terça-feira, 23 de novembro de 2010

Atenção à coluna de hoje da Miriam Leitão - Irlanda, crise, imóveis

Chamo a atenção de vocÊs para a coluna da Míriam Leitão de hoje, 23/11/2010, com informações interessantíssimas sobre a crise da Irlanda.

Informa que ela iniciou como a dos EUA e a da Europa, com base em anterior alta valorização imobiliária, dando a impressão de riqueza à população, e, depois, ao estourar a bolha imobiliária, e tendo em vista o alto endividamento da população com base nesta impressão de crescimento patrimonila vertiginoso, gerou prejuízos aos bancos, que tiveram de ser socorridos pelo Estado Irlandês, o qual, por sua vez acabou triplicando a relação dívida/pib e hoje precisando de empréstimos da Europa para se manter na Zona do Euro.

Gente, a Miriam informa que a valorização imobiliária tinha sido de 315%, antes do estouro da bolha. Após isso a queda dos imóveis em média foi de mero 36%, gerando todo o prejuízo. Quero que vocês vejam essas informações para pensarmos sobre o Brasil.

O país chamado tigre celta, pelo milagre econômico, que chegou depois de vinte anos de esforço fiscal a ter relação dívida/pib de 25%, em 2007, está agora, depois de tentar resgatar seus bancos com 50 bilhões de euros, precisando de mais 90 bilhões de euros, metade de seu atual PIB, com relação dívida/pib de 93% (projeção até o fim do ano) e com déficit fiscal de 32% do PIB!!

Vejam estes trechos da Miriam:

"Esse é mais um dos inusitados desse mistério irlandês. O melhor aluno da classe está em recuperação. Por vinte anos, a Irlanda foi exemplo de disciplina fiscal: reduziu a dívida pública de 108% do PIB, em 1986, para 25%, em 2007. O PIB cresceu em média 7,4% ao ano de 1995 a 2007. Falava-se de milagre irlandÊs. O País era apontado como exemplo e havia mil explicações para o seu sucesso.

O problema é que parte do crescimento é resulado de uma bolha imobiliária. O preço dos imóveis subiu 315% de 1996 a 2007. De lá para cá, caiu 36%, tirando renda das famílias e causando prejuizos bancários."


Primeiro, quero dizer que a situação de lá é diferente daqui, como falei, porque o sistema bancário é muito mais rígido. Segundo, tudo indica que a Irlanda negociou os sub-prime, na área privada, ou seja, mais uma vez a falta de regulamentação de mercado creditício e financeiro criou a possibilidade de bancos procurarem lucros com operações arriscadas de crédito, a qual, ao falhar na ponta de pagamento (tomadores endividados não pagaram), fez ruir bilhões em créditos que dependiam desses pagamentos em cadeia.

Aqui, portanto, a situação é diferente. Ninguém compra carro com empréstimo lastreado hipoteca sobre lucro hipotético de imóvel já financiado, nem há negócios realizados em massa no Brasil com esse tipo de título.

É isso, ninguém vê quando chega bolha. Mas dá pra desconfiar quando há valorização muito acima da média de mercado. Os imóveis nas grandes capitais brasileiras cresceram entre 100 e 200% em dois anos... isso é normal? Está de acordo com o crescimento da renda do brasileiro neste mesmo período? Se a resposta é negativa, então é uma bolha, senhores. o aumento não foi em uma região em que houve obras fantásticas, foi de repente, a partir de 2008, logo após a crise financeira mundial. Coincidência? Não. Valores fugiram para cá e com a normalização européia e americana, senhores, voltarão. Não estão na Bolsa. Esse ano a Bollsa, dois anos depois, ainda não recuperou os 74 mil pontos atingidos antes da crise. Foram muito para imóveis, junto com valores de brasileiros por empréstimo consignado facilitado pelo governo na época de crise, acertadamente, para manter o nível de atividade econômica e empregos.

Mas duas coisas são importantes.

Primeiro: a irresponsabilidade do cidadão em se deixar levar pela impressão de valores do mercado é fatal. Aqui está ocorrendo isso. Estão pagando o preço que pedem pelos imóveis. Isso é grave, pois se você não valoriza o seu dinheiro, quem vai valorizar. Eu tive a oportunidade de comprar dois imóveis em área que me interessava, mas achei caro e preferi ficar pagando aluguel e esperar melhor momento de compra. Estão à venda ainda e aumentando a cada mês. Ridículo. É um risco para mim, e é opção de cada um, mas por favor, por você e por toda a economia, valorize o seu dinheiro ou sua capacidade de endividamento.

Segundo: O grande erro da Irlanda foi liberar esse dinheiro (50 bilhões de euros) aos bancos sem maiores contrapartidas. O correto seria (e trato disso em minha tese de Pós-graduação: "Limites Possíveis aos Atos privados - O Estado Conformacional") forçar realização de Assembléia Extraordinária de cada banco que autorizasse aumento de capital, devendo, à falta de valores privados, a união entrar com o capital e se tornar sócia, majoritária ou não, mas com controle, para pôr ordem, na qualidade de gestor (sim, estatização temporária) e depois de organizado e regular, tendo garantido normalização das operações bancárias, vender sua participação de novo ao mercado, talvez até lucrando, quem sabe? Teriam sido respeitados os direitos de acionista, leis societárias, garantido que os 50 bilhões tivessem o destino de irrigar o mercado ao invés de ficarem presos nos bancos amedrontados para emprestar e talvez não tivesse chegado a este ponto. Esta sugestão que achei ótima partiu da Associação dos Direitos dos Acionistas alemã (DSW), no artigo "Alemanha aprova nacionalização de bancos", publicado em 18/12/2009 no Jornal O Globo on line. O citibank foi estatizado assim como a AIG e outras instituições americanas e agora voltam aos poucos aos privados.

O importante aqui é: atenção senhores e mente aberta. Atenção e inteligência são necessários aos cidadãos e ao Estado para que ninguém sofra desnecessariamente.

Perguntas inteligentes, Respostas Publicadas 3 - A bolha Imobiliária 2008/2010 - momento de estouro e gravidade

Um ilustre leitor fez uma excelente pergunta, na forma de comentário ao artigo "Reconhecimento da Bolha Imobiliária 2010, Demorou , mas chegou".

A pergunta é objetiva , mas a resposta tem que considerar várias informações, portanto, neste caso, não coube no espaço de resposta do comentário do artigo e como o assunto é excelente, publico aqui para vocês.

Ele comenta e pergunta o artigo:

"Não acho que seja só fundos e investidores estrangeiros, inclusive acho que o principal motivo é o crédito fácil e barato (em comparação com o histórico). As taxas baixaram muito e de forma muito rápida, então aumentou e muito os compradores de repente. Todo mundo que ia ter que juntar $ por alguns anos para dar de entrada e a prestação "caber no bolso" está comprando agora, de uma vez só. Desbalanceamento total entre oferta e procura, mas não pode durar pra sempre. O mercado imobiliario é muito lento, demora anos entre a procura de um terreno e as vendas dos imoveis. Tenho varios conhecidos comprando imovel no Rio, em todos os bairros, e todos ganham abaixo desses valores citados aí. Tudo financiado a perder de vista. Pra funcionario publico, que tem menos risco de inadimplencia, por ex. a taxa é pouco mais de 7% a.a.

E inclusive tem data pra acabar: meados de 2013 qdo o credito c/ recursos de poupança acaba. Com Copa e Olimpiadas o governo não vai ter de onde tirar $ pra subsidiar os financiamentos.

Minha duvida é: quando isso chegar os preços ficam estáveis ou caem? E se caem, em que velocidade?

Abs"



Respondo:

Excelente pergunta, unknown.

É verdade que a compra não é só de fundos estrangeiros. Sugiro até a leitura do artigo anterior a esse, denominado "Bolha Imobiliária no RJ", neste mesmo blog. VocÊ terá muito boa informação sobre causas da bolha e quando entendo que começará a arrefecer. Acredito que o arrefecimento iniciará no ano de 2011, mas você deve ler o artigo anterior para os detalhes, pois é longo. Qualquer resposta simples aqui é irresponsável.

Neste espaço limitado de um artigo posso dizer, sendo objetivo em relação ao seu comentário e pergunta, que é verdade que alguns contratos/convênios para consignação de empréstimo imobiliário em folha de servidores públicos têm prazo de cinco anos e o próximo contrato/convênio pode não vir com juros tão baixos. Mas há chance desses termos contratuais continuarem, pois só se chegou a este juros porque se deixou consignar as prestações em folha de pagamento. Com maior garantia, pôde-se baixar o juros cobrado, entendeu? Isso garantiu naquele momento dinheiro para não entrarmos em desaceleração da economia. Os salários de funcionários, como são constantes, são ótimos para ajudar a economia quando precisa, seja para manter circulando na forma de crédito ao funcionário, quando falta o dinheiro privado, seja para cortá-los e economizar, quando a área privada é irresponsável e o governo tem que resgatá-la como ocorreu nos EUA e na Europa, e aumentando por isso a dívida pública têm-se como necessários cortes.

Os valores para a Copa de 2014 estão sendo contratados agora e na forma de licitações e PPP (Parcerias Público-Provadas), portanto, a princípio, em 2014 todos os valores já teriam origem e grande parte já teria sido quitado. A origem das verbas para obras da COPA e das Olimpíadas não podem ser direcionadas pelo governo da poupança dessa forma livre como você imaginou.

Por lei parte fixa da poupança deve ser destinada ao financiamento de habitação. O que o governo fez foi criar um meio (consignação em folha de servidores) para garantir continuidade de fluxo de empréstimos imobiliários, durante a crise de 2008/2009, para que as obras não parassem e houvesse desemprego e queda da economia. Os bancos estrangeiros não emprestavam nem para seus próprios empreiteiros, imagina para nossos empreiteiros brasileiros.

Agora, amigo, se você é servidor e tem aquela oportunidade, o que você faz? Pega antes que mude, assim como você disse que seus amigos fizeram. Isso já foi, ao meu ver, em grande parte.

Li no Globo ou no Jornal do Commercio (muito melhor) um artigo recente em que empreiteiros em São Paulo diziam que sem nova oferta de crédito o movimento de venda de imóveis novos pode baixar para o próximo ano e até haver algumas correções. É isso.

A única coisa que está segurando ao meu ver são os estrangeiros, os assustados ou compradores conscientes nacionais de última hora e o Programa "Minha casa, Minha vida", que está gerando um fluxo constante para várias e inclusive grandes empreiteiras, podendo deixá-las tranquilas para pedirem mais por imóveis em áreas valorizadas e aguardar a venda. Não há pressão para que elas vendam rápido e mesmo assim estão vedendo. O momento é de venda, portanto, não é de compra.

Quando acaba? Leia por favor os outros artigos do blog sobre o assunto, mas um indicativo é quando os mercados de capitais voltarem a ter expectativa favorável (pois isso ocorre com expectativa macroeconômica favorável). Se você acha que a crise na Europa piorará, vai demorar mais, como não acho que isso ocorrerá, os valores voltam para o mercado de capitais e saem de ativos reais como imóveis, ouro, dólar e poupança (esses dois últimos de natureza financeira, mas opções de proteção). O fluxo é sempre assim: em crise, aumentam imóveis, ouro, dólar (ainda moeda de reserva) e poupança (refúgio financeiro comum). Sem crise, aumenta bolsa de valores, investimento em títulos de dívida pública inclusive de países de maior risco, fundos de risco, investimentos produtivos. Para que um grupo desses dois aumente, como o dinheiro no mercado é um só (imagem retórica), o outro tem de minguar ou arrefecer. Em linhas gerais, claro.

Eu acredito que as expectativas no Brasil melhorarão em 2011 e que já houve grande compra com crédito consignado, portanto, a partir de 2011 deve haver arrefecimento. Se isto ocorrer, a bolha desinchará aos poucos, sem trauma. O problema é se continuar esta valorização. Vejo imóveis em sites de venda que ficam há mais de um ano aumentando de preço e não são vendidos. Acompanhe. Quem comprar um desses, quando os mercados europeus e americanos se acertarem, verão outras pessoas comprando apartamentos iguais ao seu com valor bem inferior. Só. Quem compra é que realizou o prejuízo. Mas se foi o imóvel da sua vida e você está feliz, tudo bem. E quem aposta na piora da economia européia e americana, se acertar ainda pode ter um ganho; o que acho difícil.

Vários dizem que neste momento de correção que viria ou estouro da bolha, no Brasil, na verdade o preço se manteria. Isso não seria bolha. Como acho que é, acho que teremos desvalorizações. Na Irlanda a desvalorização média em 2008/2009, segundo excelente coluna da Miriam Leitão de hoje, 23/11, foi de 36% e fez em trÊs anos a dívida do País triplicar, saindo de 25% do PIB para 90%.

No nosso caso será menos pior, pois as garantias não são só os imóveis ou lucros imobiliários hipotéticos, como por lá. Aqui, com garantias de consignação em pagamento, quem comprou somente verá seu imóvel perder preço em curto prazo.

Isto porque acredito que a bolha é de preço e não de crédito. Oferta de crédito seguro não é bolha de crédito como houve nos EUA e Europa. O crédito farto elevou preço de imóveis, concordo, mas o dinheiro existe pois aqui temos regras mais rígidas para empréstimo do que lá. Lá emprestaram com base na hipótese de que os imóveis já financiados continuariam a valorizar. Emprestaram hipotecando a previsão de lucro imobiliário de imóvel já hipotecado (é isso mesmo), o que aqui não é praxe nem acho que seja possível.

Espero ter respondido. A pergunta para ser bem respondida depende de informações múltiplas e complexas, mas se você ler os outros artigos do blog sobre o tema acho que ficará bem informado. Veja o artigo Bolha Imobiliária Index neste blog.

Boa pesquisa amigão.

Abraço a todos.

Para quem temia a Dilma...

Para quem temia que a Dilma não seria aceita para entrar nos EUA por seu passado de guerrilheria, a pg. 03 do Jornal O Globo de hoje (23/11/2010) deve ter sido um alívio.

Em subtítulo ao artigo "Dilma acompanhará Lula em reunião da Unasul, na Guiana", o globo publicou "Americanos pressionam, mas presidente eleita não deve ir este ano".

Alguém aqui já viu o filme "Coração Valente"? Lembram da cena em que o Rei Eduardo diz "os franceses apoiarão quem mostrar força, quem mostrar que domina a Ilha Inglesa"? Esta resposta foi dada à pergunta de um dos presentes em reunião do Conselho do Rei sobre se a França apoiaria a inglaterra ou a Escócia na guerra. Assim são as potências senhores... só respeitam quem se respeita... quem lê sobre o Império Romano também tem essa experiência..

Elejamos sempre quem é melhor para o nosso País. Não interessa a opinião do estrangeiro. E neste momento vou aproveitar para parabenizar Chico Buarque, que em evento de apoio a Dilma, no Rio de Janeiro, disse: "Eu apoio esse governo porque ele fala grosso com os Estados unidos e não fala grosso com o Paraguai".

Isso é ser brasileiro. Tenho a honra de ser um.

Abraços de um brasileiro
Mário César

Implantação de UPP e a assepsia do crime

Fico muito satisfeito com um artigo publicado no Jornal O Globo de hoje, 23/11/2010, em que se informava que em um ato violento em Irajá ouvia-se os gritos dos bandidos "É o bonde do Borel". Não fico feliz com o crime, óbvio, mas com uma informação subliminar deste fato.

Gente, observem, para quem não sabe, o Morro do Borel fica no Bairro da Tijuca, mais precisamente sub-bairro da Usina, dentro da região chamada grande Tijuca, e Irajá fica bem mais afastado. "Bonde do Borel" em Irajá?

Isso confirma o fato de que as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) dão certo mesmo. Os bandidos são obrigados a se mudarem e, lógico, neste processo se enfraquecem, pois são obrigados a se arriscar nas ruas ou em novos bairros ou cidades. Neste momento a polícia deve agir com inteligência para verificar estas movimentações (e está) e ir prendendo nas primeiras oportunidades.

Quem conhece algo sobre segurança pública sabe que não é só "pegar o bandido".. há um processo de acompanhamento e reunião de elementos probatórios para cada pessoa que deve ser presa, caso contrário, o policial leva o bandido para a delegacia e o Juiz é obrigado por lei a soltá-lo, em respeito ao princípio da inocência. Não basta o policial saber quem é bandido ou aparecer na Globo sendo acusado...

Mas está ocorrendo a assepsia do crime. Vejam, tentando uma analogia simples mas útil para a visualização de um quadro, esses crimes são como uma doença. A UPP é um remédio. Mas o processo de cura gera uma substância desagradável que deve ser limpa constantemente. A higiene na hipótese se dá pelas prisões que vão ocorrendo no curso da implantação das UPP, e nos deslocamentos de crimes e criminosos para outras regiões.

Temos de apoiar as UPPs e a Polícia Civil e Militar do Rio de Janeiro. Antes os bandidos faziam grandes queimadas de ônibus e paravam estradas em bairros centrais e ricos. Agora estão queimando meia dúzia de carros de passeio em locais variados e sem tanto poder de criar um grande cataclisma social. Isso é a evidência do enfraquecimento do crime.

É claro que quem sofre esse problema das ruas tem um grande problema.. esses crimes que estão acontecendo são lamentáveis e a polícia tem que dar um jeito, mas antes esses criminosos acabavam com o cotidiano das pessoas pobres que moravam em favelas que sofriam diariamente, inclusive com restrições à sua liberdade, seu direito de ir e vir e, ainda, com execuções sumárias de amigos e parentes. Isso não era pior?

Não se pode impedir que uma pessoa execute um crime. O que se pode fazer é dar emprego e educação para as pessoas optarem por não entrar na vida do crime (ver o filme os falcões do tráfico de MV Bill - cada emprego formal que paga um salário mínimo tira potencialmente um endolador - embrulhador de drogas - do tráfico). Daí para frente, cada um que cometer crime deve pagar. É só. É isto.

Polícia não evita, pura e simplesmente, que crimes aconteçam (até evita sim, e muito), mas sua função é garantir que quem violar a lei será processado e preso. A Polícia Militar, de atuação ostensiva, tem função de desestimular o crime nas ruas. A Polícia Civil, de atuação investigativa, reúne provas para a comprovação de autoria de crimes e condenação de pretensos agentes criminosos noticiados como tais pela população. Mas isso não impede que todo e qualquer crime ocorra.

O Secretário Beltrame, o Chefe de Polícia Civil, os Delegados de Polícia Civil, os Comandantes da Polícia Militar do Rio de Janeiro, a Polícia Federal e todos os policiais trabalhando no RJ estão de parabéns. Quando o "Bonde do Borel" chegar mais dois bairros adentro do subúrbio/interior, terá, quiçá, apenas meia dúzia de integrantes.

Administração Pública, Orçamento, Funcionário Público e Governo - Index

Pessoal,

Com o objetivo de dar acesso fácil aos artigos por tema, fiz essa seleção dos atuais 55 artigos para que vocÊ possa acessar mais facilmente os principais artigos sobre Administração Pública, estrutura da Administração Pública, como gerenciar funcionário público, limites e realidade orçamentária no Brasil e no Mundo e temas afins, para que nós tenhamos melhores informações (ou pelo menos algumas informações) de real interesse do contribuinte individual, do cidadão brasileiro. Enão somente a pauta de informação massificada, tendencioasa e desinformativa (muitas vezes) da grande mídia, leia-se Globo, Folha de São Paulo, Estado de São Paulo e Veja.

Conto com vocês para difundir o acesso, municiando nossos colegas, seus amigos e familiares com informações que têm mais sentido para o interesse da coletividade, do contribuinte e cidadão brasileiro. Um Estado eficiente é bom para a economia, para a área privada e para todo e qualquer cidadão brasileiro. Mas para isso ocorrer, temos de nos interessar pela Administração Pública. Todos falam dela, mas quase ninguém sabe além do que a mídia publica.

Selecionei uns artigos que sugiro leitura e a cujos comentários e críticas de meus ilustres amigos, colegas e leitores desde já submeto.


http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/11/limite-ao-gasto-publico-e-o-crime-de.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/11/desfazendo-mitos-e-lendas.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/10/gastos-do-governo-cambio-e-evolucao-da.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/10/estado-do-bem-estar-social-europeu-e-o.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/10/onde-esta-o-gigantismo-estatal.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/09/servico-publico-bem-remunerado-vantagem.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2010_08_01_archive.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2010_07_01_archive.html

http://perspectivakritica.blogspot.com/2010/07/o-gasto-publico-e-valorizacao-da.html


Abraços do seu amigo,

Mário César Pacheco

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Bolha Imobiliária Index

Pessoal, está ocorrendo muito acesso sobre bolha imobiliária, assim, para facilitar, vou colocar abaixo os três blogs especializados no tema que estão adotando link com esse blog. Acho que são um caminho mais curto para acesso a informações específicos sobre este tema. São eles:

http://www.bolhaimobiliaria.com/

http://forum.investidoragressivo.com/viewtopic.php?p=75721

www.bolhabrasilia.blogspot.com

E os meus artigos que falam especificamente sobre o tema são:

"Reconhecimento da bolha imobiliária - demorou, mas chegou" - Publicado em 18/10/2010

"Bolha imobiliária no RJ em 2010" - 05/07/2010

"Notícia do Blog da Míriam Leitão: China adota medidas para conter valorização do setor imobiliário" - 13/07/2010


Agora, senhores, é muito importante a noção macroeconômica e de opções de investimento para os grandes capitais. Como os valores de imóveis no RJ estão bem altos, naturalmente terão que arrefecer, nos termos já descritos nos artigos deste blog. Agora, pode piorar? Pode. Como?

Se a Europa entrar em queda econômica mais uma vez (formação em "W"), afastando a hipótese de formação em "V" ou em "U", para a retomada econômica e de mercados, o que acontece? Os capitais não se sentirão seguros de circular na forma de dinheiro ou ações. Nesta hipótese, a saída é sempre dólar (ainda é referência e ainda vai ser por um tempo, com certeza), ouro ou imóveis.

Então, EUA e Europa com alto desemprego, dificuldade de retomada de vigor financeiro-econômico, dificuldade em diminuir relação dívida/pib, inflação, dificuldade de diminuir déficit fiscal, tudo isso afugenta, a princípio, os capitais de ações, fundo de ações, títulos de dívida de países com más finanças, para bens reais e/ou poupança (último refúgio financeiro).

No sentido contrário, diminuição de desemprego, aumento de índices de confiança do consumidor, inflação sob controle, diminuição de relação dívida/pib, diminuição de déficit fiscal, crescimento econômico, a princípio atraem capitais alocados em bens reais para o mercado financeiro, ou seja, bolsas de valores, fundos de risco, sistema produtivo, títulos de dívida pública em geral.

Se houver aumento da crise econômica, haverá um novo ciclo de leve alta (leve porque a alta até agora já foi muito alta). Mas isto tem chance pequena, segundo vejo, de acontecer. E mesmo que aconteça será por pouco tempo. Assim, pelo que se configura até agora, todos os parâmetros das minhas análises nos artigos acima citados se mantém intactos para mim.

O risco de guerra cambial entre países entra como elemento e novo ingrediente dessas variáveis. Como ela afetará a capacidade de recuperação econômica americana e européia? É isso que tem que ser acompanhado. No final, e isso é que é importante, tudo desemboca na análise de relação dívida/pib, déficit fiscal, aumento ou queda de desemprego, os quais influenciam o aumento ou queda de renda do trabalhador, aumento ou queda de poupança/endividamento, aumento ou queda de investimento (público/privado), crescimento ou queda da economia. Em linhas gerais é isso.

Se tudo estiver em compasso de normalização, mesmo com indicadores econômicos ruins para Europa e EUA, o tempo já começará a melhorar e os fundos ficarão tentados e pressionados a arriscar... o dinheiro volta para Bolsas de Valores e para o Mercado de Capitais em geral. Isso desinflará os mercados de bens reais.

Vamos ver.

sábado, 20 de novembro de 2010

Mais de 2.000 (dois mil) acessos em menos de cinco meses!!

Pessoal, fico muito feliz com o acolhimento do nosso blog sobre política, economia e sociedade "PERSPECTIVA CRÍTICA". Já são exatamente 2.032 acessos, hoje, 20 de novembro de 2010, às 14:32h!

Imaginei como forma de comemorar com vocês, compartilhar a informação sobre os dez artigos mais acessados, o que pretendo fazer eventualmente, até porque é interessante e curioso, além de dar idéia do que as pessoas têm procurado mais no ainda limitado conjunto de 52 artigos (não tão poucos para menos de cinco meses, claro), escritos e publicados desde 27 de junho de 2010, dia da criação deste blog.

São eles:

1º - Reconhecimento da bolha imobiliária - demorou, mas chegou - publicado em 18/10/2010

2º - Bolha imobiliária no RJ em 2010 - 05/07/2010

3º - Comparação de Serra e Dilma ou FHC e Lula - 19/09/2010

4º - Serviço público bem remunerado: vantagem ou desvantagem para vocÊ? - 15/09/2010

5º - ProjetoPolítico do PSDB - 03/10/2010

6º - Declaração de Voto para eleição de 2010 - 19/09/2010

7º - Imagem da mídia brasileira após a eleição de 2010 - 11/11/2010

8º - Perguntas inteligentes, respostas publicadas 2 - 23/10/2010

9º - Sobre eventual maquiagem do superávit fiscal brasileiro através de investimentos na Petrobrás - 04/11/2010

10º - A independÊncia da sociedade brasileira da grande mídia - 03/11/2010


Este foi o ranking definido por número de acessos, em um universo de 2.032 acessos, depois de praticamente cinco meses de vida do blog, dentre os seus 52 artigos disponíveis! Esse é o ranking feito por você e todos os leitores do blog.

Participe, vamos construir juntos este canal direto de comunicação, para ipedir a desinformação causada pela grande mídia, estimulá-la a se aperfeiçoar a exercer sua função pública real de bem informar a populaçãoe, talvez mais importantde tudo, para que nós prórpios criemos nossa pauta de informações de nosso interesse para debate e desenvolvimento de nossa própria sociedade.

Obrigado pela confiança, obrigado pela participação! Comentem, sugiram temas, critiquem. Este canal é nosso.


Abraços a todos
Seu amigo Mário César