terça-feira, 12 de março de 2013

Análise Econômica Março/2013 - Inflação e Juros

A previsão do mercado para juros e inflação vem crescendo constantemente. A inflação cedeu bem de janeiro de 2013 para fevereiro de 2013. O s índices do IGP-DI, INPC e IPCA tiveram quedas de mais de 33% de um mês para o outro, como já informamos. Resultado da diminuição da tarifa de energia elétrica, contenção de correções de contratos administrados (aumento de ônibus em São Paulo e Rio de Janeiro, p. ex.), desonerações sobre IPI, PIS/Cofins, seja sobre linha branca (geladeira, ar condicionados, fogões, móveis), seja sobre carros, diminuição de juros bancários.

Não foi pouca coisa que o governo tem feito para segurar a inflação. Incluindo segurar aumento de gasolina e diesel, que agora está sendo corrigido, a bem das finanças da Petrobrás. E com a resistência da inflação o governo ainda está tentando mais coisa, como a desoneração da cesta básica.

Vejam, primeiro eu quero reconhecimento ao esforço do governo. Isso não é partidarismo. Isso é racionalização do problema e tem efeitos sobre conclusões sobre a evolução da inflação. O governo está se virando para controlar a inflação.

Está certo o mercado ao dizer que a inflação não está cedendo? Mesmo tendo ocorrido queda de mais de entre 33% e 50% de índices de inflação? Infelizmente vou ter que concordar em termos. Dessa vez, apesar do apelo e da pressão do mercado por ver inflação maior para pressionar juros e receber valores fáceis através de juros selic, o IPCA fechou fevereiro em 0,60%. Caiu de 0,86% em janeiro/2013. Mas está acima de 0,45%, que é a meta que o BLOG PERSPECTIVA CRÍTICA entende bom para o País (o centro da meta de 4,5% ao ano exige meta do BC em 0,37% mensal).

Só que há exagero do mercado na pressão por aumento de juros. Essa pressão até desesperada do mercado é porque todas as consultorias, ou a sua absoluta maioria (o Credit Suisse, do único Economista –Chefe que acertou dois anos contra previsões do mercado e do BC, Nilson Teixeira, está mantendo sua previsão de crescimento de 4% do PIB e Selic entre 7,25% e 7,5%), sugeriu inflação maior e crescimento menor, e estão confirmando, revisão a revisão, piora de cenário, nesse sentido. Se o quadro não se confirmar, a credibilidade delas fica como?

Como a maioria está prevendo quadro de piora de inflação e de juros (aumento para ambos), se o quadro não se confirmar a incompetência ao menos ficará disseminada e a credibilidade individual fica protegida pela previsão de manada. Mas quem está certo, o Credit Suisse/BC/Governo ou o Mercado/Boletim Focus?

Ao meu ver, o correto seria que a próxima reunião do COPOM de abril mantivesse o juros Selic em 7,25%, justamente para ver como a inflação real se comporta. A previsão de mercado é ruim. Ok. E isso influencia o ambiente econômico, previsões de investimento, etc... Ok. Mas previsão e confirmação de previsão são coisas distintas como estamos cansados de ver.

Ninguém afasta o fato de que a safra recorde baixará preço de alimentos. Ninguém afasta o fato de que a redução da tarifa de energia ainda terá efeitos positivos sobre a inflação, apesar de o grande efeito ter sido no mês de fevereiro. Ninguém afasta o fato de que início de ano tem pressão inflacionária sazonal sempre pelo aumento com educação e outros serviços e contratos.

O quadro é de que a inflação foi alta, mas que pode ceder. As causas de pressão da inflação podem estar em evolução de desaceleração. Só é possível se verificar com o índice de março/2013. A decisão de abril de 2013 do COPOM dependerá muito do índice de inflação que será apresentado em março de 2013.

E isso é ruim, pois houve aumento de diesel e recentemente houve da gasolina. Isso vai repercutir em março. Nos EUA aumento de petróleo, se não me engano, fica de fora do cálculo da inflação.

Outros elementos apontam baixa pressão inflacionária, como baixo aumento de salário mínimo para este ano. Isso arrefecerá pressão sobre a inflação de serviços que tem sido grande vilã nesses últimos anos, justamente pelo grande aumento do salário mínimo. Então, é mais uma pressão deflacionária.

Mas nada disso está sendo enaltecido. A banca quer confirmar suas previsões cataclismáticas e tem que pressionar enquanto a inflação ainda se apresenta visível. Neste momento de início de ano, de ambiente inflacionário sazonal, e com alguns pontos reais de pressão novos, como aumento de gasolina e diesel.

Veja que até a questão externa está favorável à baixa inflacionária: Europa não deslancha (Portugal, Grécia e Itália têm queda de PIB), EUA tem pífia melhora e continua com relação dívida/PIB recorde e desemprego alto (mas em vias de tímida melhora) e a China luta contra movimento especulativo imobiliário e não pretende aumentar seu crescimento previsto para 8% este ano, o que é um pouso econômico ou uma estabilização de pouso para uma economia que crescia a 11% ao ano.

As famílias brasileiras continuam endividadas, a queda de juros bancários parou, artigo de hoje no Jornal do Commercio informa que as famílias paulistas estão e baixa histórica de intenção de consumo. Os aluguéis e prestações de aquisição de imóveis e carros estão estrangulando a capacidade de compra do brasileiro. Então de onde vem pressão inflacionária?

Há mais um dado deflacionário: o nível de atividade industrial está em 84%, o que pressiona para investimento e aumento de capacidade de produção, o que pode elevar estoques e baixar preços. Então este ano pode ter um aumento de PIB por causa da necessária reposição de estoques que estavam alto em 2012 mas que diminuíram e exigem reposição.

A inflação está resistente, sim. Mas ainda não dá para avaliar, ao meu ver, antes do fechamento do índice de março e até mesmo o de abril, que o momento de alta é pontual ou seja uma evidência e pressão altista inflacionária espraiada por toda a economia. Se a pressão fosse difusa mesmo, aumento de juros selic seria o ideal, pois não haveria mais como atuar pontualmente e obter efeito de controle inflacionário. Mas no momento, o que se vê é que há alguns motivos claros para a inflação de início de ano e que essas causas vão se desfazer, sem haver clara noção de motivo real de aumento de inflação que não a mera previsão de mercado, excetuado pelo Credit Suisse, em especial.

A taxa inflacionária para os últimos 12 meses se aproxima de 6,31% e provavelmente excederá o teto de 6,5%, mas isto está acontecendo no primeiro semestre!! Ano passado isso ocorreu no segundo semestre e mesmo assim o índice de inflação fechou dentro da meta, o mesmo ocorrendo em 2011. Qual o desespero? A meta não é para todos os meses do ano, mas para o fechamento de dezembro de cada ano.

Além disso, senhores, o dólar cedeu. Está em R$1,95 e assim ficará, o que tem viés de baixa da inflação, mais uma vez.

O governo fica num impasse muito grande, pois tem que tentar estimular o crescimento e a criação de emprego, mas sem criar pressão inflacionária. Mas parece que o esvaziamento de estoques das indústrias ocorrido durante 2012 fará esse serviço pelo governo. Com necessidade de refazer estoques a indústria terá de produzir, contratar (apesar de os índices estarem baixos, já que demitiram pouco ano passado mesmo com queda de atividade) e, quiçá, até investir para aumentar parque industrial e diminuir o índice de atividade dos atuais 84% com tendência a aumentar, o que demonstra pressão para o limite de capacidade de produção para o parque atual.

Enfim, há ainda uma dívida de 7% para o aumento da gasolina com a Petrobrás e o reflexo do aumento tardio de custo de transportes no Rio de Janeiro e São Paulo que ocorrerá durante esse primeiro semestre, mas as previsões para o segundo semestre são muito boas sob a perspectiva deflacionária. Seja internamente seja externamente.

Sendo assim, apesar da resistência inflacionária, que poderia ter cedido mais, o tempo ainda é pouco para dizer que a inflação tem tendência de alta real, a nosso ver. As pressões atuais não são de longo prazo, são imediatas e o horizonte prevê perda de força de tendência inflacionária.

Controlar a inflação é importantíssimo, mas aumento de juros selic não pode ser a primeira medida contra tendência não confirmada de alta inflacionária de caráter generalizado. Estão defendendo que a alta já é de caráter generalizado, mas vemos mais aumento de previsões, ao toque de 0,01% por vez (o que dá impressão de alta sem comprometer aqueles que prevêem esta alta ínfima), com pressões pontuais futuras (diesel, transportes) do que um quadro de tendência grave e permanente de inflação.

Que usem medidas macroprudenciais antes de aumentarem juros selic, porque nós ainda temos uma das melhores remunerações de títulos da dívida pública em todo o mundo. E o dólar já está baixando. Aumentar Selic, neste momento, só criará problema, pois atrairá mais dólares, pressionará o câmbio artificialmente para baixo, prejudicará exportações e criação de empregos brasileiros e aumentará dívida pública (e lucro de banqueiros, claro). Baixará, lógico a previsão de inflação. Mas isso é necessário? O custo/benefício é favorável par esta medida? Achamos que ainda não.

O Banco Central tem se mantido autônomo em relação ao Governo e ao Mercado desde julho de 2011, quando decidiu baixar a Selic e todo o mercado bradou contra. Depois foi reconhecido que estava correto o BC e todo o mercado estava errado!!

Desejamos que o BC continue independente, não só do governo, mas também do mercado. E que tome medidas realmente necessárias para conter a inflação, utilizando aumento de juros selic sempre por último, como principal arma contra a inflação, usando antes medidas macroprudenciais e deixando primeiro a inflação real se mostrar com sua real tendência e não aumentando juros a toque de previsões interessadíssimas de mercado.

p.s. de 14/05/2013 - texto revisto e rediagramado.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Comentário e Crítica ao artigo "Investimento à míngua" do Jornal O Globo de 11/03/2013

É muito importante que nós vejamos como as chancela de "investimento governamental" e "gasto governamental" são usadas de forma voluntariosa pela grande mídia. Não há técnica quando usam esses termos e seu uso depende somente de se o artigo pretende apoiar determinado gasto público e/ou desestimular outro tipo de gasto público, sendo que sempre é usado para sublinhar a "ineficiência" do governo.

Veja, o artigo "Investimentos à míngua" trata da queda de gasto ou execução orçamentária do Ministério dos Transportes, que caiu de R$13,5 bilhões (0,33% do PIB) para R$9,2 bilhões (0,21% do PIB), como queda de investimento em 2012. Está correto.

Mais interessante ainda, adotando a nomenclatura que este Blog PERSPECTIVA CRÍTICA sempre utilizou, chamou todos os gastos das pastas governamentais de investimento!!! Investimento na saúde, investimento na educação, investimento nos transportes. Isto é o correto.

Então gasto governamental é investimento público? Sim, perfeito. E aumento de gasto público gera aumento na taxa de investimento? Sim. E estando nós em um período de limite de reflexo positivo para a economia a partir de consumo (as famílias não estão podendo consumir muito mais), é interessante estimular investimento, seja privado ou público para alavancar a taxa de investimento na economia e gerar aumento de possibilidade de crescimento econômico? Sim, pois a economia cresce somente através de investimento ou consumo. Ok.

Então, se o gasto da pasta de educação e saúde são investimentos, o que pode alavancar esse investimento? Contratar servidores ou investir em suas carreiras, compatibilizando remuneração, metas de produtividade e eficiência no atendimento é gasto ou investimento? Sim. Contratar professores, criar política de incentivo à especialização e à eficiência, gastando mais na pasta de educação é gasto ou investimento? Investimento. Esse gasto aumenta a taxa de investimento? Sim.

Então porque o ano passado inteiro, quando houve movimento de greve de 26 carreiras públicas, incluindo segurança, justiça, saúde e educação não se falou sobre o índice de investimento público? Por que ficou se enfatizando que aumento de gasto público (no caso com reajuste inflacionário da remuneração dos servidores públicos) é "gasto" e não "investimento"? Por que ficou se empurrando o governo a não gastar nada sob o pretexto de que haveria "perda de controle fiscal" e risco de "irresponsabilidade fiscal"?

Resposta: Puro interesse. Interesse em conduzir de determinada maneira os gastos do Estado de forma a realizar um projeto empresarial de investimento público. Veja como a mídia coloca você contra ou a favor de algum gasto/investimento público. Ela diz que o gasto com contratação de servidores, melhora de sua remuneração, pagamento de inflação ao servidor, é "gasto publico" e gera "descontrole e irresponsabilidade fiscal", "pressiona a inflação" (todo gasto privado ou público tem potencial expansivo infalcionário por princípio), etc.. Apesar de ser uma forma pelo qual o investimento público se apresenta em sociedade e uma forma pela qual ocorrerá o gasto público, simplesmente.

Mas quando a mídia empresarial quer incentivar um outro gasto que ela entenda interessante, como construção de pontes, estradas, portos, isso tudo será chamado de investimento!! Isso é para você apoiar este tipo de gasto que gera valores para empresas (executivos, ongs, políticos) e indireto benefício ao cidadão.

E veja, não é dizer que gasto com pessoal é gasto e gasto com obra que gerará benefício econômico contínuo é investimento, não. Pois subsídio à produção será chamado pela mídia de investimento (mesmo que se sacrifique verba que se destina à previdência social). E contratação de mão de obra terceirizada na saúde e educação também será chamado de investimetno!!! À medida em que avance a terceirização de prestação de serviço público tudo será chamado de investimetno público.

Eu quero que você perceba que a nomenclatura adotada de investimento e gasto público não é informativa. É indutiva. É desinformativa e atende a um projeto pré-determinado pela mídia empresarial, como representante das empresas e bancos, para induzir e angariar apoio social a determinados gastos públicos e desincentivar e retirar apoio de outros gastos públicos, sem que isso tenha relação direta com o que é o melhor para você, cidadão brasileiro, contribuinte individual.

E depois de a mídia exigir o ano de 2012 inteiro que a Dilma segurasse os "gastos públicos" (para segurar a inflação, para manter controle fiscal), agora no inicio de 2013, aponta a diminuição de gasto público como ineficiência do governo em efetuar "investimento público"!!! Você consegue ver? Ao mesmo passo em que a mídia conseguiu impedir investimento na prestação de serviço público no ano de 2012, impedindo o pagamento de correção inflacionária a todas as carreiras do serviço público, impedindo contratação de mais servidores, que prestam serviço diretamente à população (o que aceleraria obtenção de benefícios previdenciários, investigações criminais, processos judiciários, atendimento médico, oferta de educação pública), ou seja, ao mesmo passo em que impediu esse investimento público, agora aponta a diminuição de "investimento público" como prova de ineficiência do governo!!

É a esquisofrenia midiática sobre a qual tanto falamos. Mas ela mistura os conceitos de gasto público, investimento público, eficiência fiscal, irresponsabilidade fiscal e controle e descontrole inflacionário e segue em frente, com seu projeto de condução oblíqua dos gastos/investimentos públicos, de forma a viabilizar uma realização orçamentária que mais aprovenha aos interesses empresariais, desinformando o cidadão brasileiro que não tem tempo para refletir sobre esses conceitos e os reflexos dos gastos públicos sobre sua vida.

Nós estamos aqui para fazer isso para você. Nós estamos aqui para tentar mostrar que o gasto público executado de outra forma gera enriquecimento mais direto ao cidadão brasileiro. E chamamos as coisas sempre pelo mesmo nome. Em contextos informativos gastos podem ser chamados de gastos, mas nunca deixarão de ser investimento público. Gasto, corretamente falando no sentido pejorativo, é dinheiro que é despendido sem retorno social (objetivamente falando é uma operação normal de despesa, que pode ser boa ou má, dependendo da perspectiva de quem escreve). Contratação de funcionário público, investimento em carreira de funcionário público é investimento social e aumenta taxa de investimento na economia tanto ou mais do que construção de ponte, estrada e usina.

Também é importante salientar que reajuste de servidor, contratação de servidor, valorização da carreira de servidor, gera emprego, põe dinheiro na mão do cidadão e na economia diretamente e não gera possibilidade de desvio de verba pública para políticos, empresas, Ongs, Organizações Sociais e seus executivos, mas as obras públicas, terceirizações e todos os "investimentos" assim tratados pela mídia convencional, sim.

Fica aqui o comentário e crítica sobre a abordagem do tema "gasto ou investimento público" dado pela mídia convencional.

Como os termos do artigo criticado comprovam, TODO GASTO PÚBLICO É INVESTIMENTO. Essa é a verdade que sempre preconizamos e que a mídia trabalha arduamente para manipular e descaraterizar, ao seu bel-prazer. Sempre que você ler gasto público, saiba que estão falando de investimento público indesejado por quem escreve o artigo. Sempre que falarem "investimento público", estarão escrevendo sobre "gasto público desejado arduamente". Mas e você que lê o artigo escrito? Qual é o gasto público que te interessa? Qual gasto público é desejado ou indesejado por você? O que é gasto público e investimento público para você?

Para o Blog Perspectiva Crítica, investimento público é todo gasto público que põe dinheiro no bolso do cidadão. Revisão de tabela de imposto de renda é investimento público, pois dá ao cidadão valores, de forma justa, que ele gastará na economia, elevando o pib via consumo. Correção de remuneração de servidor público é investimento em serviço público, assim como desenvolvimento de política de recursos humanos no serviço público que correlacione metas e bônus em valores. Contratação de servidores até atingirmos a mesma relação servidor público/habitante que existe na Europa é investimento público, pois poderá fazer com que o cidadão deixe de gastar com escola e plano de saúde, como ocorre na Europa e gerará economia ao cidadão de em média R$2.000,00 por mês!! É um gasto/investimento público que põe no bolso do brasileiro R$24.000,00 por ano!!! É a melhor poupança que o brasileiro pode realizar!! Além de a contratação responsável de servidor público gerar opção de emprego de qualidade para a população, ativar a economia com dinheiro no mercado, garantir mais prestação de serviço público e retorno pelo imposto pago e pressionar o aumento do salário na área privada por concorrência da mão-de-obra do brasileiro com a área privada. Construções de pontes portos e tudo o mais também é investimento público, com benefícios mais indiretos ao cidadão, mas também reais.

Contratação responsável na área pública e boa remuneração, portanto gera riqueza mais diretamente ao cidadão e de forma mais equilibrada e espalhada em todo o País, enquanto o que a mídia diz que é investimento (pontes, portos etc, que também é investimento público e importante), gera milhões, bilhões diretamente para empresas, executivos  e políticos, e somente obliquamente a cidadãos. E quanto à terceirização de serviços públicos... esses senhores.. geram efetivo empobrecimento da populaçao, tirando qualidade de prestação de serviço público e precarização de opção de emprego à população, retirando o Estado como competidor da mão-de-obra brasileira com a área privada.

Concordamos, ainda com o título do artigo criticado. O investimento público esteve à míngua porque o governo ficou tentando realizar o desejo da mídia empresarial de controlar gastos pra realizar o superávit primário maior possível (o que realizou - 33 bilhões em janeiro de 2013)! Então o investimento à míngua foi a satisfação dos desejos midiáticos por menos "gasto público" no ano passado (para pressionar menos a inflação e controlar gasto público). Vamos falar o que é correto e com a mesma nomenclatura do início ao fim de todos os artigos, durante os anos inteiros, ano a ano.

Bem... é isso.

p.s. de 11/03/2013: texto revisto e ampliado.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Mais inflação permitida para recuperação da Europa - Blog Perspectiva Crítica sempre sugeriu essa abordagem da crise européia

O que falamos há tempos? Insistir em austeridade a todo custo, para contornar o problema da dívida européia era sacrificar demais a população em defesa exclusiva do patrimônio de ricos. Combate à inflação ferrenho é para casos de descontrole inflacionário (o que não era o caso europeu) ou manutenção de status quo sócio-econômico (o que fazia sentido em uma Europa normal e equilibrada sócio-econômicamente antes da crise de 2008).

Com aumento de dívida pública para resgatar o sistema financeiro privado irresponsável e com o sumiço de investimento e financiamento privado por conta da crise, os Estados Europeus foram obrigados a investir mais dinheiro para estimular a economia, alémde baixar juros básicos. mas com a baixa recuperação econômica e a continuidade de altos índices de desemprego, que fazer?

A Alemanha queria que os Estados contivessem gastos públicos para diminuir dívida pública e controlar inflação, assim como o queria os EUA e toda a elite financeira mundial. Nós, apoiando a sugestão de Dilma, já havíamos nos posicionado a favor de mais gasto público, mais estímulo econômico para recuperar empregos e gerar rendas privadas e arrecadação para que somente então os Estados conseguissem diminuir suas dívidas. E sim, isso geraria mais inflação. Mas quem está desempregado não quer saber se há inflação.. ele quer emprego para pagar çor moradia e alimentação de sua família.

Então, a postura austera, na situaçõ de crise protege o interesse imediato de ricos e não de pobres. Para a economia a longo prazo não faz muita diferença, mas a curto prazo, trocar austeridade por inflação gera melhoria de condições de recuperação econômica e de empregos (aliviando pobres) e perda de valor da moeda (perda econômica para quem tem patrimônio em euro... que com certeza não são os desempregados!!).

Agora, hoje, para ser preciso, o jornal o Globo On Line publica artigo em que o BCE admite mais inflação para facilitar a recuperação econômica... Se tivessem ouvido o Blog Perspectiva Crítica antes, teriam poupado os europeus de muito sacrifício... rsrsrsrsrs

Acessem: http://oglobo.globo.com/economia/bce-deve-permitir-inflacao-mais-alta-para-garantir-recuperacao-diz-lagarde-7782754

É isso... BLOG PERSPECTIVA CRÍTICA na ponta da informação, passando princípios e raciocínos coesos para seus leitores.

Torcemos para a recuperação européia, para que esse mercado consumidor de agrícolas e manufaturados brasileiros voltem, para que os europeus sofram menos, para que as bolsas voltem e diminuam a pressão sobre os mercados imobiliários nos países emergentes, em especial, claro.. no Brasil.

Estamos acompanhando.  

quarta-feira, 6 de março de 2013

Confirmada queda de 33% na inflação de janeiro para fevereiro de 2013, segundo o IGP-DI

Confirma-se a previsão de alta queda de inflação no mês de fevereiro, como previsto pelo Blog Perspectiva Crítica. Segundo notícia de hoje no Jornal O Globo On line, o IGP-DI baixou de 0,30% em janeiro de 2013 para 0,20% em fevereiro de 2013, ou seja, uma queda de 33% neste índice.

Em grande parte, segundo a notícia, a queda se deveu ao impacto positivo da queda de tarifa de energia elétrica e da queda de produtos agropecuários.

Aguardamos os outros índices de inflação, em especial o INPC e o IPCA para fazermos a comparação com seus índices em janeiro/2013.

A indústria também está adaptando-se à notícia de que a China combate a especulação imobiliária e isso pode arrefecer a demanda por commodities e produtos que vendemos aos chineses. Não há pressão externa para a inflação visível a curto prazo.

Neste contexto, apesar de a grande mídia ter exigido aumento de juros básicos nestes dois últimos meses de forma veemente, por pressão imediata inflacionária, acreditamos que não haverá alteração do juros selic hoje à noite, quando o Copom apresentará sua justificativa para movimentar ou não a Selic.

Acesse, em complemento:
http://www.jcom.com.br/noticia/144171/FGV_inflacao_medida_pelo_IGP-DI_desacelera_para_alta_de_020_em_fevereiro
http://oglobo.globo.com/economia/petrobras-reajusta-diesel-em-5-pressiona-ainda-mais-inflacao-7751418
http://oglobo.globo.com/economia/acoes-da-petrobras-se-valorizam-12-puxam-ibovespa-7755733

Resta confirmada nossa expectativa declarada no artigo "Comentário Econômico de Fevereiro de 2013", contra as expectativas absurdamente negativas da grande mídia que enaltece tudo o que for favorável a uma maior remuneração dos bancos e das instituições financeiras, às custas da dívida pública.

Não que não entendamos que possa ocorrer em determinadas situações aumento de Selic para conter a inflação, mas o BLOG acredita que não há no momento motivos para tanto, sejam internos ou externos, da mesma forma em que antes de aumentar selic, deveriam ser adotadas medidas macroeconomicas para controle de inflação, tais como diminuição de prazo para empréstimos, aumento de depósito compulsório e aumento de percentual de dinheiro próprio dos bancos em cada operação de empréstimo. Isso contém inflação de demanda, sem aumentar dívida pública... mas diminui lucratividade de bancos e instituições financeiras... China não aumenta juros.. aumenta depósito compulsório de bancos.

p.s. de 08/03/2013 - texto revisto e corrigido com ajuda de Paulo Otávio Gravina.

P.s de 08/03/2013 - Notícia publicada no Jornal O Globo On Line informa os índices do IPCA e INPC recém divulgados pelo IBGE: INPC desceu de 0.92% em janeiro de 2013 para 0.52% e o IPCA de 0,86% para 0,60%. Todos os índices, portanto, confirmaram baixa dos índices de inflação e repercussão positiva das medidas do governo de queda de tarifa de energia elétrica, mesmo com pressão altista de de educação e alguns contratos sempre corrigidos em início de ano e mesmo com manutenção de juros selic em 7,25%.

Mais de 60.000 acessos ao BLOG PERSPECTIVA CRÍTICA!

Compartilho essa boa notícia!! 60.126 acessos ao Blog neste momento!!

São mais de 20 mil acessos anuais na média, já que só completamos três anos em 21 de junho de 2013!

Ontem houve 175 acessos! E a média díária tem passado de 100, tendo o último mês tido mais de 3.200 acessos e os últimos trinta dias acusando mais de 3.500 acessos!

São 448 artigos publicados, o que dá média de 14 artigos por mês, considerando-se os trinta e dois meses de mida do Blog.

Seguimos nosso trabalho pela informação de qualidade de nossos leitores, na busca do entendimento dos fatos sociais, econômicos e políticos nacionais e internacionais pela perspectiva do cidadão brasileiro e contribuinte individual, integrante da família brasileira.

Abraços a todos!!

segunda-feira, 4 de março de 2013

Submarino Nuclear Brasileiro: regozijem-se com mais uma independência brasileira!!

Estou impressionado com a mudez da grande mídia sobre um fato importantíssimo. Está pronta a usina que nos possibilita construir os submarinos de tecnologia francesa da classe Scorpène, a partir do que será construído o primeiro submarino nuclear brasileiro!!!

Gente, isto, que foi manchete do Jornal do Commercio de ontem, 04 de março de 2013 (veja a responsabilidade deste Jornal com o Brasil..), é nossa mais nova independência e/ou ato de garantia de soberania!!

A tecnologia francesa está sendo toda transferida para nós e a construção do casco do submarino nuclear e tudo o mais, exceto o motor/reator nuclear, que possui tecnologia 100% brasileira, poderão ser construídos por nós, mesmo se um dia lutássemos contra a própria França!!! É independência total em uma arma estratégica de defesa e que nos põe na ponta tecnológica mundial em defesa, em um quesito altamente importante! Como isso não é enaltecido pela grande mídia?!??!

Para você ter uma idéia, há uns 15 anos atrás, li uma reportagem em que um Almirante tecia considerações sobre estratégia de defesa para o Brasil, comentando sobre a necessidade de o Brasil possuir ou não Porta-Aviões.

Ele considerou que Porta-Aviões é vetor de guerra para ataque, o que não é de nosso interesse principal, já que nosso interesse estratégico é exclusivamente de defesa. Mas que era bom investir em um Porta-Aviões para exercitar uma forma de atuação que pode ser prestada a Organismos Internacionais, em prol da projeção brasileira no mundo, assim como se exercitaria operações e técnicas que eventuais forças inimigas poderiam utilizar contra nós. Ter o Porta-Aviões, portanto, nos habilitaria a entender as operações e procurar brechas para minar a eficiência deste tipo de operação, em sede de postura defensiva.

E ele colocou que o que precisamos investir mesmo, em termos de defesa efetiva, falando como Almirante, seria em mísseis e submarinos, pois isso seria de real e potente efeito dissuasório. Ele disse que precisávamos de 12 submarinos para defender com eficiência nosso litoral. Tínhamos cinco ou seis à época, à diesel (convencional), de boa tecnologia alemã, mas que podíamos construir.

Mas agora, senhores, teremos 11 convencionais até 2019 e um submarino nuclear até 2025 (já viram esse ano em outro artigo? rsrsrs Leia o nosso artigo “Ano 2025: a única real ameaça à soberania do Brasil”)!!

Seremos um dos únicos seis países no mundo que possuem essa tecnologia... os outros cinco são integrantes do Conselho de Segurança da ONU!! E seremos um dos únicos três que usarão este equipamento pelo Atlântico Sul, junto de EUA e Inglaterra!! Poderemos garantir a segurança do litoral e do Pré-sal de forma independente e autônoma!

Temos alguns fatos que considero declarações de independência. A defesa por Tiradentes da independência e sua morte, gerando conscientização em torno da exploração do País e do direito de ter liberdade e ordem tributária própria. A declaração da independência, rompendo laços com Portugal a partir dos maus tratos em Lisboa a representantes legislativos brasileiros enviados na condição de dita “Nação Amiga”. A determinação por Dom Pedro II de ensinar obrigatoriamente a língua portuguesa em todo o País, unificando o Brasil linguisticamente, quando o Norte do País falava preponderantemente tupi-guarani e outros dialetos indígenas relacionados. A realização de acordos com todos os vizinhos da América Latina, através da atuação de Barão de Rio Branco, garantindo paz nas fronteiras. A atuação de Duque de Caxias, pacificando toda a Nação em que várias revoltas surgiam nas épocas das revoluções liberais, na primeira metade do século XIX, atuando inclusive na Guerra do Paraguai (1868), depois de já reformado, a pedido pessoal do Imperador. A abolição da escravatura deu impulso ao amalgamento mais forte de uma sociedade mais igualitária e unida (construindo isso até mesmo hoje, claro). O rompimento da República Velha, retirando o Brasil de uma dobradinha política que não admitia a participação dos demais Estados da Federação. A instalação da CSN, por Getúlio Vargas, retirando nossa economia da preponderância exclusivamente agrária e lançando-a na fase industrial. A criação das estatais, Eletrobrás, Petrobrás, RFFSA, Furnas, construção de Itaipu, BNDES (BB e CEF já existiam desde o início do século XIX), independendo-nos em transportes, financiamentos, eletricidade, telecomunicações, energia, petróleo. A Embrapa, que hoje garante nossa competitividade agrícola. Desenvolvimento de tecnologia de mísseis, lançamento de foguetes e satélites e a construção de satélites (ainda em curso). Desenvolvimento de biotecnologia e vacinas pela FIOCRUZ!! Construção de tanques (já fomos bons nisso), aviões de guerra (ainda não supersônicos, os quais aguardamos com o projeto FX e a licitação inconclusa), navios de guerra, submarinos, e AGORA... SUBMARINOS NUCLEARES!!!

Gente, a independência não existe por si só. Só quem estuda o tema tem noção clara dessa realidade que vos digo. Hoje não haverá avanços grossos e crassos sobre país civilizado (sobre o Sudão ocorre, sobre o Iraque ocorreu, sobre o Afeganistão e Líbia ocorreu...). A independência do Brasil depende de nós... sempre.

É um trabalho de gerações. É trabalho permanente e eterno, lamento dizer. Construindo toda a estrutura social, econômica, diplomática e de defesa necessária para mantermo-nos unidos, ativos, aptos a defender a Nação Brasileira, o Brazilian Way of Life.

Hoje, a soberania é ameaçada de forma singela, a partir de uma frase que seria dita por um representante de governo estrangeiro, na ONU, ou em outro organismo multilateral internacional, ou mesmo de seu país, de maneira aparentemente legítima, com o fim explícito/explicitado de defesa de direitos internacionais (paz internacional, paz interna, defesa de “povos” oprimidos em um país, defesa da dignidade humana, defesa do meio ambiente, necessidade de ajudar governos pobres e/ou ineficientes a administrar seus patrimônios a bem deles mesmos e da humanidade – “criação de territórios internacionais sob administração internacional”). Mas o fim implícito/omitido seria o avanço sobre a soberania e patrimônios do País alvo.  É assim que se apresentam os lobos da atualidade.

Avançarmos tecnicamente garantindo nossa independência militar em todos os níveis é o que garante que nós, a longo prazo, permaneçamos administrando nossos patrimônios (aqüífero, petrolífero, mineral, ambiental, bio-genético etc.. até mesmo o patrimônio humano brasileiro!!) da forma que nos seja mais proveitosa e ideal, consoante parâmetros autônomos e independentes brasileiros.

Regozigem-se com este (mal publicado) ato de soberania e a mais nova declaração de independência do Brasil!! Comprar armas é diferente de fabricá-las. Nós temos de fabricar toda a nossa defesa!!! Isso é ser independente. E ainda traz vantagens comerciais para nos enriquecer!!

Abraços a todos os irmãos brasileiros nesta data feliz e bem comunicada pelo Jornal do Commercio!!! Esse trabalho não foi da Dilma (que tem todo o mérito de realizá-lo após a contratação feita por Lula)! O voto foi nosso, então a realização é nossa como povo!! Nossos militares e nossas famílias!! Parabéns a todos nós!

P.s. de 06/03/2013 - texto revisto e ampliado.

P.s. de 08/03/2013 - texto corrigido com ajuda de Paulo Otávio Gravina.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Royalties, STF e o futuro prejuízo de MG, PR, GO e PA

A maioria dos Estados ganhou um round contra RJ e ES e em menor escala SP e mais outros oito estados produtores (mas para os quais a redistribuição de royalties é imediatamente mais vantajosa, na aparência da superficialidade). O STF admitiu por 6 x 4 que a pauta de apreciação de vetos presidenciais a projetos de lei já tramitados no Congresso é livre.

Isso significa algumas coisas. Primeiramente significa que a liminar concedida pelo Ministro Fux não foi baseada em sua naturalidade de forma alguma, mas na interpretação escorreita da Constituição da República, já que teve a companhia de mais três Ministros do STF em sua posição. A menção de que Fux defendeu o RJ por ser natural do RJ, como leigos de todos os Estados, políticos e algumas mídias pelo País afirmavam, além de desrespeitoso ao exercício do ofício pelo Ministro Fux, evidencia-se uma monumental falácia.

Fux defendeu a Constituição, o direito da minoria em relação à maioria e defendeu a Federação brasileira. Sua visão não preponderou e a idéia de deixar o Legislativo livre para atuar não é desprezível, realmente, além de encontrar-se de acordo com a praxis histórica de nosso desorganizado Legislativo. Não há reprimendas do Blog à decisão do STF, na hipótese, que inclusive retorna a harmonia, em ordem constitucional, entre os Poderes Judiciário e Legislativo.

Isso significa também que a maioria está livre para ser responsável ao apreciar os três mil vetos que irresponsavelmente ignorou nos últimos 12 anos. Isso significa que, como anunciado, a maioria está livre para votar primeiro o veto dos royalties e exercer o poder da maioria, esmagando o direito das minorias federativas (RJ e ES entre os Estados e 308 municípios brasileiros de 11 Estados entre 5.500 municípios brasileiros), o que ocorrerá aparentemente terça-feira, dia 05/03/2013, mesmo com provavelmente ineficientes tentativas de obstrução da votação pelas bancadas do RJ e ES.

Por fim, isso significa que em seguida há o risco de outras questões de royalties (na verdade CFEM - compensação financeira por exploração mineral, como descrito no artigo 20 da CF), como no caso de minérios e água, atingindo, a seguir outras minorias federativas neste particular, ou seja MG, PR, GO PA.

Hoje, os royalties sobre água e minérios gira R$4 bilhões de reais, segundo artigo no Jornal O Globo de hoje, 1º/03/2013, e o governo estuda dobrar os royalties (na verdade CFEM) sobre minérios, o que pode elevar esse valor total a mais próximo dos atuais R$7 bilhões de royalties de petróleo discutidos no Congresso.

Naturalmente o RJ e ES não ficarão olhando o cque ocorre e já estão com Ação Declaratória de Inconstitucionalidade prontas para o caso inevitável de derrubada do veto presidencial em relação ao projeto de redistribuiçaõ de royalties de petróleo. Mas como o BLOG já antecipara, o imediatismo e a falta de princípios e ética federativa da atuação da maioria, se não barrada pela interpretação constitucional do STF em defesa da Federação e do direito das minorias federativas, gerará a criação de colônias de exploração no País de todo aquele Município e/ou Estado em que seja descoberto petróleo, para em seguida ocorrer o mesmo com os que detém patrimônio aquífero explorável e também jazidas de minérios.

Não barrar esse roubo da maioria, contra a Constituição, será legitimar pouco a pouco, um a um, a pilhagem de Estados e Municípios com alguma riqueza natural (ou não) especial, na medida em que este fique isolado em relação à maioria que se movimenta para retirar-lhe a compensação financeira prevista em Constituição para compensar os ônus (sociais, ambientais, assistenciais) de ser a plataforma de exploração de tais riquezas e transformará a descoberta de riquezas minerais, ptrolíferas e aqüíferas, de felicidade e redenção de cidades e Estados em desgraça e previsão de futuro com baixa qualidade de vida em tais locais que não terão valores adequados para manter qualidade de vida a seus cidadão originários e que dirá mesmo aos novos que virão para participar da exploração e produção da riqueza.

E mais à frente, poder-se-á, quiçá, usar este mpetodo de isolamento de um Estado ou Município para apropriação de renda e riqueza tributária sobre qualquer coisa que a maioria não tenha, no momento da movimentação legislativa de pilhagem. Por exemplo, a soja do Centro -Oeste, as indústrias de São Paulo, o patrimônio bio-genético e indústrias do Norte e do Amazonas...

Pilhagem de maioria de Estados contra minorias, quando inicia, se for chancelada, se reduplica e se institucionaliza, pois é meio fácil para aumentar a arrecadação de Municípios e Estados de gestão incompetente. E se isso continua, enfraquece o espírito de lealdade e fraternidade entre os Estados, prejudicando a Federação Brasileira em seu âmago, assim como ocorreu com os Gregos e sua coalizão forte, antes da cantoria romana incentivar a ganância deles entre eles mesmos e gerar a quebra de unidade que possibilitou sua conquista e desmantelamento de "unidade" política.

Aqui o problema não vem do exterior... a ganância pelo petróleo e pelos royalties alheios é que está fazendo sozinho este trabalho de plantar a discórdia, e a desconfiança entre Estados Brasileiros com grande potencial de expansão a outros temas e outros Estados.. cada um a sua vez, a ser isolado em momento oportuno. Triste e real o prejuízo à idéia de Federação Brasileira.

p.s. de 08/03/2013 - Texto revisto. Corrigido o trecho do 7º parágrafo ".. falta de ética federativa da minoria.." para "..falta de ética federativa da maioria.."