quarta-feira, 14 de março de 2018

Finlandeses em primeiro lugar em Felicidade apontam o essencial: segurança, cuidado infantil, educação e saúde pública gratuitas

No ranking da felicidade atual, conforme o artigo" Brasil cai seis posições do relatório de felicidade da ONU e fica em 28º", publicado em 14/03/2018, no Jornal O Globo On Line, a Finlândia destronou a Noruega e figura à frente dos demais 156 países da lista pesquisada, estando o Brasil atualmente m 28º, após dois anos de crise econômica.
 
Observem o trecho selecionado:

"Os dez primeiros colocados deste ano são: Finlândia, Noruega, Dinamarca, Islândia, Suíça, Holanda, Canadá, Nova Zelândia, Suécia e Austrália.
Apesar dos fortes invernos, os finlandeses destacam como pontos positivos de seu país o acesso à natureza, segurança, cuidado infantil, boas escolas e saúde gratuita.
Embora a pesquisa analise o PIB per capita, nos Estados Unidos foi observado que a felicidade cai à medida que cresce a riqueza no país. No relatório deste ano, os EUA ocupam a 18ª colocação, quatro posições abaixo do posto em 2017."

Acesse o artigo na íntegra em : https://oglobo.globo.com/sociedade/brasil-cai-seis-posicoes-do-relatorio-de-felicidade-da-onu-fica-em-28-22488067

É interessantíssimo que esta pesquisa exista e que ela evidencie que somente riqueza não garante felicidade das pessoas que vivem em um país. Apesar de considerar o pib dos países e o pib per capita, não é exatamente isso que garante a felicidade de um povo, estando os EUA, atualmente, em 18º, quando o Brasil já foi o 17º (ano de 2014 - início da queda econômica efetiva do Brasil)!

Os finlandeses dizem o que nós do Blog Perspectiva Crítica sempre dissemos: o importante é a Educação e Saúde Pública gratuita e de qualidade!! Aliado, no caso da indicação aos finlandeses, à sensação de segurança, acesso à natureza e cuidado infantil.

Por que o modelo para o Brasil tem que ser os EUA? Qual a vantagem? Por que lutar em ser espantosamente rico se o que garante qualidade de vida é a felicidade? Qual o foco da atuação do Estado?

Na Finlândia há capitalismo. Na Finlândia a desigualdade social é menor do que nos EUA. Na Finlândia o salário mínimo é alto e suficiente para se viver com dignidade. E a inflação é baixa. Olhem para os nórdicos!!! É o que sempre dissemos! Repitamos o que a sociedade nórdica tem em estrutura para temor o mesmo nível de vida!

É balela comprovada que o crescimento econômico pura e simplesmente leva à riqueza dos cidadãos, à diminuição de desigualdade e a mais felicidade para a população. Há que ter projeto social, de assistência social, de previdência social, de segurança pública, de educação e saúde pública gratuitas e de qualidade.

Junte-se a nós na construção de um Brasil rico, mas solidário, com assistência social para todos, com previdência social para todos, com segurança pública de qualidade e com educação e saúde pública gratuitas de qualidade.

E como fazer isso? Empoderando-se do Orçamento Público. Sabendo o que do Orçamento público realiza esse sonho e o que é destinado simplesmente a bancos, grandes empresas e políticos, impedindo que o sonho de uma vida feliz no Brasil se realize.

Devemos lutar por justiça tributária, mais progressividade tributária, mais salário mínimo, sustentabilidade do Orçamento Fiscal, considerando também pelo lado da Arrecadação e não somente pelo lado da Despesa, como a Grande Mídia massifica hoje em dia. Lutemos por salário de professores e de médicos públicos com teto em R$10.000,00!!!!

É isso que nos tornará um país no ápice de nosso potencial e garantirá a diminuição da desigualdade regional, social e a felicidade de nossos familiares e mais orgulho ainda em sermos brasileiros. Ouçamos quem já está no topo do ranking da felicidade! Copiemos os Finlandeses!    


segunda-feira, 12 de março de 2018

O Brasil e o limite da imoralidade: Presidente da República investigado em pleno exercício do cargo

Gente, mais uma vez somos obrigados a aplaudir a manifestação de um General, agora o General Mourão que entrou parta a reserva,e que declarou que : o Judiciário tem que expurgar o Temer da vida pública.

Este fato está publicado em artigo do Jornal O Globo e é acessível pelo sítio eletrônico https://oglobo.globo.com/brasil/judiciario-tem-que-expurgar-temer-diz-general-mourao-22441316

Vejam bem. Que país é esse? A imoralidade está tão crassa e realmente a política se encontra em estado de putrefação tão evidente que os políticos com foro privilegiado que se encontram em investigação criminal, com investigação criminal e/ou denúncia aceita pelo Supremo Tribunal Federal, se sentem tranquilos em continuar o exercício do cargo público mesmo sob tais condições, pendente suas defesas em âmbito criminal.

A Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministra Carmem Lúcia teve de dar início aos trabalhos do STF, ao lado das mais proeminentes figuras da política nacional, ou seja, Presidente da República (Michel Temer), Presidente da Câmara dos Deputados (Rodrigo Maia) e Presidente do Senado da República (Eunício de Oliveira), todos com pendências na Justiça, respondendo a processos em que se discute crimes também contra o Erário, lavagem de dinheiro e coisas do gênero. Como chegamos a este ponto?

Olha, como chegamos a este ponto, todos sabem: abandono da população, deixar o ensino público pobre e à deriva, sem investimento e com baixos salários aos professores, manutenção de salário mínimo irrisório, mantendo um grande fosso de desigualdade social. Tudo isso gera o abandono intelectual de grande parcela da população e o abandono material. Tudo isso gera a necessidade de o brasileiro correr o dia inteiro par sobreviver, sem ter tempo para se desenvolver como pessoa, como cidadão, sem tempo para adquirir informações, criar capacidade crítica e criticar a realidade e a política e os políticos. Tudo isso faz com que a necessidade de satisfazer condições primárias de vida deixe o cidadão refém da prática de trocar o seu voto pelo primeiro político que lhe der comida, telha, cimento.

E quem está efetivamente combatendo isso? Servidores públ9icos, meus senhores e senhoras. São pareceres de servidores públicos que descobrem a malversação de dinheiro público por políticos e empresários. São servidores públicos que investigam esses atos ilícitos e transformam o que está velado em milhares de atos criminosos em provas contra esses políticos, empresários e até mesmo contra servidores públicos.

Essas provas são apresentadas na forma de investigação por Delegados e depois geram denúncias por promotores de justiça e procuradores da República e, em seguida, são julgados e geram prisões definidas por Juízes, confirmadas por Desembargadores e, finalmente, por Ministros do STJ e STF.

Os servidores públicos estão limpando esse mundo nojento da política e do mau empresariado que come o dinheiro público. E é interessante que tenha que ter vindo de um General, servidor público militar, a declaração sabida por todos que Temer, o Presidente Temer, tem que ser expurgado pelo Judiciário da vida pública.

Ele foi corajoso em dizer o óbvio. E não pediu que Temer fosse expurgado pelas massas, por revolução ou pela Grande Mídia. Ele pediu que o Judiciário, composto por servidores públicos, Juízes, Desembargadores, Ministros e servidores do Judiciário, façam esse trabalho.

E como pode Temer, diante de tudo que pesa contra si, continuar seu trabalho normal na Presidência? É o princípio da presunção de inocência. Nós somos a favor desse princípio. Mas em um país normal, uma acusação dessas faria o político renunciar para preparar sua defesa. Até para defender sua honra. Mas não aqui. No Brasil, se a figura política é atacada pelo Judiciário, ela tem que se manter na função, para exercer o poder de tentar subverter a sequência de fatos que já ocorreu e a que ocorrerá contra sua pessoa. Não precisamos dizer que isso está extremamente errado.

Não temos a solução de imediato, eis que entendemos que não é a mera existência de um processo criminal que deva impedir obrigatoriamente o exercício do cargo de Presidente da República. Em um país normal, no mínimo os fatos em discussão teriam dado ensejo à deflagração de impeachment, apesar de que vimos que Trump já deveria estar respondendo a impeachment e isso ainda não ocorreu também.  

Mas algo está errado quando a Presidente do STF que investiga políticos, tem que iniciar o ano entre os imediatos do exercício do cargo de Presidente da República e de sua linha sucessória, e todos estão respondendo a investigações criminais ou a processos no STF, mas estão tranquilamente despachando em seus gabinetes. Pior ainda o Presidente da República, o qual, investigado pela Polícia Federal, pode nomear e exonerar o Chefe da mesma.

Ao menos temos a liberdade e estabilidade de servidores públicos para continuar investigando e processando os políticos e, no caso do General Mourão, declarando em alto e bom som que já era hora de o Presidente Michel Temer ser expurgado da vida pública.

Aguardemos os próximos capítulos de nossa marcha histórica para um procedimento democrático mais maduro e mais normal. Por enquanto, fica só a consternação de cidadãos com a vida seguindo por realismo fantástico e que nunca seria imaginado por artista espanhol algum.


terça-feira, 6 de março de 2018

O Estado Mínimo e a corrupção do PMDB destruíram a Segurança Pública no RJ

Nós achamos interessante. A grande mídia sempre primou pelo enxugamento dos quadros públicos, demissão de servidores, diminuição do Estado, terceirização de todo servidor público, em prol sempre da economia de verbas públicas.

Isso é realizado no Rio de Janeiro, também em relação à Polícia Militar e Civil. Desestrutura-se o efetivo policial, desestrutura-se o arcabouço material (armas, automóveis, equipamentos) e a segurança começa a ficar ruim. Mas a grande mídia somente divulga o aumento de crimes, a falência da segurança pública e NUNCA, NUNCA ponderou e nem publicou a falta de contratação de policiais como uma das causas do problema da segurança pública no RJ.

Aí, chega um General. Analisando o problema da segurança pública no RJ, por ser interventor federal em tal área de governo, qual é a primeira coisa que ele denuncia como causa da prostração das forças de segurança pública!?!?! A falta de policias e de equipamentos. Vejam, bem, não foi a segunda coisa que o General anunciou, nem a terceira, FOI A PRIMEIRA!!!!!! Aí, então, o Jornal O Globo faz manchete de que faltam 25 mil policiais militares e civis (veja o artigo https://oglobo.globo.com/rio/policias-do-rio-sofrem-com-falta-de-carros-de-agentes-22459590).

O que você acha disso, leitor? Foi ontem que ficou evidente que faltavam 13 mil policiais civis de um total de 24 mil que deveriam estar trabalhando? Os jornais da grande mídia não têm compromisso com o BEM DA POPULAÇÃO?!?!? Então como não denunciou isso em manchete antes?!?! Como a polícia vai desvendar casos com 9 mil policiais civis se precisa de mais 13 mil que não foram contratados?!?!

Então fica evidente, senhores e senhoras, o que sempre denunciamos: A GRANDE MÍDIA NÃO TEM INTERESSE NO BEM DA POPULAÇÃO, NO BEM DA SOCIEDADE E NO BEM DA SUA FAMÍLIA. Que fique claro. A Grande Mídia tem interesse no Estado Mínimo, em diminuir gastos do Estado para legitimar diminuição de imposto, para aumentar lucro de empresa, mesmo que ao custo da eficiência da máquina pública e ao custo da qualidade de vida de sua família.

Não há outra conclusão, infelizmente. Nós temos de denunciar isto. A Grande Mídia com a defesa do Estado Mínimo contribui para o caos na prestação do serviço público de segurança ao cidadão carioca e em seguida se beneficia desse caos para publicar a falência da prestação do serviço público de segurança e vender mais jornal sobre notícias desastrosas e sofrimento da população.

Mas se ela tivesse questionado a eficiência do setor público com neutralidade, concluiria, antes do General, que ter quantidade de servidores públicos suficiente para desenvolver a atividade de segurança pública é essencial para que tal prestação ocorra com eficiência!!

A Grande Mídia só publicou agora porque o General disse que essa era a primeira medida e essencial para reconstruir a Segurança Pública no Rio de Janeiro. Ela foi obrigada a publicar. Ficamos tristes com esta constatação.

É claro que o roubo que o PMDB do RJ instituiu na máquina pública através da concessão de 157 bilhões de reais em isenção de impostos para bares, joalherias, prostíbulos e restaurantes, separando uma parte para si, nas pessoas de Sérgio Cabral e outros políticos da legenda, muitos dos quais já estão presos por tais fatos apurados judicialmente, contribuiu para o desmonte da Segurança Pública, mas a maior culpada, a nosso ver, pela ineficiência dos serviços públicos é a defesa da tese de Estado Mínimo e o discurso de que a existência de servidores públicos somente gera gasto e despesa desnecessária. E quem faz isso, publica e dissemina é a grande mídia, em especial.

Foi preciso um General intervir no Rio de Janeiro para, com o espírito patriótico e isenção, poder declarar em alto e bom som que SEM SERVIDORES PÚBLICOS SUFICIENTES NÃO É POSSÍVEL PRESTAR SERVIÇO PÚBLICO DE QUALIDADE E EFICIENTE.

Obrigado, General. Talvez a partir de agora as pessoas sejam menos infantis ao falar de serviço público e ao invés de vestir a camisinha do time do mercado financeiro e da Grande Mídia sobre o Estado Mínimo a qualquer custo, passem a discutir quais as condições necessárias para o desempenho eficiente das atividades públicas essenciais do Estado.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Recorde de acesso diário: 2.108 acessos em 20/01/2018


Compartilhamos a alegria de mais um recorde de acesso diário ao Blog Perspectiva Crítica: em 20/01/2018, o Blog experimentou o recorde de 2.108 acessos em um único dia.

 

Foi verificada a procedência dos acessos e estes, diferentemente do recorde anterior que foi informado ao Blog como uma tentativa de derrubada do mesmo, com mais de 1500 acesso de uma única origem na China, foram efetuados de diversas procedências, em grande parte dos EUA, e direcionados a diversos artigos, atestando a legitimidade dos mesmos.

 

Sendo assim, hoje acumulamos, ainda, o total de 340.417 acessos gerais por quase oito anos de vida do nosso Blog Social e informativo.

 

Agradecemos atingir estes índices. Temos fé de que uma imprensa livre e uma sociedade bem informada ficam mais próximas hoje com a liberdade de publicação de artigos e a ampliação de acessos dos Blogs de Mídia Social.

 

Obrigado por você, leitor, nos fazer grande.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Suspensão do aumento de IPTU no Rio de Janeiro pelo Ministério Público do RJ

Publicamos uma mensagem do Blogger Mário César Pacheco a seus amigos e familiares pelo Facebook sobre medidas que ele adotou par pagar ou não pagar o IPTU em cota única no sentido de compartilhar informação e motivações para tal.

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro propôs ação judicial em que obteve liminar suspendendo o aumento de IPTU que, segundo as informações obtidas do site do MPRJ, se consubstanciou de uma só vez no patamar de 100%, em média.

Acesse para mais informações o endereço eletrônico http://www.mprj.mp.br/web/guest/home/-/detalhe-noticia/visualizar/54401

Segue a ponderação do Blogger sobre o tema:

"Pessoal, diante dessa suspensão, como o amigo Celso Clare indicou a seus amigos, fica interessante pagar parcelado o IPTU para o caso de vingar a ação e anular o aumento. É mais fácil não pagar tudo e parar de pagar as parcelas por satisfazer a dívida no montante antes do aumento do que pagar a mais e depois tentar reaver o crédito do Muinicípio. Certo.
Entretanto, levo a ponderação de que a solução judicial pode se definir muito depois de que todos os pagamentos parcelados sejam quitados, então o parcelamento é uma medida limitada juridicamente. É uma medida, no entanto, de mínima segurança no pagamento correto de IPTU e também uma medida de conteúdo político, pois, se todos parcelarem, o Crivela não terá todo o resultado financeiro da sua medida extorsiva de aumento de IPTU tão cedo, quando outras coisas como corte de gastos poderiam ter sido feitas antes.
Por fim, sinceramente, apesar de o aumento pegar de surpresa os eleitores do Crivela, já que esta medida foi claramente prometida ser realizada pelo seu opositor, o Marcelo Freixo, o aumento de valor dos imóveis desde 2008 na cidade do Rio de Janeiro foi em média de uns 400% entre 2008 e 2012, havendo correção de em torno de 30 a 50% depis disso até hoje. Ou seja, a valorização imobiliária líquida de 2008 a 2017 foi de, em média 200%, pelo menos.
Assim, como o aumento de imposto não foi na alíquota do imposto mas no valor venal dos imóveis, que estavam defasados mesmo, o reflexo de aumento de valor de imposto a ser pago até tal percentual, em média não viola o direito fiscal do contribuinte, a meu ver.
Como nunca se sabe o que será decidido em ações judiciais, estou curioso com o fim da demanda que suspendeu a cobrança desse IPTU super turbinado, mas creio que a tese de confisco e aumento exorbitante de imposto, neste caso, é fraca.
Vejamos o que ocorrerá. Eu pagarei o meu IPTU, que aumentou 150%, parcelado, mais por ação política do que crendo na anulação do aumento. O imóvel do meu pai aumentou menos de 10%, então ele pagará IPTU  em cota única, pois não vejo grandes chances de impedimento deste aumento ser deslegitimado.  Mas sempre há a possibilidade de anulação do Decreto de revisão de valores de imóveis por vício de formalidade. Aí englobaria todos os IPTUs, independente do percentual de aumento para cada cidadão."
 
Assim, cremos que dá para o leitor ter uma ideia sobre consequências e efeitos derivados da ordem liminar de suspensão do aumento de IPTU obtido pelo MPRJ recentemente.
 
Não é uma análise definitiva, pois não temos todos os dados do processo nº: 0022478-67.2018.8.19.0001, em que transcorre o debate sobre a legitimidade do aumento de IPTU, mas já é uma base de informação sobre vetores principais de consequências possíveis sobre o caso, mesmo que a título mais especulativo do que objetivamente conclusivo.
 
De qualquer forma, achamos muito válida a medida de defesa da sociedade que o MPRJ adotou, ampliando o debate sobre uma medida que com certeza tem impacto no orçamento doméstico de uma significativa parte da população.
 
Que os Tribunais, em todas as instâncias, definam a legitimidade e validade do ato do Executivo Municipal de aumento extraordinário, sem prova de perfeita metodologia ainda e que sequer foi aplicado de forma progressiva, durante uns 5 anos, mas foi aplicada de uma só vez a todos. Com certeza há o que se discutir sobre a eficiência e forma em que o ato poderia ter sido aprovado.
 
O problema é que o campo adequado deste debate seria o Parlamento Municipal... e esta fase já foi.
 
 

quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

(DES) AUSTERIDADE FISCAL: Governo Temer libera UM TRILHÃO DE REAIS em tributos para petroleiras estrangeiras

Saiba mais sobre a renúncia fiscal que o Governo Temer patrocina, em benefício de empresas de petróleo que explorarão o Pré-sal nesta excelente matéria do Uol Economia intitulada "Estudos apontam perda de R$ 1 tri em renúncia fiscal após leilão do pré-sal" e publicada em 31/10/2017.
 
Observe os trechos que selecionamos:
 
"Um conjunto de estudos elaborados pelas Consultorias Legislativa e de Orçamento da Câmara dos Deputados mostra que as regras previstas no leilão da Agência Nacional do Petróleo (ANP), realizado na sexta-feira (27), farão o governo reduzir o retorno na exploração do petróleo em relação à disputa no campo de Libra, ocorrida há quatro anos.
Parte desses recursos ajuda a financiar a educação e a saúde. Paralelamente, uma Medida Provisória já em vigor e prestes a ser votada pelo plenário da Câmara reduz impostos para as petrolíferas até 2040 e geraria renúncia fiscal de R$ 40 bilhões anuais, ou R$ 1 trilhão em 25 anos.
"(...) O consultor de orçamentos Bruno Rocha verificou que, em três anos, serão perdidos R$ 30 bilhões em três anos, mais do que previa o Ministério da Fazenda em época de arrocho fiscal.
Já outro estudo, de Paulo Lima, calcula que, se forem considerados todos os campos do pré-sal, a perda seria maior, da ordem de R$ 40 bilhões por ano, ou R$ 1 trilhão em 25 anos. O relator da Medida Provisória na Câmara, Júlio Lopes (PP-RJ), ampliou o prazo para os benefícios serem usados até o ano de 2040 --originalmente, eram só cinco anos, até 2022."
 
Para sustentar a necessidade da renúncia fiscal de UM TRILHÃO DE REAIS até 2040, dinheiro que iria para a educação e a saúde de brasileiros por determinação legal, o relatório da ANP considerou o valor do barril de petróleo a US$50 dólares o barril, quando ele está a US$60,00 e com tendência de alta, além de leiloar campos com enorme potencial de encontrar petróleo, mas sem a perfuração de teste.

Com a perfuração feita antes de licitar, segundo  um campo dobra de preço. Foi o que ocorreu com o campo de Libra. Mas o Diretor da ANP diz que não vale o risco e que o valor das perfurações seria de R$700 milhões. Os analistas que criticaram a renúncia fiscal indicam que o valor da perfuração seria de R$200 milhões.

E agora vejam mais essa pérola, com uma renúncia complementar em relação ao pagamento de CSSL, caso as empresas perfurem o poço e encontrem petróleo, poderão abater o custo da operação do pagamento do imposto CSSL (Contribuição social sobre o lucro)!!!

Ou seja, o lance pelo campo saiu bilhões de reais mais barato para a petroleira porque não houve a perfuração inicial de testes, ao custo de R$200 milhões, mas a chance de achar petróleo no pré-sal é de 50%, enquanto no mundo a média é de 20%.

Se não achar petróleo, a empresa perdeu o dinheiro da perfuração como ocorre em 80% dos casos no mundo, ou seja, faz parte do risco do negócio. Mas se achar petróleo, que no caso é de boa qualidade (ao contrário do petróleo do nosso pós-sal), todo o custo da operação, que constitui o risco do negócio, é abatido integralmente do pagamento da Contribuição Social Sobre o Lucro, furando o orçamento público no lado da arrecadação!! Que austeridade é essa?!? Que moleza é essa para petroleiras?!?! E porque todas as outras empresas de outros setores no Brasil têm que pagar CSSL sem abater os riscos e despesas de seus negócios?!?! Que A B S U R D O!!!!
   
Leiam a publicação. O Brasil e o futuro dos nossos filhos merece. Fica evidente que AUSTERIDADE é só em cima de corte de direitos trabalhistas, previdenciários, prejudicando trabalhadores com carteira assinada, aposentados, pensionistas e servidores públicos. Para empresas de petróleo, não há ponderação sob que legitime cobrança normal de impostos para ajudar no orçamento público.

O Brasil é das empresas (ainda mais estrangeiras e muito mais ainda petroleiras) e não dos cidadãos.

Como exigir corte de salários, corte de direitos trabalhistas e previdenciários, de direitos de aposentados, pensionistas e servidores, e pelo lado da arrecadação liberar para empresas exploradoras de petróleo um trilhão de reais EM IMPOSTOS ATÉ 2040?!?!?! E por que a grande mídia e o JORNAL O GLOBO nada publicou sobre o tema? Cadê as manchetes par defender o orçamento público neste caso?!?!

Aí você vê quem está do seu lado, leitor...

O Blog Perspectiva Crítica agradece à UOL ECONOMIA pela coragem e patriotismo em publicar o artigo mencionado por nós acima.
 

quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

Ponto de inflexão: Fim da maior parte dos efeitos da bolha imobiliária

Finalmente podemos noticiar o fim de um período conhecido por Bolha Imobiliária brasileira. Este período inicia em 2008 com a vinda de vultosos valores de fundos privados americanos e europeus, fugindo da crise financeira mundial com epicentro em sues países, elevando em até 450% os imóveis no Rio de Janeiro e no Brasil, tem seu clímax de preços imobiliários em 2013 e daí inicia a estabilização de preços e inicio da queda destes preços, até chegarmos a hoje, janeiro de 2018.

O fim do movimento especulativo de alta imobiliária, com também uma boa parte de reflexo real de aumento de demanda por grandes compras de estrangeiros como dito antes, inicia-se em 2013, tendo em vista alguns fatores:

1 - a economia mundial parou de assustar os investidores americanos e europeus em relação aos mercados europeus e americano, o que fez o ambiente de retorno a estes capitais ficar mais atraente;

2 - os preços atingiram níveis de resistência e os estoques das construtoras batiam recordes, indicando aproximação de momento de inflexão;

3 - as famílias brasileiras estavam endividadas com as recentes compras de imóveis em valores altos e a prazos longos, então diminuiu a disponibilidade de valores para manter o movimento de alta de preços.

Nós aqui descrevemos o movimento de bolha imobiliária desde seu nascedouro até seu ocaso. Somente a partir de 2013 a grande mídia começou, diante da evidência dos fatos, a admitir timidamente que houve bolha imobiliária no país.

A bolha imobiliária, aliás, não foi só no Brasil. Ocorreu na China, Rússia e também na Índia. Ao mesmo tempo? Sim. Como? Porque, como dissemos desde o início de publicações em 2010 até a admissão da grande mídia de que houve bolha imobiliária anos depois de o Blog Perspectiva Crítica anunciar, o movimento derivou de fuga de trilhões de dólares dos EUA e Europa e até do Japão, mas em menor escala, para o mercado imobiliário em países emergentes, dólar e ouro, em virtude da crise financeira mundial iniciada nos EUA no setor de crédito imobiliário (ver o filme "A grande aposta").

Com o mercado europeu e americano melhorando depois de 6 anos de crise, já em 2013, não se sustentava mais as posições aqui e elas foram sendo desfeitas desde 2013. A queda dos preços dos imóveis desde então já atingem em torno de 35% a 50%, dependendo do Estado, cidade e bairro em todo o país até o ponto de hoje, como publicado no Jornal O Globo, imobiliárias entregarem imóveis com descontos de dois dígitos ou mobiliados ou, ainda, aceitarem alugar o imóvel por 30 meses e aceitarem esse aluguel de entrada, abatendo o preço do imóvel. Veja esta informação no sítiuo eletrônico https://oglobo.globo.com/economia/setor-imobiliario-volta-crescer-no-pais-este-ano-mas-virada-no-rio-so-deve-ocorrer-em-2019-22271844

Veja o trecho que selecionamos do artigo publicado no Jornal O Globo:

"- Os últimos quatro anos foram o inferno astral do mercado imobiliário do Rio. Desde 2013, as vendas recuaram 60%. No ano passado, a queda foi de 30% a 35%. Este ano, o mercado terá de iniciar um novo ciclo. Em São Paulo, isso está acontecendo desde 2017. Mas, no Rio, a situação política é muito grave. Então, estamos atrasados — conta Rubem Vasconcelos, presidente da Patrimóvel, principal imobiliária do mercado carioca. - Em 2018, haverá lançamentos. Serão poucos e muito bem estudados, já com novo preço. Mas a retomada de fato só deve vir em 2019.
Para atravessar esse “inferno astral” e reduzir o alto número de unidades em estoque, empresas do mercado imobiliário carioca adotaram estratégias de venda, como oferecer descontos de dois dígitos, apartamentos entregues mobiliados, um carro zero quilômetro como prêmio no ato da compra do apartamento e outros incentivos. Com isso, o preço dos imóveis caiu.
A carioca Carvalho Hosken, que tem uma imobiliária própria e desde 2012 trabalha com locação, criou um sistema que permite a quem aluga um apartamento da construtora abater até 30 meses de aluguel do pagamento do valor do imóvel, caso se decida por comprar a unidade. No ano passado, a Gafisa lançou projeto semelhante: em um ano de aluguel em um apartamento da incorporadora, o consumidor consegue até R$ 36 mil de desconto na hora de comprar a unidade. No mercado de locação, há contratos que preveem carência de três ou mais meses para pagar."

Leia o artigo na íntegra em: https://oglobo.globo.com/economia/setor-imobiliario-volta-crescer-no-pais-este-ano-mas-virada-no-rio-so-deve-ocorrer-em-2019-22271844#ixzz53nHKdJzo
Como dissemos antes e reafirmamos, o fim do ano de 2016 e, ao que parece das recentes publicações sobre o tema, o ano de 2017 aparentam ser o momento de virada. Agora a grande mídia está publicando algo que parece razoável. Somente muitos anos depois de nossas publicações contrastantes podemos, nesse momento concordar. E por quê?

Porque houve diminuição de estoque das construtoras, mas não o quanto elas queriam. Os lançamentos de imóveis são poucos para o nosso mercado. Passaram-se dez anos desde a enxurrada de capital estrangeiro para construção e aquisição de imóveis no Brasil, com início na crise financeira de 2007/2008, o endividamento das famílias está diminuindo e as construtoras ainda estão administrando a retomada de milhares de imóveis que deixaram de ser pagos (isso está sendo pouco publicado) e tem outros milhares de imóveis em carteira. O que isto significa? todos estes imóveis com construtoras geram despesas e dívidas às construtoras que têm de arcar com IPTU e condomínio de todos estes imóveis!!

Neste momento, recrudesce a situação negativa de falta de venda de imóveis: as construtoras não geram receita e aumentam despesas. Elas tem que se virar para vender estes imóveis. Daí estas ofertas, em especial de oferta de moradia por aluguel abatendo o preço da compra de imóvel. Durante o pagamento de aluguel, além de ela estar facilitando a compra do imóvel, está se livrando de pagar IPTU e condomínio! Não precisa ser gênio para ver essa movimentação simples.

Também facilita este momento de compra par os brasileiros o fato de que os juros básicos da economia desceram a 7,00% ao ano, desde 06/12/2017, mais baixo do que na melhor época para compra de imóveis antes da crise, em 2008. Isso impactará nas parcelas a serem pagas em empréstimos novos. A baixa da Selic também tira uma mamata dos bancos que eram os juros recebidos por aplicação em títulos da dívida pública, e exige que sejam mais agressivos em emprestar valores, o que já gera diminuição de juros que cobram por empréstimos imobiliários também.

Este ano, portanto, para quem tiver disponibilidade, parece um ano interessante para compra de imóveis, pois estamos em um ponto que o Blog Perspectiva Crítica considera de inflexão do preço de imóveis. Nosso Blog não intenta noticiar o evidente ou repetir o que é publicado pela grande mídia. Nosso objetivo é publicar as tendências e os anacronismos não divulgados pela grande mídia e pelo mercado.

Não vemos pressões para continuidade de muito mais baixa nos valores de imóveis. Entendemos que o nível atual pode descer um pouco mais e claramente pode haver casos isolados de mais queda acentuada, a depender dos estoques de empresas e sua necessidade de se desfazer de dívidas, despesas e obter capital, mas o horizonte parece indicar que a media de correção que se apresentaria é esta que existe.

As empresas não têm certeza sobre se venderão no preço que desejam. Elas apresentam várias formas de descontos e facilidades para aquisição dos imóveis. Juros Selic baixos, não indicando que descerão muito mais do que isso. É importante que você veja que o Brasil sempre paga historicamente no mínimo 4,5% ao ano de juros reais ao mercado. Então é só você somar isso ao valor da inflação prevista para o ano e verá que baixar atualmente os juros de 7% é difícil, infelizmente. Isso é um dos crimes contra o Brasil que devem ser corrigidos com o controle das contas públicas, mas é isso. O momento mais propício par compra de imóveis é esse.

Já foi publicado que um grande investidor estava reorganizando fundos estrangeiros para investir em imóveis no Brasil de novo. Não haverá outra bolha como ocorreu, isso é certo. A disponibilidade não será a mesma para esses investimentos, a economia mundial está organizada e retomando crescimento.. então, esses fundos não conseguirão fazer o que fizeram entre 2008 e 2013. Mas é uma concorrência que ajuda as empresas construtoras pelo lado da demanda. Por isso, é melhor comprar antes de os estrangeiros chegarem mais organizados por aqui.

Então, com a correção dos preços de imóveis que ocorreu desde 2013, em especial desde 2014 até hoje, o Blog Perspectiva Crítica considera terminado o período de Bolha Imobiliária e seus efeitos, estando os preços aparentando um momento de estabilidade condizente com a evolução da renda e riqueza brasileira para o período, o que indica normalização de mercado e até um momento que favorece o consumidor.

Muitos nesse período aprenderam que preço de imóveis também cai. Rsrsrsrs. Pouco se falou dos efeitos drásticos dessa bolha em nossa economia. Boa parte da crise que passamos entre 2015 e 2016 (queda de PIB nesses anos), iniciada em 2014 (PIB fechou positivo em 0,5%, mas descendente), deveu-se, pelo lado interno, por causa da bolha. Famílias endividaram-se para pagar aluguéis estratosféricos e comprar imóveis caríssimos para o que ofereciam. Não sobrava muito mais para o consumo normal, lazer e viagens. Isso tira giro da economia.

O mesmo ocorreu com lojas, pequenas indústrias e comércios. O alto aluguel, elevado durante a bolha, se apropriava dos valores obtidos pela receita desses estabelecimentos. Muitos quebraram, até porque, além de aumentarem a despesa com aluguel de imóvel comercial, perderam arrecadação porque as famílias não compravam, já que também pagavam aluguéis caros ou prestações de financiamentos imobiliários altos.

Claro que a crise de 2015 e 2016 não foi só isso pelo lado interno. Os juros estratosféricos e escorchantes de 14,5% foram criminosos também. A inflação não ajudou e os efeitos das maiores baixas das principais commodities brasileiras (petróleo e minério de ferro) só começaram a ser revertidas quando esses preços subiram, a partir de 2014 e durante 2015 e 2016. Mas foi totalmente ignorado o efeito crucial da bolha imobiliária em nossa economia pela grande mídia. Mas nós sempre chamaremos atenção para o que o mercado ou a grande mídia não quiser informar devidamente.

Quem comprou antes de 2010, se deu muito bem. Quem comprou entre 2010 e 2012, não perdeu dinheiro. Mas quem comprou entre 2012 e 2014 verá seus imóveis desvalorizados. Mas isso é o mercado, para a maioria dos casos. Isso é o mercado. Não se sinta mal se o seu caso foi de perda de valores com compras efetuadas no pico da bolha, a qual a grande mídia incentivou ao dizer que não existia. Um imóvel carrega mais do que seu valor material. Ele é a sede da sua família e realiza um importante ícone de consumo e realização em nossa sociedade. Foque no aspecto positivo: você é um proprietário de imóvel. Se a aquisição foi para investimento, aí, é difícil. Comprado no pico não tem jeito.. houve perda, mas o tempo reconstituirá os valores. Todas as estratégias de cada um só podem ser medidas pelo próprio investidor ou comprador, consoante sua estritamente pessoal tabela de prós e contras.

E você que segurou para não entrar nessa roda louca da bolha imobiliária durante todo esse tempo? Está com crédito disponível. Se teu objetivo era comprar imóvel, aconselhamos, como já fizemos antes, que pesquise o mercado esse ano de 2018, se já não efetuou compra no ano de 2017 que também foi bom para compra de imóveis.

Voltemos a uma vida mais normal. Ficaremos de olho em incongruências e excessos, seja para preços altos, seja para preços baixos em imóveis.