Bem, bem, bem.. artigo publicado no Jornal O Globo on line de hoje informa que o Banco Central do Brasil promoveu um estudo técnico sobre a segurança financeira dos bancos nacionais para a hipótese de uma grande queda de preços dos imóveis após a realização da Copa do Mundo.
Acesse a íntegra em bancos-brasileiros-sao-resistentes-estouro-de-possivel-bolha-imobiliaria-avalia-bc-11932178
Vejam o trecho selecionado:
"Com o crescimento do crédito habitacional no país e a supervalorização dos imóveis, o Banco Central resolveu testar se o sistema financeiro estaria seguro se estourasse uma bolha nos empréstimos da casa própria. Os técnicos concluíram que os bancos seriam resistentes a uma possível grande queda dos preços dos imóveis. O relatório sobre a estabilidade do sistema financeiro foi divulgado na manhã desta quinta-feira, três meses antes da Copa do Mundo.
Segundo economistas que acompanham o mercado imobiliário, o evento esportivo poderá ser o ponto final da valorização exponencial no mercado imobiliário. A expectativa é que os preços dos imóveis podem começar a cair após a competição. (...)"
Bem, para os que não acreditavam na existÊncia de Bolha Imobiliária, o que este Blog vem denunciando desde junho de 2010, fica aí uma grande prova de que os receios do Blog Perspectiva Crítica, seus comentaristas e seguidores, sempre tiveream fundamento... Rsrsrs
Quando a Bolha estouraria? Há duas hipóteses, desvalorização rápida de até 50%, em per´´iodo de três a cinco anos, defendemos, ou desvalorização lenta como a japonesa, em que o valor dos imóveis perderão para a inflação por trinta anos até perderem 50% de seu valor e voltarem a se valorizar, como está acontecendo somente há um ou dois anos.
O estudo do Banco Central considera desvalorização a partir do fim da Copa do Mundo, e constata que a hipótese de queda de até 45% do valor dos imóveis financiados não levariam bancos nacionais à insolvência, mas que a partir de desvalorização de 55%, sim.
Não quer dizer que a queda será imediata e entre 45% a 55%, mas o Banco Central quis testar o sistema financeiro para saber até onde aguenta desvalorização de imóveis que são garantia de empréstimo/fiancniamento para aquisição da casa própria.
Este artigo coloca o Blog Perspectiva Crítica como um importante veículo de comunicação técnica, honesta e correta a você, leitor, que pode contar com uma análise nesse sentido há quatro anos antes da preocupação das autoridades com a real formação de bolha de preços em imóveis no Brasil e mesmo diante da enxirrada, por todos esses anos dizendo que não havia formação de bolha, mas valorização natural de imóveis que estavam desvalorizados há muitos anos e incompatíveis com preços de mercado internacional.
Nós fizemos inclusive recentemente a análise de oportunidade de venda de imóveis nesse momento em artigo próprio analisando a evolução da Bolha Imobiliária e opções de iinvestimentos, como ações da Petrobrás. Agora, é esperar. O estouro da bolha mesmo e a rapidez de desvalorização só será conhecida quando vier; mas segundo o mercado.. pode estar próximo e a realização de estudos do Banco Central desta hipótese é forte indício de que a situação é real e séria... como sempre afirmamos aqui, aliás.
Continuamos acompanhando.
quinta-feira, 20 de março de 2014
terça-feira, 18 de março de 2014
A importância empírica e cíclica da direita e esquerda e a vantagem da teoria conformacional
Importante notar que grande parte do mundo está preso à discussão arcaica sobre se os governos devem ser de esquerda ou de direita. Essa discussão se instalou nos termos em que vemos hoje, com fundo republicano ou parlamentarista, válido para os Estados Modernos com tripartição de funções do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário), desde 1848, quando Marx e Engels assinaram o Manifesto Comunista.
Sim, àquela época ainda existiam impérios, e talvez a data mais precisa para a certidão de nascimento das discussões sobre esquerda e direita como vemos hoje seja 1917, com a revolução bolchevique russa e quando praticamente toda a configuração dos Estados Ocidentais já eram a que se encontra hoje: uma plêiade de Repúblicas e raras Monarquias, estas últimas todas devidamente limitadas por Constituições próprias e assegurado um governo interno (e externo também, apesar de exercido na figura da realeza) eleito pelo povo e exercido consoante seu juízo e acompanhamento.
Quero remeter-lhe a estes tempos para você ver a incongruência de se manter esse tipo de discussão nessas bases. Hoje, ainda discutimos essas questões de esquerda e direita quase no mesmo nível que existia àquela época. É ridículo. É claro que tive de limitar a referência ao embate esquerda versus direita a no máximo 1848 e, melhor, 1917, pois a configuração do sistema político e a realidade social, econômica e política antes disso e antes de 1789, era muito diferente do que a das sociedades e Estados de hoje. Não dá para, consoante o escopo deste artigo, fazer remissão à origem do embate esquerda versus direita da Idade Moderna, quando a esquerda representava a classe nobre (de cabelos compridos) e a direita os burgueses (cabelos curtos). Essa realidade não se apresenta mais. Os burgueses venceram (ainda bem). E a discussão direita versus esquerda de agora é a instituída a partir da criativa visão de Marx sobre o conflito de classes: capitalistas x operários, e com a terminologia emprestada da época dos impérios ainda, em que a direita era a burgeusia e sentavam à esquerda do Rei, os nobres.. interessante que hoje a esquerda seja a representação dos mais pobres.. (*. ver p.s. abaixo)
Só esta conclusão já demonstra para você como a discussão é meio ridícula.. esquerda x direita? capitalistas x trabalhadores?!?! Capitalistas versus operários? Observem, é válida qualquer discussão que tenha como ponto de partida a questão de defesa de uma perspectiva pró-empresa ou pró-trabalhador, mas não adianta continuarmos repetindo a discussão Marx e Adam Smith. O primeiro é de 1848 e o segundo de 1760!!! Como macro premissas é possível admitir ambos como referências, mas não como realidades, pois as realidades que esses gênios discutiram e suas conclusões datam de suas épocas há entre 170 e 250 anos atrás.
Adam Smith afirmava que o Estado não aumentava a riqueza das nações, pois sua prestação de serviço, por exemplo de segurança, não podia bancar a prestação de serviço de segurança do ano seguinte, por exemplo. Segundo sua ótica, nas palavras de P. J. O'Rourke, em sua excelente obra "A riqueza das Nações de Adam Smith - Uma Biografia", da coleção "Livros que mudaram o mundo" da sempre excelente Zahar (Jorge Zahar Editor), um cidadão que produzisse uma agulha produziria mais para o incremento da economia do que o Estado. Mas O'Rourke sublinha que ao falar assim Smith fazia distinção entre efeitos econômicos da produção de bens e de serviços. Smith não conheceu o Banco do Brasil, a Petrobrás, o BNDES. Ele via que onde o Estado estava havia roubo e corrupção e não se criava nada, só se espoliava o cidadão e a economia em proveito próprio dos políticos (falando de Inglaterra, veja.. e de 1760). Por isso queria o Estado longe de qualquer coisa. Com razão, à sua época. Não vamos comentar as frases que ele disse criticando o abuso de empresários em criticarem aumento de salários (contra o quê Smith nada tinha) e não terem pudor em extorquir lucros máximos em prejuízo à melhor dinâmica da evolução econômica de um País. Fiquemos com o básico.
Compreensível também que cem anos após a aplicação da teoria liberal de economia de Adam, Marx, na Alemanha ainda não unificada de 1848, se insurgisse contra as condições de vida do cidadão, cidadã e crianças que trabalhavam 16 horas por dia em troca de prato de comida e cama, enquanto os detentores dos meios de produção e, portanto, dos empregos, viviam de forma nababesca. Qualquer um apoiaria e entenderia a revolta de Karl Marx e Frederich Engels, vivendo em sua época, e entenderiam que deter os meios de produção para "compartilhar" a "mais valia" entre o detentor dos meios de produção e os cidadãos trabalhadores fosse uma hipótese de se sair daquela condição e dinâmica sub-humana de exploração do indivíduo pelo indivíduo. Não vamos comentar aqui as frases obtusas de Marx sobre a inferioridade de alguns povos, as afirmações da vantagem do domínio de uns povos sobre outros para que se alastrasse o desenvolvimento, como acontecia no caso de Texas e Califórnia tomado pelos americanos dos mexicanos, e a dominação de povos da África por europeus... ele era da época da expansão imperialista.. pelo amor de Deus.. (ver frases pinçadas a dedo para deslegitimar a figura de Marx efetuada por Rodrigo Constantino no artigo intitulado "Imperialistas arianos e racistas", publicado no Jornal O Globo de 18/03/2014, pg. 15)
Então vejam, Adam em 1760 e Karl em 1848, estavam certos em suas épocas. Querer trazer isso pra hoje é que é falta de imaginação e burrice da nossa inteligenzzia (ou falta de).
Como não se discute as questões de hoje com argumentos de hoje, fica-se no eterno embate entre direita e esquerda de forma obtusa e arcaica. E nesse sentido é importante notar, enquanto presos a esta estapafúrdia conversa, a importância empírica do revezamento de governos de direita e esquerda. Porque a esquerda, hoje, é responsável por medidas de diminuição de desigualdade social, ampliação de renda e salário mínimo e expansão de serviços públicos. Enquanto que a direita, hoje, é representada pelas bandeiras de menos impostos, austeridade fiscal, controle inflacionário, diminuição do Estado e contenção de custos de empresas como salário mínimo e impostos, taxas e contribuições.
Então senhores, nessa prisão conceitual, temos de explicitar que o projeto de governo deve ser definido por você no voto. A culpa da situação ser assim ou assada não é dos partidos de direita ou esquerda, mas do que você quis que ficasse no poder por determinado tempo e enfatizando na prática uma política daquelas bandeiras.
Veja, no Brasil, o salário mínimo está de bom tamanho para você? Enquanto você mantiver a esquerda no poder ele subirá. Se você puser a direita, provavelmente ele não subirá mais. Os serviços públicos estão bons para você? Você quer serviços públicos ou prestados por empresas terceirizadas? Veja, enquanto você mantiver a esquerda no poder os serviços públicos expandirão e será muito provavelmente prestado diretamente pelo Estado, sendo que no Brasil a área privada também presta de forma complementar serviços que deveriam ser prestados pelo Estado, como saúde, educação e seguro social (previdência), por exemplo.
Então veja, a existência de ambas as matizes ideológicas será tão boa quanto você consiga implementar o revezamento deles, em momentos apropriados, no poder. Enquanto o salario mínimo não for ideal, os serviços públicos básicos prestados pelo Estado não forem expandidos o suficiente a todos os cidadãos, convém manter a esquerda, desde que não esteja criando uma situação de insustentabilidade fiscal e financeira, claro. Para verificar se se a expansão de serviços e aumento de salário mínimo está criando empecilhos à evolução positiva econômica do Estado e da sociedade é só ver o índice de investimento e lucratividade das empresas na economia, crescimento econômico, criação de empregos, bem como se a dívida pública cresce ou decresce.
Agora, se o salário mínimo está de bom tamanho, se os serviços públicos estão bons, não há problema nenhum em verificar cortes em impostos (pois não prejudicará a universalização de serviços públicos que já estariam entregues à sociedade), controle mais austero da inflação e exigência de inflação zero (rsrsrs), mesmo que a taxas mais altas de juros, porque estamos falando em políticas de manutenção do status quo. Se o status quo é bom, claro que não há problema em mantê-lo.
Mas e aí? Segundo estas perspectivas acima o Governo do PT é, por exemplo, de direita ou de esquerda? É de esquerda. Só que diminuiu impostos, em especial ano de 2013, mantém controle da inflação, crescimento econômico, relação dívida/pib declinante, lucratividade de empresas, com alta taxa de crescimento de investimento em 2013 (6,3%) e uma das maiores taxas de investimento direto estrangeiro da história (50 bilhões de dólares em 2013, a quinta maior taxa do mundo)... E se o PSDB entrasse? Necessariamente os serviços públicos teriam de diminuir, serem piores, o salário mínimo não crescer? Não. Mas uma dinâmica de direita pára (deixei o acento pois faz diferença no sentido) avanços sociais diretos, admite-os indiretos e consequentes da evolução do capital e altera políticas de governo. Mas ele teria tendência em baixar inflação, ao custo social de crescimento econômico e de perda de empregos que fosse etc.. e diminuir custos de empresas (menos impostos - e dinheiro pro Estado prestar serviços-, menos aumento de salários mínimos, menos obrigatoriedade de compras de produtos nacionais quando a Petrobrás ou empresas ganhadoras de licitação ganhassem o direito de explorar bens e serviços públicos) e tentaria sanear despesas públicas ao máximo (menos revisões da tabela de imposto de renda, menos reajustes anuais de salário de servidores públicos, menos investimento em carreiras públicas de médicos e professores, por exemplo e, óbvio, nem imaginar ganhos reais sobre a inflação para servidores públicos, independente do crescimento econômico). Não há problema nesse revezamento, observa? Tudo depende do que você pretende em dado momento e por quanto tempo, para atingir metas econômicas e sociais que você ache interessantes.
Mas a discussão seria muito mais honesta e menos ingênua se se dessem sobre bases da teoria conformacional. Esta teoria, já publicada em livro pelo Blogger do Blog Perspectiva Crítica ("O Estado Conformacional - limites para os atos privados", Access Editora, 2013), explicita que o Estado é plástico e pode expandir sua presença em sociedade e diminui-la, dependendo da necessidade desta sociedade em dado momento histórico, consoante seus valores sociais e as determinações da vontade social insculpidas na Constituição de cada país.
Aí, não discutiríamos, como fui obrigado a fazer, se é melhor governo de esquerda ou de direita. Aí não precisaríamos do revezamento de "duas visões", ambas míopes, de Estado. Isto porque hoje já é certo que algumas coisas são metas constantes para sociedades modernas, quais sejam, taxa de desemprego baixa, taxa de crescimento econômico alta, relação dívida/pib declinante, controlada e o mais baixa possível, taxa de inflação mais baixa possível, menor déficit comercial internacional possível, assim como menor déficit fiscal possível e.. aí a divergência é um pouco maior (não para mim).. prestação de serviços públicos básicos os mais abrangentes possíveis, universalizados, com quantidade suficiente de funcionários de acordo com a demanda do país e da sociedade, com bons salário e bons planos de carreira.
Observe que esses elementos de controle fiscal e econômico, essas metas não podem mais ser tidas como de esquerda ou de direita. Todos devem buscar isso. E a questão é como se chegar à melhor configuração de gastos/investimentos sociais, públicos, privados, para se chegar a estas metas!! Daí que o debate não deveria ser sobre direita e esquerda, se menos ou mais Estado, mas como ter uma conformação de investimentos e despesas públicas que eliminem atrasos e deficiências do Estado o mais rápido possível, com foco na manutenção de crescimento econômico, aumento de lucratividade de empresas, aumento de salários de trabalhadores, aumento de qualidade de vida das famílias para termos o melhor país e qualidade de vida possíveis no menor espaço de tempo, com sustentabilidade econômica, financeira e fiscal.
Ao invés de ficarmos revezando "esquerda" e "direita" no poder, melhorando nossa vida de forma mais empírica e de tentativa e erro de visões políticas ultrapassadas, seria muito melhor debatermos sem as tintas de esquerda e direita, os gargalos institucionais, econômicos, jurídicos e sociais para termos os melhores salários, na área pública e privada, serviços públicos mais eficientes e sustentabilidade de crescimento econômico e de orçamento público. O correto seria uma discussão sem paixões partidarescas, mas sobre projeto de Nação, sobre premissas mais objetivas e transparentes. O correto seria uma discussão do que fazer sob uma perspectiva conformacional de Estado.
p.s.: Terceiro parágrafo do texto foi corrigido, pois dizia que a direita eram os nobres e a esquerda, os burgueses. Foi o contrário. Houve outras correções e ampliações. Também a nomenclatura direita e esquerda pode ser remetida à Revolução Francesa, quando ao insttuir a Assembléia após o fim da monarquia, os girondinos (representates da burguesia rica) sentavam do lado direito do parlamento e os jacobinos (representantes da pequena burguesia e de linha política mais popular) sentavam à esquerda do Parlamento.
Sim, àquela época ainda existiam impérios, e talvez a data mais precisa para a certidão de nascimento das discussões sobre esquerda e direita como vemos hoje seja 1917, com a revolução bolchevique russa e quando praticamente toda a configuração dos Estados Ocidentais já eram a que se encontra hoje: uma plêiade de Repúblicas e raras Monarquias, estas últimas todas devidamente limitadas por Constituições próprias e assegurado um governo interno (e externo também, apesar de exercido na figura da realeza) eleito pelo povo e exercido consoante seu juízo e acompanhamento.
Quero remeter-lhe a estes tempos para você ver a incongruência de se manter esse tipo de discussão nessas bases. Hoje, ainda discutimos essas questões de esquerda e direita quase no mesmo nível que existia àquela época. É ridículo. É claro que tive de limitar a referência ao embate esquerda versus direita a no máximo 1848 e, melhor, 1917, pois a configuração do sistema político e a realidade social, econômica e política antes disso e antes de 1789, era muito diferente do que a das sociedades e Estados de hoje. Não dá para, consoante o escopo deste artigo, fazer remissão à origem do embate esquerda versus direita da Idade Moderna, quando a esquerda representava a classe nobre (de cabelos compridos) e a direita os burgueses (cabelos curtos). Essa realidade não se apresenta mais. Os burgueses venceram (ainda bem). E a discussão direita versus esquerda de agora é a instituída a partir da criativa visão de Marx sobre o conflito de classes: capitalistas x operários, e com a terminologia emprestada da época dos impérios ainda, em que a direita era a burgeusia e sentavam à esquerda do Rei, os nobres.. interessante que hoje a esquerda seja a representação dos mais pobres.. (*. ver p.s. abaixo)
Só esta conclusão já demonstra para você como a discussão é meio ridícula.. esquerda x direita? capitalistas x trabalhadores?!?! Capitalistas versus operários? Observem, é válida qualquer discussão que tenha como ponto de partida a questão de defesa de uma perspectiva pró-empresa ou pró-trabalhador, mas não adianta continuarmos repetindo a discussão Marx e Adam Smith. O primeiro é de 1848 e o segundo de 1760!!! Como macro premissas é possível admitir ambos como referências, mas não como realidades, pois as realidades que esses gênios discutiram e suas conclusões datam de suas épocas há entre 170 e 250 anos atrás.
Adam Smith afirmava que o Estado não aumentava a riqueza das nações, pois sua prestação de serviço, por exemplo de segurança, não podia bancar a prestação de serviço de segurança do ano seguinte, por exemplo. Segundo sua ótica, nas palavras de P. J. O'Rourke, em sua excelente obra "A riqueza das Nações de Adam Smith - Uma Biografia", da coleção "Livros que mudaram o mundo" da sempre excelente Zahar (Jorge Zahar Editor), um cidadão que produzisse uma agulha produziria mais para o incremento da economia do que o Estado. Mas O'Rourke sublinha que ao falar assim Smith fazia distinção entre efeitos econômicos da produção de bens e de serviços. Smith não conheceu o Banco do Brasil, a Petrobrás, o BNDES. Ele via que onde o Estado estava havia roubo e corrupção e não se criava nada, só se espoliava o cidadão e a economia em proveito próprio dos políticos (falando de Inglaterra, veja.. e de 1760). Por isso queria o Estado longe de qualquer coisa. Com razão, à sua época. Não vamos comentar as frases que ele disse criticando o abuso de empresários em criticarem aumento de salários (contra o quê Smith nada tinha) e não terem pudor em extorquir lucros máximos em prejuízo à melhor dinâmica da evolução econômica de um País. Fiquemos com o básico.
Compreensível também que cem anos após a aplicação da teoria liberal de economia de Adam, Marx, na Alemanha ainda não unificada de 1848, se insurgisse contra as condições de vida do cidadão, cidadã e crianças que trabalhavam 16 horas por dia em troca de prato de comida e cama, enquanto os detentores dos meios de produção e, portanto, dos empregos, viviam de forma nababesca. Qualquer um apoiaria e entenderia a revolta de Karl Marx e Frederich Engels, vivendo em sua época, e entenderiam que deter os meios de produção para "compartilhar" a "mais valia" entre o detentor dos meios de produção e os cidadãos trabalhadores fosse uma hipótese de se sair daquela condição e dinâmica sub-humana de exploração do indivíduo pelo indivíduo. Não vamos comentar aqui as frases obtusas de Marx sobre a inferioridade de alguns povos, as afirmações da vantagem do domínio de uns povos sobre outros para que se alastrasse o desenvolvimento, como acontecia no caso de Texas e Califórnia tomado pelos americanos dos mexicanos, e a dominação de povos da África por europeus... ele era da época da expansão imperialista.. pelo amor de Deus.. (ver frases pinçadas a dedo para deslegitimar a figura de Marx efetuada por Rodrigo Constantino no artigo intitulado "Imperialistas arianos e racistas", publicado no Jornal O Globo de 18/03/2014, pg. 15)
Então vejam, Adam em 1760 e Karl em 1848, estavam certos em suas épocas. Querer trazer isso pra hoje é que é falta de imaginação e burrice da nossa inteligenzzia (ou falta de).
Como não se discute as questões de hoje com argumentos de hoje, fica-se no eterno embate entre direita e esquerda de forma obtusa e arcaica. E nesse sentido é importante notar, enquanto presos a esta estapafúrdia conversa, a importância empírica do revezamento de governos de direita e esquerda. Porque a esquerda, hoje, é responsável por medidas de diminuição de desigualdade social, ampliação de renda e salário mínimo e expansão de serviços públicos. Enquanto que a direita, hoje, é representada pelas bandeiras de menos impostos, austeridade fiscal, controle inflacionário, diminuição do Estado e contenção de custos de empresas como salário mínimo e impostos, taxas e contribuições.
Então senhores, nessa prisão conceitual, temos de explicitar que o projeto de governo deve ser definido por você no voto. A culpa da situação ser assim ou assada não é dos partidos de direita ou esquerda, mas do que você quis que ficasse no poder por determinado tempo e enfatizando na prática uma política daquelas bandeiras.
Veja, no Brasil, o salário mínimo está de bom tamanho para você? Enquanto você mantiver a esquerda no poder ele subirá. Se você puser a direita, provavelmente ele não subirá mais. Os serviços públicos estão bons para você? Você quer serviços públicos ou prestados por empresas terceirizadas? Veja, enquanto você mantiver a esquerda no poder os serviços públicos expandirão e será muito provavelmente prestado diretamente pelo Estado, sendo que no Brasil a área privada também presta de forma complementar serviços que deveriam ser prestados pelo Estado, como saúde, educação e seguro social (previdência), por exemplo.
Então veja, a existência de ambas as matizes ideológicas será tão boa quanto você consiga implementar o revezamento deles, em momentos apropriados, no poder. Enquanto o salario mínimo não for ideal, os serviços públicos básicos prestados pelo Estado não forem expandidos o suficiente a todos os cidadãos, convém manter a esquerda, desde que não esteja criando uma situação de insustentabilidade fiscal e financeira, claro. Para verificar se se a expansão de serviços e aumento de salário mínimo está criando empecilhos à evolução positiva econômica do Estado e da sociedade é só ver o índice de investimento e lucratividade das empresas na economia, crescimento econômico, criação de empregos, bem como se a dívida pública cresce ou decresce.
Agora, se o salário mínimo está de bom tamanho, se os serviços públicos estão bons, não há problema nenhum em verificar cortes em impostos (pois não prejudicará a universalização de serviços públicos que já estariam entregues à sociedade), controle mais austero da inflação e exigência de inflação zero (rsrsrs), mesmo que a taxas mais altas de juros, porque estamos falando em políticas de manutenção do status quo. Se o status quo é bom, claro que não há problema em mantê-lo.
Mas e aí? Segundo estas perspectivas acima o Governo do PT é, por exemplo, de direita ou de esquerda? É de esquerda. Só que diminuiu impostos, em especial ano de 2013, mantém controle da inflação, crescimento econômico, relação dívida/pib declinante, lucratividade de empresas, com alta taxa de crescimento de investimento em 2013 (6,3%) e uma das maiores taxas de investimento direto estrangeiro da história (50 bilhões de dólares em 2013, a quinta maior taxa do mundo)... E se o PSDB entrasse? Necessariamente os serviços públicos teriam de diminuir, serem piores, o salário mínimo não crescer? Não. Mas uma dinâmica de direita pára (deixei o acento pois faz diferença no sentido) avanços sociais diretos, admite-os indiretos e consequentes da evolução do capital e altera políticas de governo. Mas ele teria tendência em baixar inflação, ao custo social de crescimento econômico e de perda de empregos que fosse etc.. e diminuir custos de empresas (menos impostos - e dinheiro pro Estado prestar serviços-, menos aumento de salários mínimos, menos obrigatoriedade de compras de produtos nacionais quando a Petrobrás ou empresas ganhadoras de licitação ganhassem o direito de explorar bens e serviços públicos) e tentaria sanear despesas públicas ao máximo (menos revisões da tabela de imposto de renda, menos reajustes anuais de salário de servidores públicos, menos investimento em carreiras públicas de médicos e professores, por exemplo e, óbvio, nem imaginar ganhos reais sobre a inflação para servidores públicos, independente do crescimento econômico). Não há problema nesse revezamento, observa? Tudo depende do que você pretende em dado momento e por quanto tempo, para atingir metas econômicas e sociais que você ache interessantes.
Mas a discussão seria muito mais honesta e menos ingênua se se dessem sobre bases da teoria conformacional. Esta teoria, já publicada em livro pelo Blogger do Blog Perspectiva Crítica ("O Estado Conformacional - limites para os atos privados", Access Editora, 2013), explicita que o Estado é plástico e pode expandir sua presença em sociedade e diminui-la, dependendo da necessidade desta sociedade em dado momento histórico, consoante seus valores sociais e as determinações da vontade social insculpidas na Constituição de cada país.
Aí, não discutiríamos, como fui obrigado a fazer, se é melhor governo de esquerda ou de direita. Aí não precisaríamos do revezamento de "duas visões", ambas míopes, de Estado. Isto porque hoje já é certo que algumas coisas são metas constantes para sociedades modernas, quais sejam, taxa de desemprego baixa, taxa de crescimento econômico alta, relação dívida/pib declinante, controlada e o mais baixa possível, taxa de inflação mais baixa possível, menor déficit comercial internacional possível, assim como menor déficit fiscal possível e.. aí a divergência é um pouco maior (não para mim).. prestação de serviços públicos básicos os mais abrangentes possíveis, universalizados, com quantidade suficiente de funcionários de acordo com a demanda do país e da sociedade, com bons salário e bons planos de carreira.
Observe que esses elementos de controle fiscal e econômico, essas metas não podem mais ser tidas como de esquerda ou de direita. Todos devem buscar isso. E a questão é como se chegar à melhor configuração de gastos/investimentos sociais, públicos, privados, para se chegar a estas metas!! Daí que o debate não deveria ser sobre direita e esquerda, se menos ou mais Estado, mas como ter uma conformação de investimentos e despesas públicas que eliminem atrasos e deficiências do Estado o mais rápido possível, com foco na manutenção de crescimento econômico, aumento de lucratividade de empresas, aumento de salários de trabalhadores, aumento de qualidade de vida das famílias para termos o melhor país e qualidade de vida possíveis no menor espaço de tempo, com sustentabilidade econômica, financeira e fiscal.
Ao invés de ficarmos revezando "esquerda" e "direita" no poder, melhorando nossa vida de forma mais empírica e de tentativa e erro de visões políticas ultrapassadas, seria muito melhor debatermos sem as tintas de esquerda e direita, os gargalos institucionais, econômicos, jurídicos e sociais para termos os melhores salários, na área pública e privada, serviços públicos mais eficientes e sustentabilidade de crescimento econômico e de orçamento público. O correto seria uma discussão sem paixões partidarescas, mas sobre projeto de Nação, sobre premissas mais objetivas e transparentes. O correto seria uma discussão do que fazer sob uma perspectiva conformacional de Estado.
p.s.: Terceiro parágrafo do texto foi corrigido, pois dizia que a direita eram os nobres e a esquerda, os burgueses. Foi o contrário. Houve outras correções e ampliações. Também a nomenclatura direita e esquerda pode ser remetida à Revolução Francesa, quando ao insttuir a Assembléia após o fim da monarquia, os girondinos (representates da burguesia rica) sentavam do lado direito do parlamento e os jacobinos (representantes da pequena burguesia e de linha política mais popular) sentavam à esquerda do Parlamento.
segunda-feira, 17 de março de 2014
O Blog atinge 110.000 acessos totais em menos de quatro anos
A três meses e quatro dias de completar quatro anos de existência o Blog Perspectiva Crítica atinge a marca de 110.000 (cento e dez mil) acessos totais, de mais de 40 países, de todos os continentes.
Interessante poder notar acessos de todos os países da América do Sul e do Norte, menos acessos vindo da América Central, muitos da Europa e ainda África, àsia e Oceania.
Já houve acesso da Mongólia, Vietnã, Irã, Cabo Verde, Angola, México, ìndia, China, África do Sul, Egito, assim como da Finlância, Dinamarca, Suiça e diversos outros mais e menos óbivos.
É um prazer compartilhar essa marca com todos vocês, pois é por causa exclusiva de todos os leitores e comentaristas do Blog Perspectiva Crítica que a obtivemos!
Continuaremos com nosso trabalhao de criticar a mídia de forma a possibilitar a que ela se desenvolva e informe mais do que induza seus leitores a enterder os fatos políticos, econômicos e sociais por um prisam que muitas vezes prejudica os interesses dos próprios leitores.
Mantemo-nos atentos, como sempre.
Obrigado por sua companhia dutrante esses quase quatro anos.
Seguimos juntos.
Sinceramente,
Màrio César Pacheco Dias Gonçalves
Blogger do Blog Perspectiva Crítica
Interessante poder notar acessos de todos os países da América do Sul e do Norte, menos acessos vindo da América Central, muitos da Europa e ainda África, àsia e Oceania.
Já houve acesso da Mongólia, Vietnã, Irã, Cabo Verde, Angola, México, ìndia, China, África do Sul, Egito, assim como da Finlância, Dinamarca, Suiça e diversos outros mais e menos óbivos.
É um prazer compartilhar essa marca com todos vocês, pois é por causa exclusiva de todos os leitores e comentaristas do Blog Perspectiva Crítica que a obtivemos!
Continuaremos com nosso trabalhao de criticar a mídia de forma a possibilitar a que ela se desenvolva e informe mais do que induza seus leitores a enterder os fatos políticos, econômicos e sociais por um prisam que muitas vezes prejudica os interesses dos próprios leitores.
Mantemo-nos atentos, como sempre.
Obrigado por sua companhia dutrante esses quase quatro anos.
Seguimos juntos.
Sinceramente,
Màrio César Pacheco Dias Gonçalves
Blogger do Blog Perspectiva Crítica
terça-feira, 11 de março de 2014
Investimentos: Atualidades da Bolha Imobiliária e situação da Petrobrás em valores de mercado
Senhores e senhoras, um professor meu em curso de análise de investimento na sede da antiga Bolsa do RJ (fiz cinco cursos sobre análise de investimento naquela excelente escola para investidores) disse em aula "não dêem consulta gratuita de investimento... porque se der resultado favorável, a pessoa dirá que o mérito foi dela em reconhecer a verdade no que você sugeriu, mas se der errado, não exitará em te culpar pelo malfadado investimento"... rsrsrsrs... bons professores não são tudo na vida?!?!
Sempre evito sobre tema de investimento, porque já vi analistas seniors, grandes figuras da economia, da história mundial se prejudicarem tanto investindo como dando sua opinião sobre investimento. Keynes, e algumas figuras da história brasileira já se queimaram na bolsa de valores.... então, quem sou eu pra dizer alguma coisa... mas estamos passando por uma situação interessante e não vou me furtar a compartilhar algumas idéias com vocês.
Não há mais dúvidas, ou ninguém mais discute, que a valorização de imóveis no RJ chegou em um limite (antes da Copa do mundo e bem antes das olimpíadas... bom que se diga). Construtoras estão fechando capital na Bolsa (Brooksfield), outras estão vendendo participações (Gafisa está vendendo sua participação na Tenda). Todas estão com carteira grande de imóveis não vendidos e todas diminuíram ou pararam lançamentos novos. Ações de construtoras se desvalorizam.
Na outra ponta, a do consumidor, caem as tomadas de financiamentos imobiliários em percentual, mesmo que a tomada ainda esteja em torno de 200 bilhões de reais ao ano. E na Zona Sul do RJ, não havendo mais procura por imóveis para serem comprados nos preços atuais, os proprietários decidiram alugar seus imóveis, para transformar esse patrimônio de despesa em receita.
O mercado imobiliário está em uma mutação... será que ficará aqui como em Nova York? Muitos imóveis alugados e poucos proprietários morando em suas casas? Ou mais, com o tempo sendo compradas as moradias e fazendo parte de carteiras de fundos, com exploração de aluguéis? Pode ser. A nós, por enquanto, parece que o movimento de alta chegou no limite e a correção virá. Mas pode ser que venha na forma japonesa, com anos e anos, na verdade 30 anos naquele caso. Depois de trinta anos, os imóveis japoneses desvalorizaram 50%. Mas pode ser que venha em cinco anos toda a correção, pois o Brasil tem histórico de movimentos de valorização e desvalorização rápidos.. difícil ter certeza sobre o curto prazo. Mas é fácil ter certeza sobre o longo prazo: imóveis estão caros para serem comprados, portanto está em interessante momento de avaliação para venda.
Já tratamos sobre sua opção em vender ou não o imóvel. É uma opção importante e não aconselhamos a venda para especulação, principalmente a venda de único imóvel próprio, pois ninguém pode afirmar com certeza plena para onde vai o mercado, se não haverá outra crise internacional etc... Mas quem tem imóvel extra pra vender e embolsar os lucros,, é um bom momento. Minha família venderá um que valorizou 500% em cinco anos. Dividiremos a grana e cada um quitará dívidas ou fará poupança desse valor, investindo em algo que garanta mais retorno a longo prazo do que manter o dinheiro no imóvel.
E aí entra o outro papo.. a Petrobrás. Não parece estranho que uma empresa que se desvalorizou 50% como anunciado aos quatro ventos (ou às quatro mídias.. rsrsrsrs) possa ter capitado US$ 11 bilhões em abril de 2013, em face de uma demanda de seus títulos no valor de US$50 bilhões? E que agora tenha capitado, como publicado na manchete de hoje do Jornal do Commercio, US$8,5 bilhões em face de uma demanda superior em três vezes esse valor? Afinal, o mercado acredita (emprestando dinheiro) ou não acredita (vendendo ações) na Petrobrás?!?! Quem está certo?!?
Senhores, seguindo alguns princípios de investimento... se uma ação está baixa, é porque é hora de comprar. É claro... desde que você acredite que a empresa não irá à falência.. e a Petrobrás, com todos os seus problemas, teve aumento de lucro de 2012/2013 par 2013/2014 em 10%! Mesmo com todo o problema de preço defasado e ingerência do governo. Seu lucro, como sempre, superou 20 bilhões de dólares... isso sem a produção de 9 plataformas de petróleo que entraram em produção em dezembro de 2013... e que adicionarão mais 1 milhão de barris à produção diária atual de 1,9 milhão de barris de petróleo...
Portanto... eu não estou te incentivando a fazer nada.. estou conversando contigo.. mas me parece que comprar ações da petrobrás agora seri interessante para mantê-la por cinco anos... eu farei isso com minha parte no imóvel vendido da família.
Que os astros estejam a nosso favor!! E que você, como eu, admita o risco de viver e optar por investimentos segundo suas convicções em dado momento.
Um abraço de seu amigo e blogger,
Mário César Pacheco
p.s.: em ações, coloque só os valores que você admite que possa perder, sem alterar a sua qualidade de vida atual. Invista responsavelmente.
Sempre evito sobre tema de investimento, porque já vi analistas seniors, grandes figuras da economia, da história mundial se prejudicarem tanto investindo como dando sua opinião sobre investimento. Keynes, e algumas figuras da história brasileira já se queimaram na bolsa de valores.... então, quem sou eu pra dizer alguma coisa... mas estamos passando por uma situação interessante e não vou me furtar a compartilhar algumas idéias com vocês.
Não há mais dúvidas, ou ninguém mais discute, que a valorização de imóveis no RJ chegou em um limite (antes da Copa do mundo e bem antes das olimpíadas... bom que se diga). Construtoras estão fechando capital na Bolsa (Brooksfield), outras estão vendendo participações (Gafisa está vendendo sua participação na Tenda). Todas estão com carteira grande de imóveis não vendidos e todas diminuíram ou pararam lançamentos novos. Ações de construtoras se desvalorizam.
Na outra ponta, a do consumidor, caem as tomadas de financiamentos imobiliários em percentual, mesmo que a tomada ainda esteja em torno de 200 bilhões de reais ao ano. E na Zona Sul do RJ, não havendo mais procura por imóveis para serem comprados nos preços atuais, os proprietários decidiram alugar seus imóveis, para transformar esse patrimônio de despesa em receita.
O mercado imobiliário está em uma mutação... será que ficará aqui como em Nova York? Muitos imóveis alugados e poucos proprietários morando em suas casas? Ou mais, com o tempo sendo compradas as moradias e fazendo parte de carteiras de fundos, com exploração de aluguéis? Pode ser. A nós, por enquanto, parece que o movimento de alta chegou no limite e a correção virá. Mas pode ser que venha na forma japonesa, com anos e anos, na verdade 30 anos naquele caso. Depois de trinta anos, os imóveis japoneses desvalorizaram 50%. Mas pode ser que venha em cinco anos toda a correção, pois o Brasil tem histórico de movimentos de valorização e desvalorização rápidos.. difícil ter certeza sobre o curto prazo. Mas é fácil ter certeza sobre o longo prazo: imóveis estão caros para serem comprados, portanto está em interessante momento de avaliação para venda.
Já tratamos sobre sua opção em vender ou não o imóvel. É uma opção importante e não aconselhamos a venda para especulação, principalmente a venda de único imóvel próprio, pois ninguém pode afirmar com certeza plena para onde vai o mercado, se não haverá outra crise internacional etc... Mas quem tem imóvel extra pra vender e embolsar os lucros,, é um bom momento. Minha família venderá um que valorizou 500% em cinco anos. Dividiremos a grana e cada um quitará dívidas ou fará poupança desse valor, investindo em algo que garanta mais retorno a longo prazo do que manter o dinheiro no imóvel.
E aí entra o outro papo.. a Petrobrás. Não parece estranho que uma empresa que se desvalorizou 50% como anunciado aos quatro ventos (ou às quatro mídias.. rsrsrsrs) possa ter capitado US$ 11 bilhões em abril de 2013, em face de uma demanda de seus títulos no valor de US$50 bilhões? E que agora tenha capitado, como publicado na manchete de hoje do Jornal do Commercio, US$8,5 bilhões em face de uma demanda superior em três vezes esse valor? Afinal, o mercado acredita (emprestando dinheiro) ou não acredita (vendendo ações) na Petrobrás?!?! Quem está certo?!?
Senhores, seguindo alguns princípios de investimento... se uma ação está baixa, é porque é hora de comprar. É claro... desde que você acredite que a empresa não irá à falência.. e a Petrobrás, com todos os seus problemas, teve aumento de lucro de 2012/2013 par 2013/2014 em 10%! Mesmo com todo o problema de preço defasado e ingerência do governo. Seu lucro, como sempre, superou 20 bilhões de dólares... isso sem a produção de 9 plataformas de petróleo que entraram em produção em dezembro de 2013... e que adicionarão mais 1 milhão de barris à produção diária atual de 1,9 milhão de barris de petróleo...
Portanto... eu não estou te incentivando a fazer nada.. estou conversando contigo.. mas me parece que comprar ações da petrobrás agora seri interessante para mantê-la por cinco anos... eu farei isso com minha parte no imóvel vendido da família.
Que os astros estejam a nosso favor!! E que você, como eu, admita o risco de viver e optar por investimentos segundo suas convicções em dado momento.
Um abraço de seu amigo e blogger,
Mário César Pacheco
p.s.: em ações, coloque só os valores que você admite que possa perder, sem alterar a sua qualidade de vida atual. Invista responsavelmente.
sexta-feira, 7 de março de 2014
Jabuticabas e Incongruências criadas pela Grande Mídia de Mercado Brasileira
Outro dia eu tive essa luz... a Mídia de Mercado fala tanto sobre as jabuticabas criadas pelo Estado Brasileiro (que realmente existem), mas talvez por também ser brasileira (será?!?) ela mesma cria várias jabuticabas e incongruências que vistas sob uma prespectiva histórica de alguns anos ou mesmo meses, parecem tão ridículas quanto as criadas pelo Estado Brasileiro e que tanto criticam. São as jabuticabas e incongruências da Grande Mídia Brasileira que agora publicamos de forma resumida e imediata, para depois proferirmos comentários sobre cada uma delas.
Jabuticabas e incongruências da Grande Mídia Brasileira:
2 - Exige i nvestimetno em serviço público, mas sem aumento de despesa financeira com o
serviço público.
3 - Exige c oncessão de isenções tributárias (IPI, contribuições sobre folha de pagamento) e baixa de custo Brasil
(uma das resposta do governo foi o subsídio ao preço da energia elétrica, por exemplo), mas quer a entrega de superávit primário gigante (original de 3,3% do PIB).
8 - Aponta falha na estrutura pública de educação, mas
historicamente nunca apoiou a causa sindical de professores públicos que exigem
há décadas salário digno e plano de carreira. Nem exige concurso para professores públicos em universidades controlada por feudos.
11 - Apóia a intromissão do Economist e Financial Times em política brasileira, indicando que nosso Ministro da Economia seja retirado por não entregar tudo o que promete em resultado econômico ao mercado, mas não comenta que a desgraça em que se encontra a Europa, EUA e Japão nunca gerou um pedido semelhante contra Ministros da Economia espanhóis, portugueses, franceses, americanos e todos os demais países em situação pior do que a nossa.
12 - Reclama da geração de energia elétrica e da necessidade de
manutenção de matiz energética limpa, mas ataca as construções de hidrelétricas
pelo Brasil.
13 - Exige melhoria no transporte público, mas não apoia
investimento maciço em trens por todo o Brasil e todas as metrópoles como
existe na Europa, Japão e EUA.
Achei muito interessante essa lista... devo acrescentar comentários a cada uma elas, mas somente essa lista por si só é altamente informativa de que algo incrível deve existir nessa qualidade de "brasileiro" pois gera uma propensão muito forte a criar jabuticabas e incongruências.. tanto que o Estado brasielrio as cria, mas a mídia de mercado brasileira, que aponta muito bem essas jabuticabas governamentais, não tem qualquer cerimônia em criá-las também.. rsrsrs
Jabuticabas e incongruências da Grande Mídia Brasileira:
1 - Exige crescimento da economia mas critica aumento de arrecadação, consequência deste crescimernto econômico.
4 - Defende que Banco Central Brasileiro deva executar política monetária exclusivamente
através de controle de inflação, enquanto Japão Europa e EUA fixam seus juros
considerando inflação, desemprego e crescimento econômico. E esse controle deve ser via juros, quando a China contrla via aumento de depósito coimpulsório com amis efeito de controle sobre a inflação e menos reflexo em criação de dívida pública, que ocorre com aumento de juros básico.
5 - Condena o subsídio da energia elétrica que torna o produto
brasileiro mais competitivo, mas não condena os subsídios bilionários e
múltiplos anuais na Europa, Japão e EUA e nem calcula o impacto sobre a
produção de tal subsídio para a economia para ver se é interessante mantê-lo.
6 - Questiona o aumento de “gasto” público e "inchaço" da máquina
pública, mas publica a conta-gotas a falta de servidores em todos os setores (segurança, defesa civil, saúde, Justica, fiscalização, alfândega e educação)
sem nunca apontar onde está o departamento público dito "inchado" ( o que deve ser fácil, já que está inchado.. rsrsrs).
7 - Aponta falta de médicos no interior, mas critica o programa
Mais Médicos sem sugerir nada em seu lugar ou outra solução para a falta
imediata de médicos no Brasil. Critica a mais valia (exploração do trabalho humano que ocorre naturalmente no sistema capitalista) praticada por Cuba sobre
seus médicos “contratados” ao Brasil, mas não faz o mesmo em relação às
centenas de ONGs, Oscips e Cooperativas que fazem o mesmo com médicos e
professores brasileiros que são terceirizados para prestar serviço de saúde
pública e educação.
9 - Condena investimento no Porto Mariel em Cuba, mas exige apoio
à produção e exportação de serviços brasileiros.
10 - Apóiam Alca e investidas comerciais bilaterais contra o
Mercosul, Unasul e Celac e o avanço de tratados Sul-Sul, a despeito de estes últimos
terem crescido economicamente muito mais do que os primeiros, mesmo se
comparados os países que adotaram os tratados bilaterais em relação a nós.
11 - Apóia a intromissão do Economist e Financial Times em política brasileira, indicando que nosso Ministro da Economia seja retirado por não entregar tudo o que promete em resultado econômico ao mercado, mas não comenta que a desgraça em que se encontra a Europa, EUA e Japão nunca gerou um pedido semelhante contra Ministros da Economia espanhóis, portugueses, franceses, americanos e todos os demais países em situação pior do que a nossa.
14 - Quer qualidade de serviço público mas não apoia contratação
em número adequado à demanda brasileira e nem incentivo às carreiras com planos
de cargos e salários e aumentos e equalização de remuneração desses cargos..
sequer exige o reajuste inflacionário anual previsto na Constituição e ainda publica esses raros reajustes, quando ocorrem , como aumento e não como correção inflacionária realizada com atraso de anos e anos. Mas na Europa e EUA há
mais servidores públicos por habitantes do que no Brasil e com salários médios melhores.. veja o salário de policial, bombeiro, médico e professor na Alemanha....
Achei muito interessante essa lista... devo acrescentar comentários a cada uma elas, mas somente essa lista por si só é altamente informativa de que algo incrível deve existir nessa qualidade de "brasileiro" pois gera uma propensão muito forte a criar jabuticabas e incongruências.. tanto que o Estado brasielrio as cria, mas a mídia de mercado brasileira, que aponta muito bem essas jabuticabas governamentais, não tem qualquer cerimônia em criá-las também.. rsrsrs
Banco Central Britânico só aumentará juros básico quando desemprego baixar a 7%
Observe essa notícia publicada hoje, 07/03/2014, no Jornal O Globo On Line. O Banco Central Britânico não considera somente a inflação, para efeito de calibrar seus juros básicos, mas também a taxa de desemprego!! Veja o trecho que selecionei do artigo intitulado "BCE mantém taxas de juros mesmo ante risco de deflação":
"O Comitê de Política Monetária (Britânico) disse também que vai reinvestir 8,1 bilhões de libras em retornos dos títulos governamentais que o BC (Britânico) comprou através de seu programa de afrouxamento monetário e que vencem em março. A surpreendentemente forte recuperação do país, que começou no ano passado, forçou o banco central a criar uma nova versão de sua política de orientação futura. Ela é projetada para sinalizar que não haverá um aperto rápido das condições monetárias, apesar da recuperação econômica.No ano passado, o BC disse que só consideraria elevações da taxa de juros apenas quando o desemprego caísse a 7%."
Acesse a íntegra em http://oglobo.globo.com/economia/bce-mantem-taxas-de-juros-mesmo-diante-de-risco-de-deflacao-1-11798688#ixzz2vJ2rdTzR
Observem, o artigo diz que que o BCE, apesar de verificar que o crescimento europeu não ultrapassa 1% ao ano, não baixará juros básicos que hoje estão em 0,25% ao ano. O nosso, só pra comparar é de 10,75% ao ano após o aumento de juros procedido por Tombini em 28/02/2014.. ridículo. Mas enfim.. O correto seria mesmo o BCE baixar mais seus juros para tentar impulsionar crescimento econômico, mas isso tira remuneração de bancos europeus que aplicam em tais títulos e também pode afugentar os valores que hoje se submetem a esse juros baixíssimo a títulos como o brasileiro, super remunerado..
Mas o importante aqui não é isso.. é o fato de que para se analisar qual o juros ideal para a economia o BCE considera crescimento econômico.. e o Banco Central da Inglaterra considera metas de desemprego!!! Nós já havíamos dito aqui que há alguns anos o jornal Monitor Mercantil publicou que Barack Obama procurava Presidente para o FED que considerasse não somente o controle da inflação, para efeito de administração de juros básicos americanos, mas metas de desemprego e crescimento econômico. Mas aqui dentro as vozes de mercado e dos analistas econômicos era uníssona no sentido de que Banco Central do Brasil deve ter foco na inflação exclusivamente e não deveria trabalhar com metas de crescimento e de desemprego.. interessante, não?
É claro que a inflação é importantíssima, mas a meta tríplice para efeito de calibrar os juros básicos não é jabuticaba brasileira.... Agora que essa abordagem sobre a calibragem da política monetária, sempre defendida pelo Blog Perspectiva Crítica, está cada vez mais em evidência.. temos certeza de que nossa mídia logo logo começará a considerá-la.. rsrsrs ou permanecerá na trincheira "jabuticabenta" que criaram (Mercado financeiro e a mídia de mercado) de somente exigir controle inflacionário da política monetária, já que Japão, EUA e Europa, o centro do capitalismo mundial, adota a análise de meta tripla (inflação, desemprego e crescimento) para calibrar seus juros básicos.
p.s. de 08/03/2014 - texto revisado.
"O Comitê de Política Monetária (Britânico) disse também que vai reinvestir 8,1 bilhões de libras em retornos dos títulos governamentais que o BC (Britânico) comprou através de seu programa de afrouxamento monetário e que vencem em março. A surpreendentemente forte recuperação do país, que começou no ano passado, forçou o banco central a criar uma nova versão de sua política de orientação futura. Ela é projetada para sinalizar que não haverá um aperto rápido das condições monetárias, apesar da recuperação econômica.No ano passado, o BC disse que só consideraria elevações da taxa de juros apenas quando o desemprego caísse a 7%."
Acesse a íntegra em http://oglobo.globo.com/economia/bce-mantem-taxas-de-juros-mesmo-diante-de-risco-de-deflacao-1-11798688#ixzz2vJ2rdTzR
Observem, o artigo diz que que o BCE, apesar de verificar que o crescimento europeu não ultrapassa 1% ao ano, não baixará juros básicos que hoje estão em 0,25% ao ano. O nosso, só pra comparar é de 10,75% ao ano após o aumento de juros procedido por Tombini em 28/02/2014.. ridículo. Mas enfim.. O correto seria mesmo o BCE baixar mais seus juros para tentar impulsionar crescimento econômico, mas isso tira remuneração de bancos europeus que aplicam em tais títulos e também pode afugentar os valores que hoje se submetem a esse juros baixíssimo a títulos como o brasileiro, super remunerado..
Mas o importante aqui não é isso.. é o fato de que para se analisar qual o juros ideal para a economia o BCE considera crescimento econômico.. e o Banco Central da Inglaterra considera metas de desemprego!!! Nós já havíamos dito aqui que há alguns anos o jornal Monitor Mercantil publicou que Barack Obama procurava Presidente para o FED que considerasse não somente o controle da inflação, para efeito de administração de juros básicos americanos, mas metas de desemprego e crescimento econômico. Mas aqui dentro as vozes de mercado e dos analistas econômicos era uníssona no sentido de que Banco Central do Brasil deve ter foco na inflação exclusivamente e não deveria trabalhar com metas de crescimento e de desemprego.. interessante, não?
É claro que a inflação é importantíssima, mas a meta tríplice para efeito de calibrar os juros básicos não é jabuticaba brasileira.... Agora que essa abordagem sobre a calibragem da política monetária, sempre defendida pelo Blog Perspectiva Crítica, está cada vez mais em evidência.. temos certeza de que nossa mídia logo logo começará a considerá-la.. rsrsrs ou permanecerá na trincheira "jabuticabenta" que criaram (Mercado financeiro e a mídia de mercado) de somente exigir controle inflacionário da política monetária, já que Japão, EUA e Europa, o centro do capitalismo mundial, adota a análise de meta tripla (inflação, desemprego e crescimento) para calibrar seus juros básicos.
p.s. de 08/03/2014 - texto revisado.
Revista dos últimos trinta dias: Globo x Freixo, Economia do Brasil em 2013, Aumento de Juros Selic e crise na Venezuela
Voltando do carnaval, vamos atualizar umas informações para todos. Existem ainda vários outros temas interessantes que tocaremos na sequência, como a série de artigos publicados no Globo rotulando "esquerdistas", o fato de Sérgio Cabral determinar o pagamento de 3,8 bilhões de reais de precatórios do Estado do Rio de Janeiro (excelente notícia!) e outros.
Globo x Freixo - Bom já falamos sobre o assunto. Acho importante somente pontuar que o Globo errou ao tentar "lincar" atos violentos de dois integrantes dos Black Blocks diretamente a Freixo e ao PSOL... e por isso teve de se desculpar publicamente em editorial. A manchete de 13 de fevereiro "Advogado diz que partidos financiam vandalismo", deu importante informação sobre o aliciamento de jovens pobres para procederem atos violentos em manifestações sociais pelo valor de R$150,00, e até foi equilibrado, mas em outras publicações na sequência começou uma particularização de ataque ao Marcelo Freixo e ao PSOL, com base em "disse-me-disse" de advogado e estagiário de Direito que somente encontraram eco no Jornal O Globo, não sendo seguido, por exemplo, pelo Estado de São Paulo e nem pela Folha de São Paulo. Por este exagero, artistas fizeram ato de desagravo a Freixo e o jornal publicou um mea culpa em seu editorial, pg. 12, de 17/02/2014, sob o título de "o dever de um jornal", e em seguida publicou a resposta do Marcelo Freixo (parabéns pelo espaço, Globo,.. mas devo dizer não fez mais do que obrigação de veículo que se entenda sério em garantir direito de resposta a quem foi injustamente agravado por publicações injuriosas), intitulada "A exaltação de um factóide", em que Freixo, em 18/02/2014, na página 17 responde às publicações anteriores do Globo à altura, estranhando por exemplo a dimensão que uma fofoca de advogado, com histórico de embate com Freixo na época da CPI das Milícias, tenha tomado quando publicações sobre a proximidade de Sérgio Cabral com Cavendish talvez tenham tido menor dimensão... Acho somente importante frisar que a sociedade está atenta e acompanha a sequência de notícias, e não ajudou a imagem desta grande e importante empresa de comunicação o excesso em que se deixou meter no caso de publicação da proximidade de Freixo e o movimento Black Block. O que acho estranho é que ninguém exige que quem forneceu os rojões seja preso. Quem pagou R$150,00 para os meninos pobres serem violentos nessas passeatas e manifestações sociais legítimas?!?!?! Essa pessoa deve responder criminalmente. Isso sim. Mas estranhamente o combativo jornal investigativo O Globo não exige essa conclusão da polícia. Mas publicou bastante sobre Freixo e o movimento dos Black Block tentando criar um link entre ele, o PSOL e o lançamento de rojão que matou o jornalista Santiago. Pedimos que o Globo exija a prisão e conclusão das investigações sobre o aliciamento de jovens para o cometimento de atos violentos e atentatórios à democracia e à integridade física de policiais, jornalistas e cidadãos. Freixo, como político de esquerda, deve, ao meu ver, assim como qualquer político, apoiar movimentos sociais. Agora, se integrantes do movimento Black Blocks cometem crimes ou excessos, creio que Freixo, como qualquer cidadão ou político que apoiou um movimento social, não deve ser responsabilizado pelo excesso ou crime com o qual nunca anuiu. É o mesmo caso em se responsabilizar quem votou em Collor do confisco da poupança... é possível fazer esse link direto? Não. O povo votou em Collor e confiou. Collor traiu essa confiança. A culpa é de Collor e não de quem votou nele!! O mesmo entre Freixo e Black Blocks a meu ver. E não é necessário criminalizar todo o movimento, veja bem! Quem cometeu excesso deve responder pessoalmente pelo excesso que decidiu praticar; não quem deu voto de confiança, quem apoiou um movimento e foi traído em sua confiança por alguns integrantes do movimento aliciados por pessoas indeterminadas para cometerem atos violentos. Isso é ser justo.
Economia do Brasil em 2013 - O parte de economia de hoje, 07/02/2014, no Jornal O Globo está bastante pessimista.. rsrrsrs.. O Globo tira boas fotos estáticas econômicas de tudo de ruim possível que se possa publicar na área de economia nesse governo, não é?.. e esse ano fará isso bastante até as eleições. Mas não pode deixar de publicar a verdade por outro prisma... o mais correto... rsrsrs e, assim, em 28 de fevereiro publicou o que o o crescimento do último trimestre de 2013 teve crescimento de 0,7%, ante uma expecataticva de mercado de recessão de 0,2% e no máximo alta de 0,5%... resultado, crescimento da economia em 2013, um ano péssimo, na marca dos 2,3%!! Mais uma vez o mercado prevê abaixo do que o governo realizou. E com inflação dentro da meta cheia, veja bem. E com lucros recordes dos principais bancos do Brasil, veja. E com a Petrobrás lucrando mais de 20 bilhões de dólares de novo (mesmos com problemas de ingerência do governo na gestão), veja bem. E com o desemprego em baixa histórica, pelo índice antigo do PME (índice de desemprego médio nas seis metrópoles principais do Brasil - até 5,4% para fim de 2013 e início de 2014) e mesmo pelo antigo PNAD e novo PNAD contínuo, índices baixos de no máximo 7% (ver artigo do blog acessível em http://www.perspectivacritica.com.br/2014/01/novos-numeros-de-desemprego-e.html). Arrecadação recorde, mesmo com 9 bilhões de subsídio à energia elétrica e isenção tributária no valor de R$58 bilhões no ano de 2013!! E ainda com superávit fiscal de 1,9% o PIB. Sim, vocês me dirão, mas com receitas extras... pergunto, suas receitas extras contam para te deixar no azul no fim do mês?!?! Então porque não contam por governo?!? Receita extra pode ser gasta ou economizada.. se foi economizada para pagar juros da dívida, o governo pode ser recriminado por isso?!?! Só rindo. Quer dizer.. não basta pagar dívida, mas tem que pagar como a mídia acha que deve ser.. então tiro o governo e põe um Conselho da Mídia de Mercado para tocar as finanças públicas!! Piada. O que me chateia é que como não se publica a verdade, ao invés de nós podermos discutir a sintonia fina da questão fiscal, é necessário ficar se fazendo contrapontos para equilibrar a indução equivocada de informação produzida pela grande mídia. Chato isso. E o investimento?!?!? mais de 6%!!! Uma excelente marca!! Então.. a economia está mal?!?! Não. Foi superdimensionado o movimento mundial de saída de dólares dos países emergentes para os EUA em especial após a mudança de política monetária expansionista do FED.. e isso, fora, envio de lucros e dividendos de multinacionais no Brasil para suas matrizes, o que ocorre todo ano, foi vendido como fim da confiança na economia do Brasil.. em consonância com publicações de jornais influentes de direita no exterior (Economist e Finantial Times).. É... mas quem espera acaba lendo a verdade que não pode deixar de ser publicada.. e Dilma terá muita notícia boa por esse ano... azar da oposição (inclusive da mídia) que ao insistir em mentiras que podem ser rebatidas com verdades, perde oportunidade de divulgar verdades que não podem ser contrastadas com inverdades. O jogo de mentiras e verdades, por enquanto, está favorecendo o governo federal.
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Aumento de Juros Selic - O Banco Central aumentou o juros, semana passada de novo e mais.. disse que não usará outros instrumentos monetários que não os juros para controlar a inflação. Perde o Brasil. A China aumenta compulsório de bancos e controla inflação melhor do que o Brasil que aumenta juros básico e cria dívida para si mesmo. Mas é o que banqueiros e a mídia financeira querem.. é o que garante empregos quando Tombini sair do Banco Central.. fazer o quê? Mas mesmo assim, nossa dívida líquida e bruta caíram em 2013.. nossas reservas é a quinta maior do mundo com 376 bilhões de dólares, a inflação de 2013 fechou abaixo de 6%, em 5,9%!! E temos superávit fiscal, ao contrário de todos os países do mundo inteiro!!! Só Arábia Saudita tem superávit fiscal junto com o Brasil.. então pergunto.. tinha necessidade de aumentar juros selic?!?! Não, mais uma vez. O maior problema das pressões recentes de infçlação vieram até mesmo do aumento de dólar a partir do enxugamento monetário que o FED decidiu implantar nos EUA, tirando 20 bilhões de dólares de injeção mensal no seu mercado. Tanto é assim que quando o câmbio começou a melhorar, logo antes do carnaval, o Banco Central terminou produzindo uma ata tendente a diminuir o ciclo de alta de juros... mas ainda admitindo alta de juros.. veja bem que absurdo. Quer dizer.. autoridade monetária patética.. e assim, temos mais uma vez a maior taxa de juros do mundo, sendo praticamente o único país com a configuração econômica atual de baixo desemprego, queda de dívida bruta e líquida, inflação na meta, superávit fiscal e altíssimas reservas internacionais.. nossa ala financeira e a mídia de mercado mostram que não é só o governo que cria jabuticabas no Brasil.. eles também criam.
Crise na Venezuela - Sim.. parece que está à beira da Secessão. Será? A rebeldia de três coronéis é algo grave, ainda mais em um governo quase militarizado. Realmente isso mostra que o governo está chegando em limites. Quando militares não cumprem ordens, ainda mais oficiais que não são generais... é mal presságio. Se tiver de ser guerra civil ou deposição de governo, desde que seja tudo feito pela maioria do povo venezuelano, tudo bem. O que não pode ocorrer é isso ser financiado por americanos ou estrangeiros. Vejo com preocupação publicações na Grande Mídia, como hoje (07/02/2014) ocorreu no Jornal o Globo, na página 27, de artigos como o intitulado "Governo comete crime contra a humanidade". Não por Asdrúbal Aguiar, ex-magistrado da Corte Americana de Diretos Humanos denunciar crimes contra a humanidade e contra a democracia cometidos pelo Governo de Chávez e Maduro. Mas por contrapor de forma genérica a OEA e a Celac e Unasul, dizendo que "as cláusulas democráticas da OEA entendem a democracia como direito dos povos e as cláusulas democráticas de Celac e Unasul veem a democracia como direito dos governantes eleitos. Quero deixar algumas coisas bem claras para você, meu amigo leitor, minha amiga leitora: a eleição de Maduro foi precedida de alteração constitucional para o Vice-Presidente poder participar de eleição. Isso só foi possível porque a maioria esmagadora da população votou em muitos parlamentares da base do governo para seu parlamento... isso é democracia. Por outro lado, a OEA determina que algum país sulamericano atacado por estrangeiros deve ser ajudado... mas durante a Guerra das Malvinas, os EUA, integrante da OEA, ajudou a Inglaterra e não a Argentina. Nem ficou neutro como o Brasil. Isso é para você ver que a OEA só serve para os EUA quando lhe convém. Agora a Celac e a Unasul, informem-se, é movimento genuíno latinoamericano, independente, que movimenta bilhões de dólares há anos de mútuo investimento entre nossos povos, gera exercício de guerra em conjunto somente para os países sulamericanos, e é uma plataforma natural de projeção de nossos interesses e da defesa de nossos interesses na Região e no Mundo. Através da última reunião houve declaração de repúdio ao Embargo Comercial à Cuba, declaração de reconhecimento das ilhas Malvinas como sendo território da Argentina e outras que apresenta ao mundo a posição de nossos povos não mais como vassalos políticos e econômicos dos EUA... Qualquer comparação enaltecendo a OEA para depreciar a Celac e o Unasul, para mim é suspeito. Atenção aí.
p.s.: texto revisado e ampliado. Corrigida a informação do item Economia do Brasil de 2013 que se referiu à taxa de desemprego do PME como referente aà média do desemprego nas cinco principais metrópoles. Na verdade seriam seis principais metrópoles. Para mais detalhes sobre as taxas oficiais de desemprego e recentes alterações em método de análise das taxas de desemprego, acesse http://www.perspectivacritica.com.br/2014/01/novos-numeros-de-desemprego-e.html.
p.s. 2: Sobre a relação entre o câmbio e superávit primário, assunto tocado por especialista de mercado, em perspectiva consoante à do Blog, em artigo publicado no Jornal O Globo, acesse: http://www.perspectivacritica.com.br/2014/02/necessidade-de-politica-industrial.html
Hà a explicação de que o câmbio depreciou, com impactos negativos sobre inflação e balança de pagamentos, em função de movimento internacional neste sentido e não por incompetência da política econômica. E ainda há a taxativa conclusão do especialista de que não se pode exigir que o Brasil faça superávit para evitar essa desvalorização do real, pois o superávit necessário para isso seria astronômico. Também critica a defesa da liberdade absoluta do mercado como indutor da economia e enfatiza que política industrial é necessária e para iss, apoiar grande empresas brasileiras é importante, além de ser o que fazem França Alemanha, Itália, Japão e EUA! Pois é.. tudo o que o Blog Perspectiva Crítica sempre defendeu.
Globo x Freixo - Bom já falamos sobre o assunto. Acho importante somente pontuar que o Globo errou ao tentar "lincar" atos violentos de dois integrantes dos Black Blocks diretamente a Freixo e ao PSOL... e por isso teve de se desculpar publicamente em editorial. A manchete de 13 de fevereiro "Advogado diz que partidos financiam vandalismo", deu importante informação sobre o aliciamento de jovens pobres para procederem atos violentos em manifestações sociais pelo valor de R$150,00, e até foi equilibrado, mas em outras publicações na sequência começou uma particularização de ataque ao Marcelo Freixo e ao PSOL, com base em "disse-me-disse" de advogado e estagiário de Direito que somente encontraram eco no Jornal O Globo, não sendo seguido, por exemplo, pelo Estado de São Paulo e nem pela Folha de São Paulo. Por este exagero, artistas fizeram ato de desagravo a Freixo e o jornal publicou um mea culpa em seu editorial, pg. 12, de 17/02/2014, sob o título de "o dever de um jornal", e em seguida publicou a resposta do Marcelo Freixo (parabéns pelo espaço, Globo,.. mas devo dizer não fez mais do que obrigação de veículo que se entenda sério em garantir direito de resposta a quem foi injustamente agravado por publicações injuriosas), intitulada "A exaltação de um factóide", em que Freixo, em 18/02/2014, na página 17 responde às publicações anteriores do Globo à altura, estranhando por exemplo a dimensão que uma fofoca de advogado, com histórico de embate com Freixo na época da CPI das Milícias, tenha tomado quando publicações sobre a proximidade de Sérgio Cabral com Cavendish talvez tenham tido menor dimensão... Acho somente importante frisar que a sociedade está atenta e acompanha a sequência de notícias, e não ajudou a imagem desta grande e importante empresa de comunicação o excesso em que se deixou meter no caso de publicação da proximidade de Freixo e o movimento Black Block. O que acho estranho é que ninguém exige que quem forneceu os rojões seja preso. Quem pagou R$150,00 para os meninos pobres serem violentos nessas passeatas e manifestações sociais legítimas?!?!?! Essa pessoa deve responder criminalmente. Isso sim. Mas estranhamente o combativo jornal investigativo O Globo não exige essa conclusão da polícia. Mas publicou bastante sobre Freixo e o movimento dos Black Block tentando criar um link entre ele, o PSOL e o lançamento de rojão que matou o jornalista Santiago. Pedimos que o Globo exija a prisão e conclusão das investigações sobre o aliciamento de jovens para o cometimento de atos violentos e atentatórios à democracia e à integridade física de policiais, jornalistas e cidadãos. Freixo, como político de esquerda, deve, ao meu ver, assim como qualquer político, apoiar movimentos sociais. Agora, se integrantes do movimento Black Blocks cometem crimes ou excessos, creio que Freixo, como qualquer cidadão ou político que apoiou um movimento social, não deve ser responsabilizado pelo excesso ou crime com o qual nunca anuiu. É o mesmo caso em se responsabilizar quem votou em Collor do confisco da poupança... é possível fazer esse link direto? Não. O povo votou em Collor e confiou. Collor traiu essa confiança. A culpa é de Collor e não de quem votou nele!! O mesmo entre Freixo e Black Blocks a meu ver. E não é necessário criminalizar todo o movimento, veja bem! Quem cometeu excesso deve responder pessoalmente pelo excesso que decidiu praticar; não quem deu voto de confiança, quem apoiou um movimento e foi traído em sua confiança por alguns integrantes do movimento aliciados por pessoas indeterminadas para cometerem atos violentos. Isso é ser justo.
Economia do Brasil em 2013 - O parte de economia de hoje, 07/02/2014, no Jornal O Globo está bastante pessimista.. rsrrsrs.. O Globo tira boas fotos estáticas econômicas de tudo de ruim possível que se possa publicar na área de economia nesse governo, não é?.. e esse ano fará isso bastante até as eleições. Mas não pode deixar de publicar a verdade por outro prisma... o mais correto... rsrsrs e, assim, em 28 de fevereiro publicou o que o o crescimento do último trimestre de 2013 teve crescimento de 0,7%, ante uma expecataticva de mercado de recessão de 0,2% e no máximo alta de 0,5%... resultado, crescimento da economia em 2013, um ano péssimo, na marca dos 2,3%!! Mais uma vez o mercado prevê abaixo do que o governo realizou. E com inflação dentro da meta cheia, veja bem. E com lucros recordes dos principais bancos do Brasil, veja. E com a Petrobrás lucrando mais de 20 bilhões de dólares de novo (mesmos com problemas de ingerência do governo na gestão), veja bem. E com o desemprego em baixa histórica, pelo índice antigo do PME (índice de desemprego médio nas seis metrópoles principais do Brasil - até 5,4% para fim de 2013 e início de 2014) e mesmo pelo antigo PNAD e novo PNAD contínuo, índices baixos de no máximo 7% (ver artigo do blog acessível em http://www.perspectivacritica.com.br/2014/01/novos-numeros-de-desemprego-e.html). Arrecadação recorde, mesmo com 9 bilhões de subsídio à energia elétrica e isenção tributária no valor de R$58 bilhões no ano de 2013!! E ainda com superávit fiscal de 1,9% o PIB. Sim, vocês me dirão, mas com receitas extras... pergunto, suas receitas extras contam para te deixar no azul no fim do mês?!?! Então porque não contam por governo?!? Receita extra pode ser gasta ou economizada.. se foi economizada para pagar juros da dívida, o governo pode ser recriminado por isso?!?! Só rindo. Quer dizer.. não basta pagar dívida, mas tem que pagar como a mídia acha que deve ser.. então tiro o governo e põe um Conselho da Mídia de Mercado para tocar as finanças públicas!! Piada. O que me chateia é que como não se publica a verdade, ao invés de nós podermos discutir a sintonia fina da questão fiscal, é necessário ficar se fazendo contrapontos para equilibrar a indução equivocada de informação produzida pela grande mídia. Chato isso. E o investimento?!?!? mais de 6%!!! Uma excelente marca!! Então.. a economia está mal?!?! Não. Foi superdimensionado o movimento mundial de saída de dólares dos países emergentes para os EUA em especial após a mudança de política monetária expansionista do FED.. e isso, fora, envio de lucros e dividendos de multinacionais no Brasil para suas matrizes, o que ocorre todo ano, foi vendido como fim da confiança na economia do Brasil.. em consonância com publicações de jornais influentes de direita no exterior (Economist e Finantial Times).. É... mas quem espera acaba lendo a verdade que não pode deixar de ser publicada.. e Dilma terá muita notícia boa por esse ano... azar da oposição (inclusive da mídia) que ao insistir em mentiras que podem ser rebatidas com verdades, perde oportunidade de divulgar verdades que não podem ser contrastadas com inverdades. O jogo de mentiras e verdades, por enquanto, está favorecendo o governo federal.
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Aumento de Juros Selic - O Banco Central aumentou o juros, semana passada de novo e mais.. disse que não usará outros instrumentos monetários que não os juros para controlar a inflação. Perde o Brasil. A China aumenta compulsório de bancos e controla inflação melhor do que o Brasil que aumenta juros básico e cria dívida para si mesmo. Mas é o que banqueiros e a mídia financeira querem.. é o que garante empregos quando Tombini sair do Banco Central.. fazer o quê? Mas mesmo assim, nossa dívida líquida e bruta caíram em 2013.. nossas reservas é a quinta maior do mundo com 376 bilhões de dólares, a inflação de 2013 fechou abaixo de 6%, em 5,9%!! E temos superávit fiscal, ao contrário de todos os países do mundo inteiro!!! Só Arábia Saudita tem superávit fiscal junto com o Brasil.. então pergunto.. tinha necessidade de aumentar juros selic?!?! Não, mais uma vez. O maior problema das pressões recentes de infçlação vieram até mesmo do aumento de dólar a partir do enxugamento monetário que o FED decidiu implantar nos EUA, tirando 20 bilhões de dólares de injeção mensal no seu mercado. Tanto é assim que quando o câmbio começou a melhorar, logo antes do carnaval, o Banco Central terminou produzindo uma ata tendente a diminuir o ciclo de alta de juros... mas ainda admitindo alta de juros.. veja bem que absurdo. Quer dizer.. autoridade monetária patética.. e assim, temos mais uma vez a maior taxa de juros do mundo, sendo praticamente o único país com a configuração econômica atual de baixo desemprego, queda de dívida bruta e líquida, inflação na meta, superávit fiscal e altíssimas reservas internacionais.. nossa ala financeira e a mídia de mercado mostram que não é só o governo que cria jabuticabas no Brasil.. eles também criam.
Crise na Venezuela - Sim.. parece que está à beira da Secessão. Será? A rebeldia de três coronéis é algo grave, ainda mais em um governo quase militarizado. Realmente isso mostra que o governo está chegando em limites. Quando militares não cumprem ordens, ainda mais oficiais que não são generais... é mal presságio. Se tiver de ser guerra civil ou deposição de governo, desde que seja tudo feito pela maioria do povo venezuelano, tudo bem. O que não pode ocorrer é isso ser financiado por americanos ou estrangeiros. Vejo com preocupação publicações na Grande Mídia, como hoje (07/02/2014) ocorreu no Jornal o Globo, na página 27, de artigos como o intitulado "Governo comete crime contra a humanidade". Não por Asdrúbal Aguiar, ex-magistrado da Corte Americana de Diretos Humanos denunciar crimes contra a humanidade e contra a democracia cometidos pelo Governo de Chávez e Maduro. Mas por contrapor de forma genérica a OEA e a Celac e Unasul, dizendo que "as cláusulas democráticas da OEA entendem a democracia como direito dos povos e as cláusulas democráticas de Celac e Unasul veem a democracia como direito dos governantes eleitos. Quero deixar algumas coisas bem claras para você, meu amigo leitor, minha amiga leitora: a eleição de Maduro foi precedida de alteração constitucional para o Vice-Presidente poder participar de eleição. Isso só foi possível porque a maioria esmagadora da população votou em muitos parlamentares da base do governo para seu parlamento... isso é democracia. Por outro lado, a OEA determina que algum país sulamericano atacado por estrangeiros deve ser ajudado... mas durante a Guerra das Malvinas, os EUA, integrante da OEA, ajudou a Inglaterra e não a Argentina. Nem ficou neutro como o Brasil. Isso é para você ver que a OEA só serve para os EUA quando lhe convém. Agora a Celac e a Unasul, informem-se, é movimento genuíno latinoamericano, independente, que movimenta bilhões de dólares há anos de mútuo investimento entre nossos povos, gera exercício de guerra em conjunto somente para os países sulamericanos, e é uma plataforma natural de projeção de nossos interesses e da defesa de nossos interesses na Região e no Mundo. Através da última reunião houve declaração de repúdio ao Embargo Comercial à Cuba, declaração de reconhecimento das ilhas Malvinas como sendo território da Argentina e outras que apresenta ao mundo a posição de nossos povos não mais como vassalos políticos e econômicos dos EUA... Qualquer comparação enaltecendo a OEA para depreciar a Celac e o Unasul, para mim é suspeito. Atenção aí.
p.s.: texto revisado e ampliado. Corrigida a informação do item Economia do Brasil de 2013 que se referiu à taxa de desemprego do PME como referente aà média do desemprego nas cinco principais metrópoles. Na verdade seriam seis principais metrópoles. Para mais detalhes sobre as taxas oficiais de desemprego e recentes alterações em método de análise das taxas de desemprego, acesse http://www.perspectivacritica.com.br/2014/01/novos-numeros-de-desemprego-e.html.
p.s. 2: Sobre a relação entre o câmbio e superávit primário, assunto tocado por especialista de mercado, em perspectiva consoante à do Blog, em artigo publicado no Jornal O Globo, acesse: http://www.perspectivacritica.com.br/2014/02/necessidade-de-politica-industrial.html
Hà a explicação de que o câmbio depreciou, com impactos negativos sobre inflação e balança de pagamentos, em função de movimento internacional neste sentido e não por incompetência da política econômica. E ainda há a taxativa conclusão do especialista de que não se pode exigir que o Brasil faça superávit para evitar essa desvalorização do real, pois o superávit necessário para isso seria astronômico. Também critica a defesa da liberdade absoluta do mercado como indutor da economia e enfatiza que política industrial é necessária e para iss, apoiar grande empresas brasileiras é importante, além de ser o que fazem França Alemanha, Itália, Japão e EUA! Pois é.. tudo o que o Blog Perspectiva Crítica sempre defendeu.
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