome infelizmente não lembro, questionaram veementemente a Secretária de Educação Estadual e a Subsecretária Municipal de Educação sobre o fechamento das classes especiais no Município e o Estado. Houve a confirmação de fechamento de 120 classes especiais no Município do Rio de Janeiro entre 2008 e 2010, com parada de fechamento em 2010 e reabertura de algumas após as reclamações de mães e constituição de Grupo de Trabalho com pais. Perguntas ficaram sem respostas: como estão sendo preparados os professores regulares para receber crianças especiais em turmas regulares? Quem preparou esse curriculo? Quanto dura o curso de pretensa formação? Quem integra grupos de psico-pedagogos que avaliam a conveniência psicopedagógica da inclusão de aluno especial em turma regular? E há acompanhamento da evolução dessa adaptação? o Deputado Marcelo Freixo ainda foi enfático em afirmar que há duplo recebimento dos Municípios, pelo Governo Federal, de verbas por cada criança "incluída" em classe regular, como nós adiantamos aqui!! O Vereador Eliomar Coelho do PSOL apresentou Projeto de Lei Municipal de n.º 912/2011 regulamentando a Educação Especial no Município do Rio de Janeiro e o procedimento de "inclusão". O Deputado Marcelo Freixo sugeriu adaptação do projeto para a apresentação na ALERJ na forma de Projeto de Lei Estadual. Publicarei isso em artigo para facilitar o acesso. Continuamos acompanhando."

A Secretária de Educação de Niterói afirmou que é necessário que as universidades atualizem seus currículos para que os professores saiam capacitados a lecionarem para alunos especiais e não especiais ao mesmo tempo. Que são necessários novos métodos para tornar possível essa nova escola em que se educariam todas as crianças ao mesmo tempo.

Ficou patente que todos pretendem perseguir a inclusão social das crianças portadoras de deficiÊncia em sociedade, mas que extinguir sumariamente classes especiais e institutos especiais, que historicamente já garantiram a inserção social de milhares de brasileiros não é a saída. Ninguém pode se apropriar do termo "inclusão", muito mais uma nova idéia educacional carente de formação para professores, carente de novas grades curriculares que comportem a educação convencional e a especial juntas em mesmo ambiente, carente até, no nosso caso, de estruturas físicas para que os alunos com deficiÊncia circulem com facilidade no espaço físico escolar, e carente, ainda, de remuneração adequada aos professores.

Parabéns aos Deputados Marcelo Freixo (PSOL), Luiz Martins(PDT), Comte Bitencourt, Márcio Pacheco (PSC) e ao Vereador Eliomar Coelho (PSOL). Parabéns a todas as autoriddes presentes. Parabéns à Diretora do Instituto Benjamin Constant que deixou patente que não aceita que esta instituição secular, desde 1854 educando portadores de cegueira, a primeira instituição do gênero na América Latina, seja considerada instituição segregacionista. Esta instituição, em suas palavras, garantiu acesso ao desenvolvimento pleno a milhares de brasileiros por mais de 150 anos e tem sua posição firmada em sociedade na ajuda da educação de portadores de cegueira, dentro de qualquer sistema de educação especial e convencional.

Continuamos acompanhando.

p.s. 09/05 - Pessoal, corrigi o texto. o Deputado Estadual do PSOL é
Marcelo Freixo. Aliás, devo dar meu testemunho do apoio pessoal, do domínio de Marcelo Freixo e Eliomar Coelho sobre o tema e do comprometimento deles com a realização de uma verdadeira inclusão educacioanl das crianças com deficiência, em oposição com o crime que está sendo perpetrado pela Administração Municial nesta seara. Agora estão esvaziando as classes especiais (já que não podem desfazê-las por pressão social) e desestruturando as Salas de Recurso. Tudo está sendo objeto de registro pelo MIL (Movimento pela Inclusão Legal e Responsável) e será apresentado para o Ministério Público Estadual que já tem inquérito civil sobre o tema.

p.s. 07/07/2011 - corrigido o texto transcrito no corpo do artigo. Havia o erro em definir como Deputado presente à Audiência "Carlos Freixo", quando o correto é "Marcelo Freixo". Erro indesculpável ante sua total dedicação à causa. Fica a correção e as desculpas.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Secretária Municipal de Educação determina atendimento psicológico diuturno na Escola de Realengo

Quero parabenizar a Secretária Cláudia Costin por ter determinado o atendimento psicológico sem prazo determinado, constante e diuturno na Escola Municipal de Realengo aos alunos, aos professores e servidores.

Este Blog encontra-se em contato e muitas vezes em embate direto com a Secretaria Municipal de Educação prioritariamente em função da política municipal de educação especial. Não obstante, tanto a educação da Secretária, como sua pré-disposição natural e obstinada ao diálogo e inclusive, e muito mais importante, em função do atendimento de algumas demandas das mães de crianças especiais e do Movimento Pela Inclusão Responsável, do qual faço parte, o MIL (tais como criação do Grupo de Trabalho com mães e pais de alunos portadores de deficiência e diminuição do ritmo de desmonte de classes especiais), tudo isso nos obriga ao tratamento cordial e ao reconhecimento de passos dados em direção à defesa do bem-estar dos alunos da rede de educação municipal, sempre que isso ocorrer.

No caso em questão, não sabemos como está sendo efetivado esse atendimento psicológico permanente, mas vi a reportagem na televisão, ouvi em rádio e deixo meu sincero elogio à adoção desta medida para a Escola de Realengo.

Aguardamos a satisfação das demais exigências da sociedade sobre a política de educação especial e estaremos sempre à disposição para apontar os rumos aos nossos políticos no sentido de realizarem o que há de melhor para o bem-estar e a melhor educação de nossas crianças.

Continuamos atentos.

10.000 acessos neste exato momento!!

Chequei os acessos agora, pessoal... 10.000 acessos! É um marco, mas agora temos de sair dos cinco dígitos!! Rsrsrsrsrs Começou tem que seguir! Entrou na brincadeira, então tem que continuar!! Rsrsrs

É muito gratificante. Tenho certeza de que para vocês também. Não vamos admitir que a mídia ache que somos vaquinhas de presépio. A nova sociedade é esta: a sociedade da informação. Uma sociedade em que a mídia fiscaliza o Governo e a sociedade fiscaliza o Governo e a mídia. A mídia deveria também fiscalizar o Mercado. Mas se não fizer, nós fiscalizamos também.

Discutimos os fatos. Elencamos nossa pauta de assuntos importantes. Nem todos os brasileiros vivem só de tiete para tudo o que a grande mídia publica. Nem todo brasileiro transferiu a responsabilidade pessoal pela compreensão dos fatos sociais, econômicos e políticos para quem faz as manchetes dos grandes jornais.

Nós estamos aqui e viemos para ficar. Nós somos a imprensa paralela.

Abraços e obrigado pela confiança.

Mário César Pacheco

p.s.: Para um blog que teve apenas 45 acessos no segundo/terceiro mês de vida, em agosto de 2010 (na prática o segundo mês, já que iniciamos em 24 de junho de 2010), chegar a 1500 acessos em média por mês atualmente e um total de 10.000 acessos em menos de 10 meses de vida é um grande avanço. Compartilho minha alegria com vocês leitores e amigos.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Ataque Federal à Educação Especial: o desmonte do IBC e do INES

Pessoal, já publiquei aqui dois artigos sobre o crime que está sendo perpetrado pelo Governo Municipal contra a Educação Especial. Depois de muita luta das mães, alunos e professores, através do MIL (Movimento pela Inclusão Legal e Responsável), do SEPES (Sindicato Estadual dos Professores e Servidores), do Guerreiros da Inclusão e outros grupos sociais,como a ONG Semente do Amanhã, além de políticos e autoridades, inclusive com apoio do Ministério Público Estadual do Rio de Janeiro, o ritmo do desmonte municipal diminuiu (apesar de o Município não responder ao MP Estadual há mais de 6 meses sobre quantas classes especiais já foram fechadas desde 2008).

Mas acabaram de ser colocadas em risco duas instituições para educação especial, marcos na vida dos portadores de deficiência e garantidoras de uma esperança de tratamento digno e acesso à educação como real meio de inserção social: o Governo Federal tenta desmontar o secular Instituto Benjamin Constant (Escola especial para portadores de cegueira)e o Instituto Nacional de Educação de Surdos.

Depois de uma intensa mobilização das mães, funcionários, alunos e amigos, o Governo Federal retrocedeu e prometeu não fechar as portas. Entretanto, todos os alunos passarão a ser do Colégio Pedro II e o Govenro Federal tentará partir para a "inclusão", que para eles é simplesmente colocar as crianças com qualquer deficiência em turmas regulares.

Cobrados pelas mães dos alunos com surdez sobre quem substituiria os professores especializados em LIBRAS (liguagem dos sinais), o Governo, pelo que soubemos, pretende que todo professor de turma regular dê aula em Libras também ou que tenha um outro professor habilitado em Libras para traduzir a aula para quem for surdo e estiver na turma regular. Vocês já imaginaram??!?

Gente, quero denunciar aqui o despreparo que está ocorrendo nesta área. Foi promulgada há pouco tempo o Estatuto dos Direitos de Crianças Portadoras de Deficiências, no seio das Nações Unidas. O Brasil é signatário e está interpretando uma norma que prevê que a "educação das crianças portadoras de deficiência será preferencialmente em turmas regulares" como se houvesse determinação de que a educação deles seria obrigatoriamente em turmas regulares.

Com base nisso, o MEC expediu uma Portaria determinando essa "inclusão" e há Decreto 6571/2008 que prevê, aparentemente, um duplo pagamento de valores para os Municípios que "incluírem" as crianças. A criança incluída em turma regular geraria o valor de apoio federal por uma vaga comum na rede convencional e ainda geraria outro valor pela mesma criança, se ela fosse especial. Se a criança for especial mas não estiver na rede convencional somente gera ao Município o valor de apoio federal por sua educação especial em classe especial.

Resultado: Todos os Municípios no Brasil, inclusive o nosso no RJ, estão tentando acabar com as classes especiais e "incluir" as crianças portadoras de deficiência salpicando-os nas turmas convencionais, haja estrutura ou não, seja o melhor para a criança ou não, esteja o professor dessa turma regular preparado para receber as crianças que precisam de atenção especial ou não!! As mães estão tendo probelmas com surpresas de rotina, sumiço de classes de seus filhos. As crianças estão sendo mandadas para Escolas diferentes à revelia de sua vontade. O grupo de amiguinhos dessas crianças está se desfazendo. Os professores que acompanhavam cada crinaça por às vezes dez anos, estão sendo remanejados. Professores da turma regular que nunca aprenderam como lidar com crianças especiais, se já tinham problema com as crianças sem deficiência e com a grade curricular a ser dada, agora está desesperado e sem a quem recorrer pois a ordem é de cima para baixo.

Quero que vocês saibam que este Blog, e este blogueiro que vos escreve, estão à disposição para ajudar essas mães e verdadeiros amigos e políticos interessados na causa. Ninguém cometerá abuso contra essas crianças impunemente. Nós não deixaremos. Estou apoiando as mães prejudicadas desde 29/10/2009, quando houve a primeira audiência pública na Câmara dos Vereadores do RJ. O Ministério Público Estadual do RJ está ciente e já tomou medidas investigativas em Inquérito Civil Público. Estamos entrando em contato com a Pastoral e faremos denúncia à ONU.

Não faz 15 dias e já foi apresentado projeto para a educação especial a ser aplicado no RJ, com nosso apoio, através do Vereador Eliomar Coelho do PSOL. Mas o grupo de apoio é multipartidário e além da Câmara Municipal. Agimos na Assembléia Estadual do RJ e também na Câmara dos Deputados. Boechat já fez mais de uma entrevista sobre o assunto na CBN e já houve entrevista televisiva do problema dessas mães. Estamos acumulando os registros de casos concretos.

Também soubemos que há interesse em substituir a educação especial pública por voluntários e/ou cooperativas ou instituições particulares especializadas que seriam pagas pelo Estado para prestar esse serviço. Há políticos empresários que patrocinam a causa da "inclusão" automática para mais à frente poder entrar nesse filão. Há interesses de grupos privados na prestação desse serviço educacional e o caminho é acabando com o apoio e estruturas públicas.

Pessoas de boa-fé estão sendo enganadas sobre as vantagens do convívio de crianças portadoras deficientes com crianças não portadoras em salas de aula comuns. A verdade é que algumas crianças portadoras de deficiência conseguem se desenvolver para chegar ao ponto de conviver em igualdade de condições com crianças não portadoras de deficiência e isto é altamente desejável. Mas muitas crianças não conseguem e outras que em determinado período conseguem, às vezes sofrem recaídas e retrocessos, e precisam do apoio de classes especiais para voltar ao estado avançado a que tinham chegado, para somenete então voltar à classe regular.

Algumas crianças especiais só aprendem o ABC com 10 a 12 anos de idade! E querem colocar as crianças especiais, por idade, na mesma sala que as crianças sem deficiência. É um crime. Algumas estão tendo surtos de estresse pela mudança de rotina e por perceberem que perderam os amigos, os professores em quem confiavam e por perceberm que não conseguem acompanhar as aulas. Perdem o intresse, se distraem e acabam distraindo as outras crianças que ou brincam ou, eventualmente, acabam praticando bullying.

Nestes próximos 40 dias haverá diversas reuniões. A sociedade não está parada. Procurem informação sobre o que estão fazendo com o IBC e o INES!!
A luta só termina com a garantia de que todos os que precisam de educação especial terão educação especial. E de que haverá um grupo de pedagogos e psicólogos tanto para avaliar as crianças que podem ingressar em turmas regulares quanto para acompanhá-las em sua adapatação, sempre com o foco no que é melhor para as crianças e não para que fique bonitinho para o exterior, não para causar falsa impressão de que, por conta desta formal inclusão automática no Brasil, "não há discriminação" e que "incluímos nossas crianças com deficiência" para estrangeiro bater palma.

Política de Educação Especial não é brincadeira. Também não é negócio. Trata-se de dar a essas crianças as melhores possibilidades para que elas, onde seja melhor para elas, possam se desenvolver plenamente em sua capacidade intelectual e cívica, para serem educados, cidadãos felizes e com capacidade de interagir socialmente de forma plena. E o melhor é que tenham sempre as classes especiais e as instituições especiais, com professores especializados em suas características especiais e acompanhamento individualizado.

Vocês querem ver acabar com isso? Determinem que a "inclusão" deve ser feita obrigatoriamente em colégios particulares também. Fazer isso com mães carentes é mole. Mexe com a classe média.

p.s.: A Representante do MIL, Maria Clara, pede o acesso de todos ao endereço que segue:
http://oglobo.globo.com/rio/mat/2011/03/29/deficientes-visuais-auditivos-temem-possibilidade-de-perder-escolas-especiais-924121636.asp

p.s.: 20/04 - Estive pessoalmente, na condição de representante do MIL, juntamente com Maria Clara, na Audiência Pública sobre Educação Especial da Alerj, que durou das 10h às 13h, em 20/04/11, hoje. Os Deputados Estaduais Marcelo Freixo, Márcio Pacheco, Luiz Martins, Conti Bittencourt (Presidente da Comissão) e seu substituto, cujo nome infelizmente não lembro, questionaram veementemente a Secretária de Educação Estadual e a SubSecretária Municipal de Educação sobre o fecahmento das classes especiais no Município e o Estado. Houve a confirmação de fechamento de 120 classes especiais no Município do Rio de Janeiro entre 2008 e 2010, com parada de fechamento em 2010 e reabertura de algumas após as recamações de mães e constituição de Grupo de Trabalho com pais. Perguntas ficaram sem respostas: como estão sendo preparados os professores regulares para receber crianças especiais em turmas regulares? Quem preparou esse curriculo? Quanto dura o curso de pretensa formação? Quem integra grupos de psico-pedagogos que avaliam a conveniência psicopedagógica da inclusão de aluno especial em turma regular? E há acompanhamento da evolução dessa adaptação? o Deputado Marcelo Freixo ainda foi enfático em afirmar que há duplo recebimento dos Municípios, pelo Governo Federal, de verbas por cada criança "incluída" em calsse regular, como nós adiantamos aqui!! O Vereador Eliomar Coelho do PSOL apresentou Projeto de Lei Municipal de n.º 912/2011 regulamentando a Educação Especial no Município do Rio de Janeiro e o procedimento de "inclusão". O Deputado Marcelo Freixo sugeriu adaptação do projeto para a apresentação na ALERJ na forma de Projeto de Lei Estadual. Publicarei isso em artigo para facilitar o acesso. Continuamos acompanhando.

p.s. 07/07/2011 - corrigido o erro do p.s. acima em nomear o Deputado Marcelo Freixo do PSOL como "Carlos Freixo". Erro indesculpável com o Deputado altamente atuante em prol da causa dos portadores de deficiência, em especial neste caso do desmonte da Educação Especial. Fica aqui registrada a correção e nossas desculpas.

Política de Energia Nuclear: por autonomia brasileira em saúde, tecnologia e também em energia

Você sabia que há milhares de brasileiros que precisam de atendimento médico e muitos exames e atendimentos médicos precisam de substâncias nucleares? Você sabia que quando o Canadá, em 2009 ou 2010, teve um problema na produção e comercialização desses produtos nucleares com fins medicinais, deixou de vender a nós e milhares de brasileiros ficaram sem, por exemplo, poder dar continuidade a seu tratamento de câncer?

Você sabia que a tecnologia nuclear também é utilizada na agricultura? VocÊ sabia que os EUA não tem menos de 104 usinas nucleares e que a França tem outras 58, o Japão tem 54 e a Alemanha 20, mais ou menos? Você sabia que a energia nuclear é a que menos emite poluentes? O grande problema são os dejetos, sem dúvida, mas que ocupa-se pequeno espaço para a quantidade de energia criada? Não é necessário alagar nenhum terreno, floresta ou mudar curso de água e não tem emissão de carbono como as usinas térmicas? Sabia que a energia nuclear termina sendo mais barata que a eólica e a solar, por Megawatt produzido?

Gente, olhe bem, não estou fazendo apologia do uso da energia nuclear. Quero apresentar um contraponto que não vejo e mostrar uma única coisa: nós temos de dominar a energia nuclear para o bem e autonomia medicinal, energética e tecnológica brasileira.

Nós não precisamos de centenas de usinas nucleares, como os americanos, nem de dezenas delas como os alemães e franceses, mas precisamos de um número mínimo para gerar mercado autônomo brasileiro, sustentável, de produção de urânio enriquecido para não ficarmos excluídos de um setor da tecnologia mundial, para termos autonomia no tratamento de brasileiros através de medicina nuclear, para termos acesso à tecnologia da agricultura nuclear, para termos opção energética e para podermos manter funcionando nossos futuros submarinos nucleares.

Temos de criar um mini sistema econômico-produtivo nuclear que exija formação de técnicos e engenheiros, para que tenhamos esse núcleo produtivo no Brasil. A preocupação verde é linda e importante. Concordo. Mas não podemos sacrificar a saúde de brasileiros dependendo de urânio do Canadá. Isso é brincadeira. E os brasiliros que precisarem de tratamento hiperavançado não podem tomar chá de boldo!!

É muito simplista a oposição à construção de usinas nucleares brasileiras. A aplicação da tecnologia nuclear vai muito além de militar e energética, por si só, e nós não podemos abdicar desses conhecimentos e desses bens e tecnologias para a vida do brasileiro, para nosso desenvolvimento tecnológico autônomo, para opções de energia elétrica e para opções de tratamentos médicos, agricultura e ainda para manutenção autônoma de nossos futuros submarinos nucleares.

Verde sim!! Mas tapado, piegas e irresponsável não, por favor.

p.s.: Convém a leitura do livro "A Segunda Chance do Brasil - a caminho do primeiro mundo", de Lincoln Gordon, Editora Senac. Nele você obtém alguns gráficos evidenciando os consumos de energia elétrica do Brasil e países desenvolvidos, em correlação com a evolução dos respectivos PIBs. Não há crescimento econômico sem crescimento de produção e consumo de energia elétrica, gente. Precisamos de hidrelétricas até onde seja possível, precisamos de algumas usinas nucleares e precisamos de algumas usinas térmicas para emergência, até o dia em que a energia eólica, de biomassa e a solar (ou novas fontes de energia) possam substituir as outras fontes em preços razoáveis para o mercado produtivo e para o consumidor individual. Quem fala messianicamente contra a enrgia nuclear e a hidrelétrica e não apresenta saída para a necessidade de geração de energia barata e limpa para o País está ingênuo demais ou está brincando de casinha. Eu sei que muita gente gostaria de morar em casas de sapê, mas outros que já moram gostariam de ter emprego para viver bem, com acesso a produtos de higiene, alimentos e bens de consumo da nossa atual sociedade. Isto só é possível com geração de emprego, que só é possível com crescimento econômico, que só é possível com aumento de geração de energia elétrica. Sejamos responsáveis com todos os brasileiros. Minhas palmas para o James Cameron (assim como aos verdes que sejam marketeiros e descomprometidos com a realidade) ficam só para a área do cinema, e feito em Hollywood, bem longe da Floresta Amazônica Brasileira, por favor. Fico do lado dos verdes responsáveis e conscientes.

p.s. 07/06/2011: sobre agricultura nuclear acesse: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2003/12/22/525948/energia-nuclear-na-agricultura.html